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III Seminário Internacional de Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico: Regularização Fundiária. Mesa 2 - Compra de Terras por Estrangeiros

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III Seminário Internacional de Governança de Terras e Desenvolvimento Econômico: Regularização Fundiária

(2)

Missão do IEB

O Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) é uma

instituição brasileira do terceiro setor dedicada a formar e

capacitar pessoas, bem como fortalecer organizações nas

áreas de manejo dos recursos naturais, gestão ambiental e

territorial e outros temas relacionados à sustentabilidade. O IEB

atua em rede, busca parcerias e promove a interação e

intercâmbio entre organizações da sociedade civil, associações

comunitárias, instâncias de governo e o setor privado.

(3)

Território das Ações de Promoção da Regularização

Fundiária do IEB no sul do Amazonas

(4)

Situação-Problema: Insegurança Fundiária na Amazônia

(5)

Situação-Problema: Insegurança

Fundiária sul do Amazonas

(6)

Frentes de Atuação do IEB no

Debate Fundiário

• Várzea = SPU

(“Programa Nossa

Várzea”)

• Terra Firme = SERFAL

(Programa “Terra Legal”)

Interação com

Políticas Públicas

• “Fórum Diálogo

Amazonas”

• Observatório Territorial e

Ambiental do Sul do

Amazonas

Iniciativas/

Inovações IEB

• Módulo SIGEF Destinação

• Reg Fundiária e Ambiental

(Boca do Acre e Lábrea/

AM)

Parcerias Recentes

Parceiros Sociedade Civil: CPT e CNS

(7)

Índice Apresentação

Terras para Estrangeiros

-1.

Informações Gerais e Alguns Dados

2.

Mercado de Terras e Novos Arranjos Jurídicos e de

Negócios

3.

Histórico Legislativo e Pauta no Judiciário

4.

Contexto Político-Legislativo Atual

(8)

• Mercado de Commodities Global = geração de divisa, impactos

sobre uso da terra, escala, influência na balança comercial mundial, tensão entre modos de domínio e sistemas possessórios,

transformações do agrário

• Conjuntura financeira (bolsas de valores e mercado de fundos),

ambiental (mudanças climáticas), alimentar (custo de produção de alimentos) e energética (busca de fontes alternativas de energia) = investimentos no setor agropecuário, tanto para a produção de commodities agrícolas, como no mercado especulativo-imobiliário-patrimonial.

• Terra (produtiva ||| especulativa) = disputa geopolítica, expansão de fronteiras, conflitos agrários e por direitos de várias sortes,

impactos sobre modos de vida, disputas pelo acesso e posse das terras e recursos naturais, reserva de mercado

- Informações Gerais e

Alguns Dados

(9)

-• O aumento do crédito

: i) alta de liquidez de títulos + ii) fundos especulativos = ampliação artificial da riqueza financeira, que se expandiu a uma taxa muito mais elevada do que a da produção, ou riqueza real

• A transferência de terras agricultáveis era da ordem de quatro milhões de hectares por ano antes de 2008, sendo que, entre

outubro de 2008 e agosto de 2009, teriam sido comercializados mais de 45 milhões de hectares, 75% destes na África e outros 3,6 milhões de hectares no Brasil e Argentina (BANCO MUNDIAL, 2010)

• “Narrativa da tecnologia”

as Flex Crops e fenômenos de

reprimarização da economia = Uso múltiplo, combinado com ao centralidade do “progresso da ciência e tecnologia” e a

financeirização da agricultura (Sauer, 2016)

 Uso Mútiplo Produtivo: alimento, ração, combustível, fbra, matéria industrial, etc.

 “4Fs”: food (alimentos), fiber(fibras/ração), forest (floresta) e fuel (combustível ou energia)

- Informações Gerais e

Alguns Dados

(10)

-• Falta de Informações

sobre Pessoas Grupos e Estrangeiros

Proprietários de terra no Brasil (temática do

Cadastro

e

Registro

):

 “Segundo dados do Incra estrangeiros possuem 2,8 milhões de hectares de terras no Brasil, uma área um pouco maior que a do Estado de Alagoas e equivalente a 4,5% das áreas agricultáveis do país” (BBC Brasil)

 “De acordo com o Incra, 7710 imóveis rurais brasileiros estão nas mãos de

estrangeiros, o que equivale a 1.550.120,36 hectares. Os números são dos cadastros feitos a partir de 2003, quando começou a separação entre proprietários nacionais e estrangeiros” (Canal Rural).

 “De acordo com dados do INCRA, estrangeiros são donos de 4,35 milhões de

hectares no Brasil, distribuídos por 3.689 municípios, principalmente em Mato Grosso (20%), Mato Grosso do Sul (11,7%) e São Paulo (13,5%). A área representa 0,47% do território nacional e é equivalente ao Estado do Rio Grande do Norte. Japoneses detêm 23% do total de propriedades em mãos estrangeiras, seguidos pela Itália (7%), Estados Unidos (1%), Argentina (1%) e China (1%). (Estado de São Paulo)

• Escassez de informações

: cruzamento entre origem do

capital, data de aquisição, o tamanho do imóvel e sua

localização geográfica.

- Informações Gerais e

Alguns Dados

(11)

-• “Novos-Velhos” Arranjos: Holdings, Fundos de Investimento, Joint Ventures e Tradders (principalmente a partir de 2008)

• Principais Setores

soja/milho (MT/ PA, sul e sudeste, Matopiba),

cana (SP, MG e PR e região NE) | Agrocombustíveis = ~ 6,4 milhões ha

silvicultura (BA, ES, MA).

• Novos arranjos de figuras jurídicas ||| formas não reguladas de se fazer negócios ||| Controle Estatal e Social (Politicas de

Salvaguardas x Expansão de Mercados):

 Casos de esbulho e grilagem

Registro e Controle - não há registros formais em aproximadamente 20%

do território brasileiro (SAMPAIO et al., 2013)

 Ex: TIEF-CREEF, Cosan/ Radar, “El Tejar/ O Tellhar” (Motivação Parecer AGU)

- Mercado de Terras e Novos

Arranjos Jurídicos e de Negócios

(12)

-- Mercado de Terras e Novos

Arranjos Jurídicos e de Negócios

(13)

-• Histórico parlamentar no tema "terras para estrangeiro“

Histórico Legislativo

-Lei nº 4.131/ 1962 Lei nº 5.709/ 1971 Constituição/ 1988 1. PL nº 2.289/ 2007 2. PL nº 2.376/ 2007 3. PL nº 3.483/ 2008 4. PL nº 4.240/ 2008 5. PL nº 4.059/ 2012 6. PL nº 1.053/ 2015 7. PL nº 6.379/ 2016 PL nº 2.289/ 2007 Apensos ao

(14)

Histórico Legislativo

Terras para Estrangeiros

-Resumo

Proposituras Legislativas de

1962 à 2016

“Tangenciando” o tema

X

Enfrentamento Político e

Resolução Juridica

(15)

“Parecer AGU” e interpretação da Lei 5.709/1971: Ementa:

“Aquisição de terras por estrangeiros. Revisão do Parecer GQ-181, de 1998, publicado no Diário Oficial em 22.01.99, e GQ-22, de 1994. Recepção do § 1º do art. 1º da Lei nº 5.709, de 1971, à luz da Constituição Federal de 1988.

Equiparação de empresa brasileira cuja maioria do capital social esteja nas mãos de estrangeiros não-residentes ou de pessoas jurídicas estrangeiras não autorizadas a funcionar no Brasil, à empresas estrangeiras.”

(16)

“Parecer AGU” e interpretação da Lei 5.709/1971: Principais Aspectos:

• Venda restrita por 23 anos, de 1971 a 1994

• Em 1994 um parecer da AGU liberou empresas internacionais a comprarem imóveis no Brasil

• Esta interpretação durou até 2010, quando uma nova decisão da AGU revogou o parecer anterior e retomou o entendimento da lei 5.709 de 1971  Princípio da soberania (artigo 171 da Constituição Federal)

• Outras Interpretações importantes:

 i) a soma das áreas rurais controladas por estrangeiros não pode ultrapassar 25% da superfície do município;

 ii) a área comprada por pessoas jurídicas estrangeiras não pode ultrapassar 50 “Módulos de Exploração Indefinida” (MEI)

 A aquisição de imóveis rurais com mais de 3 e menos de 50 MEI com autorização do Incra

 Cartórios – Repasse info

(17)

• MAPA - Blairo Maggi: restrições no caso das chamadas “culturas anuais”, como soja e milho - dois dos principais produtos de

exportação do Brasil

• Receio que fundos estrangeiros possam adquirir parcela substancial da área destinada à soja e milho, e em determinado ano, em

função de preços mais baixos no mercado internacional, decidam não plantar = Debate sobre Uso do Solo

• Setor de Celulose = Empresas brasileiras com capital aberto, patrimônio dessas empresas é em terras, regularização de

investidores estrangeiros em seu capital social-patrimonial. Inversão em patrimônio

• MF - Henrique Meirelles: esforço na retomada da economia e impulso ao agronegócio. Proposta em debate. Possibilidade via

Medida Provisória. Proposição do executivo para o Legislativo

Contexto político-legislativo atual

Do Executivo para o Congresso

(18)

-• “MP das Concessões de Transportes – Contratos de Concessão

• Jabuti Parlamentar (Contrabando Legislativo) = Inclusão de um artigo na medida provisória 752, pretende isentar os bancos de qualquer punição

em casos nos quais ações ilegais de desmatamento estejam apoiadas em financiamentos dados por essas instituições financeiras.

Contexto político-legislativo atual

- PL 3.729/

2004-• O texto acaba com a obrigatoriedade de licenciamento ambiental para diversos tipos de empreendimentos (asfaltamento de rodovias, dragagem de portos, obras de saneamento, transmissão de energia, manutenção de portos e agropecuária extensiva)

• Lobby setores produtivos: agropecuário extensivo e o industrial

• Sistema de “Regras e prazos” versus “Desenvolvimento Econômico” • Poder decisório para Órgãos Licenciadores Estaduais

• Praticamente acaba com o Licenciamento arqueológico

• Aguardando parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da CD

(19)

-• Redução de UCs no Pará e Santa Catarina

• Se as MPs forem sancionadas, o Parque Nacional do Jamanxim perderá 101 mil hectares, quase 12% de sua extensão, e a Floresta Nacional do Jamanxim, 486 mil hectares, quase 37% da área (ambos ficam no Pará) • O Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina, também

perderá 10,4 mil hectares, cerca de 20% de sua extensão original.

Contexto político-legislativo atual

MP 756 e MP 758

(20)

-Contexto

político-legislativo atual

MP 756 e MP 758

(21)

-IEB lista as 6 principais alterações propostas pela

MP 759

(http://www.iieb.org.br/index.php/notcias/ieb-lista-os-oito-pontos-mais-criticos-da-mp-759/) 1) Artigo 6º, §1º, da Lei nº 11.952/2009:

Áreas passíveis de regularização de 1.500 ha para 2.500 ha.

2) Artigo 15, §§ 4º e 5º, da Lei nº 11.952/2009:

Caem as cláusulas resolutivas de natureza ambiental 3) Artigo 40-A, da Lei nº 11.952/2009:

Ampliação do “Terra Legal” para fora da Amazônia Legal

4) Artigo 12, § 1º, Da Lei nº 11.952/2009:

Os índices redutores, que levariam em conta a PPR – “Planilha de Preços

Referenciais), caem da faixa de 10% a 80%, para uma proporção entre 10% a 50% do valor da terra nua. Sai a “PPR” do texto e a “Pauta de Valores da

Terra Nua”,

5) Artigo 5º, § 7º, da Lei nº 8.629/1993:

Áreas adquiridas pelo INCRA via “compra e venda ou por arrematação judicial”, poderá ser feita em dinheiro, facultando o pagamento via TDA 6) Artigo 2º, da Lei nº 11.952/2009:

Redefine o conceito de “exploração direta”, que passa a incluir a atividade econômica exercida por Pessoa Jurídica.

Contexto político-legislativo atual

MP 759

(22)

-• O i) acesso a terra a terra faz parte do negócio = vantagens

competitivas dos “agronegócios” (preço, localização, custos com regularização fundiária e ambiental, mapas de custo).

• Tenciona com ii) premissas constitucionais e com grupos de representatividade politico-parlamentar:

 Soberania Nacional  militares

 Segurança Alimentar/ Uso da Terra  produtores rurais (peq méd gran)

 Função Social da Terra  produtores rurais (peq e méd)

• Valor do iii) crédito internacional para investimento no agronegócio no Brasil: Competição com os custos da produção primária brasileira • Conceitos e Discursos da Politica de Planejamento e Gestão Atual:

iv) segurança jurídica, v) governança fundiária e vi) ativo

fundiário

(23)

• vii) Desmatamento: a expansão da soja e da cana, front de

expansão da fronteira da pecuária para a Amazônia. Ordenamento Territorial em larga Escala e o papel da Regularização Fundiária

• Reconhecimento de viii) direitos e reinvindicações territoriais:

camponeses, indígenas e populações tradicionais

• ix) Arrendamento de terras:

 Definição de Marcos Legais

 Protocolos administrativos de controle e fiscalização  Questões Trabalhistas

 Regras de Utilização de Insumos

 Arrendamento em Terras (ex: Paresi/MT, Macuxi/RR, Kaigang/ PR e SC)

(24)

Obrigado!

André Segura Tomasi

andre@iieb.org.br

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Referências

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