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BIMESTRAL 3,50. Nós não herdámos a terra dos nossos antepassados, pedimos emprestada aos nossos filhos. PROVÉRBIO ÍNDIO

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BIMESTRAL

3,50

“Nós não herdámos a terra dos nossos antepassados,

pedimos emprestada aos nossos filhos”.

PROVÉRBIO ÍNDIO

(2)

Pelos nossos filhos, por nos,

por todos os motivos do mundo...

CAIXAcarbono zero, por um futuro melhor

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EDITORIAL 02/03

E D I Ç Ã O 3 2 / M A R Ç O / A B R I L 2 0 0 8

“Por um instante, a Terra dá a noção de como somos insignificantes, frágeis e felizes por termos um lugar que nos permite aproveitar o céu, as árvores e a água.”

Declarou Jim Lovell, tripulante da Apollo 8, em 1968, ao regressar à Terra. No espaço, a visão mais impressionante é a do grande Planeta Azul, como se ele se desse a conhecer, verdadeiramente, pela primeira vez. Pouco mais de uma dezena de privilegiados, nos últimos anos, tiveram acesso a esse “encontro a sós”. Mas todos são unânimes... É o nosso único grande bem.

PLANETA AZUL

O Futuro aos Nossos Pertence

22 de Abril é o Dia Mundial da Terra. Conscientes da importância de que se reveste esta data e seguindo um caminho que é, assumidamente, a nossa mais profunda convicção, a Azul celebra também a vida no planeta.

Uma edição exclusivamente “verde”. Para que todos os dias sejam dias da Terra.

DIRECÇÃO DE COMUNICAÇÃO

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04/05SUMÁRIO E D I Ç Ã O 3 2 / M A R Ç O - A B R I L 2 0 0 8 / w w w . c g d . p t

28

16

34

03EDITORIAL 06/07AGENDA 08/11SECÇÕES CGD 12/15ENTREVISTA

Caixa Carbono Zero 2010, a estratégia da CGD para o combate às alterações climáticas. Sobre a posição do grupo CGD nesta temática, a Azul falou com a directora de Comunicação, Dra. Suzana Ferreira.

16/19PLANETA AZUL

As mudanças do clima constituem um problema para toda a humanidade. O planeta enfrenta já as suas consequências e Portugal também corre riscos. Saiba de que forma o mundo tem de actuar e qual o papel indivi-dual de cada um para atenuar os efeitos desta realidade.

20/27 RECURSOS NATURAIS

Conhecer melhor para respeitar mais é o que se propõe neste tema. Atender, preservar e poupar os recursos

naturais é vital e obrigatório. Conheça as principais razões do desequilíbrio da atmosfera, da água e do solo.

28/33CONSUMO SUSTENTÁVEL

O termo “sustentabilidade” entrou no léxico das políticas internacionais. Produzir e consumir sustentavelmente é uma prioridade e uma responsabilidade de todos. Na vida quotidiana, pequenos gestos fazem a diferença. Saiba o que pode fazer em casa, no traba-lho e mesmo nos tempos livres, para ajudar.

34/39PROSPERAR PELA SUSTENTABILIDADE

Os critérios de sustentabilidade estão delineados e as empresas têm um papel fulcral na sua prossecu-ção. Entre nós, existem inúmeros exemplos de que essa preocupação faz parte da gestão empresarial nacional. Vamos seguir-lhes as pisadas.

40/43VIAGEM

Um dos santuários naturais de que o planeta dispõe é nosso. As ilhas que compõem o arquipélago dos Açores.

Encante-se com a beleza deste paraíso que acaba de ser eleito, pela revista National Geographic Traveller, como “a segunda melhor ilha para turismo”. Uma maravilha para conhecer e preservar.

44/47LIVROS DE BORDO

Vitorino Nemésio, o grande poeta açoriano e dono de uma obra imensa, ocupa a secção com o seu Vida

e Obra do Infante D. Henrique. Com ele, e em louvor

do “Navegador”, lembramos o Museu de Marinha, cujo acervo conduz a uma viagem que se inicia, precisamente, no período das Descobertas henriquinas.

48/49CLIENTES CGD

50CAIXAZUL

20

www cgd.pt

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CRIANÇAS O AR DOS ARTISTAS

Em Março e Abril, nos sábados à tarde, a Culturgest tem oficinas práticas para crianças dos 7 aos 12 anos. Em cada uma delas, com a ajuda de um artista, meninos e meninas “vão olhar de uma outra forma e formar um novo olhar”. É conveniente marcar com antecedência. São quatro sessões mensais, complementares

e de continuação, mas cada uma tem a sua orgânica própria, permitindo inscrições avulsas. Sempre das 15h às 17h30,€5 por sessão, €15 pelas quatro sessões mensais.

Inscrições e informações Serviço Educativo

Raquel Ribeiro dos Santos Tel.: 217 905 454 Fax: 218 483 903 raquel.ribeiro.santos@cgd.pt MÚSICA QUARTETO REMIX 16 de Março

O Quarteto Remix é formado por solistas do agrupamento de música contemporânea Remix Ensemble e dá o seu primeiro concerto em Fevereiro de 2008, tendo como objectivo principal a divulgação do

MÚSICA, DANÇA, TEATRO, EXPOSIÇÕES E CINEMA

QUERER VER, VER PARA CRER

A ALEGRIA PRIMAVERIL DESPONTA E AS NOITES PEDEM MAIS DELONGAS.

MARÇO E ABRIL PARECEM COMPETIR NO QUE TOCA A BONS MOMENTOS SOBRE O PALCO. AO ESPECTADOR CABE A TAREFA DE ESCOLHER. ORA DECIDA.

06/07AGENDA A A R T E E A C U L T U R A Q U E N O S R O D E I A

E ainda...

MÚSICA

Orquestra Jazz

de Matosinhos

com Chris

Cheek

28 de Março

A Orquestra Jazz de Matosinhos tem vindo a desenvolver um trabalho pioneiro no âmbito das big bands portuguesas. Uma das suas singularidades está na aposta num repertório próprio, construído pelo contributo dos seus dois directores – Carlos Azevedo e Pedro Guedes – acrescido de encomendas a compositores portugueses exteriores ao grupo. São assíduos, também, os convites a grandes directores de big band, como foi o caso de Carla Bley, e a instrumentistas de renome, como Ingrid Jensen, Steve Swallow, Gary Valente, Lee Konitz, Mark Turner ou John Hollenbeck, para a ela se juntarem.

Na recente deslocação a Nova Iorque, para concertos no mítico Carnegie Hall e na Jazz Gallery, a Orquestra viu reconhecida

internacionalmente a consistência do trabalho que vem fazendo desde a sua fundação, em 1999. OJM Invites Chris Cheek, nome do primeiro trabalho discográfico da banda, está na base de um concerto que inclui temas inéditos dos seus dois mentores, e conta, como disse o crítico Manuel Jorge Veloso, com “um solista à altura da exigência”: o saxofonista norte-americano Chris Cheek. Um único concerto, um espectáculo a não perder.

Grande Auditório da Culturgest

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa 21h30,€18, Jovens até aos 30 anos: €5

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repertório para quarteto de cordas escrito desde o início do século XX até à actualidade. Na sua estreia em Lisboa apresenta

o Quarteto de Arcos de Cláudio Carneiro. De Benjamin Britten, é apresentado o Quarteto n.º 2, obra contemporânea do Quarteto de Cláudio Carneiro.

Grande Auditório da Culturgest

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa, 21h30, Preço único:€2

EXPOSIÇÃO RICARDO JACINTO

Les Voisins Até 11 de Maio

Ricardo Jacinto é um dos artistas portugueses com uma das obras mais singulares e estimulantes dos últimos dez anos. Nesta exposição, concebida como uma constelação que integra e articula uma parte significativa do seu trabalho, convida-nos a uma experiência intensa, em que a visão e a audição, a percepção cognitiva e a postura corporal são constantemente solicitadas.

Em quatro momentos diferentes, enquanto a exposição estiver patente ao público, serão apresentadas três

performances, entre a instalação e o concerto

de música. Comissário: Miguel Wandschneider

Galeria 1 da Culturgest TEATRO

Emily

Um espectáculo

de Gerardo Naumann

10, 11 e 12 de Abril

Numa loja de casas de banho ou de cozinhas, cinco actores em diálogos e situações reti-radas de manuais de aprendi-zagem de línguas. Um espec-táculo sobre a representação e os jogos de linguagem que, apesar de tudo, conta a histó-ria de Emily, que se mudou da Argentina para Londres e aca-bou por ir viver para o campo. Galeria 1 da Culturgest

Edifício-Sede da CGD,

Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa 21h30,€18, Jovens até aos 30 anos: €5

Tel.: 217 905 454 Fax: 218 483 903 www. culturgest.pt CULTURGEST EDIFICIO-SEDE CGD, RUA ARCO DO CEGO 1000-300 LISBOA DANÇA

SOLO A CIEGAS

DE OLGA MESA

14 E 15 DE MARÇO

Coreógrafa e artista visual espanhola, Olga Mesa desenvolve, actualmente, a sua actividade entre Espanha e França, onde, em 2005, criou a associação Hors Champ/Fuera del Campo e esteve em residência no Théâtre Pole Sud, Estras-burgo, até ao Outono de 2006. Vários dos seus trabalhos têm sido apresentados em Portugal, nomeadamente, em anos recen-tes, as suas colaborações com o artista audiovisual catalão Daniel Miracle. Sobre esta estreia absoluta na Culturgest, ficam algumas das suas palavras: “Voltar à cria-ção a solo é sempre uma oportunidade para retomar o pulso íntimo da minha pesquisa, de voltar a tocar a essência do meu trabalho, ajudando-me a questionar as necessidades, a reflexão e os posicio-namentos da minha criação actual. Ainda é cedo para saber como se situa-rá o meu corpo em cena neste novo tra-balho, mas tenho um grande desejo de escutá-lo e senti-lo. E agora vou deixar-me levar, como dizia Mónica Valenciano numa das suas obras.” Deixemo-nos, também, por ela levar, com o privilégio de sermos espectadores.

Grande Auditório da Culturgest

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego 1000-300 Lisboa

21h30,€18, Jovens até aos 30 anos: €5

MÚSICA

MÃO MORTA

Os Cantos de Maldoror

23 DE ABRIL

A banda bracarense que dispensa apresentações porque ocupa um lugar muito peculiar na cena rock portuguesa, vem apresentar um espectáculo estreado no Theatro Circo de Braga, em 2007, a partir de excertos selecciona-dos e traduziselecciona-dos por Luxúria Canibal do texto “Os Cantos de Maldoror” – a obra-prima que Isidore Ducasse deu à estampa em finais do século XIX, sob o pseudónimo de Conde de Lautréamont.

Um espectáculo singular, onde a música brinca com o teatro, o vídeo e a declamação, que nos leva a mergulhar no terrível mundo de Maldoror, de onde se sai como quem acorda a meio de um pesadelo – sem epílogo, sem conclusão, sem continuação. Ver para crer e, claro, para matar saudades dos inigualáveis Mão Morta.

Grande Auditório da Culturgest

Edifício-Sede da CGD, Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa 21h30,€18, Jovens até aos 30 anos: €5

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FÉRIAS, DIVERTIMENTO, PRAIA

A FAMÍLIA, OS AMIGOS

E UMA CASA FANTÁSTICA.

EM LAGOS, O MARINA VILLAGE

CONCEDE DESEJOS.

Sobranceiro ao mar, a poucos metros da marina de Lagos, a mais encantadora cidade do Algarve, onde as ruelas contam histórias e o património secular lem-bra tempos de glória, encontra-se o Marina Village, um recente empreendimen-to com mais de uma centena de apartamenempreendimen-tos, em fase de contrução, a pensar em quem quer investir, mas tem uma exigência: a qualidade. Dentro e fora, o conforto e harmonia aliam-se. As varandas, de áreas generosas, são o pri-meiro convite para desfrutar este lugar tranquilo, perto do que de melhor há para gozar no Algarve. Deite-lhe um olhar em www.marinavillage.pt e contacte o departamento comercial através do tel.: 282 798 123 ou tlm.: 918 022 111.

Financiamento até 100% do valor da aquisição; Prazo máximo de reembolso de 50 anos; Melhores spreads do mercado;

Isenção de despesas de avaliação. Nas operações enquadradas na oferta Caixazul, a comissão do pacote Casa Fácil será reduzida em 30%; Contratação apenas com a apresentação dos pedidos de registos provisórios;

Possibilidade de crédito para sinal.

Saiba mais em

www.lardocelar.com/empreendimentos/marinavillage/

CONDIÇÕES

DE FINANCIAMENTO CAIXA

A CAIXA OFERECE AS MELHORES CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO DO MERCADO:

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TEMAS CGD 08/09

I N I C I A T I V A S C A I X A

Foi recentemente constituído o Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado “FUNDIESTAMO I”, de subscrição pública e de dis-tribuição anual de resultados, cuja Oferta Pública de Disdis-tribuição teve início em 15 de Janeiro de 2008. O período de subscrição é de 90 dias, terminando em 14 de Abril do presente ano, e a sua colocação está a ser assegurada exclusivamente pela CGD e pelo CaixaBI. Trata-se de um produto de investimento inovador na medida em que constitui uma alternativa de poupança através de um fundo que adopta uma política de investimento em activos imobiliários que assume fundamentalmente o risco associado ao Estado Português e Outros Entes Públicos.

O objectivo do Fundo, consiste em alcançar, numa perspectiva de médio e longo prazo, uma valorização crescente de capital, através da constituição e gestão de uma carteira de valores predominante-mente imobiliários, principalpredominante-mente prédios urbanos para arrenda-mento. Constituindo-se como um fundo especial de investimento, visa uma maior flexibilidade em termos de limites ao investimento, sendo os arrendatários dos imóveis entidades que integram quase exclusivamente o domínio do Estado Português.

O Fundo destina-se a investidores não qualificados (público em geral) e qualificados, com uma perspectiva de estabilidade de valorização do seu capital no médio prazo compatível com as condições do mer-cado imobiliário e com um bom potencial de rendibilidade. Os investi-dores deverão ter um perfil de risco conservador, mas com aptidão para assumir os riscos característicos do mercado imobiliário.

De modo a conferir maior liquidez às unidades de participação, será efectuado o pedido de admissão à negociação do Fundo em merca-do regulamentamerca-do, dentro merca-dos merca-doze meses após a sua constituição. Neste quadro, prevê-se ainda que venha a ser celebrado com uma instituição financeira um contrato com vista ao desempenho das fun-ções de Criador de Mercado, que consistem na manutenção de ofer-tas de compra e venda das unidades de participação, de modo a con-ferir liquidez às mesmas.

A sociedade gestora responsável pela gestão do fundo é a Fundiestamo – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário, S.A., detida pela Parpública, que actuará por conta e no interesse exclusivo dos participantes, em ordem à maximização dos valores das participações e do seu património líquido.

O Fundo constituiu-se com um capital inicial de € 145 milhões, tendo já concretizado um conjunto de investimentos na aquisição de imó-veis que representam cerca de 78% daquele valor. A quase totalidade dos imóveis já adquiridos encontra-se em Lisboa, em boas localiza-ções e com taxas de ocupação elevadas neste momento.

Os investidores que pretendam subscrever este fundo poderão fazê--lo em qualquer agência da CGD*, sendo o valor mínimo de subscri-ção de € 5.000.

(*) Não dispensa a consulta do Regulamento de Gestão e do Prospecto disponíveis para consulta em qualquer agência da CGD ou através do sistema de difusão da CMVM em (www.cmvm.pt).

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO

IMOBILIÁRIO FECHADO

“FUNDIESTAMO I”

.

GRUPO CGD COMERCIALIZA FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO INOVADOR.

O Fundo Caixa Fã é um projecto criado no âmbi-to da responsabilidade social da Caixa Geral de Depósitos, que visa congregar parte dos donati-vos concedidos a projectos que se enquadram nesta área de actuação. O Fundo Caixa Fã “vive-rá” online, constituindo um micro-site do www.caixafa.pt e visa apoiar projectos estru-turais empreendidos por instituições com credibi-lidade e capacidade de execução, que garantam a concretização das iniciativas propostas. No arranque, cinco projectos integram já o Fundo Caixa e foram propostos pelas seguintes entida-des: Instituto de Apoio à Criança (IAC, Açores),

Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), Raríssimas, Espaço T, Ajuda de Mãe e Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO). Para alimentar o fundo, a Caixa prescinde de parte da margem de lucro originada pela utilização do Cartão Caixa Fã. Os interessados em contribuir para os projectos podem fazê-lo através de donativos directos nas contas de solidariedade. O site Caixa Fã disponibilizará informação relati-va ao conjunto das cinco acções que vigorarão por um período de cinco meses. Junte-se a elas e faça sua esta campanha solidária.

A CAIXA CRIA UMA FERRAMENTA DE APOIO A PROJECTOS SOLIDÁRIOS

COM O FUNDO CAIXA FÃ, TODOS PODEM

CONTRIBUIR PARA UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA

VEJA COMO CONTRIBUIR Seja Fã. Seja Caixa Fã. ESPERAMOS POR SI EM www.caixafa.pt ONDE OS CORAÇÕES NÃO PARAM DE BATER!

No âmbito do protocolo existente entre a Caixa e o SMMP, desde 2003, todos os Magistrados do Ministério Público, inscritos no Sindicato e com a situação devidamente regularizada (incluindo a quotização), podem usufruir de um conjunto de benefícios em produtos e serviços dispo-níveis no Banco, como aplicações financeiras, serviços electrónicos, cartões de débito e de crédito, planos de pensões, apoio bancário exclusivo, entre outros. Um dos benefícios deste acordo é a disponibilização em condi-ções vantajosas do Seguro de Responsabilidade Civil e Profissional destinado aos Membros do Sindicato, que garante o pagamento das indemnizações que por lei sejam exigíveis ao Segurado, por danos patrimoniais ou não patrimoniais causados a terceiros, em consequência de actos ou omissões não dolosos cometidos no exercí-cio da profissão.Saiba mais em www.smmp.pt.

PROTOCOLO FINANCEIRO E DE COOPERAÇÃO ENTRE A CAIXA E O SINDICATO DOS MAGISTRADOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO (SMMP) - SEGURO

DE RESPONSABILIDADE CIVIL E PROFISSIONAL

(10)

A GESTÃO ADEQUADA DO PATRIMÓNIO

FINANCEIRO GARANTE MAIS SEGURANÇA.

COM O SALDO POSITIVO

DA CGD O QUE CONTA

É SABER

Em Portugal, as questões financeiras e a aplicação do dinheiro não são matérias que integrem os curricula escolares, como acontece, por exemplo, nos EUA. Uma percepção mais clara sobre as formas de utilização do dinheiro e do funcionamento da economia é sempre útil na vida de todos e no futuro dos mais jovens, tendo em vista a garantia de uma gestão adequada das suas eco-nomias ou do orçamento familiar.

O sobreendividamento das famílias em Portugal é uma realidade que acarreta implicações sociais graves e, por isso, a Caixa Geral de Depósitos decidiu desenvolver um programa de acção que visa ajudar os seus clientes e a sociedade em geral a aplicar melhor os recursos dispo-níveis, a poupar e a investir, promovendo a educação fi-nanceira e o combate ao sobreendividamento. Para tal, a CGD criou uma plataforma online a que chamou “Saldo Positivo”, acessível ao público em geral, cujos conteúdos são adaptados e especialmente dirigidos aos diferentes grupos etários, incluindo os mais jovens, com o objectivo de formar e de informar. Além de questões bancárias, são abordados temas relevantes para a ges-tão do dia-a-dia – elaboração de um orçamento familiar, sugestões de poupança, redução de consumos e despe-sas ou diagnóstico de situações de endividamento, são apenas alguns exemplos das ferramentas ao dispor no novo site da CGD, www.saldopositivo.cgd.pt.

10/11TEMAS CGD

I N I C I A T I V A S C A I X A

WWW.SALDO. POSITIVO.CGD.PT

André Sardet,

UMA DIGRESSÃO MUITO ESPECIAL

ECO TOUR 2008 É A MAIS RECENTE DIGRESSÃO DE ANDRÉ SARDET. DESDE FEVEREIRO QUE O MÚSICO PERCORRE O PAÍS E DEIXA UMA MENSAGEM EM DEFESA DO AMBIENTE. AS CRIANÇAS DIVERTEM-SE E ESTREITAM LAÇOS COM A TERRA.

Patrocinada pela Caixa, a Eco Tour 2008 marca o regresso de André Sardet à estrada e do seu álbum Acústico, com que co-memorou 10 anos de carreira. Música e ambiente conciliam-se, de forma inédita, numa tournée que leva o cantor de norte a sul do país. Ao longo da digressão, Sardet revisita clássicos da sua discografia e procura sensibilizar o público para a necessidade de todos contribuírem para um Planeta mais saudável. Um pro-jecto inovador com objectivos ambiciosos: reduzir a energia consumida para um terço da que foi utilizada nos espectáculos de 2007, através de novos sistemas de som, de luz e de imagem; utilização de matérias recicláveis; colocação de ecopontos nos recintos, para separação dos resíduos produzidos durante os concertos e sua preparação; e ainda, com o intuito de reduzir as emissões de CO2, são utilizadas viaturas e geradores eléctricos. Didáctico e pedagógico, cada espectáculo é antecedido por sessões de esclarecimento ambiental junto de alunos das escolas próximas, em conjunto com a Sociedade Ponto Verde, que promove a sensibilização ambiental e garante a distribui-ção de suportes de comunicadistribui-ção, com rigor científico. Assim, o primeiro espectáculo no auditório Olga Cadaval, reuniu cerca de 500 crianças com idades entre os 8 e os 12 anos, que, aten-tamente, ouviram as explicações do artista, e a apresentação de um “em-baixador do Ambiente”, a representar a CGD, sobre as preocupações do banco nesta matéria, numa animada via-gem pelos grandes projectos que a Caixa está a desenvolver em prol do Ambiente.

Em Março e Abril a festa continua... tome nota. 7 Março, Fórum Luísa Todi, em Setúbal

8 Março, Arena, em Évora

29 Março, Coliseu Micaelense, São Miguel, Açores 5 Abril, Cine Teatro Avenida, Castelo Branco 11 Abril, Europarque, Santa Maria da Feira

(11)

Adquirir equipamentos e instalar tecnologias amigas do ambiente é possível. A Caixa apoia a iniciativa, financiando as despesas de aquisição e instalação de colec-tores solares térmicos, fotovoltaicos, eólicos ou outros similares, através do Crédito

Pessoal Energias Renováveis. Taxas atractivas, isenção de comissão de estudo,

des-conto de 50% na comissão de contratação e a vantagem de ter um prazo alargado, até 10 anos, com prestações mensais. E cada cliente pode beneficiar de taxas favoráveis se já for cliente da CGD e em função das garantias apresentadas. O Crédito Pessoal Energias Renováveis obriga, em regra, a um seguro de vida e, de forma opcional, um seguro de protecção ao crédito. Passe na sua Agência ou saiba mais em www.cgd.pt.

O CRÉDITO

ENERGIAS RENOVÁVEIS

ADQUIRIR TECNOLOGIAS AMIGAS DO AMBIENTE

QUE REDUZEM O CONSUMO DE ENERGIA

DE NOVO E COM

A CAIXA GERAL

DE DEPÓSITOS...

REMADE IN

PORTUGAL 2008

O projecto “Remade in Portugal” arrancou em 2007 e a Caixa associou-se patrocinan-do a programação paralela à exposição “Remade in Portugal”, que ocorreu na Estufa Fria, em Lisboa, de 28 de Setembro a 5 de Outubro. Em 2008, a CGD é major

sponsor do projecto.

O “Remade in Portugal” visa incentivar a criação e desenvolvimento de produtos por-tugueses cuja composição integre um míni-mo de 50% de material proveniente de pro-cessos de reciclagem e materializa-se em exposições periódicas, no país de origem e no estrangeiro, difundindo a cultura do eco--design e da produção sustentável. Assim se juntam arquitectos, estilistas e designers para, em conjunto com empresas nacio-nais, criarem produtos de eco-design, o que, além da garantia de qualidade estéti-ca, fomenta a competitividade da produção nacional no mercado internacional, divul-gando os nossos criadores numa perspecti-va moderna, assente em perspecti-valores ecológicos e de sustentabilidade. Depois de Itália, onde o “Remade in...” nasceu, fizeram sucesso o “Remade in Chile” e o “Remade in Brasil”, estando já em curso a sua concretização em Espanha e França.

Para 2008 os convites já foram feitos e a Caixa Geral de Depósitos, como major

sponsor, orgulha-se de adicionar à

estraté-gia Caixa Carbono Zero mais uma iniciativa que contribui para reduzir o impacto ambiental e promover uma consciência global de protecção do ecossistema.

(12)
(13)

A CAIXA NA

PRESERVAÇÃO

DO PLANETA

ENTREVISTA DR.ª SUZANA FERREIRA 12/13

A C A I X A N A P R E S E R V A Ç Ã O D O P L A N E T A

UMA OPORTUNIDADE, UM DESAFIO

AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS não são um problema exclusivamente am-biental. Trata-se, também, de uma questão económica e social. O seu impacte faz-se sentir na política e nos mercados, na qualidade de vida e no bem-estar de todos. A nova realidade altera a lógica de decisão económica, impõe novas exigências de investimento, de gestão operacional e de risco aos agentes eco-nómicos e incentiva a expansão de mercados afins, como o das energias reno-váveis e dos biocombustíveis. Face à capacidade interna de acção e de mobi-lização do mercado, a CGD reconhece, neste domínio, uma oportunidade e um desafio para o seu negócio. E o programa Caixa Carbono Zero 2010 integra a missão, o compromisso do futuro. Suzana Ferreira, responsável pela Direcção de Comunicação da CGD, falou com a Azul sobre a estratégia para atenuar as alterações climáticas.

As alterações climáticas são tema prioritário do século XXI. A Caixa afirma-se como

parte activa da solução e fá-lo através da resposta às novas exigências, que passam,

(14)

14/15ENTREVISTA DR.ª SUZANA FERREIRA A C A I X A N A P R E S E R V A Ç Ã O D O P L A N E T A

Para a Caixa, este é um grande desafio,

diria mais: uma

missão

, que queremos levar por diante.

Azul – Caixa Carbono Zero, o programa para reduzir o impacte ambien-tal da actividade do banco, definiu metas até 2010. Um ano após a sua implementação, quais foram efectivamente alcançadas? E qual repre-senta a maior ambição da Caixa Geral de Depósitos?

Dra Suzana Ferreira – O Caixa Carbono Zero é um programa estratégico da

CGD que visa contribuir para a redução do impacte ambiental das suas acti-vidades, ao mesmo tempo que procura induzir boas práticas junto dos seus colaboradores, clientes, fornecedores e da sociedade em geral. Corporiza a estratégia da CGD para as alterações climáticas e constitui uma Missão, um compromisso, responsabilidade social e capacidade Empreendedora. O programa arrancou em 2007 e temos vindo a actuar em várias frentes, tendo em vista o cumprimento das metas que nos propomos atingir, o que passa pela realização de um inventário de emissões de gases com efeito de estufa (GEE), associadas às suas actividades, e definir metas quantificadas para a respectiva redução; redução de emissões de carbono através da adopção de medidas de eficiência energética e da utilização de energias renováveis; compensação de emissões inevitáveis através do financiamento de projectos exemplares de compensação, alicerçados em critérios transpa-rentes; intervenção no mercado, através do desenvolvimento de novas solu-ções financeiras que apoiem os seus clientes na redução da factura energé-tica, das emissões de carbono e dos potenciais riscos associados; reduzir o risco do negócio, incorporando a variável carbono nas ferramentas internas de análise de risco; e promover a literacia do carbono junto de colaborado-res, clientes e da sociedade. Trata-se de um programa complexo, cujo suces-so depende da conjugação de acções em várias frentes, que é o que esta-mos a fazer.

Por exemplo, no que diz respeito à redução de emissões, a utilização de energias de fonte renovável é uma peça fundamental na redução do consumo energético e das emissões de carbono. Assim, a primeira medida da Caixa, nesta área, foi a instalação de 130 painéis solares térmi-cos em 1.600 m2na cobertura do Edifício-Sede, na Av. João XXI, em Lisboa.

A energia produzida será utilizada para aquecer água para sistemas de cli-matização e instalações sanitárias, poupando mais de um milhão de kWh de electricidade por ano (aproximadamente 5% do consumo global).

Simultaneamente, está a ser instalado um sistema de monitorização detalhada da energia produzida, que permitirá analisar o desempenho da instalação para posterior expansão a outros edifícios CGD que mostrem potencialida-des para uso de energia solar. Os painéis solares, em conjunto com as res-tantes medidas de eficiência energética, já implementadas pela Caixa, evita-rão a emissão de 1.700 toneladas de CO2/ano.

No que se refere à redução de emissões, a Caixa está, também, a intervir na sua frota automóvel. As regras para a aquisição de viaturas integram já o nível de emissões de CO2 como critério de selecção e permitirão, a médio prazo, reduzir as emissões de GEE associadas à utilização da frota própria em cerca de 8,2%. Simultaneamente, estão a ser introduzidos os veículos híbridos na frota da CGD.

Estas medidas estão a ser complementadas com outras – nomeadamente no que se refere ao incremento da video-conferência e à promoção da transferên-cia modal nas deslocações em serviço – no âmbito de um programa integrado de mobilidade.

A Caixa está, ainda, a actuar na gestão de resíduos: actualmente, cerca de 50% do total de resíduos produzidos nas suas instalações é encaminhado para solu-ções de reciclagem e valorização.

A – Ainda sobre os objectivos traçados no Caixa Carbono Zero 2010, além da acção interna já preconizada para reduzir a factura energética, a Caixa pretende “mobilizar o mercado e desenvolver novos negócios”. Que tipo de soluções negociais vão ser apresentadas aos parceiros Caixa? SF – Como referi, o impacte das medidas em curso vai muito para além da

redução da factura energética. O impacto na redução das emissões de CO2 é, para nós, também muito importante.

Mas, respondendo à sua pergunta, através do Crédito Pessoal Energias Renováveis a Caixa já oferece uma solução de financiamento, com condições muito vantajosas para quem pretende instalar colectores solares térmicos, equi-pamento de apoio ou ligação a equiequi-pamento existente.

Neste momento, estão, também, a ser desenvolvidos produtos destinados ao apoio e financiamento na área das energias renováveis, com o objectivo de ajudar os clientes da Caixa a adoptar soluções tecnológicas que reduzam emis-sões. A curto prazo, vamos ter um produto muito interessante e que, estou certa, constituirá, um importante contributo para uma economia de baixo car-bono. Assumimos que, neste domínio, o sector financeiro, e muito particular-mente o sector bancário, pode, com a sua capacidade de intervenção – a nível de produtos, project finance, etc. – ser um poderoso motor do desen-volvimento sustentável, através da integração da componente ambiente. Para a Caixa, este é um grande desafio, diria mais: uma missão, que quere-mos levar por diante.

A – Em 2007, em parceria com a Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente e com o município da Guarda, foram plantadas 30.000 árvores autóctones, num dos distritos mais penalizados pelos incêndios. O projecto chama-se Floresta Caixa. Em 2008, vai ganhar terreno? A compensação de emissões por outras vias está no horizonte?

SF – A acção que refere marcou o arranque do Projecto Floresta Caixa –

na sequência, aliás, de outras acções de florestação já desenvolvidas no passado. Neste âmbito, está, também, para breve, uma nova acção de reflorestação, neste caso, de uma área no Piódão, cuja recuperação é da maior importância.

A Caixa aposta na floresta portuguesa, através do apoio à plantação de espécies autóctones, visando reduzir as concentrações de CO2 na atmos-fera, no combate às alterações climáticas e na promoção de uma floresta sustentável.

(15)

No âmbito de um concurso interno – Caixa de Ideias –

houve muitas

propostas na área do Ambiente, sendo que algumas dessas ideias estão já em implementação.

A – O empenho da Caixa em alinhar acções junto do público e dos seus clientes, já tem feedback? Que intervenções lhe parecem mais eficazes junto da sociedade civil – a redução das emissões de carbo-no, iniciativas de solidariedade social ou a sensibilização através da comunicação, como foi o caso do programa televisivo “O Planeta Agradece”?

SF – São três questões… Quanto ao feedback do Caixa Carbono Zero,

tenho a dizer que é muito positivo por parte de clientes, colaboradores e público em geral.

No que diz respeito à eficácia das acções: pergunta-me se é mais eficaz a redução das emissões de carbono, as iniciativas de solidariedade social ou a sensibilização ambiental… Em relação a isso tenho de lhe dizer que todas são importantes. O nosso objectivo é a promoção do desenvolvimento sustentável, sem descurar nenhum dos seus pilares – económico, social e ambiental. Por várias razões, a nível geral, o ambiente tem estado muito em evidência. Lembro só alguns factos, ocorridos em 2007, que são bem demonstrativos da importância que, não apenas em Portugal mas no mundo inteiro, se está a dar ao ambiente, designadamente às alterações climáticas. Falo do Nobel da Paz que o autor de “Uma Verdade Inconveniente” partilhou com o IPPC. Lembro que a Caixa patrocinou a conferência de Al Gore, em Portugal, em Fevereiro do ano passado, bem como a edição para jovens, em língua portuguesa, do livro de Al Gore “Uma Verdade Inconveniente”. Quanto à questão sobre o programa de televisão “O Planeta Agradece”, a que acrescentaria, também, a rubrica diária na TSF, sendo que ambos foram muito bem aceites pelo público, atingindo níveis de audiência muito significativos, o feedback que recebemos é muito positivo, evidenciando que se tratou de uma aposta da Caixa que foi completamente conseguida. Os programas abordavam, de forma simples e acessível, os temas mais diversos no domínio ambiental, desde as questões da poupança de água aos transportes, passando pela reciclagem e pelas florestas, entre muitos outros. O nosso objectivo foi o despertar de consciências, tendo em vista a adopção de atitudes e comportamentos ambientalmente adequados. Os programas, todos apresentados por Diogo Infante, encontram-se no blog da Caixa com o mesmo nome (http://oplanetaagradece.blogs.sapo.pt) onde é possível todos darem o seu contributo e participar.

Retomando a questão que me coloca…

No âmbito da tournée (Eco Tour) de André Sardet – que está em curso, com passagem prevista nos mais diferentes locais do país, incluindo as ilhas – os programas passam antes dos concertos e nas sessões que o cantor promove nas escolas. O arranque foi em Sintra, no Auditório do Centro Olga Cadaval, em que participaram 500 crianças, que viram atentamente os filmes. Tudo isto nos diz que há uma enorme apetência por este tipo de conteúdos que, em muitos casos, se traduzirá, seguramente, em comportamentos ambientalmente adequados. E, com efeito, a soma de pequenos gestos pode fazer a diferença, daí a importância de acções desta natureza. Julgo que o impacte “O Planeta Agradece” – notório ainda hoje – demonstra que as iniciativas de sensibilização ambiental constituem uma componente muito importante do Caixa Carbono Zero 2010.

A – No interior da instituição, e incluindo as cerca de 800 Agências país fora, a adesão à mudança é incondicional ou conta com dificuldades? Podemos falar num orgulho CGD em espelhar, afinal, uma missão? SF – A adesão por parte dos colaboradores ao Caixa carbono Zero 2010 tem

sido muito evidente e, além de constituir um dos aspectos interessantes do desenvolvimento do programa, é, para nós, uma motivação acrescida. Não só há uma grande adesão às várias iniciativas em curso, como nos faz chegar interessantes sugestões. Por exemplo, no âmbito de um concurso interno – Caixa de Ideias – houve muitas propostas na área do ambiente, sendo que algumas dessas ideias estão já em implementação.

Tem havido, também, um conjunto de acções em que os colaboradores da Caixa têm tido uma participação muito empenhada e activa e com excelentes resultados. A título meramente exemplificativo, refiro o Ciclo da Poupança – uma iniciativa inovadora que liga os conceitos de poupança de recursos naturais (água, energia, etc.) aos conceitos de poupança financeira – que, a par do micro-site no cgd.pt, passou, também, pela visita de crianças a Agências no Dia da Poupança, onde foram recebidas e acompanhadas por colaboradores da CGD, verdadeiros “Embaixadores do Ambiente”, no âmbito desta iniciativa. Também o Concurso de Design de Mobiliário com Materiais Reciclados envolveu colaboradores que foram os “Embaixadores do Ambiente” da CGD, junto dos estudantes, que quiseram obter esclarecimentos sobre o concurso e apresentar as suas candidaturas. Nas acções de arborização, promovidas pela Caixa, os “Embaixadores do Ambiente” da CGD estão na primeira linha com as diferentes entidades envolvidas a plantar árvores para o futuro.

A – Nomeada pela consultora internacional Interbrand a “Marca mais Valiosa de Portugal”, a Caixa é, agora, mais do que instituição financei-ra, uma marca portuguesa de referência. Por este facto, pensa que lhe acresce ainda maior responsabilidade social e ambiental?

SF – A Caixa sempre foi uma marca de referência, mas eu diria que é o

facto de assumirmos as nossas responsabilidades nos mais diversos domí-nios, incluindo o da responsabilidade social e ambiental, que nos garante o reconhecimento que temos tido – não apenas com esta distinção – e que é muito gratificante para a Caixa. E é o que vamos continuar a fazer no futuro, assumir as nossas responsabilidades, procurando dia a dia contribuir para um futuro melhor.

A – Se um dia pudesse levar os seus colaboradores a um lugar do mundo onde sentissem profundamente quanto a acção humana pode perturbar um ecossistema, qual seria?

SF – A escolha não é fácil. São muitos os lugares do mundo onde gostaria

que todos os colaboradores da Caixa pudessem ir. Não sendo fácil, talvez escolhesse a Antárctida, onde já estive… Por tudo o que um local como este nos pode transmitir e por tudo o que se tem escrito e dito sobre os efeitos do aquecimento global, a nível do degelo dos glaciares, este é um local que nos faz pensar. Pensar, desde logo, em deixar aos nossos filhos um planeta onde seja possível viver.

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(17)

POR UMA TERRA

MAIS FIRME

PLANETA AZUL 16/17

P O R U M A T E R R A M A I S F I R M E

NOVO MILÉNIO E A MÃE-TERRA ANDA NAS BOCAS DO MUNDO. Que o cli-ma está diferente, que o ar aqueceu sobrecli-maneira, que as quatro estações já não são o que eram e as intempéries abundam... que, por este andar, tempos difíceis se aproximam. Expiada a culpa e divulgados os estudos da comunidade científi-ca, só uma certeza nos dá quem investiga – a vida do Planeta terá de seguir outro rumo e trilhar os caminhos da salvação. Com prazos estipulados, com metas bem definidas, os homens juraram fazer a “revolução verde” do Planeta Azul. Esta é a década de aplicar estratégias de adaptação às contingências e de mitiga-ção das emissões de GEE (Gases com Efeito de Estufa). O vulgarmente denomina-do carbono é o grande suspeito de causar tão repentinas alterações no comporta-mento do clima. Apesar de os fenómenos meteorológicos extremos terem causas naturais, como a intensidade da radiação solar ou as erupções vulcânicas, o quar-to relatório do IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas), publicado no início de 2007, reforça que a principal origem do abrupto aquecimento é antropogénica. Assim, a última Convenção das Nações Unidas levou a Bali os 190 países mem-bros a assinar mais um acordo (Roteiro de Bali), desta vez propondo “acção” nas políticas dos governos. “Agarrem este momento, para o bem de toda a humanida-de”, proferiu Ban Ki-moon, o secretário-geral da ONU.

A memória do Planeta é lenta. Isto significa que muitos dos efeitos hoje sentidos

poderão ter tido origem em fenómenos decorridos num passado longínquo.

Mas os indícios de que o sofrimento da Terra é causado pelo Homem são demasiado

evidentes para poderem ser minimizados.

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18/19PLANETA AZUL P O R U M A T E R R A M A I S F I R M E

EM 2006, O RELATÓRIO STERN, encomendado pelo governo inglês ao eco-nomista Nicholas Stern, apelava para os elevados custos da inacção – econó-mica, social e ambiental –, associados a situações como a escassez de água doce, o aumento do nível do mar e a redução da produção de alimentos. Mr. Stern conclui ainda que, com o investimento de apenas 1% do PIB mundial, se evita a perda de 20% do mesmo PIB, num prazo de 50 anos.

Os países ricos conhecem bem o papel que lhes cabe e as vulneráveis nações em desenvolvimento dependem do seu apoio. O Ocidente é o maior poluidor da atmosfera, por isso, deve adiantar as iniciativas. O processo começou com o Protocolo de Quioto, estabelecendo limites para as emissões de GEE, e a União Europeia criou um mecanismo de ajuda para os cumprir – o Sistema de Comércio de Licenças de Emissão, lançado em 1 de Janeiro de 2005, “o primei-ro regime internacional de comércio para as emissões de CO2 no Mundo, cobrindo mais de 12000 instalações de alto consumo de energia, que represen-tam quase metade das emissões europeias de CO2”. A medida prevê a possi-bilidade de “compra e venda de licenças de emissão pelas empresas parti-cipantes, o que permite atingir objectivos”, garantindo a sua redução e dimi-nuindo os custos globais (www.climatechange.eu.com).

A sustentabilidade é, pois, a nova “ciência” para viver na Terra. Reutilizar, gerir adequadamente os recursos hídricos, proteger e repor a floresta, criar energias limpas, é a fórmula para mitigar os índices de carbono. Portugal tem condições óptimas para gerar energias renováveis, há projectos em pleno fun-cionamento e muitos outros se seguirão. Além do gás natural, que já corre de norte a sul, e do recurso à utilização da biomassa, o sol, o mar e o vento são ingredientes “nossos” que podem fazer de Portugal “o Médio Oriente da ener-gia limpa”. A Galp aposta fortemente nos biocombustíveis e a EDP é líder mundial nas eólicas, prevendo-se que chegue a 2010 produzindo, por esse meio, mais electricidade que hoje em dia as barragens. E vira-se agora para a energia solar e das ondas do mar. Sopram ventos de mudança, das grandes às pequenas empresas.

“Em 2005, as emissões de GEE situaram-se cerca de 45% acima

do valor de 1990,

afastando-se 18% da meta estabelecida para 2008-2012 no Protocolo de Quioto.”

ALERTA PORTUGAL

A catástrofe associada à ocorrência de fenómenos naturais compromete o equilíbrio entre o ambiente social e o ambiente natural, provocando rupturas entre ambos. Cheias nas planícies aluviais dos prin-cipais rios do país, secas na região sul e no interior de Portugal, com origem em ondas de calor ou na ausência de precipitação, potenciando também incêndios florestais, com especial incidência a norte do rio Tejo, onde predominam resinosas asso-ciadas a elevadas densidades de coberto vegetal, e situações meteorológicas extremas, como ventos fortes, chuva, granizo intenso, nevões, trovoadas e sismos, em Lisboa e no Algarve, são riscos a que estamos sujeitos. A mesma intempérie em regiões distintas pode ter consequências diferentes, por isso, é objectivo da Estratégia Nacional de Desen-volvimento Sustentável 2015 prevenir os impactes negativos destas ocorrências, através de boas prá-ticas de planeamento e ordenamento do território, garantir planos de emergência de protecção civil a nível nacional e regional, gerais ou especiais, e manter a população informada e treinada acerca dos procedimentos a seguir em caso de emergên-cia (www.desenvolvimentosustentavel.pt).

(19)

Além da responsabilidade em baixar a quantidade de GEE, o IPCC lembra ao Mundo a necessidade de adaptação às alterações climáticas. Ser proactivo e prever as probabilidades (furacões, chuvas intensas, cheias, queda de neve em locais inesperados, seca, etc.), criando políticas e meios de prevenção. A subida do nível da água do mar, associada a chuvas intensas, ameaça mui-tos ponmui-tos do globo e de Portugal também. As zonas costeiras são vulnerá-veis, assim como as bacias fluviais. Na estação seca, as ondas de calor provo-cam secas profundas, com graves prejuízos para a agricultura e pondo em risco a fauna e a flora autóctones, bem como a saúde humana. O calor propi-cia o desenvolvimento de bactérias, aumentando os quadros de doença que atinge sempre os mais frágeis – crianças e população idosa, igualmente sen-síveis em situações de frio excessivo. Urge criar defesas e levar a cabo práti-cas que atenuem os efeitos decorrentes destas possibilidades que potenciam também a desertificação das regiões em causa. A orla costeira nacional tem dado evidentes mostras de fragilidade, com uma erosão acentuada, e mo-mentos dramáticos, como os que observámos, recentemente, na Costa de Ca-parica, são sintomáticos. A subida do nível do mar é notória. Em Moçambi-que as cheias no rio Zambeze já desalojaram 300.000 pessoas e mataram qua-se uma dezena. Não fosqua-se a ajuda internacional, muito mais vidas teriam sido perdidas nesta tragédia. Este é o ponto de viragem, um momento histórico para a humanidade. O mundo uniu-se e a vida na Terra jamais será igual.

“Apesar de Portugal

se encontrar entre

os países da UE

com emissões de GEE

per capita, mais reduzidas,

a intensidade carbónica da

economia portuguesa é elevada.”

Relatório do Estado do Ambiente 2006, Agência Portuguesa do Ambiente

CURIOSIDADES...

Se a tendência se mantiver, o nível do mar Mediterrâneo “poderá aumentar até meio metro nos próximos 50 anos”, declarou Enrique Tortosa, director do Instituto Espanhol de Oceanografia.

El Mundo

“Os investigadores assinalam que as águas mais salga-das e quentes sofrem um processo de expansão térmi-ca que explitérmi-ca o aumento acelerado do nível do mar.”

www.agroportal.pt

“O Japão vai canalizar dez mil milhões de dólares, em cinco anos, para ajudar os países em desenvolvimento a lutar contra o sobre-aquecimento do Planeta.”

Diário Económico, Nikkei Shimbun

INTERESSANTE...

A Comissão Europeia colocou na Internet um vídeo que ajuda a compreender o que são energias renováveis, a sua importância e quais os objectivos globais da União Europeia nesta matéria.

Veja em http://youtube.com/watch?v=1cysaOnlv_E

O PROJECTO DA EUROPA,

POR UMA ECONOMIA

DE BAIXO CARBONO

Poupar 20% do consumo energético até 2020; triplicar o uso de energia renovável para 20% até 2020; limpar as emissões provenientes das energias fósseis, principalmente do carvão; reforçar o mercado de carbono através do Sistema de Comércio de Emissões; e desenvolver o mercado único da energia.

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(21)

POR UM

FUTURO EM

SIMBIOSE

RECURSOS NATURAIS 20/21

C O N H E C E R P A R A R E S P E I T A R

As agressões que infligimos à Terra escondem outra razão para além do progres-so e do desejo de lucro rápido: ignorância. Tornámo-nos a única espécie do Planeta a desconhecer os ciclos da natureza, a não saber interpretar os sinais, a desconhecer o que é viver com esse meio que nos proporciona, afinal, a própria vida. Mas vamos a tempo. Há que conhecer primeiro para respeitar depois. Assim, os recursos naturais são elementos da natureza com utilidade para o Homem. De forma rígida, temos que só e apenas a Natureza é capaz de pro-duzir tudo o que necessitamos, já que o petróleo e minérios são, também eles, recursos naturais, com a diferença de serem não-renováveis (ou fósseis) e cujo consumo humano produz poluição. Não trataremos destes e remeter-nos-emos à mesma condição dos outros seres vivos. Para viver, ainda que em progresso – e por isso mesmo – necessitamos apenas de água, ar e terra.

Conhecer para respeitar é o que propomos. Sem uma ideia do que o Planeta poderá

fazer por nós, nunca pensaremos no que cada um de nós pode fazer pelo Planeta.

Os elementos são, também, recursos que podemos usar. Se o fizermos racionalmente,

temos pela frente um futuro mais que sorridente. Próspero.

(22)

22/23RECURSOS NATURAIS

C O N H E C E R P A R A R E S P E I T A R

A ÁGUA

Mais de metade da população mundial carece de água potável. É fácil con-cluir que tal não corresponderá a áreas onde o deserto é a paisagem domi-nante. Este fenómeno não está relacionado com a falta de pluviosidade ou ausência de cursos de água. Tem a ver com uma má gestão dos recursos hídricos à escala global. A água, chave da vida desde a formação da Terra, é hoje um bem de valor inestimável. Numa outra escala que nos permita per-ceber a dimensão deste problema, se a totalidade da água existente na

Terra correspondesse a 5 litros, a água doce não encheria um copo de 20cl e uma colher de sobremesa seria a totalidade da água disponível para consumo humano, incluindo a não potável.

O ciclo hidrológico, desconhecido da maioria, consiste em três passos: evapo-ração, condensação e precipitação. Ao “retornar” à terra, através desta última etapa do seu ciclo, a água pode cair sobre o mar, ser “interceptada” pelas plan-tas e voltar a evaporar ou, por último, infiltrar-se na superfície terrestre, podendo, aqui, formar rios ou lençóis freáticos (rios subterrâneos). Qualquer uma destas fases pode sofrer (e sofre) efeitos da poluição.

O mar, que é, afinal, onde tudo termina sofre, também, as adversidades da poluição e uma má gestão enquanto recurso natural. A actividade piscatória abusiva, por parte de algumas frotas pesqueiras, é colmatada pela aquicultu-ra. Esta, porém, tem provado ser altamente danosa para o meio. Evita, obvia-mente, o desgaste de reservas naturais, mas a um preço demasiado alto: poten-cia o alastramento de doenças e torna o solo marinho, numa área considerável em redor dos viveiros, estéril.

Esse grande meio que é o mar, o responsável pelo início da vida na Terra, está, ainda, por explorar. Há comunidades científicas votadas à teoria de que as profundezas dos oceanos são a última fronteira, havendo mais probabilidade de encontrar aí novas formas de vida que no espaço.

Mas os oceanos podem suportar a vida de uma outra forma. A energia maremo-triz usa a força das marés para gerar electricidade, à semelhança da energia hidroeléctrica. Portugal tem, obviamente, potencialidade neste campo e poderá, dentro de alguns anos, seguir as pisadas de França, que desde 1966, produz este tipo de energia em La Rance, entretanto, já imitada pelo Reino Unido, que em 2007, deu luz verde para a construção da Wave Hub, aquela que será a maior central maremotriz do mundo.

O AMBIENTE PEDE,

PORTUGAL

PROPORCIONA,

O LARDOCELAR

AJUDA-O

Por vezes, dúvidas e falta de informação são um obstáculo às iniciativas e, quanto às alterna-tivas energéticas a implementar no pequeno universo que é a nossa casa, pouco sabemos em concreto. Empresas especializadas, ou que dêem garantias, também não abundam no mercado. Sabendo que isso constitui um entrave para uma grande maioria de pessoas, a Caixa, através do site “LardoceLar”, estabeleceu uma parceria com vista a apoiar quem pretenda tirar partido das novas tecnologias no âmbito da energia solar.

A Companhia de Arquitectura e Design dá con-selhos úteis de arquitectura, obras e remodela-ções, explica-lhe que tipo de colectores solares existem e se adequam a cada caso, que siste-mas utilizam, e de que forma se tira o melhor proveito de cada um. Esteja onde estiver, é um serviço destinado a si e a todos os que querem ir mais além, no que toca à qualidade ambiental do planeta e à poupança de recursos. Consulte o link e conheça os pormenores desta parceria em www.LardoceLar.com/servicos/cad

(23)

Distribuição: Ribatejo, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve. Utilidade: A madeira, muito resistente à putrefacção, é amplamente

usada. Os seus frutos, bolotas, podem ser usados para farinhas ou para alimento de gado suíno.

Azinheira (Quercus ilex rotundifolia)

Distribuição: Beiras, Centro, Ribatejo e todo o litoral.

Utilidade: Protege dos ventos e fixa as dunas na faixa litoral. Fornece

resina, celulose e madeira, ideal para a construção naval e carpintaria.

(24)

24/25RECURSOS NATURAIS

C O N H E C E R P A R A R E S P E I T A R

O AR

Um estudo da Agência Europeia do Ambiente, levado a cabo em 2003, concluía que entre um quarto e um terço da morbilidade (doença) do Velho Continente é atribuída a factores ambientais. A asma, as alergias e outras doenças respiratórias associadas à poluição do ar constituem a principal causa de hospitalização, sendo que ascendem a 60000 as mortes anuais devido às mesmas. Para além disso, a exposição ao chumbo, mercúrio e PCB (bifenil Policlorinado) está associada ao de-senvolvimento de distúrbios físicos e mentais de cerca de dez por cento das crian-ças de muitas populações europeias.

De entre os factores que têm contribuído para uma crescente degradação do ar, estão, em primeiro lugar, a poluição atmosférica pelas indústrias, trans-portes – principalmente os aviões – e desflorestação. A poluição pode ter origem humana, como a queima de combustíveis fósseis (transportes), que origina emissões de dióxido e monóxido de carbono, óxido de enxofre e gases sulfurosos que contêm chumbo, cloro, bromo e fósforo, o aquecimen-to doméstico e o uso do fogão a gás (o anidrido sulfuroso, libertado pela chama do gás, pode transformar-se em ácido sulfúrico que cai com a preci-pitação). E também as indústrias como as siderurgias, cimenteiras, refina-rias, e fundições de metais. Mas a poluição pode, também, ter origem natu-ral, resultante de processos naturais como poeiras, nevoeiros maritimos, cin-zas provenientes de incêndios, gases vulcânicos, pólenes e putrefacção ou fermentação natural.

A poluição do ar está no topo da lista das preocupações ambientais. Paradoxalmente, o ar é muito pouco tratado como recurso natural. Neste caso em particular, falamos do vento. Em Portugal existem, actualmente, 137 parques de energia eólica. Dada a nossa pequena dimensão, o número é bas-tante louvável, tendo havido uma crescente evolução desde a construção do primeiro parque eólico, em 1988 (na ilha de Santa Maria, nos Açores), e sendo, hoje, das hipóteses mais consideradas pelas grandes companhias. Existem, ainda, algumas condicionantes no que toca à ligação em rede (os locais com maior potencial são remotos e o escoamento da energia acarreta maiores custos) e ao impacte ambiental (ruído, impacte visual e influência na fauna avícola).

OS GRANDES

PROTAGONISTAS

Todos falam deles, mas poucos de nós sabem quais são os Gases com Efeito de Estufa (GEE) e os seus efeitos.

Dióxido de carbono (CO2) – A acumulação deste gás

eleva a temperatura da superfície terrestre a níveis perigosos no que concerne a catástrofes ecológicas e geoquímicas.

Monóxido de carbono (CO) – Pode afectar o equilíbrio

térmico da estratosfera.

Dióxido de enxofre (SO2) – Agrava os problemas

respira-tórios dos humanos, os animais e plantas, as pedras calcá-rias usadas nas construções e tecidos sintéticos.

1.

A CAIXA FAZ

,

O PLANETA AGRADECE

. Mais conhecimento - Quantificar as emissões de

gases com efeito de estufa (GEE) associadas às actividades da CGD e definir metas (quantificadas) para a respectiva redução;

. Maior eficiência - Reduzir as emissões

de carbono através da adopção de medidas de eficiência energética e da utilização de energias renováveis;

. Desenvolvimento de novos negócios -

Apreen-der as exigências, os impactes e as oportunidades de uma economia de baixo carbono sobre o negó-cio da CGD e dos seus clientes;

. Desenvolvimento de novas soluções financeiras

- Apoiar os clientes da CGD na redução da sua factu-ra energética, das suas emissões de carbono e dos potenciais riscos associados.

(25)

Distribuição: Excepto esparsas excepções, está praticamente

confina-do à Península de Setúbal.

Utilidade: Fornece madeira e fixa as terras (principalmente, arribas).

O pinhão, o seu fruto, é usado como alimento desde a Pré-História.

Pinheiro manso (Pinus pinea)

Distribuição: Região saloia, Península de Setúbal, Douro, interior alentejano

e Algarve.

Utilidade: Árvore de grande valor ornamental, é do seu fruto (azeitona)

que se extrai o azeite.

(26)

26/27RECURSOS NATURAIS

C O N H E C E R P A R A R E S P E I T A R

TERRA

A definição ISO 11074-1, de 1/08/1996, diz que o solo é a “camada superficial da crosta terrestre constituída por partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos”. Para além do seu papel determinante na produção de biomassa, desempenha várias funções ecológicas, como regulador do ciclo hidrológico (já referido), meio natural de reciclagem de compostos orgânicos e reserva genética de biodiversidade. O uso florestal ou agrícola do solo permite a compatibilidade com as outras funções referidas. A ocupação urbana, por outro lado, condena-o à esterilidade total. Assim, consideremos apenas a terra (ou solo) como recurso natural, isto é, como forma de podermos obter o nosso sustento, através da agricultura, pecuária e biodiversidade da fauna e flora. As agressões a que este recurso está sujeito estão legalmente previstas na Directiva Europeia para a Protecção do Solo: erosão, declínio na matéria orgâni-ca do solo, salinização, compactação, deslizamentos de terras, contaminação e impermeabilização. É, por isso, um recurso esgotável (já que a formação do solo é muito lenta, à razão de um centímetro em cada 100 anos).

A exploração agrícola tem vindo a deparar-se com uma evolução ímpar nos últi-mos anos, nem sempre positiva. Falaúlti-mos de um aumento da produção, com recurso a agroquímicos, da mecanização e da monocultura intensiva. O uso de transgénicos é, igualmente, preocupante no que toca à “contaminação” (ou mesmo extinção) de outras espécies tradicionais e à biodiversidade.

Os agricultores (ou criadores de gado) entregues a práticas mais tradicionais são, na realidade, grandes responsáveis pelo enriquecimento do solo. O mesmo se apli-ca a apli-cada um de nós que prefira produtos biológicos. A ideia de que apenas a agri-cultura (ou pecuária) a grande escala consegue sustentar a população humana é incorrecta. Não só os solos se esgotam, inviabilizando o seu uso no futuro, como, na realidade, grande parte dos produtores (da União Europeia, por exemplo) se vêem obrigados a seguir quotas de produção, ou seja, “desfazer-se” dos exceden-tes, não podendo sequer “exportá-los” para países mais desfavorecidos.

Mas o solo acolhe, também, as florestas, essas grandes responsáveis pela biodiver-sidade e equilíbrio ecológico. Cobrindo cerca de 30% da superfície terrestre, é ali que se realiza a fotossíntese, da qual depende a nossa vida: produção de oxigénio a partir do dióxido de carbono, sendo, por isso, os “pulmões do Mundo”. Para além dessa função, são fonte de madeira, combustíveis, alimentos e matérias-pri-mas (resina, celulose, cortiça e frutos), protegem o solo contra a erosão, controlam a qualidade do ciclo hidrológico e têm um elevado valor paisagístico.

A floresta portuguesa, em particular, é um ecossistema muito antigo. Caracterizada por árvores de folha caduca a norte e folha perene a sul, ascende a

A área florestal

mundial equivale

a 34 mil milhões

de hectares,

mas cerca

de um terço deste

“pulmão da Terra”

é dizimado anualmente

2.

A CAIXA FAZ

,

O PLANETA AGRADECE

Para compensar as emissões inevitáveis, a Caixa definiu um programa que consiste no financiamento de projectos que retêm ou evitam carbono em quantidade equivalente. Trata-se de investir em pro-jectos com elevada qualidade técnica que garantam benefícios ambientais e sociais inequívocos. Numa primeira fase, a aposta da CGD passa pelo apoio a projectos de recuperação da floresta portu-guesa, incluídos na Floresta Caixa.

Quando geridas de forma sustentável, as florestas funcionam como reservatório de carbono, reduzin-do as concentrações de CO2 na atmosfera e con-tribuindo positivamente para o combate às altera-ções climáticas.

A floresta portuguesa é um dos mais importantes recursos renováveis do País - um recurso que importa preservar e valorizar. A Caixa quer partici-par na construção de uma nova floresta em Portugal. Uma floresta constituída por espécies autóctones e gerida de forma activa e sustentável.

(27)

3,3 milhões de hectares, uma das maiores áreas da Europa. Isto não quererá dizer, porém, que “tudo são rosas”. Há demasiados eucaliptos em detrimento de outras espécies como, por exemplo, o pinheiro manso que, em tempos, cobria grande parte do litoral e hoje está, praticamente, confinado à península de Setúbal. Para além disto, e depois dos incêndios dos últimos verões, existe a necessidade de reflorestar, mas de maneira sustentada. E neste campo, iniciativas como a Floresta Caixa não são só importantes, são essenciais.

Distribuição: Beira interior, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve. Utilidade: A cortiça, que se extrai a cada década, sem risco para

a árvore, regenerável, é um dos grandes tesouros de Portugal.

Sobreiro (Quercus suber)

Distribuição: Trás-os-Montes, Minho e Beiras.

Utilidade: A castanha, o fruto desta árvore, constituiu a base da alimentação

portuguesa até ao século XVII. A madeira, (castanho) é de extrema qualidade e grande valor decorativo.

(28)
(29)

A NOSSA

MISSÃO

CONTINUA

CONSUMO SUSTENTÁVEL 28/29

A N O S S A M I S S Ã O C O N T I N U A

BOAS NOTÍCIAS INCENTIVAM O ESPÍRITO. E em matéria ambiental, os portu-gueses podem esboçar um sorriso orgulhoso com “as últimas”. No ranking do EPI 2008 (Environmental Performance Index), o relatório elaborado por uma equipa de especialistas da Yale University e da Columbia University, divulgado pelo World Economic Forum, que se reuniu, em finais de Janeiro, na cidade suíça de Davos, refere que somos o 18.º país, entre 149, que mais respeita o Ambiente e, de entre os 27 da UE, estamos à frente dos parceiros italianos, espanhóis, dinamarqueses, luxemburgueses e holandeses. O EPI avalia a qualidade ambiental e a vitalidade do ecossistema de cada país, utilizando 25 indicadores distribuídos por cinco catego-rias: qualidade ambiental, poluição do ar, água, biodiversidade e habitat, recursos naturais produtivos e alterações climáticas. Segundo o Ministério do Ambiente, este ano, Portugal ficou acima da média europeia em cinco das seis categorias. No mesmo dia em que se revelou o estudo, “a Comissão Europeia posiciona Portugal no Top 5, em termos de ambição nas políticas e metas para as energias renováveis no horizonte de 2020”.

Minimizar o problema de emissão de gases com efeito de estufa é uma prioridade global

mas que deve partir de cada um de nós. O consumo mais responsável e assente

em critérios ambientais e de sustentabilidade é uma solução que todos podemos

pôr em prática. O pouco que cada um contribuir é de suma importância.

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A N O S S A M I S S Ã O C O N T I N U A

Os bons resultados e a ambição ecológica merecem uma vénia e todo o empe-nho pessoal somará pontos à estratégia por um futuro melhor. Lembrando e relembrando boas práticas, vamos então mudar o mundo e tornar Portugal um território ainda mais aprazível e capaz de fixar, definitivamente, um desenvol-vimento sustentável. Na indústria, na agricultura, nas redes de transportes, nas grandes e pequenas empresas, nas nossas casas, nos hábitos diários, nas escolhas e aquisições que realizamos, incluir e atender aos princípios ecológi-cos é salvaguardar as gerações vindouras. É dar o exemplo aos mais novos, mas é, também, apoiar e incentivar os mais velhos, para quem as démarches de mudança pedem sempre mais tempo de adaptação. O uso racional da água e da energia é fundamental, sendo um contributo já amplamente divulgado, e que se repercute, directamente, em toda a vida do Planeta e dos seus habitantes. Mas há muito mais por onde podemos pegar.

EM CASA

A ÁGUA

A quantidade de água doce disponível no Planeta é ínfima e a reserva de água potável decresce a cada dia. Há locais onde, simplesmente, não existe. É o recurso natural do ecossistema terrestre mais ameaçado pela poluição. Sem água, nenhum ser sobrevive. Dependemos totalmente dela, daí a enor-me dificuldade em reduzir o seu consumo. Tudo o que implica gastá-la – banhos, lavagens, regas – faz-se com excesso. Outros processos têm de ser aplicados para POUPAR. Quantos e quantos litros de água são desperdiça-dos, enquanto pessoas morrem de sede noutros continentes? Autoclismos com capacidades que ultrapassam a necessidade? Uma garrafa de plástico com areia, ocupando boa parte do espaço, resolve o problema. Duches, lava-gens de dentes e de loiças sem a água a correr em permanência, e ir mais longe – com torneiras de fluxo reduzido ou reguladores aplicados às nor-mais. Lavar o carro? É na lavagem automática ou munindo-nos de um balde e esponja. Regas? Só depois de o sol se pôr e com água da chuva pré-arma-zenada, que também serve para recarregar autoclismos e dar aos animais. Tudo o que deitamos na água, com ela segue para o interior da terra, espalhan-do-se nos lençóis freáticos e, logo, nos rios e mares. Mesmo a que se evapora leva para a atmosfera os resíduos que contém, que, mais cedo ou mais tarde, regres-sarão, diluídos nas chuvas. Porque na cozinha e na casa-de-banho as descargas são inevitáveis, eleja detergentes e produtos de higiene que respeitem o ambiente, biodegradáveis ou mesmo biológicos, livres de químicos, à venda

Uma casa portuguesa

consome em média

1800kWh

de electricidade, por ano,

o que corresponde a 900kg de CO

2

.

3.

A CAIXA FAZ

,

O PLANETA AGRADECE

No que toca à redução de emissões, a instalação de painéis solares na cobertura do Edifício-Sede da Caixa, em Lisboa, constitui a maior Central Solar do país.

A instalação de 130 painéis solares térmicos em 1 600 m2da cobertura do Edifício-Sede, em Lisboa,

permite a produção de energia que será utilizada para aquecer água para sistemas de climatização e instalações sanitárias, poupando mais de 1 milhão de kWh de electricidade por ano (aproximadamente 5% do consumo global).

Simultaneamente, está a ser instalado um sistema de monitorização detalhada da energia produzida, que permitirá analisar o desempenho da instalação para posterior expansão a outros edifícios CGD que mostrem potencialidades para uso de energia solar. Os painéis solares, em conjunto com as restantes medidas de eficiência energética já implementadas pela Caixa, evitarão a emissão de 1 700 toneladas de CO2/ano.

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REGRESSO

AO PARAÍSO

O futuro da humanidade passará por acolher sistemas de permacultura, já implementados em vários países, através da agricultura e das eco-aldeias. A permacultura aplica-se em dife-rentes domínios. “O conceito foi desenvolvido há 30 anos por Bill Mollison e David Holmgren, dois ecologistas australianos, como resposta alternativa às agressões do Homem ao meio ambiente e, consequentemente, a si mesmo. Não são métodos novos nem se ‘reinventou a roda’, mas sim um retorno a práticas ancestrais de observação, respeito e trabalho em colabo-ração com a Natureza como um todo. É uma atitude de vida positiva que visa a sustentabili-dade agrícola, social, cultural e económica, através de métodos de planificação e concreti-zação apropriados, eficientes e produtivos, cujos padrões se assemelham ou imitam a Natureza.” Conheça melhor este mundo mara-vilhoso em www.nelsonavelar.com/permacul-tura, cujo autor se dedica ao tema, tendo já colaborado com organizações e escolas na sua divulgação.

nas lojas da especialidade. Não permita que a sanita seja caixote de lixo. Uma ponta de cigarro, por exemplo, contamina 30 litros de água. Reserve tintas, vernizes e óleos, contacte a sua autarquia para que esta proceda à recolha ou indique quem o fará. Quanto mais resíduos chegam às ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais), mais energia é gasta no respectivo tratamen-to. Se tem a sua horta, pomar ou jardim, evite químicos e adopte o modo bio-lógico ou abrace os sistemas da permacultura (ver caixa lateral). Todos ga-nham: a água, o ar, a fauna, a flora, ou seja, o Homem.

A ENERGIA

As fontes energéticas derivadas de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, são responsáveis pela emissão dos gases com efeito de estufa. Calcula-se que sejam a principal causa do aumento da temperatura e consequentes altera-ções climáticas. Reduzir o consumo de electricidade é urgente para diminuir quantidades de CO2na atmosfera. Recorrer a fontes de energia limpas e renová-veis já é a solução do presente. Para as casas, painéis solares que aquecem água e ambiente. A construção sustentável recorre a materiais amigos da Natureza, usa energias alternativas e é, por isso, providencial. Prefira a lareira aos calorí-feros eléctricos ou a gás. Fale à EDP (www.edp.pt) e opte pelo sistema bi-horá-rio, um serviço que reduz o preço do kWh em 45%, para determinados perío-dos do dia. Assim, pode poupar, realizando tarefas como lavagens de roupa e de loiça ou aproveitar para engomar, nas chamadas horas “de vazio”. Importante é cumprir os critérios de gestão, para sentir a real diferença.

1/3 da energia

consumida numa casa

advém do frigorífico.

Um Classe A ++ poupa

270kWh/ano

e emite

menos 135kg de CO

2

do que

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