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Pró-Reitoria Acadêmica Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente Curso de Engenharia Civil Trabalho de Conclusão de Curso

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Pró-Reitoria Acadêmica

Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente

Curso de Engenharia Civil

Trabalho de Conclusão de Curso

PERDAS DE ÁGUA NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DO

DISTRITO FEDERAL ENTRE OS ANOS DE 2007 E 2016

Autor: Márcio Silva Santana

Orientador: Dr. Álvaro Bittencourt Henrique Silva

Brasília - DF

2018

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MÁRCIO SILVA SANTANA

PERDAS DE ÁGUA NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DO DISTRITO FEDERAL ENTRE OS ANOS DE 2007 E 2016

Artigo apresentado ao curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção de Título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Dr. Álvaro Bittencourt Henrique Silva

Brasília-DF 2018

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Artigo de autoria de MÁRCIO SILVA SANTANA, intitulado PERDAS DE ÁGUA NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DO DISTRITO FEDERAL ENTRE OS ANOS DE 2007 E 2016, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, em 5 de dezembro de 2018, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada:

__________________________________________________ Prof. Dr. Álvaro Bittencourt Henrique Silva

Orientador

Curso de Engenharia Civil – UCB

__________________________________________________ Prof. Dr. Sylvia Regina Correa Brant Pereira de Jesus

Examinadora

Curso de Engenharia Civil – UCB

Brasília 2018

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente а Deus, que sempre está comigo, me guardando e me guiando, sem Ele nada se faz presente.

A minha família e amigos, eles são à base de tudo.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Álvaro Bittencourt Henrique Silva, por ter aceitado fazer parte dessa jornada importante na minha graduação.

Aos professores do Curso de Engenharia Civil da Universidade Católica de Brasília, em cada um de nós sempre terá um pouco de vocês.

Em especial ao Prof. Dr. Marcelo Resende, coordenador do curso, a Profª. Drª. Glauceny Cirne e a orientadora educacional, Gorete Lucena, por sempre estarem dispostos a nos ajudar da melhor maneira possível, o meu muito obrigado!

Aos profissionais da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal por terem disponibilizados os dados referentes à minha pesquisa.

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“Há água no mundo para todas as necessidades da humanidade, mas não o suficiente para satisfazer a ganância de uns poucos.”

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PERDAS DE ÁGUA NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DO DISTRITO FEDERAL ENTRE OS ANOS DE 2007 E 2016

MÁRCIO SILVA SANTANA

RESUMO

Perdas de água nos sistemas de abastecimento geram impactos financeiros e ambientais, e colaboram para a redução dos índices de reservação de água. Faz-se necessário buscar alternativas para amenizar esses impactos, uma delas é avaliar as perdas de água que ocorrem nos sistemas de abastecimento estaduais. Este estudo, portanto, realiza uma pesquisa exploratória documental para avaliar as perdas de água que ocorreram nos sistemas de abastecimento do Distrito Federal entre os anos de 2007 a 2016, por meio do Aplicativo da Série Histórica do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e de dados fornecidos pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB). Diante disso, verificou-se que, no período avaliado, o DF perdeu aproximadamente 677,1 milhões de m³ de água, consequentemente a CAESB deixou de arrecadar quase 2,4 bilhões de reais, com isso a companhia deixa de investir em outros setores, pois com o aumento da população, se faz necessária a ampliação da oferta hídrica. Altos indicadores impõe a constatação de que a Companhia ainda tem muito que fazer para reduzir esses indicadores, pois mesmo estando entre as companhias com os menores indicadores do país, esses valores ainda são considerados altos.

Palavras-chave: Perdas de água. Sistemas de abastecimento. SNIS.

1 INTRODUÇÄO

Em relação às reservas de água doce, o Brasil é um país que ocupa uma posição de privilégio no cenário internacional. Com menos de 3% da população mundial, possui 12% da água doce do planeta. Porém, cerca de 70% desse recurso concentram-se na região Norte do país, onde vivem apenas 10% da população, enquanto as regiões mais populosas contam com uma pequena parcela desse percentual.

Além da má distribuição desse recurso, o país enfrenta sérios problemas de saneamento básico. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2016, mais de 100 milhões de brasileiros não tinham acesso a serviços como tratamento de esgoto e mais de 35 milhões estavam sem acesso ao abastecimento de água tratada, o que limita o acesso a esse recurso. Acompanhado desses problemas, o país vem sofrendo com as mudanças climáticas, chuvas cada vez mais escassas e mal distribuídas,

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afetando o nível dos reservatórios, provocando declínio nos sistemas de abastecimento em várias cidades brasileiras.

Entre os anos de 2017-2018, o Distrito Federal (DF) enfrentou a pior crise hídrica da sua história, obrigando toda a sua população a economizar água por meio do racionamento rotativo. Com o crescimento da população acima do previsto e o consumo elevado de água, a capacidade do sistema não acompanhou essa demanda, o que foi agravado pelo crescimento territorial desordenado, com a destruição de nascentes e a impermeabilização do solo e somado com os baixos índices de precipitação.

De acordo com Brandão (2018), em 2009, o desabastecimento de água no DF já era uma questão que gerava preocupação para o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), uma vez que havia ausência de investimentos, combate das perdas de água e da destruição ambiental. Para o autor, tão importante quanto os investimentos emergenciais previstos, também são necessários os esforços regulares para ampliação da oferta de água, da capacidade de reservação e controle dessas perdas.

As perdas de água em sistemas de abastecimento geram impactos financeiros e no meio ambiente, colaborando com a piora dos índices de reservação de água. Para sanar o déficit causado por essas perdas, se faz necessário aumentar o volume de água captado, o que acaba se tornando cada vez mais inviável em virtude dos recorrentes cenários de escassez de recursos hídricos.

Segundo o Trata Brasil (2018), somente no ano de 2016, foram perdidos o equivalente a quase sete piscinas olímpicas de agua tratada por dia no Brasil. De acordo com os dados disponibilizados pelo SNIS 2016, o país perde anualmente 38,1% da água tratada e disponibilizada para distribuição, regionalmente, o DF tem uma taxa de perdas de 35%.

Em grande maioria, essas perdas podem ser causadas pela ineficiência dos sistemas, com tubulações antigas e mal conservadas, vazamentos, fraudes e ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de água.

A partir desse histórico, o objetivo geral dessa pesquisa é realizar uma avaliação das perdas que ocorrem nos sistemas de abastecimento de água do DF.

Os objetivos específicos consistem em:

 Contextualizar e discutir a problemática das perdas de água nos sistemas de abastecimento no ambiente acadêmico;

 Apresentar um panorama geral dos últimos dez anos de perdas de água nos sistemas de abastecimento do DF;

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 Avaliar as perdas de água na distribuição e de faturamento nos sistemas de abastecimento do DF;

 Investigar e identificar as causas das perdas de água no DF;

 Apresentar as soluções adotadas pela concessionária para controlar e combater as perdas.

1.1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO DISTRITO FEDERAL

A água na sua forma bruta, como encontrada na natureza, é imprópria para o consumo humano. Para que o uso seja possível, é necessário assegurar as condições de potabilidade. Os sistemas de abastecimento de água (SAA) são soluções que possibilitam essa potabilidade, através da captação da água na natureza, o tratamento e a sua distribuição para as cidades. Um SAA, normalmente é constituído das seguintes partes: manancial, captação, estação elevatória, adutora, estação de tratamento de água, reservatório e rede de distribuição. Na Figura 1 exibe-se o esquema de um sistema de abastecimento simples.

Figura 1 – Esquema simplificado de um sistema de abastecimento de água

Fonte: Tsutiya (2004)

O sistema de abastecimento do Catetinho foi o primeiro a ser implantado no DF. De acordo com a Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal (ADASA), esse sistema servia para abastecer os canteiros de obras e os núcleos onde moravam os trabalhadores que construíram a nova capital. (ADASA, 2018).

Com o desenvolvimento da cidade, novos sistemas foram implantados. Atualmente o DF conta com sete sistemas de abastecimento de água: Descoberto, Torto-Santa Maria, Sobradinho-Planaltina, Brazlândia e São Sebastião (Figura 2). Para aumentar a oferta de água, em 2017 a Companhia incluiu os sistemas produtores de água do Bananal e do Paranoá, e está previsto que até o final de 2018 o Sistema Corumbá seja incluído ao sistema do DF.

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Figura 2 - Sistema de abastecimento de água do Distrito Federal

Fonte: CAESB (2018)

1.2 PERDAS DE ÁGUA EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO

Tardelli (2016) define perdas de água como sendo a parcela da água que foi disponibilizada na distribuição e que não foi medida pelos hidrômetros dos consumidores. Antes do ano 2000 não existia uma definição sobre perdas em sistemas de abastecimento que pudesse ser usada amplamente no setor de saneamento, cada país possuía o seu padrão, só a partir daí que a International Water Association (IWA) começou a uniformizar internacionalmente. Para a IWA, as perdas seriam qualquer água que entra no sistema de distribuição e não chega até os consumidores.

As perdas de água em sistemas de abastecimento variam de acordo com as características da rede de distribuição e a capacitação do corpo técnico que opera o sistema, além de erros de medição dos equipamentos e de consumos não autorizados. Essas perdas geram impactos negativos para os órgãos que operam o sistema, o meio ambiente e os consumidores. Perdas não é a mesma coisa que desperdício, os desperdícios ocorrem por mau uso da água pelos usuários, após a medição, ou quando existem equipamentos mal dimensionados pela companhia.

Para facilitar a compreensão dessas perdas, a IWA dividiu em dois tipos: perdas reais (perdas físicas) e perdas aparentes (perdas comerciais).

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1.2.1 Perdas Reais (Perdas Físicas)

São entendidas como as perdas de água que ocorrem entre a captação e o consumidor final (hidrômetro). Para Marques e Cheung (2013), essas perdas se resultam de rompimentos e vazamentos que possam ocorrer no sistema de abastecimento até o cavalete. É impraticável reduzir esse tipo de perda a zero, uma vez que elas são inevitáveis e estão propícias a ocorrer em qualquer parte do sistema de abastecimento. A Figura 3 trás a classificação dos vazamentos que ocorrem nos SAA.

Figura 3 – Classificação dos vazamentos

Fonte: Tsutiya (2004)

O Quadro 1 apresenta as caraterísticas dos vazamentos classificados na Figura 3.

Quadro 1 – Características dos vazamentos Tipos de

vazamentos Características

Inerentes Vazamento não visível, não detectável, baixas vazões e longa duração

Não visíveis Detectável, vazões moderadas, duração dependendo da frequência da pesquisa de vazamentos Visíveis Afloramento, altas vazões e curta duração Fonte: Lambert et. al. (2000)

O esquema mostrado pela Figura 4 demonstra como esses vazamentos podem acontecem nos SAA.

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Figura 4 – Vazamentos em redes de distribuição de água

Fonte: Tardelli (2004)

O Quadro 2 apresenta um esquema com as principais origens e magnitudes das perdas reais em diferentes partes do sistema.

Quadro 2 – Perdas físicas por subsistema: origem e magnitude

Fonte: Brasil (2003)

Segundo o Trata Brasil (2018), níveis elevados de perdas reais afetam diretamente os custos de produção e a demanda hídrica, pois aumentam o volume de água captada acima do que a demanda necessita, gerando ineficiências na produção e degradação do meio ambiente.

1.2.2 Perdas Aparentes (Perdas Comerciais)

Subsistema Origem Magnitude

Adução de Água Bruta

Vazamentos nas tubulações Limpeza do poço de sucção

Variável, função do estado das tubulações e da eficiência operacional Tratamento Vazamentos estruturais Lavagem de filtros Descarga de lodo

Significativa, função do estado das instalações e da eficiência operacional Reservação Vazamentos estruturais Extravasamentos Limpeza

Variável, função do estado das instalações e da eficiência

operacional Adução de Água

Tratada

Vazamentos nas tubulações Limpeza do poço de sucção

Descargas

Variável, função do estado das tubulações e da eficiência operacional Distribuição Vazamentos na rede Vazamentos em ramais Descargas

Significativa, função do estado das tubulações e principalmente das

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São as perdas correspondentes ao volume de água consumido sem autorização juntamente com os erros de medição sem terem sido faturados, excluindo as perdas reais que ocorrem nos sistemas de abastecimento. Essas perdas têm origem a partir de ligações clandestinas, consumidores não cadastrados, furtos, hidrômetros parados ou que realizam submedições, fraudados, entre outros (BRASIL, 2003).

Diferente das perdas reais, as perdas aparentes impactam diretamente o negócio das companhias. Índices elevados de perdas acabam reduzindo a capacidade financeira das companhias, limitando investimentos e modernização dos serviços (TRATA BRASIL, 2018).

O esquema mostrado na Figura 5 demonstra as características das principais causas das perdas aparentes.

Figura 5 – Perdas aparentes em redes de distribuição de água

Fonte: Tardelli (2004)

O Quadro 3 sintetiza um esquema com as principais origens e magnitudes das perdas aparentes em função das características do serviço.

Quadro 3 – Perdas aparentes: origem e magnitude

Origem Magnitude

Ligações clandestinas/irregulares

Podem ser significativas, dependendo de: procedimentos cadastrais e de faturamento, manutenção preventiva,

adequação de hidrômetros e monitoramento do sistema Hidrômetros parados

Hidrômetros que submedem Ligações inativas reabertas

Erros de leitura Número de economias errado Fonte: Brasil (2003)

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Assim como nas perdas físicas, é impraticável reduzir as perdas aparentes à zero, pois é impossível coibir 100% das fraudes e ligações clandestinas, além de erros de submedição.

O Quadro 4 trás uma comparação entre as perdas discutidas nesse tópico, demostrando as principais características dessas e seus impactos para as companhias, meio ambiente e os consumidores.

Quadro 4 – Principais características das perdas

Fonte: Tardelli (2004)

1.3 BALANÇO HÍDRICO

Segundo a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES (2013), para facilitar o entendimento dos componentes de um sistema de abastecimento, a IWA organizou esses dados em uma matriz denominada de Balanço Hídrico, onde é possível inserir e avaliar os tipos de perdas. Essa matriz é quantitativa e representa o sistema de abastecimento de água. Nela se deve detalhar o volume de água que entra no sistema, os consumos (autorizados ou não) e as perdas que ocorrem.

Para Tardelli (2004), o Balanço Hídrico é uma poderosa ferramenta de gestão que possibilita a avaliação das perdas de água em um sistema de abastecimento, representando e quantificando todos os possíveis usos da água. Como lembra Alegre et al. (2004), para ter

Itens Características Principais

Perdas Reais Perdas Aparentes

Tipo de ocorrência mais

comum Vazamento Erro de Medição

Custos associados aos volumes de água

perdidos

Custo de produção Tarifa

Receita Operacional Efeitos no Meio Ambiente Desperdício do Recurso Hídrico Necessidades de ampliações de mananciais Não é relevante Efeitos na Saúde

Pública Risco de contaminação Não é relevante Empresarial Perda do Produto Perda de receita Consumidor Imagem negativa (ineficiência

e desperdício)

Não é uma preocupação imediata Efeitos no Consumidor Repasse para tarifa

Desincentivo ao uso racional

Repasse de custos à tarifa Incitamento a roubos e fraudes

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sucesso com o Balanço Hídrico, é muito importante que ele seja bem executado, pois é fundamental para a avaliação das perdas de água.

No Quadro 5 é apresentada a matriz proposta pela IWA, onde constam as variáveis mais importantes para a composição dos fluxos e usos da água.

Quadro 5 – Matriz do balanço hídrico

Água entr ada no sis tem a [m³/an o] Consumo autorizado [m³/ano] Consumo autorizado faturado [m³/ano]

Consumo faturado medido (incluindo água exportada)

[m³/ano]

Água faturada [m³/ano] Consumo faturado não

medido [m³/ano] Consumo autorizado não faturado [m³/ano]

Consumo não faturado medido [m³/ano] Água não faturada (perdas comerciais) [m³/ano] Consumo não faturado não

medido [m³/ano] Perdas de água [m³/ano] Perdas aparentes [m³/ano]

Consumo não autorizado [m³/ano]

Perdas de água por erros de medição

[m³/ano]

Perdas reais [m³/ano]

Fugas nas condutas de adução e/ou distribuição

[m³/ano]

Fugas e extravasamentos nos reservatórios de adução

e/ou distribuição [m³/ano] Fugas nos ramais (a montante do ponto de

medição) [m³/ano] Fonte: Alegre et al. (2004)

1.4 INDICADORES DE PERDAS

Os indicadores de perdas são índices usados para calcular as perdas de água em sistemas de abastecimento. Para Tardelli (2006), esses indicadores servem para avaliar as perdas e gerenciar a evolução desses volumes perdidos, e com isso possibilitarem ações de controle.

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Marques e Cheung (2013) dizem que os indicadores são ferramentas essenciais para classificar a eficiência e o desempenho dos sistemas de abastecimento dos prestadores de serviços, exercendo um importante papel na transparência dos serviços prestados, apresentando informações claras e simples para os operadores do sistema.

Os indicadores mais utilizados para quantificar as perdas de água são expressos em percentuais, relacionando apenas os volumes perdidos com os produzidos. Esses indicadores são considerados inadequados para realizar tais quantificações, pois segundo Miranda et al. (2001), eles não condizem com a realidade, uma vez que a rede não trabalha de forma homogênea, variando de acordo com as condições de operações.

Como alternativa a esses indicadores, Miranda et al. (2001) afirmam que alguns autores adotam análises de forma combinada, associando volumes perdidos a algum parâmetro físico (como extensão de rede e quantidade de ligações prediais).

Ainda, segundo Miranda et al. (2001), para o assunto em questão, o SNIS, utilizando os conceitos e recomendações do Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água (PNCDA), apresenta quatro indicadores operacionais que permitem a análise dessas perdas, a Tabela 1 apresenta esses indicadores.

Tabela 1 – Indicadores de perdas do SNIS

Indicador Unidade

IN013 Índice de perdas de faturamento % IN049 Índice de perdas na distribuição % IN050 Índice bruto de perdas lineares m³/km.ano IN051 Índice de perdas por ligação litros.ligações.dia Fonte: Autor (2018)

O SNIS é uma base de dados com informações sobre a prestação de serviços de saneamento no Brasil, foi criado em 1995 e é gerenciado pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades.

Os indicadores adotados pelo SNIS consideram as perdas reais e aparentes juntas. Com isso, interpretam-se a totalidade do conjunto de perdas as quais os sistemas de abastecimento estão sujeitas.

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Foi realizada uma pesquisa exploratória documental com base no Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos do SNIS, referente ao período de 2007 a 2016, e nos relatórios disponibilizados pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – CAESB.

Para o desenvolvimento dessa pesquisa, ela foi dividida em duas etapas:

Etapa 1: Coleta dos dados do SNIS de 2007 a 2016 e o levantamento de dados junto a CAESB de 2015 a 2017.

Etapa 2: Análise dos dados e indicadores coletados.

2.1 ÁREA DE ESTUDO

Para esse estudo, utilizou-se como base o sistema de abastecimento de água do DF, abaixo algumas características do sistema em 2017:

 Extensão de Redes de Distribuição de Água: 7 854 km

 Ligações ativas de Água: 658.233

 Consumo Médio Per Capita: 132 l/hab/dia 2.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

As informações necessárias para a realização dessa pesquisa foram coletadas a partir da base de dados do Aplicativo da Série Histórica do SNIS e dos relatórios disponibilizadas pela CAESB. Os dados do SNIS utilizados nessa pesquisa podem ser consultados nos Anexos A, B e C.

2.3 INDICADORES OPERACIONAIS DE ÁGUA ANALISADOS

Para a realização dessa pesquisa, adotaram-se somente três indicadores de perdas, desconsiderando o indicador IN050 - Índice de Perdas Lineares, pois Alegre et al. (2004) recomenda que esse índice seja aplicado onde existam poucas ligações por quilômetros de rede, em áreas onde o número de ligações sejam menor que 20 por quilômetro.

2.3.1 IN013 - Índice de perdas de faturamento

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IN013 = AG006 + AG018 - AG011 - AG024AG006 + AG018 - AG024 x 100 (1)

onde:

AG006: Volume de água produzido – Volume de água disponível para consumo (1.000 m³/ano);

AG011: Volume de água faturado – Volume de água debitado ao total de economias (medidas e não medidas), para fins de faturamento (1.000 m³/ano);

AG018: Volume de água tratada importado – Volume de água potável, previamente tratada, recebido de outros agentes fornecedores (1.000 m³/ano);

AG024: Volume de serviço – Valor da soma dos volumes de água usados para atividades operacionais e especiais (1.000 m³/ano).

2.3.2 IN049 - Índice de perdas na distribuição

Indica em percentual as perdas da água em relação ao volume disponibilizado no sistema, também pode ser chamado de Água Não Contabilizada.

IN049 = AG006 + AG018 - AG010 - AG024

AG006 + AG018 - AG024 x 100 (2)

onde:

AG006: Volume de água produzido – Volume de água disponível para consumo (1.000 m³/ano);

AG010: Volume de água consumido – Volume de água consumido por todos os usuários (1.000 m³/ano);

AG018: Volume de água tratada importado – Volume de água potável, previamente tratada, recebido de outros agentes fornecedores (1.000 m³/ano);

AG024: Volume de serviço – Valor da soma dos volumes de água usados para atividades operacionais e especiais (1.000 m³/ano).

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Indica o volume de água perdido por ligações ativas.

IN051 = AG006 + AG018 - AG010 - AG024AG002 x 1.000.000365 (3)

onde:

AG002: Quantidade de ligações ativas de água – Quantidade de ligações ativas de água à rede pública, providas ou não de hidrômetro (Ligações);

AG006: Volume de água produzido – Volume de água disponível para consumo (1.000 m³/ano);

AG010: Volume de água consumido – Volume de água consumido por todos os usuários (1.000 m³/ano);

AG018: Volume de água tratada importado – Volume de água potável, previamente tratada, recebido de outros agentes fornecedores (1.000 m³/ano);

AG024: Volume de serviço – Valor da soma dos volumes de água usados para atividades operacionais e especiais (1.000 m³/ano).

2.4 ANÁLISE DOS DADOS

Para facilitar a avaliação dos indicadores utilizaram-se recursos como planilha eletrônica para elaborar tabelas e gráficos estatísticos.

Os volumes aqui analisados foram retirados do SNIS e constam no Anexo C.

Na quantificação das tarifas médias de água do período, os valores foram deflacionados, como pode ser observado no Apêndice A, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tomando como base o ano de 2016.

3 RESULTADOSEDISCUSSÃO

Com base nos dados retirados do Aplicativo da Série Histórica do SNIS e dos relatórios fornecidos pela CAESB, determinaram-se os resultados dos indicadores avaliados.

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3.1.1 Índice de Perdas na Distribuição

A Figura 6 apresenta a evolução do indicador de perdas de água na distribuição nos sistemas do DF referente ao período analisado.

Figura 6 – Série histórica com a evolução do indicador de perdas na distribuição

Fonte: Adaptado de SNIS (2018)

Após um período consecutivo de cinco anos em queda, é possível observar que ocorreu crescimento nos últimos quatro anos do período avaliado, com aumento expressivo de 8,1 pontos percentuais nos dois últimos anos, chegando a 35,2% em 2016.

Em 2006 a CAESB criou o Grupo de Trabalho para Redução e Controle de Perdas nos Sistemas de Abastecimento de Água, o objetivo do grupo era criar ações, inicialmente de curto prazo, no combate e redução das perdas de água nas redes de abastecimento (controle de vazamentos, substituição de hidrômetros, combate a fraudes, redução de pressão e ligações clandestinas) (ADASA, 2008), com base nas medidas adotadas pela companhia é possível observar seus resultados a partir do ano de 2009, com redução nos percentuais de perdas de água. Após um período consecutivo de cinco anos em queda, é possível observar que ocorreu crescimento nos últimos quatro anos do período avaliado, com aumento expressivo de 8,1 pontos percentuais nos dois últimos anos, chegando a 35,2% em 2016.

Com o crescimento de ocupações em áreas irregulares, aconteceu um expressivo aumento no número de ligações não autorizadas (CAESB, 2015) e uma redução no ritmo na substituição de hidrômetros e, com isso, os valores que estavam em queda foram puxados para cima, elevando a 35,2%, ficando 3,2 pontos preceituais acima da meta estabelecida para o ano de 2016, conforme o Planejamento Estratégico 2015/2019, ver Tabela 2.

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Outro fator importante, que impulsionou o aumento do indicador, foi que a CAESB (2015) reavaliou a metodologia relativa aos cálculos das perdas e concluiu que os índices que estavam sendo utilizados encontravam-se diferentes da realidade, com isso os dados ficaram mais preciso, impactando no aumento do indicador.

Mesmo apresentando níveis altos no indicador, a CAESB continua entre as companhias de saneamento estaduais com os menores índices de perda na distribuição e abaixo da média nacional em 2016, de 38%, no aspecto regional, a companhia também pontua próximo da média da região Centro-Oeste.

Tabela 2 – Metas dos indicadores relacionados no Plano de Negócio (Planejamento Estratégico 2015/2019)

Ano Perdas na Distribuição

(%)

Perdas por ligação (l/dia/lig) Perdas de Faturamento (%) 2016 32,0 373,0 23,3 2017 31,0 349,0 22,0 2018 30,0 308,0 21,0 2019 28,0 250,0 20,0

Fonte: Adaptado de CAESB (2018)

A fim de aprofundar os resultados da pesquisa, a partir dos dados da série histórica foi possível observar que no período analisado foram perdidos aproximadamente 677,1 milhões de m³ de água, ver Tabela 3, nos sistemas de distribuição de água do DF, com todo o volume perdido seria possível encher o reservatório do Descoberto, com capacidade de 102,9 milhões de m³, por aproximadamente sete vezes.

Tabela 3 – Volume de água perdido Ano de Referência AG006 - Volume de água produzido (1.000 m³/ano) AG010 - Volume de água consumido (1.000 m³/ano) AG024 - Volume de serviço (1.000 m³/ano) Volume de água perdido (1.000 m³/ano) 2007 220.490 157.672 18 62.800 2008 224.806 157.267 7 67.532 2009 224.519 162.323 103 62.093 2010 230.714 173.125 110 57.479 2011 234.902 176.569 89 58.244 2012 236.273 179.577 222 56.474 2013 255.958 185.916 317 69.725 2014 251.115 182.959 151 68.005 2015 247.120 160.072 149 86.899 2016 249.683 161.595 288 87.800 TOTAL 2.375.580 1.697.075 1.454 677.051

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Nos últimos dez anos, a média de perdas de água foi de 67,7 milhões de m³ por ano, isso equivale à soma do consumo aproximado anual das Regiões Administrativas do Plano Piloto (30,0 mi m³), Ceilândia (18,5 mi m³) e Taguatinga (13,5 mi m³) juntas. (CASTRO, 2018).

3.1.2 Índice de Hidrometração

Um indicador importante para o controle de perdas é o índice de hidrometração que indica a capacidade da companhia medir, com precisão, o volume de água que entra e sai dos sistemas de distribuição. A Figura 7 apresenta o índice de hidrometração e a macromedição do período analisado.

Figura 7 - Série histórica com a evolução do indicador de hidrometração e a macromedição

Fonte: Adaptado de SNIS (2018)

A média de hidrometração e macromedição no DF é alta, mantendo-se acima de 90% ao longo de todo o período. A média de hidrometração, índice que mede o percentual de ligações prediais atendidas por hidrômetros, é de 99,7%; e o percentual da agua produzida e destinada para a rede de distribuição, macromedida é de 96,0%.

Esses dois indicadores associados possibilitam o conhecimento das perdas que ocorrem nos sistemas de distribuição, quanto maiores esses índices, mais confiáveis são os indicadores de perdas apurados pela companhia. Segundo a CAESB (2015), para manter a precisão na medição desses índices, a Companhia conta com um laboratório de macro e micromedição, que avalia o desempenho e a segurança de cada equipamento instalado na rede.

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3.1.3 Índice de Perdas por Ligação

Para se ter uma análise mais apurada dos dados referentes às perdas de água na distribuição, recomenda-se utilizar mais de um indicador. Para essa pesquisa utilizou-se o Índice de Perdas por Ligação; a Figura 8 apresenta a evolução do indicador de perdas de água por ligação nos sistemas do DF.

Figura 8 – Série histórica com a evolução do indicador de perdas por ligação

Fonte: Adaptado de SNIS (2018)

A partir da observação do gráfico, percebeu-se que o mesmo apresentou comportamento semelhante ao gráfico da Figura 6. Uma queda de 125,1 l/dia/lig. após a criação do Grupo de Trabalho para Redução e Controle de Perdas nos Sistemas de Abastecimento de Água (2006), chegando a 261,5 l/dia/lig. em 2012 e crescimento nos próximos anos, elevando-se a 376,7 l/dia/lig. no final do período analisado, um salto de 115,2 l/dia/lig. Com isso, observa-se que o indicador de 2016 ficou acima da meta estabelecida para o ano, conforme o Planejamento Estratégico 2015/2019, (Tabela 2).

Em nível nacional, no ano de 2016, a CAESB ficou acima da média nacional de 343,0 l/dia/lig. e 118,5 l/dia/lig. acima da média regional.

De acordo com a CAESB (2017), o SNIS utiliza em sua metodologia o número de ligações ativas, mas é importante lembrar que a literatura técnica recomenda o uso de ligações ativas e inativas, pois, em ambas, podem ocorrer vazamento, pois se trata de uma rede pressurizada.

(23)

A fim de verificar se os indicadores utilizados nessa pesquisa para quantificar as perdas de água condizem com a realidade, Miranda et al. (2001) recomendam que seja adotada análise de forma combinada, nesse caso associou-se o indicador de perdas na distribuição com o indicador de perdas por ligação.

Tabela 4 – Indicadores de perdas de água Ano de Referência IN049 - Índice de perdas na distribuição (%) IN051 - Índice de perdas por ligação

(l/dia/lig.) 2007 28,5 385,2 2008 30,0 386,6 2009 27,7 319,6 2010 24,9 287,4 2011 24,8 278,2 2012 23,9 261,5 2013 27,3 314,2 2014 27,1 302,4 2015 35,2 381,0 2016 35,2 376,7

Fonte: Adaptado de SNIS (2018)

Essa verificação se deu a partir da análise do gráfico de dispersão, com isso é possível estabelecer se existe uma correlação entre os indicadores abordados. A partir dos dados da Tabela 4 plotou-se o gráfico da Figura 9.

Figura 9 – Dispersão Perdas por ligação x Perdas na distribuição

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Quanto mais próximo os valores estiverem da linha de tendência, maior será a relação entre os indicadores. Como era de se esperar, há uma relação positiva moderada entre os valores, exceto entre os dados referentes ao início do período analisado, pois existe um alto índice de perdas por ligação nos anos inicias do período avaliado. Indicando que as ações adotadas pelo Grupo de Trabalho da companhia ainda não haviam surtido efeito.

Essas perdas são resultado da forte influência das ligações clandestinas, a alta influência causada pela imprecisão dos hidrômetros na aferição dos volumes medidos e possíveis fraudes nesses medidores.

3.2 PERDAS DE FATURAMENTO

Na Figura 10, apresenta-se a evolução do indicador de perdas de faturamento nos sistemas do DF referente ao período analisado.

Figura 10 – Série histórica com a evolução do indicador de perdas de faturamento

Fonte: SNIS (2018)

Observa-se que o índice estava decaindo entre 2007 e 2012, porém, a partir de 2013, houve um aumento de 4,9 pontos percentuais e decréscimo lento nos anos posteriores.

O decrescimento do indicador evidencia que as ações para redução de perdas adotadas pela companhia surtiram efeito com a redução significativa desses índices. De acordo com a CAESB (2015), foram realizados investimentos na recuperação de vazamentos em reservatórios, substituição de hidrômetros, instalação de válvulas redutoras de pressão e pesquisa de vazamentos invisíveis.

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Percebe-se que após esse período de recessão, em 2013 houve aumento no indicador em virtude da interrupção dos serviços de substituição de redes e ramais e na pesquisa de vazamentos. A situação foi agravada pelo crescimento das áreas irregulares, ocasionando o aumento de ligações clandestinas.

Com a implementação do Planejamento Estratégico 2015-2019, que consiste na melhoria dos processos comerciais da Companhia, observa-se uma tendência de decrescimento da perda de faturamento.

Apesar do alto percentual, a CAESB ainda está entre os menores índices de perda de faturamento do país, e abaixo do índice médio nacional e regional de 2016, 36,2% e 34,0%, respectivamente. Esse cenário tende a ser cada vez menor, pois a companhia deu início ao programa de investimento, custeado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para que a meta final chegue ao percentual de 20%, conforme Tabela 2.

A partir da análise da Figura 11, foi possível estabelecer uma relação entre o volume de água faturada com o que foi consumido.

Figura 11 – Volume de água produzida, faturada e consumida.

Fonte: Adaptado de SNIS (2018)

Esperava-se que os volumes referentes à água consumida fossem iguais ao da água faturada, porém, de acordo com os procedimentos regulatórios, há um volume mínimo que deve ser faturado de 10 m³, com isso o volume de água faturada sempre será superior. Nota-se que há uma relação estável crescente entre os volumes analisados, explicados pelo crescimento natural da população, com o leve decrescimento nos dois últimos anos.

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Entretanto, nos dois últimos anos do período analisado, o volume consumido teve uma queda acentuada, de acordo com a CAESB (2015), influenciado pela repercussão na mídia sobre a crise hídrica que ocorreu no estado de São Paulo entre os anos de 2014 e 2016, refletindo na população uma conscientização no consumo da água, essa redução ocasionou em uma leve diminuição do volume produzido.

Presume-se que a água faturada deveria ter sofrido o mesmo impacto que a água consumida, a explicação mais provável para essa situação é o forte impacto que as ligações não autorizadas causam sobre o faturamento, pois quem não paga pelo serviço não se sente obrigado a economizar, e o volume mínimo cobrado pela companhia.

3.2.1 Perdas financeiras

Perante os dados discutidos, procurou-se quantificar quanto a CAESB deixou de arrecadar durante o período analisado. A partir de dados coletos no SNIS, foi elaborada a Tabela 5 a fim de mensurar o montante perdido. Para deixar os valores o mais próximo da realidade, as tarifas médias foram deflacionadas pelo IPCA, com isso as tarifas médias usadas nessa pesquisa são referentes aos valores médios de 2016.

Tabela 5 – Perdas financeiras Ano de Referência Volume de água perdido (1.000 m³/ano) Tarifa Média (R$) Perda Financeira (R$) 2007 59.320 3,43 203.467.600 2008 58.880 3,45 203.136.000 2009 55.933 3,46 193.528.180 2010 53.324 3,59 191.433.160 2011 55.035 3,74 205.830.900 2012 51.829 4,14 214.572.267 2013 68.732 4,33 297.609.560 2014 63.842 4,42 282.181.640 2015 61.671 4,64 286.153.440 2016 61.624 4,77 293.946.480 Total 2.371.859.227 Fonte: Autor (2018)

De acordo com a série histórica avaliada, é possível mensurar que nesse período a companhia deixou de arrecadar quase 2,4 bilhões de reais, aproximadamente 1 % do Produto Interno Bruto (PIB) do DF em 2016. [Companhia de Planejamento do Distrito Federal –

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CODEPLAN (2018)]. Esse montante equivale a uma perda financeira média de 237,2 milhões de reais por ano.

Porém, todo esse montante só seria possível se as perdas de água (real e aparente) fossem reduzidas a zero, o que é impossível de acontecer nos sistemas de abastecimento. Segundo a IWA, a partir de certo ponto passa a ser inviável financeiramente e tecnologicamente investir para eliminar completamente todas essas perdas.

Pois existem limites econômico e técnico para a redução dessas perdas. Reduzi-las completamente se torna inviável economicamente a partir do momento em que os custos de redução são maiores que os valores reais recuperados. Outro fator que contribui para essa situação é o limite do alcance das tecnologias atuais dos materiais, das ferramentas, dos equipamentos e da logística. A Figura 12 ilustra essa situação, os limites econômicos e técnicos para controle de vazamentos.

Figura 12 – Nível de eficiência de perdas em sistemas de abastecimento

Fonte: Trata Brasil (2018)

3.3 POTENCIAL DE GANHOS COM A REDUÇÃO DE PERDAS NOS SAA

Os altos indicadores de perdas de água nos sistemas de abastecimento do Brasil o torna um atrativo para investimentos, pois existe um alto potencial de ganhos na redução das perdas, esses indicadores podem ser reduzidos pela metade, pois estão bem acima dos encontrados em países desenvolvidos.

Segundo a ABES (2013), reduzir as perdas de água nos sistemas de abastecimento provém uma série de benefícios. Para alcançar tais benefícios, existem custos envolvidos com equipamentos e instalações, obras civis, ações operacionais e de manutenção, mão de obra e qualificação profissional.

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Em contrapartida a esses custos, os benefícios com a redução das perdas consistem na diminuição do volume de água captada para abastecer a mesma quantidade de pessoas, consequentemente há uma redução dos custos com a produção e o tratamento dessa água, e ganho de receita, no combate das perdas aparentes.

Com isso, a companhia pode investir em outros setores, pois não há a necessidade de investimentos na ampliação da demanda pelo recurso decorrente do crescimento populacional. Além do ganho associado à imagem da empresa, focada em eficiência e preservação dos recursos naturais.

3.3.1 Controle e combate das perdas de água

Segundo a ABES (2015), se nada for feito para combater e controlar as perdas de água, esses indicadores tendem a um crescimento com a deterioração natural dos sistemas de abastecimento. A Figura 13 mostra a evolução esperada caso nada seja feito no combate e controle das perdas e as consequências dos desafios atuais.

Figura 13 – Crescimento Natural das Perdas e os Desafios para o Combate

Fonte: ABES (2015)

De acordo com a IWA, as principais ações a serem feitas para controlar as perdas nos sistemas de abastecimento e, consequentemente, obter bons resultados, consiste no gerenciamento de pressões, controle de vazamentos, agilidade e qualidade no reparo dos vazamentos e gerenciamento da infraestrutura.

Para obter bons resultados das respectivas ações, devem ser consideradas no combate das perdas reais a existência de um cadastro técnico atualizado; distritos de medição e controle para realizar as avaliações; os resultados de redução das perdas; a macromedição,

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fundamental para o conhecimento das perdas reais e aparentes; e o acompanhamento dos resultados.

Para as perdas aparentes, é importante que os sistemas obtenham 100% de hidrometração e a existência de um cadastro comercial atualizado e confiável. As ações para combater essas perdas são: o gerenciamento da hidrometria, o combate às fraudes, irregularidades, modernização do sistema comercial e atualização do cadastro comercial.

Para Tardelli (2004) a existência de um programa de controle e redução de perdas é importante para atuar no controle destas, e propõe algumas etapas na elaboração do programa, como o diagnóstico da situação, a definição de metas, indicadores de controle, planos de ação, estruturação e priorização, acompanhamento das ações e avaliação de resultados e envolvimento de todos os responsáveis.

Gonçalves (1992) diz que uma companhia de saneamento deve implantar o seu programa de controle de perdas de forma a desenvolver as atividades que proporcionem uma redução de perdas a valores aceitáveis, obedecendo aos critérios de viabilidade econômica.

Para combater e controlar as perdas em seus sistemas de distribuição, a CAESB (2017), apoiada com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), elaborou o Programa de Redução e Controle de Perdas da Caesb 2015-2019, o programa consiste em ações a serem executadas no período de 2015 a 2019 e está estruturado em projetos para redução das perdas (reais e aparentes). As Figuras 14 e 15 exibem os cenários com os valores de referência acordado no programa da companhia.

Figura 14 – Cenários de redução de perdas na distribuição e de faturamento

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Figura 15 – Cenário de redução de perdas por ligação

Fonte: Adaptado de CAESB (2018)

O Plano Distrital de Saneamento Básico (PDSB), elaborado entre a parceria da ADASA com a empresa Serviços de Engenharia Consultiva SS LTDA (SERENCO), formula metas estratégicas para o atendimento adequado da população do DF aos serviços de saneamento básico. Uma dessas metas é a redução do atual índice de perdas de água, que, conforme mostrado, vem aumentando nos últimos anos.

Segundo o PDSB (2017), essas metas deverão ser alcançadas ao longo de 20 anos, subdividido em metas de curto (2018-2021), médio (2022-2025) e longo prazo (2026-2037), com isso foram definidos três cenários para o futuro:

 Cenário tendencial – mantendo-se as tendências atuais ao longo prazo;

 Cenário possível – a partir da realidade atual, que seja feitas melhorias pelos próximos 20 anos e

 Cenário desejável – reflete a melhor previsão possível, levando em consideração a capacidade técnica atual.

Com base nesses cenários a Figura 16 faz uma prospecção para os próximos 20 anos, levando como base o ano de 2017, todos os três cenários são possíveis de serem alcançados, pois foi levada em consideração a capacidade técnica da Companhia.

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Figura 16 – Cenários de perdas na distribuição

Fonte: Adaptado de PDSB (2017)

3.3.2 Programa de Redução de Perdas da CAESB

A partir do Programa de Redução e Controle de Perdas da Caesb 2015-2019, a Companhia vem implementando ações com o intuito de reduzir as perdas. De acordo com a CAESB (2018), os pilares do programa de redução de perdas da companhia consistem em:

1. Controle Operacional

 Monitoramento do sistema produtor e distribuidor (Centro de Controle Operacional).

 Controle ativo de rompimentos de adutora e extravasamentos em reservatórios.

 Controle de pressão na rede de distribuição.

 Manobras de fechamento e abertura de rede seguindo procedimentos adequados.

 Coleta de dados e geração de informação da operação, por meio de sistema historiador.

 Recebimento e apontamento falta d´água pela Central 115 em gráficos e mapas georreferenciados.

2. Controle de Vazamentos

 Inspeções contínuas em unidades operacionais.

 Recuperação/restauração de reservatórios.

 Recebimento e apontamento de vazamentos pela Central 115 em gráficos e mapas georreferenciados.

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 Aplicativo Caesb permitindo aos usuários registrar vazamentos com fotos e localização.

 Identificação de localidades com maior número de registros de rompimentos e vazamentos.

 Pesquisas de vazamentos não visíveis.

3. Melhoria da Medição dos Volumes de Água

 Macromedição

o Construção do Laboratório de Macromedição. o Aquisição de Equipamentos de Macromedição:

 Melhoria dos equipamentos de aferição.  Substituição de medidores danificados.  Novos pontos de medição.

 Instalação de medidores na área rural. o Telemetria dos Macromedidores.

 Micromedição

o Desenvolvimento de metodologia e software de gestão de hidrômetros. o Melhoria no processo de aquisição de novos hidrômetros.

o Programa de substituição de hidrômetros:

 Aquisição de aproximadamente 340 mil hidrômetros em 4 anos.  260 mil substituídos utilizando a ferramenta de tomada de decisao.  60 mil para novas ligações e substituição de hidrômetros

danificados.

 20 mil em estoque no final de julho/2018. o Reforma e melhorias do Laboratório de Micromedição. o Programa de monitoramento do consumo por telemetria.

4. Combate a Fraudes e Ligações Clandestinas

 Mapeamento de áreas e lotes com possíveis ligações clandestinas.

 Melhoria na atuação do leiturista para identificar fraudes.

 Ampliação das ações de fiscalização de ligações clandestinas – destaque nas mídias locais.

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 Melhoria do cadastro técnico comercial. 5. Melhorias na Infraestrutura

 Está associado aos quatro pilares do programa.

 Análise de forma isolada em razão da proporção de investimentos.

 Processos:

o Reforma e construção de reservatórios. o Substituição de redes e ramais.

o Instalações de equipamentos de medição de vazão e controle de pressão. o Setorização de redes.

o Outros.

4 CONCLUSÕESERECOMENDAÇÕES

Diante do que foi exposto, a elaboração da presente pesquisa se faz importante na compreensão do assunto, ampliando os conhecimentos em relação ao tema proposto e sua importância na realidade atual do país e do Distrito Federal. Levantar discussões sobre as perdas de águas na distribuição dos sistemas de abastecimento é necessário para a compreensão da problemática, e de grande relevância para obter soluções a fim de combater e controlar essas perdas.

Partindo do objetivo de realizar uma avaliação das perdas de água que ocorrem nos sistemas de distribuição do DF, observou-se que no período histórico avaliado, perdeu-se aproximadamente 677,1 milhões de m³ de água, com todo esse volume perdido seria possível encher o reservatório do Descoberto, a maior barragem do sistema produtor de água do DF, por aproximadamente 7 vezes. Toda essa água perdida incide sobre o faturamento da CAESB, que durante o período deixou de arrecadar quase 2,4 bilhões de reais.

É possível notar que os indicadores apresentam tendência de elevação nos últimos anos, impactando negativamente no meio ambiente, na receita da Companhia e nos investimentos futuros. São evidentes as ações da CAESB no que tange ao combate e ao controle dessas perdas. Percebe-se que só os esforços da Companhia não são suficientes. Faz-se necessário o envolvimento e a participação da população a partir de campanhas publicitárias no combate de vazamentos, fraudes e ligações clandestinas; na criação e monitoramento de programas de redução e controle de perdas ocorridas no ramais prediais; e

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minimização dos erros de medição, pois esses são os maiores causadores de perdas no sistemas de distribuição, e na realização de troca de experiências com as companhias que pontuam entre as melhores no ranking do SNIS e com companhias internacionais.

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5 REFERÊNCIASBIBLIOGRAFICAS

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6 APÊNDICE

APÊNDICE A – DEFLACIONAMENTO DA TARIFA MÉDIA DE ÁGUA

Ano IPCA (%) Tarifa Média

Nominal (R$) Tarifa Média Real (R$) 2007 4,45 2,51 3,43 2008 5,90 2,59 3,45 2009 4,31 2,67 3,46 2010 5,90 2,85 3,59 2011 6,50 3,06 3,74 2012 5,83 3,50 4,14 2013 5,91 3,80 4,33 2014 6,40 4,04 4,42 2015 10,67 4,43 4,64 2016 6,28 4,77 4,77 Fonte: http://www.portalbrasil.net/ipca.htm

APÊNDICE B – CENÁRIOS DOS INDICES DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO

Ano Cenário Tendencial Cenário Possível Cenário Desejável 2017 32,0 32,0 32,0 2018 31,0 31,0 31,0 2019 30,0 30,0 30,0 2020 28,0 28,0 28,0 2021 28,0 27,5 27,5 2022 28,0 27,0 27,0 2023 28,0 27,0 26,6 2024 28,0 27,0 26,0 2025 28,0 27,0 25,5 2026 28,0 27,0 25,0 2027 28,0 27,0 24,5 2028 28,0 27,0 24,0 2029 28,0 27,0 23,5 2030 28,0 27,0 23,3 2031 28,0 27,0 23,3 2032 28,0 27,0 23,3 2033 28,0 27,0 23,3 2034 28,0 27,0 23,3 2035 28,0 27,0 23,3 2036 28,0 27,0 23,3 2037 28,0 27,0 23,3 Fonte: PDSB (2017)

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7 ANEXOS

ANEXO A – TARIFA MÉDIA DE ÁGUA Ano de

Referência

Sigla do Prestador

IN005 - Tarifa média de água (R$/m³) 2007 CAESB 2,51 2008 CAESB 2,59 2009 CAESB 2,67 2010 CAESB 2,85 2011 CAESB 3,06 2012 CAESB 3,5 2013 CAESB 3,8 2014 CAESB 4,04 2015 CAESB 4,43 2016 CAESB 4,77 Fonte: SNIS (2018)

ANEXO B – INDICADORES OPERACIONAIS - ÁGUA

Ano de Referência Sigla do Prestador IN009 - Índice de hidrometração (percentual) IN011 - Índice de macromedição (percentual) IN013 - Índice de perdas faturamento (percentual) IN022 - Consumo médio percapita de água (l/hab./dia) IN049 - Índice de perdas na distribuição (percentual) IN051 - Índice de perdas por ligação (l/dia/lig.) 2007 CAESB 99,52 92,37 26,91 182,80 28,48 385,19 2008 CAESB 99,79 91,20 26,19 175,60 30,04 386,55 2009 CAESB 99,79 98,00 24,92 170,40 27,67 319,59 2010 CAESB 99,75 96,46 23,12 183,30 24,93 287,37 2011 CAESB 99,75 98,29 23,44 187,00 24,80 278,16 2012 CAESB 99,80 96,97 21,96 188,80 23,92 261,46 2013 CAESB 99,84 92,90 26,89 189,91 27,27 314,16 2014 CAESB 99,56 97,64 25,44 180,46 27,10 302,44 2015 CAESB 99,38 97,91 24,97 153,70 35,19 380,97 2016 CAESB 99,51 98,13 24,71 150,51 35,21 376,70 Fonte: SNIS (2018)

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ANEXO C – INFORMAÇÕES DE ÁGUA Ano de Referência Sigla do Prestador AG002 - Quantidade de ligações ativas de água (Ligações) AG006 - Volume de água produzido (1.000 m³/ano) AG010 - Volume de água consumido (1.000 m³/ano) AG011 - Volume de água faturado (1.000 m³/ano) AG018 - Volume de água tratada importado (1.000 m³/ano) AG024 - Volume de serviço (1.000 m³/ano) 2007 CAESB 459.286 220.490,00 157.671,71 161.152,00 0,00 18,00 2008 CAESB 497.992 224.806,00 157.267,42 165.919,00 0,00 7,00 2009 CAESB 532.307 224.519,00 162.323,00 168.483,00 0,00 103,00 2010 CAESB 563.662 230.714,00 173.125,00 177.280,00 0,00 110,00 2011 CAESB 583.701 234.902,00 176.569,00 179.778,00 0,00 89,00 2012 CAESB 599.810 236.273,00 179.577,00 184.221,95 0,00 222,00 2013 CAESB 616.298 255.958,00 185.916,00 186.909,00 0,00 317,00 2014 CAESB 615.776 251.115,00 182.959,00 187.122,00 0,00 151,00 2015 CAESB 634.092 247.120,00 160.072,00 185.300,00 0,00 149,00 2016 CAESB 643.032 249.683,00 161.595,00 187.771,00 0,00 288,00 Fonte: SNIS (2018)

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