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Palavras-chave: Equilíbrio. Quedas em idosos. Extensão universitária.

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Academic year: 2021

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EQUILÍBRIO E PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS

Área temática: Saúde do idoso Autores (as): Beatriz Correa Lima1, Lara Izabela Batista de Faria2, Larissa Goulart de Oliveira3, Matheus Correia Silva de Souza4, Tássio Moreira Peres5

Coordenador: Sinésio Virgílio Alves de Melo6 RESUMO: Introdução: As intervenções junto à idosos da comunidade é uma atuação

dos acadêmicos de fisioterapia com os projetos de extensão, conhecendo em loco as características e incapacidades inerentes ao envelhecimento, verificando as possibilidades de intervenção positiva, com atividades cognitivas, informativos de saúde e práticas de atividades físicas supervisionadas visando maior qualidade de vida ao idoso e cumprir as finalidades extensionistas do projeto. Objetivo: Viabilizar a execução do projeto junto aos idosos da comunidade, promover aproximação acadêmico-comunidade, levar informação e conhecimento prático de campo na atuação preventiva da fisioterapia.

Metodologia: Desenvolveu-se uma programação com idosos do Programa Vida Ativa da

Agetul no setor Leste Vila Nova do município de Goiânia - GO, sob a coordenação da Ed. Física Joelma Cristina Gomes. O encontro entre alunos e idosos ocorreu antes da pandemia, no período matutino. As atividades com os idosos foram divididas em palestra informativa sobre equilíbrio corporal e risco de quedas e práticas em forma de circuito, divido em estações de tarefas específicas, as quais exigiam coordenação, equilíbrio e treino de marcha. Os participantes foram acompanhados individualmente pelos alunos do 3º período do curso de fisioterapia da UEG-ESEFFEGO. Resultados: Houve grande receptividade de todos os envolvidos no projeto e os idosos matriculados no programa. As atividades planejadas foram executadas com plena participação, envolvimento, além de atenção, criatividade, comportamento lúdico e colaborativo de todos os idosos, independente do grau de dificuldade, considerando as individualidades com as restrições e cautelas pertinentes para a total segurança. Em relação às atividades práticas, todas as estações foram satisfatoriamente executadas, demonstrando um bom nível de equilíbrio, cognição e independência funcional de todo o grupo, indicativo de um baixo risco de quedas. A seguir, houve um momento recreativo com uma abordagem de habilidade motora fina, na confecção de aviões de papel e uma competição de lançamento destes, premiando com medalhas originais os três primeiros colocados, com direito à podium de premiação. Considerações finais: Ao final da programação do dia, restou agradecer a todos pela cooperação e correspondência, com a certeza do dever cumprido e ter deixado plantado entre os idosos a importância de manter-se sempre ativo, buscando encarar o envelhecimento como algo natural e prazeroso.

Palavras-chave: Equilíbrio. Quedas em idosos. Extensão universitária.

1 Discente de fisioterapia, UEG-ESEFFEGO, beatrizclima03@hotmail.com 2 Discente de fisioterapia, UEG-ESEFFEGO, laraizabela74@gmail.com 3 Discente de fisioterapia, UEG-ESEFFEGO, larissagoulart6@gmail.com 4 Discente de fisioterapia, UEG-ESEFFEGO, matheuscorreia9297@gmail.com 5 Discente de fisioterapia, UEG-ESEFFEGO, tassioperes@gmail.com

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1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas estamos vivenciando um processo de envelhecimento das populações, o que se tornou um fenômeno mundial, apresentando claramente uma maior longevidade dos indivíduos provocada por inúmeros fatores científicos, sociais, econômicos e culturais, o que já foi identificado como uma nova tendência já nos anos 80 (KALACHE et al., 1987). Hoje, esse fenômeno se consolida como uma realidade em todo o mundo e no Brasil não é diferente, quando as melhorias na área da saúde, nas condições de vida, acessibilidade à educação e políticas públicas voltada à classe idosa, cria possibilidades de se viver melhor, ter maior visibilidade, mais atenção do poder público e busca de participação em eventos públicos como também adesão em programas de atendimento à pessoa idosa, proporcionando a esta faixa etária uma maior expectativa de vida com melhor qualidade (CAMARANO et al., 2004).

A inovação assistencial pública voltada à terceira idade tem proporcionado ao indivíduo com 60 anos de idade ou mais, a possibilidade de manter-se em atividade, fato que comprovadamente é salutar, gerando efetivamente benefícios sistêmicos do organismo, em especial sobre o Sistema Nervoso Central e Periférico, reunindo melhora na ativação das unidades motoras, além do aumento de flexibilidade, força muscular, equilíbrio, culminando na padronização ideal da marcha (SCIANNI et al., 2019).

Fica muito claro, segundo FERREIRA et al. (2019), que as ocorrências patológicas com o avançar da idade, os acidentes vasculares encefálicos, hipotrofias musculares, diminuição de flexibilidade e inatividade física, agravado com as oscilações do controle do equilíbrio, são aspectos preditores de riscos de quedas. Em contrapartida, a prática de atividade física contribui para amenizar o declínio funcional próprio da senescência, diminuindo de forma inquestionável os riscos de quedas (FREITAS et al., 2013).

Ainda, segundo FREITAS et al. (2013), as quedas em idosos representam uma das principais etiopatologias que levam à morte, nem sempre diretamente, mas decorrentes das lesões e complicações oriundas do imobilismo, incapacidades e dependências geradas pelas quedas, tendo como causa prevalente a instabilidade postural. Ressalta, pois, que a melhora do equilíbrio e controle postural poderá ser alcançado pela pessoa idosa, com exercícios diários e atividades física tomadas como hábito, diminuindo assim os riscos de quedas.

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Atividades que exijam integração dos elementos sensório-motores como a visão, vestíbulo-coclear e proprioceptivo, com a manutenção da postura estática e dinâmica, seguramente poderão contribuir para o seu aperfeiçoamento e melhorar o sistema de respostas frente à perturbação espacial (PAVANATEA et al., 2018).

Seguindo este princípio, elaborou-se uma série de tarefas, relativamente simples, comuns ao cotidiano de idosas consideradas ativas, que sob a supervisão e acompanhamento pessoal, foi executado um circuito seriado de estações, onde os idosos cumpririam as designações descritas verbalmente pelo instrutor, tendo como prioridade a total segurança do indivíduo participante.

2 METODOLOGIA

A intervenção foi executada, durante todo o período matutino, através de uma palestra para o grupo de idosos sobre equilíbrio corporal e riscos de quedas em idosos e atividades práticas na modalidade de circuito, dividido em estações com tarefas específicas com acompanhamento pessoal pelos alunos do 3º período do curso de fisioterapia da UEG-ESEFFEGO, dando a devida atenção e apoio aos idosos participantes, considerando as restrições e capacidades individuais com total segurança.

O circuito em forma de estações foi composto de atividades de coordenação motora, equilíbrio com aspecto desafiador e cognitivo. 1ª) deambulação orientada a seguir uma fita adesiva linear, para frente e passos com um pé na frente do outro; 2ª) deambulação orientada a seguir uma fita adesiva linear, com deslocamento posterior; 3ª) deslocamento lateral seguindo a orientação da fita adesiva no solo; 4ª) subir dois degraus de uma pequena escada e descer em continuidade à frente; 5ª) passar por dentro de um arco (bambolê); 6ª) caminhar com elevação dos pés, transpondo barreira composta de halteres espaçados com intervalo de 50 cm; 7ª) passar uma bola sobre um arco (bambolê) posicionado acima da altura do indivíduo; 8ª) posicionar nos respectivos círculos coloridos distribuídos em quadros no chão, conforme o comando de voz pelo aluno de forma aleatória; 9ª) orientação com a modelagem de um avião de papel, no mesmo modelo para todos; 10ª) arremesso dos aviões a partir de um mesmo ponto e verificação do ponto final da sua trajetória, havendo a classificação dos três lançamentos mais distantes.

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2.1 ITENS E SUBITENS

1 NOTEBOOK E PROJETOR; 2 FITA ADESIVA BRANCA;

3 ESCADA DE MADEIRA COM DOIS DEGRAUS; 4 ARCOS (BAMBOLÊ) (1m de diâmetro);

5 HALTERES ESPAÇADOS NO CHÃO (50cm de intervalo); 6 FOLHAS DE PAPEL A4 (70 folhas).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados para a ação proposta e realizada pelo Projeto de Extensão “Cinesiologia e Biomecânica Aplicada à Saúde, apresentou um alto nível qualitativo com a abordagem teórica e prática sobre equilíbrio como aspecto fundamental para a prevenção de quedas em idosos, reunindo 51 mulheres e 2 homens. Além das informações e conscientização sobre o tema, conseguiu-se verificar através do circuito de tarefas, a capacidade funcional do grupo dos idosos, sendo predominante mulheres, onde todos demonstraram interesse em participar das atividades práticas, onde se pode perceber o entusiasmo e coleguismo manifestado no momento coletivo. Programas de atenção à população sênior trabalham no sentido de agregar idosos da comunidade, com atividades múltiplas e abordagem interdisciplinar com alcance de todas as faixas etárias da terceira idade, fomentando entre esta classe da população buscarem realizar atividade física, mental e social em grupo. Portanto, a grande maioria dos participantes são do sexo feminino, sendo perceptível o elevado quantitativo de mulheres ativas em programas sociais, nos quais encontram-se mulheres que ainda não são idosas e mesmo assim, já antevendo um envelhecimento, buscam atividades, tendo uma prevalência na faixa de 46 a 59 anos (FERRARI et al., 2014).

Estudos demonstraram que o treinamento de equilíbrio, força muscular, flexibilidade e exercícios de resistência aeróbica tem efeitos positivos na função física de idosos, contribuindo parar prevenir ou retardar mudanças estruturais causadas pelo envelhecimento e o consequente declínio funcional (VIRÁG et al., 2018).

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Vários estudos têm demonstrado que exercícios físicos com intensidades adequadas para idosos retardam a perca de força muscular que, normalmente, está associada ao envelhecimento (CARVALHO et al., 2004). Visto que os idosos do presente estudo praticam e realizam atividades físicas regularmente, todos eles conseguiram realizar as atividades propostas pelo projeto sem apresentar dificuldades, conseguindo passar por todas as estações e ainda apresentando nível satisfatório de força muscular dos membros inferiores, coordenação motora e boa cognição para a realização das atividades. Os déficits nas funções, capacidade funcional e também na força muscular e flexibilidade na terceira idade é decorrente, principalmente, do processo de envelhecimento, sendo a flexibilidade definida como a máxima amplitude passiva de movimento articular, com relevância na execução dos movimentos simples ou complexos, manutenção da saúde e essencial para qualidade de vida (FIDELIS et al., 2013).

Um estudo realizado por GUADAGNINE e OLIVOTO (2004), comparou o nível de extensibilidade muscular em pessoas praticantes e não-praticantes de exercícios físicos regulares. Sendo significante a diferença de medidas entre os grupos estudados, principalmente observando o nível excelente de flexibilidade, no qual compreendia 70% dos idosos ativos e apenas 30% dos idosos inativos. Assim, demonstrando a importância da atividade física na melhora da flexibilidade.

Uma pesquisa, 88,1% dos participantes obtiveram melhora de 5cm em média na flexibilidade da coluna durante uma flexão de tronco, após realização de exercícios físicos. Portanto, há uma relação entre exercício físico e amplitude de movimento extremamente positiva (NADAI, 1995).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Projeto de Extensão procurou criar a oportunidade de levar alunos engajados em ações extensionistas, mesmo em local fora da instituição, enfatizando a aprendizagem prática dos conteúdos curriculares, por meio da extensão, em benefício da comunidade idosa, aprendendo com ela os verdadeiros valores da vida.

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REFERÊNCIAS

CAMARANO, Ana Amélia; KANSO, Solange; MELLO, Juliana Leitão e. Como vive o idoso brasileiro? Capítulo 1, Os novos idosos brasileiros muito além dos 60? Disponível em

https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/Arq_29_Livro_Completo.pd f . Acesso em 01 de agosto de 2020.

CARVALHO, J. et al. Força muscular em idosos II - Efeito de um programa complementar de treino na força muscular de idosos de ambos os sexos. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, Porto, v. 4, n. 1, p. 58-65, jan./jun. 2004.

FERRARI, V. T. et al. Prevalência de atividades físicas em mulheres. Revista Brasileira de Promoção Saúde, Fortaleza, v. 27, n. 4, p. 533-540, out./dez. 2014.

FERREIRA, C. G. et al. Fatores associados ao equilíbrio postural de idosos longevos. Fisioter. mov. [online], Curitiba, v.32, p. 1-9, nov. 2019.

FIDELIS, L.; PATRIZZI, L.; WALSH, I. Influência da prática de exercícios físicos sobre a flexibilidade, força muscular manual e mobilidade funcional em idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 109-116, 2013. FREITAS, E. R. F. S. et al. Prática habitual de atividade física afeta o equilíbrio de idosas? Fisioter. Mov., Curitiba, v. 26, n. 4, p. 813-821, set./dez. 2013.

GUADAGNINE, P.; OLIVOTO, R. Comparativo de flexibilidade em idosos praticantes e não praticantes de atividades físicas. Revista Digital, Buenos Aires, n. 69, fev. 2004. KALACHE, A.; VERAS, R. P.; RAMOS, L. R. O envelhecimento da população

mundial. Um desafio novo. Revista Saúde públ., São Paulo, v. 21, n. 3, p. 200-10, 1987. NADAI, A. Programa de atividades físicas e terceira idade. Revista Motriz, Rio Claro, v. 1, n. 2, 120-123, dez. 1995.

PAVANATEA, A. A.; HAUSER, E.; GONÇALES, A. K.; MAZO, G. Z. Avaliação do equilíbrio corporal em idosas praticantes de atividade física segundo a idade. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Brasília, v. 40, n. 4, p. 404-409, jun. 2018.

SCIANNI, A. A. et al. Efeitos do exercício físico no sistema nervoso do indivíduo idoso e suas consequências funcionais. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Brasília, v. 41, n. 1, p. 81-95, 2019.

VIRÁG, A. et al. Study of the effects of multimodal exercise program on physical fitness and health perception in community - living Hungarian older adults.The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Torino, v. 58, n. 5, p. 669-677, mai. 2018.

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