É exercitar o pensamento visual, sonoro, cenestésico, metafórico.

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Projetos em Ação no Ensino de Arte

Ensinar arte é viver arte.

É desenvolver a competência simbólica, desafiada e

ampliada pela capacidade de simbolizar, expressando e

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É instigar para o contato e percepção das características, qualidades, processos e ordenações dos trabalhos dos parceiros e dos artistas.

É relacionar intenções e valores do passado e do presente, de culturas diversas.

Pensar em projetos de ação pode ser uma forma de lidar com questões específicas do processo de

ensino/aprendizagem em arte na formação permanente do educador.

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Pensar em projetos de ação pode ser uma forma de lidar com questões específicas do processo de

ensino/aprendizagem em arte na formação permanente do educador.

Através de projetos, como uma postura metodológica coerente com a própria produção artística, planejados e

concretizados, pode-se perceber as diferentes possibilidades de leitura da produção plástica da criança.

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O objetivo é torná-lo um olhar capaz de se maravilhar com as explorações de formas e cores e com as descobertas da

representação.

O objetivo é também preparar o sujeito-educador, também criador, no caminho da percepção mais apurada de zonas reais e proximais, na expectativa de que possa planejar adequadamente.

Planejamento apoiado pela observação apurada, pelo registro pessoal da prática vivida.

Pela reflexão de sua ação e pela avaliação somatória e contínua que alimenta o replanejamento.

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A cumplicidade no pensar e no construir a aprendizagem significativa instiga o educador a uma ação mais

compromissada, por que está ele também implicado com os resultados desejados não apenas pelo coordenador.

Os educandos envolvidos, certamente, responderão às ações planejadas e replanejadas.

É esta certeza, referendada por vários projetos de ação concretizados, que nos leva a sistematizar com mais

profundidade as idéias e as teorias que fundamentam esta prática.

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Projetos

Na palavra projeto está contida uma intencionalidade, que ainda é um vir-a-ser.

Parafraseando Luigi Pareyson (filósofo italiano), arte é

"um tal fazer, que enquanto se faz inventa o por fazer e o como fazer".

Assim, a palavra projeto designa igualmente tanto o que é proposto para ser realizado quanto o que será feito para atingí-lo.

Esta ambigüidade leva a muitas possibilidades de construção de projetos, tendo em vista diferentes preocupações.

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Projetos

Fala-se de projetos políticos para a nação, projetos políticos-pedagógicos, projetos educativos, projetos de trabalho,

projetos artísticos, enfatizando também sua possibilidade de construção coletiva.

Os projetos firmam-se como propostas interdisciplinares, que podem causar boas transformações na dinâmica das

escolas, com temas transversais que são ampliados pelas perspectivas dos vários campos do conhecimento.

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Projetos

Pode-se falar também de projetos de uma disciplina, ou de um grupo de alunos, ou mesmo de projetos individuais.

Alguns autores utilizam os termos: Pedagogia de projetos,

Projetos de trabalho, Projetos de ação.

Mais do que uma técnica ou uma estratégia sujeita a regras predeterminadas, os projetos são processos contínuos que refletem uma postura fundamentada numa concepção de educação que valoriza a construção do conhecimento.

Os projetos devem ser coordenados por um educador capaz de intervir, encaminhar e sistematizar.

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Projetos

Transformar o ensinar/aprender arte em projetos, criando

situações de aprendizagem através de seqüências articuladas continuamente avaliadas e replanejadas, e não como atividades isoladas, pode se converter numa postura metodológica eficaz. Não há métodos maus ou bons, e sim métodos que pensam o aprendiz e a ajuda pedagógica de formas diferentes.

Cada método é sempre recriado pelo professor, que na sua

prática e teoria, nem sempre conscientes, traça as suas opções metodológicas.

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Projetos

Em relação ao ensino de arte algumas propostas de ensino têm trazido oportunidades interessantes de trabalho:

a proposta triangular fazerapreciaçãohistória da arte -preconizada por Ana Mae Barbosa parte de princípios

presentes também em outros teóricos e que foram somadas nas categorias aqui apresentadas; (Carioca de nascimento, criada em Pernambuco desde menina, referencia de arte no Brasil)

a metodologia de jogos teatrais de Viola Spolin; (é considerada por muitos como a avó norte-americana do teatro improvisacional)

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Projetos

o métodos Zoltán Kodály (Húngaro, nascido em Kecskemét, realizou seus estudos em Budapest-O método é baseado no desenvolvimento da

percepção rítmica e melódica através de exercícios que utilizam o canto e atividades corporais).

O método de Carl Orff - Alemão, nascido em Munich, onde realizou seus estudos de música e regência. Muito ligado ao teatro, à literatura e à educação;

a dança educativa de Laban (Rudolf (Jean-Baptiste Attila) Laban,

também conhecido como Rudolf Von Laban , pai da dança-teatro". Dedicou sua vida ao estudo e sistematização linguagem do movimento em seus diversos aspectos: criação, notação, apreciação e educação. são algumas das

possibilidades metodológicas.

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Algumas premissas

Podemos dizer que num processo de ensino-aprendizagem na perspectiva dos projetos em ação, estão presentes:

-uma temática, isto é, um conjunto de ideias ou temas que se articulam e que permitem que se focalize aspectos

específicos dentro dele mesmo, de acordo com as

necessidades, interesses e faltas a serem trabalhadas. Há temáticas mais amplas e mais restritas, centradas na construção da própria linguagem, na sua história, ou em temas relacionados com a natureza, à vida social, etc;

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-uma seqüência de atividades, que instigam o perseguir idéias-germinais, problematizando, desvelando

pensamentos/sentimentos e ampliando referências.

Esta sequência não é definida previamente, mas vai se

estruturando pela análise dos seus resultados, que levam à novas ações, como exercício do pensamento projetante.

Desta maneira, supera-se as atividades estanques como a aprendizagem de técnicas, os trabalhos com temas, jogos expressivos, experiências sonoras, leitura e releituras de obras de arte, etc, pois estarão inseridas num trabalho mais abrangente, por um período de tempo significativo.

(14)

- a utilização dos códigos da linguagem da arte como meio não só de materializar, de tornar presente, através da competência simbólica, o que se quer expressar e

comunicar, mas também como meio de conhecer e ler os objetos artísticos que são a produção artística da

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- o ato de desvelar/ampliar como ações que se alimentam dialeticamente no sentido de aflorar o que está velado e abrir horizontes de possibilidades.

(16)

- o trabalho com projetos tenta sintonizar os conteúdos

que queremos ensinar - conteúdos da matéria - com aqueles trazidos pelos aprendizes - conteúdos do sujeito.

É na sua interrelação que poderemos problematizar e

provocar o que já se sabe e o aquilo que se deseja saber,

ampliando e aprofundando o conhecimento arte, alimentando o questionamento, a dúvida, as possíveis soluções e o

(17)

- O projeto, como um vir-a-ser, proporciona ao grupo a

aprendizagem e o conhecimento através da organização de atividades de leitura e produção expressiva onde escolher,

propor, opinar, discutir, decidir, avaliar são habilidades

desenvolvidas durante o processo do próprio aprendizado em parceria com o grupo e com o professor.

(18)

-Há um processo de criação que também acompanha o ato de ensinar, também atento ao aluno, ao que desvela e ao que pode ser ampliado, tanto em relação ao fazer artístico como em relação ao compreender o universo da arte e de seus produtores.

A aprendizagem dos conteúdos da linguagem da arte deve ser conduzida em torno do saber fazer e do saber

compreender sua própria produção e a dos Outros

-parceiros e artistas.

E, aprender fazer/conhecer Arte é aprender a produzir/ler Arte, cabendo ao professor a tarefa de articular estas ações.

(19)

Momentos do projeto em ação para o ensino de arte

Dentro de nossa perspectiva o trabalho com projetos não é um método, mas uma postura, uma atitude, um modo de agir, de planejar.

Trabalhar com projetos exige uma reflexão constante, e é através dela que podemos avaliar todos os passos

planejados e já realizados, para dar sequência às próximas ações.

Estas ações, depois de operadas e recriadas na própria

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Planejar, projetar, é trabalhar nossas hipóteses.

Para isto é preciso que o projeto seja registrado antes e depois de cada ação, para que as constatações, dúvidas e novas ideias possam ser articuladas e refletidas.

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O desafio maior é tornar significativo este registro, esta

organização, superando o emperramento do planejamento "oficial", tantas vezes repetido, ou os relatórios frios e

mecânicos, que não desafiam o educador a aprender refletindo também sobre sua própria prática.

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É também desafio para o educador, um reolhar mais sensível sobre a produção de seus educandos, superando o "respeito espontaneista" que tudo aceita, e buscando tornar ainda

mais significativa a sua produção como expressão de pensamento.

Pensamento desafiado e construído com intervenções do educador, muito atento para atingir zonas proximais e para torná-las reais.

E os resultados desta ação são palpáveis. Não basta portanto repetir desafios estéticos, mas trabalhar com critérios adequados para que esta ampliação do pensar artístico seja instigada.

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Em nossa prática temos confirmado a necessidade básica de desenvolver três momentos no projeto em ação com

posturas, objetivos e ações específicas para o desenvolvimento de projetos:

1º momento: AVALIAÇÃO INICIANTE: sondagem para o

levantamento de repertório

2º momento: ENCAMINHAMENTO DE AÇÕES:

levantamento de propostas possíveis, avaliações e replanejamento