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História de Pedro Abelardo e Heloisa - História Do Ressurgimento Da Lógica No Século XII

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História de

História de

Pedro

Pedro

Abelardo e Heloisa

Abelardo e Heloisa

 – História

 – História

do Ressurgimento da Lógica no Século XII

do Ressurgimento da Lógica no Século XII

Homero Fraga Bandeira de Melo

Homero Fraga Bandeira de Melo

Professor de Filosofia

Professor de Filosofia

homerofraga@holosinformatica.com

(2)
(3)

“O universal não

“O universal não é mas signi!ica" #ão é mas signi!ica" #ão é uma coisa nem signi!ica uma coisa" é uma coisa nem signi!ica uma coisa" Sim$lesmSim$lesmenteente

signi!ica um modo de ser" Por e%em$lo o universal &omem não signi!ica uma coisa mas o

signi!ica um modo de ser" Por e%em$lo o universal &omem não signi!ica uma coisa mas o

modo de ser $ró$rio do &omem '

modo de ser $ró$rio do &omem 'esse hominemesse hominem(" O modo de ser segundo o )ual (" O modo de ser segundo o )ual todos ostodos os &omens são iguais é algo

&omens são iguais é algo a$enas $ensado* '+OS,A -... $$" /.("a$enas $ensado* '+OS,A -... $$" /.("

“Queremos que os nomes universais existam quando,

“Queremos que os nomes universais existam quando,

tendo sido destruídas as suas coisas, eles já não sejam

tendo sido destruídas as suas coisas, eles já não sejam

 predicáveis a respeito de muitos, porquanto eles n

 predicáveis a respeito de muitos, porquanto eles n

ão são

ão são

comuns a quaisquer coisas, como ocorre com o nome da

comuns a quaisquer coisas, como ocorre com o nome da

rosa, quando já não existem mais rosas, o que, entretanto,

rosa, quando já não existem mais rosas, o que, entretanto,

ainda é significativo em virtude do intelecto, embora

ainda é significativo em virtude do intelecto, embora

careça de denominação, pois de outra sorte não haveria a

careça de denominação, pois de outra sorte não haveria a

seguinte proposição nenhuma rosa existe! "

seguinte proposição nenhuma rosa existe! "

LÓGICA

LÓGICA

PARA PRINCIPIAN!"

PARA PRINCIPIAN!"

,

,

Cf. !d. #s Pensadores$ %ol. &II$

Cf. !d. #s Pensadores$ %ol. &II$

'a.ed.$ '()*$ ++. ,-, A+/d0 C#"A$ 1os2 "il%eira da$

'a.ed.$ '()*$ ++. ,-, A+/d0 C#"A$ 1os2 "il%eira da$

'(*34.

'(*34.

 # $scolástica %ristã &edieval 

 # $scolástica %ristã &edieval 

. Rio de 1aneiro0 1.".

. Rio de 1aneiro0 1.".

da Costa$ '((($ ++. -56

(4)

História de Pedro Abelardo e Heloisa

História de Pedro Abelardo e Heloisa

Pedro A8elardo foi /m grande +rofessor de

Pedro A8elardo foi /m grande +rofessor de

dial2tica. Nascido em '5)($ na +e9/ena

dial2tica. Nascido em '5)($ na +e9/ena

localidade de Le Pallet$ +erto

localidade de Le Pallet$ +erto

de Nantes$

de Nantes$

Fran:a$ foi /m homem de consider;%el c/lt/ra.

Fran:a$ foi /m homem de consider;%el c/lt/ra.

!ntre os al/nos de

!ntre os al/nos de

A8elardo encontra%a4se

A8elardo encontra%a4se

Heloisa$ mo:a de grande 8ele<a e

Heloisa$ mo:a de grande 8ele<a e

atri8/tos

atri8/tos

intelect/ais. #s dois

intelect/ais. #s dois

a+ai=onaram4s

a+ai=onaram4s

e

e

+erdidamente.

(5)

História de Pedro Abelardo e Heloisa

 A dedica:>o de A8elardo +ela ?o%em 2

tamanha 9/e os o/tros al/nos come:am a

ressentir4se. A +ai=>o arre8atadora de 9/e

foi %tima A8elardo fe< com 9/e ele dei=asse

em seg/ndo +lano a filosofia e a escola. A

rela:>o entre os dois 2 conhecida +or todos$

menos +elo cnego F/l8ert$ tio de Heloisa.

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História de Pedro Abelardo e Heloisa

F/l8ert 2 ad%ertido do 9/e se +assa +elos

amigos e se torna mais atento. Come:a a

es+ionar e a mandar es+ionar A8elardo.

Conseg/e$ ent>o$ s/r+reender os dois amantes.

F/l8ert se indigna com a sit/a:>o e fa< com

9/e os dois amantes se se+arem. Heloisa

ref/gia4se na casa da irm>. Astrol;8io$ fr/to do

amor entre A8elardo e Heloisa %em ao m/ndo$

ent>o.

(7)

História de Pedro Abelardo e Heloisa

 A8elardo +lane?a casar4se secretamente e %ia?a +ara a Bretanha$

onde se encontra Heloisa. "/r+reendentemente$ a amante rec/sa

a +ro+osta. Alega 9/e se/ tio n>o admitiria /m casamento secreto

e /m casamento +8lico seria incon%eniente +ara os dois. #

m/ndo inteiro iria maldi<4la +or tomar somente +ara si /m homem

t>o im+ortante.

Por o/tro lado$ Heloisa +ensa 9/e casar4se n>o con%2m a /m

filDsofo$ +ois o go%erno de /ma casa 2 incom+at%el com o est/do

e o ensino.

Preferia ser amante e n>o es+osa$ +ara 9/e as alegrias 9/e eles

e=+erimentassem fossem tanto mais intensas 9/anto mais raros os

encontros.

(8)

História de Pedro Abelardo e Heloisa

“ Abelardo era clérigo apenas no sentido de receber

uma bolsa da Igreja através da escola episcopal de Notre

 Dame, mas sem nenhuma obrigação quanto ao celibato.

 Entretanto, procurou evitar a publicidade do casamento

com eloisa para não prejudicar a !ama que j"

alcançara como pro!essor e intelectual de sucesso. Não

queria # e eloisa era a maior de!ensora desse ponto de

vista # comprometer a sua aura de !il$so!o com as

 preocupaç%es corriqueiras da vida de um homem casado.

 &as o c'nego (ulberto, tio e respons"vel pela moça, não

 se convenceu dessa e)plicação e vingou*se cruelmente de

 Abelardo, mandando castr"*lo enquanto dormia+

(9)

História de Pedro Abelardo e Heloisa

 Assim como a +ersonalidade e o +ensamento de "anto

 Anselmo marcam o +erfil do s2c/lo EI$ o +erfil do s2c/lo EII tem

a marca inconf/nd%el de Pedro A8elardo$ /ma fig/ra

contro%ertida e +olmica$ +or2m 8rilhante e at/ante no am8iente

c/lt/ral do se/ tem+o.

# as+ecto mais marcante$ em A8elardo$ e 9/e 2 t+ico de s/a

+ost/ra intelect/al 2 o do %alor h/mano atri8/do  in%estiga:>o

e  refle=>o filosDfica.

Pedro A8elardo +erseg/i/ e a+rof/ndo/ a e=igncia anselmiana

de f/ndamentar racionalmente toda e 9/al9/er %erdade 9/e

+retenda a+resentar4se e im+or4se como tal +ara o homem.

(10)

História de Pedro Abelardo e Heloisa

 A8elardo radicali<o/ o

racionalismo de "anto Anselmo.

Isto +osto$ tanto Anselmo de

Cant/;ria 9/anto Pedro

 A8elardo s>o considerados os

%erdadeiros criadores do m2todo

escol;stico de fa<er filosofia e

teologia$ /m m2todo onde a

cren:a no ogma est; +resente$

+or2m 9/e n>o for:a a ra<>o a

a8dicar de se/s direitos e

e=igncias. Neste sentido$

 A8elardo seg/e a fDrm/la

anselmiana0 creio a+enas no 9/e

+osso entender.

(11)

História de Pedro Abelardo e Heloisa

# moti%o 9/e le%o/ F/l8ert a mandar castrar A8elardo reside no fato

de o cnego ter +ensado 9/e A8elardo a8andonara Heloisa 9/ando o

filDsofo le%a4a +ara a a8adia de Argente/il$ onde Heloisa de%eria fa<er

+rofiss>o de f2 e %estir o h;8ito mon;stico$ sem$ cont/do$ colocar o

%2/$ sm8olo da %irgindade.

e+ois de castrado$ se+ara4se definiti%amente de Heloisa e torna4se

monge. Ingressa na a8adia de "aint4enis. #s o/tros monges

consideram indese?;%el s/a +resen:a$ re+ro%ando s/a cond/ta

anterior$ como dissol/ta. !m contra+artida$ os est/dantes +edem +ara

9/e ele retome se/s c/rsos. A8elardo retoma$ ent>o$ a %ida

acadmica. Por2m$ as calamidades n>o cessam de se a8ater so8re

s/a %ida. !m s/ma$ s/as o8ras s>o condenadas ao fogo +or decreto

+a+al. Falece no dia ,' de a8ril de ''-,$ de+endendo da caridade

alheia. A Igre?a$ infal%el e eterna na eternidade$ tri+/dio/ so8re o

homem A8elardo$ +or2m$ s/a +essoa se erg/e so8re os tem+os.

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História de Pedro Abelardo e Heloisa

 A +arte mais +rod/ti%a do +ensamento

filosDfico de A8elardo origino/4se de s/a

ati%idade como +rofessor de lDgica. Como

todos os est/diosos da filosofia da +rimeira

metade do s2c/lo EII$ o +rinci+al +ro8lema +or

ele tratado foi a 9/est>o dos /ni%ersais.

# +ro8lema tem s/as origens na Gr2cia antiga$

9/ando "Dcrates afirma%a  contra os sofistas

  9/e o %erdadeiro o8?eto do conhecimento 2

a9/ilo 9/e e=iste de com/m em todos os seres

indi%id/ais de determinado gr/+o$ e n>o a9/ilo

9/e disting/e +artic/larmente cada /m deles.

(13)

História de Pedro Abelardo e Heloisa

# 9/e %imos at2 a9/i

Fomos a+resentados$ imediatamente$ ao entrar na a/la de ho?e$ a /m +ro8lema

filosDfico. !sse +ro8lema 2 o +ro8lema dos /ni%ersais$ o/$ ainda$ a chamada

9/erela dos /ni%ersais. !sse +ro8lema marca +rof/ndamente a !scol;stica e a

mant2m oc/+ada nele$ +elo menos$ at2 o s2c/lo E&. No s2c/lo E&I$ Cartesi/s

m/da o foco do +ensamento do homem +ara o ser. e toda forma$ em

+ensadores escol;sticos da at/alidade como Manoel Garcia Morente e 1os2

Ferrater Mora nos defrontaremos com a at/ali<a:>o dessa 9/est>o. #/tra

forma$ tam82m$ de at/ali<ar a 9/est>o 2 cons/ltar o C/rso de Filosofia

&ater $clesiae

 de om !ste%>o Betenco/rt e 8/scar ?/nto a Bi8lioteca de A/tores

Cristianos$ em Madrid$ %ia internet$ o 9/e se tem de mais no%o acerca da

9/est>o e ordenar a im+orta:>o. Jm +ortal interessante +ara manter4se

informado acerca de ass/ntos relacionados a eologia$ Filosofia !scol;stica e

Neo4omismo 2 a +;gina K

'te ad (homam

 9/e$ atra%2s do +ainel KHome do

Face8oo$ nos mant2m informados acerca dos lan:amentos da BAC0

htt+0OOO.face8oo.com+agesIte4ad4homam',,(*)-)3- .

(14)

História de Pedro Abelardo e Heloisa

Mas$ afinal$ 9/e s>o os /ni%ersais

Q/ando "Dcrates di< 9/e o conhecimento %erdadeiro 2 a9/ilo 9/e e=iste em com/m

em todos os seres indi%id/ais de determinado gr/+o$ "Dcrates transforma o

conhecimento em /m o8?eto$ n>o 2 mesmo Jm o8?eto a8stracto acerca do 9/al

+odemos$ at2 mesmo$ formar /ma imagem dele$ de%ido ao fato de nosso intelecto

tra8alhar com a8stra:es de forma a dar sentido a /m m/ndo 9/e n>o +ode

a+reender. !nt>o$ 8aseados na afirma:>o de "Dcrates +odemos di<er 9/e o

conhecimento 2 /m /ni%ersal$ +ois 9/e est;$

a priori 

$ em todos os indi%d/os. Jma

%e< ad9/irido o conhecimento$ o/ mesmo admitindo s/a nat/re<a inata$ ele 2 algo

+ermanente e im/t;%el em nossa mente$ gra:as a nossa memDria$ n>o 2 mesmo

Podemos lem8rar at2 mesmo as %;rias fases de /m dado conhecimento at2 chegar

ao 9/e$ ho?e$ acreditamos ser mais %erossmil 9/e s/a %ers>o anterior$ n>o 2 assim

#/tra forma de com+reendermos os /ni%ersais$ e$ +or conseg/inte$ o m2todo

escol;stico$ 20 se 9/eremos est/dar algo como a ?/sti:a$ +or e=em+lo$ necess;rio 2

%isar a ?/sti:a em geral /m /ni%ersal6. A+Ds isso$ +osso +artic/lari<ar$ +ois ?; tenho

id2ia do todo. "e %o/ a Roma$ tenho id2ia de 9/e Roma est; na It;lia$ a It;lia se

sit/a na !/ro+a e a !/ro+a 2 +arte do +laneta erra$ 9/e$ +or s/a %e<$ est; contida

na &ia L;ctea$ e$ esta est; contida em /m /ni%erso. Roma 2 /m +artic/lar m/ito

+artic/larS +or2m$ +ara 9/e e/ cheg/e a essa concl/s>o +reciso ter no:>o do todo.

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História de Pedro Abelardo e Heloisa

Mas$ e$ ent>o$ +or9/e tenho 9/e sa8er o 9/e s>o /ni%ersais Isso me +arece

t>o D8%ioT

1; di<ia o %elho AristDteles 9/e somente os im8ecis n>o en=ergam +ro8lemas

no D8%io. "e +arece D8%io$ ent>o$ ?; 2 /m +ro8lema.

Posteriormente$ a defini:>o socr;tica$ 9/e a+resentei a %ocs nesses slides

mais recentes6$ foi a+erfei:oada +ela lDgica do !stagirita. e+ois$ Porfrio ,*,4

*5- A..6$ coloco/4se a seg/inte 9/est>o0 os /ni%ersais +oss/em %erdadeira

e=istncia na realidade o/ s>o meros +rod/tos do +ensamento h/mano

!=em+lificando0 e=iste a animalidade em geral o/ somente e=iste /m animal em

+artic/lar # atri8/to Kanimalidade n>o +oderia ser /ma a8stra:>o do intelecto

a fim de conferir /ma M;9/ina de "al%ar as A+arncias #+erati%a com a

finalidade$ de em tratando as +artic/laridades como /ma coisa sD$ Kefeti%ar /ma

+r;=is no m/ndo0 o/ se?a$ %i%er f/ncionalmente #s Medie%ais tentar>o$ de

dentro das 8i8liotecas dos mosteiros$ e refletindo acerca dessas 9/estes$

a+resentar sol/:es assemelhadas a /m em+irismo transcendental e ao modo

aristot2lico.

(16)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

# +ro8lema dos /ni%ersais$ o/ a 9/erela dos /ni%ersais$

rece8e/ d/as sol/:es o+ostas$ dadas +elos filDsofos.

 A +rimeira sol/:>o fico/ conhecida como Krealismo e

te%e como /m de se/s re+resentantes nosso 9/erido

"anto Anselmo. A seg/nda chama4se Knominalismo e

te%e como defensor e=tremado Roscelino. Nos

+rD=imos momentos %amos nos esfor:ar +ara recriar a

histDria desses conceitos.

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História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

 A8elardo identifica%a o real ao +artic/lar e

considera%a o /ni%ersal como sendo

o sentido das +ala%ras em si mesmas

nominum significatio

6$ re?eitando o

nominalismo. essa forma$ o significado dos

nomes +ermitiria esclarecer os conceitos$ de

forma a emanci+ar a lDgica da metafsica$

tornando4a /ma disci+lina a/tnoma.

(18)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

Antes de prosseguirmos, porém, preciso expic!r ! "oc#s o $ue é “re!ismo%. A&in! do $ue Ansemo de C!ntu'ri! e edro Ae!rdo tr!t!m* !&in!, o $ue, em +tim! instnci!, de&endem- O “re!ismo% é um! concep/o &ios0&ic! segundo ! $u! se cr# muito &ortemente existir um! re!id!de exterior. O “re!ist!% !credit! mesmo $ue ! re!id!de exterior existe e $ue ! mesm! independe do conecimento $ue ten!mos de!. 2sto posto, os re!ist!s !credit!m com muit! &or! $ue o

“conecimento "erd!deiro% é ! coincid#nci! entre os nossos u45os e ess!, supost!, re!id!de. O re!ismo puro, como "oc# ' notou, é um! teori! p!r!dim!tic!mente &r!c!, pois &ios0&ic! (e p!r!dim!tic!mente &!!ndo) ninguém consegue pro"!r $ue !! re!id!de !gum! e ninguém prope "i! segur! de !cesso ! ess! c!m!d!

“re!id!de%. nt/o, ! supost! correspond#nci! entre “re!% e “mente% é &ruto de um! potente e oper!ti"! 8'$uin! de S!"!r !s Ap!r#nci!s, $ue por su! "e5, é !pen!s um re&exo d! “8ente, ens!mento e ingu!gem% (outr! m'$uin!) !rticu!dos com ! &in!id!de de emprest!r sentido !o $ue n/o se conece e se con"encionou c!m!r “re!id!de% (:;<A<=S, >??@). orém, Ae!rdo emprest!ri! um signi&ic!do no"o !o ;e!ismo n! medid! em $ue mesmo

!dmitindo ! re!id!de do mundo, nos dir' $ue nomes s/o somente nomes e $ue esses nomes n/o di5em do mundo o $ue ee é.

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História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

e! !gor! como o “nomin!ismo% nos p!rece &ios0&ic! (e p!r!dim!tic!mente) m!is consistenteB o “nomin!ismo% interpret! !s idéi!s ger!is ou “uni"ers!is% como n/o tendo nenum! exist#nci! re!, se! n! mente um!n! (en$u!nto conceitos), se!

en$u!nto “&orm!s sust!nci!is% (“&orm! sust!nci!% é um! d!s cren!s &ortes do “re!ismo%  o conceito pro"ém d!s doutrin!s de !t/o e Arist0tees e esse tipo de r!cioc4nio !ind! reside em =esc!rtes, eini5, Spino5! e =eeu5e* pergunte !o Sr. de ot!ire se ee cr# em !gum! met!&4sic! e esotéric! “&orm! sust!nci!%-). O

nomin!ismo, coerentemente com ! postur! de um &i0so&o, !credit! $ue o $ue ' s/o !pen!s p!!"r!s, signos com os $u!is identi&ic!mos cois!s $ue p!recem extern!s ! n0s. Cri!mos os nomes p!r! &!ciit!r noss! comunic!/o oper!ti"! no mundo* porém, n/o conseguimos pro"!r, em +tim! instnci!, $ue exist! $u!$uer re!id!de ness!s cois!s ou no mundo. Como di5 A"icen!B ! +nic! cois! $ue podemos, com certe5!, pro"!r é $ue existimos en$u!nto inteectos, nem mesmo podemos pro"!r ! exist#nci! de nosso corpo  pois nosso corpo é outr! cois!, um instrumento (se muito o &or), distint! de n0s. Apen!s n0s somos princ4pio de “re!id!de% e ! re!id!de se &und! em n0s. <0s d!mos todo o signi&ic!do ! e!. Todos, em noss!s "id!s, somos os !tores princip!is. Sem n0s o mundo n/o &!5 sentido. Como di5i! o "eo poet!B somente &!5emos &!t! ! n0s

(20)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

  Agora %oc ?; +ode com+reender a +osi:>o filosDfica$ em rela:>o a 9/erela dos /ni%ersais$

adotada +or Pedro A8elardo$ n>o 2 mesmo !m s/ma0 A8elardo cr 9/e os nomes das coisas tem certa rela:>o com as coisas /ma rela:>o criada$ artificial6$ mesmo 9/e nosso filDsofo acredite as coisas tenham e=istncia real no m/ndo.

 !nt>o$ se A8elardo % /ma cadeira$ essa cadeira e=iste %erdadeiramente no m/ndo

inde+endente de nossa +erce+:>o o/ n>o da cadeira. # nome Kcadeira$ ent>o$ significa tanto a cadeira real$ +resente no m/ndo dos sens%eis$ como /ma o/tra s/+osta cadeira 9/e e/ imagine atra%2s de minhas fac/ldades intelecti%as de a8stra:>o. A Kcadeira4

imagem$ a 9/e +rod/<o em minha mente$ 2 /m signo 8aseado em /m dado e=istente real. Podemos +rosseg/ir$ ent>o

 Por2m$ ao mesmo tem+o$ A8elardo cr 9/e nomes s>o a+enas nomes e 9/e esses nomes

n>o di<em da realidade o 9/e ela 2$ a+esar de os nomes corres+onderem aos dados da realidade. A8elardo$ ent>o$ f/nda o Kconceit/alismo dentro da do/trina dos /ni%ersais. efende A8elardo 9/e os conceitos o/ os /ni%ersais sD e=istem$ como id2ias$ em nosso es+rito$ n>o +oss/indo nada 9/e lhes corres+onda %erdadeiramente na realidade. !m o/tras +ala%ras$ o Kconceit/alismo 2 /ma do/trina seg/ndo a 9/al as id2ias gerais 9/e ser%em +ara organi<ar nosso conhecimento s>o instr/mentos intelect/ais criados +or nosso es+rito$ mas sem nenh/ma e=istncia fora dele.

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História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

&imos 9/e Pedro A8elardo discorda%a de se/ mestre$

Roscelino de Com+iUgne lem8ra disso6. Mas$ afinal

9/em foi Roscelino

Roscelino foi mestre de Pedro A8elardo e G/ilherme

de Cham+ea/=. Considerado como o f/ndador do

nominalismo. Crio/ /ma do/trina acerca da

"antssima rindade$ +or2m$ +ara manter a ca8e:a

acima do +esco:o$ em +osi:>o %ertical$ a8?/ro/ s/a

+rD+ria do/trina no Conclio de "oissons$ em '5(,.

(22)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

! 9/em$ afinal de contas$ foi G/ilherme de Cham+ea/=

Bis+o$ lDgico$ teDlogo e filDsofo francs.

G/ilherme de Cham+ea/= f/ndo/ a Vcole de "aint4&ictor$ em Paris. !sse filDsofo

fico/ conhecido como o mais im+ortante defensor da teoria realista dos /ni%ersais 

de ascendncia +latnica. !st/do/ teologia so8 a orienta:>o de Anselmo de Laon$

8is+o de Chalons e 9/e ha%ia sido disc+/lo de "anto Anselmo. G/ilherme de

Cham+ea/= foi +rofessor de Pedro A8elardo de+ois$ Pedro A8elardo se tornaria

se/ inimigo$ +ois Cham+ea/= n>o tolero/ o fato de A8elardo ter acrescentado 

teoria dos /ni%ersais o Kconceit/alismo6. "ed/<ido +elo 8rilho eclesi;stico$

a8andono/ a c;tedra e se/ ar9/idiaconato ''56 +ara se retirar +ara ">o &tor$

onde tomo/ o h;8ito de cnego reg/lar de "anto Agostinho$ ren/nciando aos

ensinamentos e aos a+la/sos da escola. A+oio/ as id2ias so8re o realismo de

 Anselmo de Laon$ foi nomeado 8is+o de ChWlons4s/r4Marne '''*6$ consagro/4se

ao minist2rio e+isco+al e morre/ em ChWlons4s/r4Marne. No se/

)e *rigine

 #nimae

$ enfati<o/ o ato criati%o de e/s na feit/ra de cada alma h/mana. !scre%e/

%arias o8ras teolDgicas. Na Bi8lioteca Nacional de Paris e=iste /m man/scrito deste

+relado denominado

 #s +entenças

.

(23)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

&amos %oltar ao ass/nto

# realismo na s/a forma mais com+leta afirma n>o sD 9/e os /ni%ersais

tem e=istncia real$ como constit/em mesmo a mais a/tntica realidade. #

realismo$ o8%iamente$ remete a do/trina +latnica 9/e tem /ma cren:a

m/ito forte em /m m/ndo fora este$ s/+erior$ onde residem as Id2ias. #

realismo ainda afirma 9/e as coisas +artic/lares$ conhecidas atra%2s dos

sentidos$ constit/em a+enas cD+ias im+erfeitas e +erec%eis de Kmodelos

reais 9/e se sit/am em /m hori<onte transcendenteT

Como %oc ?; noto/$ recriar a histDria desses conceitos n>o 2 tarefa m/ito

f;cil. !nt>o$ %amos retornar a "anto Anselmo +ara entender melhor a

9/est>o e conhecer /m +o/co do +ensamento de G/ilherme de

(24)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

G/ilherme de Cham+ea/= afirma%a 9/e em cada

mem8ro de /ma es+2cie estaria +resente /ma

nat/re<a com/m real e os entes indi%id/ais difeririam

a+enas em se/s acidentes e n>o em s/a s/8stWncia.

&oc lem8ra$ do conceito de Kacidente em

 AristDteles "er; 9/e e/ o a+resentei a %oc "e

n>o$ ent>o$ %amos re4lem8rar o/ a+render ?/ntos0

Kacidente 2 a9/ilo 9/e 2 efmero$ a+arente$

transitDrio e 9/e n>o afeta a s/8stWncia$ a essncia

o/ a coisa em si.

(25)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

 Anselmo de Cant/;ria$ +or o/tro lado$ disting/e

trs ti+os de realidade dos /ni%ersais. #

+rimeiro ti+o seria constit/do +elos /ni%ersais

9/e s>o reais na mente de e/s$ como id2ias4

ar9/2ti+os 9/e formam o &er8o esses s>o os

/ni%ersais 9/e +recedem as coisas em si o/

K/ni%ersais antes das coisas 

universalia ante

rem

6.

(26)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

# seg/ndo ti+o de realidade dos /ni%ersais 9/e

 Anselmo disting/e 2 a dos K/ni%ersais nas coisas

universalia in re

6. A cria:>o do m/ndo +or e/s

consistiria na concreti<a:>o dos /ni%ersais e=istentes

em "/a mente.

Finalmente$ os /ni%ersais e=istiriam realmente na mente

de cada s/?eito +ensante$ so8 a forma de Kconceitos.

 Anselmo chama isso de K/ni%ersais de+ois das coisas

(27)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

Como %oc %i/ at2 a9/i a reconstr/:>o do

+erc/rso histDrico das id2ias n>o 2 f;cil. !ssa

reconstr/:>o 2 sem+re ine=ata e sem+re algo

fica relegado a /m canto mais esc/ro do tem+o

histDrico enfocado  mesmo 9/e esta histDria

9/e contamos se?a a histDria da forma como a

filosofia a %.

(28)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

 # nominalismo toma +osi:>o diametralmente o+osta a do realismo. Para o nominalismo a

realidade 2 constit/da +elos entes indi%id/ais o nominalismo n>o nega a e=istncia dos entes6S +or2m$ os /ni%ersais n>o s>o nada mais 9/e sim+les emisses de %o< flatus vocis6$ meros nomes.

 &oc agora me +erg/nta e com ra<>o6 como /ma do/trina 9/e inter+reta as id2ias gerais

o/ K/ni%ersais como n>o tendo nenh/ma e=istncia real$ se?a na mente h/mana

en9/anto conceitos6$ se?a en9/anto Kformas s/8stanciais +ode conce8er a e=istncia do ente

 !/ de%o me a+ressar +or res+onder s/a +erg/ntaT Am8os$ o Nominalismo e o Realismo

conce8em a e=istncia dos entes. A grande 9/est>o$ 9/e f/nda s/as di%ergncias$ 2 acerca da malha teDrica com 9/e tentar>o$ o/ n>o$ dar conta disso. Para o realismo a +ala%ra tem certa corres+ondncia com /ma +oss%el realidadeS +ara o nominalismo os entes e=istem +or2m n>o corres+ondem a nossas +ala%ras essa /rdid/ra 9/e fa<emos entre coisa e significado 2 +/ramente o+eracional e o+erati%a +ara 9/e +ossamos %i%er no m/ndo  %oc ?; se +erg/nto/$ afinal de contas$ +or9/e /ma mesa 2 /ma mesa Por9/e$ afinal Kmesa n>o +ode se chamar K+;ssaro Nota 9/e h; /ma con%en:>o a$ /m acordo$ +ara 9/e nDs$ atra%2s das +ala%ras$ +ossamos transmitir o 9/e 9/eremos an/nciar ao m/ndo6.

(29)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

 &oc noto/ 9/e a sol/:>o dada +or A8elardo ao

+ro8lema dos /ni%ersais 2 intermedi;ria entre o

realismo e o nominalismo

 &oc noto/ 9/e ao mesmo tem+o em 9/e A8elardo

admite a corres+ondncia entre a +ala%ra e a coisa

ele tam82m admite 9/e +ala%ras s>o id2ias sem

corres+ondncia na realidade &oc noto/ como ele

admite 9/e essa corres+ondncia 2 artificial

(30)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

!s+ero 9/e %oc ainda n>o este?a t>o

cansado. Afinal$ lidamos ho?e com a

escol;stica em si$ e$ como e/ disse a %ocs$

de certa feita0 escol;stica 2$ no f/ndo$

e=erccio do +ensar. V como se a escol;stica

fosse o grande treino 9/e fa<emos antes da

grande com+eti:>o. Bem$ ainda tenho

(31)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

#s /ni%ersais constit/em$ +ara A8elardo$ +ala%ras significati%as$ de

certa forma$ e n>o sim+les emisses da %o< h/mana lem8re 9/e

gra:as a s/a conce+:>o Kconceit/alista dos /ni%ersais$ Pedro

 A8elardo fica na fronteira entre o realismo +/ro e o nominalismo

+/ro6.

Para a indaga:>o de Porfrio so8re se os /ni%ersais e=istem

realmente o/ s>o o8?etos de intelec:>o$ encontra4se nas o8ras de

 A8elardo a seg/inte res+osta0 +or si mesmos$ os /ni%ersais n>o

e=istem mais do 9/e no intelecto$ mas eles referem4se a seres

reais. Note como a teoria$ a+arentemente ds+ar e a8s/rda$ confl/i

aT

(32)

História do Ressurgimento da Lógica

no Século XII

 A /ma seg/nda indaga:>o de Porfrio de 9/e

se os /ni%ersais s>o cor+Dreos o/ incor+Dreos$

a res+osta de A8elardo 2 d/+la0 en9/anto

nomes$ eles s>o cor+Dreos$ /ma %e< 9/e s/a

nat/re<a 2 a dos sons emitidos +ela %o<

h/manaS no entanto$ s/a f/n:>o de ser%irem

+ara designar /ma +l/ralidade de indi%d/os

semelhantes 2 incor+Drea.

(33)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

 A /ma terceira indaga:>o de Porfrio0 Kse os /ni%ersais e=istem

nas coisas sens%eis o/ fora delas$ A8elardo d; /ma d/+la

res+osta0 alg/ns /ni%ersais e=istem com+letamente fora de

9/al9/er +ossi8ilidade de +erce+:>o sens%elS 2 o caso do

/ni%ersal Kalma. #/tros tanto e=istem no sens%el 9/anto fora

dele. #s /ni%ersais 9/e se referem s formas dos cor+os teriam

e=istncia no m/ndo dos sens%eis

No entanto$ +oderia se dar o caso de os /ni%ersais designarem

as formas dos cor+os como 9/e se+arados do sens%el atra%2s

da a8stra:>oS 9/ando isso acontece$ os /ni%ersais em 9/est>o

e=istiriam fora do +lano do sens%el.

(34)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

Finalmente$ o 9/arto +ro8lema le%antado +elo +rD+rio

 A8elardo60 se n>o ho/%esse os indi%d/os corres+ondentes$

s/8sistiriam os /ni%ersais

 A res+osta e=ige 9/e se le%e em considera:>o dois as+ectos0

+or /m lado$ a significa:>o dos /ni%ersais en9/anto nomes

imediatamente referidos a indi%d/os e$ +or o/tro lado$ s/a

significa:>o en9/anto conceitos. No +rimeiro caso$ os

/ni%ersais cessariam de e=istir$ n>o ha%endo indi%d/os a serem

significados. No seg/ndo caso$ eles contin/ariam a e=istir$ +ois

mesmo 9/e n>o ho/%esse rosas$ +oder4se4ia di<er0 as rosas

n>o e=istem.

(35)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

 As res+ostas dadas +or Pedro A8elardo aos

intricados +ro8lemas dos /ni%ersais colocam4no

como fig/ra de +rimeiro +lano dentro da histDria da

filosofia.

 Ainda 9/e elas n>o tenham resol%ido todas as

9/estes$ ti%eram$ cont/do$ o m2rito de a+ontar /m

no%o caminho$ 9/e se +oderia chamar de

(36)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

Abelardo foi um dos escolásticos mais

importantes pelo fato de ter contribuído

eficazmente para tornar a lógica uma

disciplina autônoma, ao tratá-la mais

como ciência das palavras do que das

(37)

História do Ressurgimento da

Lógica no Século XII

inalizando! Abelardo separou a lógica quase que de

forma definitiva, da interferência metafísica e mostrou

que essa ciência cara da filosofia n"o #, t"o somente,

instrumento nas m"os da dial#tica. A vida de Abelardo

foi de catástrofe e profundo sofrimento, gra$as a

benem#rita influência de nossa %anta &gre'a (atólica,

)eterna na eternidade, infalível por si mesma*, mas

mesmo assim, +edro Abelardo construiu os alicerces

sólidos do pensamento e da escolástica. eiam

 A História das Minhas Calamidades

  um livro do

grandioso +edro Abelardo ceio de dor e ao mesmo

tempo de for$a descomunal, de vontade de potência

afirmativa diante do mundo.

Referências

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