• Nenhum resultado encontrado

A CULTURA EM PLACA DE ÁGAR NO DIAGNÓSTICO DE Strongyloides stercoralis EM PACIENTES CANDIDATOS A TRANSPLANTES

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A CULTURA EM PLACA DE ÁGAR NO DIAGNÓSTICO DE Strongyloides stercoralis EM PACIENTES CANDIDATOS A TRANSPLANTES"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

A CULTURA EM PLACA DE ÁGAR NO DIAGNÓSTICO DE Strongyloides stercoralis EM PACIENTES CANDIDATOS A TRANSPLANTES

GOTTARDI, Maiara; SANTOS, Giovanna R. maiara.gottardi@usp.br

Centro de Pós-Graduação Oswaldo Cruz;

Resumo: A estrongiloidíase é uma infecção intestinal causada pelo nematódeo Strongyloides stercoralis, com maior prevalência nas regiões tropicais e subtropicais. A maioria dos casos evolui para um quadro crônico benigno, entretanto pode causar hiperinfecção e disseminação, sobretudo em pacientes imunodeprimidos. O diagnóstico definitivo normalmente é realizado mediante o encontro de larvas nas fezes, que é dificultado pela baixa e irregular eliminação de parasitas pelo hospedeiro. Os métodos parasitológicos convencionais apresentam baixa sensibilidade, com exceção do método de cultura em Placa de Ágar que tem demonstrado alta eficácia. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a cultura em Placa de Ágar para o diagnóstico da estrongiloidíase em pacientes candidatos a transplantes. Do total de 150 pacientes candidatos a transplante analisados, 9,33% (n=14) foram positivos para S. stercoralis, sendo que, 3,33% (n=5) detectada pela técnica de Rugai, 4% (n=6) para sedimentação espontânea e 6,66% (n=10) pela cultura em placa de Ágar. Pode-se verificar a maior detecção deste helminto utilizando o método de cultura em Placa de Ágar, no entanto esta metodologia não faz parte da rotina dos laboratórios de clínicos, possibilitando a ocorrência das consequências graves desta helmintíase.

Palavras-chave: Strongyloides stercoralis, estrongiloidíase, diagnóstico parasitológico, cultura em Placa de Ágar.

Abstract: Strongyloidiasis is an intestinal infection caused by the nematode Strongyloides stercoralis, with major occurrence in tropical and subtropical areas. Most of cases develop a benign chronic situation. However, it may cause hyperinfection and severe disease in immunosuppressed patients. The definite diagnosis is usually performed by finding larvae in stool, which is difficult for the low and irregular elimination of parasites by the host organism. The conventional parasitological methods show low sensibility except the Agar Plate culture method, which has been highly efficient. This paper aims to evaluate the culture plate agar for the diagnosis of strongyloidiasis in patients transplant candidates. Of the 150 patients analyzed transplant candidates, 9.33% (n = 14) were positive for S. stercoralis, and, 3.33% (n = 5) detected by the technique of Rugai, 4% (n = 6) to sedimentation and 6.66% (n = 10) by the agar plate culture.Its seen the major detection of such helminth by using the Agar Plate culture method. On the other hand, such methodology is not included in the clinical analysis laboratories daily routine, which enables severe consequences of this helminthiasis.

(2)

Keywords: Strongyloides stercoralis, strongyloidiasis, parasitological diagnosis, Agar Plate culture.

1- INTRODUÇÃO

A estrongiloidíase é uma infecção intestinal causada pelo nematódeo do gênero Strongylodes. Já foram identificadas mais de 52 espécies pertencentes a este gênero, dentre os quais se destaca Strongyloides stercoralis, como responsável pela infecção humana. A espécie Strongyloides fülleborni, também pode causar a infecção humana, porém é encontrada esporadicamente na África e em Papua na Nova Guiné (LIU, WELLER, 1993; GROVE, 1996).

O S. stercoralis é de distribuição mundial, com maior prevalência nas regiões localizadas nos trópicos e subtrópicos, infectando cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo (CONCHA et al., 2005; OLSEN et al., 2009). No Brasil essa é uma parasitose frequente, com ocorrência de 5,5% (PAULA, COSTA-CRUZ, 2011). Segundo alguns autores, as regiões que apresentam maiores prevalências são as de menor desenvolvimento, onde fatores como a falta de saneamento básico e de educação, associados a uma dieta nutricional pobre contribuem bastante para a elevada prevalência (KOBAYASHI et al., 1996; MACHADO, COSTA-CRUZ, 1998).

A infecção geralmente é adquirida através da penetração na pele por larvas infectante presentes no solo (CONCHA et al., 2005). Nos países desenvolvidos, a infecção acomete principalmente agricultores, hortigranjeiros, trabalhadores rurais, imigrantes e viajantes que visitam áreas endêmicas, enquanto nos países em desenvolvimento, a doença atinge principalmente crianças, pela frequente permanência em solos contaminados (COSTA-CRUZ, 2011).

A maior parte dos indivíduos com estrongiloidíase apresenta forma assintomática ou manifestações clínicas brandas, não patognomônicas (GROVE, 1996). Neste contexto, em indivíduos infectados existem três possibilidades de evolução: a erradicação da infecção, a cronicidade decorrente da autoinfecção e a possibilidade de hiperinfecção e/ou disseminação. Estas possibilidades estão na dependência do sistema imune do hospedeiro e da capacidade de evasão do parasito (COSTA-CRUZ, 2011). A infecção crônica por S. stercoralis, quando apresenta sintomas, geralmente são cutâneos, gastrointestinais ou pulmonares (LIU, WELLER, 1993). Entretanto, em condições de baixa imunidade pode ocorrer hiperinfecção causando a síndrome de má absorção e íleo paralítico. Casos mais graves podem ainda desenvolver uma disseminação sistêmica, caracterizados por um aumento acentuado de larvas invadindo não só o trato digestivo e pulmões, mas também outros órgãos. Além disso, bactérias intestinais podem ser dispersas na corrente sanguínea por meio das larvas infectantes, causando complicações fatais como pneumonia, septicemia e meningite, os microrganismos frequentemente encontrados são Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Enterococcus spp. (ZAHA et al., 2000).

Embora seja uma infecção parasitária de curso benigno, a estrongiloidíase pode tomar grandes proporções, sobretudo em indivíduos imunodeprimidos (ZAHA et al.,

(3)

2000). Contudo é extremamente importante o diagnóstico sensível para que seja implantado o tratamento dos infectados.

O diagnóstico da infecção pelo S. stercoralis pode ser sugerido pelos sinais clínicos, sintomas, hemograma com acentuada eosinofilia e estudos sorológicos, porém o diagnóstico definitivo ocorre pela demonstração de larvas ou vermes adultos em fezes. Tal demonstração e isolamento é bastante dificultada na maioria dos casos pela baixa e irregular eliminação de parasitas pelo hospedeiro (GROVE, 1996; LIU, WELLER, 1993; SUDRÉ et al., 2006). Os métodos parasitológicos quando realizados em uma única amostra de fezes apresentam baixa sensibilidade, por volta de 25% (CONCHA et al., 2005). Ao serem analisadas três amostras de fezes, a sensibilidade aumenta para 50%, podendo chegar a 100% quando analisados um total de sete amostras (COSTA-CRUZ, 2011).

Vários métodos têm sido utilizados para pesquisa de larvas em amostras de fezes, como o exame direto com uso de solução salina e lugol; métodos de concentração como a sedimentação espontânea; Barmann-Moraes e Rugai (ARAKAKI et al., 1988; SIDDIQUI, BERK, 2001). Além disso, tem sido reportado que o método de Cultura em Placa de Ágar apresenta maior sensibilidade, sendo capaz de identificar mais de 90% dos casos positivos de estrongiloidíase, mesmo em casos de baixa parasitemia (ARAKAKI et al., 1988; KOGA et al., 1992; LIU, WELLER, 1993; GROVE, 1996). No entanto, este método não tem sido utilizado com grande frequência nas pesquisas e na rotina laboratorial. Diante disso e com base no que foi exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação da cultura em placa de ágar para o diagnóstico de S. stercoralis em pacientes candidatos a transplantes. Para tanto uma população de 150 pacientes candidatos a transplantes (renal, hepático e medula óssea) foi analisada, utilizando as técnicas de sedimentação espontânea, Rugai e cultura em placa de ágar, após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

2 - MATERIAL E MÉTODOS

A população de estudo para padronização da técnica foi constituida de noventa e três amostras de fezes de 93 pacientes ambulatoriais, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), de ambos os sexos, com idade entre 10 e 60 anos, sem imunodepressão aparente, e foram divididas em três grupos baseando-se nos resultados de exames parasitológicos de fezes, conforme especificado adiante:

i-) Grupo positivo: 21 pacientes com diagnóstico parasitológico positivo para S. stercoralis;

ii-) Grupo negativo: 40 pacientes com diagnóstico parasitológico negativo; iii-) Grupo com outras parasitoses: 32 pacientes com diagnóstico parasitológico para outras parasitoses intestinais (Ascaris lumbricoides (3); Enterobius vermicularis (1); Schistosoma mansoni (10); Giardia intestinalis (4); Ancilostomídeos (7); Hymenolepis nana (2); Blastocystis spp (2); Endolimax nana (3)).

(4)

Inicialmente, uma investigação parasitológica foi conduzida pela Seção de Parasitologia da Divisão de Laboratório Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo por técnicas empregadas na rotina (Lutz, Rugai, Faust e coloração pelo Tricômio) nas amostras de fezes dos pacientes. Posteriormente, se o resultado do diagnóstico parasitológico do paciente fosse positivo, o paciente era convocado, sendo solicitada, após conhecimento e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo I), uma amostra de sangue e fezes, antes do tratamento.

A amostra de sangue foi centrifugada a 3000 rpm por cinco minutos para a separação do soro que foi estocado a -20ºC até o momento do uso. As amostras de fezes obtidas foram processadas pelo método de Cultura em placa de Ágar, de acordo com Koga et al. (1991), para a confirmação do diagnóstico parasitológico.

2.1. População de estudo

Para avaliar a aplicabilidade da técnica, foram utilizadas amostras de fezes de 150 pacientes candidatos a transplante, a saber: 50 para transplante renal; 50 para transplante de fígado; 50 para transplante de medula óssea, atendidos nos ambulatórios dos respectivos Serviços de Transplante do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

2.2 Métodos Parasitológicos

2.2.1. Sedimentação Espontânea

Foi utilizada sedimentação espontânea (técnica de Lutz ou Hoffman, Pons e Janer) é indicada para pesquisa de ovos, larvas e cistos. Fundamentada na sedimentação espontânea em água (combinação da gravidade e da sedimentação). Cinco gramas de fezes frescas foram colocadas em um copo descartável de 250 mL, e foram acrescentadas 50 a 60 mL com água corrente. Depois de misturadas, as fezes foram colocadas em um cálice de sedimentação e filtradas através de um filtro descartável (Parasitofiltro®). O cálice de sedimentação foi deixado em repouso por duas horas. Logo após, o sedimento foi colhido do cálice com uma pipeta Pasteur e colocado em uma lâmina, onde foi corado com solução de iodo de Lugol e examinado no microscópio (aumento de 400X) para possível presença de ovos, larvas e cistos.

2.2.2. Técnica de Rugai

Para obtenção das larvas de S. venezuelensis e S. stercoralis foi utilizado o método de Rugai, Mattos e Brisola (1954). O método fundamenta-se no termo hidrotropismo positivo das larvas de nematoides. Em um recipiente contendo material fecal, foi colocado uma gaze dobrada e um elástico prendendo-a na superfície do frasco. Em um cálice de sedimentação foi colocada água corrente aquecida a 40ºC a 45ºC. O recipiente com fezes foi transferido para o interior do cálice de sedimentação, de modo que o líquido entrasse em contato com a gaze. Após 120 minutos, foi colhido o sedimento no fundo do cálice com uma pipeta Pasteur. O sedimento foi diluído, corado com Lugol e examinado no microscópio (Olympus Cx41) para contagem das larvas.

(5)

2.3.4. Cultura em placa de Ágar

Foram semeadas aproximadamente dois gramas de fezes em placa de Ágar em uma superfície de aproximadamente um centímetro de diâmetro. As placas foram lacradas com parafilme e incubadas a temperatura de 28 ºC por dois dias. Após o tempo de incubação, as placas foram lavadas com álcool etílico 70%. O lavado foi colhido da superfície do ágar e centrifugado a 3000 rpm por três minutos. Na sequência, o sedimento foi corado com solução de iodo de Lugol e analisado no microscópio (aumento de 100 e 400X) para possível presença de larvas rabditoides e/ou filarioides de S. stercoralis ou larvas ancilostomídeos.

3- RESULTADOS

O Diagnóstico parasitológico nos pacientes do grupo i (com exame parasitológico positivo para S. stercoralis), a sensibilidade isolada de cada método foi de 42,86%, 57,14% e 90,47% utilizando a sedimentação espontânea, Rugai e cultura em placa de Ágar, respectivamente (Figura 1). Utilizando-se a associação das técnicas Rugai e cultura em placa de Ágar, pode-se observar um aumento da sensibilidade diagnóstica de S. stercoralis para 95,24%.

Figura 1: Placa de Ágar positiva, em amostra de paciente positivo pertencente ao grupo controle, mostrando o crescimento bacteriano no caminho que a larva faz na superfície do Ágar.

Do total de 150 pacientes candidatos a transplante analisados, 9,33% (n=14) foram positivos para S. stercoralis, sendo que, 3,33% (n=5) detectada pela técnica de Rugai, 4% (n=6) para sedimentação espontânea e 6,66% (n=10) pela cultura em placa de Ágar (Tabela 1). Dos pacientes positivos pelos métodos parasitológicos, 10 eram candidatos a transplante renal, três candidatos a transplante de fígado e dois de medula óssea.

(6)

Tabela 1 - Detecção de S. stercoralis utilizando os métodos parasitológicos isolados e combinados nas 150 amostras de fezes de pacientes candidatos a transplantes do HCFMUSP, 2012.

Grupos S R PA S+R S+PA R+PA S+R+PA Total

Transplante Renal 0 2 5 0 1 1 0 10 Transplante Hepático 2 0 0 0 0 0 1 3 Transplante de Medula-Óssea 0 0 0 0 1 0 1 2 Total 2 2 5 0 2 1 2 14

S – Sedimentação espontânea; R – método de Rugai; PA – método de cultura em Placa de Ágar

4- DISCUSSÃO

Sabe-se que a estrongiloidíase é uma doença parasitária negligenciada, com elevada prevalência em muitos países (SCHAR et al., 2013). A presença da infecção, ainda que subclínica em pacientes imunodeprimidos ou que serão submetidos a imunossupressão representa um problema adicional relevante, dada a possibilidade de hiperinfecção ou estrongiloidíase disseminada.

O diagnóstico dessa helmintíase dá-se por meio do encontro de larvas nas fezes; no entanto, a sensibilidade dos métodos parasitológicos é baixa especialmente em casos crônicos de infecção, onde há uma pequena eliminação de larvas. Além disso, a excreção larval pode ser intermitente, o que tem implicações para a obtenção do diagnóstico (DREYER et al., 1996; UPARANUKRAW; PHONGSRI; MORAKOTE, 1999; ZAHA et al., 2000).

Devido a isso, as técnicas imunológicas e moleculares vêm sendo desenvolvidas para melhorar a sensibilidade e especificidade dos métodos de diagnóstico dessa helmintíase (GROVE, 1996; OLSEN et al., 2009). Entretanto, os métodos parasitológicos ainda são considerados o padrão ouro para o diagnóstico da estrongiloidíase.

Baseando-se nos resultados parasitológicos dos pacientes do grupo i, pode-se observar maior sensibilidade da cultura em placa de Ágar (90,47%) em relação aos outros métodos parasitológicos. Esses resultados foram inferiores aos obtidos por Kobayashi et al., 1996 e Inês et al. 2011, utilizando a cultura em placa de Ágar para o diagnóstico de S. stercoralis em relação a outros métodos parasitológicos. Quando se analisa a associação dos métodos parasitológicos para detecção desse nematódeo, pode-se obpode-servar o aumento na pode-sensibilidade para 95,24%, conforme mencionado por Inês et al., 2011.

Do mesmo modo, no diagnóstico parasitológico para detecção de S. stercoralis em pacientes candidatos a transplante, pode-se perceber que a cultura em placa de Ágar,

(7)

isoladamente ou em associação, alcançou melhores resultados em relação às técnicas de Rugai e sedimentação espontânea. Esses resultados estão de acordo com Repetto et al., 2010, indicando a utilização da cultura em placa de Ágar em associação com outros métodos parasitológicos para pesquisa de S. stercoralis em pacientes de risco de infecção, sobretudo em áreas endêmicas.

Por outro lado, Requena-Méndez et al., 2013, mencionam que técnicas como Baermann ou cultura em placa de Ágar, mais sensíveis e recomendadas para o diagnóstico parasitológico deste helminto, apresentam alto custo e sensibilidade não satisfatória em casos crônicos não sendo, dessa forma, implantadas na maioria de laboratórios de rotina.

Neste estudo, a positividade dos pacientes candidatos a transplantes para S. stercoralis utilizando os métodos parasitológicos foi de 9,33%. Levando em consideração qualquer forma de imunodepressão, resultados semelhantes foram obtidos por Schaeffel et al., 2001, que obtiveram uma positividade de 13%, estudando pacientes com doenças hematológicas.

5- CONCLUSÃO

Apesar da estrongiloidíase embora ser uma infecção de distribuição mundial com complicações fatais, ela ainda é uma doença de difícil diagnóstico. Vários métodos já foram descritos, porém não apresentam sensibilidade suficiente para obtenção de resultado rápido e preciso. O método de Placa de Ágar tem sido destacado em diversos trabalhos como método de alta sensibilidade no diagnóstico da estrongiloidíase, no entanto este método ainda não faz parte da rotina laboratorial, provavelmente devido ao custo elevado e a demora na obtenção dos resultados em relação aos métodos parasitológicos convencionais.

Diante do exposto pode-se notar a alta ocorrência desta helmintíase, sobretudo no Brasil, e mesmo assim é negligenciada pelas autoridades. Contudo, é de extrema importância a implementação de técnicas mais específicas que permitam o diagnóstico rápido, principalmente de baixo custo para a aplicação na rotina dos laboratórios de análises, e assim promover o tratamento rápido e efetivo e evitar as possíveis consequências fatais desta helmintíase.

6- REFERÊNCIAS

ARAKAKI, T., HASEGAWA, H., ASATO, R., IKESHIRO, T., KINJO, F., SAITO, A.; IWANAGA, M. A. A new method to detect Strongyloides stercoralis from human stool.

Japannese Journal of Tropical Medicine Hygiene. 1988; 16, 11–17.

CONCHA, R., HARRINGTON, W. JR.; ROGERS, A. I. Intestinal strongyloidiasis: recognition, management, and determinants of outcome. Journal Clinical Gastroenterology. 2005; 39, 203–211.

(8)

COSTA-CRUZ, J.M., BULLAMAH, C.B., GONÇALVES PIRES, M. R., CAMPOS, D.M., VIEIRA, M.A.. Cryo-microtome sections of coproculture larvae of Strongyloides stercoralis and Strongyloides ratti as antigen sources for the immunodiagnosis of human strongyloidiasis.

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. 1997; 39:313-317.

COSTA-CRUZ, J.M. Strongyloides stercoralis. In: Neves D.P. et al. Parasitologia humana. 11ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.

DREYER, G.; FERNANDES SILVA, E.; ALVES, S. Patterns of detection of Strongyloides

stercoralis in stool specimens: implications for diagnosis and clinical trials. J. clin. Microbiol.

1996; 34: 2569-2571.

GROVE, D.I. Human strongyloidiasis. Adv Parasitol 1996; 38:251-309.

SANTOS, R. C. Efficacy of parasitological methods for the diagnosis of Strongyloides stercoralis and hookworm in faecal specimens. Acta Tropica. 2011;120(3):206-10.

KOBAYASHI, J. et al. Studies on prevalence of Strongyloides infection in Holambra and Maceió, Brazil, by the agar plate faecal culture method. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 1996; 38: 279-284.

KOGA, K. et al. A modified agar plate method for detection of Strongyloides stercoralis. Am J

Trop Med Hyg. 1991; 45(4): 518-521.

LIUi, L.X.; WELLER, P.F. Strongylodiasis and other intestinal nematode infections. Infect Dis

Clin N Am 1993; 37(3): 655-682.

MACHADO, E.R., COSTA-CRUZ, J.M. Strongyloides stercoralis and other enteropasites in children at Uberlândia city, State of Minas Gerais, Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo

Cruz. 1998; 93(2): 161-164.

OLSEN, A. et al. Strongyloidiasis – the most neglected of the neglected tropical diseases?

Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene. 2009; 103, 967–972.

COSTA-CRUZ, J.M. et al. Parasitological and immunological diagnoses of strongyloidiasis in immunocompromised and non-immunocompromised children at Uberlândia, State of Minas Gerais, Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. 2000; 42(1): 51-55. REQUENA-MENDEZ, A. et al. The Laboratory Diagnosis and Follow Upo Strongyloidiasis: A Systematic Review. PLOS Neglected Tropical Diseases. 2013; Nov 7(1).

SIDDIQUI, A.A.; BERK, S.L. Diagnosis of Strongyloides stercoralis infection. Clin Infect Dis 2001, 33: 1040-1047.

(9)

UparanukraW, P.; Phongsri, S.; Morakote, N. Fluctuations of larval excretion in Strongyloides

stercoralis infection. Am J Trop Med Hyg 1999, 60: 967-973.

Schaffel, R., Nucci, M., Carvalho, E., Braga, M., Almeida, L.,Portugal, R. and Pulcheri,W. The value of an immunoenzymatic test (enzyme-linked immunosorbent assay) for the diagnosis of strongyloidiasis in patients immunosuppressed by hematologic malignancies. The American

Journal of Tropical Medicine and Hygiene. 2001; 65, 346–350.

Schär F, Trostdorf U, Giardina F, Khieu V, Muth S, Marti H, Vounatsou P, Odermatt P. Strongyloides stercoralis: Global Distribution and Risk Factors. PLoS Negl Trop Dis. 2013; Jul 11;7(7).

Sudré AP, Macedo HW, Peralta RHS, Peralta JM. Diagnóstico da estrongiloidíase humana: importância e técnicas. Revista de Patologia Tropical. 2006; 35: 173–184.

Uparanukraw, P.; Phongsri, S.; Morakote, N. Fluctuations of larval excretion in Strongyloides

stercoralis infection. Am J Trop Med Hyg 1999, 60: 967-973.

Zaha, O., Hirata, T., Kinjo F., Saito A. Strongyloidiasis-progress in diagnosis and treatment.

Referências

Documentos relacionados

45 Figure 18 - Study of the extract concentration in the phycobiliproteins extraction and purification using the mixture point composed of 10 wt% Tergitol 15-S-7 + 0.3

Detectadas as baixas condições socioeconômicas e sanitárias do Município de Cuité, bem como a carência de informação por parte da população de como prevenir

O artigo 2, intitulado “Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC): Estar fora da família, estando dentro de casa”, foi resultado da realização de uma pesquisa de

Todos os dias aqui temos duas ou três audiências públicas de fiscalização. Nós temos acesso a uma pesquisa que fala que 70% da população quer que esta

(2013 B) avaliaram a microbiota bucal de oito pacientes submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço através de pirosequenciamento e observaram alterações na

Em se tratando do acervo literário traduzido e adaptado por Monteiro Lobato, dentre essas intenções o que se encontra, predominantemente, é a segunda, visto que, tanto nas obras

O primeiro passo para introduzir o MTT como procedimento para mudança do comportamento alimentar consiste no profissional psicoeducar o paciente a todo o processo,

Este sistema integrado é composto por um conjunto de phantoms específicos (In: ECRI, 1998) para radiologia digital odontológica intra-oral (In: ECRI, 1998) e um pacote