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A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE GEOLOGIA ATRAVÉS DE UM JOGO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NO POWERPOINT. Apresentação: Pôster

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A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE GEOLOGIA ATRAVÉS DE UM JOGO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO NO POWERPOINT

Apresentação: Pôster

Erica de Carvalho1; Maurício dos Santos Araújo2; Bruna Ananda Pereira Carvalho3; Josué Tadeu Lima de Barros Dias4; Sebastiana Ceci Sousa5

DOI: https://doi.org/10.31692/978-85-85074-02-9.162-167

Introdução

A Geologia é a ciência que tem como objeto de estudo a origem, história, formação da terra como um todo, desde suas composições e camadas, efeitos e preocupação ambientais até suas perspectivas temporais, climáticas e fenômenos com riscos e consequências para a vida humana. Conforme a LDB nº 9394/96 a Educação Básica tem por finalidade desenvolver a formação para o exercício da cidadania viabilizando meios para progredir, porem esta pontuação citada não acontece desta forma na realidade pois para o ensino de ciências e outras mais nem sempre o assunto abordado é expandido para fora da sala de aula e levado à realidade dos alunos, forma que poderia trazer maior entendimento da disciplina e até mesmo, desencadear uma identificação pela disciplina (BRASIL, 2015).

Tendo em vista as dificuldades encontradas por alunos para a compreensão do assunto de Geologia, foi proposto uma ferramenta dinâmica para tentar mitigar as dificuldades. Sabe-se a priori que assim como há dificuldades por partes dos alunos para aprender, há resistências dos professores em criar alternativas inovadoras de ensinar, uma vez que a abordagem é feita de forma muito teórica e conteudista, causando consequências como desinteresse e baixo rendimento. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo apresentar uma metodologia ativa promovida através de um jogo didático utilizando o programa PowerPoint no ensino de conteúdos sobre Geologia na Educação Básica.

Fundamentação Teórica

O ensino de Ciências tem sido praticado, muitas vezes, com elaborações teóricas que, em geral, se expressam em sala de aula de forma negativa, por não relacionar esses

1 Graduanda em Ciências Biológicas, IFPI, ricacro@hotmail.com

2 Graduando em Ciências Biológicas, IFPI, mauriciosanges11@hotmail.com 3 Graduanda em Ciências Biológicas, IFPI, brunaananda_carvalho@hotmail.com 4

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conhecimentos científicos com o cotidiano do aluno. Muitas práticas, ainda hoje, são baseadas na mera transmissão de informações, tendo como recurso exclusivo o livro didático e uma prática desvinculada dos preceitos pregados por uma escola construtivista (ARAUJO; CARVALHO; LIMA, 2016). Nessa perspectiva, o aluno é visto como um mero receptor de informações e o professor o detentor de todo o conhecimento, tornando o ensino algo sistemático, que não leva em consideração os conhecimentos trazidos pelos alunos ao longo de sua formação (MCHOTA, 2017).

Quando o professor consegue chamar a atenção do aluno em sala de aula, abstrai-se melhores resultados sobre o assunto ministrado. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o ensino de Ciências deve dar ênfase na experimentação, por meio de uma investigação científica-tecnológica. Dessa forma, possibilitará aos alunos o auto envolvimento com as atividades em sala de aula. Além disso, irão trabalhar determinados conteúdos de caráter científicos e ter a capacidade de aplicá-los no seu cotidiano diário, visando melhorias e possibilidades ligadas ao ensino (OLIVEIRA; SCHNEIDER, 2016). É necessário destacar que aliar, o que é ensinado em Ciências com o que deve ser útil no dia a dia é fundamental para estimular no aluno o interesse em aprender, e tal processo pode ser possível fazendo uso de jogos educacionais. Os jogos podem ser entendidos como uma prática dinâmica e permeável com as questões tecnológicas por exemplo. Nesse sentido, entende-se aqui jogos educacionais como sendo um modelo de um determinado assunto ou objeto (SANTOS et al., 2016).

Geologia é o ramo específico da ciência para estudo da terra que durante o século VII. Nicolaus Steno (1638-1687), ficou conhecido como o fundador da geologia como um ramo independente da ciência. Dentre os pioneiros no desenvolvimento da Geologia, encontram-se J.G. Lehmann, estudioso alemão falecido em 1767, um dos primeiros a visualizar a possibilidade de ordenar a disposição e idade das rochas da crosta terrestre. Que tem como um dos seus objetos o estudo dos agentes de formação e transformação das rochas, da composição e disposição das rochas na crosta terrestre (PIRANHA, 2009). O ensino de conteúdos relacionados a Geologia durante as aulas de Ciências, deve propiciar o entendimento da terra em uma perspectiva geológica. De forma, os alunos de ensino fundamental veem conteúdos como: rochas e minerais, tipos de solos entre outros, e nesses casos, é possível utilizar recursos concretos para facilitar a aprendizagem desses alunos (CARNEIRO, 2004). Existe nesse contexto uma dificuldade em ser trabalhado ilustrações geológicas mais específicas, cabe então o uso de materiais concretos para

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tentar criar um ambiente de possibilidades para o aluno obter bons resultados (ALMEIDA; ARAÚJO; MELLO, 2015).

Metodologia

Esse trabalho buscou apresentar uma metodologia ativa utilizando um jogo didático, denominado como GeoBio a partir de alguns comandos no PowerPoint. Para isso, utilizou-se uma pesquisa qualitativa com enfoque descritivo. Esse Material didático foi trabalhado com 17 (dezessete) alunos da graduação em Ciências Biológicas, no entanto, o professor pode utilizar em qualquer série, basta adaptar as questões para o público que ele irá aplicar. Como instrumento de coleta, realizou-se uma entrevista semiestruturado com os alunos. Nesse sentido, o jogo buscou tornar a aula de Biologia mais interativa. Esse material didático foi criado no PowerPoint, sendo que os comandos foram feitos por meio de Hiperlinks. Nesse sentido, essa ferramenta consistiu em links que vão de uma página da Web ou arquivo para outra (o), o ponto de partida para os links, é denominado de hiperlinks. O principal poder do HTML vem da sua capacidade de interligar partes de um texto e imagens a outros documentos. Os clientes exibem em destaque estas áreas ou pontos chaves para indicar que se trata de um link, ou interligação, no hipertexto.

Regras do Jogo

Para iniciar o jogo, os jogadores lançarão o dado uma única vez, começa aquele que tirar a maior pontuação. O vencedor do primeiro lançamento irá jogar o dado mais uma vez, o número da face corresponderá ao número de pontos que irá ganhar, caso acerte a pergunta que irá responder. As perguntas são de natureza Verdadeiro ou Falso, caso o jogador erre, somará 01 (um) ponto em cada erro, sendo que esse é acumulativo. Sendo descontado no final das 36 (trinta e seis) rodadas. Vence o jogo GeoBio o jogador com o maior número de pontos, após os possíveis abatimentos (figura 1).

Figura 1 – Ilustração da tela de início (A), painel de perguntas (B) e quadro de questões. Fonte: Própria

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O jogo didático GeoBio desenvolvido com alunos do 3º ano do ensino médio de uma escola pública está disponibilizado no link: https://1drv.ms/p/s!AtfWRbt6CjWBgTu1CcbV3FsDaa9o disponível para download. Vale ressaltar que essa ferramenta pode ser adaptada para qualquer assunto, basta o professor ter um pouco de conhecimento em informática.

Resultados e Discussões

O desenvolvimento do jogo se deu a partir de uma oficina fruto de um componente curricular da disciplina de geologia do curso de Ciências Biológicas do IFPI/Campus Floriano. Foi ensinado aos alunos de módulos iniciais, metodologias ativas que poderiam ser utilizadas no processo de ensino-aprendizagem em Biologia. Para isso, utilizou-se o programa PowerPoint com o objetivo de criar jogos utilizando animações e hiperlinks.

Observou-se que, a maioria dos não conheciam essa utilidade do programa, pois uma aluna discutiu-que: “achava que o PowerPoint só servia para fazer slide.”. Por isso, a utilização de jogos didáticos no ensino de Biologia é de grande importância, pois coloca o aluno em uma perspectiva ativa do processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, desenvolve competências e habilidades que refletirão em sua formação estudantil (SANTOS et al., 2016).

Com base no que foi apresentado acima, a importância do uso de jogos didáticos durante as aulas de Ciências/Biologia é de grande relevância, pois pode contribuir para facilitar a aprendizagem e motivar o aluno a ter interesse no conteúdo que está sendo trabalhado durante a aula (DUSO, 2012). Por isso, ao final da oficina os alunos mostraram uma produção de um jogo desenvolvido no PowerPoint para os demais colegas, onde explicaram passo a passo como funcionava. Além disso, relataram que: “Esse jogo pode ser adaptado para qualquer conteúdo de Biologia”, “pode ser utilizado como atividade complementar ao final da aula”, “pode servir como material para publicação em congresso”.

Portanto, o principal desafio na realização desse tipo de aula, é o planejamento, que vai desde a seleção dos materiais a serem utilizados, passando pelos objetivos que devem ser bastante claros, até chegar nos procedimentos para a realização da atividade, ou seja, para fazer tudo isso, demanda tempo, e às vezes o professor não dispõe (LIBÂNEO, 2004). É evidente que não dá para o professor realizar uma aula diferente

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utilizando recursos variados o ano todo, mas é fundamental para que o aluno possa aprender, o desenvolvimento desse tipo de aula (ALMEIDA et al., 2012).

Conclusões

O uso jogos no ensino de Ciências, poderá ter efeitos positivos, não apenas como uma importante ferramenta para o professor estimular seus alunos no interesse em aprender. Mas também que o próprio educador possa compreender a importância da aplicação de jogos de didáticos no processo de ensino-aprendizagem. Portanto, o jogo GeoBio pode ser uma ferramenta de grande relevância no ensino de Ciência/Biologia, pois pode ser trabalhado de forma prática e interativa com os alunos. Nesse sentido, cabe o professor em sua prática formativa desenvolver atividades que chamem a atenção do aluno, e, consequentemente promova a aprendizagem mútua entre todos os envolvidos.

Referências

ALMEIDA, C. N., ARAÚJO, C., MELLO, E. F. Geologia nas Escolas de Ensino Básico: a experiência do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. TERRÆ DIDATICA, v.1, n. 1, p.1-11, 2015.

ARAÚJO, M. S.; CARVALHO, B. A. P.; LIMA, M. M. O. A Genética no Ensino Médio: uma análise dos conhecimentos dos alunos de escolas públicas da rede Estadual e Federal em Floriano/PI. In: Congresso Norte e Nordeste de Pesquisa e Inovação,11., 2016, Maceió. Anais... Maceió: IFAL, 2016.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Secretaria de Educação Média e Tecnologia. Brasília: MEC/SEMTEC,2006.

_______. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 6. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2011.

CARNEIRO, C. D. R.; TOLEDO, M. C. M.; ALMEIDA, F. F. M. Dez motivos para a inclusão de temas de geologia na educação básica. Rev. Bras. Geoc, v. 1, n.1, p. 1-15, 2004.

DUSO, L. O uso de modelos no ensino de Biologia. Unicamp, Campinas, 2012. Tese/Universidade Federal de Santa Catarina. Campus Trindade, Florianópolis-SC, 2012.

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 5. ed. Goiânia: Editora Alternativa, 2004.

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LIMA, K. E. C.; TEIXEIRA, F. M. A experimentação no ensino das ciências para a apropriação do conhecimento científico. Rev. da SBEnBIO, v. 1, n. 7, p.1-12, 2014.

MCHOTA, E. J. Saberes Necessários á Atuação do(a) Professor(a). Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 1, n. 2, p. 215-227, 2017.

OLIVEIRA, J. M. P.; SCHNEIDER, E. M. Os projetos de trabalho: uma alternativa na formação inicial para a articulação teórico-prática. Revista de Educación en Biología, v. 19, n. 1, p. 19-34, 2016.

PIRANHA, J.M. et al. O ensino de geologia como instrumento formador de uma cultura de sustentabilidade, São Jose do Rio Preto-SP: UNESP, 2009.

SANTOS, W. H. L. et al. A ideia do lúdico como opção metodológica no ensino de ciências e biologia: o que dizem os TCC dos egressos do curso de ciências biológicas licenciatura da universidade federal do rio grande do sul?. Pesquisa em Foco, v. 21, n. 2, p. 176-194, 2016.

Referências

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