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A VALORIZAÇÃO CULTURAL POR MEIO DO DESIGN: UM ESTUDO SOBRE A APLICAÇÃO DE SIGNOS E SÍMBOLOS DO CANGAÇO EM PRODUTOS DE MODA BRASILEIROS.

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A VALORIZAÇÃO CULTURAL POR MEIO DO DESIGN: UM ESTUDO SOBRE A APLICAÇÃO DE SIGNOS E SÍMBOLOS DO CANGAÇO EM PRODUTOS DE MODA BRASILEIROS.

Santos, J. V.1, Menegucci, F.2

1 Universidade Estadual de Maringá – UEM – Cianorte – Brasil – joice.dig@gmail.com

2 Universidade Estadual de Maringá – UEM – Cianorte – Brasil – franciele_menegucci@yahoo.com.br

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar as formas de valorização cultural, social, regional e econômica do Nordeste brasileiro, por meio da inserção do design de moda em elementos culturais, mais especificamente da cultura cangaceira. E, também identificar como os signos e símbolos, característicos do cangaço e do Nordeste brasileiro, foram empregados nas produções dos estilistas Ronaldo Fraga e Alexandre Herchcovitch, transmitindo diferentes mensagens e valores. Buscando expor, comparativamente, boas práticas de valorização cultural e social, apresenta-se ainda o trabalho da marca Auá em parcerias sustentáveis com comunidades indígenas. A partir disto, discute-se sobre as possibilidades que a indústria da moda oferece quanto a economia criativa e a valorização de identidades locais.

Palavras chaves: Valorização; signos e símbolos, economia criativa.

Abstract

This article aims to analyze the possible forms of cultural, social, regional and economic valuation of the Brazilian Northeast, through the insertion of fashion design in cultural elements, more specifically, in cangaceira elements of culture. And also how to identify the signs and symbols characteristic of bandits and northeastern Brazil, were used in the production of designer Ronaldo Fraga and Alexandre Herchcovitch, conveying different messages and values. Seeking to expose comparatively good practices of cultural and social value, yet presents the work of AUA brand in sustainable partnerships with indigenous communities. From this, we discuss about the possibilities that offers the fashion industry as the creative economy and the appreciation of local identities.

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Introdução

A apropriação da estética do cangaço por estilistas brasileiros contemporâneos configura um caminho que traz visibilidade a região nordeste, no entanto, é fundamental que esta visibilidade possa converter-se em valorização da identidade local pautada também na economia criativa. Por meio da valorização da identidade local o design de moda pode despertar o interesse de mercados consumidores globais por produtos e técnicas características de um determinado território.

Assim, o objetivo desta pesquisa é identificar como os signos e símbolos característicos do cangaço foram empregados nos produtos dos estilistas Ronaldo Fraga e Alexandre Herchcovitch e analisar as possíveis formas de valorização da cultura por meio do design de moda.

Para este fim discorre-se sobre a identidade cultural nordestina, os signos e símbolos característicos do cangaço, sobre economia criativa e a análise dos desfiles do Ronaldo Fraga e Alexandre Herchcovitch com o intuito de revelar como ocorre a apropriação de elementos por essas marcas e como esta pode ser convertida em benefícios as comunidades detentoras desta cultura.

Identidade cultural do nordeste brasileiro

Identidade pode ser um processo de construção de significados baseados em atributos culturais, construindo laços de auxílio e fidelidade de um grupo (ROSSINI, 2004), e a identidade cultural e regional trata-se de um conjunto de valores, sociais e culturais, constituindo um suporte na memória social dos seres humanos que formam uma coletividade e um sentido de pertencimento (GOMES, 2008).

Segundo Oliveira (2007), a identidade cultural nordestina “nasceu” na década de 1920 com o Movimento Regionalista. No qual, os romancistas José Américo de Almeida, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, entre outros, descreviam a realidade do sertão nordestino, evidenciando a seca, o cangaço, o messianismo, as lutas entre famílias etc., tendo sempre como personagens o cangaceiro, o beato, o jagunço, o coronel e outras figuras características. Implantava-se, assim, a identidade do Nordeste brasileiro, apresentando-a ao mundo, sendo esta identidade, cultural e regional, a mesma até os dias de hoje.

O cangaço, representado pela figura ambígua de Lampião (visto por uns como herói e por outros como assassino), é um elemento da identidade cultural do Nordeste

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muito forte e evidente. Mesmo depois da desestruturação dos cangaceiros e morte de Lampião, nota-se a permanência da memória sobre o fenômeno social. Tal ambiguidade sobressaltou aspectos da identidade cultural cangaceira, que consistia basicamente em produções populares como o cordel, os repentes, o xaxado e o artesanato, passando a fazer parte da cultura popular nordestina, influenciando na música, no artesanato, nas artes plásticas, na literatura, na culinária, no cinema, no teatro e na moda.

Estes elementos da identidade cultural e regional do Nordeste quando aplicados no artesanato e atrelados ao design podem-se ser também elementos que favoreçam a economia local, devido ao aumento da visibilidade dessa específica produção artística cultural e popular, atingindo também a diferentes culturas.

Signos, símbolos e imagens do nordeste

Para situar a diferenciação entre signos e símbolos de acordo com a semiótica, conceitua-se, superficialmente, signo como qualquer coisa, independente de sua natureza, que representa algo, podendo atribuir valor, significado ou sentido a alguém; e, símbolo são signos que não apresentam relação de semelhança ou proximidade com a coisa representada (SANTAELLA, 1983), ou seja, símbolos são signos criados arbitrariamente pelo homem ao qual atribuiu significados. (DONDIS, 2007).

Muitos dos símbolos e signos do Nordeste são originários dos elementos advindos do cangaço brasileiro, cuja arte regional mistura-se com a arte imposta pela educação colonial religiosa. Arte esta “carregada” por cangaceiros e cangaceiras em suas cartucheiras, abas dos chapéus, tampas e alças dos bornais, perneiras, luvas, cantis, alpercatas e ademais objetos de uso cotidiano desta população.

Os signos mais comumente usados como ornamentos presentes nas indumentárias e utensílios domésticos dos cangaceiros eram: signo-de-salomão, flor-de-lis (palma), cruz-de-malta, estrela de oito pontas, oito contínuo e florais variados (de oito, seis e quatro pétalas), formando belíssimos e ricos motivos. Estes signos, considerados por eles de natureza mágica, eram disseminados por diversas partes da vestimenta com o objetivo de “manter o corpo fechado”, acreditando estar sob a proteção de uma “blindagem mística”, e também como finalidade puramente estética. (MELLO, 2012).

Através dos signos os cangaceiros criaram símbolos que atingiram a eficácia ao serem, não apenas vistos e reconhecidos, mas também lembrados e reproduzidos, (DONDIS, 2007). Abaixo segue as Figuras (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8) de signos e símbolos do

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Nordeste e seus possíveis significados que são descritos por Mello (2012).

A Figura 1, o signo-de-salomão, além de sua característica enigmática, era símbolo de poder, proteção e devolução às ofensas do ofensor, era usado como talismã e também representava a humildade, representada pelos opostos (fogo/água).

Figura 1- Signo-de-Salomão e Simbologia.

Fonte: Mello (2012, p. 62)

A flor-de-lis (Figura 2) é um símbolo de origem francesa, representante da pureza, inocência e virgindade; ganha diferentes conotações pelo sertanejo: vitória e imortalidade, além de ser conhecida como palma (Figura 3) em vez de flor-de-lis.

A cruz-de-malta (Figura 2) representa a terra e é a junção dos dois símbolos acima explicitados (signo-de-salomão e palma), representa também os símbolos de orientação, tanto espiritual quanto geográfica, pois mira os quatro pontos cardeais.

Os florais e as estrelas (Figura 2) são variações do signo-de-Salomão, possuindo assim, a mesma simbologia.

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Figura 2 - Florais, estrela, palma (flor-de-lis) e cruz.

Fonte: MELLO, 2012, p. 63.

Figura 3 – Flores de quatro, seis e oito pétalas e a palma.

Fonte: Mello (2012, p. 65)

Nas Figuras (4, 5, 6, 7 e 8) estes símbolos são demonstrados aplicados em objetos pertencentes aos cangaceiros do bando de Lampião, onde ganham cores, diversas formas de disposição, em bordados e apliques e em materiais variados como couro e tecidos.

Nos chapéus de couro (Figuras 4 e 5) a palma, o signo-de-Salomão e a estrela de oito pontas são aplicadas em sobreposições de couro.

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Figura 4- Palma e signo-de-salomão no chapéu de Figura 5 – Estrelas de oito pontas em chapéu de

Lampião Cangaceiro

Fonte: Mello (2012, p.79) Fonte: Mello (2012, p.79)

Na figura 6 o cantil traz um floral, provavelmente aplicado em tecido, percebe-se o predomínio de cores quentes como vermelho e amarelo.

Figura 6 – Floral em cantil

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Nas luvas de vaqueiro (Figura 7) aparecem aplicações de signos-de Salomão e florais, enquanto na Figura 8 o jogo de bornais recebe florais em cores quentes.

Figura 7 – signo-de-Salomão e palma em luvas de vaqueiros.

Fonte: Mello (2012, p. 113) Figura 8 – Florais em jogo de bornais

Fonte: Mello (2012, p. 153)

Estes símbolos pertencentes às diversas culturas, neste caso, a cultura nordestina, são frequentemente utilizados em produtos de design, sejam roupas, mobiliário, superfícies ou outros. Na maioria das vezes são empregados apenas como referências visuais, o que traz para as regiões detentoras desta cultura e destes símbolos a visibilidade.

No entanto, quando se pensa o design inserido na economia criativa, esta relação deve ir além da apropriação e divulgação, promovendo maiores benefícios regionais que

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terão impacto a longo prazo.

Economia criativa

Segundo Deheinzelin (2008) o conceito sobre Economia Criativa, de forma simplificada, pode-se definir como um setor que possui como matéria-prima a cultura e a criatividade, desta forma incluindo a indústria cultural e as indústrias criativas. A economia criativa é formada por quatro núcleos de atividades e seus setores, sendo estes: núcleo de patrimônio material e imaterial; núcleo das artes; núcleo da mídia e núcleo da criatividade aplicada, sendo que o artesanato é incluso no núcleo do patrimônio material e imaterial e o design enquadra-se no núcleo da criatividade aplicada.

O design incorporado na produção artesanal, agregando valor e visibilidade, é uma

ação que advém da economia criativa. Isso possibilita que o nordeste brasileiro desencadeie um desenvolvimento endógeno como uma alternativa de crescimento econômico que, ao invés de ter uma economia construída de fora para dentro, desenvolve uma dinâmica econômica local, valorizando a cultura nordestina que, assim, é levada do Nordeste para o mundo.

Estilistas brasileiros como Alexandre Herchcovitch, Gustavo Silvestre, Amir Slama, Zuzu Angel, Eduardo Ferreira, Arnaldo Ventura, Ronaldo Fraga entre outros, fizeram uso de influências da moda do cangaço em suas produções de moda.

Estes estilistas, ao retratarem a temática do cangaço em suas produções e apresentá-las em âmbito nacional e internacional podem contribuir com a promoção da visibilidade da cultura territorial nordestina, o que atrai olhares de turistas e de outras indústrias para as potencialidades da região.

No entanto, o design pode trazer maior contribuição a partir de seu caráter mediador, que pode ser compreendido pela definição de design dada pelo International

Council of Societies of Industrial Design (ICSID), que expõe o design como “um fator

central para a humanização inovadora de tecnologias e um fator crucial para a troca econômica e cultural” (apud KRUCKEN, 2009).

Análise de coleção: Ronaldo Fraga e Alexandre Herchcovitch.

Ronaldo Fraga e Alexandre Herchcovitch são dois estilistas que abordaram a temática do cangaço em suas produções de moda. Com o intuito de passar diferentes

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mensagens, é notável, mesmo que a temática seja a mesma, a distância entre ambas as coleções.

Segundo Dondis (2007), “o significado se encontra tanto no olho do observador quanto no talento do criador”, ou seja, o signo só é simbólico quando sua mensagem conta, expressa, explica, dirige, inspira ou afeta outras pessoas. Com isso, analisa-se aqui, como foi feita a apropriação de signos, símbolos e elementos do cangaço, e também de que maneira essa apropriação contribui, não somente com a valorização da cultura nordestina, mas também economicamente, por meio de parcerias voltadas à economia criativa.

A coleção de outono/inverno 2014, denominada “Carne seca ou um turista aprendiz em terra áspera”, de Ronaldo Fraga, tem como tema o semiárido brasileiro que, inspirado pela literatura nordestina, cria mulheres fortes e femininas, resistentes como o couro e delicadas como os motivos bordados pelos cangaceiros.

O estilista, embasado não só esteticamente, mas também culturalmente, valoriza a cultura nordestina trazendo visibilidade aos elementos típicos do Nordeste, como o couro, presente em 99% das peças, trabalhado de diversas formas: retalhado, amassado, navalhado e também representando outros materiais; o tricô que aparece compondo peças inteiras ou misturadas a outros materiais, valorizando o “feito-a-mão” do semiárido; a cartela de cores composta por cores terrosas; azul, remetendo ao céu sertanejo; verde dos cactos e mandacarus e amarelo, representando o sol escaldante.

Além desses elementos, há também estampas criadas em parceria com a Casa Rima, que denotam a imagem do Nordeste, contendo urubus, cactos, vacas etc. E, também signos e símbolos originados do cangaço; como o signo-de-salomão, as estrelas de oito pontas, o oito contínuo e diversos outros motivos adaptados e inspirados nos bordados usados pelos cangaceiros (PORTAL FASHION, 2014).

Contudo, a valorização que Ronaldo Fraga traz em suas peças, não é apenas cultural, mas também econômica e social, uma vez que, as peças do desfile foram feitas em parcerias com 14 curtumes de todo o Brasil como parte do projeto “Design na pele” desenvolvido em parceria pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), (APEXBRASIL, 2013). Segue abaixo algumas figuras (9,10 e 11).

Na Figura 9 a estrela de oito pontas é estampada na saia de tons terrosos e quentes, combinações estas, muito características dos objetos do cangaço.

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Figura 9 – Estrela de oito pontas estampada na saia

Fonte: Fashion Forward.

A Figura 10 traz o oito continuo exposto no cinto, brincos e estamparia, a mistura das cores com o couro, acrescido do lenço típico formam um conjunto diretamente associado à estética do cangaço.

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Figura 10 – Oito contínuo no cinto, brincos e estampas do vestido.

Fonte: Fashion Forward.

Na Figura 11 o signo-de-Salomão encontra-se no vazado da gravata, no entanto a frieza das cores o distancia da aplicação típica do cangaço.

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Figura 11 – Signo-de-salomão na gravata.

Fonte: Fashion Forward

Analisando a coleção de outono/inverno 2014 de Alexandre Herchcovitch, nota-se como a semiologia de uma mesma temática, cangaço nordestino, é vasta. Comparando a coleção do Ronaldo Fraga com a do Herchcovitch, visualmente, causa uma sensação de oposição. Os looks cleans e femininos de Ronaldo Fraga são quebrados pelo preto e militar de Herchcovicth.

Alexandre uniu os opostos, misturando sertão com urbano, rusticidade com luxo, cangaceiro com militar, xaxado com rock. Na coleção há diversos elementos que remetem ao cangaço, como as palas cruzadas e bolsas diagonais dando o formato dos bornais, detalhes nos bolsos que remetem a cartucheiras, o óculos redondo parecendo o de Lampião e o símbolo da estrela de oito pontas. É por meio desses elementos que acontece a valorização cultural nordestina. Segue abaixo a figura (12), da coleção.

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Figura 12 – signo de Salomão

Fonte: Fashion Forward (2014)

Nas pesquisas realizadas para este trabalho não foram encontradas informações sobre possíveis parcerias do estilista com cooperativas ou artesãos autônomos para esta coleção, neste caso a apropriação do legado do cangaço nordestino é valorizada pela divulgação por meio da moda, mas não traz maiores impactos sociais e econômicos para a região nordeste.

Auá: um exemplo voltado a economia criativa

O trabalho realizado pela marca mineira AUÁ faz parte do projeto da TexBrasil, que consiste em um programa de internacionalização da moda brasileira que visa mostrar a integração da cadeia têxtil e de confecções nacionais.

Por meio de parcerias sustentáveis com comunidades indígenas Ye'Kuanas, que moram na Amazônia, na Terra Indígena Yanomami em Roraima, fronteira com Venezuela, destaca-se a importância do feito à mão, como na tarefa, exclusiva das mulheres da tribo, que fazem um sofisticado e delicado trabalho com miçangas que compõem colares pulseiras e tangas, sendo a tanga deles diferente da nossa, e como isso pode auxiliar as comunidades onde as empresas são inseridas.

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Figura 13 – Parceria entre Auá e índios Ye'Kuanas

Fonte: ArtAuá

A marca Auá trabalha em parceria com os indígenas há 10 anos em processos de co-criação. Estes envolvem a inserção de artesanatos desenvolvidos na comunidade em produtos que compõe a coleção, como os tramados em miçangas e cestarias. Há uma troca de benefícios e conhecimentos que enriquece o trabalho da Auá, como empresa que promove economia criativa e em contrapartida inserem a comunidade indígena em um sistema que pode lhes trazer melhores condições sociais e econômicas. (TEX BRASIL, 2014).

Conclusão

A apropriação dos signos ocorre tanto nas coleções do estilista Ronaldo Fraga quanto na de Alexandre Herchcovitch, entretanto ambas com diretrizes diferentes, os signos adotados por Ronaldo Fraga são mais estéticos enquanto os de Alexandre Herchcovitch trazem o conceito de proteção, próximo ao militar, com características peculiares de cada

designer.

Pode-se dizer que a apropriação desses signos e também de outros elementos característicos do cangaço pelos estilistas promove, por meio da moda, a disseminação da cultura trazendo uma maior visibilidade a região. A moda como veículo de grande visibilidade pode ser um meio de expor características regionais que trazem benefícios

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sociais, despertando interesse de consumidores e empresas pela região e cultura destacadas.

No entanto, quando são estabelecidas parcerias mais sólidas entre o designer e as comunidades, integrando ao design dos produtos, cooperativas e artesãos, articula-se com os conceitos de economia criativa, que além de trazer visibilidade propícia benefícios econômicos e sociais de maior impacto e de maior prazo a estes locais.

Nestes casos comumente ocorrem trocas mais profundas de conhecimento entre artesãos, comunidade e empresas, sendo que neste processo o designer atua como principal mediador.

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Acesso em: 09 mar. 2014

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