Research & Forecast Report
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PONTE
25 ABRIL
A5 CASC
AIS
AV. 24 JULHO
AV. .
E U. A.
AV.
LIBERDADE
AV.
REPÚBLICA
AV.
ALMIRANTE
REIS
MARQUÊS
POMBAL
AMOREIRAS
SETE
RIOS
CAMPO
GRANDE
CAMPO
PEQUENO
BAIXA
PRAÇA
ESPANHA
PARQUE
DAS
NAÇÕES
PONTE
VASCO
GAMA
DAZ 1
Z 6
Z 5
Z 3
Z 2
Z 4
by
5.000 - 10.000 m²
2.000 - 5.000 m²
> 10.000 m²
1.000 - 2.000 m²
< 500 m²
DEALS MAP
2015
3
Colliers International | Portugal | H1 2016 | Research & Forecast Report
Economia
> Depois de 3 anos com crescimento negativo, Portugal vai iniciar o terceiro ano consecutivo com uma evolução positiva do PIB. No entanto, as taxas de crescimento devem manter-se em níveis modestos, por volta dos 2%. O Banco de Portugal está inclusivamente a prever que a atividade económica venha a desacelerar em 2018, com um crescimento do PIB próximo de 1,6%. Em contraste, o Governo anuncia projeções mais otimistas, com o Produto a aumentar na ordem dos 1,8% nos próximos 2 anos, acima das projeções do FMI, que dita um crescimento de apenas 1,4% em 2016 e 1,3% em 2017.
> Em 2016, a deterioração das condições da economia internacional e o investimento privado mais reduzido
penalizarão Portugal, mas estes números serão mitigados por um consumo privado mais forte e resiliente e por uma superior capacidade de financiamento da economia. Já em 2017, o crescimento do PIB deverá ser impulsionado pelas exportações e pelo investimento privado, o qual se espera que venha a superar o peso do consumo privado no crescimento do PIB.
> O consumo privado tem vindo a alavancar a economia nacional, assente num desempenho ligeiramente mais positivo do mercado de trabalho e num aumento do crédito ao consumo – assistiu-se a um acréscimo de 10% no consumo dos bens duradouros.
> O investimento tem vindo a crescer, alicerçado no interessante desempenho do setor da Construção, que interrompeu o ciclo contínuo de quebra desta variável, desde 2001.
> Os preços deverão crescer a um ritmo mais rápido, seguindo a tendência esperada para a União Europeia – espera-se que em 2018 a inflação atinja os 1,6%.
> O desemprego deverá manter uma tendência de quebra, refletindo o desempenho geral mais positivo da economia portuguesa.
*to date
Portugal: Economia (%)
2011 - 2018
Fonte: Banco de Portugal, OCDE
Portugal: Consumo e Investimento (%)
Fonte: Banco de Portugal -10 -5 0 5 10 15 20 PIB Inflação
Cons. Priv. Desemp.
-15 -10 -5 0 5 10
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Research & Forecast Report | Q1 2016 | Lisboa Escritórios | Colliers InternationalLisboa
Stock Total
> O stock total de escritórios em Lisboa está perto dos 4,6 milhões de m² e, embora crescente, o ritmo médio anual de subida não foi além de 1% desde 2012.
> Em Lisboa, o stock total de escritórios corresponde apenas a um terço do de Madrid e permanece ainda abaixo do de Barcelona.
> Analisando o rácio ‘stock de escritórios / população residente’, conclui-se que Lisboa apresenta um valor um pouco acima de 2 m²/residente, muito distante dos 5 m²/residente de Madrid, dos 4,5 m²/residente de Paris (o maior mercado de escritórios da Europa) e mesmo dos 4 m²/habitante de Londres ou dos 3,5 m²/residente de Barcelona.
Pipeline
> A oferta de escritórios novos em Lisboa tem-se mantido baixa desde 2012. Em 2015, os edifícios novos colocados no mercado contabilizaram apenas cerca de 20.000 m².
> Até 2012, o mercado de escritórios de Lisboa cresceu 300.000 m², o que equivale a uma oferta nova média de 75.000 m² por ano.
> Entre 2012 e 2015, os novos escritórios em Lisboa não foram além dos 100.000 m², o que significa menos de 25.000 m² anuais.
> O pipeline futuro de Lisboa será bastante escasso – a média do último ano não deverá sofrer alteração, mantendo-se perto dos 25.000 m², existindo apenas quatro edifícios em construção.
> Não se antecipa que estes novos edifícios venham mudar drasticamente a perspetiva do mercado local, com apenas metade desta nova área de escritórios a contribuir para o aumento do stock, que é já considerado escasso.
> Para 2017, a expetativa é que a construção de produto novo se mantenha em níveis baixos.
> Contudo, dado o esperado contexto de crescimento do mercado a curto e médio prazo, é possível que a promoção imobiliária se venha a voltar para o segmento dos escritórios, com o desenvolvimento de novos projetos, que procurem aproveitar e rentabilizar a situação atual de défice da oferta face à procura já existente e expectável no futuro próximo.
“o stock de escritórios em
projeto mantém-se num nível
relativamente baixo; todavia
as previsíveis oportunidades
de crescimento do mercado
aumentarão a sua atratividade,
conduzindo a novos projetos e
conceitos inovadores”
INDICADORES ANUAIS
INDICADORES MERCADO Absorção Desocupação Construção Rendas ESTATÍSTICAS Vacancy Rate 10,77% Take-Up (2016 Q1) 27.000 m² Disponibilidade (CBD) 225.000 m² Construção Nova 25.000 m² Em Construção 22.000 m² Rendas Prime 18,50 eur/m² Média 16,20 eur/m²5
Colliers International | Lisboa Escritórios | Q1 2016 | Research & Forecast Report
Take-up e Desocupação
> A absorção de escritórios aumentou 20% em 2015, ultrapassando os 115.000 m², equivalente a um acréscimo anual de 20.000 m². Em 2016 Q1, e face ao período homólogo, a absorção de escritórios cresceu mais de 40%, o que indicia que 2016 será mais um ano de evolução muito positiva.
> Os escritórios usados representaram mais de 75% do total de imóveis absorvidos no mercado lisboeta, em 2015 (mais 56% do que em 2014). Os dados relativos a 2016 indicam que quase todas os negócios envolveram imóveis usados.
> Com a exceção das Zonas 2 e 3, todas as restantes áreas de Lisboa tiveram um crescimento positivo no take-up de escritórios. A Zona 4 foi a que registou a melhor performance, sobretudo devido ao negócio da EDP (o maior investimento do setor em 2015); no entanto, mesmo expurgando esse negócio, a Zona 4 continuaria a ter um desempenho excecional, com o total de área absorvida a crescer mais de 40%.
> O Parque das Nações aumentou o seu take-up em 25%, mas sem escritórios novos. Num polo oposto temos a Zona 1, onde cerca de metade da área absorvida foi referente a espaços novos.
> Em 2016, a Zona 2 e, principalmente, a Zona 3, aumentaram o seu peso no take-up do mercado local. Aliás, foi na Zona 3 o maior negócio de 2016 (seria o segundo maior em 2015). Por outro lado, o Parque das Nações viu o seu protagonismo diminuir.
> Os últimos dois anos marcaram uma tendência de descida das taxas de desocupação, que se situam agora abaixo dos 11%. No geral, existem cerca de 500.000 m² escritórios disponíveis em Lisboa, com cerca de 200.000 m² localizados no CBD.
> A zona de melhor desempenho em Lisboa é o Parque das Nações, com uma desocupação abaixo dos 5%. Só nos últimos 3 anos, a absorção total no Parque das Nações ultrapassou os 30.000 m², mas com a oferta total local inalterada desde 2012.
> Apenas 3% do total da oferta disponível correspondem a produto novo, refletindo a escassez de oferta nova.
Negócios
> Em 2015, a ocupação de espaços foi equilibrada por Lisboa.
> 35% das transações de 2015 deveram-se a necessidades de expansão de ocupadores já instalados, com, cerca, de 10% do total absorvidos por novas empresas em Lisboa.
> Em 2015, a área média ocupada esteve acima dos 500 m², crescendo, em 2016, para acima dos 750 m².
> Os 10 maiores ocupadores concentraram, aproximadamente, 30% do mercado, com dois arrendatários a concretizarem 9 negócios (correspondentes a 7,5% do mercado).
“não há escritórios novos
disponíveis no Parque das
Nações”
Serv. Financeiros, 15% Serv. Empresas, 25% Outros Serv., 8% Saúde, 6% Prod. Consumo, 7% Consult e Advogados, 4% Const. e Imobiliário, 1% Estado e similares, 8% TMT's & Utilities, 26%Take-up 2009 Q1 - 2016 Q1 (‘000 m²)
Fonte: Colliers International, LPI
Escritórios Disponíveis (‘000 m²)
Fonte: Colliers International, LPI
Negócios por Sector de Atividade (2015)
Fonte: Colliers International , LPI 400 450 500 550 600 650 0 20 40 usados novos
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Research & Forecast Report | Q1 2016 | Lisboa Escritórios | Colliers InternationalRendas
> As rendas prime mantiveram-se relativamente estáveis em 2015, com apenas o Parque das Nações a registar um aumento de preços notável (mais de 15% de acréscimo). O início de 2016 indicia uma ligeira redução nas rendas prime (5% face ao ano passado).
> As rendas médias, no CBD, mantiveram-se no ciclo ascendente, que teve início em 2014. Os primeiros meses de 2016 confirmam essa tendência, com um acréscimo próximo dos 2%.
> Para além do CBD, o Parque das Nações (Z5) foi a localização com melhor performance, registando um crescimento próximo dos 10%.
> 2016 tem registado um crescimento em virtualmente todas as localizações de Lisboa, tanto nas rendas prime, como nos valores médios, com exceção das rendas prime no CBD.
> O aumento das rendas efetivas é ainda mais notável, na medida em que os incentivos aos arrendatários têm vindo a diminuir: os proprietários praticamente pararam de pagar pelos fit-outs e os períodos médios de carência de renda têm baixado.
Investimento
> Em 2015, o investimento disparou para níveis recorde. De um modo geral, o investimento no imobiliário chegou aos 2 mil milhões de euros, com o segmento dos escritórios a captar um quarto do total. Este valor duplicou o volume do investimento face a 2014.
> O investimento em escritórios em Lisboa ultrapassou, em 2015, os valores de Madrid e Barcelona, em conjunto.
> 90% do total do investimento em imobiliário teve origem em capital estrangeiro, com destaque para os EUA (cerca de 50% do total). A Europa contribuiu com aproximadamente um terço do investimento, com a Alemanha e a Espanha como principais investidores.
> No segmento dos escritórios, três negócios representaram quase metade do total investido. O maior negócio foi protagonizado por um investidor asiático, com as duas seguintes a envolver um comprador americano e um alemão.
> As yields têm vindo a decrescer, atingindo um novo mínimo em 2015.
> Em 2016, esta tendência deverá continuar, com Portugal a ser capaz de oferecer um pacote competitivo de risco baixo e exigências de investimento não muito altas, o que representa uma alternativa económica, rentável e com potencial de crescimento para os investidores internacionais.
> A rentabilidade dos ativos imobiliários nacionais deve manter-se, no curto prazo, uma vez que a concorrência do lado da procura não atingiu os níveis altos caraterísticos de outros mercados europeus.
“as rendas prime continuam
estáveis”
“o investimento em escritórios,
em Lisboa, suplantou, em
conjunto, Madrid e Barcelona”
4,00% 6,00% 8,00% 10,00% 8 10 12 14 16 18 20 22
Renda Top CBD Renda Top Perif. Yield CBD Yield Periferia
Rendas Prime por Zona (2016 Q1)
Fonte: LPI, Colliers International
Rendas e Yields
Fonte: LPI, Colliers International 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 Z1 Z2 Z3 Z4 Z5 Z6
Volume Investimento Escritórios
Fonte: Colliers International 0 100 200 300 400 500 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Nacional Estrangeiro
TMT’s & Utilities 11.000 m² Serv. Empresas 11.500 m² Serv. Financeiros 300 m² Saúde 3.000 m² Outros Serv. 2.500 m² Constr. e Imob. 750 m² Estado 4.500 m² Prod. Consumo 850 m²
NEGÓCIOS
POR SETOR
Q1 2016
Z 2 10,7%RENDAS PRIME YOY
Q1 2016
Q1 2015
10,77%
11,74%
TAXA DE DESOCUPAÇÃO
Z 6 8,7% Z 3 4,2% Z 1 -2,8% Z 5 9,9%“o stock de escritórios previsto para o Porto mantém-se num nível
baixo e incapaz de satisfazer a procura atual”
“as previsíveis oportunidades de crescimento do mercado deverão
canalizar algum do investimento também para este setor (não só
para a habitação e o turismo), agora mais atrativo, conduzindo a
novos projetos e conceitos inovadores”
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Colliers International | Porto Escritórios | Q1 2016 | Research & Forecast Report
Porto
Stock
> O stock total de escritórios no Porto continua abaixo do milhão de m² e o crescimento não tem sido notável nos últimos anos.
> Os setores universitário de investigação e desenvolvimento (associados frequentemente a instituições públicas) foram responsáveis por quase 60% da oferta nova total nos últimos quatro anos, criando mais de 30.000 m² de área de serviços.
> O início de 2016 deverá destacar esta tendência, com a inauguração de um novo centro de pesquisa na área da saúde, correspondendo a uma oferta adicional de 18.000 m².
Take-up e Desocupação
> Após um período de atividade reduzida, o mercado de
escritórios do Porto tem vindo a crescer a um ritmo sustentável, com a take-up anual a manter-se acima dos 10.000 m².
> Além disso, a tendência mais recente da absorção de escritórios tem passado por um número mais elevado de negócios
menores, quebrando a tendência tradicional de grandes negócios, que constituíam quase por si mesmos o mercado.
> No ano passado, o total de área absorvida esteve perto dos 25.000 m², bem acima de 2014 e em níveis de 2008. O início de 2016 não aponta para uma inversão desta tendência positiva, apesar das dificuldades que a oferta tem revelado em acompanhar o interesse da procura.
> Nos últimos 2 anos, as áreas mais procuradas têm vindo a aumentar, ressaltando o acréscimo de procura por áreas maiores, acima dos 500 m² e até superiores a 2.000 m².
> As taxas de ocupação no Porto continuam a ser bipolares, com o centro histórico a manter áreas devolutas elevadas e a zona da Boavista (novo CBD) com taxas de desocupação em níveis baixos e decrescentes (já próximos dos 10%).
> Os edifícios mais modernos e bem equipados, com padrões de qualidade internacionais, estão localizados na Boavista.
> O cluster académico e tecnológico tem crescido com a construção de novos edifícios de serviços, na zona da Asprela.
Rendas e Yields Prime
> As rendas prime têm diminuído ao longo da última década; no entanto, os últimos dois anos, embora sem reverter o ciclo, têm contribuído para uma estabilização dos preços.
> A médio prazo será inevitável o crescimento das rendas prime locais, pois a oferta local não aparenta ser capaz de acompanhar a procura.
> Há um interesse crescente de investidores, sobretudo estrangeiros, nas oportunidades oferecidas pelo Porto, com a consolidação do crescimento do mercado local.
> Em 2015, as prime yields continuaram a diminuir, esperando-se uma continuação dessa tendência de descida durante 2016.
Oferta Nova e Stock Total (‘000 m²)
Fonte: Colliers International
Yield
Prime
Fonte: Colliers International
Rendas Prime
Fonte: Colliers International 5 10 15 20 0,00% 2,50% 5,00% 7,50% 10,00% 0 250 500 750 1.000
PARA MAIS INFORMAÇÕES
Colliers International | Portugal Largo das Palmeiras, 9 1050-168 Lisboa colliers.com/portugal
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Gustavo Castro +351 22 772 85 19 gustavo.castro@colliers.com
554 escritórios em
66 países em
6 continentes
$2.5
mil milhões
faturação anual
200
milhões de metros quadrados
sob gestão
16,000
profissionais
GUIA DO ARRENDAMENTO PARA ARRENDATÁRIOS JÁ DISPONÍVEL