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FICHAMENTO - FILOSOFIA (IMPRIMIR)

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Academic year: 2021

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Belchior de Jesus Cavalcante

Belchior de Jesus Cavalcante Machado¹Machado¹ Fichamento² Fichamento²

1.

1. Referência

Referência Bibliográfica

Bibliográfica

BITTAR, Eduardo Carlos,

BITTAR, Eduardo Carlos,

Curso de filosofia do Direito

Curso de filosofia do Direito

, 4ª ed. SP: , 4ª ed. SP: Atlas, 2005.Atlas, 2005.

2.

2. Principais

Principais Ideias

Ideias do

do Autor

Autor

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   

Rousseau: seu tempo e sua obra

Rousseau: seu tempo e sua obra

2.1 O autor introduz que o pensamento de Rousseau se desenvolveu como fruto da 2.1 O autor introduz que o pensamento de Rousseau se desenvolveu como fruto da própria efervescência de seu tempo, em meio a agitações sociais e políticas intensas. própria efervescência de seu tempo, em meio a agitações sociais e políticas intensas.

“Assim é que, em meio à proposta de resgate do homem por si mesmo, de seu

“Assim é que, em meio à proposta de resgate do homem por si mesmo, de seu

conhecimento

conhecimento, , ressaltou-ressaltou-

se o postulado rousseauniano do bom selvagem”.

se o postulado rousseauniano do bom selvagem”.

(p.237).(p.237). 2.2 Segue o autor dizendo que sua investigação cumpre analisar a abdicação das 2.2 Segue o autor dizendo que sua investigação cumpre analisar a abdicação das

liberdades individuais e naturais pelo homem “para emergirem no seio do

liberdades individuais e naturais pelo homem “para emergirem no seio do

convencionalismo contractual somente sob a condição de que o contrato social convencionalismo contractual somente sob a condição de que o contrato social

garanta continuidade do estado de natureza, ou seja, do estado de liberdade”.

garanta continuidade do estado de natureza, ou seja, do estado de liberdade”.

(p.238).(p.238).

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A vontade geral e o contrato social

A vontade geral e o contrato social

2.3 O Autor diz que é inevitável, ao estudar o pensamento de Rousseau, não fazer 2.3 O Autor diz que é inevitável, ao estudar o pensamento de Rousseau, não fazer uma discussão sobre questões naturais, sociais, políticas e jurídicas, pois na teoria uma discussão sobre questões naturais, sociais, políticas e jurídicas, pois na teoria rousseauniana há uma compactação da realidade onde encontramos um entrelaço rousseauniana há uma compactação da realidade onde encontramos um entrelaço dessas temáticas. (p.238).

dessas temáticas. (p.238). 2.4

2.4

“Uma das questões primordiais é aquela atinente à noção de contrato social e sua

“Uma das questões primordiais é aquela atinente à noção de contrato social e sua

relação com a vontade

relação com a vontade

geral”

geral”

. (p.239).. (p.239).

2.5 O uso da expressão contrato social gera uma fonte dúbia de interpretação quanto 2.5 O uso da expressão contrato social gera uma fonte dúbia de interpretação quanto ao que desejava Rousseau ao escrevê-la, mas é profundamente necessária para a ao que desejava Rousseau ao escrevê-la, mas é profundamente necessária para a compreensão das preocupações verdadeiras dele. (p.239).

compreensão das preocupações verdadeiras dele. (p.239).  ____________

 _______________________________________________________________________________________________ ___________ 

1.

1. Acadêmico de direito Acadêmico de direito da turma DI02TB da Faculdade da turma DI02TB da Faculdade Integrada Brasil Amazônia.Integrada Brasil Amazônia. E-mail: belchimachado@gamil.com

E-mail: belchimachado@gamil.com 2.

2. Fichamento do texto: “Rousseau e o Contrato Social”Fichamento do texto: “Rousseau e o Contrato Social” dispostodisposto no livro “Curso deno livro “Curso de

Filosofia do Direito” de Eduardo Carlos Bittar. Este fichamento é parte

Filosofia do Direito” de Eduardo Carlos Bittar. Este fichamento é parte integrante daintegrante da segunda avaliação da disciplina Filosofia Jurídica ministrada pela professora Iêda segunda avaliação da disciplina Filosofia Jurídica ministrada pela professora Iêda Fernandes.

(2)

2.5 Diz o autor que identificar no texto de Rousseau o delineamento da história da sociedade humana é tornar falsa a proposta

real de Rousseau, pois “o trabalho de

Rousseau é hipotético e não descritivo”.

(p. 239).

2.6

Segundo Bittar, sobre Rousseau: “Uma das hipóteses desenvolvidas em seu

trabalho filosófico é a da formação de um contrato social”. E segue o autor dizendo

que: “

O contrato social é, portanto, um pacto, ou seja, uma deliberação conjunta no

sentido da formação da sociedade civil e do Estado”.

(p. 239).

2.7

Escreve o autor: “Há aqui não só o surgimento da sociedade, mas também do

Estado, e isto se pode chamar, em meio ao movimento contratualista como um todo,

de contratualismo total”.

(p.240).

2.8 Bittar prossegue

escrevendo: “O contrato aparece como forma de proteção e de

garantia de liberdade, e não o contrário [...]”. “[...] O que se busca é a concretização do

que não seria possível ou acessível ao homem em seu estado de natureza, quando as forças particulares a

giam desagregadamente”.

(p.240).

2.9

 A vontade fundadora do pacto social se destina à realização da igualdade. “É essa

igualdade que deverá governar o pensamento comum dos membros. A noção de

contrato social está governada pela ideia de bem comum”.

(p.240).

2.10

O autor fala que: “A vontade geral é mais que simplesmente a vontade de todos

(somatória dos interesses particulares), pois aquela visa à realização do interesse

comum e público, e esta visa o interesse dos particulares”.

(p. 241).

2.11 Bittar con

tinua: “[...] no contrato está imanente a noção de que se trata de uma

relação em que prevalece a paridade de direitos e deveres, pois em contrapartida à adesão dos particulares e a sua obediência às leis proclamadas como comuns, está o imperativo de que o soberano deve se condicionar à observância delas e deve

obedecer à finalidade do pacto, o interesse comum”.

(p. 241).

2.12

O autor fala que: “O interesse particular agrega

-se de tal forma ao interesse geral, que se torna difícil identificar um atentado a um que não represente, ao mesmo tempo,

um atentado ao outro”. E isso justifica a punição do corpo social ao indivíduo que

atenta contra o outro, pois, ao mesmo tempo, atenta contra o todo. (p. 242).

2.13 Bittar diz

que: “

[...] a convenção não é o fim dos males humanos, pelo contrário, é

o início das tormentas humanas”. “Enfim, o que é o contrato social? A fonte dos males

da sociedade, ou o pacto tendente à realização de uma utilidade geral?” Nessa

(3)

perspectiva surge um impasse quanto à obra de Rousseau por uma contradição interna. (p.242).

2.14

O autor explica que: “[...] a contradição se dá como uma condição natural do que

se vislumbra como deve ser (ou deveria ser) o contrato social e do que efetivamente é (o que ocorre) o contr

ato social”. Observa

-se que há uma oposição entre o que a teoria oferece e o que se demonstra na prática. (p.242).

2.15

O autor expõe que a “[...] convenção social é aquela que cria as condições

artificiais com as quais se estabelece o homem em sociedade”. “ No estado de

natureza o homem possuía todas suas potencialidades livres para serem exercidas

ilimitadamente, inclusive sua liberdade, que não possuía aparas”. E o autor continua

dizendo que: “A sociedade não tem nada de natural, e tem tudo artificial e

pernicioso;

fundada a sociedade civil, o homem comprou sua própria escravização”.

(p.243).

   

Direitos naturais e direitos civis

2.16

O autor começa dizendo que: “Os direitos civis somente surgem após o advento

do contrato social. Os direitos naturais, por sua vez, são anteriores aos direitos civis,

preexistindo a qualquer convenção social”

. (p.243).

2.17

Continua o autor: “Nesse sentido, a ruptura entre um estado primeiro, chamado

de natureza (status naturae ), e um estado segundo, chamado cívico (status civilitatis ), se dá com a cessão das liberdades individuais ao Estado, o que é feito por meio do

contrato social”. (p.244)

.

2.18

Bittar fala que: “Na verdade, os direitos civis, para representarem uma ordem

 justa, legítima, fundada na igualdade e no respeito do status naturae, devem encarnar

os chamados direitos naturais”. (p.244)

.

2.19

O autor prossegue: “Percebe

-se que o pressuposto de partida a elaboração dessas afirmações teóricas é o de que a natureza é boa, no sentido de que suas leis (naturais) são

mais perfeitas que as humanas [...]”. “[...] Mais do que isso, o homem

em si é bom” (p.244)

.

2.20

Então, o autor fala que: “A corrupção humana dá

-se para Rousseau, num segundo momento, ou seja, a partir de quando a sociedade se constitui, e o homem deixa s

ua solidão natural”. (p. 245)

.

(4)

2.21

No entanto, o autor explica que no pacto social “cada pessoa se dá a todos e a

ninguém ao mesmo tempo” “A liberdade continua íntegra após a adesão ao pacto,

agora com a garantia do Estado que a reforce”. (p. 245)

.

2.22 O

autor explica que: “Na teoria rousseauniana, existe lugar preciso e determinado

para os direitos naturais, que devem ser respeitados pelo pacto social”. (p. 246)

.

2.23 Bittar escreve:

“O homem só deve ceder ao poder legítimo

, ou seja, àquele legitimamente constituído pela vontade de adesão e de deliberação, e não àquele constituído com base na força física

”.

(p. 246).

2.24

O autor diz que para Rousseau: “A passagem do estado pré

-cívico ao cívico deu-se exatamente em função dessa necessidade de transformar o poder físico em poder

moral”. (p. 246)

.

2.25

“[...] a liberdade natural, ou seja, a força do indivíduo e suas limitações egoístas,

é substituída também pela liberdade civil, em que a vontade de um convive e dialoga

com a vontade geral[...]” (p. 247)

.

2.26

O autor escreve: “Daí emerge a verdadeira liberdade, que reside no conceito de

legalidade, única forma de garantia da igualdade”. (p. 247)

.

2.27

Bittar diz que: “A propriedade é mesmo o decreto de fim à igualdade humana na

concepção rousseaniana. Assim, a desigualdade e a propriedade são uma e a mesma

coisa”. (p. 248)

.

2.28

O autor fala que na concepção de Rousseau: “[...] o verdadeiro fundador da

sociedade civil; é este primeiro homem que disse “Esta terra é minha! ”, e que se fez

acreditar por gente sim

ples que as coisa não são comuns, e sim particulares [...]” (p.

248).

2.29

Bittar finaliza esta parte dizendo: “O Estado, no fundo, deve ser o retrato do

status naturae,

e isso se quiser ser um Estado legitimamente constituído”. (p.249)

.

   

Leis e justiça

2.30

O autor fala que: “O que aguardava Rousseau, efetivamente do contrato social

era uma ordem justa, de fato correspondente ao estado de natureza, respeitante da

(5)

2.31

Bittar segue dizendo que: “O fundamento de toda lei deve ser a noção de justiça,

imanente ao pacto, e a priori

de qualquer convenção humana”. (p.250)

.

2.32

O autor diz que: “[...] Nenhuma ideologia religiosa mistura

-se ou deve-se misturar aos deveres dos cidadãos. O credo deixa de ser fundamento para obediência, pois os

direitos são feitos por homens e para homens”. (p.250)

.

2.33 O autor explica que é a vontade geral é a fundadora do pacto social, e é dela que emana o poder para que o Estado faça as leis. (p.251).

2.34

Diz o autor: “Na verdade, o contrato aparece como sendo a única forma de

salvaguardar e proteger a liberdade do individuo”. (p.251)

.

2.35 Bittar explica, e diz ser importante saber, que

“[...]

a democracia jamais existiu e  jamais existirá, poi

s a maioria nunca esteve e nunca estará apta a governar”. (p.251)

.

2.36

O autor fala que: “As vontades particulares guiam

-se pelos interesses individuais, e seu fortalecimento só pode representar o enfraquecimento das forças políticas do Estado, pelo esvaz

iamento da vontade geral”.

(p.252).

2.37

Escreve o autor: “Após o pacto, a convenção tem que se manter íntegra. Toda

degeneração do pacto deve ao fato de que o nó social se esvai gradativamente e as forças sociais, por consequência, passam a relaxar, a enfraquecer até a

degenerescência terminal”. (p.252)

.

   

Conclusões

2.38 Bittar conclui

que: “Refundar os ditames do convívio social, nisso reside o

envolver teórico de Jean- Jacques Rousseau. Sua proposta, por um só ato, mantém a ordem do Estado, renuncia o caos e a desordem implantados, institui o culto do estado de natureza, privilegia a

liberdade e enaltece os fins sociais”. (p.253)

.

2.39

O autor finaliza com a ideia de que a filosofia de Rousseau “[...] será o lastro e o

fundamento de todo contratualismo posterior, bem como o berço de ideias para a

(6)

3. Análise Crítica Acerca da Obra:

Observa-

se na obra e no pensamento de Rousseau sobre “O contrato social”,

que sua finalidade era determinar a origem e como se fundamenta legitimamente a ordem social. Muito além de apenas direitos naturais ou de forças impostas, o homem a partir de uma convenção que é determinada pelo contrato social, legitima um ordem social comum, que garante os próprios direitos naturais e distribui deveres a todos participantes do contrato. E é nessa lógica de que o homem legitima a ordem social que Rousseau baseia seu pensamento de que o homem se abstém de sua liberdade e direitos individuais para se submeter à vontade geral e um bem comum a partir da convenção, do pacto social.

A partir do contrato social, que se deu no momento em que os indivíduos se uniram, visando superar obstáculos que não conseguiam em seu estado natural,

temos o surgimento da sociedade civil e do Estado democrático. O ponto principal para que o contrato existisse é o fato do homem ter escolhido passar do estado natural para o estado civil preservando, assim, seus direitos naturais de igualdade e liberdade.

O surgimento da propriedade privada, quando o primeiro homem disse que uma determinada terra o pertencia, foi o que deu início a ideia de que o homem saísse do estado de natureza para o estado civilizado, legitimando poderes como o Estado, transferindo para ele os direitos naturais a serem transformados em direitos civis. Este, por sua vez, enquanto fundamento legítimo de uma sociedade política deve ser a representação da vontade geral, garantindo a liberdade e os direitos dos participantes do contrato social. Rousseau diz que a vontade de todos é a soma das vontades particulares, e essa deve ser a governante. No pensamento de Rousseau, verifica-se que no contrato social o poder político é entendido como fruto do povo, e assim, o poder do soberano não pode exceder dos limites das convenções gerais, nem tão pouco partir de interesses privados. Então, a finalidade do Estado é o bem comum, garantindo igualdade entre todos.

Enfim, o

pensamento de Rousseau em “O

contrato social

trouxe ideias transformadoras, que marcaram época modificando o contexto histórico como na Revolução francesa, e que são o lastro e o fundamento de todo contratualismo posterior a ele, além de ser um pensamento estendido até os dias atuais, pois firma a construção da noção de Estado moderno.

(7)

4. Terminologias novas

4.1 Sectário: aquele que defende obstinadamente um ponto de vista extremado ou posições políticas, religiosas ou teóricas intransigentes e polarizadas.

4.2 Sinalagmático: Diz-se do contrato bilateral.

4.3 Tecitura: Conjunto dos fios que se cruzam com a urdidura. 4.4 Medram: Fazer crescer, desenvolver.

5. Relação existente entre as ideias do autor e o documentário

À

Margem da Imagem

“À Margem da Imagem”

(2003, de Evaldo Mocarzel) é um documentário sobre as rotinas de sobrevivência, o estilo de vida e a cultura dos moradores de rua de São Paulo, abordando temas como exclusão social, desemprego, alcoolismo, loucura, religiosidade e, como sugere o próprio título, o roubo da imagem dessas pessoas. E é nesta perspectiva que o documentário relata o dia-a-

dia do “bom selvagem” dos dias

atuais.

Fica claro que o maior problema das pessoas retratadas neste documentário está relacionado à ideia de propriedade privada que Rousseau já postulava como a origem de sociedade civil, como podemos observar neste trecho do texto:

“[...] o

verdadeiro fundador da sociedade civil; é este primeiro homem que disse “Esta terra é

minha!”, e que se fez acreditar por gente simpl

es que as coisas não são comuns, e sim

particulares [...]”

. Além da ideia de propriedade privada resultando no surgimento da sociedade civil, percebemos que juntamente com ela há o aparecimento das desigualdades. O Estado Democrático, que é legitimado pela vontade geral para assegurar a liberdade, os direitos, delimitar os deveres, garantir a igualdade entre todos, não cumpre com sua finalidade para com essas pessoas que observamos no documentário. Essas pessoas vivem à margem de um pacto social, com suas imagens fora

da sociedade dita “civilizada”.

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