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DAS

Tres priucipaes Memorias

sobre

a pSautaeam, cultura e fabrico

do

m

9

w¿

TYFOGRAPHXA LIBERAL,

Rúa üo Commercio N. 41.

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DAS

Tres priucipaes Memorias

sobre

a

plautagain

, cultura e

fabrico

do

TYPOGRAPHIA LIBERAL,

R ú a do C o m m e r c i o N . 41.

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U I E M O R I A

S015RK A PLA>:TACAO, CULTURA, E FABRICO DO CHA'.

Descripcao da planta do cha.

r

C a l i x — P e r i a n t h i o m o n o- p h y l l o pequeño p a r t i d o em c i n c o fíos désiguaés persistentes. C o r o l l a—d e seis peíalas, e algmnas .vezes de n o v e sub—rotundas, e concavas, sendo as exter i o exter e s menoexteres, e em paexterte esveexterdiadas. E s t a -n t e s — F i l e t e s -numerosos m a i s c u r t o s do que ¡i C o r o l l a . Anfheras—súb—rotundas, e c o r d i — f o r m e s . P i s t i l l o — G e r m e , globozo, íri-gono, v e s t i d o de pellos breves. Stileío linear. Sis-m a s—t r e s obtuzos, e siníplices. C a p s u l a — t : i -c o -c a— t r i - c e l l u ' a r , aberta na sua inaduresa c m t r e s d i r e c c o e s . contendo em cada loc'úlamento urna só sementé globoza. A r b u s t o v i v a z de c i n c o , a seis pés de a l t u r a , g u a r n e c i d o de:r¡<¡¡tos, e m u l t i p l i c a d o s ramo?, v a r i a d a m e n t e e n a -l b a d o s desde a sua ra'iz, e p o r isso parece ¡v" t e r uní t r o n c o p r i n c i p a l . A s fo.'has sao nhéf. ñas lanceola deis, elípticas, consistentes obtuzn-m o n t e serreadas coobtuzn-m unta leve c h a f r a n d u r a no t o p o . A s fieros nascem ñas ázelhas das fbjbas, e s a o guarnecidas de pedúnculos breves, e r o ' i -cos. A p l a n t a eflorece em todo o íempo do an-uo, e aprésenla q u a t r o variedades, prodúzidas

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i n d i s c r i m i n a d a m e n t e da mesma sementé. A p r i m e i r a variedade é a de folhas maiores do eumprimenfcó de tres polegadas, e de l a r g u r a i l m u , e m e i a , distantes urna das outras duas po. legadas pouco mais o u menos, os seus ramo?

últimos sao r e g u l a r m e n t e de tres palmos para, mais. Os individuos desta variodade offerecem a vista u m aspecto mais agradavel desde o p r i -mciro periodo da sua vida, e os seus desenvol-v i m e n t o s sao mais enérgicos, e regulares. A Segunda variedade é de folhas de duas e m e i a polegadas de cumprimento, e urna de l a r g u -r a , distantes unía das o u t -r a s u-rna polegada, a sua cór é de um verde mais carregado, e l u z i

-dio, os s@usramos mais c u r t o s , e multiplicados. A t e r c e i r a variedade, é de folhas de c o r verde desmaiada» pouco luzidias, e em ttjdo mais ó como a segunda a qual m u i t e se aproxima;. A quarta variedade é de folhas m i l i t o pequeñas ,

semelhantes ás da m u r t i n h a , os seus ramos sao rnuito c u r t o s e m u l t i p l i c a d o s .

Estas notas p a r t i c u l a r e s aos i n d i v i d u o s de cada urna destas variedades sao-Ihes constantes em todos os periodos de sua vida, em todos os

logares, e nos di fíe rentos estados de energía, 011 fraqupza dos mesmos i n d i v i d u o s , rasao porque se d i s t i n g u e m estas q u a t r o variedades.

Cultura da Planta Cha.

A multiplicacao, ou propagado desta

plan-ta se faz por meio das se mentes, e plan-tamhern pe-la m e r g u l h i a , porem o das sem entes é o me*

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Ihor, e o mais seguro. A semeadura se pode f a -zer em todos os mezes do anuo, mas é p r e c i s o , que as sementes estejao em perfeito estado de maduresa; convem fazer escolha dellas, para se nao perder tempo, e t r a b a l h o c o m as que sao abortivas. E s t a escolha se faz fácilmente, lan-cando-se as sementes em agua, as que vao ao fundo silo boas, das que boiao nada se deve es-perar, das que nem vao ao fundo de todo, neni sobre-nadáo, aínda se pode fazer escolha, caso

baja necessidade dellas.

A' sementeira, ou se faz nos p r o p r i o s logares, em que tem de ficar as plantas, ou em v i veiros d'onde depois se transplantem: no p r i -m e i r o caso deveriio as se-mentes fiear logo n a distancia de quatro palmos urnas das outras, e o i t o em alguns climas, c o m o no desta P r o v i n

-cia, onde a p l a n t a tem prodigioso desenvolvi-mento; no segundo perem semeao-se as sementes j u n t a s em regos de meio p a l m o de pro fundido, e

tres d« d i s t a n c i a u n s d o s outros, e cobrem-se as sementes com a térra que sahío dos regos; quer em um, quer em o u t r o caso deverá o t e r -reno estar suficientemente preparado. E s t a preparacao consiste em ser o t e r r e n o limpo, ca-vado a enxada na profundidade de dous palmos, bem desterrado, adubado c o m a l g u m e s l r u me, e depois r e p a r t i d o em c a n t e i r o s do c u m p l i -mento, que se quizer, e de l a r g u r a t a l , que pe-los lados se possa beneficiar a sementeira, Hm-pando-a da herva extranha, e regando, qnando i o r necessario. O primeíro methodo tem a van-tagem de poupar o trabalho da transplantacao,

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c nada soflrerem a« plantas: o segundo porc¡.i offerece outras maiores, quaes as de ser mais fácil beneficiar as p l a n t a s j u n t a s em v i v e i r o , e de se nao t e r p o r m u i t o tempo infructífera urna-grande extensao de t e r r e n o .

A s sementes devem ser postas em térra, logo depois de colindas, ou em poneos dias, porque a sementé do chá, quando chega a secar, está moría; e por esta razüo quando se nao possüo se mear logo depois de colhidas. devem ser

guar-dadas em térra um pouco húmida, a f i m de c o n -servarem a frescura necessaria, isto (pie tam-bem se deve observar, quando s e q u e i r a

c'ondu-z i r para outros logares, em cuja viagooi se gas-tao alguns dias. E' indifierénte semeal-as com as capsulas, ou eerrt ellas, porque se estao per-í'eitamente sazonadas, a casca se abre e nao embaraza a germinacao. E m u m mez ou antes, as sementes germinan, havendo cuidado de se

conservar o t e r r r e n o limpo, e húmido, afim dé

que se conheca a nova planta, cuja vergontea.

é r i j a , e de c o r arroxada. Depois de nascidas as plantas todos os cuidados se l i m i t a o á mon-da, e r e g a ; e no fím de um anno, ou antes t e m ellas a a l t u r a de um palmo, e se achao em esta-do de se m u d a r para seus logares, quanesta-do este-j a o em viveiro, havendo cuidado de se nao of-íender as suas raizes, e nem de serem m a l ¡ti?.

ranjadas ñas covas, que deveriio ser feitas á proporciio do c o m p r i m e n t o da r a i z , que as ve-zes excede ao da rama. O melhor meio de as t i r a r do v i v e i r o é, cavando a térra de u m dos lados á enxada até a b r i r buraco, depois metter

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nrna eavadeira, ou alavanca do lado oposío, e

l e v a n t a r a i e r r a , c o m isto se consegue sahirem as plantas c o m as raizes inte i ras, e com a l g u n i t o r r a o : entao se vao separando, e levando para as covas, em que se t e m de plantar, e em c a d a urna se deveráo lancar duas, o u tres plantas juntas, unindo-as c o m térra desde a ponta das raizes, e regando, a i n d a quo e terreno esteja sufficientemente húmido; porque c o m a rega se consegue ajustar completamente a térra sobre as raizes.

F e i t a a t r a n s p l a n t a c a o todo o trabalho con-sistirá em mondar, e regar sempre que as plan-tas exigivem, e todo o cisco, e herva que se acha se deverá e n t e r r a r nos i n t e r v a l l o s das plantas em covas de dous palmos de p r o f u n d i -cade, e c o b r i r c o m a térra, que se c o n t i n u a a c a v a r desde a p r i m e i r a até a u l t i m a cova: e nesla mesma occasiáo se v a i aplanando o ter-reno, nao tanto, que fique m u i t o igualado n a sua superficie, a f i m de e v i t a r que as grandes

chuvas lavem a nata, que o f e r t i l i s a . A' e x c e: «cao deste trabalho da preparaeao do terreno,

todos os outros podem ser feitos por pessoas iracas como mulheres, rapazes, e mesmo c r i a n -cas, isto que nao é pequeña vantagem.

N o segundo anno, e algumas vezes no fim ¿o p r i m e i r o as p l a n t a s fiorescem, e dao

semen-tes, quando baja necessidade dellas para aug-mento da plantacao se conservarao, a nao ser isto, se de.verao t i r a r as flores todas logo que se pereebem os botoes, para que a p l a n t a se torne m a i s vigorosa, nao tendo de r e p a r t i r a sua

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t r i c a o , c o m as flores, e f r u c t o s que absorvem a m a i o r p a r t e dos sucos, e os mais perfeiíos. Q u a n d o as plantas chegao ao c r e s c i m e n t o do tres palmos, e se acháo guarnecidas de bastan-tes, e vigorosos ramos, o que acontece n o terc e i r o anno de sua idade, e antes em alguns terc l i -mas, onde m e l h o r prosperem, achao-se em esta-do de m i n i s t r a r folhas p a r a a colheita, c o m que compensem todos os trabalhos, que c o m ellas se dispenderao: p o r e m é preciso, o u ao menos

vantajoso, preparal-as para a colheita.

E s t a preparaeao consiste em desfolliar a s plantas de todas as folhas velhas, a i n d a que verdes e sans, de que se a chao vestidas, o que se deverá fazer de urna a urna, tendo c u i d a d o de se d e i x a r o pesinho, e ainda mesmo a l g u m resto da folha, pegado ao mesmo pé, sem orlen-der os grelos, que hajáo, devenclo-se t a m b e m nesta occasiáo t i r a r da planta todas as flores, e l'ructos a f i m de que elle empregue todos os su-cos n a b r o t a c a o de novas folhas, que se devem colher para o f a b r i c o do chá. A s plantas ass i m preparadaass em quinze diaass m i n i ass t r a o f o

-lhas á c o l h e i t a , que sao as que j a existiao em embriao, e aceleráo o seu desenvolvimento pela a b u n d a n c i a de suecos que somente a ellas fica-rao pertencendo. O tempo melhor para esta desfolhacao deve ser dias antes da p r i m a v e r a ,

segundo n i s t o as variac.es dos difFerentes c l i -mas. N e s t a P r o v i n c i a de M i n a s o tempo e m que deve p r i n c i p i a r este trabalho, é o mez de Setembro. F e i t a esta desfolhacao urna vez n o a n n o as p l a n t a s c o n t i n u a o a d a r folhas p o r todo

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t e m p o quente, pois se se desfolhao mais tarde as colheitas seriio menores a proporcao da me-nor extensao da t e m p e r a t u r a quente, que se se-g u i r . N o Invernó as plantas descancáo, e se tbrtificáo para o anno seguinte. Os C h i n a s usao degola r a ponta da arvore, que as vezes

cresce até a a l t u r a de doze pés, e em q u a n t o tenra dobrao-lhe os ramos, e os ligao para bai-xo a f i m do poderem mais fácilmente c o l h e r a folha, e outros pódao as arvores de quatro em quatro, ou de c i n c o em c i n c o annos, porque de-pois dcste tempo as folhas a d q u i r e m excessiva asperesa, e acido, e c o m a póda os rebentóes, que brotáo em breve tempo vem a reno-v a r a arreno-vore, ou antes a m u l t i p l i c a l - a c o m a folha nova, mais tenra e saborosa. E' de c r e r

que no B r a s i l onde o solo é t a o vigoroso, e tiio llórente o R e i n o vegetal o arbusto do chá cres-ca á desmarcres-cada a l t u r a : se assim for, convirá

adoptar a p r a t i c a referida.

Q u a n t o ao t e r r e n o melhor, e mais adequado para esta c u l t u r a nao concordao os E s c r i p t o -res, que desta materia tem tratado: alguns que-rem, que o terreno argilozo, ou barrento seja o melhor, outros porem, que o pedregoso seja m a i s apropriado para ella: é inegavel, que o t e r r e n o argiloso é melhor para a planta medrar, e ser miás vicosa, porem muitos, e graves E s c r i p t o -res asseveráo, que o cha plantado em terreno

b a r r e n t o nao l e m o delicado cheiro e sabor, que t e m o que é produzido em terreno pedregoso: geralmente fallando, por toda a parte por onde

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prospe-( 1 0 )

vado bem, ou pela t e m p e r a t u r a do c l i m a , e f«r*

tilidade do solo, ou por ser esta planta um dos

vegeta es menos melindrosos, pois- se conhéce prosperando, n a C h i n a , em beiradas de

estra-das, e de rios, e até em logares escarpados, e inacecssiveis, segundo a authoridade dos c i t a d o s E s c r i p t o r e s .

Colheiia das folhas.

Quando as plantas tem brotado grelos novos,

se estes se achao j a guarnecidos de q u a t r o ou

seis folhas novas assaz desenvolvidas, porem

ainda tenras, se deve f a z e r a eolheita,

coine-cando pelos grelos, e folhas tenras, passando depois ás duras, isto é a todas daquellas, que. es-fregadas ainda nao podem enrolar-se, sem

que-brar; e havendo cuidado de se colher somente a folha, deixando o pésinho da mesma apegado a planta, isto que se consegue seinpre, se a folha se c o r t a com a un ha. De f l c a r o pésinho da

folha apegado á planta se seguem as vantagens de ser o cha melhor em qualidade, e a p l a n t a se conserva mais vigorosa, e por consequencia a c o n t i n u a c a o das suas novas brotas melhor. Mulheres, rapazes, e mesmo gente imbécil é apta;, para este ser vico que se faz, colhendo-se as folhas de urna, a urna, como fica dito a res-peito da desfolhacao, as qu.ies se vao hincando e m urna cestinha, que para esso fim t r a z cada um enfiada no braco esquerdo: qualquer pessoa occupando.se neste t r a b a l h o em poucos dias se a g e i t a a fazer a colheita t a n t o c o m a m a o d i

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-( " )

re i t a, como c o m a esquerda, isto que a u g m e n t a m u i t o a quantidade da íblha, que cada um co*

ihe. D a colheita das folhas dependen!

essenci-almente as qualidades do chá, e a sua q u a n t i

-dade em urna mesma plantacáo.

Por tanto, como as folhas colhidas por cada urna pessoa nao siio todas homogéneas, isto é tenras, a i n d a que de difFerentes grandezas, por-que a grandeza nao é, por-que-regula a idade, mas sim a duresa, logo depois de colhidas deveriio ser estendidas sobre urna grande mesa, onde se separao os grelos, e folha tenra para chá h y s -son fino, e as duras para o chá hys-son grosso, o

nesta mesma occasiáo se lanefio fóra algumas i b -Ibas e paosinhos duros, bem como a l g u m inse-cto que venha entre ellas. Por meio desta sepa-racao se e v i t a o i n c o n v e n i e n t e de a u g m e n t a r a

I r i t u r a c u o das folhas tenras no a c t o do e n i o -l a m e n t o , pois que nro-lando.se'todas em mistu-ra. a«S mais novas chegao p r i m o i r o ao devido estad*) de e n r o i a m e n t o em quanto as mais duras a i n d a fe aehüo m u i t o atdurasadas, e c o n t i -nuando.se c o m a operacao as folhas tenras se t r i t u r a n , e pela torreí'accáo se reduzem em grande parte ao estado de pó, em' prejuizo da quantidade do melhor chá; pois a e x p e r i e n c i a

tem mostrado, que quanto mais tenra é a folha t a n t o melhor é a qualidade do chá. A

co-lheita se faz desde o p r i n c i p i o do d i a ató horas

do al moco, e depois deste até ao meio dia, em que aeaba-se a colheita do d i a , e se oceupao nos na linipeza dos ornos, e outros na escolha das folhas, que para chegarem ao estado de

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I

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perfeití) chá tem de passar por duas prepara-cóes, as quaes se fazem pela m a n e i r a seguinte: Primeira preparaeao

Em urna caldeira de cobre, ou de ferro, as

sentada sobre urna f o r n a l b a de tres palmos d" a l t u r a , e q u a t r o de superficie, quadrada p o u ce mais ou menos, bem ajustada pela beirada, d° m a n e i r a que nao possa passar fumo a l g u me bem como urna t a i x a em ponto menor, e aque-, e.ida no gráo de calor, em que se aquentáo os í'ornos de f a r i n l i a , se lanca urna porcao das fo-lhas colindas, e um operario assentado.se em um dos lados da f o r n & l h a meche successiva-mente as folhas d e n t r o da calrleira c o m ambas as maos, revolvendo-as do fundo, o l e v a n t a n d o um pouco ao ar a porcao que de cada vez po-de apanhar. Por esta m a n e i r a se promove a e v a p o r a r s e da agua existente ñas rnesmas fo-lhas, ou seja p r o p r i a da vegetacao, ou da c h u . ya, ou orvalho: de cada vez que se levantao a o ar, vé-se sabir dellas urna quantidade de fuma-ca, que é t a n t o mais espessa, quanto as folhas estáo mais cheias d e h u m i d a d e , a qual se vaí d i m i n u i n d o á proporcao, que as folhas se vao a p r o x i m a n d o ao gráo de marcescencia, ou es-caldadura conveniente, até o ponto, em que el-las, tendo suado bastante, ficáo murxas, sendo a prova de estar completa esta operacao, o ce-derem ellas fácil mentó á t o r c e d u r a sem se rom-perem, ou e x t r a v a z a r de si umidade considera. yel, o que se e x p e r i m e n t a em tres, ou q u a t r o

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folhas

qüe se esfregao entre os dedos, entáo t i -rao-se i m m e d i a t a m e n t e da caldeira e se l a n c a o era um esteiráo.

O esteiráo deve ser de bambú, ou taquarussú de tecido bem serrado do c o m p r i m e n t o de seis palmóse tres de l a r g u r a , g u a r n e c i d o pelas b e i

-radas de qualquer madeira, a fim de tei consis-t e n c i a , com urna alca em cada consis-topo pela qual se segura sobre urna meza de modo que se nao

mova. Entáo as pessoas empregadas neste t r a -balho aprehendendo debaixo das máos a porcao

de íblhas que podem abranger, as vao esfregan-do c o n t r a o esteiráo, a i n d a quentes successiva-mente, A té que toda a folha tenha sofírido c o m iguálela de um gi áo de torcedura t a l , que todo o seu tecido se ache mecánicamente alterado, ex-t r a v a s a r l o os seus sucos á ponex-to de molhar as m á o s dos operarios; neste estado se tomáo en-táo pequeñas porcóes, que caibáo ñas palmas das máos, comprimemse e n t r e ellas para h i n -car fora a grande quantidade de suco, que t e m ; depois de bem e x p r i m i d o estendem-se em ees--tos razos, ou penetras para esfriar.

L o g o que se t i r a da c a l d e i r a a p r i m e i r a por-cao de folhas se tanca nella o u t r a i g u a l porcáo a f i m de passar pela mesma escaldadura de man e i r a , que quamando se t i r a r do esteiráo a p r i -m e i r a porcáo, venha logo a segunda a passar p o r i g u a l esfregaeáo, e assim successivamente, até que toda a folha tenha passado pelas duas operacoes de escaldadura, e esfregaeáo.

Passada toda a folha por estas duas opera-r e s , lanca-se novamente n a caldeiopera-ra, que

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«"evo ser arcada, urna dobrada porcao das que forao p r i m e i r a m e n l e a esfriar, e se meche da mesma maneira, porque se mechiao quando se escaldaváo sem interrupcáo, a f i m de que r e c e -bao igual calor, e nao se queimcm, ou t o m e m fumo, o que f a r i a perder toda a fornada; e so se para, quando as folhas estao já de todo e n xutas, porem nao torradas, neste estado se t i -nto da caldeira, e se estendem n o v a m e n t e p a r a esfriar.

Tendo-se enxugado por este modo toda a i b .

Iba, toma-se o u t r a porcao em dobro, que o 61 lio

ensina, e se lauca na caldeira de urna vez, me— xendo-se nao do mesmo modo ácima dito, mas

sim revolvendo-a c o m um m o v i m e n t o do r o t a cao, ou em c i r c u l o , porque estando a folha e n -x i i t a náo precisa ser levantada ao ar, antes ele-ve estar sempre em c o n t a c t o c o m a c a l d e i r a p a r a que receba u m gráo de torrefaecáo m a i s i g u a l , e do q u a l ó susceptivel neste estado, havendo cuidado de d i m i n u i r . s e ofogo da f o r n a -¡ha a proporcáo, que a folha se a cha m a i s seca,

ou já t o r r a d a , porque entáo ha mais périgo do so queimar, se nao se d i m i n u e o íbgo, ou se se deixa de mecher. ' L o g o no p r i m e i r o gráo de torrelaccáo p r i n c i p i a a e x h a l a r o cheiro a g r a -davel do chá, q (pial é t a n t o mais intenso, e agradavel. quanto é m a i s a d i a n t a n o o gráo de torrefaecáo, c por elle se pode conhecer o pon-to, em que se deve p a r a r , o q u a l é aquelle, érh que a m i s t u r a do cheiro herbáceo m a l se deixa, perceber, entáo se t i r a immediatamente da

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ío-( 1 5 )

da a domáis folha, a qual com esta primeira

preparaeao se dá o rióme de chá e m rama, e delle se f a z g r a n d e consumo pelas classes me-dias da C h i n a . A c a b a d a a torrefaecáo deixa-se o chá esfriar em b a i x o de toalhas até o dia se-girírite, em que se g u a r d a em caixa, ou folha.

O cheiro, e sabor herbáceos do chá só c o m o tempo se e x t i n g u e m de todo, porem m u i t o se d i m i n u e m c o m as preparacóes ulteriores n a

se-paracáo das difíérentes qualidades, que c o r r e m no commercio, as quaes se fazem pela m a n e i r a seguinte:

Segunda

"preparaeao.

Por meio de urna peneira de crivo fino se

se-p a r a toda a se-poeira do chá t a n t o fino, como grosso cada u m separadamente, e p o r pequeñas porcoes quibandando-o ao mesmo tempo p a r a separar toda a folha, que náo f o i susceptivel de enrolamento, e os fragmentos das mesmas f o -lhas, que p o r serem mais leves náo pas'sarao pela peneira. E s t a operacáo se f a z sobre urna toalha, onde devem c a h i r os fragmentos, e po-eira de todo o chá, que j u n t o s fazem outro chá, a quem chamáo de f a m i l i a , e é de m u i t o hora gesto, passado u m anno.

T a n t o o chá grosso, como o fino depois de penetrados, c_ aventados vao o u t r a vez á caldei-ra sepacaldei-radamentee por partes, a q u a l deve es-t a r aquecida em gráo de calor moderado, e so meche compassadamente, até que adquirao a c o r c i n z e n t a , d e que sao susceptiveis neste

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es-( 1 6 )

íado, por se achnrem l i m p n s da poeira, e frag» mentos, separados pelo quibando.

Depois desta torrefaecáo se separa o u t r o chá a que c h a m á o U c h i m , o faz.se isto p o r meio de o u l r a peneira de c r i v o menos fino, e que só deixa passar os graos m u i t o miudos e homogéneos, mas que náo é poeira, é chá agrá* davel á vista, o em qualidade superior. E s t a operacáo se f a z peneirando todo o chá, t a n t o grosso, como o fino, com os quaes está de

mis-t u r a . C a d a urna desmis-tas qualidades de chá náo consta de urna qualidade de folhas, todas homo-geneas, e iguaes, mas s i m de urna m i s t u r a , urnas enroladas em forma sobre c o m p r i d o , ou-tras enroladas em forma redonda, cada q u a l melhor, em razáo da melhor parte i n t e g r a n t e de cada urna dellas, e assim estáo promptas, e se devem g u a r d a r e m vasilhas metálicas.

Escolha de Chá.

Quem se contentar com o chá neste estado

contará q u a t r o qualidades, que vem a ser urna de chá f a m i l i a , o u t r a de chá U c h i m , e duas de H y s s o n grosso, e fino, porém destas duas qualidades u l t i m a s a i n d a se fazem as separacoes, ou subdivisoes das outras q u a l i

dades de chá redondo, conhecidas pelos n o -mes de perola, e aljófar- E s t a escolha se faz á m á o , c o m vagar, e mesmo por pes-¡soas i m b e c i s , escolhendo do hysson grosso

iodos os graos redondos , que j u n t o s c o n s -t i -t u e m o chá perola, e do hysson fino -todos

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os graos redondos, que juntos formao o chá aljófar, o que se consegue fácilmente lancan-do-se sobre urna toalha estendida em urna me. za, a porcao de chá de que se quer fazer a es-colha, e as pessoas que a tem de fazer, vao estendendo sobre a toalha em pequeñas porcoes, passando de um logar para outro, e nesta pas-sagem vao separando todos os graos , que se encontráo enrolados em forma redonda, so gundo a ordem que fica dita. Cada urna destas qualidades de chá depois de escolhi< das por esta maneira v a i pela ultima vez á caldeira em gráo de calor rnuito moderado, mechendo.se compassadamente, náo só para que percáo alguma humidade , que tenháoad.

quirido, quando se escolheo, como para que re. cebáo pela mechedura na caldeira um gráo de levigacáo que os torna mais agradaveis á vista, e assim se guardáo bem condiciona-dos em vasilhas de lata, ou chumbo, bem tampadas. e mesmo lacradas com lacre , ou cera, afim de vedar toda communicacáo da atmosfera, que de outra maneira será funesta ao chá , e passados tres annos estará p r i -vado de- todo o cheiro, e sabor herbacees , os quaes- lhe sao inherentes antes deste tem.

po, e tanto mais salientes, quanto mais s u -perior é a qualidade do chá. ,

A qualidade de chá inferior é a que logo depois de preparada náo deixa perceber o chei-ro , e sabor herbáceos , mas esta qualidade tambem é muito pobre do agradavcl aroma, que ó proprio das melhorcs qualidades de chú.

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de maneira t a l , que este sabor, e cheiro her-báceos podem servir de charater, ou nota mui segura para se qualificarem as difFerentes qua-lidades de chá, em quanto sao novas. Este sabor, e cheiro se pode diminuir considera-velmente submettendo-se os chás á urna ma-is diuturna torrefaecáo á calor lento, porem a experiencia tem mostrado que nao convem praticar isto, porque o chá privado, para as-sim dizer, por esta violencia do sabor her-báceo, tambem fica privado do agradavel a-roma, que lhe dá a primeira qualidade, elle fica sim em menos tempo em estado de se usar, porem náo é táo bom, e desmerece muito

sendo guardado. A mesma experiencia tem igualmente ensinado, que quando o chá |tem sofrido maior gráo de torrefaecáo do que, aquelle que lhe é devido, logo se conhece pela t i n -tura, quando se prepara, a qual é mais car-regada, sendo a quantidade a devida : é regra sem excepcao, que todo o chá, que tinge muito a agoa, náo é bom.

Alem das qualidade do chá que ficao ditas nesta Memoria, consta que ha outras varie-dades produzidas de especies dirTerentes ; edmo o chá flor, que se diz ser feito da propria flor, o qual é branca," se a flor é branca , ou vermelho se a flor é desta c o r ; esta qua-lidade de chá, por ser mais delicada e rara, é de alto preco mesmo na China , e para se haver é preciso ser encommendada , pois nao se costuma expor ao mercado, como o chá folha. O chá imperial, que é feito de outra

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es-( W )

pecie, o preto bohea, ou r o y do Ja pao, ainda que t a m b e m dao este pomposo t i t u l o a l i m de ser mais bem reputado, ao chá aljófar, levado a u m mais alto gráo de levigacáo e polidez, ao que se consegue p o r urna mais adianíada

torrefaecáo, e a t r i t o , bem como acontece a respeito da pólvora polida. O chá balas, que é f e i t o do chá verde sim, porem em bolas, ba -las, ou pilu-las, de differentes grandeza se bem que se dá tambem este' nome aos gráos m a i -ores, que se escolhem do chá hysson grosso. E u náo e n t r o em díscussoes sobre a v e -racidade da preparaeao destas qualidades de chá , pois c o m isto só gastaría tempo sem nada a p r o v e i t a r aos nossos a g r i c u l t o r e s , sendo táo v a r i a d a s as opinióes dos differen-tes E s c r i p t o r e s sobre as suas especies. Broté ró quer que náo haja se náo urna só especie. K e m p f e r , que é do mesmo parecer, a t r i h u e a differenca dos chás ao terreno, c u l t i v o da p l a n t a , á idade, em que sao colhidas as f o -lhas, e á sua preparacáo. T h u m b e r g men-c i o n a só urna espemen-cie, se bem que este es-c r i p t o r só fallou do Japáo, e náo da ('bina. L i n e o porem, reconheceu d u a s — T h e a veridis, e T h e a Bohea, differentes náo só ñas folhas, como n a corolla, que no primeíro ó de no-ve pétalas, e no segundo de seis. R a y n a l a d m i t t e tres especies, verde, branco, e v e r m e -Iho, pela flor desta cor, quanto a do verde e b r a n c a como a do j a s m i m . C r u t t i v e l m e n c i o -na q u a t r o , entre as quaes se compreende o u t r a

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copado , as folhas mais compridas o

gros-sas, as qunes enrolao-se, como as do tabaco emmassáo-se, e se vendem p o r alto preeo. Os L i v r o s Chinezes de A g r i c u l t u r a , e Bota-n i c a Bota-numerüo diversas especies, alusivas aos

Paizes, onde se fazem as plantacoes, e até as diversas estacoes do anno, em que se f a -zem as colheitas. P a r e c e que a divisáo de L i n e o é a mais e x a c t a , eque nella se pode com-preender todo o chá conhecido até aqui em folha, ou em rama, se bem que t a m b e m c o n s -ta que n o J a r d i m Botánico de P a r i z j a se cultiváo algumas plantas do branco, e p r e t o , onde sao tidas por especies d i f i e r e n t e s .

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P E Q U E Ñ A M E M O R I A

DA

Plantado e cultora «lo Chá,

POR

.José' OIÍche de loledo Jtendon,

Tenente-General, e Director do Curso

Jurídico de S. Paulo.

Tudo o que se tem escripto sobre o Chá,

apenas dá unía idéa confusa do que elle é : as p r a c t i c a s relatadas pelos viageiros, que n u n c a entráráo no i n t e r i o r da C h i n a nem v i r a b as fa-bricas com seus olhos, nao silo sxactas; sao co-nhecimentos adquiridos do que ouviráo aos Chinas, que sao habéis em engañar, com o fim de conservar o monopolio de urna planta de que a Europa e a A m e r i c a fazem u m uso ge r a l .

Por t a n t o o único escripto interessante que temos, é o Folheto de Fr. Leandro do

Sacra-mento. E s t e sabio Patriota, alem dos seus

co-nhecimentos em Botánica e Agricultura, f o i quem por diversas e doces maneiras fez ao I n -dio ¡VIestre declarar algumas c i r c u n s t a n c i a s , que ello náo desejava manifestar, pois que a i n -da estando no B r a s i l , contractado, elle se lem-brava que o Cltá era p a t r i m o n i o de sua Nacáo.

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E u o conheci reservado, e Fr. Leandro poste-riormente, em carta particular, me communi-cou o mesmo. T a l é a toreado amor da Patria, que ainda nos peitos da classe mais baixa se nao extingue, em tanta distancia do local na-talicio !

Para ser interessantissimo o Folheto de Fr. Leandro bastava o que elle nos communicou a respeito do gráo de calor em que deve estar o torno na primeira operacao de cozinhar as folhas, e continuar até que ellas exhalem o seu aroma de Chá. E u que náo tinha visto este

laboratorio, e que únicamente me guiava pelos

escriptos dos viageiros, que, ¡Iludidos pelos Chi-nas, só recommendáo fogo lento, vi-me bem longe de fazer Chá, porque usando do fogo len-to, em lugar de cozinhar o Chá e fazel-o ma. neavel ao enrolamento, dessecaváo-se as folhas; e quando hiáo para o Esteiráo, reduziáo-se a fragmentos, bem como a herva Congonha, de-nominada Chá do Paraguay. A constancia ñas experiencias me descobrio este segredo; e se Fr. Leandro tivesse publicado o seu Folheto pouco antes, ter-me-hia poupado grande tra. balho.

Em consequencia do que acabo de dizer, pa-rece que náo ha mais que desejar para saber fazer Chá; por que a sua perfeicáo virá da ex-periencia de cada um, e o tempo irá descobrin-do o melhoramento. Com tudescobrin-do eu nesta redu-zida Memoria que vou escrever, farei algum bem a meus Patricios. O meu fim é manifes-tar o modo com que planto o Chá., e o fabrico,

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apartando-me alguma cousa, do que nos dei-xou escripto Fr. Leandro. Creio ter simplifi-cado alguns Artigos, para que os nossos Lavra-dores mais depressa comprehendáo com mais facilidade o fabriquem, e por isso mesmo tenhao mais tentacoes de o fabricar. Toda a diminui-cáo do trabalho augmenta a renda do Lavrador e do Fabricante.

O Chá póde ser semeado em todos os mezes do anno nos Paizes temperados: mas attenden-dendo-se, que os mezes de Dezembro, Janeiro e Fevereiro, sao os que mais abundao de boas sementes, c que entáo pelo calor e humidade ha mais fermentacáo para a sementé desenvolver o seu germen e crescer; é por isso este o me-lhor tempo para as sementeiras, e para fazer os viveiros que servem como de depósitos para to-da a occasiáo em que o Lavrador quer trans-plantar as mudas. Náo approvo o methodo de plantar as sementes no lugar em que háo de f i -car: ellas se demoráo na térra dous e trez me-zes; entretanto cresce o mato, e é entáo preci-sa muita paciencia e cuidado para mondar, qualidades que se náo encontráo nos nossos

es-clavos, os quas arrancáo com a enxada, tanto a herva estranha como a planta nova. Portan-to prefiro o Viveiro, e o faco do modo seguinte.

Preparado um quadro qualquer com algum estrume, a térra bem cavada, e torroes bem

quebrados, divido--o em linhas parallela s, dis-tantes 5 palmos urnas das outras; sirvo-me de um cordel, e deixo a linha marcada com peque-ñas estaquinhas que mostráo bem n direccao

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della. O que feito, um rapaz curioso faz em

cada linha um reguinho de meio palmo de pro-fundidade, tendo o cuidado de nao arrancar as estaquinhas que ficáo, como balisas da mesma linha. Entáo semeáo-se as sementes por to-dos os regos, quer debulhadas, quer com capsu-las, e em tanta quantidade que ellas estejáoqua-si unidas. Cobrem-se estas sementes com a a térra que sahio do regó, e alem disso pucha-se mais térra d'um e outro lado, de modo que em cima do regó, na direccáo das estacas, fica um cumulo de meio palmo d'altura. Deve ha-yer cuidado de estar a térra húmida quando se lancar a sementé, e nao estando, deve o regó ser pnmeiro bem molhado; porque se aquelle cume se faz, para conservar junto ás sementes e humidade da térra apesar dos sóes, tambem elle impede que o penetre a humidade de peque-ñas chuvas. Feito assim o Viveiro, só resta o cuidado de repetidas.vezes fazel-o mondar das hervas estranhas, para que com facilidade se conheca a nascente vergontea na planta, a

qual é rija e de cor arroxada.

Q u e m planta em grande, e tem abundancia de sementes nao se encarrega da escolha dellas; porque indo muitas para a térra, as boas nas-cem, e as falhadas ou corrompidas servem de

alimento ás outras.

Feita deste modo a sementeira, nascem as novas plantas em pinha por todas as linhas: no fim d'um anno e menos, téem altura d'um pal-mo, e estáo capazes de mudar-se para seus lu-gares. Convem náo as deixar elevar-se a

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or crescimento, porque a sua r a i z é um espi-gao mais. longo do que a rama; e quebrada es-ta r a i z , o u m a l a r r a n j a d a n a cova pelo planes-ta- planta-dor, secca-se a p l a n t a . P o r esta e por outras razoes que podem causar a. morte de m u i t a s t e n ras plantas, eu prefiro nao só as menos c r e s c i -das, mas tambem por cautela mando lancar em c a d a urna cóva tres e quatro mudas, por que se

urnas m o r r e m ficáo outras.

U r n a só muda é bastante para fuzer urna frondosa touceira de Chá; mas eu p r a t i c o o

c o n t r a r i o pela razáo já apontada e ponderada: o resultado é náo ficar vasio aquelle lugar ; e como sáo muitas as mudas, urna dellas toma mais forca, e acanita as mais, outras vezes duas e tres sobem c o m o mesmo v i g o r , e parece que de urna só planta nascem folhas differentes pela variedado que tem apparecido em S.

Pau-lo, o que eu náo v i n o j a r d i m da Lagóa. O me-lhor meio de as t i r a r do V i v e i r o , é metter urna cavadeira, ou alavanca d'um lado, e levantar a

térra: sahem todas com as raizes inteiras, e entáo leva-se a porcáo sufficiente, e váo-se ¡aneando ñas covas a tres e a quatro, e outro as v a i plantando unindo-as j u n t a s , e assertan-do a térra desde as ponías das raizes.

C o m o a m i n h a píantacáo de Chá é em urna Chácara onde nao póde caber o n u m e r o de plantas do meu p r i m e i r o plano, pois que com quarenta e quatro m i l e tantos pés já v a i f a l -tando terreno, eu tenho por isso augmentado o numero de rúas, que todas sáo bordadas deste rbusto, bem como as divisóos dos canteiros de

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hortalices, e outras p l a n t a s miudas, unindo as< sim o útil c o m o deleitavel: n o meio disto tenho quadros de dirTerentes extensóes, bem como can-teiros t r i a n g u l a r e s , e d'outras diíTerentes figu-ras que o l o c a l exige.

O u seja na bordadura das r u a s e divisoesdos canteiros, ou seja nos quadros, eu já náo uso do methodo de g u a r d a r a ordem dos q u a t r o palmos-de d i s t a n c i a palmos-de u m a o u t r o arbusto. A m i n h a r e g r a é marcar as linhas, deixando entre urna e o u t r a o i n t e r v a l l o de o i t o palmos. E s t a s l i -nhas sáo t i r a d a s c o m cordel d'um ponto dado a outro ponto dado; ficando assignaladas c o m pequeñas estacas: ellas servem de guias ao es-cravo, que faz o regó em toda l i n h a , bem como ao plantador. E s t e regó deve ter um palmo ou m a i s de profundidade, e a térra que sahe fica na borda, toda para u m lado. O u t r o trabalha-dor, se a térra é f r a c a como a m i n h a , v a i espa-ntando estrumes p o r c i m a desta térra; o que feito, t o r n a a t a p a r o regó c o m a mesma térra que já cahe misturada c o m os estrumes. A c a

-bado isto, o mesmo que fez o regó, ou qualquer o u t r o abre covas em toda a l i n h a , unindo-as q u a n t o é possivel; porque sendo estas covas abertas c o m a enxada que t e m u m palmo de lar-g u r a , e sendo a pequeña planta m e t t i d a no meio da cova, véem ellas em r e g r a geral a ter entre si pelo menos a d i s t a n c i a de dous palmos.

Parecerá a alguem que este methodo é urna e x t r a v a g a n c i a m i n h a ; c o m tudo eu o sigo por motivos de economía. A p r i m e i r a utilídade é o golpe de vista que isto faz, vendo-se linhas

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que parecem pequeñas muralhas; e vendo—se a o mesmo tempo os clavos que ficáo entre as l i -nhas, do mesmo modo que se f o r m a u m C o r p o de Infantería c o m fileiras abortas; a segunda é a fa.c-ilidade da colheita, sem estar o colhedor sugeito aos orvalhos da m a n h á e dos dias chu-vosos; e ao mesmo tempo encarregando-se a cada u m a sua fileira, para colher d'um e o u t r o lado, e ficando todos á vista d'um Feitor, que posto a u m lado inspeccione tudo; a terceira é a íacilidade de c a r p i r e cavar o Chá, sem o pe-r i c o das enxadas offendepe-rem os pe-ramos, e ficando igualmente os carpidores debaixo dos olhos do F e i t o r : a q u a r t a utilidade é a de colher milho, que annualmente se p l a n t a em fileiras por estes

vaos, e elle produz admiravelmente semoffensa do

Chá.

O p r i n c i p a l t r a t a m e n t o desta planta é cavar bem o terreno annualmente; pois que alem de ser r e g r a sabida em A g r i c u l t u r a , que a térra cavada é urna esponja para a t t r a h i r e receber do a r as partículas proprias á vegetac.áo. vé-se palpavelmente, que no fim >da corfteita do Chá, a qual dura desde fins de Setembro até fins de M a i o , a térra fica bastantemente calcada; e todo o L a v r a d o r p r a t i c a m e n t e sabe que a térra nesse estado náo produz. A enxada ou arado na m á o do L a v r a d o r hábil fertilisa o terreno. Por issO acabada a colheita, eu lhe faco única-mente o seguinte beneficio.

Cada trabalhador toma se(l vao, carpe dóus ou tres palmos, faz urna cova atravessada, com a profundidade de [>almo e meio, e nelia lanca

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o cisco, e hcrvas que carpió, e vai c a r p i n d o adiante até quatro, ou c i n c o palmos, e puchan-"

do c o m a enxada todo este cisco para a cov.n,

e a v a i cobrindo c o m a térra que continúa a

cavar desde a p r i m e i r a cova, até quasi ao fim do carpido, onde faz o u t r a cova que e n c h e c o m o que carpe adianíe, e continúa a cava por es-te methodo até ao fim. Desde que se h a b i t u a o a este modo de carpir, le vao nelle t a n t o tempo, quanto levao em c a r p i r , sacudir, e amontoar as hervas. A mesma enxada aplana o terreno para nao ficarem altos e baixos. M a s a d v i r t o a alguns de nossos L a v r a d o r e s que o e n d i r e i t a r m u i t o a térra cavada, nao só é trabalho super-rluo, mas tambem p r e j u d i c i a l , porque o resulta-do é ser o terreno l a v r a d o pelas grandes cha-vas e por isso menos productivo: é útil que te-nha empecilhos que sustete-nhao a- nata da térra, t

e nos terrenos ingremes é mesmo necessario fa-zer cavas que sustenten! o que as e n x u r r a d a s t r a z e m de cima.

Por este methodo eu consigo as utilidades se-g u i n t e s : — l A ficar o terreno c a r p i d o : — 2 .a de-m o r a r o nascide-mento de o u t r o de-mato, p o r isso que c o m a c o v a arrancao-se todas as raizes e

as sementes, que pela m a i o r parte se i n u t i l i s a o por ficarem m u i t o e n t e r r a d a s — 3 .a por deixar a térra cavada em estado de melhorar; o que sendo um bem que se faz aos pomares de truc-tas de todos os géneros, c o m m a i s raza o se deve fazer ñas plantacocs do Chá, onde nao ha o i n c o n v e n i e n t e da enxada c o r t a r as raizes que sao p r o f u n d a s : — 4 .a finalmente, porque c o m es.

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te beneficio eu náo cüspendo outro. Esta ope-vacáo que se faz nos mezes de .Tunho e Julho, dispoe a térra a alimentar melhor a planta do

Chá, e a produzir bom milho que mando

plan-tar em linha pelos váos, deitando-lhe em cada cova urna pequeña porcáo de estrume.

Nestes mesmos mezes em que descanca a

ve-getacao do Chá, tiráo-se as sementes que rou-bao a substancia destinada para as folhas; e quando se náo possa concluir entáo, em qual-quer tempo do anno convem colhel-as. A ope-racáo de desfolliar, como ensina Fr. Leandro no seu folheto, nunca por rhim foi adoptada, senáo em pequeña experiencia, porque se

op-poe ás regras que estabeleceu a Sabia

Nature-•¿a. As plantas recebem suecos pelas raizes, pelo tronco, e sobre tudo pelas folhas; tiral-as

antes da Natureza as desprezar como imitéis.

é tirar á planta os canaes de sua nutricáo; e é por isso que as nossas formigas fazem séc-car grandes arvores.

E u experimentei em alguns pés; v i que em

Outubro (é em S. Paulo o mez da maior co-lheita) se enchéráo de brotos; mas observei que

colhidos estes, elles depois produziráo poucos e mesquinhos grelos: pelo contrario v i que os ou-tros, náo produzindo urna brota geral, effectiva-mente dáo colheita; o que favorece muito ao

La-vrador, porque se toda a brota viesse a um tem-po perdia-se urna grande parte della. E u v i

que no mez de Cutubro deste anno (1832)

cus-iou-me trabalho a preparacáo do Chá, por ser

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prc-( s o )

ciso trabalhar nos fornos todos os dias, a ex-cepcáo dos de guarda: houveráo tare fas deuma arroba. Em Novembro, Dezembro, e Janeiro já é menos, e bastáo tres dias em cada semana:

de Janeiro a Maio vai diminuindo a colheita até a entrada dos fríos. A Natureza entáo náo está ociosa; as plantas estáo recebendo n o-vos sucos pelos canaes que ella Ihes marcnu; chegando o calor, estas*substancias se desen-volvem em brotas, e com tanta mais farca, quanto foi o tempo que o frió as deteve encer-radas nos seus vasos.

Do que fica referido concluo que por ora náo uso da desfolhacáo; quando me convencer do contrario, e julgar que o prcveito excede o tra-balho, entáo mudarei de opiniáo. E tanto es-tou persuadido disto, que até supponho ser esta idéa dada a Fr. Leandro pelo China, Mestre do Chá, o qual tem bastante duplicidade para illu-dir a um sábio, em quanto este náo reflecte bem para conhecer o engaño. Os meios de co-nhecer velhacos náo se aprende nos Livros nem na escola da Moral; únicamente se aprende na escola do Mundo. Esta duplicidade do Indio combinava com o systema da Corte de D. Joáo V I . Sei que o Rei quería e ordenava que se eommunicassem as plantas Indiaticas e se pro-pagassem; mas a Corte o náo quería. O Ins-pector, náo obstante ser Brazileiro, tinha a ne-cessidade de náo desgostar os Cortezáos, te-niendo alguma intriga, e com ella á sua queda.

Os factos prováo isso, e confírmáo as idéas que me deu o mesmo Inspector. E u vi que se

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colhiáo com cuidado todas as sementes, rece-lhiáo-se a um armazem até apodrecerem; nun. ca pude ao menos ver com os olhos o Chá al i fabricado, sei que se manufacturava a portas fechadas; e sei últimamente as difficuldadesque venci para obter sementes de Chá, e conseguir um forno de ferro fundido na China.

Náo sendo colhido o Chá, pode o arbusto ele. var-se a doze e mais palmos d'altura, o que náo convem; pois deve ser conservada do modo que náo passe de seis a sete palmos, para faci-litar a colheita; e isto se consegue colhendo-o annualmente, porque desde entáo é muito pe-queño o crescimentó. Dizem os que escrevé-rao sobre esta planta, que deve ser colhida na idade de tres annos para diante. Esta é a re-gra, mas tem algumas excepcoes. Urnas plan-tas nascem acanhadas, com tres annos ainda náo téem vulto; outras de dous annos já apre-sentáo boa colheita. E' por isso o meu syste-ma recommendar aos colhedores, que nao to-quem nos pés pequeños, e que nos

Chás

novos sómento colháo as brotas das vergonteas, que já excedem a quatro palmos; entáo elles galháo, e tomao corpo com brotas lateraes.

Devom-se colher todas as folhas tenras e brandas, e bem assim todas aquellas, que esfre-o-adas ainda podem enrolar-se, sem se quebrar, e reduzir a pedacos. Das brotas compridas, que já téem quatro e seis folhas, tira-<se o gre-lo de cima com duas ou tres folhas; as outras que já sáo mais duras, tiráo-se cortando com a unha parte do pedículo, por onde depois véem

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novas brotas. Isto com a pratica fácilmente se aprende; mas o lavrador deve saber a razáo

• das cousas, para dirigir a gente do trabalho. Os Indios Chinas, que desde pequeños traba. Iháo nisto, guiados por seus Pais, sao muito destros na colheita: ellos levao cada um sua cofa com tres e quatro divisoes, enfiada no bra-co esquerdo, hincando bra-com destresa em cada divisao a folha competente, conforme o gráo, em que se acha de ser mais ou menos tenra; pois ó sabido que quando mais tenra e delica-da é a folha, tanto maior é a bondelica-dade do Chá. O que se fabrica para uso do Imperador da China cóm grandes aparatos é todo dos greli-nhos mais delicados, e este é o chamado Chá Imperial, que eu só urna vez o v i trazido ao Rio de Janeiro pelo Ex-Vice-Rei da India

Cahral.

Do que fica dito se vé.que náo é perfeito o methodo praticado pelo China, Mestre da La-goa; póde ser que esse seja o que se usa na sua Provincia; mas elle náo passa de grosseiro, e náo é o uso geral da China e do Japáo. Alem do grande inconveniente de misturar o bom

Chá com o inferior, tem outro mais attendivel, qual é este. A folha tenra em cinco minutos está cozida, e capaz de i r ao Esteiráo: a mais dura leva oito a dez minutos. Segue-se d'a-qui, que misturadas, quando o Chá tenro está cozido o mais duro ainda está crü: e quando este esteja prompto, o mais delicado ou estará chamuscado, ou um pouco secco, para se náo enrolar bem. E' por isso que nunca puz em

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¡pratica o methodo do Indio, e continuareí no uso « m que estava de separar as folhas. E ainda mais me confirmei nesta opiniao, quando man. dando urna amostra do meu Chá a Fr. Lean-dro, e mandando-me elle urna lata do seu, v i pelo cheiro, pelo sabor, e depois com os olhos examinado as folhas abertas no bule, que o Chá estava chamuscado, o que nunca meaconteceu, apesar de estaretn nos fornos rapazes Africa-nos. Portanto concluo que o Chá deve i r aos fornos em qualidades separadas, com o que se evitáo as minuciosas separacoes, depois de tor-rado, em que se gasta talvez o mesmo tempo, e nada se remcdeia do mal que provém de se mis-turar a boa qualidade com a inferior.

De poucas pessoas se [>óde o lavrador fiar, que tragáo as folhas separadas. A Miii de familia hahil tem o cuidado de as repassar. Por isso te nho adoptado o methodo de trazerem as folhas misturadas; e neste servico ernprego negros, rapazes, mulheres, e até criancas de seis annos para cima, que entre os outros tambem fazem alguma servieo. Nao ha regra certa sobre a quantidade de folhas, que pode cada um colher,

por isso que depende da actividade particular dos individuos, da abundancia de brota, e sobre tudo dos estimules de ganhar dinheiro. Tenho visto mulheres alugadas a trinta réis por cada libra de folhas, fazerem o jornal de 420 rs. que corresponde a 14 libras.

Na vespera do dia em que se ha de fazer o Chá, logo depois do janíar, se o dia é fresco, ou pelas quatro horas da tarde, se é quente, sahem

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os cocedores ato o finí do din. Este Chá 6 borrifadó de agua fría, e posto ao .sereno e,m balaios, ou peneiras. De rnanhá voltáo os apa-nhadan s a colher, e as pessoas destinadas par.» a sepaiatáo, ou escolha, ficáo fazendo este ser-vieo ño Chá colindo na vespera. Para isto lancáo-se as folhas sobre unía grande mesa, onde se váo separando os grelos, e folhas mais tenras para o Chá fino c superior, e as mais grossas para o Chá (|ue eu chamo grosso, e de que sahe bom Chá Hysson. Entáo mesmo se luncáo fóra algumas tuihas, e páosinhos duros, bem como alguma folha estranha, ou insectil, que por acaso venlia entre as folhas. Os eo-Ihedores colhem até nove horas, em que véem almocar; e depois até a urna hora, em que se acaba a colheita do dia, e se oceupáo todos na escolha, a excepeáo dos que váo para os fornos*. que .sáo :J forneiros, 3 enroladores e um que cui-da em ter os fornos com fogo.

A essa hora o 1.° forneiro deve teros fornos arcados, a lenha prompta, e a casa varrida.

Principia o trabalho por cozinhar-se todo o Cha; o que faz o 1.° forneiro, servindo os done segundos para enrolar com os outros 3, que ao todo fazem cinco. O CM, como já disse de-moru-se no forno 5 a 10 minutos, conforme a sua qualidade. A' voz do forneiro cada um t i -ra o sen punhado de folhas, quanto levem, as duas máos, e vao para o Esteiráo esfregar, ou espen;egar, na forma da doutrina de Fr. Leandro; o que feito, comprimem o Chá entr*: as máos, para lancar fóra a grande qnantidado

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que tem d'um sueco esverdeado, e táo acre, que offende as máos dos que as náo tem calejadas; depois de bem exprimido, espa!háo—o em pend-ras tapadas, na fórma do Folheto de Fr. Lean-dro, e lavao as máos. Entáo já outra tornada *stá cozida, de modo que os en rotadores nao podem estar ociosos. E advirto que este for-neiro deve com um paño grosso limpar o forno, antes de lancar outra folhas.

E u fiz pór em pratica um artigo de econo-mía, que é mandar expremer o suco em urna gamella, de que tiro duas utilidades: a 1 .a é

preservar a casa de ter lama, como acontecía, quando expremiáo sobre o cháo: e a 2.a é que

náo sendo possivet evitar, que no expremer váo com o caldo algumas folhas, todas estas fican-do depositadas no calfican-do, escorrifican-do este, apiro-veitáo-se esses restos, que se perderiáo, e que cm urna Fabrica grande vale a pena déos npr<>-veitar. Estes restos expremem-se, e

espalháo-6e com o outro Chá.

A minha Fabrica tem tres fornos: um delles foi fundido na India, e servio de modelo para

KC fundirem outros iguaes na Fabrica de Ferro

de S. Joao de Ypanema. E u os arranjei em fornalhas, que deitao o fumo para a parte de fóra, ficando-lhes as bocas no interior da casa. Esta circunstancia incommoda aos que estáo dentro, náo só porque sofi'rem algum fumo, co-mo, por causa do calor. Com tudo eu náo convenho no fogo por fóra pelos máos re-sultados, que isto produziria. Os fornos sáo de ferro fundido; e aquecem com muita

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preste-( 3 6 )

za o caler do f o r n o só o sabe quom tem a»

máos dentro delle: é por t a n t o indiaperisayél, qué o rapaz ericarrégado do fogo, esteja á vista «¡os forneiros, para com prestesa augmentar, ou d i m i n u i r o calor.

Os ramos seceos do p i n h e i r o silo bem bom eómbustiyél para c o z i n h a r o Chá, até ser ma-cerado, como ácima expliquei, dahi para dianté áirvome de achas de lenha; e o fecho d o p i

-nheiró continúa a s e r v i r algumas vezes para

á'ieílf o í'ogo. independente d'abano.

T o m a n d o á preparaqáo do Chá, di re. i que eu a d i v i d o em tres operacoes: a 1 .a é a de

cozi-nhar, e macerar, como está explicado: a 2.a

que se segué, é a de seccar: e a 3.a a de

tor-rar. Para seccar o Chá, v a i para o forno porcáo sufficiente que possa ser l i g e r a m e n t e m ó -r b i d o sem pe-rigo de e n t o -r n a -r - s e : e esta ope-ra- opera-cáo a i n d a v a i c o m o mesmo gráo de calor coto qué foi cozinhado. O p r i n c i p a l cuidado do for-neiro é mecher l i g e i r o , e v i t a n d o ficarem n o fundo, ou ñas bordas folhas paradas, que se

pos-sao chamuscar. N e s t a 2.a, bem como na 3.a

i-péraíjáo, já t r a b a l h a o os tres fornos, todas as 0¿¡zes que u m só náo der até a n o i t e expedicáo á quantidade que exista p r o m p t a .

L o g o que se e n t r a a secar esta herva, ella e x h a l a u m c h e i r o desgostante; depois exhala

elielrb agradavel, como

o^efeno,

quando

sa-be do sol para palheiró. U l t i m a m e n t e desen-volv'é o aroma de Chá, e entáo se pode dizer, qué esla feito o Chá, porque este a r o m a só ap-p.irece quando elle está secco. E' nesta

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oc-( 3 7 )

casino que o f o r n e i r o manda r e t i r a r o fogo: e ficando em calor moderado, só resta t o r r a l - 0 hem até a d q u i r i r a c o r c i o z e n t a do Chá. e m que se t e r m i n a a 3.a operacao. A d v i r t o que quando o Chá está secco, e só resta t o r r a l - o , deve t i r a r - s e do forno e recebar outra fornada.

e assim c o n t i n u a r até acabarse a tarefa. E n -táo todo o Chá secco volta para os fornos a t o r r a r - s e , o toma cór. E s t a interrupcáo é

para e c o n o m i s a r tempo, porque nesta occasiáo

<< que séccou em duas tornadas, toj-ra-so cm

tima. só. pois já está secco, e pouco volumoso.

A c a b a d a a torrefaecáo, deixa-se o Chá es-f r i a r ombaixo de toalhas, e no d i a seguinte v a i ¡¡ara a c a i x a competente, ou folha, c o m o ensilla F r . L e a n d r o , sendo as p r i n c i p a e s c i r c u n s -t a n c i a s que as la-tas sejáo bem tampadas, e que

por m u i t o tempo se nao conservera m a l cheias, (. «pie causaría a l g u m molo.

A c a b a d o o tempo da colheita do Chá.

segne-se o u l t i m o beneficio, que é a u l t i m a torrefae-cáo, escolha, e e n c a i x o t a m e n t o . Pr¡nc¡pia-se pela qualidade fina, e aeabase pela m a i s g r o s sa. Despejada urna caixa, o u urna lata g r a n -de, pnssa todo o Chá pela peneira fina a sepa-r a sepa-r - l h e todo o polme, a v e n t a n d o - o ao mesmo tempo para subir alguma folha, que por acaso nao ficou macerada, e por isso nao se e n r o l ou. O mesmo se p r a t i c a c o m o Chá da 2.a q u a l i . dade, do qual sabe m a i o r porcáo de folhas m a l enredadas. E s l a s folhas, e o polme iazem ou-t r o Cha, a que F r . L e a n d r o chama de f a m i l i a , o qual sendo composto de folhas m a l enroladas,

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i

e do polme de todas as qualidades, faz um todo feio aos olhos, mas de muito bom sabor depois de 3 annos.

Desde que ambos os Chás principaes sao peneirados por peneira fina, que únicamente deixa passar o polme, ainda delles se póde t i -rar outro Chá, a que eu chamo Uxim; e faz-se isto por outra peneira menos fina, que só deixa pa3sar o Chá muito miudo, mas que náo é pol-me, ó Chá bonito á vista, e em qualidade é lo-go abaixo do fino. Nisto unicameute se en-cerráo os trabalhos minuciosos, e preparacOes que pratica o China da Lagoa, narrados por Fr. Leandro em sua instructiva Memoria.

E u devo advertir ao Publico, que a nomen-clatura dos Chas náo passa de impostura para saccar dinheiro aos Europeos no mercado de Cantáo: uns sáo nomes arbitrarios dados pe-los cultivadores, outros sáo das Provincias, e outros das fabricas maiores. N á o ha muitos annos que se entrou a fallar de um novo Chá, que denomináráo dos Macacos. He de saber, que náo havendo na China um palmo de térra • sem cultura, e havendo algumas montanhas de

pedras, os Indios as téem trepado, e plantado

Chá pelas fendas dos penedos; e porque a

su-bida e descida destes penhascos offerecem difli euldndes ao sexo feminino, que se oceupa ñas colheitas, elles téem tido a paciencia e habili-dade de ensinar aos Siriges a colher os grelos, e íancal-os para baixo. A este Chá deráo o nome de Chá dos Macacos, que se vende cm Cantáo como urna raridade, misturados corn

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outros colhidos pelas máos dos homens. Todos somos amantes da novidade; com ella nos ¡Ilu-dimos, e cahimos nos laqos que nos armáo mer-«•adores sem fé, nem moralidade. E quanto*

Rrasileiros náo temos entre nós, que ainda náo gostáo do Chá do Brasil, só parque elle náo nasceo na India ! O Chá Perola náo é sem-pre bom, e nem póde ser sendo separado de todas as qualidades, como pratica o China da Lagoa: ¡Ilude a vista pela igual formatura dos granitos: ha alguns óptimos, que sáo feitos de greios escolhidos, e que os Indios com muita destreza enroláa á máo. Este luxo superfino só póde ter lugar na India, onde o jornal de um

trabalhador é pago com urna racáo de arroz. O Chá em bolas faz-se com facilidade. To-ina-sc urna porcáo de bom Chá, logo que aca-ba de ser esfregado e comprimido: torna-ae a comprimir ñas máos, e faz-se urna bola; ata-se esta bola em um pedaqo de linho novo, e com o atilho se v a i augmentando a compressáo. Cortadas as ponías do paño, vai para o forno a seccar com o mais Chá, e deve voltar ao

for-no quantas vezes for necessario para ficar sec-co e torrado. Depois de estar secsec-co por fóra, e por conseguinte a bola dura, tira-se « paño, e volta ao forno para seccar bem por dentro. Fr. Leandro que náo tinha visto estas bolas, conjecturou que seria preciso juntar algum

glulcr para se unir. E u as fiz sem essa mis-tura, por ver que o mesmo Chá tem gluter bas-tante; e em urnas bolas da India que me der&o no Rio de Janeiro, conheci com os olhos

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ossig-( 4 0 )

naes dos fios de paño com que foráo atadas, até Beccarein. Este Chá dura muito sem se corromper: é usado no Japáo, onde é luxo d a r o Chá moido, que é mexido com urna eseovi-nha. Ñas Companhias um criado o fie rece a chicara com agoa fervendo. outro o Chá muido, e urna escovinha delicada; e o terceiro o assu-car Candi em pedias.

Podia dizer mais nesta materia; mas es.se aáo é o meu fim. Contento-me em declarar a íiieus Patricios, que o Chá das folhas mais ten-ras é o melhor, qualquer que soja o seu no'rne ou fórma; e que entre os arbustos do Chá-, as folhas das plantas mais novas fazem melhor Chá que as das antigás. Com estes dados po. dem avnncar ao que quizerem pela sua expe-riencia..

Feito o que eu disse ácima, volta o Chá para os fornos em porcOes sufnciente» que o olho en-silla: da-se—lhe urna torrefaecáo sufficienle en» fogo lento, até que fique bem torrado, e com-plete a sua cór acinzada. Acabada esta operacáo, segué—se o encaixotar, ou seja em c a i -xas vindas da India que estejáo em bom estado, ou em latas grandes de folha de Flandres do urna arroba, ou de mais, e mesmo mais peque-ñas, se necessarias forem. O que se recomnien-da ó que o Chá esteja bem acondicionado, em ca3a secca, e livre de che i ros estranhos, que com muita facilidade se lhe communicáo. Por esta mesma razáo como as latas novas trazem o cheiro de breu, eu costumo purifica 1-as man-dando-as encher tres vezes de agoa quente; e

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na u l t i m a vez mando-lhe b o t a r C h á dentro. Despejada a lata da u l t i m a agoa, m a n d o a l a

-var com agoa limpa, e enchugar com urna toa-lha; depois do (pie v a i ao sol, até ficar bem en-chuta: entilo vem para dentro, m a n d o — a osfre-gar por d e n t r o com polme de Chá, e sacudida está nos termos de recehcr o Chá novo.

E' um engaño suppór-rso que o C h á t i r a d o do forno, póde logo-ser bebido: elle entáo conser-va u m a m a r g o f o r t i s s i m o e acerbo, bem desa-gradavel ao paladar: náo deita n'agua a sua cor alambicada; e sobre tudo é narcótico, e tao

narcótico que eu já v i o seu cfFeito em u m que

beben m u i t o C h á que já t i n h a u m anno. N o fim de dous a n n o s já é agrada vel, já dá c o r á agoa, e produz aquella alacridade, que se ob-serva na • boas com¡)anhias. C o m tudo nesta idade a i m i >. mostra gusto herbáceo. E' por isto que eu só reputo perfeiío o C h á no fin) de tres annos; entáo tem desenvolvido todo o seu aroma, o a m a r g o é brando, e o gosío herbáceo tem desapparecido.

E u nao duvido que a repeticáo de novas tor-refaccoes abrevien) a epocha, bem como fazem os indios-a alguns Chás, que descendo do inte-r i o inte-r pelo Ganges chegao a inte-r inte-r u i n a d o s ao meinte-rca- mercado g e r a l de Cantáo. Sobre isto náo tenho f e i -to experiencias, nem tenho necessidade de as fazer.

A Cantáo chegáo Chás, vindos de m u i t o Ion-ge, e talvez com mais de tres annos, porque nem todos podem p r o m p t a m e n t e t r a n s p o r t a r «ua fazenda. N o mesmo Cantáo ficáo Chás de

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u m para o u t r o nnno. O r a indo esto Chá á Europa, o ainda maltas ve/es correndo divcr* sos portos, quem poderá dizer que idade t e m o C h á I n d i a t i c o que bebemos ? O que c o m

cer-teza se póde asseverar, é que nunca o bebemos m u i t o novo, sim, mais ou menos velho; e d'uqui véem as difTerencas de bondades; pois j u l g o co-mo certo, que esta herva bem preparada, e bem acondicionoda, v a i em m e l h b r a m e n t o até a idade de tres annos, entáo ha de t e r o seu esta -do estacionario, acaba-do o qual, elle de necessi-dade pelas regras da N a t u r e z a deve p r i n c i p i a r

a do c a h i r .

U m F r a n c e z que csteve muitos annos em Cantáo, no em prego de c o m p r a r partida» de

C h á para os correspondentes que lhe recom-ínondaváo de muitas pracas da E u r o p a , escre-veu u m Folheto, em que recommenda aos Ne-gociantes, seus P a t r i c i o s , que quando fpi'em c o m p r a r C h á a Cantáo, nao o escolháo pela

vista, s i m pelo goslo, que elle mostrar no bulle;

e sobre tudo Ibes adverte que cornprem aqtielle C h á que a i n d a conservar o gosto herbáceo, o qual mostra a sua pouca idade, porque q u a n d o elle chegar á E u r o p a , se achara perfeito.

O que eu acabo de expftr, é para desvanecer algumas idéas, em que ainda está m u i t a gente, e .sobre tudo i n c u l c a r aos lavradores de C h á u m methodo mais singelo, e menos c o m p l i c a d o de sua preparacáo. A e x p e r i e n c i a reflectiva de cada um, c o m m u n i c a d a ao Publico, t r a r a a 'perfeicSo, e a u g m e n t o de c o m m e r c i o com este

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impor-( 4 3 )

r a n c i a , especialmente para na P r o v i n c i a s Cen* traes. Possa eu aínda u proveí ta r—gne da expe-r i e n c i a al heia !....

Obscruacdes.

A planta do Chá medra era todas

anualida-des de terreno, h excepeáo daquellea cm que d o m i n a mais a aréa do que a t e n a , ou daquel* les que téem superabundante Humidade. E m regra geral, é bom todo t e r r e n o argiloso que cavado se faz wolto c o m a mistura dos yogotaes enterrados. Sitas r i i z e s s l o profundas, como

já disse, e por conseguinlc pouco sentem as grandes seccas.

C o m tudo dá-se melhor ñas térras frescas, e por isso parece que a mesma sombra lhe ó útil, excepto quando grandes raizes de a r v o r e s

es-t r n n h a s se lhe aproximáo, porque enes-táo elUm lhe roubáo a nutricáo.

N o J a r d i m da LagOa cu náo v i senno unan especio de Chá; p o r e m t r a n s p l a n t a d o para o c l i m a benigno de S. Paulo, elle lera p r o d u z i d n m u i t a s variedades, que alias e m nada alteráo o easencial, depois de sua preparaeao. E'

natu-ral (pie no extei.so I m p e r i o da C h i n a acoiiteca o mesmo em algumas P r o v i n c i a s , ou seja pelu mía situacáo Geographica, ou por o u t r a s c i r -c u n s t a n -c i a s o -c -c o n e n t e s em -cortos lo-caes; ina's a i.sto nao é exacto c h a m a r

especies de Chá,

e

nem cu c r e i o que as baja.

Ttoureiro

na sua

Flora

da

Cochinchina

men-c i o n a tres novas espemen-cies de Chá, a saber, o

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Chá Coohinc.hina, o Chá de Cantáo, e o Chá que só serve p i r a azeite nos contornos do mes-ino Cantáo. Linnéo menciona duas especies, a saber, o C h á verde, e o C h á — B o u d . C o m tudo o geral dos Botánicos chamao variedades como acontece em S. Paulo, e acontecerá em outras P r o v i n c i a s deste I m p e r i o , e n a o especies.

Qucempfer nao falla em especies diversas. Este viajante Botánico foi quem melhor escre-veu sobre o Chá. e quem deu á E u r o p a as m a i s .•xnetas noeoes desta planta, pelas viagens que tez no c e n t r o do Japao. elle é quem nos di/.. que esta bebida dcsfaz as obstruccoe.s, purifica

o sangite, e sobre tudo conduz a materia

tarta-rosa, que causa a podra e a gota. A ce

róscen-la que e n t r e os bebedores de C h á no Japao nao encontrón algum, que fosse atacado de gota, ou de cálculos na bexiga. " E u nao creio, con-•• cine Qucempfer, que

hoja

no M u n d o nina

planta conhecida, cuja infusao. ou cosimento " tomado em grande quantidade, pese táo pon* " en sobre o estomago, passe táo depressa, r e -« fVesqiie t a c agrada velmente os espirites aba-" tidos, e Ibes dé tanta alegria, como o Chá."

P o r t a n t e , parece que devemos ficar c o n v e n c i -dos que náo ha senáo urna especie desta pí

tita, e que os exquisitos nomes que lhe dáo o. i n -dios, téem a o r i g e m que já ácima a p o n t e i .

Fr. Leandro do Sacramento d i z que 4 libras

de folhas p r o d u z e m urna de Chá. Isto é exac-to, poréiu precisa mais explicacáo. E m días quentes, e de sol ardente as folhas véem para a casa sem n e n h u m a humidade e x t e r n a , e

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me-s-(

w)

trió ehégáo murchas. Neste estado, de facto"

4 libras de folhas produzem urna de Chá: mas se as folhas véem orvalhadas, e sobre l u d o se tem ehovido, entáo sáo precisas 5 libras de f o . Ibas para urna de Chá, com pequeñas

differen-t;as.

Por cálculos a p p r o x i m a d o * posso dizer a meus P a t r i c i o s qué pretenderem f o r m a r u m á

F a b r i c a de Chá, que m i l pés produzem urna a r -roba e meia de Chá, e por conseguinte o L a . v i a d o r , que t i v e r 50:000 arbustos, obterá an-n u a l m e an-n t e 7 5 arrobas, e an-n t r a an-n d o an-neste an-numero as tres oti q u a t r o qualidades que eu fabo; bem entendido que nesta somma g e r a l sempre mais de metade cía safra é de C h á de p r i m o i r a qua-lidade. M i l pés poden ao p r o d u z i r pelo menos duas arrobas, se nós fizessemos as c o l h e i t a s c o

-rfío

os I n d i o s : elíés p i r a a u g m e n t a r o seu pro-ducto deixáo erguer as brotas com m u i t a s f o -Ihas, e colher todas com oeparacáo; as u l t i m a s

folhas já sáo táo duras, que se náo enroláo, e

este é o C h á que bebe o Povo: aqúi apenas se

póde colher o grelo, e mais tres folhas

irñme-diatas; o resto já nao serve: por isso, como já

disse, colho todos os dias no mez de Outubro, e

nos mais mezes, c o n f o r m e o estado da vegetacao. E n t r e nós, o C h á que bebe o Povo A s i a -tico, n i n g u e m o compraría, porque o uso desta bebida só t e m l u g a r ñas classes de luxo, e náo no Povo.

E' u m fació attestado por todos os v i a j a n t e s da Asia, que os C h i n a s e os Japonezes n a o be-berá agua pura. E' costume geral e m todas as

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