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Impostos em espécie Irapuã Beltrão

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Academic year: 2021

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Impostos em espécie

Irapuã Beltrão

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Histórico

▪ Imposto de Guerra na Inglaterra (1798)

▪ Importância arrecadatória no período entre guerras ▪ Criado no Brasil pela Lei nº 4.625 de 1922

Lei 4.625 de 1922 - Art. 31. Fica instituido o imposto geral sobre a renda, que será, devido, annualmente, por toda a pessoa physica ou juridica, residente no territorio do paiz, e incidirá, em cada caso, sobre o conjunto liquido dos rendimentos de qualquer origem.

▪ Competência federal na Constituição de 1934

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• Competência/ Sujeito ativo: União Federal (Secretaria da Receita Federal) – art. 153, III, CRFB (desde a Constituição de 1934 – art. 6º, I c)

• Finalidade: Prioritariamente fiscal, apresentando caráter extrafiscal.

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Competência da União – art. 153, III, CF/88

Legislação infra constitucional: ▪Arts. 43/45 CTN

▪IRPF – Leis 7.713/88, 9250/95, etc. ▪IRPJ – Leis 8.981/95, 9430/96, etc.

Decreto 3000/99 – regulamento* do IRPF e IRPJ → recentemente substituído pelo Decreto nª 9.580, de 22.11.2018

*Tributação, arrecadação, fiscalização e administração

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▪ Não se aplica a regra da noventena , mas submete-se anterioridade do exercício (art. 150, § 1º, CRFB)

ART. 150, III, “b” e §1º CF:

IR está sujeito à anterioridade de exercício mas não está sujeito à anterioridade nonagesimal

Imposto de Renda – perfil constitucional

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Características

▪ Finalidade Fiscal (ao lado do IPI, representa a maior arrecadação da Receita Federal) ▪ Pessoal – considera a capacidade econômica do contribuinte em si

▪ Direto – Não comporta repercussão tributária

▪ Sujeita-se a todos os princípios constitucionais, com exceção da anterioridade nonagesimal.

Imposto de Renda – perfil constitucional

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▪ União não poderá tributar a renda dos agentes públicos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, assim como rendimentos das obrigações da dívida pública, em níveis superiores aos fixados para os seus agentes e obrigações

(art. 151, II, CRFB)

Imposto de Renda – perfil constitucional

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Critérios constitucionais (Art. 153, §2 º CRFB): ▪ generalidade;

▪ universalidade; ▪ Progressividade.

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Imposto de Renda – perfil constitucional

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• Competência/ Sujeito ativo: União Federal (Secretaria da Receita Federal) – art. 153, III, CRFB (desde a Constituição de 1934 – art. 6º, I c)

• Finalidade: Prioritariamente fiscal, apresentando caráter extrafiscal.

Histórica repartição das receitas com as demais unidades federativas

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Art. 15, IV Constituição de 1946.

§ 4º - A União entregará aos Municípios, excluídos os das Capitais, dez por cento do total que arrecadar do

imposto de que trata o nº IV, feita a distribuição em partes iguais e aplicando-se, pelo menos, metade da

importância em benefícios de ordem rural.

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Art. 15, IV Constituição de 1946.

§ 5º A União entregará igualmente aos municípios 15% (quinze por cento) do total que arrecadar do impôsto de

que trata o nº IV, feita a distribuição em partes iguais, devendo o pagamento a cada município ser feito

integralmente, de uma só vez, durante o terceiro trimestre de cada ano.

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1961)

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Art. 8º, II Emenda n. 18, de 1965.

Art. 21. Do produto da arrecadação dos impostos a que se referem o artigo 8º, nº II, e o art. 11, 80% (oitenta por

cento) constituem receita da União e o restante distribuir-se-á à razão de 10% (dez por cento) ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, e 10% (dez por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios.

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Código Tributário Nacional – Lei nº 5.172, de 1966

Art. 85. Serão distribuídos pela União: (...) II - aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, o produto da arrecadação, na fonte, do imposto a que se refere o artigo 43, incidente sobre a renda das obrigações de sua dívida pública e sobre os proventos dos seus servidores e dos de suas autarquias.

Art. 86. Do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 43 e 46, 80% (oitenta por cento) constituem a receita da União e o restante será distribuído à razão de 10% (dez por cento) ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e 10 % (dez por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios.

Parágrafo único. Para cálculo da percentagem destinada aos Fundos de Participação, exclui-se do produto da arrecadação do imposto a que se refere o artigo 43 a parcela distribuída nos termos do inciso II do artigo anterior.

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Imposto de Renda – distribuição das receitas

Revogado pela Lei

Complementar n. 143, de 2013

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Constituição Federal – redação original de 1988

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

Art. 158. Pertencem aos Municípios:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

Art. 159 . O montante arrecadado é distribuído da seguinte forma (art. 159, I, CF): a) 21,5% aos Estados e DF

b) 22,5% aos Municípios

c) 3% aos programas de incentivos das Regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, ficando assegurada ao semiárido do Nordeste a metade destes recursos

§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.

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Constituição Federal – após duas emendas

Art. 159 CRFB/88. O montante arrecadado é distribuído da seguinte forma (art. 159, I, CF):

a) 21,5% aos Estados e DF b) 22,5% aos Municípios

+ 1% (dez – EC 55/2007)+ 1% (jul – EC 84/2014 )

c) 3% aos programas de incentivos das Regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, ficando assegurada ao semiárido do Nordeste a metade destes recursos

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Produto do capital, do trabalho ou da sua combinação Renda-produto

Comparação do patrimônio em dois momentos - Havendo acréscimo (variação positiva), há renda

Renda-acréscimo

Problema:não explica a incidência do imposto sobre o ganhador da loteria - Inexistência de “fonte permanente” nos ganhos eventuais (“windfall gains”)

Problema: não explica o contribuinte que gasta tudo entre os dois momentos - Neste caso, a situação patrimonial seria idêntica nos dois momentos

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CTN – Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador aaquisição da disponibilidadeeconômica ou jurídica:

I - derenda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

II - deproventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

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 aquisição = ato de adquirir, obter, conseguir, passar a ter.

 disponibilidade = qualidade ou estado daquilo que é disponível, do que pode ser usado sem obstáculos.

Critério material do fato gerador do IR não alcança a mera expectativa de ganho futuro ou em potencial. Não é aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica se estar de posse de numerário de outrem.

Elemento material do IR: Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica (de acréscimo patrimonial) produto do capital ou do trabalho, ainda da combinação de ambos ou de qualquer outra causa (atividade já cessada).

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Imposto de Renda

disponibilidade econômica consiste no recebimento efetivo da renda, ou seja, do valor que é acrescentado ao patrimônio do qual o contribuinte é titular. Acréscimo patrimonial decorrente de uma situação de fato ....

disponibilidade jurídicaconsiste na possibilidade de utilizar a renda ou os proventos que tenham sido obtidos em consonância com o direito.

*Disponibilidade econômica é adquirida com o efetivo recebimento da renda e a disponibilidade jurídica ocorre com o crédito. A renda não se confunde com sua disponibilidade. Pode haver renda, mas esta não ser disponível para o seu titular. O fato gerador do IR não é a renda, mas a aquisição da disponibilidade da renda ou dos proventos de qualquer natureza. Não basta ser credor da renda se esta não está disponível, e a disponibilidade pressupõe ausência de obstáculos jurídicos a serem removidos. (Hugo de Brito Machado)

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OBS: Para configurar o FG, a renda e os proventos de qualquer natureza devem estar disponíveis para o contribuinte.

Pode ser:

Disponibilidade econômica(Regime de caixa): caracteriza a aquisição da moeda. Ex.: venda de mercadoria à vista

Disponibilidade jurídica(Regime de Competência): caracteriza a aquisição de direito de obter a moeda. Ex: venda de mercadoria à prazo através de duplicata

Disponibilidade jurídica

Lei 7.713/88, Art. 35. O sócio quotista, o acionista ou titular da empresa individual ficará sujeito ao imposto de renda na fonte, à alíquota de oito por cento, calculado com base no lucro líquido apurado pelas pessoas jurídicas na data do encerramento do período-base. (Vide RSF nº 82, de 1996)

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Elementos do seu fato gerador:

Elemento material – art. 43 do CTN – Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica - rendas ou proventos de qualquer natureza:

*aquisição = ato de adquirir, obter, conseguir, passar a ter.

*disponibilidade = qualidade ou estado daquilo que é disponível, do que pode ser usado sem obstáculos.

Critério material do fato gerador do IR não alcança a mera expectativa de ganho futuro ou em potencial. Não é aquisição de disponibilidade econômica ou jurídica se estar de posse de numerário de outrem.

Elemento material do IR: Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica (de acréscimo patrimonial) produto do capital ou do trabalho, ainda da combinação de ambos ou de qualquer outra causa (atividade já cessada).

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Elementos do seu fato gerador:

Elemento material – art. 43 do CTN – Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica - rendas ou proventos de qualquer natureza:

*aquisição = ato de adquirir, obter, conseguir, passar a ter.

*disponibilidade = qualidade ou estado daquilo que é disponível, do que pode ser usado sem obstáculos.

LC 104/2001 → parágrafos 1º e 2º ao artigo 43 do CTN

"§ 1º A incidência do imposto ‘localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção." "§ 2º Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo."

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Imposto de Renda – fato gerador

CTN adota teoria abrangente da renda (Art. 43 I e II do Código Tributário Nacional)

ou Fato

Gerador

Aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica da:

Renda-produto

Renda-acréscimo

Evita discussão sobre a necessidade ou não de efetivo ingresso financeiro Basta que se demonstre que a renda está “disponível”

(manifestação de riqueza – capacidade contributiva)

Disponibilidade

Direito incontestável ao ingresso financeiro (ainda que ele não ocorra) Exemplo: crédito vencido já é renda tributável, mesmo que não exigida

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Imposto de Renda – fato gerador

Conceito de Renda

Supremo Tribunal Federal no RE n.º 117.887-6/SP trouxe as seguintes balizas:

• a expressão “renda e provento de qualquer natureza” significa sempre “acréscimo patrimonial”.

• Min. Carlos Velloso: “não me parece possível a afirmativa no sentido de que possa existir renda ou provento sem que haja acréscimo patrimonial”.

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• Fato gerador: aquisição de renda e proventos de qualquer natureza (art. 43, CTN). Renda: é fruto do capital, trabalho ou da combinação de ambos.

capital: juros, aluguéis, dividendos

trabalho: salários, honorários, vencimentos, soldos, pró-labore

combinação: máquinas, instalações, mercadorias, matérias-primas em combinação com a mão-de-obra, caracterizando a atividade empresarial

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Renda (acréscimo patrimonial: resultado do encontro entre receitas e despesas) X

Receita (qualquer quantia recebida)

Renda renda líquida

• Pessoa física – rendimentos líquidos (observância do mínimo existencial, consideração das despesas necessárias) • Pessoa jurídica – lucro (pressupõe dedução das despesas necessárias para a produção do resultado)

Renda – conceito constitucional

Imposto de Renda – fato gerador

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Proventos de qualquer natureza: acréscimos patrimoniais não resultantes da aplicação de capital, trabalho ou

combinação de ambos.

Exemplos: ganhos em loterias, heranças, achados, propinas, produtos do roubo, apropriações indevidas, testamentos, etc.

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Princípio do “Non Olet”

Habeas corpus. Penal. Processual penal. Crime contra a ordem tributária. Artigo 1º, I, da Lei nº 8.137/90. Desclassificação para tipo previsto no art. 2º, inciso I, da indigitada lei. Questão não analisada pelo Superior Tribunal de Justiça. Supressão de instância. Inadmissibilidade. Precedentes. Alegada atipicidade da conduta baseada na circunstância de que os valores movimentados nas contas bancárias do paciente seriam provenientes de contravenção penal. Artigo 58 do Decreto-Lei nº 6.259/44 - Jogo do Bicho. Possibilidade jurídica de tributação sobre valores oriundos de prática ou atividade ilícita. Princípio do Direito Tributário do non olet. Precedente. Ordem parcialmente conhecida e denegada.

1. A pretendida desclassificação do tipo previsto no art. 1º, inciso I, para art. 2º, inciso I, da Lei nº 8.137/90 não foi analisada pelo Superior Tribunal de Justiça. Com efeito sua análise neste ensejo configuraria, na linha de precedentes, verdadeira supressão de instância, o que não se admite.

2. A jurisprudência da Corte, à luz do art. 118 do Código Tributário Nacional, assentou entendimento de ser possível a tributação de renda obtida em razão de atividade ilícita, visto que a definição legal do fato gerador é interpretada com abstração da validade jurídica do ato efetivamente praticado, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Princípio do non olet. Vide o HC nº 77.530/RS, (…).

3. Ordem parcialmente conhecida e denegada. (STF – HC 94240, 1a. Turma, rel. Min. Dias Toffoli, j. em 23.8.2011)

Imposto de Renda – fato gerador

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Princípio do “Non Olet”

EMENTA: Sonegação fiscal de lucro advindo de atividade criminosa: "non olet". Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas, com lucros vultosos subtraídos à contabilização regular das empresas e subtraídos à declaração de rendimentos: caracterização, em tese, de crime de sonegação fiscal, a acarretar a competência da Justiça Federal e atrair pela conexão, o tráfico de entorpecentes: irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, da renda subtraída à tributação. A exoneração tributária dos resultados econômicos de fato criminoso - antes de ser corolário do princípio da moralidade - constitui violação do princípio de isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética. (STF - HC 77530, 1ª. Turma, rel. Min. Sepulveda Pertence, j. em 25.8.1998)

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Imposto de Renda - Indenizações são acréscimos ?

• Súmula 125 STJ. O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviçonãoestasujeito à incidênciado imposto de renda. • Súmula 136 STJ. O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço nãoestásujeito ao imposto de renda.

• Súmula 215 STJ. A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência do imposto de renda.

• Súmula 386 STJ.São isentasde imposto de renda as indenizações de férias proporcionais e o respectivo adicional. • Súmula 498 STJ -Não incideimposto de renda sobre a indenização por danos morais.

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Imposto de Renda - Indenizações são acréscimos ?

NÃO INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE INDENIZAÇÃO DECORRENTE DE DESAPROPRIAÇÃO. A jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça entende que não incide Imposto de Renda sobre a verba recebida a título de indenização decorrente de desapropriação, seja por necessidade ou utilidade pública, seja por interesse social, por não constituir ganho ou acréscimo patrimonial (AgRg no Resp 1.266.748/RS, rel. Min. Herman Benjamin; j. em 11-4-2013.

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• Situações específicas:

Súmula 262 STJ. Incide o imposto de renda sobre o resultado das aplicações financeiras realizadas pelas cooperativas.

Súmula 463 STJ. Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo.

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CTN – Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador aaquisição da disponibilidadeeconômica ou jurídica:

I - derenda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

II - deproventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

F A T O G E R A D O R

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Critério Material – Pessoa Física

IRPF - Mensal - Auferir renda proveniente do exterior ou de PF;

IRPF - Anual - Auferir renda, exceto rendimentos sujeitos a tributação exclusiva/definitiva; IRPF - Ganhos de Capital - Auferir ganhos de capital na alienação de bens;

IRPF - Aplicações Financeiras - Pagar rendimentos a PF sujeitas a ajuste na declaração anual; IRPF - Exclusivo- Pagar rendimentos a PF sujeitas a tributação exclusiva fonte.

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Rendimentos Tributáveis

• Todo produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

• Alimentos e pensões;

• Proventos de qualquer natureza (acréscimos patrimoniais não correspondentes aos rendimentos declarados);

• Tributação no mês do recebimento dos rendimentos (pagamento ou crédito, o primeiro que ocorrer).

Imposto de Renda - PF

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Rendimentos Tributáveis

Exemplos:

• Rendimentos do Trabalho; • Rendimentos de Aluguéis;

• Rendimentos de Pensão Judicial;

• Resultado Tributável da Atividade Rural; • Rendimentos Recebidos Acumuladamente;

• Outros rendimentos (perdão de dívida, multas por rescisão de contratos, acréscimo patrimonial injustificado).

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Rendimentos do Trabalho Assalariado ou Não Assalariado

São todas as formas de remuneração por trabalho ou serviços prestados, com ou sem vínculo empregatício, tais como:

• Salários e ordenados (inclusive férias), vencimentos, vantagens, subsídios, diárias de comparecimento, bolsas de estudo e pesquisas, proventos de aposentadoria, pensões civis e militares, retiradas, gratificações e participações no lucro, verbas de representação e remuneração de estagiários;

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Rendimentos do Trabalho Assalariado ou Não Assalariado

Recebidos por titular/sócios de pessoa jurídica, inclusive ME e EPP e sociedades civis, a título de remuneração pela prestação de serviços, pró-labore e aluguéis;

• Despesas ou encargos pagos pelos empregadores em favor do empregado, tais como aluguéis, contribuições previdenciárias, imposto de renda, seguro de vida, despesas de locomoção.

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Rendimentos do Trabalho Assalariado ou Não Assalariado

São todas as formas de remuneração por trabalho ou serviços prestados, com ou sem vínculo empregatício, tais como

:

• Benefícios recebidos de entidades de previdência privada, inclusive resgate de contribuições;

• Honorários de autônomo (médico, dentista, engenheiro, advogado, professor, economista, contador, pintor); • Direitos autorais recebidos pelo próprio autor;

• Comissões e corretagens;

• Seguro de vida do empregado pago pelo empregador.

Imposto de Renda - PF

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Rendimentos de Aluguéis

São tributáveis os rendimentos considerados como aluguéis decorrentes da ocupação, uso ou exploração de bens corpóreos, móveis ou imóveis, tais como:

• Locação ou sublocação, arrendamento ou subarrendamento, direito de uso ou passagem de terrenos, de pastos naturais ou artificiais, seus acrescidos e benfeitorias.

• Direito de uso ou aproveitamento de águas ou de fontes hidráulicas; • Direito de uso ou exploração de películas cinematográficas;

• Direito de exploração de conjuntos industriais;

• Direito de uso ou exploração de outros bens móveis de qualquer natureza.

Imposto de Renda - PF

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Rendimentos de Aluguéis

IMPORTANTE

São também considerados aluguéis:

• Juros de mora e multas por rescisão de contrato de locação;

• Quaisquer outras compensações pelo atraso no pagamento, inclusive atualização monetária.

Imposto de Renda - PF

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Formas de Apuração e Recolhimento do IRPF

1-Imposto sobre a Renda na Fonte por Antecipação(IRF-A)

2- Imposto sobre a Renda na Fonte Exclusivo(IRF-E)

3- Imposto sobre a Renda porAlíquota Fixa

4- Recolhimento Mensal Obrigatório(RMO) 5-Complementação Anual Obrigatória(CAO)

6- Recolhimento Complementar Facultativo(RCF)

Imposto de Renda - PF

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Fonte pagadora

Obrigação de calcular e descontar o valor do imposto Regra geral: pagamentos efetuados por PJ para pessoa física

1- IR na Fonte por Antecipação (IRF-A)

Pessoa Física Pessoa Jurídica

Responsável Contribuinte

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Incide, de forma definitiva, sobre rendimentos pagos para pessoa física

Responsabilidade da fonte pagadorapela apuração, o desconto e o recolhimento do imposto devido

• Rendimentos de aplicação financeira de renda fixa, FIF, fundos de aplicação em quotas de fundos de investimento, fundos de ações e quotas de fundos de ações;

• Rendimentos obtidos em operações de mútuo, tendo por objeto ouro, ativo financeiro; • Rendimentos auferidos em operações de swap;

• Prêmios de concursos e sorteios em geral; • Títulos de capitalização;

• 13o. Salário;

2- IR na Fonte Exclusivo (IRF-E)

(47)

Incide sobre ganhos de capital e sobre ganhos em aplicações de renda variável, sendo sua apuração e recolhimento deresponsabilidade do próprio contribuinteque aufere a renda.

Alíquota aplicável: ganhos de capital e renda variável =15% (como regra) Exceção: operações day trade, em que a alíquota é de 20%

3- IR por alíquota fixa (tributação definitiva)

Compensa-se com o imposto devido na declaração

de ajuste anual (CAO)? Não

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Ganhos de Capital na Alienação de Bens e Direitos

Ganho de Capital: diferença positiva entre o valor de alienação de bens ou direitos e o respectivo custo de aquisição.

Incidência do IR: 15% (com tabela progressiva) sobre o ganho de capital (tributação definitiva e cálculo em separado dos demais rendimentos).

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Rendimentos Tributados Exclusivamente na Fonte

• Juros sobre o capital próprio;

• Reembolso de CPMF;

• Aplicação de renda fixa ou variável;

• Mútuo entre pessoa jurídica e física;

• Ganho de capital na alienação de bens e direitos;

• Ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

• Ganhos líquidos na alienação de ouro financeiro em em operação realizada em mercado de liquidação futura, fora de bolsa.

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• Rendimentos recebidos de pessoas físicas

• Rendimentos provenientes de fontes no exterior

• Acréscimos patrimoniais não justificados por outros rendimentos

4- Recolhimento mensal obrigatório – RMO (carnê-leão)

Apuração do RMO feita da mesma forma utilizada para a apuração do IRF-A. Diferença: a responsabilidade pela apuração e recolhimento é dopróprio contribuinte, e não da fonte pagadora.

Incidirá sobre:

Imposto de Renda - PF

(51)

Autônomo pode deduzir da receita decorrente do exercício de sua atividade profissional as despesas escrituradas em Livro Caixa.

4- Recolhimento mensal obrigatório – RMO (carnê-leão)

Compensa-se com o imposto devido na declaração

de ajuste anual (CAO)? Sim

LIVRO CAIXA

Despesa de custeio: aquela indispensável à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora (eg.: aluguel, água, luz, telefone, material de expediente ou de consumo).

(52)

Anualmente, o contribuinte deve entregar à Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRF) suaDeclaração de Ajuste Anual (DAA), na qual é apurado o imposto sobre a renda devido, no ano, decorrendo dessa apuração:

➢ Valor complementar de imposto a pagar(complementação anual obrigatória); ou ➢ Valor de imposto pago a maior, que será devolvido (restituição) ao contribuinte.

5- Complementação anual obrigatória (CAO)

(Declaração de Ajuste Anual – DAA)

Imposto de Renda - PF

(53)

Pode ser efetuado pelo contribuinte paraantecipar o pagamento do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual, no caso de recebimento de duas ou mais fontes pagadoras, pessoa física e jurídica, ou mais de uma pessoa jurídica.

O recolhimento deve ser efetuado no curso do ano-calendário.

6- Recolhimento complementar facultativo (RCF)

(“Mensalão”)

Compensa-se com o imposto devido na declaração de ajuste anual (CAO)?

Sim

Imposto de Renda - PF

(54)

CTN – Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador aaquisição da disponibilidadeeconômica ou jurídica:

I - derenda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

II - deproventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

F A T O G E R A D O R

(55)

Critério Material – Pessoa Jurídica

lucro Obs:

No caso do IRPJ não se deve confundir as noções de:  receitas → entrada de recursos;

 Lucro → resultado positivo das operações (receitas – despesas)

Imposto de Renda

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Critério Material – Pessoa Jurídica

NOÇÃO DE LUCRO

• Resultado das atividades operacionais

apuráveis após determinado período • Resultados não operacionais

• Resultado das participações

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Critério Material – Pessoa Jurídica

NOÇÃO DE LUCRO

• Lucro operacional

previstas ou autorizadas pela legislação • Adições e exclusões

• compensações

O IRPJ não incide sobre o lucro contábil das pessoas jurídicas.

Incide somente sobre um lucro legal, determinado conforme as regras estabelecidas pela legislação tributária.

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Critério Material – Pessoa Jurídica

Determinação com base na escrituração

O IRPJ não incide sobre o lucro contábil das pessoas jurídicas.

D.L. 1598: Art 7º - O lucro real será determinado com base na escrituração que o contribuinte deve manter, com observância das leis comerciais e fiscais.

§ 6º A escrituração prevista neste artigo deverá ser entregue em meio digital ao Sistema Público de Escrituração Digital - SPED. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

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Critério Material – Pessoa Jurídica

Determinação com base na escrituração

Art 8º - O contribuinte deverá escriturar, além dos demais registros requeridos pelas leis comerciais e pela legislação tributária, os seguintes livros:

I - de apuração do lucro real, que será entregue em meio digital, e no qual: (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) a) serão lançados os ajustes do lucro líquido do exercício, de que tratam os §§ 2º e 3º do artigo 6º;

b) será transcrita a demonstração do lucro real e a apuração do Imposto sobre a Renda; (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)

c) serão mantidos os registros de controle de prejuízos a compensar em exercícios subsequentes (art. 64), de depreciação acelerada, de exaustão mineral com base na receita bruta, de exclusão por investimento das pessoas jurídicas que explorem atividades agrícolas ou pastoris e de outros valores que devam influenciar a determinação do lucro real de exercício futuro e não constem de escrituração comercial (§ 2º).

II - (Revogado pela Lei nº 12.973, de 2014)

Imposto de Renda - PJ

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DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977

o LUCRO

Art 6º - Lucro real é o lucro líquido do exercício ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária.

(similar no art. 258 do R I R)

§ 1º - O lucro líquido do exercício é a soma algébrica de lucro operacional (art. 11), dos resultados não operacionais, do saldo da conta de correção monetária (art. 51) e das participações, e deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei comercial.

§ 2º - Na determinação do lucro real serão adicionados ao lucro líquido do exercício:

a) os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação do lucro real;

b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computados na determinação do lucro real.

§ 3º - Na determinação do lucro real poderão ser excluídos do lucro líquido do exercício:

a) os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido computados na apuração do lucro líquido do exercício;

b) os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro real;

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DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977

Olhar a partir da receita bruta....

Art. 12. A receita bruta compreende: (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)

I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) II - o preço da prestação de serviços em geral; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

§ 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de: (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) I - devoluções e vendas canceladas; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

II - descontos concedidos incondicionalmente; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) III - tributos sobre ela incidentes; e (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

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Lei nº 8.981, de 1995

Retirada dos tributos antes do LUCRO

Art. 41. Os tributos e contribuições são dedutíveis, na determinação do lucro real, segundo o regime de competência.

§ 1º O disposto neste artigo não se aplica aos tributos e contribuições cuja exigibilidade esteja suspensa, nos termos dos incisos II a IV do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, haja ou não depósito judicial.

§ 2º Na determinação do lucro real, a pessoa jurídica não poderá deduzir como custo ou despesa o Imposto de Renda de que for sujeito passivo como contribuinte ou responsável em substituição ao contribuinte.

§ 3º A dedutibilidade, como custo ou despesa, de rendimentos pagos ou creditados a terceiros abrange o imposto sobre os rendimentos que o contribuinte, como fonte pagadora, tiver o dever legal de reter e recolher, ainda que assuma o ônus do imposto.

§ 4º Os impostos pagos pela pessoa jurídica na aquisição de bens do ativo permanente poderão, a seu critério, ser registrados como custo de aquisição ou deduzidos como despesas operacionais, salvo os pagos na importação de bens que se acrescerão ao custo de aquisição.

§ 5º Não são dedutíveis como custo ou despesas operacionais as multas por infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória e as impostas por infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de tributo.

§ 6º As contribuições sociais incidentes sobre o faturamento ou receita bruta e sobre o valor das importações, pagas pela pessoa jurídica na aquisição de bens destinados ao ativo permanente, serão acrescidas ao custo de aquisição.

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Lei nº 8.981, de 1995

Art. 41. § 1º O disposto neste artigo não se aplica aos tributos e contribuições cuja exigibilidade esteja suspensa, nos termos dos incisos II a IV do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, haja ou não depósito judicial.

Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Tributário. Vedação de dedução da base de cálculo do imposto de renda dos valores gastos pela pessoa jurídica a título de impostos ou contribuições nas hipóteses previstas. Art. 41, § 1º, da Lei 8.981/95. 3. Constitucionalidade. 4. Dispositivo que não amplia o conceito de renda além dos limites estabelecidos pela Constituição. 5. Ofensa ao princípio da isonomia. Não ocorrência. 6. Violação ao art. 5º, XXXV e LIV, da Constituição. Não ocorrência. 7. Agravo regimental a que se nega provimento.

(STF - RE 522989 AgR, 2ª turma, Rela Min. GILMAR MENDES, j. em 30/10/2012, DJe 21.11.2012)

Imposto de Renda - PJ

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DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977

o LUCRO OPERACIONAL

Art. 11 - Será classificado como lucro operacional o resultado das atividades, principais ou acessórias, que constituam objeto da pessoa jurídica.

§ 1º - A escrituração do contribuinte, cujas atividades compreendam a venda de bens ou serviços, deve discriminar o lucro bruto, as despesas operacionais e os demais resultados operacionais.

§ 2º - Será classificado como lucro bruto o resultado da atividade de venda de bens ou serviços que constitua objeto da pessoa jurídica.

§ 3º - As ações ou quotas bonificadas, recebidas sem custo pela pessoa jurídica, não importarão modificação no valor, pelo qual a participação societária estiver registrada no ativo nem serão computadas na determinação do lucro real.

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DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977

LUCRO OPERACIONAL → custo de aquisição de mercadorias

Art 13 - O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda compreenderá os de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou importação.

§ 1º - O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente:

a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto neste artigo;

b) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de produção;

c) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção; d) os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;

e) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.

Imposto de Renda - PJ

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DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977

DESPESAS OPERACIONAIS

Art. 15. O custo de aquisição de bens do ativo não circulante imobilizado e intangível não poderá ser deduzido como despesa operacional, salvo se o bem adquirido tiver valor unitário não superior a R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) ou prazo de vida útil não superior a 1 (um) ano. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)

§ 1º - (Revogado pela Lei nº 12.973, de 2014)

§ 2º - A quota de exaustão, calculada nos termos do Decreto-lei nº 1.096, de 28 de março de 1970, na parte em que exceder da quota de exaustão com base no custo de aquisição dos direitos minerais, será creditada à conta especial de reserva de lucros, que somente poderá ser utilizada para absorção de prejuízos ou incorporação ao capital social, observado o

disposto nos §§ 3º e 4º do artigo 19.

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DECRETO 9.580, DE 2018 → DESPESAS OPERACIONAIS

DESPESAS OPERACIONAIS

Art. 311. São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da fonte produtora (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47,caput).

§ 1º São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações exigidas pela atividade da empresa (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47, § 1º).

§ 2º As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou atividades da empresa (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47, § 2º).

§ 3º O disposto neste artigo aplica-se também às gratificações pagas aos empregados, independentemente da designação que tiverem.

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DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977

INCLUSÕES NO LUCRO OPERACIONAL

Art 17 - Os juros, o desconto, a correção monetária prefixada, o lucro na operação de reporte e o prêmio de resgate de títulos ou debêntures, ganhos pelo contribuinte, serão incluídos no lucro operacional e, quando derivados de operações ou títulos com vencimento posterior ao encerramento do exercício social, poderão ser rateados pelos períodos a que competirem.

Art 18 - Deverão ser incluídas no lucro operacional as contrapartidas das variações monetárias, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis, por disposição legal ou contratual, dos direitos de crédito do contribuinte, assim como os ganhos cambiais e monetários realizados no pagamento de obrigações.

Parágrafo único - As contrapartidas de variações monetárias de obrigações e as perdas cambiais e monetárias na realização de créditos poderão ser deduzidas para efeito de determinar o lucro operacional.

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DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977

INCLUSÕES NO LUCRO OPERACIONAL

Art 17 - Os juros, o desconto, a correção monetária prefixada, o lucro na operação de reporte e o prêmio de resgate de títulos ou debêntures, ganhos pelo contribuinte, serão incluídos no lucro operacional e, quando derivados de operações ou títulos com vencimento posterior ao encerramento do exercício social, poderão ser rateados pelos períodos a que competirem.

Art 18 - Deverão ser incluídas no lucro operacional as contrapartidas das variações monetárias, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis, por disposição legal ou contratual, dos direitos de crédito do contribuinte, assim como os ganhos cambiais e monetários realizados no pagamento de obrigações.

Parágrafo único - As contrapartidas de variações monetárias de obrigações e as perdas cambiais e monetárias na realização de créditos poderão ser deduzidas para efeito de determinar o lucro operacional.

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DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977

RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS

Art. 31. Serão classificados como ganhos ou perdas de capital, e computados na determinação do lucro real, os resultados na alienação, inclusive por desapropriação (§ 4º), na baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, ou na liquidação de bens do ativo não circulante, classificados como investimentos, imobilizado ou intangível. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)

§ 1º Ressalvadas as disposições especiais, a determinação do ganho ou perda de capital terá por base o valor contábil do bem, assim entendido o que estiver registrado na escrituração do contribuinte, diminuído, se for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão acumulada e das perdas estimadas no valor de ativos.

Art 18 - Deverão ser incluídas no lucro operacional as contrapartidas das variações monetárias, em função da taxa de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis, por disposição legal ou contratual, dos direitos de crédito do contribuinte, assim como os ganhos cambiais e monetários realizados no pagamento de obrigações.

Parágrafo único - As contrapartidas de variações monetárias de obrigações e as perdas cambiais e monetárias na realização de créditos poderão ser deduzidas para efeito de determinar o lucro operacional.

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DECRETO-LEI Nº 1.598, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1977

PARTICIPAÇÕES

Art 58 - Podem ser excluídas do lucro líquido do exercício, para efeito de determinar o lucro real, as participações nos lucros da pessoa jurídica:

I - atribuídas a seus empregados segundo normas gerais aplicáveis, sem discriminações, a todos que se encontrem na mesma situação, por dispositivo do estatuto ou contrato social, ou por deliberação da assembléia de acionistas ou sócios quotistas;

Il - asseguradas a debêntures de sua emissão.

Parágrafo único - Serão adicionadas ao lucro líquido do exercício, para efeito de determinar o lucro real, as participações nos lucros da pessoa jurídica atribuídas a partes beneficiárias de sua emissão e a seus administradores.

(73)

CTN – Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador aaquisição da disponibilidadeeconômica ou jurídica:

I - derenda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;

II - deproventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

F A T O G E R A D O R

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Critério Material – Pessoa Física

IRPF - Mensal - Auferir renda proveniente do exterior ou de PF;

IRPF - Anual - Auferir renda, exceto rendimentos sujeitos a tributação exclusiva/definitiva; IRPF - Ganhos de Capital - Auferir ganhos de capital na alienação de bens;

IRPF - Aplicações Financeiras - Pagar rendimentos a PF sujeitas a ajuste na declaração anual; IRPF - Exclusivo- Pagar rendimentos a PF sujeitas a tributação exclusiva fonte.

(75)

Imposto de Renda - PF

Modalidade da incidência Forma de tributação Tratamento jurídico na DAA

IRRF(regra) antecipação compensável

IRRF Exclusivo na fonte Não compensável

IR (ganho de capital,etc) Tributação definitiva Não compensável

Mensalão antecipação compensável

Carnê-leão antecipação compensável

Rendimentos recebidos Acumuladamente

Exclusivo na fonte ou Declaração de ajuste

(76)

Imposto de Renda - PF

Tributação mensal

Utiliza-se a Tabela progressiva mensal

Permitidas algumas deduções

Compensação do IRRF,quando for o caso

Declaração de Ajuste Anual

Utiliza-se a Tabela progressiva anual

Deduções anuais

Compensação do IRRF ou IR pago,quando permitido

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Imposto de Renda - PF

Aspecto temporal → fato gerador complexivo

• No IRPF (pessoa física), considera-se ocorrido (de forma definitiva) o fato gerador (complexivo) em 31 de dezembro do ano-calendário.

• Declaração até último dia útil de abril do subsequente, verifica-se o imposto efetivamente devido, compensando-se o montante que já foi objeto de adiantamentos (carnê-leão ou retenção), apurando-se, então, o saldo a restituir (em caso de pagamento a maior) ou a pagar (em caso de pagamento a menor), efetuando-se o pagamento, se for o caso, à vista ou parceladamente.

(78)

Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995

Art. 1º A partir de 1º de janeiro de 1996 o imposto de renda das pessoas físicas será determinado segundo as normas da legislação vigente, com as alterações desta Lei.

CAPÍTULO III

DA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS

Art. 7º A pessoa física deverá apurar o saldo em Reais do imposto a pagar ou o valor a ser restituído, relativamente aos rendimentos percebidos no ano-calendário, e apresentar anualmente, até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário subsequente, declaração de rendimentos em modelo aprovado pela Secretaria da Receita Federal.

(79)

Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995

CAPÍTULO III

DA DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS

Art. 7º A pessoa física deverá apurar o saldo em Reais do imposto a pagar ou o valor a ser restituído, relativamente aos rendimentos percebidos no ano-calendário, e apresentar anualmente, até o último dia útil do mês de abril do ano-calendário subsequente, declaração de rendimentos em modelo aprovado pela Secretaria da Receita Federal.

Art. 13. O montante determinado na forma do artigo anterior constituirá, se positivo, saldo do imposto a pagar e, se negativo, valor a ser restituído.

Parágrafo único. Quando positivo, o saldo do imposto deverá ser pago até o último dia útil do mês fixado para a entrega da declaração de rendimentos.

(80)

RENDIMENTOS PAGOS EM ATRASO - RECEBIDOS ACUMULADAMENTE

Lei 7.713 – “Art. 12. No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto incidirá, no mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização.

STJ – devem ser calculados de acordo com as tabelas vigentes à época em que eram devidos - REsp 1.118.429- art. 543-C – interpretação do art. 12, e não declaração de inconstitucionalidade - fundamento básico “justiça em relação ao contribuinte”

(81)

RENDIMENTOS PAGOS EM ATRASO - RECEBIDOS ACUMULADAMENTE

Sobre a forma de cálculo do imposto de renda incidente sobre benefícios recebidos acumuladamente em cumprimento de decisão judicial, a Primeira Seção da Corte, ao julgar o REsp 1.118.429/SP (Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 14.5.2010), de acordo com o regime de que trata o art. 543-C do CPC, fez consignar o seguinte entendimento, na ementa do respectivo acórdão:

"O imposto de renda incidente sobre os benefícios pagos acumuladamente deve ser calculado de acordo com as tabelas e alíquotas vigentes à época em que os valores deveriam ter sido adimplidos, observando a renda auferida mês a mês pelo segurado. Não é legítima a cobrança de IR com parâmetro no montante global pago extemporaneamente."

(82)

• STF – RE 592.211 RG / RJ – Ausência de repercussão geral

• RE nº 614.406 – reconhecida a repercussão geral – declaração de inconstitucionalidade do art. 12 da Lei 7.713 pelo TRF 4ª Região (Informativos 605 e 628)

• Ministra Ellen Gracie – IRPF – ao contrário do IRPJ, tributação apenas pelo regime de caixa (disponibilidade econômica), sem adoção do regime de competência (disponibilidade jurídica).

• Divergência Ministro Marco Aurélio, acompanhado pelo Ministro Toffoli, na linha do STJ e fazendo referência à Lei 12.350 (art.44), de que constaria adoção implícita ao regime de competência. Vista Ministra Cármen Lúcia.

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Quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Julgamento sobre IR em causa previdenciária solucionará 9 mil processos

Foi julgado pelo STF caso relativo à forma de incidência do Imposto de Renda sobre rendimentos recebidos acumuladamente, como ocorre no caso de disputas previdenciárias e trabalhistas. A Corte entendeu que a alíquota do IR deve ser a correspondente ao rendimento recebido mês a mês, e não aquela que incidiria sobre valor total pago de uma única vez, e portanto mais alta.

A decisão foi tomada no RE 614406, com repercussão geral reconhecida, no qual a União questionou decisão do TRF-4 que reconheceu o direito ao recolhimento do IR pelo regime de competência (mês a mês) e não pelo de caixa (de uma única vez, na data do recebimento), relativo a uma dívida do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com um beneficiário. Segundo o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, o julgamento solucionará pelo menos 9.232 casos sobrestados nos tribunais de origem, que aguardavam a solução da controvérsia, com repercussão geral.

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RE 614.406, rel. p.acórdão Min. Rosa Weber, j. 23.10.2014

IMPOSTO DE RENDA – PERCEPÇÃO CUMULATIVA DE VALORES – ALÍQUOTA.

A percepção cumulativa de valores há de de ser considerada, para efeito de fixação de alíquotas, presentes, individualmente, os exercícios envolvidos.

(85)

Lei 7713, alterada pela Lei 12.350, de 2010

Art. 12-A.Os rendimentos do trabalho e os provenientes de aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando correspondentes a anos-calendários anteriores ao do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês.

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Lei 7713, alterada pela Lei 13.149, de 2015

Art. 12-A.Os rendimentos recebidos acumuladamente e submetidos à incidência do imposto sobre a renda com base na tabela progressiva, quando correspondentes a anos-calendário anteriores ao do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês.

Art. 12-B.Os rendimentos recebidos acumuladamente, quando correspondentes ao ano-calendário em curso, serão tributados, no mês do recebimento ou crédito, sobre o total dos rendimentos, diminuídos do valor das despesas com ação judicial necessárias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenização.

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STJ – REsp 1515569, 2ª t. j. em 17.3.2015

O art. 12 da Lei n. 7.713/88 limitou-se a estabelecer o momento de incidência do imposto de renda sobre verbas recebidas acumuladamente, e as alíquotas devem observar os patamares vigentes à época em que os valores deveriam ter sido efetivamente pagos. Exegese do entendimento firmado no REsp 1.118.429/SP, Primeira Seção, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 14.5.2010, submetido ao regime dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC). (...)

Sendo assim, não tendo sido declarada sua inconstitucionalidade, é de se reconhecer a aplicabilidade do art. 12-A da Lei nº 7.713/88 aos rendimentos recebidos acumuladamente (fatos geradores do imposto de renda) a partir de 1º de janeiro de 2010, conforme preceitua o § 7º do art. 12-A da Lei nº 7.713/88, e na forma dos arts. 105 e 144, caput, do CTN" (REsp 1.487.501/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/11/2014, DJe 18/11/2014).

Imposto de Renda - PF

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Critério Material → aspecto temporal

NOÇÃO DE LUCRO

• Resultado das atividades operacionais

apuráveis após determinado período • Resultados não operacionais

• Resultado das participações

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Aspecto temporal

Aspecto temporal → fato gerador complexivo,

No IRPJ (pessoa jurídica), tem-se período de apuração trimestral, podendo, a pessoa jurídica que pagar com base no lucro real, optar pelo período anual, com antecipações mensais.

No trimestral, considera-se ocorrido o fato gerador ao final de cada trimestre civil; no anual, em 31 de dezembro do ano-calendário.

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Aspecto temporal: o lucro e o fato gerador complexivo

No IRPJ, tem-se apuração em períodos trimestrais. A pessoa jurídica que apure seu imposto de renda com base no lucro real, pode optar por pagamento anual, com antecipações mensais.

Lei 9430/96, art. 1°

A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, observada a legislação vigente, com as alterações desta Lei.

(91)

Lei 9430, de 1996

Art. 1° .A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, observada a legislação vigente, com as alterações desta Lei.

Imposto Correspondente a Período Trimestral

Art. 5º O imposto de renda devido, apurado na forma do art. 1º, será pago em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.

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Aspecto temporal: o lucro e o fato gerador complexivo

A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, observada a legislação vigente.

(Leis: 8.981/95; 9.065/95; 9.249/95 e 9.430/96)

Imposto de Renda - PJ

TRIMESTRES DE APURAÇÃO VENCIMENTO QUOTA ÚNICA

1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre 30.04.201x 31.07.201x 31.10.201x 31.01.201y

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Aspecto temporal: Lei 9430/96

Art. 1°. A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, observada a legislação vigente, com as alterações desta Lei.

Art. 2º A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá optar pela pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre base de cálculo estimada, mediante a aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta definida pela art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, auferida mensalmente, deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 29 e nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995.

(94)

Aspecto temporal: Lei 9430/96

Art. 1°. A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário, observada a legislação vigente, com as alterações desta Lei.

Art. 2º A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá optar pela pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre base de cálculo estimada, mediante a aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta definida pela art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, auferida mensalmente, deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, observado o disposto nos §§ 1º e 2o do art. 29 e nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995.

Art. 3º A adoção da forma de pagamento do imposto prevista no art. 1º, pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime do lucro real, ou a opção pela forma do art. 2º será irretratável para todo o ano-calendário.

Parágrafo único. A opção pela forma estabelecida no art. 2º será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao mês de janeiro ou de início de atividade.

(95)

Aspecto temporal: Lei 9430/96

Art. 2º A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá optar pela pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre base de cálculo estimada, mediante a aplicação dos percentuais de que trata o art. 15 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta definida pela art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, auferida mensalmente, deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, observado o disposto nos §§ 1º e 2o do art. 29 e nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995.

Pagamento por estimativa

Art. 6º O imposto devido, apurado na forma do art. 2º, deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente àquele a que se referir. § 1º O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro receberá o seguinte tratamento: (Redação dada pela Lei nº 12.844, de

2013)

I - se positivo, será pago em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano subsequente, observado o disposto no § 2º; ou (Redação dada pela Lei nº 12.844, de 2013)

II - se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74.

Imposto de Renda - PJ

(96)

Aspecto temporal: Lei 9430/96 → pagamento por estimativa mensal

Lei nº 8.891/95

Art. 35. A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em cada mês, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base no lucro real do período em curso.

§ 1º Os balanços ou balancetes de que trata este artigo:

a) deverão ser levantados com observância das leis comerciais e fiscais e transcritos no livro Diário;

b) somente produzirão efeitos para determinação da parcela do Imposto de Renda e da contribuição social sobre o lucro devidos no decorrer do ano-calendário.

(97)

ART. 150, III, “b” e §1º CRFB:

IR está sujeito à anterioridade de exercício mas não está sujeito à anterioridade nonagesimal

Modificações podem ocorrer até o último dia do exercício que produzirão efeito no exercício imediatamente posterior

L E I N O T E M P O

(98)

ART. 150, III, “a” CRFB:

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

CTN Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.

L E I N O T E M P O

(99)

IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA imposto de renda (fato gerador periódico)

Súmula 584 do STF:

“AO IMPOSTO DE RENDA CALCULADO SOBRE OS RENDIMENTOS DO ANO-BASE, APLICA-SE A LEI VIGENTE NO EXERCÍCIO FINANCEIRO EM QUE DEVE SER APRESENTADA A DECLARAÇÃO”(1976)

Ex. Modificação do IR de 2018 (declarado em 2019) pode ocorrer até 31/12/2018

L E I N O T E M P O

(100)

STF - RE 553508 AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ªt., Dje 16-05-2011

“CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE A RENDA. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA. MP 492/1994.

1. O Supremo Tribunal Federal possui o entendimento consolidado no sentido de que o fato gerador do imposto sobre a renda se materializa no último dia do ano-base, isto é, em 31 de dezembro. Assim, a lei que entra em vigor antes do último dia do período de apuração poderá ser aplicada a todo o ano-base, sem ofensa ao princípio da anterioridade da lei tributária.(...)”.

(101)

STJ – AgRg no Ag 789536, rel.Min. Denise Arruda, j. em 13.7.2007

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA. IN/SRF 20/90. INAPLICABILIDADE AO ANO-BASE 1989. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. NÃO-DEMONSTRAÇÃO. 1. Considerando que a Instrução Normativa 20/90, da Secretaria da Receita Federal, foi editada depois da ocorrência do fato gerador do Imposto de Renda referente ao ano-base de 1989, não há falar em sua aplicação retroativa, razão pela qual é aplicável ao exercício de 1990 a Instrução Normativa 198/88. Precedentes da Primeira Seção: EREsp 326.810/DF, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 4.10.2004; EREsp 327.683/RJ, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 27.9.2004.

(102)

RE 183130/PR, rel. orig. Min. Carlos Velloso, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, j.em 25.9.2014. – Informativo 760

Ante a peculiaridade do caso, consistente no uso do imposto de renda com função extrafiscal, o Plenário, em conclusão de julgamento e por maioria, negou provimento a recurso extraordinário e, em consequência, afastou a incidência retroativa do art. 1º, I, da Lei 7.988/1989. A mencionada norma, editada em 28.12.1989, elevou de 6% para 18% a alíquota do imposto de renda aplicável ao lucro decorrente de exportações incentivadas, apurado no ano-base de 1989. Prevaleceu o voto do Ministro Nelson Jobim. Observou, de início, que o Enunciado 584 da Súmula do STF continuaria sendo adotado para fins de interpretação do fato gerador do imposto de renda, de modo a corroborar orientação no sentido de que, em razão de o fato gerador do imposto de renda ocorrer somente em 31 de dezembro, se a lei fosse editada antes dessa data, sua aplicação a fatos ocorridos no mesmo ano da edição não violaria o princípio da irretroatividade. Ressaltou, entretanto, que na situação dos autos ter-se-ia utilizado o imposto de renda em seu caráter extrafiscal.

No ponto, esclareceu que a União, por meio do Decreto-lei 2.413/1988, reduzira a alíquota do imposto cobrada sobre a renda auferida sobre certos negócios e atividades, a fim de estimular as exportações, a determinar o comportamento do agente econômico. Essas operações teriam, portanto, tributação diferenciada das demais, e seriam tratadas como unidades contábeis distintas das demais operações. Por isso, o Ministro Nelson Jobim reputou falacioso o argumento da União de que seria materialmente impossível tomar os rendimentos como unidades isoladas, pois, do contrário, não poderia haver o incentivo de operações específicas. Asseverou que, uma vez alcançado o objetivo extrafiscal, não seria possível modificar as regras de incentivo, sob pena de quebra do vínculo de confiança entre o Poder Público e a pessoa privada, e da própria eficácia de políticas de incentivo fiscal. Concluiu, destarte, que, no caso do imposto de renda ser utilizado em caráter extrafiscal, a configuração do fato gerador dar-se-ia no momento da realização da operação para, então, ser tributado com alíquota reduzida.

(103)

RE 183130/PR, rel. orig. Min. Carlos Velloso, red. p/ o acórdão Min. Teori Zavascki, j.em 25.9.2014. – Informativo 760

Dessa forma, depois da realização do comportamento estimulado, a lei nova apenas poderia ter eficácia para novas possibilidades de comportamentos, sob pena de ofensa ao princípio da irretroatividade da lei em matéria de extrafiscalidade. Os Ministros Carlos Velloso (relator), Joaquim Barbosa e Marco Aurélio também negaram provimento ao recurso, sob entendimento de que o fato gerador do imposto de renda de pessoa jurídica seria complexivo – e ocorreria nos diversos momentos em que acontecessem os fatos econômicos que afetassem o patrimônio da pessoa jurídica. Assim, afastaram o Enunciado 584 da Súmula do STF. Vencidos os Ministros Eros Grau e Menezes Direito, que davam provimento ao recurso extraordinário. Entendiam aplicável o Enunciado 584 da Súmula do STF, mesmo nos casos de imposto de renda com função extrafiscal.

(104)

RE 592396, rel. Min. Edson Fachin, j.em 3.12.2015. – pleno

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. DIREITO TRIBUTÁRIO. OPERAÇÕES DE EXPORTAÇÃO INCENTIVADAS. IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA. FUNÇÃO EXTRAFISCAL. SÚMULA 584 DO STF. OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR EM CADA OPERAÇÃO. APLICAÇÃO RETROATIVA. RE 183.130, DE RELATORIA PARA ACÓRDÃO DO MINISTRO TEORI ZAVASCKI. PRECEDENTE VINCULANTE. 1. No RE 183.130, de relatoria para o acórdão do Ministro Teori Zavascki, o Plenário desta Corte assentou que a utilização do Imposto de Renda com conotação extrafiscal afasta a incidência da Súmula 584 do STF. 2. O fato gerador se consolida no momento em que ocorre cada operação de exportação incentivada pela redução da alíquota do imposto de renda, à luz da extrafiscalidade da tributação na espécie. 3. É inconstitucional a aplicação retroativa do art. 1º, I, da Lei 7.988/89, que majorou a alíquota incidente sobre o lucro proveniente de operações incentivadas ocorridas no passado, ainda que no mesmo ano-base. Precedente: RE 183.130, de relatoria para o acórdão do Ministro Teori Zavascki, Tribunal Pleno, DJe 14.11.2014. 4. Recurso extraordinário a que se dá provimento, reafirmando a jurisprudência desta Corte, em sede de repercussão geral, para reformar o acórdão recorrido e declarar a inconstitucionalidade, incidental e com os efeitos da repercussão geral, do art. 1º, I, da Lei 7.988/89, uma vez que a majoração de alíquota de 6% para 18% a qual se reflete na base de cálculo do Imposto de Renda pessoa jurídica incidente sobre o lucro das operações incentivadas no ano-base de 1989 ofende os princípios da irretroatividade e da segurança jurídica.

Referências

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