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ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA

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Academic year: 2021

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ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA

Áreas temáticas: Educação e Saúde

Coordenador: Profª Norma Suely Falcão De Oliveira Melo

Equipe executora: Orientadoras: Profª Norma Suely Falcão De Oliveira Melo

(coordenador); Verônica de Azevedo Mazza. Bolsistas: Keity Dayane Reifur; Camila Zilli Palmeiro; Ligia Leal Silotto. Extensionistas voluntárias: Ingrid Araújo Santos; Liege da Fonseca.

Local de Realização: Unidade de Saúde Mauá no Município de Colombo Publico-alvo: - Crianças atendidas na Unidade Saúde Mauá de Colombo.

Resumo

O projeto “Atenção à Saúde da criança” possibilitou avaliar as condições saúde e higiene, hábitos alimentares e desenvolvimento psicomotor. O programa de puericultura foi implantado na Unidade de Saúde Maracanã. Na unidade de Saúde Guaraituba, levantamento em mulheres grávidas mostrou há necessidade de atenção odontológica, mudanças de hábitos alimentares e de higiene. Em 2001, incluiu a Escola Nª Senhora de Fátima, onde o levantamento apresentou um alto índice prevalência de cárie, gengivite, fluorose e tratamento de pediculose. No ano 2003, esta proposta foi implementada na Unidade de Saúde Mauá e na Escola Barão de Mauá foi realizado um levantamento das doenças bucais e a identificação da necessidade de atenção ontológica e o tratamento de pediculose. Em 2004 o projeto voltou sua atenção integral a Saúde da criança, com atuação da enfermagem, odontologia e terapia ocupacional. Consideramos que as ações já desenvolvidas revelam a magnitude da proposta de promoção da saúde da criança.

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Introdução

O “PROGRAMA ARTICULAÇÃO INTERINSTITUCIONAL NA ÁREA DA SAÚDE: UFPR E SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE COLOMBO” que vem sendo desenvolvido desde 1998. Este programa visa promover a construção de propostas conjuntas que possibilitem às instituições uma retroalimentação recíproca, induzindo e legitimando mudanças no processo de promoção à saúde e assistência. Corroborando com a proposta institucional da Universidade Federal do Paraná de integrar ensino, pesquisa e extensão. Esta proposta envolve fundamentalmente três áreas: atenção à saúde da criança, atenção à saúde do adulto, idoso e hipertenso e saúde bucal. Este programa é desenvolvido no Município de Colombo-PR e tem parceria com a Secretária Municipal de Saúde e UFPR, com os Departamentos de Enfermagem e Estomatoterapia e a Coordenação do curso de graduação de Terapia Ocupacional. O programa é constituído por 2 projetos “Sistematização da Assistência a Portadores de Hipertensão Arterial” e “Atenção à saúde da criança”. Nesta perspectiva o programa tem como finalidade contribuir com uma proposta que atenda as necessidades e aponte as dificuldades apresentadas pelo município na organização do programa de atenção à saúde do adulto e idoso hipertenso e da criança.

Esse trabalho visa apresentar as propostas desenvolvidas no subprojeto “Atenção à Saúde da Criança”, desde sua implantação. Na fase inicial este trabalho foi realizado na Unidade Saúde Maracanã, com o subprojeto “Monitoramento do recém-nato de risco” em 1998, e desenvolvido até 2002, nesta Unidade. O projeto “Promoção de saúde bucal em gestantes, hipertensos, crianças e escolares da rede pública de Colombo”, criando em 2000, desenvolvido nas Unidades de Saúde Guaraituba e Fátima e Escolas Nª Senhora de Fátima possibilitou a criação do atual projeto “Atenção à saúde da criança” através da análise crítica dos seus resultados com o sub-projeto “Atenção a Saúde Bucal do Bebê”.

Acreditamos que a promoção da saúde é capaz de gerar na comunidade mudança comportamental, e conseqüentemente, qualidade de vida não apenas do recém-nato, mas da sua família e da comunidade. Os dados epidemiológicos

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demonstram que a atenção à criança é uma necessidade real, já que interfere no processo saúde-doença da população, refletindo diretamente no perfil epidemiológico da região de abrangência do programa.

Objetivos

01. Promover ações educativas voltadas ao diagnóstico e prevenção de doenças prevalentes na infância e promoção da saúde da criança.

02. Implantar e organizar, programa de atenção à saúde da criança e assistência à criança junto a Secretária Municipal de Saúde.

Metodologia

A compreensão da realidade será feita através de levantamentos epidemiológicos com determinação e hierarquização dos problemas e pela análise dos dados levantados. Serão determinadas diretrizes de intervenção e a elaboração de proposta envolvendo os profissionais que atuam na área junto à unidade de saúde e ao programa. Para o levantamento foram elaboradas ferramentas para avaliação de índices de saúde/doença, desenvolvimento de protocolos de atendimento, confecção de fichas de levantamento epidemiológico; avaliação do risco à doença bucal através dos registros epidemiológicos junto à comunidade e da Unidade de Saúde.

Para os sub-projetos “Atenção a Saúde Bucal do Bebê” e “Atenção à saúde da criança” as atividades propostas junto a Unidade de Saúde e comunidade serão de realização de consultas multiprofissionais com alunos de enfermagem, odontologia e terapia ocupacional em crianças de zero a 12 meses.

As ações educativas foram desenvolvidas com apresentação de palestras e oficinas de orientação de pais/cuidador, equipe de saúde e comunidade. Para tanto elaboramos materiais didáticos para subsídios metodológicos. Foram desenvolvidas ações educativas às crianças em idade escolar; auxiliar no processo ensino-aprendizagem junto aos funcionários da Unidade.

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Foram realizadas consultas às crianças inscritas no programa de puericultura da Unidade Mauá, com a equipe multiprofissional, composta por enfermagem, odontologia e terapia ocupacional. Para os recém natos de risco foram realizados busca ativa e visita domiciliar.

Para implantação desse sub-projeto foi necessário fazer um levantamento da realidade local com intuito de identificar os serviços de atenção à criança disponíveis na Unidade de Saúde Mauá, bem como o mapeamento da área de abrangência da unidade e os recursos institucionais do programa de saúde do Município sobre criança e acesso aos serviços.

Resultados

Os resultados do levantamento dos serviços de saúde à criança mostraram que a Unidade atende mais ou menos 8 mil habitantes da região Mauá, Liberdade, Atuba; mas não é restrita a estas regiões. Não há registro do número de famílias atendidas. O atendimento na unidade ocorre através de uma demanda livre, sendo por ordem de chegada. Em média são realizadas 144 consultas/dia. O atendimento odontológico é feito preferencialmente para crianças de 6 a 14 anos e para adultos somente em caso de emergência. São marcadas 12 consultas diárias, 6 para cada dentistas, por livre demanda e 4 consultas reservadas para emergência. O atendimento odontológico se constitui na resolução das necessidades imediatas. Não existe na Unidade de Saúde Mauá nenhuma ação sobre atenção a saúde bucal e principalmente a do bebê. A programação da Unidade para o “Programa de Saúde do Município” se constitui em 4 áreas: diabetes, gestante, hipertenso e planejamento familiar. Nestes programas são feitas palestras mensais pela enfermeira sobre temas que tratem destas condições citadas. O programa de promoção de saúde odontológico da unidade se constitui estritamente de tratamento restaurador, cirúrgico e de emergência. Nenhuma abordagem de promoção de saúde bucal é feita pela equipe da unidade.

Dentre as atividades desenvolvidas ressaltamos as atividades levantamento epidemiológico de saúde bucal, que no projeto, em 2003, foi deslocado para a Escola Barão de Mauá.

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Teve início com reunião com a direção da Escola que salientou a existência de problemas de saúde bucal, higiene e pediculose. O programa de aplicação de flúor teve descontinuidade e neste ano Escola não foi beneficiada por ele. Acredita a direção que uma solução para o problema seria de liberação de horário na agenda da Unidade destinado aos alunos da escola com problemas de emergência ou com necessidade de tratamento imediato. Um levantamento da prevalência de doenças bucais, realizado nesta escola mostrou resultados que apontaram para a necessidade imediata de ações curativas que contemplassem o tratamento de doenças bucais prevalentes, prevenção e promoção de saúde. Os resultados identificaram a não realização de bochecho com flúor na escola. Dado confirmado pela direção da Instituição. Isto mostra a que o programa de fluoretação em Escolas do município ou tem tido descontinuidade ou não atinge todas as escolas. Foram identificadas crianças que nunca tiveram acesso serviço de odontologia (28%) e a queixa de dor de dente ocorreu em 18% dos escolares. Todos os alunos apresentaram algum tipo de hábito, sendo: uso de doces entre as refeições principais; uso de mamadeira em 3% das meninas apesar da faixa etária; 3% dos meninos e 6% das meninas faziam uso de chupetas ou sucção digital. Outros hábitos como roer as unhas ocorreu em 34% dos escolares, chupar os lábios 9%, ou roer objetos e 100% caneta e lápis.

A higiene bucal foi avaliada quanto à freqüência diária e 66% dos alunos relataram escovar os dentes 3 vezes ao dia; 29% duas vezes e 11% uma vez ao dia. A escova era coletiva (família) para 4% dos alunos e 5% não tinham escova. O uso de fio dental na escovação não é freqüente e 75% não usam. O CPO-D demonstrou necessidade de tratamento dentário tipo restauração, tratamento endodôntico, selante, extração, instrução de higiene oral, fluoretação tópica, etc. Mesmo com a identificação destes problemas e com o conhecimento do município dos resultados não foi possível ainda dar soluções aos problemas encontrados, pois as soluções dos problemas necessitam de uma intervenção estrutural, com aumento de Unidades de Saúde e contratação de pessoal. A solução pensada pelo projeto de “Promoção de Saúde Bucal” seria de iniciar a abordagem preventiva e promoção

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para saúde bucal em bebês, onde é possível se ter uma avaliação do risco às doenças bucais e colher resultados efetivos com a prevenção e promoção à saúde.

As atividades práticas constaram de consultas, exames e aplicação de ferramentas para avaliação do desenvolvimento psicomotor e de condições de saúde/doença da criança. Em média de atendimento, são feitas 3 consultas podendo chegar até o máximo 10 conforme a necessidade da criança. Estas consultas têm uma duração de 30 minutos ou até 01 hora cada e são feitas pelas bolsistas de enfermagem e terapia ocupacional e acompanhada pelas alunas de Odontologia. O espaço para o atendimento foi definido após o mapeamento feito pelas bolsistas e equipe da Unidade de Saúde. Nesta sala será feita avaliação da saúde da criança pelas bolsistas de enfermagem, terapia ocupacional e odontologia. Durante as consultas de enfermagem e terapia ocupacional, estas avaliam as condições de saúde e desenvolvimento das crianças e as alunas de odontologia avaliam e criam estratégias para estabelecer a sua abordagem durante a consulta odontológica realizando exames da cavidade bucal de bebês e aplicação dos questionários sobre com as condições bucais da criança elaboradas pelas alunas de odontologia, e orientação de higiene, dieta e hábitos bucais para as mães.

Conclusão

As dificuldades apresentadas são principalmente de falta de infra-estrutura física e de pessoal para a implantação de um programa de saúde da criança, efetivo e com acesso que possa garantir a equidade prevista nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, realidade esta vivenciada por diversos municípios.

A forma como é estruturado o serviço de saúde bucal, baseado na livre demanda e tratamento de necessidades não tem mostrado resultados na melhoria dos índices da doença bucal. No primeiro ano de vida podemos atuar na redução dos fatores de risco e, conseqüentemente, na redução dos índices de doenças bucais.

Esta proposta de promoção à saúde da criança possibilita uma intervenção precoce no processo saúde-doença da comunidade, promovendo autonomia da mãe

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no cuidado de seu filho, na construção de vinculo com a equipe de saúde, facilitando o diagnóstico precoce das doenças prevalentes na infância, porem essas ações ainda são limitadas frente a realidade social constituída, tanto na perspectiva individual como institucional.

Essa proposta deve ir além do processo saúde-doença, com ações de atenção integral à saúde da criança. Há uma ausência de regionalização do serviço de saúde; falta de busca ativa ao recém-nato e falta de estratégia que facilite a intervenção precoce no período neonatal.

O projeto desenvolveu ações de caráter educativo, de promoção da saúde e de assistência direta as crianças inscritas no programa de puericultura da unidade e crianças matriculadas em umas das escolas da área de abrangência da unidade. Assim, construindo uma articulação de saberes entre academia serviço e comunidade possibilitando rediscussão de seus programas e reestruturação no contexto da comunidade.

Referências

PINTO, V.G. Saúde Bucal Coletiva. Ed. Santos, 4ª ed.; 2000.

KRAMER, P.F. et. al.: Promoção de Saúde Bucal em Odontopediatria. Ed. Artes Médicas, 1ª ed. 1997.

Parham, L. D.; Fazio, L.S. A recreação na Terapia Ocupacional pediátrica 19ª ed. São Paulo: Santos 2000.

ISSLER, H.; LEONE, C.; MARCONDES, E. Pediatria na atenção primária. São Paulo: SARVIER, 1999.

CRESPIN, Jacques. Puericultura: ciência, arte e amor. São Paulo: Fundação Byk, 1996.

ROCHA, Jose M. Pediatria: Puericultura e Medicina Infantil. São Paulo: Fundo Editorial Procienx, 1965.

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Norma Suely Falcão De Oliveira Melo1; Verônica de Azevedo Mazza2; Keity Dayane Reifur3; Ingrid Araújo Santos3; Camila Zilli Palmeiro4; Liege da Fonseca4; Ligia Leal Silotto5

1

Professora de graduação em Odontologia. Vice-coordenadora do projeto “Programa articulação interinstitucional na área da saúde: UFPR e Secretaria Municipal de Saúde de Colombo

2

Professora do graduação em Enfermagem. Coordenadora do projeto “Programa articulação interinstitucional na área da saúde: UFPR e Secretaria Municipal de Saúde de Colombo

3

Acadêmicas de graduação em Odontologia.

4

Acadêmicas de graduação em Enfermagem.

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