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Funcionários e torcida constroem
espírito de chama olímpica
O F E R E C I M E N T O
T E R Ç A - F E I R A , 1 9 D E J U L H O D E 2 0 1 6
R$ 650 mi
Por ano, querem os clubes
argentinos pelos direitos de
transmissão do torneio nacional
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 5 4 6
POR ERICH BETING
“Podem se orgulhar, porque a partir de agora vocês são um dos poucos condutores oficiais da chama olímpica”. Desse jeito que Thamires pede atenção para 20 pessoas reunidas em uma sala anexa ao Centro de Cultura Pala-ce, em Ribeirão Preto.
A empolgação com que a funcionária do Rio 2016 nos fala sobre o que é conduzir a tocha chama a atenção. Já estamos no 77º dia do revezamento e o único motivo pelo qual ela tem a lamen-tar foi ter ficado 32 desses dias trabalhando dentro do escritório no Rio de Janeiro, sem poder ter o contato com os condutores e suas histórias.
Participar do revezamento traz orgulho e preocupação. São só 12 mil pessoas num país de 200 milhões que terão a honra de fazer parte da maior celebração nacional dos Jogos Olímpicos. Mas, ao mesmo tempo, olha o tamanho da responsabilidade que isso representa!
Os funcionários do Rio tentam
explicar des-de a história da chama olímpica até a relação dos patro-cinadores do reveza-mento com o evento em si. Por isso mesmo, pedem a nós anima-ção para quando a caravana
passar, lembrando, sem citar, do “esfor$o” que as marcas fizeram para estar ali.
Tudo muda quando você é cha-mado para, finalmente, descer do ônibus. Aí o que era um evento privado passa a ser público. As pessoas te olham diferente. Pe-dem para tirar foto com a tocha, ainda apagada, como se fosse um objeto inatingível.
Quando a chama acende a
tocha, a loucura começa. Em meio ao turbilhão de pensamentos internos, começo a ver as pessoas pedindo para andar mais devagar para conseguir tirar uma foto da chama, numa forma de dizer que ela fez parte daquilo.
Os aplausos, a admiração, a fe-licidade de estar perto da chama olímpica mostram que a torcida – e a alegria dos funcionários do Rio 2016 – é que transformam tudo num objeto de desejo.
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POR DUDA LOPES
Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte
O Revezamento da Tocha é uma
grande demonstração de que sim,
nós, brasileiros, somos capazes de
fazer um evento realmente notável.
São duas evidências claras: trata-se
de uma enorme ação, que percorre
todo o país, com logística extrema.
A segunda, ele teve uma aderência
encantadora, com um abraço
popu-lar que não pode ser ignorado.
Os números da tocha
impressio-nam: serão 329 cidades com 12 mil
condutores. E, mesmo em sua reta
final, não houve até o momento
ne-nhum instante em que a
organiza-ção tenha realmente saído do
pla-nejado. Muito pelo contrário: pelos
municípios, especialmente os
meno-res, as pessoas se emocionam e tem
demonstrado as reações mais
es-pontâneas (e engraçadas) possíveis.
Pude presenciar parte desse
pro-cesso, em Vila Velha, no
Espíri-to SanEspíri-to, onde vi a empolgação de
crianças frente a um objeto sagrado
do esporte. E vi também
conheci-dos marmanjos que reagiram com o
mesmo entusiasmo.
Por toda essa alegria que a Tocha
tem carregado e por toda a
simbolo-gia que foi sua passagem pelo Brasil,
resta apenas as mais sinceras
lamen-tações com as críticas. Todos, claro,
têm direito de expressá-las, mas
se-ria mais construtivo se os principais
argumentos não fossem tão
mesqui-nhos, daqueles que acham que
de-mocratizar um tão poderoso signo
é algum tipo de menosprezo a uma
determinada categoria.
Olhar para o Rio, hoje, assusta um
tanto: como serão os Jogos em um
Estado falido? Mas se há alguma
luz que ilumine nossa capacidade de
sucesso, ela está sobre a tocha.
Revezamento é o primeiro
grande sucesso do Rio 2016
Em horário nobre, seleção brasileira bate
novela na audiência da Globo
POR REDAÇÃO
Na quarta-feira, a seleção brasileira entrou em campo contra o Haiti em horário pouco comum para o futebol: às 20h30. Com isso, a Globo, que tem exibido a Copa
Améri-ca do Centenário, teve que realocar o Jornal Nacional e a novela Velho Chico. E, pelos resultados do Ibope, a emissora não se arrependeu.
Tanto no Rio de Janeiro, quanto em São Paulo, os 7 a 1 do Brasil sobre o Haiti
fize-ram a média da Globo subir. Na capital paulista, foram 30 pontos de média, com participação de 42% nas TVs ligadas. Foram quatro pontos a mais do que a média do mesmo horário em um mês.
No Rio de Janeiro, Brasil e Haiti foi ainda me-lhor, com o recorde de audiência do futebol na cidade. Foram 34 pontos de média, com
parti-cipação de 47%. O aumento da média no ho-rário em um mês foi sete pontos. Além do bom resultado do futebol, os números se devem ao
baixo rendimento de Velho Chico na audiência. Há um mês, em São Paulo, a novela deu 26 pontos numa quarta-feira, índice inferior a outras novelas e ao Jornal Nacional.
Cada ponto no Ibope equivale a 67.113 domicílios em São Paulo e 42.292 no Rio de Janeiro.
TV PAGA Quem também faturou com o Bra-sil foi o SporTV. Na estreia contra o Equador, a emissora teve média superior a 1 milhão de pessoas por minuto assistindo à partida no canal. A Globo também mostrou o jogo, às 23h de sá-bado. O SporTV tem exclusividade na TV paga.
Antes dos Jogos, Vivo ativa seleção
feminina de futebol com websérie
POR REDAÇÃO
A Vivo ativou o patrocínio à seleção brasilei-ra feminina de futebol com uma websérie que conta a história de jogos, experiências pessoais, bastidores da equipe e
curio-sidades sobre as jogadoras do elenco nacional.
O projeto começou no ano passado com três vídeos que alcançaram um público de mais de 2,3 milhões de pes-soas. Os filmes mostravam os desafios e conquistas nas
carreiras de Maurine, Tamires e Formiga. Neste ano, as estrelas que aparecem nos vídeos são Bárbara, Andressinha, Mônica, Cristiane, Thaísa, Bruna Benites, Andressa Alves e Érika.
Os vídeos estão sendo divulgados na Fan Page da Vivo: https://www.facebook.com/VivoEsporte. A ação é assinada pela agência EA, com
produ-ção dos filmes pela Mowa Press.
Com a ação, a empresa de telefonia aproveita o período pré-olímpico para conquistar
enga-jamento com seu público. A Vivo é patrocinadora da CBF, mas é a concorrente Claro a apoiadora oficial dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. É a segunda vez que a Vivo aproveita a “carona” da CBF em um megaevento esportivo no Brasil. No ano da Copa do Mundo de 2014, a empresa realizou campanhas com a seleção brasileira. O patro-cinador do Mundial da Fifa, porém, foi outra concorrente, a Oi.
Desde que chegou à CBF, a produção de con-teúdo para os meios digitais tem sido uma das prioridades da empresa de telecomunicação.
A ESPN Brasil resolveu fazer um aquecimento aos Jogos Olímpicos com uma das maiores atrações do evento: a emissora acertou o direito de transmissões de amistosos da seleção america-na de basquete.
Durante as duas semanas que antecedem os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a emissora transmitirá nove partidas, que incluem a equipe masculina e feminina dos Estados Unidos. Entre os homens, o destaque são as partidas contra China e Argentina, enquanto as mulheres irão atuar contra França, Canadá, Austrália e até uma seleção de jovens talentos da WNBA.
A emissora exaltou o nível técnico das partidas e o interesse do público brasileiro no esporte
americano. “O basquete é uma das modalidades mais aguardadas pelos fãs brasileiros nos Jogos Olímpicos”, comentou o diretor geral da ESPN, German Hartenstein.
A ESPN conseguiu os direitos de transmissão por meio da NBA, com quem a emissora man-tém bom relacionamento; o canal exibe o torneio há mais de vinte anos. A última tempora-da as disputas ganharam aintempora-da mais atenção, já que a audiência teve um crescimento de 71% em relação ao ano anterior.
Além disso, a ESPN tem reuni-do esforços para levar audiência ao canal durante os Jogos Olím-picos do Rio de Janeiro. Há duas
semanas, a emissora lançou uma nova campanha para promover a transmissão do evento, sob o conceito “Não é Transmissão, é Vocação”. O vídeo mantém as vozes dos narradores do canal, além da participação de dos ex--atletas olímpicos e comentaristas Ana Moser, Zé Elias, Mauricio Lima e Rogério Sampaio.
POR DUDA LOPES
ESPN aquece Jogos com
amistosos da seleção americana
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O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) anun-cia nesta terça-feira (dia 19), às 11h, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, os convocados que irão disputar os Jogos do Rio de Janeiro 2016. O evento contará com a presença dos novos embaixadores paraolím-picos, que farão o anúncio: a atriz Cleo Pires, o empresário José Victor Oliva, o publicitário Nizan Guanaes e o ator Paulinho Vilhena.
Ao todo, 278 atletas representarão o país, de 7 a 18 de setembro. Há quatro anos, em, Londres, a delegação foi composta por 182 atletas e o país conquistou o sétimo lugar disputando 18 das 20
modalidades do programa. A meta para o Rio 2016 é obter a quinta posição no quadro geral de medalhas. Na capital fluminense, o Brasil terá representantes em todos os 22 esportes do pro-grama paraolímpico.
O evento terá a presença de atletas de 20 das 22 modalidades paraolímpicas. A lista oficial tam-bém será divulgada pelo CPB às 11h em seu site oficial. A cerimônia também terá transmissão ao vivo na página do Comitê Paralímpico Brasileiro no Facebook. Haverá ainda em tempo real uma série de entrevistas com os atletas convocados, além da presença de influenciadores digitais.
A Rússia pode ser impedida de disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro após a divulgação de relatório que comprova que o Estado apoiou e patrocinou o en-cobrimento de casos de doping no país com envolvimento de integrantes do governo próximos ao presidente Vladimir Putin, o serviço de inteligência e autorida-des esportivas.
O Comitê Executivo do COI (Comitê Olímpico Internacional) agora vai discutir os resultados do relatório elaborado pelo advo-gado Richard McLaren, da comis-são independente nomeada pela Wada (Agência Mundial Antido-ping) que investigou o problema.
“[O relatório] É um ataque cho-cante e sem precedentes sobre a integridade do esporte e dos Jo-gos Olímpicos”, afirmou Thomas Bach, presidente do COI.
McLaren conta ter encontrado evidências convincentes de que o Ministério do Esporte do país
escondeu centenas de testes positi-vos de seus atletas duran-te a prepa-ração para os Jogos de Londres, em 2012, bem como para o Mundial de atletismo de Moscou,
no ano seguinte, e os Jogos de Inverno de Sochi, em 2014.
As duas propostas a serem de-batidas são a suspensão do país do mundo olímpico ou que cada federação internacional decida se irá permitir a participação de rus-sos em sua modalidade. O atle-tismo já baniu os competidores do país dos Jogos do Rio 2016. Devido ao escasso tempo para debater o assunto, dificilmente essa decisão não será conjunta
para todos os esportes.
Segundo o relatório McLaren, a grande maioria dos atletas russos foi beneficiada por um sistema que fazia resultados positivos desaparecerem. O governo russo rebateu as acusações dizendo que o relatório foi baseado em uma delatora com “reputação escandalosa”.
Segundo McLaren, Yuri Nagor-nykh, vice-ministro do Esporte, nomeado por Putin, é quem “de-cidia quem seria beneficiado”.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Rússia pode ser banida do Rio
2016 após relatório da Wada
A Prefeitura do Rio iniciou nesta segunda-feira (dia 18) a operação de trecho de dois dos quatro serviços olímpicos dos BRTs Transolímpica e Tran-soeste (Lote Zero): Jardim Oceânico ao Terminal Olímpico (Centro Olímpico) e Terminal Paralím-pico (Recreio) até a Vila Militar. Neste primeiro momento, a operação será apenas para a família
olímpica e credenciados para o evento.
Os dois serviços entrarão em operação de for-ma gradativa até 1º de agosto, quando os quatro BRTs serão totalmente abertos aos espectadores que tiverem o Cartão RioCard Jogos Rio 2016. Inicialmente, o serviço Recreio - Vila Militar sairá do Recreio e irá até Marechal Fontenelle.