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CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS E MEDIDAS MITIGATÓRIAS DO PROCESSO DE ASSOREAMENTO DO LAGO IGAPÓ, LONDRINA PR

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Academic year: 2021

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Instituto de Educação — infantil e juvenil

Verão, 2012. Londrina, ______ de ____________________.

Nome: ____________________________________Ano:____________

Tempo: Início_______________ Término:____________Total:________

Edição III MMXII

complementar δ

Grupo E

CARACTERIZAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS E

MEDIDAS MITIGATÓRIAS DO PROCESSO DE ASSOREAMENTO DO LAGO

IGAPÓ, LONDRINA – PR

Lago Igapó. Foto: Mariana Lorenzo, 2011

Igapó na língua Tupi Guarani significa transvasamento de rios. O lago Igapó, que faz parte do Ribeirão

Cambé, localiza-se ao sul do sítio urbano de Londrina (PR) e possui de 4,5 quilômetros de extensão. Este ribeirão nasce a oeste da cidade, próximo ao município de Cambé, fazendo divisa entre esses municípios. Grande parte do seu curso percorre a área urbana de Londrina seguindo em direção leste.

O lago Igapó foi criado em 1959, a partir do represamento do Ribeirão Cambé, subdividindo-se em lago Igapó 1, 2, 3 e 4 devido à sua fragmentação por ruas e avenidas. O principal objetivo deste represamento era inicialmente solucionar o problema da drenagem deste ribeirão, e mais tarde, consistiu em ampliar áreas de lazer e o embelezamento paisagístico da cidade de Londrina. Isso valorizou a região centro-sul do município, tornando-a uma das mais belas áreas de lazer da cidade. O lago Igapó, portanto, tornou-se um dos principais pontos turísticos de Londrina, sendo considerado um dos cartões postais da cidade.

Por outro lado, vale ressaltar que devido a diversos fatores, tais como crescimento urbano, falta de conscientização e de fiscalização de terrenos e de deposição adequada de materiais de construção, o lago encontra-se assoreado, prejudicando sua qualidade ambiental, sendo que algumas medidas mitigatórias para desassoreá-lo encontram-se ainda em projetos e outras foram efetuadas, mas com pouco resultado.

O lago Igapó se subdivide em 4 lagos localizados, respectivamente, entre os bairros: Lago Igapó 1: bairros Lago Parque, Parque Guanabara, Petrópolis, Caiçaras, Colonial e Igapó;

Lago Igapó 2 e aterro: bairros Gleba Fazenda Palhano, Lima Azevedo, Parque Guanabara e Parque Residencial do Lago;

Lago Igapó 3: bairros Jardim Presidente e Universitário; e Lago Igapó 4: bairros Hedy e Jardim Tókio

Introdução

O lago Igapó, localizado ao sul de Londrina – PR, teve sua origem a partir do represamento do Ribeirão Cambé, com o objetivo de solucionar o problema de drenagem do ribeirão e tornou-se um espaço natural de lazer e práticas esportivas, contribuindo para o embelezamento

paisagístico da cidade (Figura 1.1). O lago, portanto, tornou-se um atrativo da cidade, sendo que por sua causa a região centro-sul é considerada a mais valorizada da cidade, onde cada vez mais novos empreendimentos ocupam suas áreas adjacentes. Porém, apesar de ser considerado o cartão postal da cidade, encontra-se com uma série de impactos ambientais negativos que atingem a biodiversidade lacustre e a qualidade de vida da população.

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Subdivisão do Lago Igapó. Fonte:Imagem de DigitalGlobe de 26 Jul. 2006 e MapaLink/ Tele Atlas de 2011 Nascente do Ribeirão Cambé

Nascente do Ribeirão Cambé.Foto: Lorenzo, 2011. Nascente do Ribeirão Cambé.Fonte:Imagem de DigitalGlobe de 26 Jul. 2006 e MapaLink/ Tele Atlas de 2011.

A nascente do Ribeirão Cambé se encontra no bairro Parque Ney Braga ao oeste de Londrina, no trevo das estradas Londrina/ Cambé – São Paulo/ Curitiba.

O Ribeirão Cambé, após a nascente, constitui primeiramente o lago Igapó 4.

Lago Igapó 4

O lago Igapó 4 começa na avenida Castelo Branco e se estende até o Jardim Tóquio.

Localização do lago Igapó 4, destacando as ruas de início e término do lago. Fonte:Imagem de DigitalGlobe de 26 Jul. 2006 e MapaLink/ Tele Atlas de 2011

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Lago Igapó 3

O lago Igapó 3 começa na rua Prefeito Faria Lima e termina na avenida Castelo Branco.

Aterro do Lago Igapó 2

O aterro do lago Igapó 2 começa na avenida Maringá e termina na Rua Prefeito Faria Lima.

Lago Igapó 2

O lago Igapó 2 tem seu início na avenida Higienópolis e termina na rua Prefeito Faria Lima (Figura acima).

A margem esquerda deste lago passou a ser ocupada por loteamentos de médio a baixo padrão social desde sua inauguração. Seu lado direito ficou parcialmente ocupado até a década de 90, quando loteamentos de alto padrão começaram a ser construídos, constituindo o bairro Gleba Palhano, tornando-se desde então, a área mais valorizada da cidade. Este processo gerou novos mecanismos de revitalização do lago Igapó

Lago Igapó 1

O lago Igapó 1 compreende a barragem do Ribeirão Cambé até a Avenida Higienópolis do município de Londrina.

A ocupação em seu entorno começou desde sua inauguração, em 1959, mas se intensificou nos anos setenta, quando processos de renovação de bairros de menor poder aquisitivo via programas federais permitiram a implantação dos primeiros bairros de elevado status social. Uma parcela do entorno do Lago Igapó 1, abrangendo sua margem direita e esquerda, passou a ser ocupada por loteamentos de alto poder aquisitivo. Atualmente, dentre os quatro lagos Igapó, o lago Igapó 1 é o que se encontra menos assoreado e sofre menos impactos ambientais negativos.

Bairro Gleba Palhano. Foto: Lorenzo, 2011.

Localização do lago Igapó 1, destacando as ruas de início e término do lago. Fonte:Imagem de DigitalGlobe de 26 Jul. 2006

Localização do lago Igapó 3, destacando as ruas de início e término do lago. Fonte:Imagem de DigitalGlobe de 26 Jul. 2006 e MapaLink/ Tele Atlas de 2011.

Localização do lago Igapó 2 e aterro, destacando as ruas de início e término do lago. Fonte:Imagem de DigitalGlobe de 26 Jul. 2006 e MapaLink

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HISTÓRICO

Anos 1950: Inauguração do Lago e a Construção da Barragem

O lago Igapó começou a ser idealizado em 1957, na gestão do prefeito da época, Antonio Fernandes Sobrinho, e foi inaugurado dia 10 de dezembro de 1959 quando Londrina completou 25 anos. O lago foi construído na área urbana, porém afastado do núcleo urbano à época. Foi formado através do represamento do Ribeirão Cambé, que corta a porção sul de Londrina, visando solucionar o problema da drenagem deste ribeirão, dificultada por uma barragem natural de pedras que afligia as áreas rurais das proximidades da região por criar um grande charco.

Anos 1960 e 1970: A Desvalorização do Lago Igapó 1 e sua Revitalização

Após a construção das barragens, nas gestões municipais seguintes, a região do lago sofreu um processo de desvalorização, sendo que o lago ficou abandonado até o ano de 1969 devido à dificuldade de acesso ao local e também pelo descuido dos órgãos municipais. Vale dizer que devido ao descuido do município e à distância do núcleo urbano, as margens do Igapó 1 encontravam-se com curtumes, passagem de caminhões, contaminação da agricultura, dentre outros elementos de impacto. Além disso, outro fator que influenciava em seu descuido era o lixão que se localizava próximo ao lago, onde hoje é o Conjunto Jerumenha. Em 1969, o prefeito Dalton Paranaguá (1969 – 1973) queria revitalizar o lago para melhorar a saúde e qualidade de vida da população e para isto contratou o paisagista paulistano, Burle Marx, para desenvolver o projeto de revitalização do Lago Igapó 1, que foi entregue no final da administração de Paranaguá e deixado como herança para o próximo prefeito, que foi José Richa (1974-1976). Foram construídas avenidas nas margens do lago Igapó 1, facilitando o acesso. Esse investimento em infra-estruturas ao redor do lago Igapó 1 o tornou local público para práticas esportivas e de lazer, resultando nas primeiras ocupações próximas ao lago. Apesar do investimento, o projeto foi executado parcialmente, com seu término em 1974. Segundo o arquiteto Léo de Judá Barbosa (2000), que acompanhou o projeto original, este não tinha apenas como objetivo a restauração da paisagem, mas a restauração da mata atlântica subtropical com espécies nativas.

Em 1974 na gestão de José Richa, foi ampliada a margem pública do lago Igapó 1, dentre elas foi executada a ligação entre a rua Duque de Caxias e o início da Rua Bélgica (na altura da barragem), melhorando o acesso e o tráfego ao redor do lago. Ao construir essas novas pistas foi implantado também um sistema de drenagem e canalização pluvial, visando evitar problemas decorrentes das correntes pluviais. Foi instalada uma rede de galerias destinadas a recolher águas pluviais na margem do logradouro, que conduz as vias subterrâneas à represa do lago. Vale ressaltar que na administração de Richa foi realizado o primeiro esvaziamento e limpeza (desassoreamento) do lago Igapó 1. Lago Igapó 1 em 1960.

Lago Igapó em 1970

Construção de uma Avenida margeando o lago Igapó 1, em 20 de agosto de 1969.

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Anos 1990: Revitalização da Margem do Lago Igapó 1 e Surgimento do Pró-Igapó Revitalização do Lago Igapó 1

Em 1990, durante a gestão de António Belinati, foi feito um mutirão envolvendo pescadores, voluntários, Corpo de Bombeiros, dentre outros, para a retirada de entulhos e detritos existentes no lago.

Na administração de Luiz Eduardo Cheida, em 1996, devido ao aumento de poluentes no lago, foram realizadas ações para localizar as fontes de poluição. Além disso, o lago foi esvaziado, desassoreado e limpo e foi realizada a revitalização de sua margem. Também foi feita a transposição ligando a avenida Maringá à rua Bento Munhoz da Rocha Neto. Para aumentar a segurança da população ao redor do lago foi construída a iluminação no local. Ainda no mesmo ano, a ocupação no bairro Gleba Palhano aumentou devido à construção do Shopping Catuaí em 1990, o que levou a um aumento de visitas ao lago.

Anos 2000: Desassoreamento do Lago; Programa Águametrópole e Ecometrópole

No início dos anos 2000 começou a construção de novos empreendimentos no entorno do lago Igapó devido a implantação do Shopping Catuaí. Na margem direita do lago Igapó 2, no bairro Gleba Palhano, ocorreu um processo de verticalização voltado para consumidores de alto poder aquisitivo. Tal fato levou a um aumento nas visitas ao lago .

Durante a gestão de Nedson Micheleti em 2001 foi realizado o esvaziamento do lago 2 para a retirada, principalmente da lama tóxica, “a lama contaminada que estava em uma parte do lago foi espalhada”, disse ambientalista João Batista (2001). Realizou-se além da limpeza, o desassoreamento, mas a ação tornou-se um grande problema ambiental, pois segundo Batista (2001), o serviço foi mal planejado, prejudicando a fauna e flora do local. Como ressalta o ambientalista (2001), as obras causaram o assoreamento do lago Igapó 1 e do próprio Igapó 2. Em 2002, Micheleti urbaniza o Igapó 2, com a instalação de cascata, pista de caminhada, pontes e iluminação.

PROPOSTA:

Elabore uma linha do tempo que mostre a história do lago Igapó. Para fazer a linha do tempo, siga as seguintes instruções: a) Faça a relação dos acontecimentos importantes da história do lago Igapó.

b) Insira dados importantes de sua família, que coincidam com a história do lago.

c) Distribua-os na linha do tempo, que pode ser feita, em uma tira de papel sulfite. Divida o papel sulfite em 2 partes, obtendo tiras horizontais. Cole-as, tendo como resultado uma tira comprida, de cerca de 60 cm de comprimento por 10,5 cm de largura.

d) Faça legendas (cores ou formas) para diferenciar a história de sua família da história do lago. Não se esqueça de registrar a escala utilizada.

Esvaziamento do lago Igapó 2 em 2001.

Anos 1980: Aterro do Lago Igapó 2

Durante a década de 1980 houve uma crescente urbanização em direção ao lago devido ao crescimento demográfico, justificado pelo resultado da continuidade do processo migratório imposto pelas mudanças e transformações na estrutura econômica de produção. Tal fato juntamente com a melhoria da infra-estrutura do lago, o tornou um espaço público mais visitado e melhor visto.

O aterro do lago Igapó 2 foi construído em 1985, quando o prefeito Wilson Moreira, sob alegação sanitária, instalou drenos no Igapó 2 para recolher águas das nascentes e autorizou o aterramento do ribeirão com 30 cm de terra.

Referências

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