• Nenhum resultado encontrado

Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

PRODUTORES RURAIS DE PATO BRANCO X CONHECIMENTO SOBRE O ITR

PICOLOTTO, Paulo Ricardo.1 BUENO, Paulo de Lima.2 WEDMANN, Raquel.3 PICOLOTTO, Rui Alberto.4 SIMONETTI, Ana Paula Morais Mourão 5

RESUMO

O ITR é um imposto sobre propriedades localizadas no territorial rural, previsto no art.153, VI, da Constituição Federal. Aplica-se aos contribuintes proprietários do imóvel, baseado no valor da terra nua, sem qualquer tipo de benfeitoria ou beneficiamento. Este trabalho tem como finalidade avaliar o nível de conhecimento dos produtores rurais com relação ao assunto. Esta avaliação foi realizada através de um questionário contendo algumas perguntas básicas sobre o imposto, podendo apresentar uma noção do nível de informação detectando se são regulares ou se for o caso de uma orientação de futura regularização. A interpretação dos dados foi realizada, com base nos resultados, de forma descritiva com o auxilio do software Excel para a confecção dos gráficos, onde se concluiu que 100% dos produtores estão regulares com a contribuição, porém a maior dificuldade é a falta de informação.

PALAVRAS-CHAVE: conhecimento, propriedade, tributo.

FARMERS OF PATO BRANCO X KNOWLEDGE ABOUT THE ITR RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA

The ITR is a tax on properties located in rural land, referred to in art.153, VI, of the Constitution. Applies to owners of property taxpayers, based on the value of the bare land without any kind of improvement or improvement. This paper aims to assess the level of knowledge of farmers on the matter. This review was conducted through a questionnaire with some basic questions about the tax, and may have an idea of the level of information detecting whether they are regular or if applicable the guidance of future regularization. The interpretation of the data was performed, based on the results of a descriptive way with the help of Excel software to make the graphs, which concluded that 100% of the producers are regular with the contribution, but the biggest difficulty is the lack of information.

PALAVRAS-CHAVE EM LÍNGUA ESTRANGEIRA: knowledge, property, tribute.

1. INTRODUÇÃO

O imposto territorial rural, ou ITR, tem como fato gerador a propriedade rural, imóvel que não esteja localizado na zona urbana do município (BRASIL, 2013). Desde a sua implantação demonstrou dificuldades para arrecadar e fiscalizar, sofrendo varias alterações de responsabilidade tributária até a presente data (VILARINHO,1989).

De acordo com Receita Federal (2013), uma propriedade rural ou área de exploração extrativa é definida como aquela que foi utilizada para extração e coleta de produtos vegetais nativos, não plantados, exploração de madeireira de florestas nativas. Leva em consideração também o índice de rendimento por produto, onde determina o potencial mínimo que deve ser produzido em cada hectare de área utilizada com a atividade de exploração extrativa de um determinado produto.

A competência do ITR é da União, entretanto, em 2005 através de um decreto Lei N° 11.250, de 27/12/2005, o Governo Federal estabeleceu normas permitindo que os municípios realizassem convênio com a Secretaria da Receita Federal para ter certa autonomia de fiscalização, arrecadação e lançamento do tributo diminuindo assim ações de negação fiscal (BOTELHO et al, 2011).

De acordo com Receita Federal (2013), o imposto é cobrado anualmente, sendo que diferentes propriedades podem possuir direito a imunidade ou isenção da cobrança, desde que obedeçam algumas regras. O valor é baseado na terra nua multiplicado pelo grau de utilização da mesma e o descumprimento destas regras pode levar a punições o proprietário do imóvel.

O objetivo do presente trabalho é de realizar um levantamento do nível de conhecimento dos produtores rurais da cidade de Pato Branco – PR em relação ao Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

1Paulo Ricardo Picolotto. Acadêmico do Curdo de Agronomia (FAG) – Faculdade Assis Gurgacz – PR. E-mail: paulo.picolotto@gmail.com 2Paulo de Lima Bueno. Acadêmico do Curdo de Agronomia (FAG) – Faculdade Assis Gurgacz – PR. E-mail: paulo_bueno@hotmail.com

(2)

2. METODOLOGIA

O presente trabalho foi conduzido no município de Pato Branco – PR, no período de Agosto de 2014. Deu-se através de um questionário contendo dez perguntas sobre o tema ITR, aplicados a 20 produtores rurais escolhidos aleatoriamente. Segundo Gil (1999), esse formato de pesquisa é de forma fixa para os entrevistados, não variando os questionamentos entre os mesmos, possibilitando posteriormente se fazer uma avaliação estatística dos dados, pelo fato das respostas serem padronizadas.

Após o recolhimento das informações, se fez análise descritiva destes dados e confeccionados gráficos para melhor exposição dos percentuais, com o auxilio do software Excel 2007.

3. ANÁLISES E DISCUSSÕES

Na presente pesquisa foram entrevistados 20 produtores rurais do município de Pato Branco – PR, sendo que 15% eram do sexo feminino e 85% masculino, com idades que variaram de 21 a 60 anos.

Quando questionados sobre o que é ITR, 100% dos entrevistados responderam que sabem o que é o imposto, discorrendo suas respostas. Para Simonetti (2012), em seu trabalho quando os agricultores foram questionados, apenas 90% dos entrevistados responderam corretamente.

Figura 1 – Conhecimento sobre o enquadramento da propriedade em relação à base do calculo.

Observa-se na Figura – 1, que 65% dos entrevistados sabiam qual é o enquadramento da sua propriedade em relação à base do cálculo, enquanto apenas 35% não souberam informar, ou não possuem qualquer informação sobre o questionamento. Segundo Receita Federal (2013), o cálculo do valor que devera ser pago de ITR é baseado na multiplicação do valor da terra nua (VTNt), pela alíquota correspondente, considerando o tamanho total da área e seu respectivo grau de utilização (GU). O grau de utilização é uma relação em percentual da área que realmente é utilizada para as atividades rurais e a área aproveitável do imóvel, através disso se determina a alíquota do imposto, podendo ser de 0,45 á 30% do valor do imóvel.

(3)

Figura 2 – Principal atividade da propriedade rural.

Observa-se na Figura – 2, que a atividade de grãos foi qual teve maior percentual entre os entrevistados, sendo ela de 65%, seguida de madeira 15% e leite 10%.

Quando os produtores foram questionados sobre a regularização do imposto, e se já sofreram alguma multa pelo descumprimento, 100% dos entrevistados responderam estar em dia com o pagamento e que nunca sofreram quaisquer penalidades em relação ao ITR. Com relação à freqüência de pagamento o índice também foi unânime, com 100% dos participantes respondendo que a contribuição é anual.

Figura 3 – Conhecimento sobre casos de isenção ou imunidade do ITR.

Observa-se na figura – 3, que apenas 25% dos entrevistados tinham a informação de que há possibilidade de ser isento ou imune, porém esses produtores não sabiam quais os requisitos para conseguir o beneficio. Já 75% demonstraram não ter qualquer conhecimento sobre o assunto. Segundo Receita Federal (2013), para ser imunes do ITR, alguns requisitos devem ser atendidos. Sendo uma pequena gleba rural, imóveis rurais da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, os imóveis rurais de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, os imóveis rurais de instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos. Já para a isenção o imóvel rural tem que estar classificado em reforma agrária, caracterizado como assentamento ou o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, ou possuidor a qualquer outro título, não pode ultrapassar o limite de área total, adequada

(4)

Figura 4 – Opinião sobre o processo de regularização do ITR.

Observa-se na figura – 4, que 75% dos participantes consideram o processo de declaração e regularização pouco burocrático em relação à sua importância. Porém para a maioria dos casos é o Sindicato Rural do Município que realiza o processo de declaração do produtor, e 20% afirmam que o processo é muito burocrático e que falta informação ou auxilio no ato da declaração, enquanto apenas 5% não souberam responder.

Figura 5 – Conhecimento sobre o imóvel estar localizado em área de divisa de município, para qual deverá ser pago o imposto.

Observou-se na figura – 5, que quando questionados com relação para quem o imposto deve ser pago quando a área está localizada em uma divisa de município, 55% responderam corretamente que o imposto deve ir para onde esta localizada a sede da propriedade rural, e 45% responderam de forma incorreta ou não souberam a resposta. Já Simonetti (2014), em seu trabalho observaram que 53,33% dos entrevistados responderam incorretamente o questionamento e 46.67% responderam corretamente, afirmando que o imposto deve ser pago ao município em que esta situada a sede da propriedade. Segundo Receita Federal (2013), no caso de o imóvel rural possuir sua área em mais de um município deverá ser enquadrado no município que se localiza a sede da propriedade. No caso desta sede não existir, será enquadrado no município onde se localiza a maior parte da área do imóvel rural.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que os produtores possuem um bom nível de conhecimento em relação aos itens abordados na pesquisa, e que 100% destes estão regulares com a contribuição, porém a maior dificuldade é a falta de informação, com relação aos devidos enquadramentos e as possibilidades de isenção ou imunidade da área. Eles buscam sempre manter regularizado, pois o descumprimento pode acarretar vários impasses ao produtor.

(5)

REFERENCIAS

BOTELHO, A. P.; BRITTO, M.; SOUZA, J. G. O perfil de arrecadação do imposto territorial rural nos municípios

de EDR de Jaboticabal – SP. Revista Geografia Rural, v.6, n.12, p.225-245, ago, 2011.

BRASIL. Ministério da Fazenda. O que você precisa saber sobre transferências constitucionais e legais. Imposto

sobre a propriedade territorial rural - ITR. Brasília: DF, Secretaria do Tesouro Nacional, 2013.

GIL, A. C. Métodos e técnicas em pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

MINISTÉRIO DA FAZENDA-SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Imposto sobre a propriedade

territorial rural (ITR), 2013.

SIMONETTI, A.P.M.M., FAGUNDES, R.S., BORGES, C.Z., PEREIRA, F.A., SILVA, F.R.D., ROECKER, J., LINZEMEIER, R., THOMÉ, V.V. Nível de Conhecimento sobre Imposto Territorial Rural entre Produtores Rurais do Município de Nova Aurora – PR. Revista Thêma et Scientia, v. 02, n.1, 2012.

SIMONETTI, A.P.M.M., SCHMITT, D.A., COGHETO, F., COSTA, M.A.G. ITR – Conhecimento dos produtores rurais do município de Cascavel - PR. Anais do 2° simpósio sustentabilidade e contemporaneidade nas Ciências

Sociais, ISSN 2318-0633, 2014.

Referências

Documentos relacionados

Com base nos dados disponíveis, os critérios de classificação não são preenchidos. Não existem

Ojetivo: Investigar os fatores de riscos gestacionais, mediante a aplicação da versão em português do Prenatal Psychosocial Profile (PPP-VP) em um grupo de

Com relação ao CEETEPS, o tema desta dissertação é interessante por se inserir no Programa de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), sob a tutela da Coordenação de

Nesse sentido, a memória, enquanto processo de construção social, desempenha um papel fundamental não apenas para a formação da identidade do grupo, como para a

Nos escalões do governo, parece-nos que existe muito mais uma proximidade política com o paradigma do capitalismo agrário do que para com o paradigma da questão agrária, de modo que

O espírito do Plano Piloto de Lucio Costa continua bem vivo e considerado, desde 1987, como Patrimônio Cultural da Humanidade, permanecendo como um presente, para

• Gerenciando os recursos humanos da consultoria especializada em melhoria de processos: Como este estudo teve como propósito investigar iniciativas de melhorias no ponto de vista

O padre Espíndola era um homem muito sério e conservador, não admitia atos de pecado por parte de quem o cercava, tinha um gênio forte, mas nem por isso o povo deixava