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INVESTIMENTO, BOM E MAU

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Academic year: 2021

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INVESTIMENTO,

BOM E MAU

Ricardo Reis

London School of Economics

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HIPÓTESES INSUFICIENTES

• O euro e a taxa de câmbio? China ou Leste Europa?

Problema: não explica mais de uma década.

• Baixa escolaridade? Justiça lenta? Práticas de gestão?

Problema: explica o nível, não a mudança.

• Despesa pública? Maus governantes? Cultura?

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HIPÓTESES DOMINANTES

• Vítor Bento: Crescimento dos não-transaccionáveis

• Criam rendas, permite falta de competitividade. Peso da

protecção do Estado.

• Ricardo Reis: Má afectação do capital.

• Entrada no euro: abre mercado de capitais europeu.

• Sector financeiro: foco nas garantias em vez dos lucros.

• Sector público: mantém vivas más empresas, proteger emprego.

• Mercados: rigidez laboral.

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A MÁ AFECTAÇÃO

5

Figure 1: TFP gains from reallocation in 2008 - Baseline model

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 Manufacturing Services

Figure 2: TFP gains from reallocation in 2008 - Final model

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O PRESENTE E FUTURO DO

INVESTIMENTO

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NEGATIVO 1: BANCOS

1. Sistema financeiro nos últimos anos

• Falta de confiança, financiamento de curto prazo.

• Adiamento do reconhecimento de imparidades causa a

renovação de maus créditos, não financiamento de novas empresas.

• Regulador conservador: barreiras de entrada, falta inovação, lutar

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NEGATIVO 2: EMPRESAS

2. Empresas zombie

• Uma empresa com um grande peso de créditos anteriores, com

imparidades não são reconhecidas.

• Não quer investir num novo projecto rentável. Retorno vai ser

capturado pelo banco do passado.

• Grandes versus mini créditos. Falhar até conseguir versus

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NEGATIVO 3: ESTADO

3. Pressão fiscal

• Enorme dívida publica e falhanço na reforma do Estado ou no

controlo da despesa pública

• Todos os anos, novos impostos para equilibrar as contas. • Fugir de investimentos taxáveis, de dimensão.

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NEGATIVO 4: CUSTOS

4. O IRC e a regulação

• IRC é um imposto sobre a poupança nas empresas. Porque é

dupla tributação, desencoraja dividendos. Logo desencoraja capital inicial.

• Reforma urgente na UE. pressant dos EUA

• Regulação: ambiente, renováveis. Mas concorrência da China e do

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IRC E DIVIDENDOS

11

Alexandre, Aguiar-Conraria, Bação, Portela (2017)

184!POUPANÇA E FINANCIAMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA

regra, os setores que mais juros pagam são também aqueles que mais resultados distribuem pelos seus acionistas.

0 10% 20% 5% 25% 30% 15% C D G M H F

FIGURA 6.11"O peso dos principais setores nos dividendos totais em 2013

Nota. — Categorias da indústria: (C) indústrias transformadoras; (D) eletricidade, gás, vapor, água quente

e fria e ar frio; (G) comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos; (M) atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares; (H) transportes e armazenagem; (F) construção.

Fonte: SCIE, INE.

A repartição dos lucros distribuídos entre pequenas, médias e grandes empresas é muito estável ao longo dos anos, com as pequenas empresas a representarem em média 43 % dos lucros distribuídos, as grandes empresas 39 % e as médias empresas 18 %. Apenas no ano de 2010 se foge a este padrão, com as grandes empresas a serem responsá-veis por 57 % dos lucros distribuídos.

A análise da distribuição de dividendos mostra que os dividendos se encontram muito concentrados num número reduzido de empre-sas. Em 2013, os 5 % de empresas que pagaram mais dividendos eram responsáveis por 99,8 % dos dividendos totais, representando 34 % do volume de negócios e 24 % do emprego total. Devemos também salientar que os 5 % de empresas que distribuíram mais dividendos suportaram também 36 % do valor total pago em juros em 2013. Uma análise mais fina da relação entre o pagamento de dividendos e de juros mostra que as 10 empresas que pagaram mais dividendos repre-sentam 25 % do total dos dividendos pagos e 17 % do total de juros. As 75 empresas que pagaram mais dividendos representam 50 % dos dividendos e 20 % dos juros. A correlação entre dividendos e juros é

170!POUPANÇA E FINANCIAMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA

A importância das variações do valor pago em juros pelas empresas para a sua poupança decorre de as suas necessidades de financiamento terem sido supridas com o recurso ao endividamento. O aumento do endividamento das empresas até à crise financeira internacional colo-cou as empresas portuguesas entre as mais endividadas da OCDE. Na secção 6.3 analisamos o endividamento das empresas, tendo em conta variáveis como a dimensão e os setores de atividade.

6.1!Investimento e necessidades de financiamento das empresas

Nos capítulos 2 e 3 vimos que as necessidades líquidas de financia-mento das empresas (basicamente, a diferença entre o investifinancia-mento e a poupança), entre meados da década de 90 e 2010, deram um contributo muito importante para os défices externos da economia portuguesa. Com efeito, entre finais da década de 90 e 2010, as necessidades de financiamento das empresas foram sempre muito elevadas — ver figu-ra 6.1. Isto é, as empresas não gefigu-rafigu-ram a poupança necessária pafigu-ra financiar o investimento que efetuaram, apesar de terem mantido a poupança em valores positivos.

−15 −10 0 −5 5 15 20 10 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Poupança FBC CLFinanciamento

FIGURA 6.1"Poupança, investimento e capacidade líquida de financiamento das empresas (não financeiras) (% PIB).

Fonte: INE.

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POSITIVO: VÁRIOS

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POSITIVO: VÁRIOS

1. Falta de procura interna obrigou a viragem para as exportações.

2. Tecnológicas: investimento na ciência, crescem procurando capital externo. Muitos casos de sucesso.

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POSITIVO: VÁRIOS

1. Falta de procura interna obrigou a viragem para as exportações. 2. Tecnológicas: investimento na ciência, crescem procurando capital

externo. Muitos casos de sucesso.

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POSITIVO: VÁRIOS

1. Falta de procura interna obrigou a viragem para as exportações. 2. Tecnológicas: investimento na ciência, crescem procurando capital

externo. Muitos casos de sucesso.

3. Empreendedorismo e re-afectação de recursos imobiliários.

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POSITIVO: VÁRIOS

1. Falta de procura interna obrigou a viragem para as exportações. 2. Tecnológicas: investimento na ciência, crescem procurando capital

externo. Muitos casos de sucesso.

3. Empreendedorismo e re-afectação de recursos imobiliários. 4. Sistema financeiro e intervenção do Estado?

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CRESCIMENTO DAS EMPRESAS

34 47.3 10.2 6.2 2.3 1-9 10-49 50-99 100-249 >249

3. Os bancos e o desenvolvimento da economia

Distribuição por dimensão da empresa das empresas com maior crescimento e exportadoras, 2014 (%) Fonte: SCIE, INE. Indústria Transformadora 73.3 22.3 2.5 1.4 1 1-9 10-49 50-99 100-249 >249 Distribuição por dimensão das empresas com maior crescimento, 2014 (%) Fonte: SCIE, INE.

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CONCLUSÃO

Mau investimento:

• Enviesamentos contra: novas empresas, novos projectos em

empresas antigas, capital intangível, longo prazo. sectores regulamentados.

• Regulação e impostos contra: inovação no sector financeiro,

custo energia, poupança nas empresas

Bom investimento

• Exportações, financiamento externo, re-afectação de capital,

Referências

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