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Instalações Elétricas de Baixa Tensão

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Academic year: 2021

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(1)Instalações Elétricas de Baixa Tensão Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. Segundo as Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão. António Augusto Araújo Gomes.

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(3) António Augusto Araújo Gomes. Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. Segundo as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão. III.

(4) Titulo: Instalações Elétricas de Baixa Tensão Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. Autor: António Augusto Araújo Gomes. Local e data: Porto, Maio de 2013. IV.

(5) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. Índice. Índice. NOTA DE ABERTURA. IX. PREFÁCIO........... XI 1.. ASPETOS GERAIS ............................................................................................................................ 1 1.1 Generalidades .............................................................................................................................................................. 1. 2.. VERIFICAÇÃO INICIAL ....................................................................................................................... 7 2.1 Generalidades .............................................................................................................................................................. 7 2.2 Procedimento de verificação das instalações ..................................................................................................... 8. 3.. 2.2.1. Inspeção visual ............................................................................................................................................ 9. 2.2.2. Ensaios e medições................................................................................................................................... 11. VERIFICAÇÃO APÓS A ENTRADA EM FUNCIONAMENTO E DURANTE A EXPLORAÇÃO ........................................ 17 3.1 Generalidades ............................................................................................................................................................ 17 3.2 Procedimento de verificação das instalações ................................................................................................... 19. 4.. 3.2.1. Inspeção visual .......................................................................................................................................... 20. 3.2.2. Ensaios e medições................................................................................................................................... 22. ENSAIOS E MEDIÇÕES .................................................................................................................... 25 4.1 Generalidades ............................................................................................................................................................ 25 4.2 Verificação da continuidade dos condutores de proteção e das ligações equipotenciais ................... 27 4.2.1. Generalidades ............................................................................................................................................ 27. 4.2.2. Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 28. 4.3 Medição da resistência de isolamento da instalação elétrica ...................................................................... 33 4.3.1. Generalidades ............................................................................................................................................ 33. 4.3.2. Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 39. 4.4 Ensaio de proteção por separação de circuitos ................................................................................................ 44 4.4.1. Generalidades ............................................................................................................................................ 44. 4.4.2. Procedimento de ensaio ......................................................................................................................... 44. V.

(6) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. Índice. 4.5 Medição da resistência de isolamento dos elementos dos pavimentos e demais elementos da construção . 45 4.5.1. Generalidades ............................................................................................................................................ 45. 4.5.2. Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 45. 4.6 Verificação das condições de proteção por corte automático da alimentação....................................... 51 4.6.1. Generalidades ............................................................................................................................................ 51. 4.6.2. Esquema TT – Neutro à terra ................................................................................................................. 56. 4.6.3. Esquema TN – Terra pelo neutro .......................................................................................................... 58. 4.6.4. Esquema IT - Neutro isolado ou impedante ...................................................................................... 61. 4.7 Verificação do funcionamento dos dispositivos diferenciais ....................................................................... 64 4.7.1. Generalidades ............................................................................................................................................ 64. 4.7.2. Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 64. 4.7.3. Tempo e corrente diferencial estipulada dos dispositivos diferenciais ..................................... 69. 4.8 Medição da resistência do elétrodo de terra..................................................................................................... 71 4.8.1. Generalidades ............................................................................................................................................ 71. 4.8.2. Medição com elétrodos de terra auxiliares (método volt-amperimétrico) .............................. 73. 4.8.3. Medição sem elétrodos de terra auxiliares (método bipolar)....................................................... 75. 4.8.4. Impedância da malha de defeito .......................................................................................................... 76. 4.8.5. Medição da resistência dos elétrodos de terra nos grupos geradores....................................... 76. 4.8.5.1. Generalidades ................................................................................................................................. 76. 4.8.5.2. Elétrodos de terra eletricamente distintos ............................................................................. 81. 4.8.5.3. Elétrodos de terra comuns .......................................................................................................... 81. 4.9 Medição da impedância da malha de defeito .................................................................................................. 82 4.9.1. Generalidades ............................................................................................................................................ 82. 4.9.2. Procedimento prático de ensaio........................................................................................................... 95. 4.10..........Medição da resistência dos condutores de proteção ..................................................................... 99 4.11..........Ensaio de polaridade............................................................................................................................. 101 4.11.1 Generalidades ..........................................................................................................................................101 4.11.2 Procedimento de ensaio .......................................................................................................................101 4.12..........Ensaio dielétrico ..................................................................................................................................... 101 4.12.1 Generalidades ..........................................................................................................................................101 4.12.2 Procedimento de ensaio .......................................................................................................................102. VI.

(7) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. Índice. 4.13..........Ensaios funcionais.................................................................................................................................. 102 4.13.1 Generalidades ..........................................................................................................................................103 5.. MANUTENÇÃO E EXPLORAÇÃO DAS INSTALAÇÕES ............................................................................... 105 5.1 Manutenção das instalações .............................................................................................................................. 105 5.1.1. Generalidades ..........................................................................................................................................105. 5.2 Exploração das instalações ................................................................................................................................. 107 5.2.1. Generalidades ..........................................................................................................................................107. 5.2.2. Utilização das instalações .....................................................................................................................107. 5.2.3. Execução de trabalhos ...........................................................................................................................108. 5.2.4. Equipamentos de reserva e acessórios para a exploração ..........................................................111. 5.2.5. Instruções de primeiros socorros........................................................................................................111. 5.2.6. Acordo com outras entidades .............................................................................................................112. VII.

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(9) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. Nota de Abertura. NOTA DE ABERTURA. A presente obra não substitui a consulta dos regulamentos e normas técnicas nela referenciadas, uma vez que, apesar de todo o esforço do autor na sua elaboração, é suscetível de conter imprecisões e omissões, além de poder não abranger todos os aspetos relevantes da temática tratada. As normas referidas na presente obra poderão ser adquiridas no Instituto Português da Qualidade (IPQ), que entre outras atribuições é o Organismo Nacional de Normalização. A realização da presente obra teve como principal elemento bibliográfico, as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão, 1ª Edição Anotada – Volume I, II e III, coedição da Direção Geral de Geologia e Energia (DGGE) e da Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL), Dezembro de 2006, ISBN: DGGE-978-972-8268-37-4; CERTIEL-978-97295180-4-1.. IX.

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(11) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. Prefácio. PREFÁCIO. É com muita honra que prefacio o livro Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações, Segundo as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão, do Engenheiro António Augusto Araújo Gomes. Conheço o autor há imenso tempo, pois somos ambos docentes no Departamento de Engenharia Eletrotécnica do Instituto Superior de Engenharia do Porto. Neste âmbito, para além da amizade que nos une, estou numa posição privilegiada para atestar as qualidades do autor nesta área da Engenharia Eletrotécnica. São várias as atividades desenvolvidas pelo autor nos assuntos relacionados com as Instalações Elétricas, algumas em estreita colaboração comigo. Quero destacar a competência que coloca na lecionação de unidades curriculares relacionadas com o Projeto de Instalações Elétricas, na organização e moderação de palestras, seminários e conferências e, fundamentalmente, no seu envolvimento em Projetos Eletrotécnicos de grandes dimensões. O Projeto de Instalações Elétricas é , provavelmente, a mais tradicional das áreas da Engenharia Eletrotécnica. Tal como outros setores da Engenharia Eletrotécnica, também neste se tem verificado nos últimos anos uma forte evolução, que tem assentado na competição entre empresas do setor eletrotécnico e exigências ao nível da segurança, das instalações e das pessoas. Este facto nem sempre é acompanhado com a necessária regulamentação, deixando os profissionais do setor muitas vezes equivocados.. XI.

(12) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. Prefácio. Com este livro, o autor pretende dar um contributo a todos os profissionais desta área da engenharia eletrotécnica, especialmente para os responsáveis por projeto, execução e exploração de instalações elétricas. Assenta fundamentalmente em assuntos relacionados com a inspeção das instalações elétricas, os ensaios e medições que são necessários efetuar para validarem a qualidade da instalação elétrica, assim como as principais técnicas de manutenção e exploração das instalações. Neste livro, o autor dá particular destaque às medidas de proteção de pessoas por corte automático da alimentação, devidamente enquadradas com os diferentes esquemas de ligação à terra possíveis de serem adotados nas instalações elétricas. O autor analisa com algum detalhe os diferentes ensaios e medições necessários efetuar nas instalações, nos diferentes métodos de proteção, de forma que a segurança das pessoas fique garantida. Em todos os assuntos abordados neste livro, é de louvar a preocupação do autor em fazer o enquadramento do assunto com o especificado nas Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão (RTIEBT). Também neste âmbito este livro é importante, pois o autor baseado na sua experiência pedagógica enquadra os diferentes assuntos nas RTIEBT de uma forma clara, facilitando a leitura e a sua interpretação. Em suma, um livro que é recomendado a todos os profissionais do setor eletrotécnico, que exerçam funções nas áreas do projeto, execução e exploração de instalações elétricas. É também mais um contributo do autor para esta temática das Instalações Elétricas de Baixa Tensão, que mais uma vez partilha com os interessados os fortes conhecimentos teóricos e práticos que possuí nesta área da Engenharia Eletrotécnica. Porto e ISEP, 25 de Janeiro de 2013 José António Beleza Carvalho. XII.

(13) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 1. Aspetos Gerais. 1.. Aspetos gerais. 1.1. Generalidades. A segurança dos utilizadores, das instalações e dos equipamentos elétricos é a preocupação primeira e fundamental dos técnicos responsáveis pelo projeto, pela. execução e pela exploração das. instalações elétricas.. Técnico Pessoa singular com inscrição válida em organismo ou associação profissional, quando obrigatório, cujas qualificações, formação e experiência a habilitam a desempenhar funções no processo de elaboração de projeto, fiscalização de obra pública ou particular ou como diretor de obra da empresa responsável pela execução da obra. Técnico responsável por instalações elétricas Indivíduos que, preenchendo os requisitos fixados no Estatuto do Técnico Responsável por Instalações Elétricas de Serviço Particular, podem assumir a responsabilidade pelo projeto, pela execução ou pela exploração das referidas instalações. Decreto Regulamentar nº 31/83, de 18 de Abril Publica o Estatuto do Técnico Responsável Por Instalações Elétricas de Serviço Particular.. 1.

(14) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 1. Aspetos Gerais. Para se poder garantir a qualidade, segurança, funcionalidade, flexibilidade e fiabilidade das instalações, bem como a diminuição dos custos de execução e exploração das mesmas, é importante que se verifiquem, entre outras, as seguintes premissas:. Existência de um projeto de instalações elétricas. •. Somente a existência de um projeto realizado por um. técnico. responsável,. reconhecido. pela. respetiva associação profissional, dá garantias do cumprimento de todos os aspetos regulamentares aplicáveis, da promoção da melhor solução. Projeto Conjunto coordenado de documentos escritos e desenhados, integrando o projeto ordenador e demais projetos, que definem e caracterizam a conceção funcional, estética e construtiva de uma obra, bem como a sua inequívoca interpretação por parte das entidades intervenientes na sua execução.. técnico-económica e funcional para a instalação em questão e de segurança de pessoas e bens.. O projeto, de licenciamento ou de execução, deverá. ser. constituído. por. um. conjunto. coordenado de informações escritas e desenhadas de fácil e inequívoca interpretação por parte das. Projeto de Licenciamento Documento requerido às instalações que obrigam à existência de projeto de licenciamento. Consiste num projeto realizado de acordo com o definido nos regulamentos, de forma a permitir o licenciamento das instalações, perante as entidades competentes.. entidades intervenientes na execução da obra, Projeto de Execução. obedecendo. ao. disposto. regulamentação aplicável.. na. legislação. e. Constituído por um conjunto coordenado das informações escritas e desenhadas de fácil e inequívoca interpretação por parte das entidades intervenientes na execução da obra, obedecendo ao disposto na legislação e regulamentação aplicável.. No âmbito do exercício das suas competências, a Associação Certificadora de Instalações Elétricas (CERTIEL), entende que o projeto de licenciamento é também um projeto de execução devendo como tal, observar os disposto na definição anteriormente apresentada.. 2.

(15) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 1. Aspetos Gerais. A definição das instalações elétricas que carecem de projeto de licenciamento encontra-se vertida no Decreto-Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de. Decreto-Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936) Aprova o Regulamento de Licenças para Instalações Elétricas. Decreto-Lei n.º 517/80, de 31 de Outubro. 1936), com as alterações introduzidas pelo. Estabelece normas a observar na elaboração dos. Decreto-Lei n.º 517/80, de 31 de Outubro, Decreto-. projetos das instalações elétricas de serviço. Lei. n.º. 272/92,. de. 3. de. particular. Define responsabilidades e classifica estas. e. instalações; inclui algumas disposições sobre a. posteriormente pelo Decreto-Lei n.º 101/2007, de. atividade dos técnicos responsáveis por instalações. 2 de Abril.. Dezembro. elétricas de serviço particular. Decreto-Lei n.º 272/92, de 3 de Dezembro Aprova as normas relativas ao funcionamento das Associações Inspetoras de Instalações Elétricas, que passarão a exercer as competências até então atribuídas aos Distribuidores Públicos, no que se refere à aprovação de projetos e sua fiscalização. Decreto-Lei n.º 101/2007, de 2 de Abril Simplifica o licenciamento de instalações elétricas, quer de serviço público quer de serviço particular. Realiza uma nova classificação das Instalações de Serviço Particular para efeitos do seu licenciamento ou aprovação.. Mas mesmo não sendo legalmente exigido o projeto de licenciamento, para um conjunto muito significativo de instalações elétricas, é recomendável que para essas instalações seja realizado um projeto de execução.. •. Execução das instalações em conformidade com o projeto. A garantia de execução das instalações em conformidade com o definido no projeto e com as boas regras da arte é a segunda premissa para garantir as condições atrás referidas.. 3.

(16) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 1. Aspetos Gerais. •. Verificação inicial (antes da entrada em funcionamento). A segurança dos utilizadores, dos seus bens e das próprias instalações, obtêm-se com a realização de um projeto cuidado e adequado e com a execução das instalações elétricas sob a responsabilidade de. Verificação Conjunto de medidas que permitem aferir que a instalação elétrica foi executada de acordo com o respetivo projeto e regulamentos. A verificação compreende a inspeção, ensaios e relatório.. um técnico responsável, mas apenas se garante Ensaios. com a verificação e o ensaio das instalações. Realização de medições nas instalações elétricas que. elétricas após a sua execução e antes da sua. permitam. entrada em funcionamento.. verificar. a. eficácia. das. medidas. implementadas.. Assim, as instalações elétricas, antes da sua entrada em serviço, devem ser objeto de uma verificação de forma a garantir que as mesmas se encontram executadas de acordo com as boas regras da arte, em conformidade com o respetivo projeto de licenciamento e/ou execução e os regulamentos e demais legislação aplicáveis.. •. Verificação após a entrada em funcionamento e durante a exploração. As instalações elétricas, durante a sua exploração, devem ser objeto de verificações periódicas, de forma a garantir que as mesmas mantêm as condições de segurança, objeto de verificação aquando da realização da verificação inicial, antes da sua entrada em funcionamento. Existe um conjunto muito significativo de instalações elétricas que carecem de técnicos responsáveis pela exploração e outras que, embora não carecendo de técnico responsável pela exploração, necessitam de vistoria anual.. 4.

(17) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 1. Aspetos Gerais. Esta informação encontra-se vertida no DecretoLei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936), com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º. Decreto-Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936) Aprova o Regulamento de Licenças para Instalações Elétricas. Decreto-Lei n.º 517/80, de 31 de Outubro. 517/80, de 31 de Outubro, Decreto-Lei n.º 272/92,. Estabelece normas a observar na elaboração dos. de 3 de Dezembro e posteriormente pelo Decreto-. projetos das instalações elétricas de serviço. Lei n.º 101/2007, de 2 de Abril.. particular. Define responsabilidades e classifica estas instalações; inclui algumas disposições sobre a atividade dos técnicos responsáveis por instalações. Mesmo para as instalações que por lei não. elétricas de serviço particular.. necessitem. Decreto-Lei n.º 272/92, de 3 de Dezembro. de. técnico. responsável. pela. exploração ou de vistoria anual, é fundamental,. Aprova as normas relativas ao funcionamento das Associações Inspetoras de Instalações Elétricas, que. para manter o seu bom estado de conservação e a. passarão a exercer as competências até então. consequente segurança dos utilizadores durante. atribuídas aos Distribuidores Públicos, no que se refere à aprovação de projetos e sua fiscalização.. todo o tempo da sua vida útil, que sejam Decreto-Lei n.º 101/2007, de 2 de Abril. realizadas inspeções periódicas.. Simplifica o licenciamento de instalações elétricas, quer de serviço público quer de serviço particular. Realiza uma nova classificação das Instalações de Serviço Particular para efeitos do seu licenciamento ou aprovação.. Com esta publicação pretende-se clarificar os procedimentos relativos à verificação das instalações elétricas de baixa tensão, antes e após a sua entrada em funcionamento, assim como os procedimentos principais relativos à manutenção e exploração dessas mesmas instalações.. 5.

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(19) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 2. Verificação Inicial. 2.. Verificação inicial. 2.1. Generalidades. A verificação das instalações elétricas após a sua execução e antes da sua entrada em funcionamento é uma garantia de segurança para os utilizadores das instalações do cumprimento, durante a sua execução, do estipulado no projeto de instalações elétricas (caso o mesmo exista) e da observância e cumprimento de todos os aspetos regulamentares e da boa arte na sua execução. Neste sentido, todas as instalações elétricas deverão ser objeto de verificação durante a sua execução, na medida do que for possível e, após a sua conclusão, antes da sua entrada em funcionamento.. Assim o determina as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão, referindo. Regras técnicas Conjunto de princípios reguladores de um processo destinado à obtenção de resultados considerados. que as instalações elétricas durante a sua. úteis para uma decisão ou ação de carácter técnico.. execução ou após a sua conclusão, mas antes da. Regras Técnicas das Instalações Elétricas de. sua entrada em serviço, assim como por ocasião. Baixa Tensão. de. modificações. importantes,. devam. ser. verificadas (por meio de inspeções visuais, de. Definem um conjunto de normas de instalação e de segurança a observar nas instalações elétricas de utilização em baixa tensão.. ensaios e medições), com vista a comprovar, na. 7.

(20) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 2. Verificação Inicial. medida do possível, que as regras técnicas foram. Decreto-Lei n.º 226/2005, de 28 de Dezembro. cumpridas.. Prevê a aprovação das Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Revoga o artigo 1.º do Decreto-Lei N.º 740/74, de 26 de Dezembro, e os regulamentos anexos. Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro Aprova e publica as Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão.. 2.2. Procedimento de verificação das instalações. A verificação inicial das instalações elétricas deverá contemplar. duas. etapas. complementares:. distintas. e. Portaria n.º 949-A/2006, de 11 de Setembro Aprova e publica as Regras Técnicas de Instalações Elétricas de Baixa Tensão. IEC 60364 Instalações elétricas de edifícios. . inspeção visual;. Parte 6 - Verificação e manutenção das instalações Secção 61 - Verificação inicial. . ensaios e medições.. HD 384 Instalações elétricas de edifícios Parte 6 - Verificação e manutenção das instalações Secção 61 - Verificação inicial. Para a eficaz realização da verificação inicial das instalações é fundamental que os técnicos responsáveis estejam na posse da documentação completa e atualizada da instalação (telas finais) e dos equipamentos adequados às medições a realizar.. Durante a realização destes procedimentos, devem ser tomadas precauções que garantam a segurança dos técnicos e evitem danos às instalações e equipamentos instalados nas mesmas.. 8.

(21) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 2. Verificação Inicial. 2.2.1. Inspeção visual. A inspeção visual é o primeiro procedimento de verificação das instalações elétricas.. Inspeção Avaliação da conformidade por observação e apreciação acompanhadas, se apropriado, por medições, ensaios e calibrações.. Consiste na observação da instalação elétrica, com vista a comprovar que as condições em que foi realizada foram as corretas.. A inspeção visual tem por objetivo comprovar que:. . todos os componentes que constituem a instalação elétrica estão de acordo com as normas que lhe são aplicáveis e que possuem certificação de conformidade passada pelas entidades competentes;. . todos os componentes instalados permanentemente estão em conformidade com as prescrições do projeto da instalação elétrica;. . o material e a instalação em geral não apresentam nenhum dano visível que possa afetar a segurança;. . foram implementadas as medidas de proteção e segurança, além de outras ações, que fazem com que a instalação elétrica esteja construída de forma segura e com o nível de qualidade previsto.. 9.

(22) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 2. Verificação Inicial. Com este procedimento pretende-se ainda verificar:. . o dimensionamento e a seleção dos condutores de acordo com as suas correntes admissíveis e com a queda de tensão;. Condutor isolado Conjunto constituído pela alma condutora, pelo invólucro. isolante. e. pelos. eventuais. ecrãs. (blindagens). Por convenção, sempre que nas Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão é feita referência a um condutor, este termo designa um condutor isolado, sendo a referência a condutores nus feita de forma explícita. Este termo tanto se aplica aos condutores constituintes de um cabo como aos condutores utilizados separadamente. Condutor nú Condutor que não possui qualquer isolamento exterior. Corrente (permanente) admissível (de um condutor) (IZ) Valor máximo da corrente que pode percorrer, em permanência, um condutor em dadas condições sem que a sua temperatura, em regime permanente, ultrapasse um valor especificado. Para os condutores, a corrente admissível (designada simbolicamente por IZ), é considerada como corrente estipulada.. . a seleção e regulação dos dispositivos de proteção e vigilância;. . a seleção dos equipamentos e das medidas de proteção apropriadas de acordo com as condições de influências externas;. . a identificação inequívoca dos condutores de fase, de neutro e dos condutores de proteção;. 10.

(23) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 2. Verificação Inicial. . a forma como foram executadas as ligações dos condutores;. . a eventualidade dos isolamentos dos condutores terem sofrido danos por tração, por exemplo, resultando daí diminuição da sua espessura útil ou apresentando golpes ou outros defeitos, implicando redução do nível de segurança.. A inspeção visual deve, por razões de segurança, ser realizada antes da realização de qualquer ensaio ou medição e feita com toda a instalação previamente sem tensão.. 2.2.2. Ensaios e medições. A realização da verificação das instalações elétricas através da realização de ensaios e medições deve,. Ensaios Realização de medições nas instalações elétricas que permitam. verificar. por razões de segurança, ser realizada após a. implementadas.. inspeção visual.. Medição. a. eficácia. das. medidas. Conjunto de operações que têm por objetivo determinar o valor de uma grandeza. 2.2.1 Inspeção Visual (Página 9). Esta etapa da verificação das instalações elétricas consiste na realização de ensaios e medições, por meio de aparelhos apropriados, através dos quais se comprovam a qualidade e eficácia das mesmas.. 11.

(24) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 2. Verificação Inicial. Para a realização dos ensaios e medições de verificação das instalações elétricas, deverão ser utilizados. equipamentos. que. cumpram. os. requisitos especificados pela norma EN 61557, que. EN 61557 Segurança elétrica em redes de distribuição de baixa tensão até 1000 V corrente alternada e 1500 V corrente contínua - Dispositivos de controlo, de medição ou de monitorização de medidas de proteção.. define os requisitos a cumprir pelos dispositivos de. Parte 1; Requisitos gerais.. controlo, de medição ou de monitorização de. Parte 2; Resistência de isolamento.. medidas de proteção, destinados à verificação dos requisitos de segurança elétrica em redes de distribuição de baixa tensão até 1000 V em. Parte 3; Impedância de anel. Parte 4; Resistência dos condutores de terra e de equipotencialidade. Parte 5; Resistência à terra. Parte 6; Eficácia dos dispositivos diferenciais. corrente alternada (c.a.) e 1500 V em corrente. residuais em redes TT, TN e IT.. continua (c.c.).. Parte 7; Sequência de fases. Parte 8; Dispositivos de monitorização de isolamento para redes IT. Parte 9; Equipamento para localização de falhas de isolamento em sistemas IT. Parte 11; Eficiência dos monitores de corrente residual (rcms) tipo A e tipo B em TT, TN e sistemas IT. Parte. 12;. Dispositivos. de. medição. e. de. monitorização de desempenho (PMD). Parte 13; Pinças e sensores de correntes portáteis e manipulados à mão para a medição das correntes de fuga das redes elétricas de distribuição.. A verificação por meio de ensaios e medições deve incluir, quando aplicáveis, pelo menos, os ensaios e medições a seguir referidos, os quais devem ser realizados preferencialmente pela ordem indicada:. a). verificação da continuidade dos condutores de proteção e das ligações equipotenciais principais e suplementares;. 12.

(25) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 2. Verificação Inicial. Ligações à terra e condutores de proteção. 1 - Condutor de proteção; 2 - Condutor da ligação equipotencial principal; 3 - Condutor de terra; 4 - Condutor de equipotencialidade suplementar; A - Canalização metálica principal de água; C - Elemento condutor; L - Terminal principal de terra; M - Massa; T - Elétrodo de terra.. Condutor de proteção (PE) Condutor prescrito em certas medidas de proteção contra os choques elétricos e destinado a ligar eletricamente algumas das partes seguintes: a). massas;. b). elementos condutores;. c). terminal principal de terra;. d). elétrodo de terra;. e). ponto de alimentação ligado à terra ou a um ponto neutro artificial.. Um condutor de proteção pode ser comum a mais do que um circuito. Condutor principal de proteção Condutor de proteção ao qual são ligados os condutores de proteção das massas, os condutores de terra e, eventualmente, os condutores das ligações equipotenciais. Elétrodo de Terra Corpo condutor ou conjunto de corpos condutores em contacto íntimo com o solo, garantindo uma ligação elétrica com este. Terminal principal de terra (Barra principal de terra) Terminal ou barra previstos para ligação aos dispositivos de ligação à terra dos condutores de proteção, incluindo os condutores de equipotencialidade e, eventualmente, os condutores que garantem uma ligação à terra funcional. Massa Parte condutora de um equipamento elétrico suscetível de ser tocada, em regra, isolada das partes ativas mas podendo ficar em tensão em caso de defeito. Não se consideram como massas, as partes condutoras dos equipamentos que apenas possam ficar em tensão por meio de massas, em caso de defeito.. 13.

(26) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 2. Verificação Inicial. Terra Massa condutora da Terra, cujo potencial elétrico é, em cada ponto, considerado, por convenção, igual a zero. Condutor de Terra Condutor de proteção que permite ligar o terminal principal de terra ao elétrodo de terra. Ligação equipotencial Ligação elétrica destinada a colocar ao mesmo potencial, ou a potenciais aproximadamente iguais, massas e elementos condutores. Podem distinguir-se: a). a ligação equipotencial principal;. b). as ligações equipotenciais suplementares;. c). as ligações equipotenciais locais não ligadas à terra.. Ligação Equipotencial Principal Em cada edifício devem ser ligados à ligação equipotencial principal os elementos condutores seguintes: a). o condutor principal de proteção;. b). o condutor principal de terra ou o terminal principal de terra;. c). as canalizações metálicas de alimentação do edifício e situadas no interior (por exemplo, de água e gás);. d). os elementos metálicos da construção e as canalizações metálicas de aquecimento central e de ar condicionado (sempre que possível).. Ligação Equipotencial Suplementar A ligação equipotencial suplementar deve interligar todas as partes condutoras simultaneamente acessíveis, quer se trate das massas dos equipamentos fixos quer dos elementos condutores quer, ainda, sempre que possível, das armaduras principais do betão armado utilizadas na construção dos edifícios. Todos os condutores de proteção de todos os equipamentos, incluindo os das fichas e os das tomadas, devem ser ligados a este sistema equipotencial.. 14.

(27) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 2. Verificação Inicial. b). medição da resistência de isolamento da instalação elétrica;. c). proteção por meio da separação dos circuitos, relativa à:. Tensão Reduzida de Segurança (TRS) (SELV – safety extra-low voltage). Tensão Reduzida de Proteção (TRP). . tensão reduzida de segurança ou tensão reduzida de proteção;.  d). (PELV – protection extra-low voltage) Tensão reduzida de segurança, com um ponto do circuito do secundário ligado à terra.. separação elétrica;. medição da resistência de isolamento dos elementos da construção (tetos, paredes, pisos, etc.);. e). verificação das condições por corte automático da alimentação;. f). ensaio de polaridade;. g). ensaio dielétrico;. h). ensaios funcionais;. i). proteção contra os efeitos térmicos;. As Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão referem que os procedimentos de realização. j). quedas de tensão.. dos ensaios e medições de proteção contra os efeitos térmicos e de quedas de tensão ainda se encontram em estudo, sendo objeto de definição futura.. Se um dos referidos ensaios e medições conduzir a um resultado não aceitável, esse ensaio ou medição, bem como os que o precederam e cujos resultados possam ter sido influenciados pelo ensaio ou medição em causa, deve ser repetido após ter sido eliminado o defeito.. 15.

(28) Página deixada intencionalmente em branco!.

(29) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração. 3.. Verificação após a entrada em funcionamento e durante a exploração. 3.1. Generalidades. Atendendo ao referido no parágrafo 2, para assegurar a garantia da segurança dos utilizadores. 2.. Verificação Inicial (Página 9). e das próprias instalações elétricas é fundamental a realização de uma verificação inicial, após a execução das instalações e antes da sua entrada em funcionamento.. Tendo em consideração que, por um lado, a dinâmica imposta na utilização dos edifícios, por questões de utilização, funcionalidade, conforto, segurança, eficiência energética ou outras, se traduz muitas vezes na necessidade de proceder a alteração nas instalações e que, por outro lado, com o passar do tempo e com a utilização dos edifícios é natural que se vá verificando o envelhecimento e ou o degradar de características das instalações, materiais e equipamentos, além da realização da referida verificação inicial antes da entrada em funcionamento é fundamental que as instalações após a entrada em funcionamento e. 17.

(30) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração. durante a sua exploração sejam objeto de verificações periódicas que possam garantir que as mesmas mantêm as condições de qualidade, funcionalidade e, fundamentalmente, de segurança durante todo o tempo de vida útil das mesmas. O corpo legal aplicável às instalações elétricas de baixa tensão, impõe que um número muito significativo de instalações careçam de técnico responsável pela exploração e outras que, embora não carecendo de técnico responsável pela exploração, necessitam de realização de uma vistoria anual.. Esta informação encontra-se vertida no DecretoLei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936), com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º. Decreto-Lei n.º 26:852, de 30 de Julho (de 1936) Aprova o Regulamento de Licenças para Instalações Elétricas. Decreto-Lei n.º 517/80, de 31 de Outubro. 517/80, de 31 de Outubro, Decreto-Lei n.º 272/92,. Estabelece normas a observar na elaboração dos. de 3 de Dezembro e posteriormente pelo Decreto-. projetos das instalações elétricas de serviço. Lei n.º 101/2007, de 2 de Abril.. particular. Define responsabilidades e classifica estas instalações; inclui algumas disposições sobre a atividade dos técnicos responsáveis por instalações elétricas de serviço particular. Decreto-Lei n.º 272/92, de 3 de Dezembro Aprova as normas relativas ao funcionamento das Associações Inspetoras de Instalações Elétricas, que passarão a exercer as competências até então atribuídas aos Distribuidores Públicos, no que se refere à aprovação de projetos e sua fiscalização. Decreto-Lei n.º 101/2007, de 2 de Abril Simplifica o licenciamento de instalações elétricas, quer de serviço público quer de serviço particular. Realiza uma nova classificação das Instalações de Serviço Particular para Efeitos do seu Licenciamento ou aprovação.. 18.

(31) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração. Verifica-se, contudo, que existem ainda um conjunto ainda muito significativo de instalações não enquadradas no parágrafo anterior e que não carecem de técnico responsável pela exploração ou da realização obrigatória de uma vistoria anual.. Contudo, por motivos de segurança das pessoas, dos bens e das próprias instalações é recomendável, que todas as instalações, sem exceção, sejam objeto de verificações periódicas, de modo a garantirem que durante o seu tempo de vida útil apresentam condições de exploração e segurança equivalentes àquelas verificadas aquando da sua entrada em funcionamento.. 3.2. Procedimento de verificação das instalações. O procedimento de verificação das instalações elétricas após a entrada em funcionamento e durante a sua exploração encontra-se definido nas Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão é, em regra, mais simples que o procedimento indicado de verificação das instalações elétricas após a sua conclusão e antes da sua entrada em funcionamento devendo, no mínimo, incluir:. . inspeção visual;. Inspeção Avaliação da conformidade por observação e apreciação acompanhadas, se apropriado, por medições, ensaios e calibrações.. . ensaios e medições.. Ensaios Realização de medições nas instalações elétricas que permitam. verificar. a. eficácia. das. medidas. implementadas. Medição Conjunto de operações que têm por objetivo determinar o valor de uma grandeza.. 19.

(32) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração. 3.2.1. Inspeção visual. Da inspeção visual salienta-se a particular atenção para:. a). o controlo dos dispositivos de proteção. Sobreintensidade Corrente de valor superior ao da corrente estipulada.. contra as sobreintensidades;. Para os condutores, a corrente estipulada é a corrente admissível. De acordo com a sua importância e o tempo de duração, uma sobreintensidade pode ter, ou não, efeitos prejudiciais. As sobreintensidades podem resultar quer de sobrecargas devidas aos aparelhos de utilização quer de defeitos, tais como os curtos-circuitos ou os defeitos à terra. Corrente de sobrecarga (de um circuito) Sobreintensidade que se produz num circuito na ausência de um defeito elétrico. Corrente de curto-circuito (franco) Sobreintensidade resultante de um defeito de impedância desprezável entre condutores ativos que apresentem, em serviço normal, uma diferença de potencial.. Os dispositivos de proteção contra as sobreintensidades podem ser disjuntores e/ou fusíveis.. Disjuntor Aparelho mecânico de conexão capaz de estabelecer, de suportar e de interromper correntes nas condições normais do circuito. Este aparelho é ainda capaz de estabelecer, de. Salienta-se no entanto que em alguns tipos. de. instalações. (habitações. e. análogos, estabelecimentos agrícolas ou pecuários, etc.) não podem ser aplicados fusíveis na proteção de circuitos contra as sobreintensidades exceto na alimentação. suportar num tempo especificado, e de interromper correntes em condições anormais especificadas para o circuito, tais como as correntes de curto-circuito. Fusível (Corta-circuitos fusível) Aparelho cuja função é a de interromper, por fusão de um ou mais dos seus elementos concebidos e calibrados para esse efeito, o circuito no qual está inserido,. cortando. a. corrente. quando. esta. ultrapassar, num tempo suficiente, um dado valor.. 20.

(33) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração. de quadros ou de equipamentos de elevada potência e na proteção de equipamentos. de. sinalização. e. de. medição.. No caso de instalações em serviço e que não tenham sido objeto de modificações, basta verificar que as correntes estipuladas dos disjuntores e dos fusíveis não foram modificadas.. Para os disjuntores reguláveis, a corrente a verificar é a corrente de regulação. É particularmente importante a verificação da corrente estipulada dos dispositivos de proteção, uma vez que a sua modificação aleatória pode tornar inoperantes os sistemas de proteção contra as sobreintensidades. Quando. os. dispositivos de proteção. contra. sobreintensidades acumulam uma função de proteção contra os contactos indiretos, a modificação das suas características pode ocasionar perigos graves para as pessoas. Contacto indireto Contacto de pessoas ou de animais com massas que fiquem em tensão em consequência de um defeito de isolamento.. b). o controlo dos dispositivos de conexão dos condutores;. c). Será suficiente verificar que as ligações não estão desapertadas e que não aquecem demasiado.. a inspeção das peças afetadas por arcos elétricos.. 21.

(34) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração. 3.2.2. Ensaios e medições. Dos ensaios e medições salienta-se a particular atenção para, entre outros, realizar:. a). a medição da resistência do isolamento;. 4.3 Medição da resistência de isolamento da instalação elétrica (Página 33). b). a verificação da eficácia das medidas de proteção contra os contactos indiretos por. 4.6 Verificação das condições de proteção por corte automático da alimentação (Página 51). corte automático da alimentação.. Nas instalações com o esquema de ligação à terra TN e IT, caso não tenham sido efetuadas modificações na instalação suscetíveis de fazer variar o valor da impedância da malha de defeito, não é exigida a realização dessa medição. Nessas verificações, é suficiente comprovar que a resistência entre qualquer massa e o ponto mais próximo da ligação equipotencial principal não varia de modo significativo em relação a medições anteriores.. 22.

(35) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração. O Esquema de Ligação à Terra (ELT) caracteriza: -. O modo de ligação à terra de um dos pontos da alimentação, (em geral o neutro);. -. O meio de colocação à terra das massas dos equipamentos de utilização.. A escolha do Esquema de Ligação à Terra condiciona as medidas de proteção de pessoas contra os contactos indiretos. . Terra das massas Circuito de terra a que são ligados todos os elementos condutores da instalação normalmente sem tensão ou com tensões não perigosas, mas sujeitos a uma passagem fortuita de corrente que provoque diferenças de potencial perigosas e não previstas entre esses elementos (solo incluído).. . Terra da alimentação Circuito de terra a que são ligados unicamente pontos dos circuitos elétricos para influenciar as suas condições de exploração, quer limitando o potencial dos condutores em relação ao solo, quer permitindo o funcionamento das proteções.. Os Esquemas de Ligação à Terra são: -. Equivalentes no que diz respeito à garantia de proteção de pessoas contra os contactos indiretos;. -. Diferentes no que diz respeito aos custos iniciais, custos de exploração, disponibilidade de energia, medidas a implementar para garantir a proteção de pessoas e animais contra contactos indiretos e exigências aquando da alteração/expansão futura das instalações.. Codificação: -. Primeira letra – Situação da alimentação em relação à terra T – Ligação direta de um ponto à terra I – Isolamento de todas as partes ativas em relação à terra, ou ligação de um ponto à terra por meio de uma impedância. -. Segunda letra – Situação das massas da instalação em relação à terra T – Massas ligadas diretamente à terra, independentemente da eventual ligação à terra de um ponto da alimentação N – Ligação elétrica das massas ao ponto de alimentação ligado à terra. -. Disposição do condutor neutro e do condutor de proteção S - Função de neutro e de proteção garantidas por condutores distintos (Condutor N e Condutor PE – Caso do esquema TN-S) C – Função de neutro e de proteção combinadas num único condutor (Condutor PEN – Caso do esquema TN-C) C-S – Função de neutro e proteção combinados num único condutor (condutor PEN) na parte inicial da instalação e separadas (condutor N e condutor PE) a partir desse ponto, para jusante.. Sistema TT – Neutro à Terra: Tem um ponto da alimentação ligado diretamente à terra, sendo as massas da instalação elétrica ligadas a elétrodos de terra eletricamente distintos do elétrodo de terra da alimentação.. 23.

(36) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 3. Verificação Após a Entrada em Funcionamento e Durante a Exploração. Sistema TN (Terra pelo Neutro): Tem um ponto ligado diretamente à terra (em regra o ponto neutro). Se não existir um neutro ou se este não estiver acessível, deve ser ligado à terra um condutor de fase, não podendo, em caso algum, este condutor ser utilizado como condutor PEN. De acordo com a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção, consideram-se os três tipos de esquemas TN seguintes: a). esquema TN-S - onde um condutor de proteção (distinto do condutor neutro) é utilizado na totalidade do esquema;. b). esquema TN-C-S - onde as funções de neutro e de proteção estão combinadas num único condutor numa parte do esquema;. c). esquema TN-C - onde as funções de neutro e de proteção estão combinadas num único condutor na totalidade do esquema.. Sistema IT (Neutro Isolado) Todas as partes ativas estão isoladas da terra ou um ponto destas está ligado à terra por meio de uma impedância, sendo as massas da instalação elétrica ligadas à terra.. Comparação entre os Esquemas de Ligação à Terra Sistema TT. Vantagens. Desvantagens. - Solução mais simples no estudo e - Possibilidade de aumento de custos para prevenção de disparos intempestivos na instalação; - Não. e seletividade de diferenciais.. necessita. de. vigilância. permanente em exploração (apenas controlo funcionamento. periódico dos. do. dispositivos. diferenciais). TN. - O esquema TN-C pode representar - A economia na instalação será, por vezes, compensada por despesas uma economia para a instalação (menos um condutor e um pólo de aparelhagem).. suplementares de estudo e de exploração. - A verificação das condições de segurança dever ser efetuada aquando do estudo, através de cálculos e, obrigatoriamente, na colocação em serviço por meio de medidas. Esta verificação é a única garantia de funcionamento tanto na exploração como após qualquer intervenção (modificação, extensão) da instalação. - Necessita de pessoal de manutenção competente. - Acentua os riscos de incêndio devido às fortes correntes de defeito.. IT. - Solução que assegura a melhor - Necessita de pessoal de manutenção para a vigilância em exploração. continuidade exploração.. de. serviço. em. - A verificação das condições de proteção do 2º defeito deve ser efetuada durante o estudo, por cálculos e, obrigatoriamente, na colocação em serviço pela realização de medidas. - Aumento de custos de inclusão de equipamentos suplementares de controlo e segurança.. 24.

(37) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 4. Ensaios e Medições. 4.. Ensaios e Medições. 4.1. Generalidades. Neste parágrafo serão descritos os principais ensaios e medições realizados aquando da. Ensaios Realização de medições nas instalações elétricas que permitam. verificar. verificação das instalações elétricas de baixa. implementadas.. tensão:. Medição. a. eficácia. das. medidas. Conjunto de operações que têm por objetivo determinar o valor de uma grandeza.. . verificação da continuidade dos condutores de proteção e das ligações equipotenciais;. . medição da resistência de isolamento da instalação elétrica;. . ensaio de proteção por separação de circuitos;. . medição da resistência de isolamento dos elementos dos pavimentos e demais elementos da construção;. . verificação das condições de proteção por corte automático da alimentação;. 25.

(38) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 4. Ensaios e Medições. . verificação do funcionamento dos dispositivos diferenciais;. . medição da resistência do elétrodo de terra;. . medição da impedância da malha de defeito;. . medição da resistência dos condutores de proteção;. . ensaio de polaridade;. . ensaio dielétrico;. . ensaios funcionais.. 26.

(39) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 4. Ensaios e Medições. 4.2. Verificação da continuidade dos condutores de proteção e das ligações equipotenciais. 4.2.1. Generalidades. O ensaio de verificação da continuidade dos condutores de proteção e das ligações equipotenciais não tem por objetivo medir valores de resistência, mas tão somente verificar a continuidade elétrica entre os vários pontos do circuito de proteção, desde o elétrodo de terra até às massas dos equipamentos ou massas estranhas à instalação.. O ensaio consiste na verificação de continuidade dos condutores de proteção e das ligações equipotenciais principais e suplementares e visa certificar que:. . os condutores se encontram corretamente conectados e existe continuidade ao longo de todo o seu percurso;. . todos os equipamentos e acessórios se encontram corretamente ligados aos condutores de proteção;. . todas as ligações garantem bom contacto.. A realização deste ensaio é importante, pois a garantia de continuidade dos condutores de proteção e das ligações equipotenciais principais e suplementares é uma parte importante do sistema de proteção, garantindo que não possam ser verificadas no circuito tensões de contato perigosas, quer do ponto de vista da duração, quer do ponto de vista do valor absoluto.. 27.

(40) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 4. Ensaios e Medições. 4.2.2. Procedimento prático de ensaio. Este ensaio destina-se a comprovar as condições de proteção correspondentes às medidas que usem o corte automático da alimentação e considera-se satisfatório quando o dispositivo. É. conveniente. obter. dos. fabricantes. dos. equipamentos elétricos dotados de componentes eletrónicos o conjunto das medidas a respeitar durante o ensaio de continuidade para evitar a destruição desses componentes. Devem, ainda, ser tomadas as necessárias precauções para que a. utilizado no ensaio der uma indicação correta e. corrente usada neste ensaio seja compatível com os. estável.. riscos de incêndio ou de explosão existentes em cada. O ensaio deverá ser realizado com a instalação. EN 61557. sem alimentação, com um equipamento que cumpra os requisitos dispostos na norma EN 61557-4, nomeadamente que o equipamento. local.. Segurança elétrica em redes de distribuição de baixa tensão até 1000 V em corrente alternada (c.a.) e 1500 V em corrente contínua (c.c.) - Dispositivos de controlo, de medição ou de monitorização de medidas de proteção.. tenha uma fonte de alimentação que em vazio. Parte 4: Resistência dos condutores de terra e de. forneça uma tensão de 4 V em corrente alternada. equipotencialidade.. ou 24 V em corrente contínua e possa disponibilizar uma corrente não inferior a 0,2 A. Dependendo das características físicas da instalação este ensaio pode na prática ser realizado de duas formas distintas, cada uma das quais com as suas vantagens e limitações.. 28.

(41) Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Verificação, Manutenção e Exploração das Instalações. 4. Ensaios e Medições. . Método 1. Este método de ensaio é útil fundamentalmente para a verificação de continuidade dos condutores de proteção em instalações de médias e grandes dimensões. A realização do ensaio consiste na execução do seguinte procedimento:. 1º. Execução de uma ligação temporária (shunt) entre o barramento de fase e o barramento de terra no quadro de entrada da instalação.. Quadro Conjunto. de. equipamentos,. convenientemente. agrupados, incluindo as suas ligações, estruturas de suporte e invólucro, destinado a proteger, a comandar ou a controlar instalações elétricas.. A referida ligação temporária (shunt) também pode ser realizada entre o barramento de neutro e o barramento de terra.. 2º. Verificação da resistência óhmica entre a fase e o condutor de proteção em cada circuito a ensaiar.. 3º. Ou entre o condutor de neutro e o condutor de proteção, caso a ligação temporária referida no ponto anterior, tenha sido realizada entte o barramento de neutro e o barramento de terra.. Análise dos resultados de medição obtidos: -. um valor baixo indica que o ensaio teve um resultado positivo;. Dever-se-á atender às caraterísticas das instalações, comprimento, secção e material da alma condutora, para estimar o valor da resistência das mesmas. Caso se verifique a continuidade, a resistência medida será apenas a dos condutores, sendo por conseguinte de valor muito reduzido.. -. um valor elevado indica que o ensaio teve um resultado negativo e a instalação não se encontra em conformidade.. 29.

Referências

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