PRAGAS DOS CITRINOS
AFÍDEOS + COCHONILHAS + MOSQUINHA BRANCA +
MINEIRA + TRAÇA + MOSCA DO MEDITERRÂNEO
Aguiar, Ana. 2017. Pragas dos citrinos. Guião de apoio às aulas e ao estudo. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. 44pp.
AFÍDEOS
Afídeos ou afídeos
- O que é um afídeo?
- Ciclo de vida e diferentes formas
Classificação •
Ordem –Homoptera •
Família –Aphididade •
Espécies de importância económica
•Aphis spiraecolaPatch (piolho verde dos citrinos) •Toxoptera aurantii(B.Fons.) (piolho
negro citrinos) •Aphis gossypiiGlover (piolho do melão) •Myzus persicae(Sulzer) (piolho
verde pessegueiro)
AFÍDEOS
Ciclo de vida e diferentes formas
(Ilharco, 1992)
Os afídeos (=piolhos das plantas) são insetos sugadores fitófagos, de comprimento entre
2-3mm.
As preferencias alimentares podem variar ao longo da vida com ou sem alternância de
hospedeiro.
Os afídeos podem ser monófagos (alimenta-se de plantas da mesma família botânica),
polífagos (plantas de várias famílias) ou olífagos (alimentam-se de um reduzido numero
de espécies não aparentadas).
AFÍDEOS
REPRODUÇÃO
Os afídeos são insetos com dois tipos de reprodução: sexuada (quando a femea é fecundada
antes de se reproduzir) e partenogenética (quando a fêmea se reproduz sem prévia
fecundação).
As fêmeas sexuadas são sempre ovíparas
As fêmeas partenogenéticas (ou virginíparas) podem ser ovíparas ou vivíparas.
Há espécies holociclicas (faz ciclo completo com geração sexuada e gerações assexuadas) e
espécies anolociclicas. Há especies que são holociclicas e anolociclicas.
As especies holociclicas podem realizar todo o ciclo no mesmo hospedeiro (são monoicas)
ou, à alternância de gerações corresponde a alternância de hospedeiros (são heteroicas ou
dioicas). O hospedeiro onde é feita a postura do ovo fecundado é o hospedeiro primário ou
principal. O outro é o secundário.
AFÍDEOS
CICLO BIOLOGICO DOS AFIDEOS
Geração fundadora – formada por fêmeas partenogenéticas, ovíparas ou vivíparas, apteras ou aladas, saídas diretamente do ovo fecundado.
Gerações fundatrigénicas – gerações descendentes da geração fundadora, formadas por fêmeas partenogenéticas, ovíparas ou vivíparas.
Fêmeas emigantes – fêmeas partenogenéticas aladas, ovíparas ou vivíparas, descendentes das fundatrigénicas apteras ou diretamente das fundadoras e que, nas especies heteroicas se destinam à migração para o hospedeiro secundário. Gerações alienícolas, colonizadoras ou exiladas – gerações descendentes das fêmeas emigrantes, formadas por fêmeas partenogenéticas, ovíparas ou vivíparas, apters ou aladas. Vivem no hospedeiro secundário.
Fêmeas sexúparas – fêmeas patenogenéticas, ovíparas ou vivíparas, apteras ou aladas, que dão origem às formas sexuadas
Geração sexuada – geração constituída por machos apteros ou alados e por fêmeas ovíparas e fecundáveis, normalmente apteras. Da conjugação de ambos resultam ovos (por vezes um só).
AFÍDEOS
Estragos •Folhas
Deformação –Enrolamento (piolho negro dos citrinos) –Encarquilhamento (piolho verde
dos citrinos –espécies mais nociva) –Queda prematura –Proporciona o aparecimento de
fumagina, redução da fotossintese e transpiração
Estragos •Rebentos
Atraso no desenvolvimento – Morte de jovens árvores –Transmissão do vírus
Estragos •F l o r e s
Atraso na floração
Estimativa do risco •Primavera / Outono –observação visual de 2 rebentos (Sul e Oeste) X
20 árvores, com periodicidade quinzenal •Nível económico de ataque •A. spiraecola–5 a
10% rebentos infestados •T. aurantii–10 a 20% rebentos infestados •A. gossypii-10 a 20%
rebentos infestados.
AFÍDEOS
Aphis spiraecola
a forma aptera é verde ou
verdeamarelada. Os sifões e a cauda são escuros. A forma alada tem a cabeça e tórax preto e o abdómen verde com uma mancha escura lateral em cada segmento. A cauda e os sifões são pretos.
A. spiraecola is a moderately polyphagous species. Primary (winter) hosts are Spiraea spp. and Citrus spp. It has numerous secondary host plants, in well over 20 families (http://www.cabi.org/isc/datasheet/6221). Não tem fase sexuada (anocíclico)Aphis spiraecola (piolho verde dos citrinos) •Vive nos vértices vegetativos e na página inferior das folhas jovens •Espécies procurada por formigas •É vector de estirpes atenuadas do vírus da tristeza dos citrinos
AFÍDEOS
Toxoptera
aurantii
•
A forma
virginípara áptera
é castanha
avermelhada
escura e a forma
alada é negra.
•As ninfas têm
tonalidade baça,
enquanto os
adultos são
brilhantes •A
cauda e os sifões
são pretos
Toxoptera aurantii (piolho negro dos citrinos) •Trata-se de uma espécie anolocíclica,
uma vez que são desconhecidas formas sexuadas. A reprodução é partenogenética
•Espécie polífaga que vive sobre árvores ou arbustos de folha persistente (citrinos,
Pittosporum, japoneira, cafeeiro, cacaueiro). Toxoptera aurantii (piolho negro dos
citrinos) •Vive na página inferior das folhas jovens, procurando o enrolamento em
espiral •Espécie procurada por formigas •É vector pouco eficaz do vírus da tristeza
dos citrinos e de outros com fraca expressão mundial
AFÍDEOS
•Aphis gossypii •As populações de Inverno têm maior %
de indivíduos de dimenções maiores e de côr
verde-escura. Os sifões são escuros e a cauda ligeiramente mais
clara. •Nas populações de Verão predominam indivíduos
mais pequenos e de cor amarel-claro quase branca. Os
sifões são acinzentados e a cauda é hialina. •Na maioria
dos casos as colónias apresentam mistura dos dois tipos
de tamanhos e colorações
Aphis gossypii (piolho do melão, piolho do algodão)
•Espécie com elevado grau de polifagia. Pode viver em
mais de 70 famílias botânicas (ex curcubitáceas,
solanáceas, malváceas, rutaceas e muitas ornamentais)
•Espécies procurada por formigas
AFÍDEOS
ESTIMATIVA DO RISCO
Entre abril e junho, proceder à observação visual de sintomas e sinais de
afideos em 2 X 20 árvores X circulo de 56cm diametro.
Laranjeiras: 70% circulos com sintomas e sinais (poderar presença de
auxiliares)
AFÍDEOS
MEIOS DE LUTA
Luta biológica •Promover a limitação natural dos predadores e parasitóides
. Fazer tratameno biológico.
Luta cultural •Utilizar adubações azotadas equilibradas e evitar que a
árvores tenha muita vegetação nova
Luta química •Reduzir a utilização de produtos fitofarmaceuticos de largo
espectro de acção a favor de outros mais específicos e salvaguardar
COCHONILHAS
O que são cochonilhas?
(Mealy bugs, soft scales, armored scales)
Ordem: Hemiptera / Homoptera
COCHONILHAS
Espécies de cochonilhas referenciadas em citrinos em Portugal (Carvalho et al 1997)
Coccidae
Ceroplastes floridensis Ceroplastes rusci Ceroplastes sinensis Coccus hesperidum Coccus viridis Eucalymnatus tessellatus Parasaissetia nigra Parthenolecanium persicae Parthenolecanium corni Protopulvinaria pyriformis Saissetia coffeae Saissetia oleaeDiaspididae
Aonidiella aurantii Aspidiotus nerii Chrysomphalus aonidum Chrysomphalus dictyospermi Chrysomphalus diversicolor Chrysomphalus pinnulifer Hemiberlesia rapax Insulaspis gloverii Lepidosaphes beckii Mycetaspis personata Parlatoria ziziphus Quadraspidiotus perniciosus Unaspis citriMargarodidae
Icerya purchasiOrtheziidae
Orthezia insignisPseudococcidae
Nipaecocus nipae Planococus citri Pseudococus viburni Pseudococus calceolariae Pseudococus longispinusCOCHONILHAS
Cochonilha algodão
Ordem: Hemiptera •Família: Pseudococidae
•Espécies: Planococus citri (Risso)
A fêmea adulta é branca, tem cerca de 3mm e está
coberta com uma cera pegajosa branca. Tem 18
pares de filamentos cerosos à volta da margem do
corpo •O macho adulto tem uma vida curta. Tem um
par de asas frágeis. Tem dois grandes filamentos na
extremidade •Os ovos são colocados num saco
alongado de aspecto cotonoso que é extendido por
baixo e à frente da fêmea. São depositados cerca de
300 a 600 ovos durante 1 a 2 semanas.
COCHONILHAS
Cochonilha algodão
Os ovos eclodem numa semana •A fêmea faz 3
mudas •O macho faz 4 mudas •O ciclo
completo dura, no Verão, cerca de 6 semanas
Distribui-se em todo o mundo •Ataca um vasto
leque de culturas •3 a 4 gerações •Passa o
Inverno geralmente no estado adulto
Sintomatologia/Estragos
•Flores –se o ataque é elevado as flores caiem
•Frutos –deformação e queda de frutos;
aspecto pulverulento •Folhas e rebentos –
aspecto pulverulento
A cochonilha algodão produz
melada sobre a qual se
instalam fungos dando um
aspecto fuliginoso: a sua
remoção é difícil mesmo
lavando •Todas as espécies de
citrinos são sensíveis
COCHONILHAS
Parasitoide de Planococus citri
Leptomastix dactylopii –pequena vespa cor
de mel originária do Brasil. Parasitoide do 3º
instar da cochonilha. A fêmea deposita o ovo
dentro do corpo da cochonilha. Depois da
eclosão a larva do parasitoide alimenta-se do
interior da cochonilha, faz várias mudas a faz
a pupa aproveitando o que resta do corpo da
cochonilha dando a esta um aspecto de
múmia
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COCHONILHAS
Predador de Planococus citri
Cryptolaemus montrouzieri–esta joaninha tem cerca de 4mm é preta com cabeça laranja/vermelha. A fêmea deposita os ovos junto às colonias de cochonilha. Os ovos eclodem dando larvas com aspecto semelhante à
cochonilha mas os filamentos brancos são mais compridos. A larva passa por 6 instares e fica grande (10mm). O ciclo completo demora 6 semanas. Quer os adultos quer as larvas comem vorazmente as cochonilhas especialmente as massas de ovos. Este predador pode demorar a encontrar o local de infestação mas uma vez aí é extremamente eficaz. Pode ser necessário proceder a largadas
COCHONILHAS
Cochonilha algodão
ESTIMATIVA DO RISCO
Observar 5 frutos por árvore (cálice) •Utilizar armadilhas sexuais para monitorização do
voo dos machos
•NEA = 5 a 10% frutos atacados com N1 e N2 •S e
Cryptolaemus montouzieri estiver presente o valor do NEA pode ser mais elevado (25%)
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COCHONILHAS
Cochonilha H
Ordem: Hemiptera
Família: Coccidae
Espécie: Saissetia oleae (Olivier)
•A fêmea adulta recem formada tem o corpo oval, cor
cinzentoacastanhada e corpo moderadamente convexo com
carenas dorsais formando um H •Com o aproximar do período
de postura acentua-se a convexidade do corpo da cochonilha,
forma-se uma laca escura que dá o nome de cochonilha negra
•Fecundidade média: mais de 100 ovos •Reprodução:
partenogénica ovipara (machos raríssimos)
https://www.youtube.com/watch?v=LjzD2B37H_U
https://www.youtube.com/watch?v=rel21IWYZEs
COCHONILHAS
Cochonilha H
Ordem: Hemiptera
Família: Coccidae
Espécie: Saissetia oleae (Olivier)
Admite-se ser de origem mediterrâneca •Polífaga sendo a oliveira o principal hospedeiro
•Habitat: 1º instar nas folhas e restantes nos ramos •Ciclo biológico: 1 a 2 gerações / ano •Dispersão pelo vento •Condições desfavoráveis: temperaturas elevadas e ventos secos no Verão e temperaturas próximas de zero no Inverno
•Condições favoráveis: as árvores vigorosas têm mais probabilidade de sofrer infestações elevadas
[
R]Life CycleS. oleae is usuallyunivoltine, although an incomplete generation may occur when the weather stays mild in the autumn. S.
oleae hibernates as nymph (in several intars) which
begin to feed in the following spring (www7.inra.fr/hyppz/RAVAGEUR/6saiole.htm)
SINTOMAS
(espécie polífaga)
Folhas e ramos atacados,
COCHONILHAS
Cochonilha H
Inimigos naturais (alguns exemplos)
Predadores
•Chilocorus bipustulatus(Col.: Coccinelidae)
•Coccidiphaga scitula(Lep.: Noctuidae)
Parasitoides
•Coccophagus lycimnia(Him.: Aphelinidae)
•Metaphycus helvolus(Him.: Encirtidae)
•Scutellista cyanea(Him.: Pteromalidae)
Patogéneos
•Verticillium lecanii
COCHONILHAS
Cochonilha Vírgula
Ordem: Hemiptera •Família: Diaspididae
•Espécies: Lepidosaphes beckii (Newman)
Tal como outras cochonilhas da família diaspididae tem o corpo protegido por um escudo •O escudo tem a forma de virgula •A partir do 2 instar é a fêmea apresenta-se maior que o macho •A fêmea adulta (3º instar) é maior que o macho e mais
arredondada •O macho adulto forma-se a partir da pupa macho (4ºinstar) e tem 2 pares de asas
Bioecologia •Origem: Ásia •Polífaga •No Algarve faz 3 gerações •Condições desfavoráveis: temperaturas elevadas e baixa HR •Ataques mais elevados em zonas de muito pó
•Sintomatologia/Estragos
•Descoloração em folhas e frutos
•Presença de escudos nos órgãos atacados •Queda de folhas
COCHONILHAS
Cochonilha Vírgula
•Sintomatologia/Estragos
•Descoloração em folhas e frutos •Presença de escudos nos órgãos atacados •Queda de folhas
•Estimativa do risco
Observar 50 frutos X 30 árvores (4 exterior + 1 interior copa), registar presença de sinais e sintomas.
NEA = se 2 a 3 % frutos atacados, tratar na campanha seguinte no momento em que houver o máximo de formas sensíveis
COCHONILHAS
Cochonilha Vírgula
Luta biológica
Inimigos naturais (Alguns exemplos) Predadores
•Chilocorus bipustulatus(Coleoptera: Coccinelidae) •Lindorus lophantae(Coleoptera: Coccinelidae) Parasitoides
•Aphytis mytilaspiditis(Hymenoptera: Afelinidae) •Aspidiotiphagus citrinus(Hymenoptera: Afelinidae) •Metaphycus helvolus (Hymenoptera: Encirtidae) •Metaphycus lounsburyi (Hymenoptera: Encirtidae) •Metaphycus flavus (Hymenoptera: Encirtidae) •Scutellista cyanea (Hymenoptera: Pteromalídae)
Protecção cultural
•Utilização de plantas e garfos sãos •Lavar árvores
Protecção química •Buprofezina
•Oleo de Verão (Não usar óleo de Verão se: deficiência de nutrientes; stress hídrico ou; temperaturas inferiores 0ºC ou sup 32ºC)
COCHONILHAS
Cochonilha Ceroplastes
•Ordem: Hemiptera •Família: Coccidae • Espécie: Ceroplastes sinensis (DelGuercio)
Tem como principal hospedeiro os citrinos.
Uma geração anual, reprodução sexuada, ovípara. Na região mediterrâneca as posturas realizam-se em junho-julho. Em agosto ocorre a maior parte da
instalação das ninfas de 1ºinstar na pagina superior da folha. Passa o inverno em 3ºinstar ou femea adulta jovem.
Produzem melada contudo em pequena quantidade. Esta espécie tem muito inimigos naturais pelo que geralmente não é necessário efetuar tratamento.
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COCHONILHAS
Cochonilha pinta vermelha
Aonidiella aurantii (Maskell, 1879) (Hemiptera: Diaspididae)
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Reprodução sexuada e ovovivipara (ovos eclodem no ato de postura) Na região mediterranica completa 3 gerações, com três periodos de eclosão: primavera, verão, outono.
Estragos em ramos, folhas e frutos, provocando descoloração e enfraquecimento (devido a injeção de enzimas)
Tem diversos inimigos naturais como
Chilocorus bipustulatus (Coleoptera: coccinelidae) Aphytis chrysomphali (Hymenoptera: aphelinidae) Aspidiotiphagus lounsburyi (Hymenoptera: aphelinidae) Aphytis melinus (Hymenoptera: aphelinidae)
ESTIMATIVA DO RISCO : observar 4 frutos X 25 árvores e tratar na época seguinte no perido de maximo de formas sensíveis
COCHONILHAS
Cochonilha Icéria
A fêmea adulta é oval e mede 4-6mm •É castanha avermelhada, com patas pretas, antenas pretas •A caraterística distintiva é o aspecto do saco de ovos em forma de flauta com aspecto cotonoso e sulcos longitudinais •É hermafrotida e autofertiliza-se •Os machos raramente são encontrados •Uma fêmea põe 600 a 800 ovos
Icerya purchasi (Maskell, 1879) Hemipetera: Margarodidae
A eclosão dá-se em poucos dias durante a estação quente •As larvas recem eclodidas são avermelhadas com patas e antenas pretas •Os instares jovens podem ser observados junto às nervuras e nos rebentos jovens •Os instares mais velhos e os adultos encontram-se geralmente nos lançamentos mais velhos e nos ramos
É originária da Austrália, invadiu a California e a Europa mediterrâneca no fim do sec. 19 •Ataca um vasto leque de culturas •No mediterrâneo faz 3 gerações que se sobrepõem •Passa o Inverno em ovo, ninfa ou adulto
COCHONILHAS
Cochonilha Icéria
Icerya purchasi (Maskell, 1879) Hemipetera: Margarodidae Limitação natural (alguns exemplos)
•Cryptochaetum iceryae (Diptera: Agromizidae) é um endoparasitoide. Originário da Austrália foi introduzido na California e depois em Israel (1988)
•Rodolia cardinalis(Coleoptera:
Coccinelidae) é um predador, Originário da Austrália foi introduzido na California e depois em Portugal. É eficaz.
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Estragos directos provocados pela sucção da seiva e injecção de substâncias tóxicas veiculadas pela saliva •Estragos indirectos pela produção de melada onde se instalam fungos •Ataca todas as variedades de citrinos
MOSQUINHA BRANCA
Mosquinha branca dos citrinos
Ordem –Hemiptera (Homoptera)
Família –Aleyrodidae
Espécie – Aleurothrixus floccosus (Marskell, 1895)
Outras espécies também presentes nos citrinos
•Dialeurodes citrifolii(Morgan)
•Parabemisia myricae(Kuwana)
•Paraleyrodes bondariPeracchi
•Paraleyrodes citricolosCosta Lima
•Adultos pequenos, com 2 pares de asas de cor uniforme, branca, com ápice arredondado e nervuras amareladas •Reprodução sexuada, ovípara •Ovos são inseridos na página inferior das folhas jovens •100 a 150 ovos / fêmea O ovo é esbranquiçado e elipsoide •No desenvolvimento pós-embrionário passa por 5 instares (4ninfas+1pupa)
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MOSQUINHA BRANCA
h tt p s://w w w .v iaru ral.com .ar/•Origem –América Central •Hospedeiros –prefere citrinos, é polífaga •Posturas pref na pag inferior folhas jovens •Tem 5 a 6 gerações, no Algarve •Dispersão pelo vento e voo
Órgãos atacados –folhas jovens Sintomas, na página inferior das folhas: -presença de abundante melada e secressões cerosas -Presença, frequente, de fumagina
Aleurothrixus floccosus
w w w .in ra .frMOSQUINHA BRANCA
Aleurothrixus floccosus
Inimigos naturais (exemplos)
Predador – Clitosthetus arcuatus (Coccinelidae)
Parasitoide –Cales noacki (Afelinidae)
w w w .in ra .fr
ESTIMATIVA DO RISCO
Na primavera e no outono fazer observação visual de 4
rebentos X 25 árvores.
NEA= 20% rebentos atacados com ninfas N1 a N3
Luta cultural
•Eliminar ramos ladrões
•Não destruir os ramos podados imediatamente após a poda para permitir
a emergência dos parasitoides
•Podar alternadamente as linhas para fornecer refugio aos parasitoides
Luta biológica
- Por limitação natural
- Por tratamento bio
Luta química
-Oleo de verão
-Buprofezina
-outros
MINEIRA
Lagarta mineira dos citrinos
Ordem –Lepidoptera
Família –Gracillariidae
Espécie –Phyllocnistis citrella Stainton
Estados de desenvolvimento •Ovo larva(3instares) pré-pupa ---pupa ---adulto •Ovo –amarelo palido, muito pequeno •Larva – amarelo-esverdeado, alongada e achatada •Pupa
–amarelo-acastanhada e depois mais escura; fusiforme •Adulto –peq borboleta branco/prateado; as asas anteriores apresentam faixas longitudinais escuras; as asas posteriores são muito estreitas e apresentam
extensa franja plumosa
A postura é efectuada na página inferior das folhas, assim como na página superior e nos ramos terminais da rebentação. Os ovos são postos isolados ou em pequenos grupos proximo da nervura principal. •A fecundidade é elevada (mais de 50 ovos) •Após a
eclosão as larvas penetram nos tecidos parenquimatosos perfurando a epiderme do hospedeiro h tt p :/ /e n tn em d ep t. u fl.e d u /
MINEIRA
Lagarta mineira dos citrinos
Ordem –Lepidoptera
Família –Gracillariidae
Espécie –Phyllocnistis citrella Stainton
As larvas alimentam-se dos tecidos por baixo da epiderme, deixando atrás de si uma galeria sinuosa. Cada larva faz apenas uma galeria continua, sem ramificações nem ligações a outras galerias •Na fase de pre~pupa aproxima-se da margem da folha, originando uma dobra em resultado da construção do casulo, onde se transforma em pupa
Após a emergência dos adultos, a exúvia pupal permanece presa pela extremidade posterior do casulo. •Os adultos aprsentam hábitos nocturnos •O número de gerações anuais é variável, depende dos factores climáticos (temp), da qualidade e disponibilidade de alimento (rebentação nova)
Em condições fvoráveis o numero de gerações por ano pode ser superior a 6 •O ciclo de vida é curto mas variável consoante a época do ano e a temperatura. Em condições favoraveis o ciclo é de 15 dia
h tt p :/ /m aste rin gh o rticu ltu re .b logs p o t. p t/
MINEIRA
Lagarta mineira dos citrinos
Ordem –Lepidoptera
Família –Gracillariidae
Espécie –Phyllocnistis citrella Stainton
Estragos indirectos
•folhas com deformação e abcisão prematura •Destruição de rebentos •Atraso de crescimento e de produção em árvores jovens
•Susceptibilidade diferenciada entre espécies de citrinos
h tt p :/ /m aste rin gh o rticu ltu re .b logs p o t. p t/
ESTIMATIVA DO RISCO
De abril a outubro, observação visual de
rebentos com folhas < 3cm, utilizando circulo. X
20 árvores
NEA = 20 a 55% rebentos com L1 e L2
•Luta biológica •Predadores generalistas (crisopas) e parasitoides •Luta quimica •Evitar a utilização de produtos de largo espectro de acção •Aplicação dirigida aos rebentosTRAÇA do LIMOEIRO
Ordem – Lepidoptera •
Família – Hyponomeutidae •
Espécie –Prays citri (Millière)
h tt p :/ /w w w 2.n rm .s e/e n /s ve n ska _f ja rilar/p /p ra ys _citri.h tml
Estados de desenvolvimento:
Ovo—lagarta (5 instares)---pupa---adulto
•Ovo –cor amarelo-pálido
•Lagarta –cor amarelo-esverdeado com faixas longitudinais
vermelho ferruginosas, varia de acordo com o regime
alimentar
•Pupa –cor inicialmente esverdeada e dp castanha
•Adulto –peq borboleta (10-12mm envergadura) com cor
cinzenta-pardacenta
TRAÇA do LIMOEIRO
O número de gerações anuais é variável depende dos factores climáticos e da quantidade de alimento
disponível (pra a bacia mediterraneca está entre 3 e 16) •O ciclo evolutivo pode completar-se em 20
dias (a 20ºC) •Durante o Outono o ciclo evolutivo pode uktrapassar dois meses •Espécies e cultivares
de citrinos com floração escalonada são favoráveis à multiplicação da traça do limoeiro •Pode
apresentar 3 tipos de gerações conforme os órgãos atacados: antófaga (ataque às flores), carpófaga
(frutos) e filófaga (folhas). As mais importantes são as que atacam flores e frutos
htt p :/ /w w w .a groes .e s/
Estragos
•D i r e c t o s –Destruição ou abcisão prematura de botões florais, flores ou frutinhos
•I n d i r e c t o s –Destruição de rebentos
–Susceptibilidade diferenciada entre espécies –Espécies mais susceptíveis: limoeiro (Citrus limon
L.), cidrão (Citrus medica L.) a algumas cultivares de larangeira doce
TRAÇA do LIMOEIRO
ESTIMATIVA DO RISCO
Colocação de armadilhas com feromona de atração sexual
Na floração, obervar 300 inflorescencias.
NEA = 5% botões florais atacados (posturas ou perfurações)
Após vingamento, oservar 300 pequenos frutos
NEA = 2 a 3% frutos atacados
Luta biológica •A acção dos inimigos naturais é escassa. Existem apenas predadores
generalistas (ex crisopas) e parasitoides •É muito sensível ao Bacillus thuringiensis
Luta química •Fosfamidão
MOSCA DO MEDITERRÂNEO
Ordem: Diptera
Família: Tephritidae
Espécie: Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824)
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Estados de desenvolvimento ovo → larva (3 instares) → pupa → adulto
ovo: cor branca, forma sub-cilindrica
larva: coloração esbranquiçada, transparente e afilada na
extremidade anterior; a larva de 3º instar é mais opaca e mede 8 mm
pupa: forma-se no interior exúvia da larva do 3º instar pupas dos machos são castanhas pupas das femêas são esbranquiçadas adulto: macho tem um par de sedas na região inter-orbital femêa têm oviscapto
MOSCA DO MEDITERRÂNEO
✳ A fêmea pica com o oviscapto os frutos e alarga, por baixo da epiderme, uma câmara onde coloca os ovos ✳ cada postura tem 1 a 10 ovos ✳ no total uma fêmea pode pôr 500 ovos ✳ é frequente a fêmea fazer picadas para se alimentar do exsudado que se liberta da ferida ✳ os ovos eclodem em 2 ou mais dias ✳ as larvas completam o período de actividade alimentar em 8 dias; depois perfuram o fruto e saiem ✳ as larvas do 3º instar abandonam os frutos e vão pupar no solo ✳ nas regiões temperadas a actividade dos adultos é inibida pelas baixas temperaturas do Inverno ✳ no Algarve C. capitata forma 6 gerações/ano ✳ na Madeira mantêm-se activa todo o ano procurando hospedeiros alternativos h tt p :/ /w w w .o xitec .com/agricu ltu re /ou r-p ro d u cts /m ed fly /
MOSCA DO MEDITERRÂNEO
✳ Polífaga (mais de 250 plantas)
✳ pessegos, figos, taibabos, …
✳ Diferentes espécies de citrinos (e
diferentes cultivares) induzem diferentes
graus de ataque
✳ Toranja, clementina, laranja azeda são
susceptíveis
✳ Limão é menos susceptível
✳ Frutos maduros são mais susceptíveis
h tt p s:/ /gd .e p p o .in t/t ax o n /C ERT CA /p h o to s