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APRENDER COM O SOFRIMENTO

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Academic year: 2021

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ISSN nº 2447-4266

DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.2447

Aluízio Augusto Carvalho Santos

RESENHA:

OLIVEIRA, Clara Costa et al. Cruz do Sul, RS: EDUNISC, 2012.

Recebido em: 30.03.2018. Aceito em: 11.07.2018. Publicado em: 01.08.2018.

1

Graduado em Pedagogia pela Universidade Católica de Brasília (UCB). É professor da Escola Vivendo e Aprendendo, de ensino fundamental. É artista, pesquisador, oficineiro, pedagogo pela Universidade de Brasília. Coordena

do bonecos, brinquedos e brincadeiras.

2

É bacharel e licenciada em Ciências Sociais (habilitação em Sociologia e Antropologia), Mestre em Sociologia e Doutora em História Cultural pela Universidade de Brasília. Entre 1998 e 2013, foi professora e pesquisadora da Universidade Católica de Brasília

também do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Foi professora visitante no Centro de E em Turismo CET, da Universidade de Brasília. E

3

Endereço de contato dos autores (por correio): Grandes Áreas Norte 604 - Brasília, DF, CEP: 70297

APRENDER COM O

SOFRIMENTO

4266 Vol. 4, n. 5, Agosto. 201

http://dx.doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2018v4n5p936

Aluízio Augusto Carvalho Santos

1

Ivany Câmara Neiva

2, 3

OLIVEIRA, Clara Costa et al. Aprendizagem e sofrimento: narrativas EDUNISC, 2012.

Recebido em: 30.03.2018. Aceito em: 11.07.2018. Publicado em: 01.08.2018.

Graduado em Pedagogia pela Universidade Católica de Brasília (UCB). É professor da Escola Vivendo e Aprendendo, de ensino fundamental. É artista, pesquisador, oficineiro, pedagogo pela Universidade de Brasília. Coordena projetos artísticos-culturais nas áreas de circo, teatro do bonecos, brinquedos e brincadeiras. E-mail: aluizioaugusto@gmail.com.

É bacharel e licenciada em Ciências Sociais (habilitação em Sociologia e Antropologia), Mestre Doutora em História Cultural pela Universidade de Brasília. Entre 1998 e 2013, foi professora e pesquisadora da Universidade Católica de Brasília - UCB e, a partir de 2012, também do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Foi professora visitante no Centro de E

em Turismo CET, da Universidade de Brasília. E-mail: ivacomunica@gmail.com.

Endereço de contato dos autores (por correio): Escola Vivendo e Aprendendo. Setor de Brasília, DF, CEP: 70297-400, Brasil.

LEARN FROM SUFFERING

APRENDER CON EL SUFRIMIENTO

APRENDER COM O

SOFRIMENTO

2018

Aprendizagem e sofrimento: narrativas. Santa

Recebido em: 30.03.2018. Aceito em: 11.07.2018. Publicado em: 01.08.2018.

Graduado em Pedagogia pela Universidade Católica de Brasília (UCB). É professor da Escola Vivendo e Aprendendo, de ensino fundamental. É artista, pesquisador, oficineiro, pedagogo reas de circo, teatro É bacharel e licenciada em Ciências Sociais (habilitação em Sociologia e Antropologia), Mestre Doutora em História Cultural pela Universidade de Brasília. Entre 1998 e 2013, UCB e, a partir de 2012, também do Curso de Arquitetura e Urbanismo. Foi professora visitante no Centro de Excelência

.

Escola Vivendo e Aprendendo. Setor de

LEARN FROM SUFFERING

APRENDER CON EL SUFRIMIENTO

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O livro “Aprendizagem e sofrimento: narrativas” foi publicado em 2012, mas os cinco anos que se passaram não o tornam “passado”. S

contemporâneo de vários tempos: sofrimento associado a aprendizagem é assunto recorrente (embora nem sempre explicitado) e as narrativas, as histórias contadas pelas pessoas que as vivenciaram, estão presentes nos vários momentos da vida da human

Thompson4; “As palavras são portas e janelas”, diz Bartolomeu Campos de Queirós5; “Contar histórias emancipa tanto quem conta, quanto quem ouve Celso Sisto6.

Esse livro resulta do projeto coletivo “Sofrimento, Educação e Saúde”, coordenado pelo Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM), da

Minho, em Portugal, contando com pesquisado capa de Denis Ricardo Puhl

Luiz Ernesto Pellanda ( pesquisadora Clara Oliveira)

uma imagem que entreliga interior e exterior, paisagens pela janela.

Desde o Prefácio, do médico e educador popular brasileiro Vitor Pordeus, percebe-se a interação, caracterizada no texto, entre cultura e saúde.

Outro aspecto brasileiro a ser destacado é a editora

componente da Universidade de Santa Cruz do Sul, parceira do projeto.

São quatro as autoras

Pellanda e Dulci Boettcher, do Brasil.

4

Em 13.08.2003, a autora participou de pale Memória, Rede e Mudança Social. Em seguida,

5

No Curso para Formação de Contadores de

6

Celso Sisto também foi mencionado

O livro “Aprendizagem e sofrimento: narrativas” foi publicado em 2012, anos que se passaram não o tornam “passado”. S

contemporâneo de vários tempos: sofrimento associado a aprendizagem é assunto recorrente (embora nem sempre explicitado) e as narrativas, as histórias contadas pelas pessoas que as vivenciaram, estão presentes nos vários momentos da vida da humanidade. “A memória é terapêutica”

“As palavras são portas e janelas”, diz Bartolomeu Campos de “Contar histórias emancipa tanto quem conta, quanto quem ouve

Esse livro resulta do projeto coletivo “Sofrimento, Educação e Saúde”, coordenado pelo Centro de Estudos Humanísticos (CEHUM), da Universidade do

ortugal, contando com pesquisadoras portuguesas e brasileir capa de Denis Ricardo Puhl traz em destaque a foto feita pelo médico

(registrando a quatricentenária casa, portuguesa, pesquisadora Clara Oliveira), que prepara o leitor para a leitura,

que entreliga interior e exterior, iluminando e desbravando

Desde o Prefácio, do médico e educador popular brasileiro Vitor Pordeus, se a interação, caracterizada no texto, entre cultura e saúde.

Outro aspecto brasileiro a ser destacado é a editora

componente da Universidade de Santa Cruz do Sul, parceira do projeto.

autoras: Clara Costa Oliveira e Ana Reis, de Portugal; Nize Pellanda e Dulci Boettcher, do Brasil.

Em 13.08.2003, a autora participou de palestra de Paul Thompson, durante Seminário Internacional Memória, Rede e Mudança Social. Em seguida, fez uma entrevista com ele.

ontadores de Histórias, em 2014, houve referências elogiosas a esse auto Celso Sisto também foi mencionado elogiosamente nesse Curso.

O livro “Aprendizagem e sofrimento: narrativas” foi publicado em 2012, anos que se passaram não o tornam “passado”. Seu tema é contemporâneo de vários tempos: sofrimento associado a aprendizagem é assunto recorrente (embora nem sempre explicitado) e as narrativas, as histórias contadas pelas pessoas que as vivenciaram, estão presentes nos vários “A memória é terapêutica”, diz Paul “As palavras são portas e janelas”, diz Bartolomeu Campos de “Contar histórias emancipa tanto quem conta, quanto quem ouve”, diz

Esse livro resulta do projeto coletivo “Sofrimento, Educação e Saúde”, Universidade do s e brasileiras. A o médico brasileiro quatricentenária casa, portuguesa, da prepara o leitor para a leitura, pois oferece iluminando e desbravando

Desde o Prefácio, do médico e educador popular brasileiro Vitor Pordeus, se a interação, caracterizada no texto, entre cultura e saúde.

Outro aspecto brasileiro a ser destacado é a editora – a EDINUSC, componente da Universidade de Santa Cruz do Sul, parceira do projeto.

: Clara Costa Oliveira e Ana Reis, de Portugal; Nize

durante Seminário Internacional houve referências elogiosas a esse autor.

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A tônica do trabalho é identificar histórias e fontes d contados por quem vivenciou sofrimento,

para se educar para a resistência em fonte de maior sabedoria

A opção metodológica de escutar histórias e de registrar narrativas fundamenta-se em que é necessário ter

disso, para outros) essas histórias, para que narrativas) sobre sofrimento

capacidade de integrar uma experiência na sua vida, consegue realizar u aprendizagem com ela” (p.27); “só existe aprendizagem com o sofrimento quando ele é, ou foi, aceito pelas pessoas que o vivem/ou viveram” (p.111

“Aprendizagem e sofrimento” divide

teóricas e conceituais, narrativas pessoais e considerações das autoras Na Parte I (“Pesquisar Complexamente a Saúde no Sofrimento apresentados referenciais teóricos

convidados, Humberto Maturana, Francisco Varela, A Bateson, Henri Atlan, Heinz V

os temas que fundament

pessoais, e as considerações das autoras assuntos ligados a

autoconstrução, acoplamento educação e complexidade

A Parte II (“Narrando Experiências Pessoais de Sofrimento das histórias contadas e dos registros de aprendizagem

vivenciaram situações de doença mulheres, um homem), de

mulheres portuguesas e um homem brasileiro), de que

A tônica do trabalho é identificar histórias e fontes d

por quem vivenciou sofrimento, para, assim, não só buscar elementos a resistência a isso, mas também transformar o sofrimento em fonte de maior sabedoria (p.24) – transformá-lo em fonte de aprendizagem

opção metodológica de escutar histórias e de registrar narrativas se em que é necessário ter-se contado para si mesmo (e, a partir ssas histórias, para que as experiências contadas (essas narrativas) sobre sofrimento proporcionem aprendizagem: “só quem possui a capacidade de integrar uma experiência na sua vida, consegue realizar u aprendizagem com ela” (p.27); “só existe aprendizagem com o sofrimento quando ele é, ou foi, aceito pelas pessoas que o vivem/ou viveram” (p.111

“Aprendizagem e sofrimento” divide-se em três partes, articulando bases teóricas e conceituais, narrativas pessoais e considerações das autoras

Pesquisar Complexamente a Saúde no Sofrimento apresentados referenciais teóricos em que as autoras se baseiam convidados, Humberto Maturana, Francisco Varela, Aaron Antonovsky,

, Heinz Von Foerster. A partir disso, e de forma entrelaçada, fundamentam as conversas com os narradores, seus re

as considerações das autoras, se orientam, especialmente, por assuntos ligados a salutogênese, auto-organização, autopoiesis, acoplamento estrutural, bioética, sentido de coerência, educação e complexidade, vida.

Narrando Experiências Pessoais de Sofrimento e dos registros de aprendizagem de doze

vivenciaram situações de doença (três narrativas de portugueses: duas mulheres, um homem), de quem vivenciou situações de deficiência

mulheres portuguesas e um homem brasileiro), de quem vivenciou

A tônica do trabalho é identificar histórias e fontes de sofrimento buscar elementos ar o sofrimento lo em fonte de aprendizagem. opção metodológica de escutar histórias e de registrar narrativas se contado para si mesmo (e, a partir as experiências contadas (essas : “só quem possui a capacidade de integrar uma experiência na sua vida, consegue realizar uma aprendizagem com ela” (p.27); “só existe aprendizagem com o sofrimento quando ele é, ou foi, aceito pelas pessoas que o vivem/ou viveram” (p.111).

, articulando bases teóricas e conceituais, narrativas pessoais e considerações das autoras.

Pesquisar Complexamente a Saúde no Sofrimento”), são em que as autoras se baseiam. São Antonovsky, Gregory A partir disso, e de forma entrelaçada, , seus registros se orientam, especialmente, por organização, autopoiesis, sentido de coerência,

Narrando Experiências Pessoais de Sofrimento”) se constitui doze pessoas que três narrativas de portugueses: duas situações de deficiência (duas ou situações de

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luto (mulheres: três brasileiras e uma portuguesa), e de profissionais da saúde (duas mulheres brasileiras).

reconhecimento, por parte dos narradores, de que “houve aprendizagem” partir do sofrimento e da possibilidade de contar histórias

exista aprendizagem sem sofrimento...” (p.76); “ 102, 108).

A Parte III (“Complexificando a Aprendizagem do Viver

quatro autoras, propõe como questão a aprendizagem do viver, a aprendizagem pelo sofrimento: “o que possibilitou a essas pessoas aprenderem com o sofrimento” (p.110).

levantadas observações sobre o processo de “aprender a aprender” leitores (todos, inclusive as pesquisadoras)

aprendizado com os testemunhos coletados sabedoria conquistada.

Ao final, generosa leitores.

A decisão de organizar a presente resenha/recensão anos da publicação de “Aprendizagem e Sofrimento”, de que a leitura do livro

em que se lida com pessoas

situações de sofrimento, para quem se interessa pelas questões da

educação e da complexidade. Além disso, penso que a divulgação desse livro continua oportuna por evidenciar a possibilidade criativa de trabalhos conjuntos entre pessoas de

quando o assunto é humano e aprendizagem.

três brasileiras e uma portuguesa), e de profissionais da saúde (duas mulheres brasileiras). Ao final de cada narrativa,

conhecimento, por parte dos narradores, de que “houve aprendizagem” partir do sofrimento e da possibilidade de contar histórias: “Talvez nem sequer exista aprendizagem sem sofrimento...” (p.76); “Aprendi...” (pp.81, 85, 90

Complexificando a Aprendizagem do Viver”

propõe como questão a aprendizagem do viver, a aprendizagem pelo sofrimento: “o que possibilitou a essas pessoas aprenderem com o sofrimento” (p.110). Com base em escritos de Bateson do ano 2000,

observações sobre o processo de “aprender a aprender”

(todos, inclusive as pesquisadoras) são desafiados a exercitar esse o com os testemunhos coletados – registros de sofrimento vivido e

enerosas referências bibliográficas são reunidas para os

A decisão de organizar a presente resenha/recensão, mesmo após cinco de “Aprendizagem e Sofrimento”, justifica-se pela certeza o livro pode ser oportuna para quem trabalha em atividades em que se lida com pessoas – e com pessoas que sofrem -, para quem vive situações de sofrimento, para quem se interessa pelas questões da

ção e da complexidade. Além disso, penso que a divulgação desse livro oportuna por evidenciar a possibilidade criativa de trabalhos conjuntos entre pessoas de países e continentes diferentes, especialmente humano e universal – como o sofrimento, como a três brasileiras e uma portuguesa), e de profissionais da saúde Ao final de cada narrativa, nota-se o conhecimento, por parte dos narradores, de que “houve aprendizagem”, a Talvez nem sequer ...” (pp.81, 85, 90, 96,

”), escrita pelas propõe como questão a aprendizagem do viver, a aprendizagem pelo sofrimento: “o que possibilitou a essas pessoas aprenderem Com base em escritos de Bateson do ano 2000, são observações sobre o processo de “aprender a aprender”, e os são desafiados a exercitar esse frimento vivido e

reunidas para os

, mesmo após cinco se pela certeza pode ser oportuna para quem trabalha em atividades para quem vive situações de sofrimento, para quem se interessa pelas questões da saúde, da ção e da complexidade. Além disso, penso que a divulgação desse livro oportuna por evidenciar a possibilidade criativa de trabalhos países e continentes diferentes, especialmente omo o sofrimento, como a

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Referências

QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de.

Curso para formação de contadores de histórias

histórias (como se já não soubéssemos...). Brasília: Caixa Cultural, agosto de 2014. p.1.

SISTO, Celso. Contar histórias: uma arte maior. In:

contadores de histórias

soubéssemos...). Brasília: Caixa Cultural, agosto de 2014. p.2

THOMPSON, Paul. Nota de entrevista à autora. São Paulo, durante

Internacional Memória, Rede e Mudança Social

agosto de 2003. Não publicada.

QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. O livro é passaporte, é bilhete de partida. In:

Curso para formação de contadores de histórias – Aprendendo a contar histórias (como se já não soubéssemos...). Brasília: Caixa Cultural, agosto de

SISTO, Celso. Contar histórias: uma arte maior. In: Curso para formação de as – Aprendendo a contar histórias (como se já soubéssemos...). Brasília: Caixa Cultural, agosto de 2014. p.2.

. Nota de entrevista à autora. São Paulo, durante

nternacional Memória, Rede e Mudança Social. São Paulo: Sesc Vila Mariana, agosto de 2003. Não publicada.

O livro é passaporte, é bilhete de partida. In: Aprendendo a contar histórias (como se já não soubéssemos...). Brasília: Caixa Cultural, agosto de

Curso para formação de

Aprendendo a contar histórias (como se já não

. Nota de entrevista à autora. São Paulo, durante Seminário . São Paulo: Sesc Vila Mariana,

Referências

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