Os hemisférios da Terra
Este é um mapa do mundo com uma linha vertical central que
divide o planeta Terra em duas partes, chamadas de hemisférios. O nome desta linha imaginária é Meridiano de Greenwich, e tudo o que você vê à sua direita, ou seja, à leste desta linha, chamamos de Oriente. Já do lado esquerdo, ou seja, oeste, chamamos de
Continente asiático:
O continente asiático é tão grande que para conseguirmos entendê-lo foi preciso organizá-lo em seis grandes partes que chamamos de: Oriente Médio, Ásia Setentrional, Ásia
Extremo Oriente: China
Durante a Idade média dos europeus, a China inteira era governada apenas por um único homem que tinha o título de imperador.
Ele pertencia a uma família, cujo nome era Tang, que reinou durante mais ou menos 300 anos, do ano 618 até 906. Quando gerações de uma mesma família reinam, chamamos isto de Dinastia. Neste caso, por exemplo, o sobrenome da família era Tang, por isso dizemos que a Dinastia Tang reinou por mais ou menos 300 anos.
Essa época foi muito importante para o povo chinês, pois o país cresceu muito.
Uma série de mudanças foram feitas para que a China
crescesse nesta época, como a distribuição de terras para os camponeses, a reorganização do Exército e a melhoria das principais cidades do Império.
Os imperadores da dinastia Tang governavam por
decretos, quer dizer, eles não dependiam que nobres
ou juízes autorizassem suas leis.
Nesta época também existiam dois grupos muito
importantes que viviam na China: os nobres (muitas
vezes parentes do imperador) e o grupo dos
comerciantes que traziam muito lucro ao país, pois
compravam muitos produtos de luxo para levar para
outros países.
Os comerciantes levaram o budismo para a China nos
primeiros cem anos depois de Cristo. Durante a
dinastia Tang essa religião cresceu muito e espalhou-se
para outros países do Oriente, como o Japão.
Budismo
Na Índia, existiu um príncipe, chamado Sidarta, que viveu mais ou menos 500 anos antes de Cristo.
Este príncipe queria, de todas as maneiras, encontrar a solução definitiva para o sofrimento humano.
Ele acreditava que o sofrimento é resultado do desejo. Isso quer dizer que, se a pessoa se livrar dos desejos de ter, comprar, vender etc., o sofrimento será eliminado junto.
O príncipe Sidarta passou a ser seguido por fiéis que o chamaram de Buda, que quer dizer iluminado.
Buda acreditava na reencarnação, ou seja, quando a pessoa
morre, ela volta a viver em outro corpo até que se purifique dos seus erros, encontre o Nirvana e, então, não precise reencarnar nunca mais.
Nirvana para eles é um estado de espírito em que a pessoa não sente mais ódio, nem desejo de coisa alguma nem necessidade. É como se fosse um estado de felicidade eterna.
Confucionismo
Confúcio, forma latina do nome chinês Kung Fu Tsé, foi um pensador que reestruturou a sociedade chinesa com seus ensinamentos
essencialmente éticos durante o século VI a.C..
O Confucionismo, ao contrário do que se acredita, não é
propriamente uma religião, mas uma doutrina baseada no sistema filosófico.
Nesse período foi estabelecido um elaborado sistema de moral, social, político, religioso e de ensino, baseado nas antigas tradições chinesas e, ao mesmo tempo, inovadores em termos de racionalismo.
Portanto, enquanto religião, o Confucionismo é, no máximo, uma doutrina que reverencia aos ancestrais.
Este sistema filosófico constitui um conjunto de ensinamentos sobre ética social. Estabeleceu um tratado sobre ideologia política, segundo o qual todo ser humano teria a inteligência necessária para modificar
meios e os fins de sua existência ao transformar as condições surgidas na vida.
Esta filosofia moral causou um grande impacto na
estrutura social chinesa e asiática como um todo. Isso
porque está presente nos valores tão presentes nas culturas orientais, como a disciplina, a ordem, a consciência
política, o trabalho e a valorização do estudo enquanto formação intelectual.
No Confucionismo, a família é base social em que todos os seres humanos estão assentados e da qual o sistema de
governo é um aspecto mais amplo.
Os governantes são considerados os “pais do povo”, sendo este não apenas súditos, mas filhos obedientes e humildes que respeitam a autoridade política baseada no mandato do céu.
Assim, não é espantoso o respeito pelos superiores hierárquicos nas culturas influenciadas pelo
Taoísmo
O Taoísmo é uma filosofia de vida e uma religião chinesa milenar, na qual o ser humano deve viver em harmonia com a natureza, pois faz parte dela.
Dessa forma acredita que, quando tomamos a natureza
como referência em nossas vidas, atingimos o equilíbrio, ou o “Tao”.
Alguns Princípios do Taoísmo são comuns a outras religiões: humildade, generosidade, não violência, simplicidade.
As obras literárias mais importantes no Taoismo são o Tao
Te Ching, livro que contém os ensinamentos de Lao-Tsé e
o Daozang, o cânon taoista com aproximadamente 1500 textos compilados ao longo da Idade Média Chinesa.
Contribuições da cultura chinesa
para a humanidade
PAPEL – data de aproximadamente 2 mil anos atrás e realmente mudou a vida de todos. Tudo teve início com a escrita no bambu, que foi precursor do papel. O papel saiu da China após a invasão dos muçulmanos, que
persuadiram os trabalhadores a contarem o “segredo” da sua fabricação. Depois passou para as mãos dos espanhóis, até chegar aos Estados Unidos por volta de 1600 e se espalhar de verdade pelo mundo.
PÓLVORA – está presente na história da China desde a dinastia Tang. A pólvora era um suposto ‘elixir da vida’. Para fazer o ‘elixir’ precisavam de enxofre, carvão e salitre. Os alquimistas da dinastia Tang começaram os experimentos com as substâncias. O resultado foi descrito num texto de
meados do século 9 onde dizia que “resultou em fumaça e chamas e as mãos e rostos ficaram queimados, bem como a casa onde eles trabalhavam”.
BÚSSOLA – a bússola apareceu na dinastia Qin (200 a.C.), e foi descoberta por acidente. Naquela época ela não era usada para direção e sim, para guiar o ‘Feng Shui’, marcando o norte e o sul, principalmente, para atrair boa sorte e fortuna para suas casas, escritórios etc. Só mais tarde eles perceberam a utilidade de localização que a bússola podia proporcionar. Existe uma controvérsia sobre quem inventou esse instrumento, pois os europeus
criaram uma versão própria da bússola antes que os chineses usassem a sua para a navegação.
IMPRENSA – foi a quarta maior invenção chinesa e surgiu entre os séculos 4 e 7 (dinastia Tang), aproximadamente. Desenhava-se numa superfície de madeira que depois recebia tinta e era “carimbada” no papel. Somente na dinastia Song surgiram os tipos móveis de impressão.
SERICICULTURA (seda)– há vestígios arqueológicos que
mostram que as técnicas de criação de larvas para a obtenção de seda já existiam por volta do ano 5.000 a. C. na China. O produto era a mercadoria mais cara do país e abriu muitos caminhos para o comércio chinês com o resto do mundo.
SINOS – Foram inventados em meados de 3.000 a.C. e eram chamados de “lings”. Um dos exemplares mais antigos foi encontrado em Henan, na China central.
PIPA – Foi inventada na China há cerca de três mil anos. E
realmente não há um parque nesse país onde não se veja muitas pipas voando nos finais de semana.
FOGOS DE ARTIFÍCIO – Foram inventados há cerca de mil anos, logo após a invenção da pólvora.
DOMINÓ – O jogo foi criado pelo soldado chinês Hung Ming, que viveu de 243 a.C. a 182 a.C. e tem muito em
comum com os demais jogos chineses, como mahong e o xadrez chinês.
JOGOS DE CARTA – Os primeiros jogos de carta foram encontrados no século 9, durante a dinastia Tang.
TINTA – Foram inventadas pelos chineses há 4.500 anos, combinando fuligem, óleo de lampião, gelatina e almíscar.
ÁBACO – Criado por volta de 1200, era usado para fazer
cálculos. Outras formas de ábacos foram criados no mundo após esse.
PAPEL-MOEDA – Devido à falta de cobre, a dinastia Tang introduziu esse novo sistema monetário no ano 806, mais de 800 anos antes de o papel-moeda surgir na Europa.
MACARRÃO – Reza a lenda que o explorador italiano
Marco Polo levou a massa da China para a Europa no ano 1292.
Extremo Oriente: Japão
A tradição ensina que o Japão foi fundado no ano 660
antes de Cristo.
A partir do século I, aumentou muito a migração de
pessoas vindas da região da Coreia e da China. Essas
pessoas introduziram no Japão o costume de
alimentar-se com arroz, por exemplo. Com o passar do
tempo, o arroz tornou-se parte da cultura japonesa,
passando de um hábito alimentar para um alimento
presente em festas, rituais e em pratos típicos em
forma de doces e sobremesas.
Depois do século VI d.C., a China passou também a
influenciar os costumes do Japão em muitos outros
assuntos, inclusive na religião. Foi assim que o
Budismo passou também a fazer parte da cultura
japonesa.
Os japoneses que preferiram continuar a cultuar seus
deuses passaram a chamar a si mesmos de xintoístas
para rivalizar com o budismo.
O Xintoísmo existe até hoje. Nesta religião não existem
livros sagrados como a Bíblia, por exemplo, e seus
O xintoísmo caracteriza-se pelo culto à natureza,
aos antepassados e pelo seu politeísmo, com uma forte
ênfase na pureza espiritual,.
Tem como uma de suas práticas honrar e celebrar a
existência de Kami, que pode ser definido como
"espírito", "essência" ou "divindades", e é associado
com múltiplos formatos compreendidos pelos fieis
(homem, animais ou forças da natureza).