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IV EREEC João Pessoa - PB 19 a 21 de setembro de 2017

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19 a 21 de setembro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO AMBIENTAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL:

A NECESSIDADE DA ADOÇÃO DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NA

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS NA CIDADE DE JOÃO PESSOA - PB

Rafael Santos Cruz (rafaelcruzengenharia@hotmail.com)

Ubaldo Rogério Alves dos Santos Monteiro (rogerio_ubaldo@hotmail.com) CayoIaslley Nunes de Lima (cayo_ita@hotmail.com)

Henrique Elias Pessoa Gutierres (hepg86@hotmail.com)

Resumo: A adoção de práticas ambientais na construção civil é de suma importância, já que o setor é um dos grandes responsáveis

pela maior parte dos resíduos produzidos nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A partir da seleção de vinte empresas que atuam na construção de edifícios de médio e alto padrão na cidade de João Pessoa, o presente trabalho tem o objetivo de analisar a inserção das práticas sustentáveis nas empresas de construção civil do município de João Pessoa. Alguns temas serão de suma importância para a compreensão desta temática, a exemplo da legislação ambiental aplicada ao setor da construção civil, certifi cação ambiental, gestão ambiental no canteiro de obras e o uso de materiais/equipamentos/práticas sustentáveis na entrega dos empreendimentos. A partir dos dados levantados, constata-se que nas construtoras da cidade de João Pessoa a gestão ambiental ainda necessita de avanços que proporcionem um aprimoramento desse tipo de prática.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Certifi cação ambiental. Gestão ambiental.

Abstract: The adoption of environmental practices in construction is of paramount importance, as the sector is one of the main

responsible for most of the waste produced in developed and developing countries. From the selection of twenty companies that work in the construction of medium and high standard buildings in the city of João Pessoa, the present work has the objective of analyze the insertion of sustainable practices in the construction companies of the municipality of João Pessoa. Some topics will be of great importance for understanding this issue, such as environmental legislation applied to the civil construction sector, environmental certifi cation, environmental management at the construction site and the use of sustainable materials / equipment / practices in the delivery of the projects. Based on the data collected, it is verifi ed that in the construction companies of the city of João Pessoa the environmental management still needs advances that provide an improvement of this type of practice.

Keywords: Sustainability. Environmental certifi cation. Environmental management.

INTRODUÇÃO

A gestão ambiental está presente na esfera pública em seus diferentes níveis (nacional, regional, esta-dual e municipal). Em nível empresarial, a gestão ambiental objetiva não só apenas atender aquilo que pre-conizam as leis e as normas, mas visa uma valorização da mesma perante o mercado. Ou seja, aspectos como desempenho ambiental, passivos ambientais e histórico ambiental são considerados no cotidiano empresarial (valor das ações, negociações de fusão e aquisição de empresas, ganho de mercados etc.). Assim, em décadas passadas, não se pensava a possibilidade de o setor empresarial incorporar o meio ambiente nas suas preocu-pações cotidianas.

Diversos ramos de atividades têm procurado inserir tal preocupação em suas atividades e na construção civil não é diferente, considerando que é de suma importância para um melhor uso dos recursos naturais. A ne-cessidade de incluir tais atividades ajuda a manter um equilíbrio mais harmonioso entre a população local e o meio ambiente, a fi m de diminuir a demanda por matérias-primas oriundas da natureza, racionalização no uso dos recursos e uma menor geração de resíduos.

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A preocupação sobre este assunto é percebida na cidade de João Pessoa, onde o mercado imobiliário cresceu de forma intensa nos últimos anos. Portanto, obrigando a gestão ambiental entrar na lista de preocu-pações deste setor. Esse tipo de gestão na construção civil deve incluir a preocupação com o cumprimento das exigências da legislação ambiental, acompanhamento do cumprimento das condicionantes das licenças am-bientais, envolvendo desde a etapa de concepção do projeto, passando pela fase da construção e considerando a entrega de um empreendimento que adote equipamentos e práticas sustentáveis durante toda a sua vida útil.

O presente trabalho abordará temas acerca de como as construtoras vem inserindo temas de sustentabili-dade em seus sites na internet, no canteiro de obra, no escritório, e serão apresentados dados resultantes de um levantamento sobre o histórico dos autos de infração aplicados as vinte empresas selecionadas. Alguns temas serão de suma importância para a compreensão desta temática, a exemplo da legislação ambiental aplicada ao setor da construção civil; certificação ambiental, gestão ambiental no canteiro de obras e o uso de equipamen-tos/práticas sustentáveis na entrega dos empreendimentos.

Esta pesquisa tem por objetivo analisar a inserção das práticas sustentáveis nas empresas de construção civil do município de João Pessoa. Portanto, será realizado uma sequência de etapas: verificar a legislação am-biental federal vigente e a legislação amam-biental do município, selecionar as principais construtoras atuantes no mercado da indústria da construção civil de João Pessoa, buscar atos de infração das construtoras selecionadas emitidas pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM), aplicar questionário e por fim tratar os dados obtidos.

1. METODOLOGIA

É necessário realizar levantamento e análise bibliográfica (livros, artigos de revistas científicas, disser-tações e legislação ambiental) e levantamento de dados junto a SUDEMA e a SEMAM no tocante aos autos de infração aplicados as vinte empresas selecionadas para a pesquisa. Assim como também, realizar um trabalho de campo desenvolvido por método de aplicação de questionário com representantes das construtoras atuantes na indústria da construção civil de João Pessoa, a respeito da gestão ambiental na construção de seus empre-endimentos. E pesquisar nos sites das empresas selecionadas a existência de canais de comunicação e práticas que remetam a preocupação com a gestão ambiental. Após a sistematização dos dados, estes serão apresenta-dos por meio de tabelas e gráficos.

2. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para realizar esta pesquisa contamos com um conjunto de 20 construtoras da cidade de João Pessoa-PB, que constroem edifícios residências verticais e horizontais e empreendimentos comerciais, empregando de 20 a 400 funcionários, aproximadamente, caracterizando em empresas de pequeno a grande porte. Porém não conseguimos obter respostas de todas, como pode ser visto na Tabela 1.

Tabela 1. Aplicação do questionário nas construtoras

Construtoras Sim Não Recolhimento do questionário

Construtora 01 X Construtora 02 X Construtora 03 X Construtora 04 X Construtora 05 X Construtora 06 X

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Construtoras Sim Não Recolhimento do questionário Construtora 09 X Construtora 10 X Construtora 11 X Construtora 12 X Construtora 13 X Construtora 14 X Construtora 15 X Construtora 16 X Construtora 17 X Construtora 18 X Construtora 19 X Construtora 20 X Fonte: Autores (2016).

Analisando a Tabela 1 acima, verificamos que das 20 construtoras em questão, em 40% aplicamos o questionário, 30% não responderam (entramos em contato, mais de uma vez, para marcar a aplicação do ques-tionário, como também deixamos a opção de deixar o questionário para recolhermos depois ou enviar por e-mail, mas mesmo assim não recebemos nenhum retorno) e em 30% recolhemos o questionário.

A seguir serão expostos os resultados obtidos através dos levantamentos realizados nos sites das vin-te empresas escolhidas, assim como os autos de infração lavrados pela SUDEMA e pela SEMAM nos últi-mos cinco anos (agosto/2011 a agosto/2016), resultantes de diversos fatos geradores e por seguinte, serão expostos e discutidos os dados obtidos na aplicação do questionário aos representantes das construtoras pesquisadas.

Gráfico 1. Construtoras que disponibilizam algum espaço em seus sites voltado ao meio ambiente e a responsabilidade social

Fonte: Autores (2016).

Analisando o Gráfico 1 percebe-se que no conjunto das 20 empresas, 76% delas não possuem nenhum espaço em seu site dedicado ao meio ambiente e a responsabilidade social. Através das pesquisas realizadas, constata-se que 35% das empresas possui alguma certificação, a exemplo do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), Alta Qualidade Ambiental (AQUA) e algumas das empresas em estudo estão em busca da certificação LEED através de um dos seus empreendimentos.

Também foi realizado um levantamento dos autos de infração aplicados pela SEMAM e pela SUDEMA as empresas selecionadas (Gráfico 2).

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Gráfico 2.

Autos de infração aplicados às construtoras do universo amostral

Fonte: SEMAM e SUDEMA. Org.: Autores (2016).

O levantamento realizado permitiu constatar que a maioria das empresas em estudo já foi autuada pela SEMAM e pela SUDEMA. Analisando o gráfico, nota-se que nos últimos cincos anos (compreendendo o perí-odo de agosto/2011 a agosto/2016) o maior número de autos de infração cometido pelas empresas em questão foi no ano de 2014. Vale destacar que 25% das empresas possuem mais de um auto no período analisado. Em relação aos fatos geradores dos autos aplicados, estão:

y “Instalar ou realizar obras em desacordo com a licença obtida ou contrariando as normas legais e re-gulamentos pertinentes”;

y “Construção obra (edificação multifamiliar com 69 apartamentos), considerado efetiva ou potencial-mente poluidor, sem licença ou autorização do órgão ambiental competente”;

y “Depositar Resíduos de Construção Civil (RCD) e materiais de resto de construção civil em local inadequado (Via pública). Em desacordo com a legislação em vigor”;

y “Obstruir ou dificultar a ação fiscalizadora da SEMAM”;

y “Utilizar e/ou funcionar equipamento produzindo poluição sonora para além do limite real da obra dentro de uma zona especialmente sensível a ruído (residencial)”.

Portanto, o que foi exposto anteriormente demonstra a importância do licenciamento ambiental para as empresas que constroem edifícios em João Pessoa, por se constituírem em dados oficiais, a partir da atuação do poder público no controle das atividades econômicas. Logo, entende-se que abordar e qualificar uma cons-trução ou empresa como seguidora de práticas sustentáveis passa também por levantar os dados no tocante ao licenciamento ambiental e ao cumprimento das condicionantes da licença ambiental.

1.1 Licenciamento ambiental

A legislação ambiental fornece os parâmetros que regem o empreendimento, assim como permite a iden-tificação das ações de manejo que deverão ser realizadas pelo empreendedor e pessoas envolvidas, para estar em conformidade com a legislação.

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De acordo com o Gráfico 3, somente a construtora 19 possui o setor de meio ambiente, no qual foi cria-do em 2012.

De acordo com os Gráficos 1, 2 e 3, percebe-se a necessidade de um maior empenho acerca do com-promisso com o meio ambiente. Isso pode ser notado com os índices de infração relatado no Gráfico 2, que esclarece que as empresas deveriam ter um setor de ambiente e canais abertos voltados a responsabilidade am-biental.

A construção civil é uma das mais importantes atividades para o crescimento econômico e social, mas é também considerada como grande causadora de impactos ambientais devido ao consumo de recursos naturais, modificação na paisagem e geração de resíduos. As empresas da construção civil devem implantar setores am-bientais para demonstrar sua contribuição com a proteção do meio ambiente. Para isto é preciso ser investido cada vez mais em programas tecnológicos que auxiliam no cumprimento das imposições legais, no controle de custos, produtividade, e na divulgação da imagem da instituição.

Notou-se que apenas 9 construtoras possuem um funcionário responsável pela área ambiental, e o cargo que apresentou maior frequência para esta função foi o técnico de segurança do trabalho. Das 9 construtoras, uma afirmou que o profissional responsável pela área ambiental era um advogado, contudo este funcionário não é o mais indicado para fazer este serviço, ficando a serviço da construtora contratar um funcionário que conheça as normas ambientais e suas peculiaridades.

O Projeto de Lei 1105/07, regulamenta a profissão de Técnico de Meio Ambiente. Seu objetivo é pro-porcionar a esses técnicos o reconhecimento e a regulamentação da profissão, fornecendo a eles um registro que lhes possibilite responder pelo exercício da atividade. Atualmente, os técnicos de Meio Ambiente vêm so-frendo uma grande desmotivação profissional, uma vez que o mercado está absorvendo técnicos em Segurança do Trabalho para exercer a profissão dos técnicos ambientais. Com isso, para exercer a profissão de técnico de meio ambiente, deve ter obrigatoriamente uma formação profissional adequada, não podendo o técnico de se-gurança de trabalho exercer esta função.

Pode-se afirmar também uma controvérsia, na maior parte das construtoras possui um profissional res-ponsável pela área ambiental, mesmo que todas não possuem o funcionário adequado para esta função, mas a maioria não se encontra um setor de meio ambiente. O que se percebe a necessidade de uma reestruturação nas questões ambientais da empresa.

As construtoras 08 e 20 fazem uso de serviços de empresa de consultoria ambiental, optando-se pelo a contratação ou não de um setor/funcionário responsável pela área ambiental.

A educação ambiental pode ser entendida com toda ação educativa que contribui para a formação de cidadãos conscientes da preservação do meio ambiente e aptos a tomar decisões coletivas sobre questões am-bientais necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável.

De acordo com os dados, 86% das construtoras promovem educação ambiental. Com isso, somente duas empresas – Construtora 02 e 10 – não promovem educação ambiental aos seus funcionários. E a maioria das construtoras afirmou que o Sinduscon não disponibiliza materiais/palestras de gestão ambiental.

O licenciamento ambiental é uma exigência legal a que estão sujeitos todos os empreendimentos ou ati-vidades que possam causar algum tipo de poluição ou degradação ao meio ambiente.

Analisando os dados colhidos, notou-se que todas as construtoras pesquisadas possuem um órgão res-ponsável pelo licenciamento ambiental, e que a maioria possui seus edifícios licenciados pela SEMAM ou SUDEMA. Tanto a SEMAM como a SUDEMA, em João Pessoa, podem proceder ao licenciamento ambien-tal dos edifícios. As empresas que responderam “ambos” na pesquisa, possuem edifícios licenciados pela SE-MAM e outros pela SUDEMA, ficando a critério da construtora qual órgão escolher.

Foi feito também um levantamento do acompanhamento do cumprimento das condicionantes, e das li-cenças ambientais obtidas pelas construtoras do município de João Pessoa, e declararam que todas têm este tipo de acompanhamento. Daí surge uma questão a ser avaliada, todas as empresas possuem tal acompanha-mento de acordo com a entrevista, mas nem todas possuem um profissional para fazer este serviço. Com isso, pode-se perceber um desacordo das respostas e um confrontamento de opiniões.

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Gráfico 4.

Empresas atuadas por órgãos de fiscalização ambiental

Fonte: Autores (2016).

Do total de 14 construtoras, 5 afirmaram que já foram atuadas pela fiscalização: construtora 02, atuada por falta de placa na obra; construtora 10, atuada pelo horário de trabalho; construtora 19, ruído no canteiro de obra; construtora 07, derrubada de árvore nativa e também por não expor certificado de licença de operação; construtora 12, terrenos por áreas em manejos ambientais. E duas construtoras não responderam se foram atu-adas pela fiscalização.

Pode-se também perceber uma contradição, de acordo com o Gráfico 2, a maioria das empresas foram atuadas pela fiscalização ambiental, e no Gráfico 4 mostra o contrário, nele afirma que 50% não foram atuadas. Com isso, as respostas não se confirmam.

Boa parte das empresas afirmaram que a frequência da fiscalização é anual (36%) e muito rigorosa (43%). 1.2 Certificação ambiental

A certificação ambiental é concedida a empresas que, nos processos de geração de seus produtos, res-peitam os dispositivos legais referentes às questões ambientais e apresentam determinados procedimentos exi-gidos pelo órgão certificador.

De acordo com os dados obtidos, foi observado que apenas 14% construtoras possuem certificação: construtora 19 (certificação ambiental), construtora 15, construtora 05 e construtora 06, possuem certificação de qualidade. Contudo, apenas a construtora 19 possui certificação AQUA, que obtiveram no ano de 2012 e 2015 e relataram que a construtora percebeu a necessidade de se obter uma certificação através da conscienti-zação ambiental e a diminuição dos desperdícios no uso de matérias-primas.

Pode-se perceber que o fator principal que dificulta a obtenção destas certificações é o seu alto custo. Pois precisa-se de um melhoramento da produção e execução da obra, no que requer altos investimentos. 1.3 Reutilização do entulho gerado

A construção civil é a maior geradora de resíduo em toda sociedade, seja ela, provenientes de constru-ções, reformas, reparos e demoliconstru-ções, mas a reutilização desses resíduos pode trazer vários benefícios econô-micos e ambientais, pois minimizam a extração dos recursos naturais, além de reduzir os níveis de poluição atmosférica elevados devido a extração e transporte da matéria prima, assim reduzindo o custo.

Observou-se que 64,29% das empresas em questão não reutilizam seus resíduos gerados, logo de acor-do com a pesquisa realizada (através das entrevistas), 78,57% das construtoras utilizam empresas terceiri-zadas para o destino final dos seus resíduos e 21,43% das construtoras destinam seus resíduos para aterros sanitários, assim essas empresas terceirizadas fazem a tiragem desses resíduos de acordo com as Resoluções CONAMA nº307 e nº 308. Dentre os resíduos reutilizados estão: madeira, metralha, aço, papelão, papel, plás-tico, latas de tintas.

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1.4 Materiais e produtos de menor impacto ambiental

Os materiais e produtos a serem utilizados em um empreendimento podem ser ditos sustentáveis quan-do incorporam aspecto de responsabilidade social e ambiental, ou seja, devemos escolher aqueles que contem certificado ou atestado que garantam a sustentabilidade.

Foi observado que 100% das empresas em questão utiliza piso intertravados em suas construções, elas também destacaram vidro laminado, uso de Dry Wall, portas pré-fabricadas como materiais e produtos de baixo impacto ambiental. Através dos dados obtidos em campo, constatou que 71,43% das construtoras se preocupam com a escolha do local para construção, dentre estas preocupações a maior delas foi atender a legislação (reso-luções, na esfera municipal) ambiental vigente, ou seja, as empresas estão se conscientizando, seguindo a lei. 1.5 Práticas sustentáveis

As empresas que se consideram sustentáveis devem adotar atitudes éticas, no qual visem seu crescimen-to sem agredir o meio ambiente como também colaborar para o desenvolvimencrescimen-to da sociedade. Assim adotar práticas sustentáveis pode trazer vários benefícios para as empresas, como: melhorar a imagem da empresa; economia, com redução do custo de produção, melhorar as condições ambientais do planeta, entre outros.

Observamos que 14,29% das empresas entrevistadas adotam práticas sustentáveis tanto no escritório co-mo no canteiro de obra, dentre as práticas utilizadas estão: reutilização de água, gestão de resíduos, economia de energia por painéis solares, educação ambiental, otimização de alvenarias, automação de sistemas, reuso de madeiras.

Para uma edificação ser sustentável, a construtora responsável por essa construção pode usar diversos mecanismos para tornar isso possível, dentre esse mecanismo está a prática adotadas na entrega do edifício, no qual o projeto será estudo para atender as necessidades do cliente como também diminuir o impacto ambiental, no gráfico a seguir mostrará essas práticas citadas pelas construtoras em nossa pesquisa.

Analisando os dados, percebeu-se que a prática mais utilizada na entrega dos edifícios são os sensores de movimento, mais além das práticas citadas acima e de acordo com a pesquisa realizada em campo podemos ci-tar: a tarifa verde, reduzindo o consumo em até 70%; sistema para redução do consumo da água; equipamentos com menor consumo energético, ou seja, são práticas que as construtoras estão buscando para inserir nas suas construções e claro, dando assim uma opção para que os clientes possa escolher por um ambiente no qual pro-voque menor impacto ambiental, mas de acordo com a pesquisa realizada 64,29% das empresas confirmaram que os clientes não procuram por práticas sustentáveis, sendo assim, em pleno século XXI, tanto os cidadãos como as empresas tem que saber a importância do meio ambiente, logo deve ser implementado nas escolas um ensino sobre a educação ambiental, pois assim, a população já terá, desde cedo, uma mente aberta sobre a cons-cientização ambiental e claro, neste caso irão obrigar as empresas a construírem edifícios 100% sustentáveis.

Segundo a pesquisa realizada, 92,86% das construtoras entrevistadas responderam que o meio ambiente é uma ótima oportunidade para negócio, ou seja, com o desenvolvimento da gestão ambiental, de acordo com as empresas pode trazer vários benefícios. Dentre eles os mais citados em síntese foram: conscientização am-biental, marketing, redução de custos, destaque no mercado, responsabilidade social.

Contudo, se as empresas adotarem práticas sustentáveis como optar por favorecer o uso de luz natural; buscar o equilíbrio entre iluminação e sistemas de ventilação naturais e artificiais; economizar água portável e reduzir as perdas no aproveitamento das águas de chuva, entre outras inúmeras práticas que existe e, além disso, utilizar produtos e materiais de menor impacto ambiental, as empresas estarão trazendo benefícios tanto para si mesmo como também para o planeta, pois indiretamente ela está promovendo uma educação ambien-tal, no qual é de suma importância para o meio ambiente.

CONCLUSÕES

Nas construções, a implantação dos sistemas de práticas sustentáveis vem sendo um passo decisivo no desenvolvimento nas construtoras, bem como a preservação do meio ambiente. Atualmente, este tema vem sendo amplamente difundido com o objetivo de melhorar a relação bem-estar e desenvolvimento.

Dessa forma, a partir dos dados levantados, constata-se que nas construtoras da cidade de João Pessoa, o tema da sustentabilidade ainda não se consolidou, e a maior parte das empresas, cerca de 80%, não têm um

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canal aberto com a população em suas páginas na internet. Com isso, notou-se que é preciso a sociedade local entender como o ramo da construção é vital ao desenvolvimento e suas peculiaridades gerais, a fim de ampliar o seu conhecimento acerca da sustentabilidade e acompanhar de perto o que acontece com o meio ambiente, se não forem adotadas medidas cabíveis de preservação.

Um ponto a ser considerado é no que se trata das infrações, de acordo com os estudos realizados, per-cebeu-se que a maioria das empresas já foi autuada, sejam elas de responsabilidade social (prejudicando o bem-estar da população), como também a de ordem ambiental (afetando o meio ambiente). Com isso, é neces-sário um maior rigor dos órgãos ambientais, bem como um maior comprometimento das construtoras acerca de assuntos que tratam da preservação do meio ambiente e sua inter-relação dentro da sociedade.

Através dos dados levantados para aperfeiçoar o entendimento da inserção das práticas sustentáveis nas empresas que constroem edifícios no município de João Pessoa, percebeu-se que a maioria das construtoras têm a preocupação em não ser punida legalmente e/ou administrativamente, com isso se licenciar ambiental-mente é prioridade, assim como também em atender a legislação ambiental vigente. Porém, é feito apenas o necessário, apesar da maioria das empresas vender uma imagem sustentável, apenas uma, possui certificação ambiental, pode-se então analisar que a certificação ambiental não é tida como um diferencial e sim como um custo adicional que neste momento de recessão financeira, não é viável.

Logo, é preciso que seja feito mais pelo meio ambiente, é notório que houve uma grande aceitação do “ecologicamente correto”, porém é preciso que a sustentabilidade seja um critério decisivo na compra de um imóvel para o consumidor, pois com isso as empresas terão que, cada vez mais, inserir práticas sustentáveis no canteiro de obra, no escritório, na entrega dos edifícios, para se destacar ambientalmente e consequentemente ganhar mercado, suprindo os consumidores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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