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Incentivos econômicos às reservas particulares do patrimônio

natural

Beatriz Carrozza *

As reservas particulares constituem um importante instrumento para a proteção de florestas no Brasil, visto que grande parte de nossas florestas está em mãos de particulares.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, é uma categoria de unidade de conservação, conforme definido pela lei federal, (Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) , Decreto nº 5.746 de 5 de abril de 2006) e pelas leis estaduais [2] dos estados de São Paulo, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará, Espírito Santo, Alagoas, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Tocantins e Amazonas. Existem ainda alguns municípios[3] com suas legislações próprias, tais como Miguel Pereira – RJ, Engenheiro Paulo de Frontin-RJ, Cavalcanti-GO ; Manaus (AM) e São Paulo (SP).

Por definição legal, a Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN é unidade de conservação de uso sustentável[4], de domínio privado, e tem por objetivo, conservar a diversidade biológica. Outra característica muito importante é o seu caráter de perpetuidade, conferido por meio de Termo de Compromisso que deve ser averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. Pela legislação atual temos como vantagens para os proprietários de RPPNs, a isenção do ITR - Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural[5], a análise prioritária nos projetos de criação e gestão de RPPNs para a concessão de recursos do Fundo Nacional de Meio ambiente[6] e a preferência nos programas de crédito rural regulados pela Administração Federal[7].

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A categoria de uso sustentável significa que a exploração da área deverá ser feita de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável[8]. Muito embora o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) tenha determinado o uso das RPPNs como sustentável, algumas leis estaduais a consideraram[9] como unidade de conservação de proteção integral, como é no caso dos estados da Bahia, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. Isto significa que seu uso torna-se mais restrito, pois conforme determina a Lei do SNUC[10], em uma unidade de conservação de proteção integral deve haver a manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais. E, como uso indireto, por determinação legal, temos que é aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais.

Para implementar sua a viabilidade e aumentar os incentivos aos proprietários rurais para criarem RPPNs, existem alguns programas e instrumentos econômicos. Passamos alguns comentários sobre a Servidão Florestal e o ICMS Ecológico como instrumentos econômicos de incentivos aos proprietários rurais.

Servidão florestal ou servidão ambiental

A Medida Provisória 2.166-67 de 24 de agosto de 2001, que promoveu reformas no Código Florestal, Lei nº. 4.771 de 15 de setembro de 1965, acrescentando e alterando dispositivos, criou o instituto da Servidão Florestal, através do artigo 44-A, com a seguinte redação: Art. 44-A. O proprietário rural poderá instituir servidão florestal, mediante a qual voluntariamente renuncia, em caráter permanente ou temporário, a direitos de supressão ou exploração da vegetação nativa, localizada fora da reserva legal e da área com vegetação de preservação permanente.

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Trata-se de um instituto que permite ao proprietário de um imóvel rural, que tenha área de floresta nativa, natural, primitiva ou regenerada, destinar parte destas áreas para a Reserva Legal de imóvel rural de terceiro. Sendo a averbação de Reserva Legal uma obrigação legal , prevista no Código Florestal, isto pode acontecer nos casos em que numa propriedade não exista mais nenhuma área que não esteja ocupada por agricultura, pastagens etc... Assim, por meio de uma concessão onerosa, que poderá ser temporária ou permanente, é feita a Servidão Florestal. Entretanto, para a constituição da Servidão Florestal é mister o preenchimento de um requisito essencial: somente poderá ser utilizada em casos de imóveis localizados na mesma micro-bacia hidrográfica e que pertençam ao mesmo ecossistema. A Servidão Florestal veio trazer benefícios às políticas econômicas e ambientais do Brasil, possibilitando aos particulares, a criação de um novo mercado, mas, ligado à conservação dos recursos naturais e com reflexos econômicos importantes.

Sua natureza jurídica encontra-se no Direito Civil, visto que a instituição da Servidão, segundo a previsão legal, deve ser realizada por iniciativa do proprietário do imóvel rural. A renúncia a direitos de supressão ou exploração da vegetação nativa, pelo proprietário, nas áreas de instituição de servidão, deve ser voluntária, não sendo, portanto, uma imposição do Poder Público. Resta claro que a Servidão Florestal é um instituto afinado com os preceitos das servidões civis de direito privado. Ressalte-se ainda, que a Servidão Florestal, busca atender ao princípio da função social da propriedade e de preservação do meio ambiente. Porém, ao contrário das limitações administrativas, a servidão florestal não se presume, sendo necessária sua averbação no Registro Imobiliário competente. Portanto, esta somente estará constituída, após a devida averbação na matrícula do imóvel, do instrumento jurídico que a instituiu, que poderá ser uma escritura pública, contrato ou testamento. Porém, existem alguns requisitos para a instituição do instituto da Servidão Florestal, tais como: a Servidão Florestal só poderá ser utilizada para compensar área de Reserva Legal, em imóveis cuja extensão da reserva existente seja inferior aos limites estabelecidos no artigo 16 do Código Florestal, conforme dispõe o artigo 44 caput e inciso III, com a seguinte redação:

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Art. 44. O proprietário ou possuidor de imóvel rural com área de floresta nativa, natural, primitiva ou regenerada ou outra forma de vegetação nativa em extensão inferior ao estabelecido nos incisos I, II, III e IV do art. 16, ressalvado o disposto nos seus §§ 5o e 6o, deve adotar as seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente:

III - compensar a reserva legal por outra área equivalente em importância ecológica e extensão, desde que pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada na mesma microbacia, conforme critérios estabelecidos em regulamento.

E ainda, a compensação só será possível em determinadas condições, conforme dispõe o artigo 44-C do Código Florestal:

Art. 44C. O proprietário ou possuidor que, a partir da vigência da Medida Provisória no 1.736-31, de 14 de dezembro de 1998, suprimiu, total ou parcialmente florestas ou demais formas de vegetação nativa, situadas no interior de sua propriedade ou posse, sem as devidas autorizações exigidas por Lei, não pode fazer uso dos benefícios previstos no inciso III do art. 44.

Desta forma, nos casos em que a supressão de florestas ou outras formas de vegetação nos imóveis rurais tenha ocorrido sem autorização legal, após a edição da Medida Provisória 1.736/1998, não poderá utilizar-se da Servidão Florestal como compensação, devendo, nesses casos, o proprietário realizar a recomposição da reserva dentro do próprio imóvel onde a supressão ilícita tenha ocorrido. Esta restrição visa evitar que os proprietários utilizem a totalidade suas áreas para depois recorrer à servidão ambiental.

Outro aspecto interessante do instituto da Servidão Ambiental, também previsto na Medida Provisória nº. 2.166-67/2001, é a criação de um título, denominado Cota de Reserva Florestal (CRF), especificado no artigo 44-B, com a seguinte redação:

Art. 44-B. Fica instituída a Cota de Reserva Florestal - CRF, título representativo de vegetação nativa sob regime de servidão florestal, de Reserva Particular do Patrimônio

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Natural ou reserva legal instituída voluntariamente sobre a vegetação que exceder os percentuais estabelecidos no art. 16 deste Código.

Este título permitirá ao proprietário, explorar economicamente o excedente à área de reserva legal e preservação permanente de seu imóvel rural, que possuir vegetação nativa, sem necessidade de sua supressão. Fato que certamente deverá contribuir para a preservação ambiental com o conseqüente aumento de áreas protegidas. Trata-se de um título, negociável, que visa premiar aquele proprietário que se dispõe a preservar a vegetação natural, além do que a legislação determina.

Com referência à Reserva Legal, temos como definição[11], área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente fixada no Código Florestal, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção da fauna e flora nativas. O Código Florestal, em seu artigo 16, determina o tamanho mínimo da área que deverá ser mantida como Reserva Legal, que é de 80% na propriedade rural situada em área de floresta localizada na Amazônia Legal , 35%, na propriedade rural situada em área de Cerrado, localizada na Amazônia Legal[12], sendo no mínimo vinte por cento na propriedade e quinze por cento na forma de compensação em outra área, desde que esteja localizada na mesma microbacia e de 20% na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas de vegetação nativa ou em área de campos gerais, localizada nas demais regiões do País. Portanto, ao renunciar ao direito que teria de explorar economicamente a área, em favor do meio-ambiente, ainda que de maneira temporária, o proprietário receberá a CRF, que poderá ser negociada ou transferida a terceiros. Estes, por sua vez, adquirirão o direito à existência e a conservação da vegetação objeto do mesmo, como compensação da Reserva Legal. Desta forma, quem não tiver área necessária para o atendimento ao mínimo previsto art.16, inciso III, pode adquirir as CRFs, conforme permitido pelo art.44, § 5º, do Código Florestal.

Concluímos assim, que a Servidão Florestal trata-se de importante inovação, visto que possibilita a compensação de Reserva Legal em imóveis rurais, cujas áreas tenham sido

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suprimidas para limites inferiores ao estabelecido no Código Florestal, atendidas as condições do artigo 44-C. Desta forma, não há como negar a importância da Servidão Florestal, para assegurar a exploração econômica com equilíbrio ambiental, compensando erros cometidos no passado e evitando novos desmatamentos. E é neste contexto que a Servidão Florestal pode servir de incentivo aos proprietários, para que nas áreas averbadas como RPPNs, sejam criadas e averbadas também as Servidões Florestais através de concessão onerosa. Desta forma têm-se a perpetuidade da preservação da área, seu uso mais restrito e a vantagem econômica na concessão onerosa. Servidão Florestal e as RPPNs O proprietário de uma RPPN pode fazer uma cessão onerosa de Servidão Florestal, da área de RPPN como compensação da Reserva Legal do adquirente, com a vantagem de que o uso permitido nas RPPNs é mais restrito do que na Reserva Legal e na Servidão Forestal. ICMS Ecológico

Pode-se denominar ICMS Ecológico, como o conjunto de procedimentos que tratam do rateio de recursos financeiros do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS - a que os municípios têm direito constitucional e legal para a utilização de critérios vinculados à área ambiental. É o repasse do ICMS de um estado, para financiar a gestão de Unidades de Conservação.

A Constituição Federal[13] abre a possibilidade da criação do ICMS Ecológico pelo Estados. Cada estado brasileiro pode definir um perfil de distribuição dos recursos do ICMS a que os municípios têm direito, sendo que ¼ (um quarto) dos recursos financeiros arrecadados através da cobrança do ICMS deve ser destinado aos municípios, ficando para os Estados os outros ¾ (três quartos). Assim, sobram 25% para que os Estados definam livremente através de Leis Complementares os critérios. Portanto, o ICMS Ecológico faz parte da composição dos percentuais a que os municípios, que abriguem unidades de conservação ou sejam diretamente influenciados por elas, ou aqueles com mananciais de abastecimento público, têm direito a receber do ICMS arrecadado pelos estados. Os estados devem elaborar suas próprias leis sobre a distribuição e os percentuais do ICMS Ecológico

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que será repassado aos municípios, que, mediante lei municipal, podem celebrar convênios, acordos de mútua cooperação e interesse recíproco com instituições para que estas apliquem aos proprietários de RPPNs. É feita então, uma "Transferência Voluntária Municipal", que é a entrega de valores públicos a outro ente, que não decorre de determinação constitucional legal. As instituições conveniadas com as prefeituras para receberem o repasse do ICMS, devem ser de utilidade pública e sem fins lucrativos.

Alguns estados já possuem leis que regulamentam o ICMS ecológico, como é o caso do Mato Grosso do Sul[14] e Paraná[15]. Neste último,este mecanismo já está em pleno funcionamento e o repasse tem sido feito de prefeituras a proprietários de RPPNs, através da Associação dos Proprietários de RPPNs do Paraná, mediante metodologia própria. Esta utilização de recursos públicos com fins de preservação ambiental representa uma importante iniciativa para a sustentabilidade das unidades de conservação, especialmente das RPPNs e também um grande incentivo à sua criação, vez que, desta forma, seus proprietários podem contar com recursos para manutenção e investimentos na área.

Desta forma, com estes incentivos, e também com o fortalecimento das Associações de RPPNs, a nível federal, com a Confederação Nacional de RPPN, como também a nível estadual,com as associações estaduais, presentes na maioria do estados. Além da existência de dos programas de incentivos de Organizações Conservacionistas para apoio a proprietários e criação de novas RPPNs, tais como, o "Programa de incentivos às RPPNs da Mata Atlântica", (www.aliancamataatlantica.org.br), Programa de Incentivos às RPPNs do Pantanal(www.repams.org.br), Programa de Incentivo à Conservação em Terras Privadas na Caatinga, (www.acaatinga.org.br), podemos antever que o futuro das reservas particulares é promissor e assim estaria garantida grande parte das áreas florestadas de nosso país.

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1. camargocarrozzayuasa@terra.com.br

2. SP Decreto nº 51.150/2006, CE Decreto nº 24.220/1996, PE Decreto nº 19.815/1997, MG Decreto nº 39.401/1998, RS Decreto nº 3.814/1998, MS Decreto nº 7.251/1993, PA Decreto nº 26.834/2002, ES Decreto nº1.633/2006, AL Decreto nº 3.050/06, PR Decreto nº 4890/2005, RJ Decreto nº 40.909/2007, BA Decreto nº 10.410/2007, SC Lei nº 11.986/2001, TO Lei nº 1560/2005, AM Lei complementar nº 53/2007

3. Miguel Pereira-RJ Lei nº 2.053/05 e Decreto nº 2839/05 ; Engenheiro Paulo de Frontin-RJ – Lei nº 752/06; Cavalcanti (GO) - Lei nº 937/04; Manaus (AM) - Lei nº 886/05; São Paulo (SP) – Decreto nº 47.522/06

4. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, artigo 14 5. Decreto nº 5.746 de 05 de abril de 2006, artigo 8º 6. Decreto nº 5.746 de 05 de abril de 2006, artigo 27 7. Decreto nº 5.746 de 05 de abril de 2006, artigo 28 8. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, artigo 2º inciso XI 9. Constituição Federal, artigo 23, inciso VI

10. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, artigo 2º, inciso VI 11. Código Florestal (Lei nº 4771, artigo 1º , inciso III) 12. Código Florestal (Lei nº 4771, artigo 1º , inciso VI)

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14. Lei 2.193 de 18 de dezembro de 2000 e Decreto 10.478 de 30 de agosto de 2001(Fórmula e rateio)

15. Lei complementar nº 59/1991 Referências Bibliográficas:

ANTUNES, Luciana Rodrigues. A averbação da reserva legal e da servidão florestal. Disponível em: JESUS JUNIOR, Guilhardes de. Da servidão ambiental. Disponível em: . Acesso em: 18/09/2007.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 29. ed. São Paulo:Malheiros Editores, 2002.

Da Silva, José Afonso – Direito Ambiental Constitucional, 4ª edição revista e atualizada, São Paulo, Malheiros Editores, 2002.

Costa, Cláudia Maria Rocha – Potencial para a Implantação de Políticas de Incentivos às RPPNs / Cláudia Maria Rocha Costa – Belo Horizonte: Conservação Internacional, Fundação SOS Mata Atlântica, The nature Conservancy, 2006.

http://www.ambienterppn.org.br/pdf/ed01/icms_ecologico.pdf. - Acesso em 18/09/2007. http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.aspid=6121 . Acesso em 21/09/2007

http://www.pr.gov.br/meioambiente/iap/bio_icms.shtml. Acesso em 25/09/2007

* Advogada especializada em Direito Ambiental, sócia do escritório Camargo, Carrozza & Yuasa Advocacia Ambiental

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Disponível em:

http://www.wiki-iuspedia.com.br/article.php?story=20070926163335287 . Acesso em: 17 abr. 2008.

Referências

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