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Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

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,2

EDITORIAL

Mais

política

e

diversidade,

caro

leitor

Nesta

segunda edição

do semestre, nospreocupamos emtraz­ ermais

política

paradentro do

jornal

(por

issotemosmaisquatro

páginas).

Depois

de

algumas

tentativas

frustradas,

conseguimos

umaentrevistacom o

prefeito

César Souza

Júnior

para

question­

ar asdiversaspromessas quenuncapassaram dediscursoeleitoral. Também trouxemosentrevistascom oscandidatosàreitoria,tema

fundamentalparao

principal público

deste

jornallaboratório

- os

eleitores dodia21deoutubro

-etodaasociedade que iráserafe­ tada

pelas

escolhas administrativase

políticas

da

chapa

vencedora. Odesafioconstantede construir coletivamenteum

jornal

entre

estudantes é

recompensado pela possibilidade

deapostarempau­ tasdiferentes econstruiroutrasnarrativas. Areportagem dacasa

de

swing

traz umolhar mais humano e menosmoralista sobre um temaque segue sendo encaradocomo tabu.No mesmo mês

que uma comissão

especial

da Câmara dos

Deputados

aprovoua

definição

de famíliacomo auniãoentrehomeme

mulher,

oZero relatao

primeiro

casamento coletivo homoafetivode Santa

Cata-rinaededicaduas

páginas

à matéria que

explica

umpoucosobre sexualidades que

fogem

daheteronormatividade.

Ouvimosos

frequentadores

de

algumas

casasnoturnasdo Cen­

troque estão sendo

obrigadas

afecharmaiscedoetambémavizin­

hança

que reclama do barulho. Também abrimosomicrofone para

usuáriosdo transporte

público

criticar o aumento, entre vinte e quarenta centavos,nastarifas dosônibus

intermunicipais.

Adificul­ dade deselocomover

pela

cidade feznossos

repórteres investigarem

alternativasaosônibus:a

implementação

doprojeto

Floribike,

um serviçodebicicletas

compartilhadas

edotransportemarítimo

pú­

blico,

searrastamháanos.

Ainda apuramosofatodaUFSC não enviar nenhumatletapara aCopaUnisinos eescutamos aspropostas dos candidatos àreito­ riarelacionadasaoincentivodoesporte.Fomosàsruasparatentar

entendera

disputa

silenciosaentreosmanezinhos da ilhae osmi­ grantes.

Boaleitura!

Laura

Capriglione

OMBUDSKIVINNA

Capa

de excelente

qualidade

gráfica.

Sintética,

forte e

corajosa,

queo assunto ainda é tabu na

imprensa.

Também muitoboas as demais chama­

das,

percorrendo

um

leque

diversificado de temas

(educação/local,

violência urbana e

esporte/ma­

chismo).

Como

fraqueza geral

da

edição,

eu citaria a

diagramação,

com o uso muito limitado de foto­

grafias

capazesde adicionar

informação

ou beleza NascidaemSão

Paulo,

Laura às

páginas.

É

inexplicável

que areportagemsobre

Capriglione

é

jornalista indepen-

oarmamento da

população (pág.

12) seja

ilustra­ dente.Trabalhou como

repórter

daporbonecos

portando guarda-chuvas, mochilas,

especial

do

jornal

Folha de S. Paulo bebês.Ou queareportagemsobreoPlano Estadual

entre2004e2013.

Dirigiu

oNotícias de

Educação (pág.

14)

tenha livros coloridosenci­

Populares (SP),foi

diretoradenovos mados poruma

maçã

(hã?).

Ou queareportagem

projetos

naEditora Abrilediretora sobreosuicídio

(págs.

10e

11)

tenhaumaimensa executivadarevista

Veja.

Vencedora

ilustração pixelizada

dos

pés

descalços

deumenfor­ do

prêmio

Essadereportagemem cado. Ou queareportagemsobre acrise de verbas 1994,mudouradicalmentesua daUFSC

(págs.

4e

5)

venhacom umafoto

gelada

carteirae

migrou

do

jornalismo

dorestauranteuniversitárioque mais parecedeum impresso parao

digital.

Participa

do folder

promocional

dafederal.Etemaindaaúltima grupo

jornalistas

Livres.Éumadas

página,

sobre oMercado Público de

Florianópolis,

fundadoras

do ColetivoPonte,canal emque,em vezdefotosque comprovema

"gourme­

de

informações

sobre

Segurança tização"

doespaço,oleitor

precisa

seconformarem

Pública, justiça

eDireitos Humanos. ver uma

precária

ilustração

feitaa

partir

demonta­

gem

fotográfica.

Trata-se de

desperdícios

de

papel,

quenadaagregam ao

conteúdo,

nemmelhoram o aspectoestéticodas

páginas.

Areportagemsobreo

Suicídio,

nas

páginas

cen­

trais de

"Zero",

a meu ver estácorreta. O

enfoque

escolhidoé

audacioso,

porquevaina

jugular

do

dog­

maexistentenas

redações

dos

principais

veículos de

informação

do

país,

paraos

quais

falar de suicídio

éo mesmoqueinduziroutraspessoasa

praticá-lo.

Os

repórteres

usaramfontes competentesecapazes de fazeracontra-narrativa,

especial

destaque

para a

Associação

Brasileira de

Psiquiatria

que defendea

informação

como armaparaa

prevenção.

Isso

dito,

achei ruim o título escolhido para a reportagem: Suicídio ainda éum

tabu,

tantoque

ficou

sem título.

Bastavadizerque

Psiquiatria

defende informa­

ção

como

forma

de

prevenir

suicídio. O box da reportagem promete

algo

quenãoentrega:"Umpa­ raleloentreBrasileColômbia."Otextonãocontém esse

paralelo,

apenas enunciaa

situação

do suicí­ diono

país

vizinho.Maso

pior

é quenãohámotivo

algum

paraa

confecção

desse box.AColômbianão

dispõe

de

políticas públicas

revolucionáriasnotra­ todo

suicídio;

neméumdos

campeões

de

suicídio,

nadaqueremotamente

justificasse

o

destaque

dado nobox.

E, entretanto,haviaumbox

implorando

paraser feito...Dando créditoao

publicado,

estáditonofim

dotexto

principal

que

Florianópolis

teve 56óbitos por suicídio em

2014,

com média de idade de 42 anos. Dáum suicídio consumado para cada 8.387 habitantes...

Enquanto

isso,

Concórdia,

nooesteca­

tarinense,teve 39ocorrênciascomidade média de 15anos!!!Dáumsuicídio para cada 1.848 habitan­ tes.

Quase

dezvezesmaisdoqueamédia nacional!!!

E asvítimassãoadolescentes! O queacontececom osadolescentes de Concórdia?

Infelizmente,

arepor­ tagemnão

diz,

masissoéuma

grande

pauta,sefor verdade.

Areportagemsobre violênciana

periferia

de

Flo-rianópolis

(páginas

7,8e

9)

fala de tudoenãose

aprofunda

emnada.Tem

polícia desrespeitando

os direitos dos

moradores,

temguerraentre

bandidos,

tem

políticas públicas fracassadas,

temoadolescen­ teassassinado nodia24 de

julho

(Ele

temnome? Família? Um

grande

perfil

dele

seriauma maté­

ria

espetacular,

é sóver o caso

Amarildo)

etc. etc. Eu,por

exemplo,

adoraria lerumareportagembem feita sobreas

facções

criminosas que

disputam

oter­

ritório da "Ilha da

Magia"

de

Florianópolis.

Maso máximoque mefoi dado saber équeumadelasse chamaPrimeiro

Grupo

Catarinense. Pena.

Jornalis­

moéfoco. O quesefez foi um

compilado

de boas pautassobrea

periferia

de

Florianópolis.

Restafazer areportagem.

Muitoboa a reportagem sobre o machismo no

hóquei

sobregrama

(pág.

15).

Boas

fotos,

bomo en­

foque.

Bomotexto.

Nareportagemdo

da

pág.

3,nãoachocorre­ tofazerumamatériasobre

boato,

aindamaissobre boato deestupro,semquese avancenada sobreas

suspeitas

existentes.Concretamente, oquese faz é apenas

amplificar

osdanosmoraisemateriaiscon­ traos

acusados.Jornalistas

investigam,

apuram,en­ trevistam,etentamrevelaroqueestá oculto.Se não conseguem, sorry,apautacaiu.

Ninguém

precisa

do "Zero"paradizeroque

está bombandonasredes.

As pessoas

precisam

do "Zero"eda

imprensa

respon­ sável para

ajudar

aseparar averdade dos lincha­ mentosmorais

(tão

comuns noambiente

virtual).

Outubro de 2015

ZERO

(3)

..

Cadáver

é

um ser a

serviço

da

humanidade"

Para

professora

da

UFSC

Ana

Casadei,

é

preciso

estimular

respeito

a

corpos para

estudo

da anatomia

�...

�ocê

pensou se, dentro

\...

do laboratório onde você

\

estuda todos os

dias,

hou-;'.,

vesse cadáveres humanos?

"

Mais do que isso. Você

imaginou

que,

depois

de passar no

vestibular,

você iria

precisar

colocar amãonesses

corpos?

Poisé. Nada de filme deterrordosanos90ou

daque­

las

pegadinhas

que passamnatelevi­

são no final das noites de

domingo.

Esse

exercício,

sério e

necessário,

é umarealidadeparaosestudantes das áreas

biológica,

desportiva,

da saúde ede

agrárias

que

frequentam

o La­ boratório deAnatomia,noCentro de Ciências

Biológicas,

naUniversidade Federal deSanta Catarina.

Acadasemestre,

aproximadamen­

te mil

alunos,

dos cursos de Ciência e

Tecnologia

de

Alimentos,

Ciências

Biológicas, Educação

Física,

Enfer­ magem,

Farmácia,

Fonoaudiologia,

Medicina,

Nutrição,

Odontologia

e

Psicologia,

da UFSC, passam

pelo

anatômico e,

literalmente,

fazem o

primeiro

contato, do ponto de vista deensino

aprendizado,

com o corpo humano. O

objetivo

das

atividades,

que são

acompanhadas

por técnicos

especializados,

édarsuporteparaos

estudantes,

pois

saber

manipular

o

organismo

daspessoas e fundamen­ talna

formação

desses futuros

profis­

sionais.Além deservirparaosestudos

práticos

dos

acadêmicos,

olaborató­

rio do CCB também é utilizado em

projetos

de

pesquisa

eextensão,bem comoparaavisitade alunos do En­ sinoMédio.

A menos que

solicite,

o estudan­ tede

graduação

nãovêos cadáveres

logo

na

primeira

aula.Nesse

dia,

há apenas uma

introdu-ção

teóricasobre anatomia. O acadêmico que, ge­

ralmente,

é da

pri­

meira ou

segunda

fase,

tam­ bém recebe urnfolder de

orientação

e as normas de conduta e com­ portamento

nolocal.Nasduassemanas

seguintes,

asaulasserãosobre

esqueleto.

Depois,

éavezde estudaras

articulações.

So­

menteno

quinto

encontroé quevai

acontecer o

primeiro

contato entre

alunoecadáver.Durante essetempo,

que variaconformeocurso,o

gradu­

ando

pode

se

adaptar,

casoaindanão

esteja

preparado.

Aanatomiahumanaservedebase para diversas áreas de conhecimento econsistenoestudo dasestruturase dossistemasdo

organismo humano,

de forma

organizada

e se baseando nos aspectos morfofuncionais. No anatômico da

UFSC,

asatividadessão feitas em cadáveres que são obtidos portrêsmaneiras:

doação

emvida do

próprio

corpo;

doação

feita por fami­

liar,

após

amorte; e

amparada

pela

Lei

8.501/92,

art. 2°,do

Código

Civil Brasileiro. Neste caso, considera-se que"o cadávernãoreclamado

junto

àsautoridades

públicas,

noprazo de 30

dias, poderá

serdestinado àsesco­ las de

Medicina,

para fins deensino

e

pesquisa

de caráter científico". A

partir

deentão,oscorpos sãolevados

paraa

instituição escolhida,

e,

lá,

as

informações

serãoidentificadas e ar­ mazenadasem um banco

sigiloso

de dados.

Paraa

professora

do

Departamen­

tode Ciências

Morfológicas

daUFSC, AnaPaula

Marzagão Casadei,

oestu­

do feitoem cadáveres

é,

hoje,

omeio mais

adequado

para

aprender

anato­ mia,

especialmente

na área médica. Ela

explica

que usando material de

plástico,

por

exemplo,

a

possibilidade

deretratararealidade do corpo hu­ manoé menor, vistoquenão existea mesma

riqueza

de

detalhes,

a mesma clareza deestruturase mesmas

propriedades.

"Não hápeças oubonecos anatôrni- de

Rosilda, "Logo

quemehabitueiao cosquetedeema mesma

profundida-

trabalho,

eu

consegui voltar'

acomer de de conhecimento queumcadáver normalmente". A luva e a máscara possateoferecer." usadas

pela

servidora servem para

Os

profissionais

da áreadaanato- que elanãoentreemcontato direta-mia enxergam o cadáver como um mentecom o

formol, já

queoconvívio ser humano

pós-morte

que, mesmo de Rosildacom oscadáveresédiário. em uma etapa de

deterioração pró-

Além do comportamento

ético,

pria daquele

estado

atual,

continua porpartedos

professores

eservidores servindo à ciência e à humanidade. do

laboratório,

também existe uma

Dessa

forma,

háuma

orientação

para

preocupação

com a

relação

que os

que os estudantes tenham o mesmo alunos têmcom oscadáveres.

Assim,

entendimento,

__. _"'" -_

estabeleceu-���

�'oU:�i::�:

�a

IfFSC,

OS

dad.os

�:

1���i��t:

não é um atlas

30bre

OS

Inortos

esti{

ati vid ades

��o

a�a��:i�er�

.

:ob

sigilo.

se

sabe

ramenta de en-

J!lle nunm

foi usado

�'

precisam

se

�in��o

s��dá;��

'nfantis

p!'� esmdo

��t�r ro��

estáa

serviço

da

especial

que humanidademesmo

depois

dainter- inclui

jaleco, luva, calça comprida

e

rupção

da

vida",

elucidaa

professora

calçado

fechado. Tambémé

proibido

que,desde

2006,

dá aulanaUniver-

fotografar

dentro do espaço onde os sidade Federal de Santa Catarina. As corpos ficam.

Aliás,

ofato denão po-normastambém valemparaosservi- dertirarfotos de cadáveresnãoé so-doresque,em

alguns

casos,

precisam

menteuma normade comportamen-sehabituaraotrabalho. todo laboratóriocomotambém está Rosilda da

Conceição,

de47anos,é

previsto

noart.212,do

Código

Penal

servidora,

naárea da

limpeza

do labo-

Brasileiro,

queconsiderao

vilipêndio

ratório,

há doisanos.Usandoumpar de cadáver um crime de

desrespeito

de luvasnasmãose umamáscarano com osmortos. A pena

prevista

é de rosto, elacontouà

equipe

dereporta-

detenção

deum atrês anos,além de gemdoZeroque,

quando

começoua multa.

trabalharno

local, precisou

alterara As

informações

sobreoscadáveres sua

alimentação.

"Eunão

conseguia

do Laboratório deAnatomiadaUFSC

comercarne,

principalmente

de por- são

guardadas

sob

sigilo

total.Oque

co. Tudomelembrava dos

cadáveres,

sesabeéqueoespaçonuncarecebeu e

aquilo

meembrulhavao

estômago."

corpos infantis,

apenas de adultos.

Depois

de doismeses,oalimento vol-

Normalmente,

os que

chegam

sãode

touafazerpartedo

cardápio

na casa indivíduos nãoreclamados

junto

ao

Instituto Médico

Legal

(IML).

"Se,

de repente, surge uma

investi-práticas,

os acadêmicos

gação

ouaté mesmo umabuscaque

precisa

de

informações,

oIMLconsul­

taa

Universidade,

enós fornecemoso material

necessário",

salientaapro­ fessoraAnaPaula.Nocasodeadoa­

ção

serfeita

pelos próprios familiares,

o contato é feito diretamente entre

elese a

Instituição.

O transportedos cadáveres é

algo

extremamente

complexo, já

que a

UFSC os recebesomentepor meiode veículos

autorizados,

ou

seja,

através de carros de funerárias credencia­ das oudo InstitutoMédico

Legal.

Da

mesma

forma,

não existea

possibili­

dade de enviá-los paraoutros

lugares

em veículos que não

estejam

nessas

condições.

"Você não

pode

pegar o cadáverecolocarnuma

ambulância,

numa van ou numacaixa e

despa­

char. Não é uma carga. Ele só

pode

sair

daqui transportado

em veículo dogovernoou de

funerária", explica

a

professora

do

Departamento

deCi­ ências

Morfológicas.

Depois

de

chegar

ao

laboratório,

o

primeiro

procedimento

éformolizaro

cadáver,

isto

é,

fixá-loemformol.Para que não

haja deterioração,

essepro­ cesso

precisa

acontecernas

primeiras

horas.

Enquanto

isso não ocorre, ele

temdeficar

congelado

para nãoapo­ drecer.Nesse caso,ocorpo permanece dentro deumfreezere, assim que pos­

sível,

será formolizado.

Quando

for utilizado

pode

ficaratéuma semana nabancada de estudos.Oscadáveres não têmprazo de validade.

JulianoFrança jdejulianoo@hotmail.com Sarah laís srt.sarahlais@gmail.com Valdori Santos reportervaldorisantos@gmail.com Imagemproduzidae meramenteilustrativa. Crédito: SimoneFeldmann,lZero

(4)

D

riapararepresentar aUFSCqueretiremseus nomes do

pedido

de concorrência ao cargo.

Essa regra tem sido

respeitada

por todos os candidatosà Reitoriada universidadenosúl­ timos30anos.

No siteda ComissãoEleitoralUFSC

(www.

comeleufsc.ufsc.br)

é

possível

obter mais

informações

sobre o

pleito,

como locais de

votação,

relação

de eleitorese

resoluções

que determinam regras para a

campanha.

Dúvi­ das e denúncias sobre a

eleição podem

ser enviadas parao email comeleufsc@contato. ufsc.br.

Candidatos

a

reitoria

defendem

propostas

Professores,

alunos

e

servidores

irão

às

urnas

para indicar

quem

ocupará

o

cargo

nos

próximos

4

anos

O

mandato da

gestão

atual da rei­ toriaterminaapenasemmaiodo anoquevem,mas no

próximo

dia 21 a comunidade universitária

votaráno

primeiro

turnoda elei­

ção

que definiráos nomesdequem vaiatuar como

reitor(a)

e

vice-reitor(a)

até maio de 2020. O

segundo

turno,casoocorra,serárea­ lizadoentre asduas

chapas

mais

votadas,

no dia11 de novembro. Podem

participar

davo­

tação

os docentese servidores técnico-admi­

nistrativosem

educação

(TAEs)

em

exercício,

além de todos os estudantes de

graduação,

pós-graduação

edo

Colégio Aplicação

- aci­

made 16anos-- commatrícula

regular.

As três

categorias

de eleitores

(TAEs,

pro­ fessores e

alunos)

possuem peso

igual,

oque

significa

que, quanto menos eleitores em uma

categoria,

maioropeso decadaumdos votos. Por

exemplo:

caso todososestudantes comparecessemà

votação,

seriamnecessários cercade 11 votos para que se

alcançasse

o voto de um

TAE,

e 17 estudantes para alcan­

çaropeso dovotodeum

professor.

A

eleição

temcaráterconsultivoenãodeli­

berativo,

oque

significa

que

qualquer

umdos candidatos

pode

serescolhido

pela

Presidên­

cia da

República

paraocargo,

independente

do resultado das urnas. O que ocorre é um acordoentre auniversidade e os

candidatos,

firmado

pela

primeira

vez ainda durante a

época

de

redemocratização

do Brasil. Nesse

acordo,

é

pedido

aoscandidatos que não fo­ ram escolhidos

pela

comunidade

universitá-Gabriel Lima

gabrielduwe@gmail.com

Vlnícius Bressan

bressanferreira@gmail.com

Acandidatura da

cbapa "Confiança

e

Credibilidade",

00 número

81,

écompostaporCláudioAmante,

professor

00curso de

Odoniologia

noCentrodeCiênciasda Saúde

(CCS),

e

Rogério

Bastos,

professor

e

chife

do

Departamento

de

Engenharia

00 Conhecimento 00Centro

Tecnológico (CFe).

Comovocê avaliaaatual

ge..�tão

da reitoria? Eu

vejo

queéuma

gestão

que

precisa

melhorarseusprocessos internos,

pois

éburocráticaefaltauma

definição

expressiva

decomo realizarcomefetividadeasatividadesdessa universidade.Aatual

gestão

temumisolamentocom osdemaissetores.Falta também umagovemança eletrônicapara melhoraraefetividade.

Quais

as

propostas

dasua

chapa

em

relação

à per­ manência estudantil?

A

permanência

estudantil éumdesafioparaa

próxima

gestão. É

preciso

queoaluno tenhanãosóa

formação

intrínsecadesua

área,

mastambémque possafazeroutrasatividades

complementares,

comoesportee

pesquisa.

Todosfalamqueosalunos

precisam

de

reforço;

porquenãousar a

tecnologias

para melhorara

gestão?

O alunonão

poderia

tertodasasaulasministradas travadasparafazer odevido

acompanhamento?

LuizCanceliere

Alacoque

Erdmann

formam

a

cbapa

'� UFSCPodeMais",donúmero 82. Cancelierédiretor do Centrode Ciências

jurídicas

e

professor

docursodeDireito, enquanto

Alacoque

é

professora

naárea de

Enfermagem

nos cursosde

graduação

e

pós-graduação.

Comovocê avaliaaatual

gestão

da reitoria? O que caracterizaa

gestão

hoje

da universidade éumaincom­

preensão

sobreoprocesso burocrático. Nós entendemosquea

gestão

burocratizouauniversidadeeé

preciso

tomarmedidas urgentespara

desburocratizar,

é

preciso

tomarmedidasque levememcontaaeficiênciaadministrativa.

É

issoqueacomuni­ dade universitáriaespera.

Quais

as

propostas

dasua

chapa

em

relação

à

permanência

estudantil? Garantire

ampliar

osprogramasde

permanência.

Garantire

ampliar

osdireitos estudantis.A

partir

doanoquevem50% dos alunosvãoentrar

pelo

sistemade

ações

afirmativasouescola

pública,

eé necessárioqueauniversidaderecebaedê

garantia

para queessesestudantespossamestudar.

É preciso

também uma

ação

firmenão apenasdopontodevistamaterialcomo

tambémdopontodevista

pedagógico.

Comoa

chapa

pretende

se

posicionar

em

relação

aos

cortesdo governo federal? Buscando alternativas derecursos

extraorçamentários.

Por isso

anecessidade de daramais

ampla

liberdadeaos

pesquisadores

e extensionistas,para queeles

busquem

ainiciativa

privada,

para queeles

busquem

os

órgãos

governamentais

e nasentidades

não-governamentais

recursosparaos seus

projetos

esuas

pesquisas.

Porque

alunos,

professeres

eservidores devemvotar 82nodia21de outubro?

Porque

elarepresentaumaesperançade

mudança,

a

mudança

propositiva. Avançar

com

responsabilidade,

avançarnosentido deprocessode

construção

de históricodessa

instituição,

avançar para quenão

haja

nenhumretrocesso,paraqueaspessoas

possamsesentirconfiantese

orgulhosas

depertencerà universi­ dade.Esseprocesso de

mudança,

que começa agoranodia21, temqueser

consolidado,

temqueser

responsável.

Nenhum passo

atrás,

esim

avançando

com

responsabilidade.

Outubro de 2015

ZERO

Comoa

chapa pretende

se

posicionar

em

relação

aos cortesdo governo federal?

Em

primeiro

lugar

é

preciso

buscaroprograma CiênciasSem

Fronteiras. Essecorteacabacom a

expectativa

de intercâmbioe mobilidadeparaalunos da

graduação.

O

segundo

ponto:a

chapa

se

posiciona

contra

algumas

medidasque vão

prejudicar

muitoa universidadecomo aretirada doabono

permanência

e a

proibição

deconcursos.Em terceiro

lugar,

é

preciso

buscarmais

verbas

parao

Hospital

Universitário,

paraoRestauranteUniversitário

(RU)

epara asentidades que efetivamente trabalham dentro da universidade.

Outropontofundamental éa

modernização

e

ampliação

de títulos de livrosee-books paraaBibliotecaUniversitária

(BU).

Porque

alunos,

prefesseres

eservidores devemvotar

81nodia21de outubro?

Votar 81porque nósvamostrabalharporsegurançae

modernização

doensinoda

graduação.

Precisamostrabalharna

qualificação

de umauniversidadenova e

empreendedora.

Essauniversidadenão

pode

ser

igual

àde 30anos

atrás,

quando

seentrava

aqui,

assistia-se aulaeia-seembora. Nósvamoscomeçaramudaressacultura.Nós

podemos

buscarrecursos,nóstemos

experiência

administrativa,

nós

estamoshámaisde 30anos na

universidade,

ocupamososmais diversos cargos,

tivemos

experiências

fora daUFSC e,comisso,a

inovação

seráa nossa marca.

(5)

'�UPSCéoNosso

Compromisso",

donúmero83,éa

cbapa

da atual

gestão

daReitoria, com areitoraRoselane

Neckel,

professora

do

Departamento

deHistóriaedocente daUPSC desde

1996,

eavice- reitoraLúcia

Pacheco,

professora

da Universidade desde1986evinculadaao

Departamento

de

Informática

eEstatística. Como você;waliaaatual

gestão

tiareitoria?

Aatual

gestão

daReitoriafoiuma

gestão

bastante

comprometida

com aUniversidade que resolveumuitos

problemas

que haviam sido

apresentados

aelanoinício dasua

gestão.

Euacho que é muito

importante

oreconhecimento da comunidadeverificando oque foi

feito,

oqueestavae comoestá

hoje.

Quais

as

propostas

tiasua

dtapa

em

relação

àperma� nêneiaestut.bntit? A

garantia

da

ampliação

do número de bolsas

estudantis,

queé

algo

que

foi feitonaatual

gestão

eque nósacreditamos

que

•.

precisa

continuara

partir

da

captação

derecursos com ogoverno federal. Tambémé muito

importante

lembrar de todaa

atuação

dosnossosestudantesnasáreasde

pesquisa

eextensãocom a

ampliação,

pretendemos

fazer aindamaiscom a

captação

de recursosdos

projetos

institucionais que

garantirão

a

ampliação

dos

projetos

de

pesquisa

.

..

A

cbapa

"Somos TodosUFSe;de número85,écompostapor IrineudeSouza,

professor

do

Departamento

de Ciências da Ad­

ministração

noCentroSocioeconômico

(CSE), eMônicaAguiar,

ex-diretorae

professora

nocampusde Curitibanos daUFSC.

Contovocê avaliaaatual

gestão

da reitoria? Aatual

gestão

temduas dificuldades básicas.Uma éna

gestão

especí­

fica da universidade. Faltou humanidadeem

relação

adocentes etécnicos.Emoutra

dimensão,

naárea

política,

a

gestão

nãose utilizou daautonomiauniversitária

para

discutirtemas

polêmicos

na

universidade,

comosegurançaecortesde verbas.Entãoa

gestão

ficouumpouco

acanhada, dependente

doMEC.

Quais

as

da

suam.

em

� àperma­

.

·nêncla estudantil? Temosaideia de

ampliar

osistemade bolsas

permancência.

Temos tambémapropostada

alimentação

comtrês

refeições

noRU,além da

ampliação

doseuespaçofísico. Também queremos levarores­ tauranteparaos

campi

queaindanãotemessaestrutura.Também

.

há necessidade de

ampliar

amoradia estudantil.Comas novas

políticas

de inclusãoe

permanência,

auniversidadetemum

perfil

bem diferente do de dezanosatrás.Precisamostambém pensarem

nivelamento,

para queaspessoasconcluam

algumas

disciplinas

ou

tomoa

diapa pretende

se

posidenar

em

rd.

aM

eortes.., governo federal?

estamosnos

posicionando.

Primeirosolicitandoaogoverno

federal,

aoMECe aoMinistériodo

Planejamento

uma

posição

firmeno

respeito

àsverbasparaa

educação

e noorçamentoque é de direito das universidades. Além

disso,

é

preciso

terclaroas

prioridades

ecritérios deinvestimentoa seremadotadosnaUFSC. Acredito quetemos

experiência

na

gestão

eestamosdemonstran­

do, pelo país

temosgreves,sem recursosparafuncionareaUFSC

funcionando,

mesmo com asdificuldades da greve dosTAEs,com calendário normal. Por...

munos,

professores

eseni&tores 4evem1/Otar .8}nodia11tie OlItuItro? Eles devemvotar83

pelo

reconhecimento do trabalho que foi feitonosúltimosanoscommuita

justiça, correção,

honestidade,

seriedadee

responsabilidade.

EueLúciatemosclarezanotraba­ lhoquerealizamose umforte

compromisso

com auniversidade. Tratando todoscom

equidade,

baseando-senuma

política

clara,

de levantamentose

diagnósticos,

ecriando critériostécnicosque definama

política

de

gestão.

AUFSC

hoje

éa4" melhoruniversi­ dade do

país,

temexcelência acadêmica.Onosso

grande

desafioé buscaraexcelência

administrativa,

fortaleceraculturade

respei-toà

instituição

enãoumaquefavorecegruposouindivíduos.

A

cbapa

"UPSCMais"reúneumcandidato doCTCeoutro

doCED.EdsonDePierié

professor

naUniversidade desde 1992, no

Departamento

de

Automação

eSistemas, eatual vice-diretor decentro. Carlos "Bebeto"

Marques

é

professor

do

Departamento

de

Metodologia

deEnsinodesde 1999ediretor desde2003.

ComoI'OCê avaliaaatual

dareitoria?

A

gestão precisa

mudarurgentemente.Naverdadea

gestão

atual estámuitocentralizadana

figura

doreitor.Elatem

problemas

sériosdeusoda

máquina

(eleitoral) indevidamente,

nãoconse­

guimos

vencer a

burocracia,

háuma

dependência

enormenas

funções

técnico administrativase agenteacreditaqueareitora não

priorizou

aspessoascommais

competência

paraas

funções

paraas

quais

foram escolhidos.

.Quais

as

PrG'postas

tiasua

c�

em

relação

à perma­ nência estudantil?

A

permanência

estudantiltemqueser

ampliada,

elavaiser

incentivada,

issoé

lei, já

éumadecisão da Univérsidade. Nós vamospassarporumafase

'bastante

difícil decortesnoorça­ mento,mas onosso

compromisso

é

ampliar

a

permanência

estudantil-sempredentro

daquilo

queagenteteminsistido

muito,a

permanência

estudantil semprecomomeio parauma

formação

de

qualidade.

Nós queremos

aqui

o

aluno,

nósvamos

protegê-lo

dopontodevistada assistência financeiraparaosque tem

fragilidade

econômica,

massemprecom o

objetivo

detera melhor

formação.

Comoa

map pretea4e

se

peSidemD"

em

reIaç:io

aM

cortes., pftmO Wenti�

Anossapropostaéuma

gestão

compartilhada.

Nósvamosreunir todosos

diretores,

diretores de

campi,

e vamosrepactuar

aquilo

queéo

planejamento

paraos

próximos

anos.Nãosabemos quanto tempovaiduraroscortes

orçamentários.

Será

repactuado,

seráotimizadoe,além

disso,

nósvamosfavorecera

contratação

de

projetos

que gerammuitosrecursosparaa

Universidade,

principalmente

naforma de bolsasedetaxas.

Pot''tDe

:alunDS.,

proresSGN!S

e�res ·âeventI'(fmr Mnl)dia'lik�!

Por quevotar84? Nóssomos uma

chapa acadêmica,

queremos revitalizara

função

acadêmica daUFSC,

formação

de

qualidade,

e

principalmente,

restabelecera

confiança

nos

estudantes,

nos técnicose nosdocentes.Ou

seja,

nósqueremos équeasociedade

veja

aUFSCcomouniversidadeque cumpreasua

função

social.

conhecimentos

suplementares

enãodesistamda universidade. Ctmtoa

dtapa pretemle

se

posiciooar

em

relação

aos cortes40 goremo fecleraJ?

Auniversidadetemautonomiae

precisa

se

posicionar.

Emnomedes­ saautonomia,osreitores

podem

sereunireprotestarcontraocorte

de verbas.Auniversidadenão

pode

ficarcomoestá

hoje,

subordina­ daaoMEC.Ela

precisa

utilizaro seu

poder

com

liberdade,

e a

partir

disso mobilizarasociedadeeoutrosreitores.Além da

manifestação

contrária, precisamos

discutirtecnicamenteoscortes.

Por.ue

alunos,

professores

e$Uri:tfofts.deftm,'ota1' 85DOdialide outuhro? Primeiro,essaéaúnica

chapa

quetemumacartade

princípios,

que

primeiro

discutiuas

problemáticas

da universidadepara

depois

se

candidatar.Entãonóstivemosa

preocupação

de olhar paraa nova realidade da

universidade,

o novo

perfil

do

alunado,

nospreocu­

pando

com oscinco

campi.

Temosuma

formação

acadêmicanessa

área. Onossotrabalho de doutorado foiuma

pesquisa

decomoad­ ministrarumauniversidade federal.Entrevistamostodososreitores das universidades federais do

Brasil,

etemosumaestruturade

gestão

diferenciada, pautada

nasdimensões:

acadêmica,

administrativa,

humanae

politica-social.

(6)

Tarifa

em

Reajuste

não

traz

benefícios

para

usuários

Mesmo

com

aumento,

ar

condicionado

e

mais

opções

dehorário

não

são

garantias

para

este

ano

A

tarifas dos ônibus inter­

municipais

foram

reajusta­

as nameia noitedo dia 30 eagosto.A

autorização

do créscimode

6,4%

foi con-cedida

pelo Departamento

de

Transpor­

teeTerminais

(DETER).

Os

passageiros

das empresas

Estrela,

Biguaçu,

Impera­

triz,

jotur,

Santa Terezinha e Paulotur

tiveramque desembolsar de0,20 a

0,40

centavos amais desdeentão. A

licitação

vigente,

que concedea

exploração

doser­

viço

aestasempresas hámaisde20 anos, não

prevê

nenhum

tipo

decontra

partida

das

companhias

paraseus

funcionários,

clientesemelhoramento de frota.Asem­

presas

pediram

oaumentodatarifa de­ vido a

inflação

de

7,42%

acumuladano

período.

De acordo com o agente fiscal de transportes do DETER,Luís CarlosFaís­ ca, asempresassolicitaramaumentode 10%na

tarifa,

mas

após

aanálise de

do-cumentos enviados

pelas companhias,

o

departamento

decidiuautorizaro

reajus­

tede

6,4%

para cada patamar."Do que asempresas

pediram,

nós demos quasea metade. Tudooque elesnãoprovareme

que não acharmos

fundamento,

não li­ beramosnovalor do

reajuste.

Geralmen­

te temosdadomenosdoqueasempresas

pedem", explica.

Em nota o Movimento Passe Livre

questiona

por que as empresas não re­

tiraram o valor necessário para cobrir suas

despesas

de seuslucros. "Todo au­ mentodetarifa é

ilegítimo

efazcrescer o número de pessoasquedeixam de aces­ sar acidade.

Quanto

mais

longe

apessoa mora do centro, mais

prejudicada

ela fica.Aumentaratarifa éumatodevio­ lência inaceitávelcontraessas

pessoas",

afirmam.

Ospreços que agoravariamde

R$ 3,20

a

R$

6,20

reacendeos

questionamentos

acercada

qualidade

dos

serviços

presta-dos

pelas

empresas. Noorçamentomen­

sal,

o aumento contabiliza

pelo

menos

12 reaisamaisparaquemusa o

serviço

todososdias.

"Nesse momento está

previsto

que o transporte

intermunicipal

tenhaar con­ dicionado e uma maior

frequência

de linhas.Masnocontratoque

originou

es­ sasconcessõesissonãoera

contemplado.

Não

podemos

onerar o concessionário do que nãoestá

previsto

no contrato, a

nãoserque

seja

feitoumtermoaditivo. Mas como esses contratos vencem em

2016/17,

sónanovalei da

licitação

que

poderá

mudar a

situação",

explicou

o agentefiscal doDETER.

Ana Carolina Fernandes

anacarolinafernandes@gmail.com

Brunoda Silva

ibrunodasilva@gmail.com Quem usaônibus todo diagasta,nominimo, R$12/mêsa mais

;/1', .�

�.

ZERO

Outubro de 2015

(7)

-Terminais

marítimos são

principal

alternativa

aos

meios de

transporte

público

tradicionais

na

Capital

uem

enfrentou uma filanaponte, certamente

pensou na

possibilidade

da

implantação

de um

sistema de transporte marítimo

público

em

Florianópolis.

Desde

2010,

essaideiavemsendo

pensada

a

partir

do ISeminário sobre

Transporte

Ma­

rítimo,

realizado em

parceria

com a

Prefeitura,

oBancodo Brasilecoope­

rativasde

barqueiros

de

Florianópolis.

Travessias

experimentais

foram feitas por autoridades da

Prefeitura,

Câmara de VereadoreseAssembléia

Legislativa

de Santa Catarina com o intuito de estudar a viabilidade desse meio de transporte na Ilha. Como

resultado,

um

projeto

concluídoemmaiodoano

passado

está

guardado

nas salas do

Departamento

de

Transportes

eTermi­ naisdo

Estado,

o

Deter,

prontoparaser postoem

prática.

Aindaemfase de estudos de deman­

da,

osistema consisteinicialmenteem dois terminais anexados a

trapiches

de 75 metros de extensão. Um situ­ ado no Centro,

próximo

à

passarela

Nego

Querido,

e ooutro naBeiramar deSão

José,

situadanobairro

Campi­

nas.Estruturadascomhallde acesso ao

píer,

bilheterias,

salas de espera,

escritórios,

área

técnica,

lojas,

banhei­ ros elanchonetes.O

projeto

apresenta também acessibilidade

completa

para

portadores

de necessidades

especiais

e umsistemade

climatização.

Ohorário de funcionamento inicialseriadas6h

às

23h,

sujeito

a

mudanças.

Caso os resultados

sejam positivos,

o traba­ lho ainda

possui

outrosdois

possíveis

pontosde

implantação,

um nocentro

de

Biguaçú

emaisum nobairroBar­ reiros.

Tomandocafé sentadona

portaria

de um

prédio

público,

umsegurança

contemplava

sereno a multidão que passava

pela

rua.

Quando

ouviufalar sobreotematransportemarítimonas baías da

capital,

seuolhar mudoucom

convicção.

"Issoaí

éassunto

antigo

nacidade. Todo mundo

aqui

sempre

quis

essa

opção

detransporte,mas a gente sabe que tem muitos ínteres­

sespor trás e nofimnuncaacontece

nada",

dizo

porteiro,

que não

precisa­

vademuitasperguntaspara expressar

sua

indignação. Explicava

queotrân­ sitonacidade está caóticoe

precisa

de

soluções

alternativas. Aindaquebem

posicionado,

não

quis

seidentificar.

Gerente de

Transportes

Hídrovíá­ riosdoDeter,NildoNazareno Teixeira afirma queo

projeto

ainda está

para-do porqueas

documentações

enviadas

para a

Fundação

do Meio Ambiente

(Fatma)

e para a

Superintendência

do Patrimônio daUnião

(SPU)

ainda estão

incompletas,

masquenomês de outubro haveráuma

adequação.

Davi VieiradaRosa

Fernandes,

servidor da Fatma, confirma que recebeu duas vezes as

documentações

do

projeto,

porém

estavam

irregulares.

Garantiu que feitas as

correções necessárias,

em um mês as

licenças

seriam concedidas. Uma

vez tendo as

li-Esperançosa,

torcepara queo

projeto

atualnão

fique engavetado

e

explicou

umdos

principais

entraves.

"Projetos

deiniciativa

privada

acabam enfren­ tandomais

burocracia,

oque infeliz­ mente

pode

atrasara

rapidez

dasua

realização".

Analisando os quatro processos do

projeto

em

questão,

afuncionária lembrou dotransporte hidroviário do Riode

Janeiro,

realizado

pela

empresa CCR Barcas na baía de Guana­ bara.

Segundo

o

site da empresa,

sua frota com­ posta por 15 ca­

tamarãs e nove barcas tradicio­ nais transporta

29 milhões de pessoas por ano comtarifas de

R$

5 a

R$

14.AUS200,

embarcação

mais modernaentre

elas,

apresentasistema de

climatização,

bicicletários,

e tem

capacidade

para dois mil

passageiros.

Algumas

dasvantagens

apontadas

pelo

projeto

engavetado

noDeter sãoo baixocustode

operação

por

passagei­

ro, aalta

previsibilidade

do tempode

viagem

e asegurança. Além de reduzir o índice de

poluição

por

passageiro

Novo

transporte

promete

redução

dos

gastos

na

infraestrutura

de

Florianópolis

cenças, aempre­ sa imbitubense BB Barcos terá

autorização

para começaras cons­

truções, provin­

denciar as

embarcações

edeterminar ospreços.

Em meio a

frequentes

telefone­ mas e atendimentos

presenciais,

ou­ tra pessoa interessada no transporte marítimoem

Florianópolis

conversou com o Zero. Esta servidora do

SPU/

SC, quenão

quis

se

identificar,

mora há poucos anos na cidade e nunca entendeu por quenão existeesse

tipo

de

serviço

nasbaíasquecercam aIha.

e investimentos nainfraestrutura da cidade.

As duas empresas vencedoras das

licitações

que elaboraram o

projeto

são catarinenses. Aspartesterrestre e

aquática

foram feitas

pela

Iguaterni

Consultoriae

Serviços

de

Engenharia,

de

Florianópolis,

e ade

dragagem

foi

produzida pela

empresa Patrimônio

Arquitetura

e

Urbanismo,

de

Laguna.

Todososcustosde

implantação

eope­

ração

estãoacargodainiciativa

pri­

vadacom

fiscalização

do governo por

meiodoDETER.

Dadoo

primeiro

passopara queco­ mecem as

construções,

serãonecessá­ rias

licenças

daFatmaedaSPU.Além

disso,

as

embarcações

devem passar por vistorias da Marinha do Brasil. Antes mesmodeo

projeto

receberes­ tas

liberações,

a empresa BB Barcos

ganhou

aconcessão para realizaras obrase

depois

operarotransportedu­ rantecinco anos,

período

emque será feitoumestudo de viabilidade econô­

mica. DaniellaCoriolano daniellacoriolano@gmail.com Laura Prada Impm134@gmail.com RobertoGranzotto roberto.granzotto@gmail.com

IFloribike

não

atrai

financiadores

e

é

adiado

g A

exemplo

de

cidades

comoIUode

Janeiro,

�.

Porto

Alegre,

Salvador,

B�1ia

eSão

Paulo,

a

capital

catarínênse

aguarda.

mais um

projeto

que

promete

amenizar

problemas

demobili­

da,(ie

urbana. A

inlplementação. do.

serviço

de bicicletas

cOlupartilhadas,

o

Floribike,

quese

azyasta

pormais

decincoanosentre

prop<>stas

e

editais,

na

última

semanasofreu

modifica

..

çõeS

paraacelerar

asconstruçôes.

Originado

dQ

Projeto Velocidade, cujo

oob­

jetivo

era

ampliar

emelhorar a

circulação

de ciclistasnacidade

de

Florianóp<>li�

com

criação

derotasea

conscieQttzação

dos

motoristàs;

o

Floripike

consistena

construção

deciclovias

ede

pontos

de

aluguel

de. bicicletasemlocais

estratégiC()s

da

cidade, especialmente

naárea

ullÍversjtária.

Além de

melhorias

no

tráfego

nas

principái.s

avenidase nasegurançadosci­

clistas,

o

projeto

viSa. promoverum

transporte

l4rtpo,

menos

po1tiellte.

.

No dia OI de

outubro,

a.

coordenação

d()

proJeto,

formada poruntaéOIllissão, se teu-Trânsitocaótico preocupaapopulação,quepedemelhoriasemaisopções de

lóéóll'loção

ZERO

níu novamente na Secretaríade Mobilidade

Pública,

nasededa

Prefeitura,

para discutira

elaboração

deumnovo

edital,

umavezqueo último

redigido

emabrilnão atraiu

propostas

de

empresários

parafinancíaro

projeto. Segun­

doo

presidente

da

comissãoeCoordenadorda Central de

Inteligêncía

de Transito Geovanni

Reis,

a

modificaçã()

<Ia. Lei

complementar

078/2001,·

que não

permite

publicidade

em

biCicletas,

poderá

ajudar

adarandamento ao

projeto.

"Naatual

situação

de

crise,

nenhuma empresavaiquererarcarcomcomum

projeto

dessessemum

retomo",

dizocoordenador.

No ultimo edital emitido em

abril,

outra

modificação

havia sido feita. As ciclovias queantesseriam financiadaspor

empresários,

ltgora

passama ser

responsabilidade daprópria

Prefeitura.Comasnovas

modificações,

oprazo de

novembro, garantido

pelo

SecretárioMuni­

cipal

deMobilidade UrbanaVinícius

CQfferri,

também

será

alterado,

assimcomoonúmero de

estações

de

aluguel.

(8)

Z

Zero

convidou

voce

Comparecerá

Não

sei

Nãopossoir

Das22hàs�

2"

•••

o

Centro

de

Florianópolis

Valmor,

Amandae outros 6

a!1Jigos

compareceram

Polícia

Civil

determinou

que

casas

noturnas

no

Centro

da

Capital

fechem

às 2h da

madrugada

vesCorrêaatomaramedida de redu­

ção

dotempodas festas foramos nú­ meros de

reclamações

recebidas. Em

sua

sala,

no

prédio

da

Delegacia

Geral da Polícia

Civil,

todaa

documentação

das casas noturnas se

junta

com as

provasutilizadas nas denúncias.São

CDs, fotosependrives utilizados pe­ los moradores para comprovarem as

queixas.

Sem a

utilização

de provas, as denúncias não

podem

ser aceitas paraevitarconflitos deinteresses.

Hoje,

a

fiscalização

éfeita

pela

de­

legada

emaistrês

policiais.

Atéo mo­ mento,aGerência de

Fiscalização

de

Jogos

eDiversões não havia recebido denúncias deoutrascasas no Centro da cidade.A

redução

nãoédefinitiva e funciona como umaforma de di­

minuiro

problema

até que as casas apresentem medidas parareverter a

situação.

"Não é umadecisão que

seja

defi­

nitiva,

sóo queeu quero,é queeles

[casas noturnas]

me apresentem

al-gumas

soluções.

Tem fotosque mos­ tram lixos e

garrafas

nas

calçadas

e portas dos edifícios. Então, vamos

ponderar,

colocarnuma

balança.

Re­ duzir atéasduas

horas,

significa

que atéas3hterábarulho".

Hádoisanos,osíndicoeeletricitá­ rio,

Jeferson

Luiz Danielski mora no sextoandar de umedifícioemfrente ao 1007. Descreve o barulho como

insuportável.

"De

quinta-feira

a do­

mingo

ninguém

consegue dormir.Eu tive quecolocaruma

janela

acústica na tentativa de diminuir o barulho dos

gritos

edo somdos carros". Per­

guntado

sobrea

redução

do

horário,

o síndico acreditaqueamedida

ajuda,

mas oidealseriaa

mudança

dacasa noturnaparaumoutrolocal.

Morador há 17 anos no mesmo

prédio,

o ex-vereador Ricardo Bara­

tieri,écontraamedidaporque nãoé umamedida uniforme:

atinge

apenas

algumas

casas. "Essa é uma medida discriminatóriaoude

autopromoção,

porqueobarulhonãome

incomoda,

existeumanecessidade de haver vida

noturnanoCentro".

Jornalista

e

Dj,

Fábio Bianchini acredita que as

consequências

des­ sa medida esbarram na

questão

da liberdade

pessoal.

Relembra o caso de

alguns

anos

atrás,

quando

houve

"A noite é

um

Treze!

Rua Padre Roma. Blues Velvet Bar, Rua Pedro Ivo. 1007 Boite

Chik,

Alameda Adol­ fo Konder. Todas essas casas noturnas ficam no Centro da

Capital

catarinense e desdeo dia 25 de setembro tiveram o horário de funcionamento reduzido em duas horas. A

determinação

foi feita

pela

GerênciaEstadual de

Fiscalização

de

Jogos

eDiversõesPúblicas.O motivo:

perturbação

sonora.Além do

barulho,

osmoradores dos

prédios próximos

às baladas também reclamam do acú­ mulo de

garrafas

de bebida deixadas

pelos

frequentadores.

"Anoiteéum

organismo

vivo,um pontode encontros, de

criação

evivên­ ciadecultura.A noitetrazvida paraa

cidade,

fomenta a

movimentação

no Centro,diminui a

violência,

geraem­ pregos eoferece

opções

de entreteni­

mento democráticas paraos

jovens".

Esse éumtrecho do abaixo-assinado "Salveanoite,salveoCentro"criado nodia 30 de setembro que

pede

avolta do

antigo

horário de funcionamento das casas. Os

apoiadores

acreditam quea medida

enfraquece

avidano­ turnadoCentrode

Florianópolis.

Dois dias foramosuficientepara2500pes­ soasassinarema

petição

online.

No

sábado,

dia

3/10,

acasa 1007

conseguiu

reverterohorário de fun­

cionamentoe seuseventosvoltarama duraraté4 horas da manhã.O

Treze,

desde dia

09/10,

também voltoupara as4 horas.

O quelevoua

delegada

Michele Al- Delegadasolicita queosestabelecimentosapresentemsoluçõespara diminuirasreclamaçõesdos moradores

• •

organismo

VIVO,

umponto

de

.,.." . '" .

crraçao

e

vtvencra

de cultura."

restrições

nofuncionamento decasas noturnasnobairro da

Lagoa

daCon­

ceição.

"As baladasservem como uma

ocupação

do espaço urbano. Comes­ sas

medidas,

a

Lagoa

perdeu algumas

características danoite que

possuía".

Como a maioriados

frequentado-res dessas casas são

jovens,

o novo horário de funcionamentonão coin­ cidecom arotinalevada

pelo público.

Issoéoque dizo

produtor

de festase

Di,

Adilson

Boing.

"O

pessoal

que Ire­ quentaessasbaladassão mais

jovens,

São acostumados a sair mais tarde e eunão acreditoque elesirão abrir

mãodisso. Muitagenteestuda ànoi­ te, inclusive.Entãosaemda aula

22h,

22:30he atépassar emcasa e se ar­ rumar

émeianoite,etemsómais duas horas defesta."

Os vizinhos do 1007 e do Treze

estão

separados

por 300 metros,mas as

reclamações

de

alguns

moradores

são bem

próximas.

Osíndico de um dos

prédios próximos

ao

Treze,

Edyson

Ayres

deLiz,

reforça

queo

problema

não é a música que toca dentro da

festa,

esimobarulho feito

pelos

fre­

quentadores

dolado de fora das bala­ das."A boateemsi,obarulhointerno,

nãotraz

prejuízo.

O

problema

éapar­ te externa.

É

muito

barulho,

somde

carros,

gritaria,

bemfora docomum

mesmo".

Até o fechamento desta

edição

a casanoturna 1007 informou quere­

gularizou

a

situação

eagoratrabalha com ohorário defuncionamento até as4 horas da manhã. O Treze insta­ lou lixeiras do lado de forae

pretende

contratarumfuncionárioparareco­ lhero lixo e

organizar

onúmero de clientesnaentrada dacasa.Também

continuará fazendo o trabalho de

conscientização

do

público

durante asfestas.

OBlues Velvetassinouem2013um termode

ajustamento

de conduta do Ministério Público deSanta Catarina

se

comprometendo

afechar às duas horaseestá tomandoasmedidasne­ cessárias para voltaraohorário nor­ mal de

funcionamento,

quese esten­

diaentre3he4h da manhã.

Dener Alano

deneralano@gmail.com

Amanda Reinert

amanda.reinert94@gmail.com

ZERO

Outubro de 2015

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