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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA DIRETORIA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARIANA

DIRETORIA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR

FA nº 0114.000.061-0

CONSUMIDOR: ELAINE LUCAS

INFRATOR–-NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA, CNPJ:

02.140.198/0001-34, endereço: Av. das Nações Unidas, nº 12.901-11º andar, Bairro Brooklim, São Pulo/SP, CEP: 04.578-000 e NOVA PONTO COM COMERCIO

ELETRONICO S/A, CNPJ: 09.358.108/0010-16, endereço: Av. Tenente Rabelo, nº 675,

Irajá, Rio de Janeiro/RJ, CEP: 21.230-075

Decisão Administrativa

1. RELATÓRIO

Tratam os autos de Processo Administrativo instaurado pelo Procon Municipal de Mariana-MG fundado na reclamação apresentada pela consumidora ELAINE LUCAS, com base na Lei federal nº 8.078/1990 e no Decreto federal nº 2.181/1997, em face dos fornecedores NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA e NOVAPONTO

COMERCIO ELETRONICO S/A, visando apurar práticas infrativas ao Código de

Proteção e Defesa do Consumidor (Lei federal nº 8.078/1990).

Imputa-se ao fornecedor a seguinte prática infrativa às relações de consumo:

“A consumidora acima qualificada efetuou a compra de um aparelho NOKIA desbloqueado LUMIA 710 preto, no valor de R$499,00, na data de 10/07/2013, no site da segunda reclamada, conforme nota fiscal em anexo.Ocorre que dentro do prazo de garantia, o produto apresentou vício e foi encaminhado pra assistência técnica por 3 vezes, conforme OS. E comprovantes de postagens em anexo, tornando assim impróprio para o

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uso. Ressalta informar que os dois últimos envios o produto chegou sem as ordens de serviço.”

Notificada, nos seguintes termos, “Diante do exposto, requer o consumidor a

substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso, conforme preleciona o art. 18, § 1º inciso I “ para comparecimento em audiência de conciliação (fls. 02

e 03), as reclamadas não compareceram (fls. 14).

Ante os fatos acima narrados, sobreveio decisão administrativa que classificou a reclamação como “Fundamentada Não Atendida”, fls. 15 e 16, tendo sido proferido o despacho 01(fls. 17 e 18), no qual os fornecedores estavam notificados a apresentarem defesa acerca da infração.

Inerte a reclamada NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRONICO S/A enquanto a fornecedora NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA manifestou às fls.20, informando que atenderia a demanda, trocando o produto por outro do mesmo modelo.

No dia 18/03/2014, a fornecedora NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA apresentou nova manifestação comprovando a substituição do produto e alegando que o não comparecimento à audiência de conciliação se deu porque recebeu a notificação em 12/02/2014, não tendo sido atendida a antecedência de dez dias prevista no art 277 do CPC, aplicável no caso.

Desta feita, este órgão proferiu o despacho de fls. 25 e 26, notificando ambas fornecedoras a comparecerem a audiência de celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA (TAC), para tentar corrigir o não comparecimento em audiência pela NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA e o total descaso da fornecedora NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRONICO S/A ante a todas as convocações do Procon.

Em audiência para celebração do Termo de ajustamento de conduta ( TAC) as fornecedoras compareceram.Todavia, se negaram a assiná-lo, cada qual com sua fundamentação(fls. 28 a 30).

Assim, prosseguiu este órgão com a análise da subsistência, ou não, de materialidade de infração, para consequente aplicação, ou não de sanção administrativa.

O processo transcorreu dentro da mais absoluta normalidade, com respeito aos princípios basilares da ampla defesa e do contraditório, clamando, agora, por decisão.

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Com vista os autos para decisão.

É, essencialmente, o relato. Passo a decidir.

2. FUNDAMENTAÇÃO

Passo, pois, ao julgamento administrativo do fato ocorrido, nos moldes da Lei federal nº 8.078/90, art. 56, parágrafo único e do Decreto Federal nº 2.181/97, art. 4º, inciso IV e 5º,

caput.

O presente processo administrativo teve o seu trâmite regular, sem qualquer vício que pudesse prejudicar o exercício do direito de defesa das infratoras.

Parece inegável que o caso em voga sujeita-se às relações jurídicas de consumo, daí advindas da Lei nº 8.078/90, uma vez que a reclamante é consumidora e as reclamadas fornecedoras.

Senão vejamos:

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços

Devidamente citadas para comparecimento em audiência, as reclamadas não compareceram.

A Posteriori a NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA esclareceu que

atenderia a consumidora, trocando o produto por outro do mesmo modelo.

Asseverou que este órgão não respeitou a antecedência de 10 dias para que a empresa recebesse a notificação de comparecimento em audiência e que já havia informado o

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atendimento do pleito, comprovando-o nos autos. Assim, requereu o arquivamento da reclamação como Fundamentada Atendida.

Em audiência de Termo de Ajustamento de Conduta, a NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA recusou-se a assinar o referido termo, sob a fundamentação de que cumpriu o acordo com o consumidor em março de 2014 e que “tendo em vista o cumprimento do acordo com o consumidor, acha incorreta a aplicabilidade de sanções administrativas”.

Noutro norte, a reclamada NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRONICO, manteve-se inerte em todos atos processuais, visto que notificada a comparecer em audiência de conciliação(fls. 13/verso) não o fez; tendo ciência do termo de audiência(fls.19), também não se manifestou; recebeu o despacho de fls. 17 e 18(AR juntado às fls.19), no qual estava notificada a apresentar defesa no prazo de 10 dias a contar do recebimento, novamente sequer ofereceu resposta.

Em audiência de Termo de Ajustamento de Conduta a reclamada NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRONICO S/A também negou-se a celebrar o TAC, acrescentando por sua preposta que “ não entende necessária a imputação de penalidade tendo em vista que a consumidora teve seu pleito atendido, no caso em referência.Digo ao modo, requer a não aplicação da multa pelo fato de não ter assinado ao TAC proposto”.

2.1- DA INFRAÇÃO AO ART.18 DA LEI 8.078/90 E ART 33 § 2º DO DECRETO 2.181/97.

Considerando que a consumidora adquiriu um produto na NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRONICO fabricado pela NOKIA, que apresentou vício e não foi sanado no prazo legal, as reclamadas infringiram o art. 18 do CDC.Ademais, o fato da NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA não comparecer à audiência e a reclamada NOVA PONTO COMERCIO ELETRONICO LTDA não atender às reconvocações, infringiu o art.33§2º do decreto 2.181/97.

Com efeito, a prática infrativa ao art. 18 do CDC por ambas as reclamadas se concretizou antes mesmo da abertura da reclamação direta, permanecendo por não propor acordo em audiência, até porque houve o cometimento de uma nova infração à lei

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consumerista, ou seja, ao art. 33 § 2º do decreto 2.181/97, devido ao não comparecimento em audiência, mesmo cientes.

No que concerne à A NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA, ainda que tenha efetuado a substituição do produto, o fez após o cometimento da infração descrita no art.18 do CDC. Em relação à justificativa de não comparecimento em audiência, sabe-se que além desta, outras diligências foram tomadas dando à mesma oportunidade de defesa, tal como o despacho de fls. 17 e 18, que foi respondido INTEMPESTIVAMENTE, em 17/03/2014, através da manifestação acostada às fls. 20.

Todavia, o fato é que o atendimento posterior da demanda não isenta o fornecedor da sua infração, diminuindo apenas seus efeitos e, nem tampouco, tem o condão de desconstituir o não comparecimento à audiência, que, por sua vez, significa uma falta de respeito para com o órgão que tutela os direitos daqueles que são hipossuficientes.

2.2 - DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRÔNICO S/A

A reclamada NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRONICO S/A, como vendedora do produto, se enquadra no conceito de fornecedora, senão vejamos:

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

O artigo 18, caput do código de defesa do consumdior preleciona que “os FORNECEDORES DE PRODUTO E SERVIÇOS de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios

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ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas”

Daí se depreende que a reclamada NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRONICO S/A, também responde pelos vícios dos produtos que comercializa.

In casu, o aparelho celular fabricado pela NOKIA, adquirido na reclamada,

apresentou vício ainda na garantia, que inclusive não foi sanado no prazo legal, tendo sido considerado impróprio ao uso e a reclamada nada fez para resolver o problema da consumidora, desrespeitando ainda as convocações deste órgão.

Vale dizer que essa reclamada não compareceu em audiência quando citada ( Ar juntado às fls. 13/verso e ata às fls, 14), bem como não se manifestou quando lhe foi dada a oportunidade, no despacho de fls. 17 e 18- AR juntado às fls.18/verso) e ainda se negou a assinar o termo de ajustamento de conduta(fls. 28 a 30).

Bem, analisando detidamente as defesas apresentadas, tenho que razão assiste ao Reclamante. Assim, considero subsistentes as infrações constantes do processo administrativo em epígrafe, pelas fornecedoras NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA e NOVA PONTO COMERCIO ELETRÔNICO S/A.

Ex positis, passo, pois, à aplicação da SANÇÃO ADMINISTRATIVA.

É cabível a aplicação da pena de multa prevista no artigo 56, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor, a qual será aplicada observando-se os preceitos do artigo 57 do mesmo diploma, bem como as regras previstas no decreto municipal 6.346/2012.

FIXAÇÃO DA PENA DE MULTA (artigo 57, CDC, e artigo 40 do Decreto

Municipal 6346/2012.

De acordo com o art. 57 do CDC, o valor da pena de multa será fixado atendendo critérios estritamente legais, os quais levarão em conta a gravidade da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do fornecedor.

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a) Gravidade da Infração: relaciona-se com sua natureza e

potencial ofensivo. As infrações que ensejam essa sanção administrativa enquadram-se na classificação I e II, consideradas respectivamente, de natureza leve e moderada, quais sejam, deixar de comparecer à audiência, mesmo devidamente citada e assinar o termo de ajustamento de conduta, deixar de sanar os vícios do produto no prazo de 30 dias.

b) Vantagem não auferida: Não há, no presente caso, como

mensurar a vantagem auferida. Quanto à vantagem auferida, é bom que se diga que não há necessidade de a mesma guardar proporcionalidade com a infração cometida. Assim considerado, o valor da multa deve ter o condão de censurar a conduta do fornecedor, para que ele realmente sinta que precisa mudar sua relação com os consumidores e com os órgão de defesa do consumidor e deve fazer isso obedecendo às normas consumeristas. Consoante entendimento jurisprudencial, a multa prevista no art. 56 do CDC não visa à reparação do dano sofrido pelo consumidor, mas sim à punição pela infração às normas que tutelam as relações de consumo. Observa-se que o poder sancionatório do Estado pressupõe obediência ao princípio da legalidade e a sua ratio essendi é desestimular a prática daquelas condutas censuradas ou ilícitas, ou ainda forçar o cumprimento das obrigações. Considerando a ausência de prova nos autos acerca da vantagem auferida pela fornecedora, aplico o fator “1” do art. 42, I do decreto municipal 6.346/2012.

c) Condição econômica: a Infratora não apresentou demonstrativo

de resultado do último exercício financeiro, mas possui capital social estimado em R$ 90.229.763,00(noventa milhões duzentos e vinte e nove mil e setecentos e sessenta e três reais), conforme se verifica junto ao site da junta comercial de São Paulo (documento incluso), verifico assim que sua condição econômica é de nível “Grande Porte”.

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I. Pena-base: Com os valores acima apurados, estando

retratadas a gravidade das infrações, a vantagem auferida e a condição econômica da reclamada, aplico os dados à fórmula prevista em Decreto 6.346/2012, Decreto 2.181/97 e art. 65 da Resolução PGJ 11/2011, tendo como o quantum da pena-base o valor de R$155.382,94(cento e cinqüenta e cinco mil trezentos e oitenta e dois reais e noventa e quatro centavos) a mínima em R$ 77.691,47(setenta e sete mil seiscentos e noventa e um reais e quarenta e sete centavos) a Multa Máxima em R$233.074,41 (duzentos e trinta e três mil e setenta e quatro reais e quarenta e um centavos), conforme planilha de cálculo anexa.

II. Atenuantes (artigos 25 do Dec. 2.181/97 e Decreto

6346/2012): Com fulcro no art. 25, III, do Decreto Federal 2.187/97, verifica-se existir circunstância atenuante em relação a reclamada, haja vista que após o despacho, tomou providências para minimizar os efeitos do ato lesivo, substituindo o produto.Em assim sendo, por imperativo legal, aplico a diminuição da pena prevista no artigo 44, I, do Decreto 6346/2012, diminuindo a pena-base em 1/2 (um meio).

III. Agravantes (artigo 26, IV do Dec. 2.181/97 e 44 do Decreto 6346/2012: vislumbra-se no feito circunstância agravante, por decisão transitada em julgada no processo FA: 0113.000.651-9.

Quanto à segunda Reclamada- NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRONICO S/A

d) Gravidade da Infração: relaciona-se com sua natureza e

potencial ofensivo. As infrações que ensejam essa sanção administrativa enquadram-se na classificação I e II, consideradas respectivamente, de natureza leve e moderada, quais sejam, deixar de comparecer à audiência, mesmo

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devidamente citada, de responder ao despacho e assinar o termo de ajustamento de conduta e de sanar os vícios do produto no prazo de 30 dias.

e) Vantagem não auferida: Não há, no presente caso, como

mensurar a vantagem auferida. Quanto à vantagem auferida, é bom que se diga que não há necessidade de a mesma guardar proporcionalidade com a infração cometida. Assim considerado, o valor da multa deve ter o condão de censurar a conduta do fornecedor, para que ele realmente sinta que precisa mudar sua relação com os consumidores e com os órgão de defesa do consumidor e deve fazer isso obedecendo às normas consumeristas. Consoante entendimento jurisprudencial, a multa prevista no art. 56 do CDC não visa à reparação do dano sofrido pelo consumidor, mas sim à punição pela infração às normas que tutelam as relações de consumo. Observa-se que o poder sancionatório do Estado pressupõe obediência ao princípio da legalidade e a sua ratio essendi é desestimular a prática daquelas condutas censuradas ou ilícitas, ou ainda forçar o cumprimento das obrigações. Considerando a ausência de prova nos autos acerca da vantagem auferida pela fornecedora, aplico o fator “1” do art. 42, I do decreto municipal 6.346/2012.

f) Condição econômica: a Infratora não apresentou demonstrativo

de resultado do último exercício financeiro, mas possui capital social estimado em R$ 50.741.294,71(cinqüenta milhões setecentos e quarenta e um mil duzentos e noventa e quatro reais e setenta e um centavos), conforme apresentado nas fls. 51.Verifico assim que sua condição econômica é de nível “Grande Porte”, tratando-se de uma das maiores empresas de comércio eletrônico do país, conta com significativa clientela e possui patente condição econômica para arcar com o ônus aqui lhe impingido.

CÁLCULO:

IV. Pena-base: Com os valores acima apurados, estando retratadas a gravidade das infrações, a vantagem auferida e a condição

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econômica da reclamada, aplico os dados à fórmula prevista em Decreto 6.346/2012, Decreto 2.181/97 e art. 65 da Resolução PGJ 11/2011, tendo como o quantum da pena-base o valor de R$ 89.568,82(oitenta e nove mil quinhentos e sessenta e oito reais e oitenta e dois centavos), a mínima em R$ 44.784,41(quarenta e quatro mil setecentos e oitenta e quatro reais e quarenta e um centavos) a Multa Máxima 134.353,24(cento e trinta e quatro mil trezentos e cinqüenta e três reais e vinte e quatro centavos), conforme planilha de cálculo anexa.

V. Atenuantes (artigos 25 do Dec. 2.181/97 e Decreto

6346/2012): Com fulcro no art. 25, II, do Decreto Federal 2.187/97, verifica-se existir circunstância atenuante em relação a reclamada, haja vista que é primária. Em assim sendo, por imperativo legal, aplico a diminuição da pena prevista no artigo 44, I, do Decreto 6346/2012, diminuindo a pena-base em 1/2 (um meio).

VI. Agravantes (artigo 26, IV do Dec. 2.181/97 e 44 do Decreto 6346/2012: não se vislumbra no feito circunstância agravante.

Entrementes, em atendimento ao princípio da proporcionalidade e razoabilidade, entende-se que os valores obtidos através da aplicação dos dados à planilha são incoerentes com a gravidade da infração, considerados exorbitantes em relação à mesma, por se tratar de um caso pontual, onde não se identifica dano difuso, mas a infração ao art. 18 do CDC em relação a uma consumidora e o desrespeito às convocações do Procon.

Desta feita, procedo à redução das penas de multa, aplicando nos seguintes termos:

Aplico definitivamente a multa no valor de R$ 3.000,000(três mil reais) à

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critério de redução foi relevante o atendimento do pleito do consumidor, ainda que de forma tardia.

Aplico definitivamente a multa no valor de R$ 1. 500,00(mil e quinhentos

reais) à reclamada NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRÔNICO S/A.

ISTO POSTO, determino:

A notificação das reclamadas NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA e

NOVA PONTO COM COMERCIO ELETRÔNICO S/A, nos endereços retro

mencionados, para recolherem à conta do Fundo Municipal de Defesa do Consumidor (FMDC), BANCO DO BRASIL, Agencia 2279-9, Conta 11029-9 o valor das multas administrativas aplicadas, respectivamente, R$ 3.000,000(três mil reais) e R$ 1.500,00(mil e

quinhentos reais) ou, caso queiram, apresentarem recurso no prazo de 10 (dez) dias, a

contar da data de suas notificações, com a devida comprovação nos autos (Decreto Federal de nº 2.181/97, art. 9 do Decreto 6346/2012).

Na ausência de recurso, ou após o seu improvimento, caso o valor da multa não seja quitado em até 30 (trinta) dias, que se proceda à inscrição do débito em dívida ativa, na forma do art. 55 do Decreto Federal de n.º2.181/97, devendo, ao final do mencionado prazo, incidir juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária de acordo com o índice oficial

Após o trânsito em julgado desta decisão, seja realizada a inscrição do nome dos infratores no cadastro de fornecedores mantido pelo PROCON Municipal, nos termos do artigo 44, caput, da Lei 8.078/90 e dos artigos 57 a 62, do Decreto Federal de nº 2.181/97.

Publique-se na imprensa oficial. Registre-se. Intimem-se. Remeta-se cópia do inteiro teor desta decisão, por correspondência eletrônica, ao responsável pelo Setor de Relações Institucionais do PROCON Estadual, disponibilizando-a no site deste órgão.

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Cumpra-se na forma legal.

Cientifiquem-se as partes interessadas.

Mariana, 21 de julho de 2014.

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PLANILHA DE CÁLCULO DE MULTA

JULHO DE 2014

Infrator NOKIA DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA

Processo 0114.000.061-0

Motivo Art. 18 da lei 8.078/90 e art.33 §2º do decreto 2.181/97

1 - RECEITA BRUTA R$ 90.229.763,00

Porte => Grande Porte 12 R$ 7.519.146,92

2 - PORTE DA EMPRESA (PE)

a Micro Empresa 220 R$ 0,00 b Pequena Empresa 440 R$ 0,00 c Médio Porte 1000 R$ 0,00 d Grande Porte 5000 R$ 5.000,00 3 - NATUREZA DA INFRAÇÃO a Grupo I 1

2

b Grupo II 2 c Grupo III 3 d Grupo IV 4 4 - VANTAGEM

a Vantagem não apurada ou não auferida 1

1

b Vantagem apurada 2

Multa Base = PE + (REC BRUTA / 12 x 0,01) x (NAT) x (VAN) R$ 155.382,94 Multa Mínima = Multa base reduzida em 50% R$ 77.691,47 Multa Máxima = Multa base aumentada em 50% R$ 233.074,41

Valor da UFIR em 31/10/2000 1,0641

Taxa de juros SELIC acumulada de 01/11/2000 a 30/06/2014 178,13%

Valor da UFIR com juros até 30/06/2014 2,9596

Multa mínima correspondente a 200 UFIRs R$ 591,91 Multa máxima correspondente a 3.000.000 UFIRs R$ 8.878.702,49

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PLANILHA DE CÁLCULO DE MULTA

JULHO DE 2014

Infrator NOVA PONTO COMERCIO ELETRÔNICO S/A

Processo 0114.000.061-0

Motivo Art. 18 da lei 8.078/90 e art.33 §2º do decreto 2.181/97

1 - RECEITA BRUTA R$ 50.741.294,71

Porte => Grande Porte 12 R$ 4.228.441,23

2 - PORTE DA EMPRESA (PE)

a Micro Empresa 220 R$ 0,00 b Pequena Empresa 440 R$ 0,00 c Médio Porte 1000 R$ 0,00 d Grande Porte 5000 R$ 5.000,00 3 - NATUREZA DA INFRAÇÃO a Grupo I 1

2

b Grupo II 2 c Grupo III 3 d Grupo IV 4 4 - VANTAGEM

a Vantagem não apurada ou não auferida 1

1

b Vantagem apurada 2

Multa Base = PE + (REC BRUTA / 12 x 0,01) x (NAT) x (VAN) R$ 89.568,82 Multa Mínima = Multa base reduzida em 50% R$ 44.784,41 Multa Máxima = Multa base aumentada em 50% R$ 134.353,24

Valor da UFIR em 31/10/2000 1,0641

Taxa de juros SELIC acumulada de 01/11/2000 a 30/06/2014 178,13%

Valor da UFIR com juros até 30/06/2014 2,9596

Multa mínima correspondente a 200 UFIRs R$ 591,91 Multa máxima correspondente a 3.000.000 UFIRs R$ 8.878.702,49

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