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Apostila Aromaterapia Módulo Básico

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Academic year: 2021

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Curso Básico de Aromaterapia

Curso Básico de Aromaterapia

Novembro/2015 Novembro/2015 Organização e textos: Organização e textos: Vishwa (Luciane Schoppan) Vishwa (Luciane Schoppan) www.terra-flor.com www.terra-flor.com

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Bem vindos ao

Bem vindos ao instigante universo dos Aromas!instigante universo dos Aromas!  Nesta apostila vo

 Nesta apostila você encontrará o cê encontrará o conhecimento neconhecimento necessário para o cessário para o usouso doméstico e

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Este material foi elaborado por quem pesquisa apaixonadamenteelaborado por quem pesquisa apaixonadamente os aromas da Natureza. os aromas da Natureza. Eu gostaria de expressar meu profundo agradecimento a Eu gostaria de expressar meu profundo agradecimento a  todas as professoras Terra Flor  todas as professoras Terra Flor que contribuíram de forma inestimável que contribuíram de forma inestimável na correção e formulação da apostila que

na correção e formulação da apostila que você tem em mãos.você tem em mãos. Tenho também imensa gratidão por todas as pessoas que nos Tenho também imensa gratidão por todas as pessoas que nos acompanharam durante esses anos acompanharam durante esses anos dando suporte e alegri

dando suporte e alegria para a a para a Terra FlorTerra Flor. . Agradeço a todos pelaAgradeço a todos pela dedicação e empenho para que você dedicação e empenho para que você  receba sempre o melhor que nos é possível oferecer.  receba sempre o melhor que nos é possível oferecer. Vishwa Vishwa

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Advertência:

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Todo odo material material didático didático TTerra erra Flor Flor foi foi criado criado para para ajudá-loajudá-lo a fazer uso doméstico e terapêutico prossional dos principais a fazer uso doméstico e terapêutico prossional dos principais óleos essenciais (OE)

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A utilização dos OE não deve ser considerada um substi-ser considerada um substi-tuto de assistência prossional especializada em caso de doen tuto de assistência prossional especializada em caso de doen - -ças. No caso de sintomas clínicos graves, deve-se sempre procu ças. No caso de sintomas clínicos graves, deve-se sempre procu- -rar ajuda médica ou de

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 para o o relaxamento, relaxamento, o o alívio alívio do do stress, stress, coadjuvantes coadjuvantes no no tratatrata- -mentos de beleza

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Índice

5 O que é Aromaterapia 6 Tipos de Aromaterapia 6 O que são Óleos Essenciais 7 Parceria Evolutiva Molecular  8 Tríade Aromática

9 Aplicação Terapêutica dos Óleos Essenciais 9 Atividade Energética das Moléculas Aromáticas

10 Gráco da Atividade Energética das Moléculas Aromáticas 11 Métodos de Extração dos Óleos Essenciais

14 Como Atua a Aromaterapia

19 Propriedades dos principais Óleos Essenciais 19 Alecrim

23 Anis Estrelado 24 Cedro Atlas 26 Cipreste 28 Citronela

29 Copaíba bálsamo e destilada 30 Cravo

31 Cravo botão e folha 33 Eucalipto globulus 34 Gengibre 35 Gerânio 37 Hortelã Pimenta 38 Laranja doce 39 Lavanda francesa 41 Limão siciliano 43 May chang 44 Patchouli 45 Petitgrain 46 Sálvia sclarea 48 Tea tree 49 Ylang-ylang

51 Padrão terapêutico de qualidade dos Óleos Essenciais 53 A importância da qualidade dos Óleos Vegetais

53 Formas de utilização dos Óleos Essenciais 53 Banho 55 Fricção 57 Difusão 58 Lenço 58 Compressa 58 Inalação 58 Massagem

59 Como preparar um Óleo Aromático para Massagens com OE 60 Projeto Professores Terra Flor 

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O que é Aromaterapia

Aromaterapia é a ciência que estuda as propriedades medicinais das plantas aromáticas. Através dessas plantas, a mãe natureza nos encanta e enternece. Os aromas naturais das plantas são chamados de Óleos Essenciais (OE).

Na prática, a Aromaterapia é a arte e a ciência de utilização dos OE, é um sistema terapêu -tico natural que utiliza os OE para equilibrar o corpo e a mente no dia a dia.

Pode ser utilizada sozinha, em conjunto com métodos terapêuticos tradicionais ou em tera - pias complementares, para auxiliar o tratamento de problemas cotidianos individuais e da família,

tais como: indigestão, gripes, alergias, sinusite, dermatites, dor de cabeça, dor muscular e articular, dor de dente, inamações, micoses, cicatrização de ferimentos, insônia, exaustão nervosa, falta de concentração e memória, desânimo entre tantos outros.

Também é usada como coadjuvante em tratamentos cosméticos, de redução de celulite e edemas, peso, queda de cabelos, só para citar alguns exemplos.

Pode ainda ser utilizada para trazer alívio dos sintomas da menopausa, diminuir a ansiedade, estimular a libido e aumentar a autoestima ou ainda para promover relaxamento e bem estar em ambientes.

Os OE são usados em colares aromáticos individuais, bochechos, gargarejos, fricções corporais, máscaras de argila, shampoos, cremes nutritivos e hidratantes, em sinergias com óleos vegetais para hidratação e massagens, vaporizações, inalações, compressas, escalda pés, banhos de imersão, perfumes, aromatização ambiental, etc.

Na Europa, a Aromaterapia é usada há mais de 60 anos. É praticada por médicos, enfermeiros e outros prossionais da área da saúde e bem estar, como também por leigos, através de métodos simples e ecazes no tratamento de pequenas desordens orgânicas.

A Aromaterapia pode acompanhar o seu dia a dia, ajudando-o a vencer todas as tarefas com ânimo e alegria.

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Tipos de Aromaterapia

Abordagem Clínica (Aromatologia):  baseiase na pesquisa das características sico -químicas dos OE, para fortalecer o sistema imunológico, estimulando as defesas naturais internas do organismo. Surgiu na França, representada pelo trabalho do bioquímico Renné Gatefossé e dos médicos Dr.Valnet, Dr. Pénoël e Dr. Francômme. A escola francesa indica o uso oral dos OE sob formas galênicas em cápsulas e supositórios, sendo a França o único país que possui uma legisla -ção de saúde que permite o uso oral dos OE.

Abordagem Holística (Aromacologia): esta é a forma de uso da aromaterapia mais intuitiva. A pesquisa desta escola visa proporcionar o bem estar físico, mental e emocional, restau -rando o equilíbrio entre corpo, mente e espírito com auxílio da vibração olfatória dos OE. Foi desenvolvida na Inglaterra. É representada pelo trabalho de Marguerite Maury, Robert Tisserand, Patrícia Davis e Shirley Price. Foca no uso externo dos OE em massagens, aromatização ambiental e outras terapias holísticas.

 No entanto, a aromaterapia cientíca e a aromaterapia psicológica complementam-se e são na realidade indissociáveis.

O que são Óleos Essenciais (OE)

Os OE são substâncias orgânicas, lipofílicas1, voláteis, concentradas, constituídas por

moléculas químicas complexas formadas por átomos de C, H, O, N e S.

Os OE’s correspondem de 1% a 3% da massa total de um vegetal. Devido a esta baixa con -centração, grandes volumes de vegetal são necessários para a obtenção de uma pequena fração de OE.

São formados através do processo de fotossíntese, onde a planta capta água pelas raíz -es, CO2 pelas folhas e com a energia solar catalisada pela clorola, produz diversas moléculas orgânicas liberando oxigênio para a atmosfera. Na fotossíntese, o vegetal, através do metabo -lismo primário, sintetiza moléculas orgânicas tais como: lipídios, proteínas, carboidratos e ácidos nucléicos e por um processo metabólico secundário, sintetiza compostos químicos como fenóis, terpenóides, fenilpropanos.

Os subprodutos do metabolismo primário são essenciais para a manutenção da vida e re- produção das células vegetais.

Os subprodutos do metabolismo secundário formarão compostos necessários para a sobrevivência do vegetal. Entre eles estão os OE produzidos nas células vegetais secretoras e armazena -dos na forma de pequenas gotas nas glândulas vegetais epidérmicas.

Porque as plantas produzem OE? Como as plantas não se movimentam, não podem cor -rer, nem se esconder, os organismos vegetais criaram estratégias de sobrevivência e otimização de reprodução, com a produção dos OE. Estes servem para diversas nalidades tais como: proteção de herbívoros, atração de insetos para polinização e reprodução, desempenham funções de reserva energética em momentos de adversidades climáticas, como longos períodos de chuva sem a pre -sença do sol, podendo igualmente proteger a planta de uma insolação, durante longos períodos de secas.

Os OE condensam as forças vitais das plantas na forma material. Agem biologicamente fortalecendo as defesas naturais do corpo e o equilíbrio do sistema endócrino via bulbo olfatório e sistema límbico-hipotalâmico. No nível psíquico trazem o potencial de desencadear uma profunda conexão com o interior do indivíduo, muitas vezes permitindo com isso um relaxamento intenso, desencadeando o processo de autoregulação. Também apresentam propriedades terapêuticas anti -sséptica, antimicrobiana, relaxante e estimulante, hormon-like, entre outras.

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Como são formados os Óleos Essenciais

OE são produzidos por células especializadas dentro do tecido da planta durante o processo metabólico vegetal.

As plantas aromáticas possuem três categorias de aparelhos secretores: pêlos glandulares epidérmicos, bolsas glandulares e canais glandulares. As glândulas secretoras são formadas em geral por 8 células, agrupadas para formar uma cabeça pluricelular, que tem como suporte um grande pé unicelular, que a xa na epiderme do cálice, do pêlo glandular ou dos pêlos da folha.

A cabeça da glândula secretora é recoberta por uma pele chamada de cutícula. A medida que as células secretoras vão produzindo o OE, este vai sendo acumulado sob a cutícula. Em seguida este óleo é armazenado em minúsculas gotas entre as células, em certas partes da planta, tais como: ores (lavanda, ylangylang, néroli, rosas), frutos (anis verde, funcho, may chang), fol -has (manjericão, patchouli, cravo, canela), fol-has e ores (alecrim, manjerona, manjericão), raízes (vetiver), bulbo e rizoma (gengibre, alho), madeira-cerne, lascas dos galhos (ho wood, sândalo,  pau rosa, cedro Atlas e Virgínia) e resinas (olíbano e mirra). No processo de destilação as glândulas

secretoras são esvaziadas, murchando, sem serem destruídas.

Parceria Evolutiva Molecular: a vida ajudando a vida

Os OE interagem de forma inteligente com nosso organismo.

As moléculas orgânicas são a base da vida. São também a matéria prima constituintes dos OE. A dispersão dos átomos químicos através de poeira cósmica e choque de meteoros, origi -naram moléculas que, através de um longo processo evolutivo, criaram as primeiras formas de vida primitiva. A interação entre átomos de Carbono, Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio e Enxofre originaram a vida.

Os constituintes dos OE, são produzidos em células especializadas através de rotas metabólicas que existem desde as primeiras formas de vida no planeta. Encontramos em certos musgos e líquens, compostos químicos primitivos que evoluíram formando novas moléculas bem mais complexas, que posteriormente constituíram os OE. Devido ao fato de estarem presentes desde o início da química formadora da vida, os componentes químicos dos OE possuem memória holográca de uma parceria evolutiva entre as moléculas.

Observa-se que os OE ao entrarem em contato com o organismo vivo, apresentam as seguintes características: biocompatibilidade, tolerância e eciência em restaurar a homeostase (equilíbrio corporal). Isto é o resultado de milhões de anos entre erros e acertos bioquímicos chamados de EVOLUÇÃO, que conrmam a parceria entre as moléculas naturais.

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Tríade Aromática

Os OE são substâncias químicas e pertencem à realidade atômica de todas as substâncias materiais. Além desta realidade material, eles são igualmente vetores de energia que se transmite sob a forma de cargas eletrônicas e também são mensageiros que carregam informação.

A tríade matéria-energia-informação é a base do novo paradigma da aromaterapia atual. À primeira vista, em um frasco de 10ml temos o OE de cipreste, que contém uma centena de moléculas químicas elaboradas pelo organismo vegetal à partir de átomos retirados do ambi-ente, H2O pelas raízes e CO2 pelas folhas. Esta espécie vegetal exprime sua informação estrutural especíca e diferenciada em relação à outras espécies vegetais, no plano material, através da sua identidade material . Esta identidade é sintetizada pelas células secretoras vegetais e revelada pela cromatograa gasosa do OE. Ela indica qualitativamente os tipos de moléculas presentes em um OE e quantitativamente a porcentagem de cada molécula.

Se este mesmo OE for submetido à divisão de partículas em um sistema gerador de aerosol aperfeiçoado, seu aspecto energético na forma potencial se revela pela aparição de moléculas car -regadas eletricamente, com cargas positivas ou negativas, dependendo da natureza molecular. Esta é a identidade energética das moléculas aromáticas.

Assim que um frasco de OE é levado até as narinas e ocorrer o processo de inalação do OE, a quantidade matériaenergia recebida pelo organismo corresponde a uma ínma fração pro -veniente da volatilização de uma centena de moléculas. O simples encontro de traços moleculares com a zona olfatória é capaz de transformar o conteúdo do frasco de 10ml de cipreste em impulsos nervosos, que serão traduzidos em sinapses que alcançarão os recônditos cerebrais até tornarem-se  perceptíveis, iniciado assim uma cadeia de reações, trazendo à consciência uma informação sobre

o aroma. Essa é a identidade informativa das moléculas aromáticas.

Quando um OE for inalado, sua penetração no organismo apresenta primeiramente um aporte molecular (material), que é a energia calórica, aportada pelas moléculas nutritivas (lipídios, açúcares, carboidratos). O segundo potencial é o bioeletrônico (energético), esta energia eletrônica é gerada por excesso de elétrons (atividade negativa) ou por falta de elétrons (atividade positiva). O terceiro potencial será o informativo, a memória que este aroma evocará.

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Aplicação terapêutica dos OE

Já se conhece aproximadamente 10.000 componentes aromáticos. São moléculas quimica -mente denidas, sendo as propriedades destas moléculas que determinam a indicação terapêutica dos OE. A soma das diferentes propriedades dos componentes químicos constituem a ação espe -cíca de cada OE. Cada um desses compostos químicos age quantitativamente e qualitativamente uns sobre os outros, formando uma ação terapêutica denida.

Alguns OE são constituídos quase que exclusivamente por um único componente molecu-lar. Por exemplo: pau-rosa, eucalipto globulus, mentha pulegium (poejo), ho wood, bétula doce e wintergreen sendo desta forma, denominados de OE monomoleculares.

Outros contém duas ou três moléculas predominantes. Por exemplo, sálvia sclarea, tan -gerina e cravo são chamadas de di ou trimoleculares. Porém, na sua grande maioria, os OE são  polimoleculares, contendo três ou quatro moléculas majoritárias, um grande número de moléculas

minoritárias e centenas de moléculas traços. Ex.: Lavanda ofcinalis e o niauli possuem mais de 110 componentes moleculares; o gerânio mais de 250 e a sálvia sclarea mais de 300 constituintes químicos, no entanto, apenas 3 componentes em quantidade signicativa para determinar uma ação terapêutica denida.

Atividade energética das moléculas aromáticas

A evidência de que as moléculas carregam cargas elétricas foi comprovada por Jean Mars (ex-engenheiro da CEA), por iniciativa e colaboração de Pierre Franchomme. Para isso foi criado um sistema de produção de partículas ultranas, um sistema ultrasensível de captação e detecção de cargas elétricas.

• Moléculas que doam elétrons (negativização) • Moléculas que captam elétrons (positivização) • Moléculas que doam protons (acidicação)

Desta forma, as moléculas negativas são: calmantes, relaxantes, imunomodulantes, antiinamatórias Fase primária da inamação, antiespasmódicas. Alguns trabalhos cientícos re -alizados por Jean Valnet, J. Metadier e muitos outros com base nesta teoria, demonstraram que as moléculas negativizantes são indicadas para casos de: dores pós-traumáticas, pós-cirúrgicas, angústia, ansiedade, astenia física, asma, inamação e dor no nervo isquiático (ciático), consti - pação, dismenorréia, dispepsias, dores de cabeça, eczema, problemas hepáticos e vesiculares,

taquicardia fraqueza, hipertensão, insônia, irritabilidade, nervosismo, obscessão, palpitação, pes -simismo.

As moléculas positivas são as que captam elétrons, doando prótons, agindo de modo in -verso das negativas. Reforçam a energia vital, tonicando o organismo. As moléculas ricas em H+ favorecem uma baixa do pH sanguíneo, permitindo a luta contra a alcalose sanguínea1 e o combate

a todos os estados degenerativos do corpo, infecções microbianas e virais e astenias profundas. Possuem propriedades: cardiotônicas, imunoestimulantes, neurotônicas, ebotônicas, uterotôni -cas, estimulantes endócrinas, anti-inamatórias (fase secundária da inamação).

1. A alcalose indica um aumento na alcalinidade dos uidos do corpo, isto é, um excesso de base (alcalina) nos líquidos corporais. O que provoca uma redução na concentração de íons hidrogênio no plasma sanguíneo arterial.

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Métodos de Extração dos Óleos Essenciais

A ISO (International Standard Organization) dene óleos essenciais como produtos obtidos de partes de plantas por meio de destilação por arraste com vapor d’água e hidrodestilação. Bem como os produtos obtidos por prensagem a frio dos pericarpos de frutos cítricos.

Os produtos resultantes do processo de destilação são misturas complexas de substâncias voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas. Seus contituintes variam desde hidrocarbonetos terpênicos, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, éteres, óxidos, peróxidos, ácidos orgânicos, lactonas, cumarinas e furano-cumarinas.

Apresentam como característica físico química aparência oleosa em temperatura ambiente. Entretanto sua principal característica é a alta volatibilidade, diferindo-se dos óleos xos, que são misturas de substâncias lipídicas, obtidos geralmente de sementes. Outra característica importante é o aroma agradável e intenso da maioria dos óleos voláteis, sendo, por isso, também chamados de essênciais.

São solúveis em solventes orgânicos, apresentam solubilidade limitada em água, porémsu -ciente para aromatizar as soluções aquosas, que são denominadas hidrolatos.

O sabor geralmente é ácido e picante.

A cor normalmente vai do incolor a ligeramente amarelados. Com algumas exceções, tais como: camomila azul, benjoin, bálsamo do Peru, patchouli, bergamota, etc.

Os óleos voláteis não são muito instáveis na presença de ar, luz, calor, umidade e metal. (Simões & Spitzer, 1999).

A qualidade e quantidade dependem do momento da colheita, da região, das condições de cultura da planta aromática, da forma extração e conservação.

Destilação por arraste com vapor d’água (destilação a vapor)

Método mais comum. Utiliza-se um destilador para destilar plantas secas ou frescas. O vapor produzido por uma caldeira circula através do material vegetal quebrando os corpús-culos intercelulares que liberam o OE. Os OE são voláteis e possuem tensão de vapor mais elevada que da água, sendo arrastados pelo vapor d’água no processo. Passando então por uma serpentina resfriada, onde serão condensados.

A camada de OE sobrenadante é separada através do processo de decantação.

A água que se apresenta como subproduto é denominada de água oral ou hidrolato. Esta água retém propriedades terapêuticas da planta na medida de 0,2 gramas de OE por litro. Pode ser usada para tratar a pele, ferimentos ou ministrada sob uso oral. São conhecidas comercialmente como água de melissa, de laranjeira ou de rosas, conforme a planta destilada. Na destilação a vapor, quanto mais lento o processo mais compostos químicos são retirados.

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Destilação por arraste com vapor d’água (destilação a vapor) Hidrodifusão ou Percolação

É a destilação a vapor, porém o vapor ao invés de ser conduzido por baixo da planta é con -duzido por cima.

  Hidrodestilação

No método de extração por Hidrodestilação as plantas cam imersas na água, ocorrendo o contato direto planta/água. Após a água entrar em ebulição, o vapor d’água arrasta o óleo passando  por um condensador, como o OE é menos denso que a água, se separam em uma escala volumétrica

existente no aparelho.

Coobação

Processo no qual a água oral advinda do processo da primeira hidrodestilação é usada novamente para a realização de várias hidrodestilações. A água destilada esquenta e esfria várias vezes, tornando-se alquímica. Processo pouco utilizado nos dias atuais em OE especiais como rosas, melissa.

Destilação a vapor seco ou Turbodestilação

O vapor seco é superaquecido por um gerador independente. As plantas frescas são colocadas num cesto metálico, e este, colocado dentro da caldeira, muitas vezes içado por uma roldana. Os OE extraídos por este método apresentam excelente qualidade por haver pouco contato das plantas com a água. Isso diminui sensivelmente a hidrólise dos ésteres e a polimerização dos aldeídos. Esta extração é um arraste a vapor, com a adição de apenas um pouco de água no extrator e aspersão de vapor seco. Usada para algumas plantas onde o OE encontra-se em estruturas de difícil extração. A maioria das raízes, cascas e lenho é extraída por esse método. É um dos métodos preferidos das grandes indústrias.

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Prensagem a frio do pericarpo - Prensagem mecânica

Usado para se obter OE que sofrem alteração quando expostos ao calor, como os de cascas de frutas cítricas. As frutas são espremidas por meio de uma prensa hidráulica, extraindo tanto o OE como o suco. Após a prensagem é feita a centrifugação da mistura, separando o OE do suco.

Extração por meio de solventes

Neste tipo de extração utiliza-se um solvente químico como o hexano, éter, acetato ou outro derivado de petróleo. As partes aromáticas da planta são mergulhadas no solvente, fornecendo uma mistura chamada de Concreto. Este, por sua vez, será diluído em álcool etílico e esquentando-se retira-se o solvente. Quando o álcool evapora obtém-se o Absoluto, que seria o OE.

Antigamente os OE extraídos por este método não eram indicados para a utilização em aromaterapia, pois continham resíduos dos solventes utilizados e sua composição química poderia alterarse. Eram indicados para o uso cosmético em escala industrial. Porém, atualmente a tecno -logia de extração aromática por solventes evoluiu bastante com solventes menos agressivos e com a possibilidade de retirada quase que total do solvente orgânico do absoluto.

O concreto possui uma constituição pastosa, uma vez que o solvente extrai também gordu -ras, ce-ras, paranas, açúcares e pigmentos. Poderia ser denominado de extrato, por conter todos os elementos da planta e não apenas o OE.

O jasmim, é uma planta extremamente delicada que não suporta a destilação, sendo portanto, seu OE extraído por solventes mais delicados e menos danosos como éter de petróleo ou álcool etílico.

Dependendo da planta e do solvente utilizado, alguns OE extraídos por solventes são per -mitidos para uso na aromaterapia.

Enoragem

Método considerado obsoleto, aplicado em ores com baixas concentrações de OE ou ores muito delicadas e com alto valor comercial (ex.: violeta, jasmim, néroli).

As pétalas são colocadas em uma placa de vidro recoberta por gordura vegetal ou animal, sem cheiro, que absorve os OE. Assim que a gordura absorve todo o OE, as pétalas são substituídas  por outras frescas. Esse procedimento continua até a gordura car saturada de OE quando então é misturada com álcool etílico ou éter de petróleo para a separação do OE. Obtémse, assim, o abso -luto.

Extração por uido supercrítico CO2(tecnologia supercrítica)

Esse método emprega solventes gasosos em altas pressões, gerando um processo limpo, pois os OE obtidos assim são isentos de resíduos tóxicos. Também se obtêm um extrato com a porção volátil e outros compostos. O gás-solvente utilizado é o CO2, gás inerte aplicado sob pressão de 32 atm a 33oC.

As plantas são colocadas num tanque onde se injeta o CO2 líquido como solvente. Quando a pressão diminui o CO2 volta ao estado gasoso sem deixar resíduos no produto.

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Como atua a Aromaterapia

Absorção, metabolização e excreção dos OE no organismo 1. Absorção

A absorção dos OE no organismo ocorre de várias maneiras. As mais simples e ecazes, objetos de estudo deste módulo, são a absorção cutânea e a inalação.

1.1. Absorção cutânea:

É um dos procedimentos mais usuais na aromaterapia. Quando os OE entram em contato com a epiderme, sejam puros ou diluídos em algum carreador (óleo vegetal, creme, etc...), são absorvidos pela epiderme e em seguida através dos folículos pilosos da derme passarão para o sistema circulatório. Uma vez na corrente sanguínea, as moléculas químicas produzirão respostas terapêuticas variadas, tais como: vasoconstrição, vasodilatação, anti-inamatória, antimicrobiana (antifúngica, bactericida, viricida), regeneração celular, imunoestimulante, antioxidante, entre outras.

1.1.1. Estrutura histológica da pele:

  Epiderme

É a parte mais externa da pele, formada por cinco camadas morfologicamente diferenciadas entre si.

 Estrato córneo: é composta por células mortas - escamas de queratina. Descama-se com

facilidade. Perdemos cerca de 9 gramas de escamas por dia;

Estrato lúcido:estrutura lamelar sobreposta, compacta, resistente e translúcida;

Estrato granuloso:composto de queratinina e hialina. Neste estrato aparecem os primeiros

elementos vivos da pele: os basólos, células brancas do sangue;

 Estrato espinhoso: são prolongamentos citoplasmáticos que se inserem na membrana

 basal;

Estrato basal:é composta por células proliferativas que compensam as perdas celulares da

superfície. Camada germinativa, que contém a rede de Malpighi, onde alojam-se os melanócitos responsáveis pela produção de melanina - o pigmento da pele - e as células de Langerhans,

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responsáveis pela imunidade.

  OBS: 90% dequeratinócitos nascem na camada basal, sobem à superfície e morrem. Sintetizam queratina, formando a camada córnea protetora (raios solares, choques, microtraumatismos) que se renova num ciclo de 28 dias.

Derme

Camada subjacente à epiderme, formada por tecido conjuntivo, bras elásticas ricamente vascularizada.

Derme papilar: é formada por uma rede de tecido conjuntivo sanfonado que sustenta a

epiderme com bras de colágeno e elastina. A trama destas bras dá resistência, elasticidade e maciez à pele. Localiza-se em uma piscina de gel molecular e água esponjosa que hidrata e amortiza as pressões sofridas pela pele.

 Derme reticular:camada mais profunda da derme. Apresenta vasos sanguíneos que nutrem

e termorregulam. Possui terminações nervosas sensíveis ao tato, a dor, a temperatura e glândulas sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos que limitam a vaporização da água.

  OBS: a pele necessita de 70% da água corporal Hipoderme

Tecido celular subcutâneo, formado por tecido conjuntivo frouxo que delimita as células adiposas. Serve como isolante térmico e proteção.

1.1.2. Permeabilidade da pele

A pele constitui um limite anatômico e uma barreira de proteção contra ataques físicos, químicos e contra microorganismos. A epiderme é limitada ao exterior por uma camada córnea e no interior por uma camada basal germinativa. A derme possui várias estruturas funcionais, como os folículos pilo-sebáceos, glândulas sudoríparas, vasos capilares e linfáticos. A hipoderme separa a derme dos tecidos subjacentes.

A absorção percutânea de qualquer substância resulta da penetração direta do estrato córneo. As moléculas aromáticas dos OE podem então passar através dos tecidos epidérmicos mais profundos, atingindo a derme que é vascularizada, tornando-se disponível para absorção na circulação.

Em uma pele sem injúrias o estrato córneo é impermeável, realizando uma permeabilidade seletiva, sendo uma barreira para a maioria das substâncias. Desta forma, os componentes químicos dos OE devem encontrar outra maneira de penetração até as camadas vascularizadas da pele. O caminho de absorção cutânea destas moléculas ocorre através dos poros das glândulas sudoríparas, folículos pilosos e glândulas sebáceas acopladas aos folículos pilosos que se encontram na camada reticular da derme.

Como já foi exposto acima, na pele íntegra, poucas substâncias penetram, sendo a absorção  proporcional a superfície aplicada e a lipossolubilidade. O estrato córneo é composto de ceramidas, colesterol, ácidos graxos, triglicerídeos e fosfolipídios. Esta especicidade do estrato córneo aos componentes lipofílicos favorece a absorção dos OE por estes últimos, por também serem lipofílicos. Quando há a abrasão no estrato córneo, como na massagem e na fricção, o OE penetra mais facilmente.

O processo de absorção cutânea dos OE se dá por difusão, através do mecanismo de movimento de íons e átomos de uma região de maior concentração para uma de menor concentração.

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A velocidade desta passagem depende de alguns fatores como:

 Polaridade da molécula: a superfície da pele é revestida por um lme hidrolipídico. A água é fornecida pelas glândulas sudoríparas pelo processo de sudorese e o substrato lipídico é fornecido  pelas secreções das glândulas sebáceas. Sabe-se que as moléculas químicas presentes nos OE são solúveis tanto em água como em lipídios, por isso possuem facilidade em atravessar as camadas da pele e entrar na corrente sanguínea. O grau de solubilidade da molécula química tanto em água como em lipídios irá determinar sua facilidade e tempo de penetração.

 Peso molecular: no processo de difusão passiva, as moléculas lipossolúveis com menores  pesos moleculares (abaixo de 500 nanômetros) atravessam as camadas da pele com mais facilidade. As moléculas químicas dos OE normalmente possuem pesos moleculares inferiores a 500 nanômetros, por isto, facilmente chegam às camadas inferiores da derme através dos poros sudoríparos e dos folículos pilosebáceos alcançando a circulação sanguínea, percorrendo desta forma todo o organismo.

 Polaridade: no caso de moléculas polares - solúveis em água - seu peso não deverá exceder 100 nanômetros para poder ser carreada através das membranas celulares por transporte passivo. Caso ela exceda este peso molecular, irá atravessar as membranas das células através de transporte ativo, com a ajuda de proteínas carreadoras.

Temperatura: o sangue circula na derme através da dilatação e contração das arteríolas. Cada arteríola ramica-se em capilares, os quais são extremamente porosos. A difusão das moléculas dos OE ocorre através dos poros desses capilares sanguíneos. O aumento da temperatura eleva a circulação capilar. Consequentemente, quanto maior a temperatura, maior a taxa de absorção dos constituintes dos OE.

Uma banheira cheia de água na temperatura de 35oC apresentará maior possibilidade de

absorção dos constituintes dos OE do que um banho na temperatura de 25oC.

1.2. Inalação

1.2.1. Cílios olfatórios > bulbo olfatório > sistema límbico > sistema nervoso > sistema endócrino

Consiste numa corrente de reações químicas e elétricas transmitidas da seguinte forma: 1 - O OE evapora e a partícula odorífera entra no nariz com o ar.

A cavidade superior das narinas é revestida por uma camada mucosa, chamada de mucosa amarela, onde chegam as células neurais vindas do cérebro. Temos cerca de 100 milhões de células

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nervosas olfatórias bipolares nesta mucosa. Em uma extremidade do neurônio está o cílio olfatório, inserido na mucosa olfatória, que possui os receptores olfatórios. Na outra extremidade do neurô -nio está o bulbo olfatório, que irá transmitir a sinalização química até a região límbica do cérebro, estrutura que integra olfato, emoções, memória e aprendizado. Assim, o estímulo olfatório tem a capacidade de produzir efeito imediato e direto sobre o sistema nervoso.

2 - O nariz aquece o ar e as partículas odoríferas dissolvem-se na mucosa que cobre o epitélio olfatório.

3  As partículas odoríferas, após acoplaremse aos receptores dos cílios olfatórios e acio -narem uma mensagem química via bulbo olfatório, são exaladas.

4 - Nas membranas dos cílios do epitélio olfatório existem as proteínas G transmembrana, que xam substâncias odoríferas especícas e facilitam seu reconhecimento, dando início aos  processos de sinalização química especícos. Aproximadamente 350 genes de receptores olfatórios estão presentes em quase todos os cromossomos, ou seja, mais ou menos 2% do código genético, só perdendo em quantidade de genes para o sistema imunológico.

Apenas alguns centímetros separam o local de recepção olfatória do cérebro; as bras ner -vosas do sistema olfatório correm direto para uma área do cérebro chamada Sistema Límbico1.

5 - Na região límbica existem áreas ligadas à percepção do aroma, às sensações de prazer e dor, emoções como raiva, medo e sensações sexuais. As áreas do sistema límbico como o hipo -campo e amígdala são especicamente relacionadas à memória e à emoção. Isto explica como o cheiro dos OE ativa a memória, sentimentos e cria uma resposta emocional.

6 - A sinalização química quando atinge a região hipotalâmica, além de ativar todo o sistema emocional primitivo (sistema límbico), age sobre o sistema nervoso autônomo e atua no Sistema  Nervoso Simpático e Parassimpático, no duplo sistema de ativação/relaxamento - sistêmica/local. Estas mensagens são convertidas em ação e expressão de sentimentos ou reações como: euforia, relaxamento, concentração, coragem, força, etc...

OE sexualmente estimulantes como sândalo, patchouli e ylangylang atuam como feromô -nios para os humanos, estimulando as glândulas sexuais.

7 - O sistema olfatório é capaz de distinguir apenas um aroma de cada vez. Quando criamos uma sinergia com mais de um óleo essencial, por exemplo, nosso organismo reconhece a união de todos os aromas ao invés de cada um separadamente.

1.2.2. sistema circulatório > mucosa olfatória e pulmões > efeito físico imediato

No processo de inspiração, algumas moléculas odoríferas não acoplam-se aos receptores dos cílios olfatórios. Ficam assim livres na mucosa olfatória podendo ligar-se aos átomos de oxigênio e chegar até os pulmões. Nos pulmões, no processo de trocas gasosas através dos alvéolos, estas moléculas são absorvidas e passarão para a corrente sanguínea, onde poderão ocasionar uma ação local como expectoração do catarro bronquio-pulmonar ou ação sistêmica, como alívio de alguma inamação articular.

1.Sistema Límbico: é um conjunto de estruturas do cérebro, responsáveis primordialmente por controlar as emoções e secundariamente participa das funções de aprendizado e memória, podendo também participar do sistema endócrino. Localiza-se na parte medial do cérebro dos mamíferos.

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2. Metabolização e excreção

Depois de serem absorvidos pelas membranas celulares e metabolizados, os componentes químicos dos OE serão biotransformados e excretados. Dependendo da rota pela qual foram admi -nistrados no organismo serão metabolizados de formas diferentes.

Quando os componentes dos OE entram na circulação sanguínea, parte deles é dissolvida no plasma e outra parte liga-se às proteínas do plasma (globulina, glicoproteínas, eritrócitos, etc). Uma terceira parte ca armazenada no tecido adiposo.

Os componentes hidrossolúveis que não se ligaram a nenhuma proteína no plasma seguem diretamente para as glândulas adrenais, para os rins e para os músculos esqueléticos. Os compo -nentes lipossolúveis não ligados a nenhuma proteína sanguínea passam rapidamente pelo SNC, fígado, mais lentamente pelos músculos e ainda mais lentamente pelos tecidos adiposos.

Durante o processo metabólico algumas substâncias são biotransformadas e outras não. A  biotransformação dos componentes dos OE ocorre basicamente no fígado. Podem ocorrer também

nos rins, pulmões, mucosa intestinal, pele, SN e plasma sanguíneo, porém em menor escala. Após serem metabolizadas, os componentes dos OE serão excretados pela saliva, suor e lágrimas, leite materno, bile, fezes e urina.

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Propriedades dos principais Óleos Essenciais

As moléculas aromáticas presentes nos OE possuem mensagens eletroquímicas especícas que acarretam respostas biológicas. A seguir, abordaremos as propriedades terapêuticas dos OE  para compreender como um OE interage e produz respostas no organismo vivo.

(OE): óleo essencial; (OV): óleo vegetal. Legenda:

3 Desaconselhável o uso nos três primeiros meses de gestação;

Desaconselhável o uso durante toda a gestação;

Dermoagressivo, deve ser diluído em veículo carreador. Se usado puro diretamente sobre a  pele pode provocar ardência, vermelhidão ou irritação;

Fotosenssível, deve-se evitar exposição ao sol até 6h após seu uso.

Alecrim

 Rosmarinus ofcinalis L.

“OE da atleta” / “Óleo do estudante” / “OE do bom humor”

Características da planta: planta de ciclo perene, de porte subarbustivo, lenhoso, ereto, pouco ramicado, podendo chegar até a 2m de altura. Folhas longas, lineares (pontudas e estreitas), coriáceas, opostas, sésseis e aromáticas, de colorações distintas em suas faces, verde nas faces superiores (adaxiais) e esbranquiçada com presença de pêlos minúsculos nas faces inferiores (abaxiais). Flores azulado-claras, aromáticas, agrupadas em inorescências auxiliares em forma de cachos.

Família: Lamiaceae.

Sinônimos populares: alecrim de horta, alecrim de casa, rosmarinho, rosmarino, rosa-marinha, romero. Inglês = rosemary, francês = romarin.

Etimologia:rosmarinus deriva do latim: ros = orvalho; marinus = marítimo -“orvalho do mar”. Origem:regiões mediterrâneas, especialmente áreas rochosas próximas ao mar. Hoje é amplamente cultivado em todas as regiões do planeta. Os maiores produtores de OE atualmente são França, Tunísia e Espanha. De acordo com Panizza (1999), foi introduzido no Brasil pelos colonizadores, acompanhando os bandeirantes nas suas entradas e bandeiras.

Parte da planta utilizada: ramos oridos. Forma de extração: destilação a vapor.

Rendimento: são necessários aproximadamente 60-80kg de ramos oridos da erva seca/1kg de OE (Werner, 2007). É produzido 2 ton/ha de ramos oridos secos.

Nota perfumística: média

Quimiotipia (qt.):São diferenças de concentrações químicas apresentadas por uma mesma planta. Um vegetal poderá desenvolver taxas de compostos químicos diferenciados, dependendo da região onde é cultivado. As diferenças dos componentes do solo, da temperatura, da incidência solar e da quantidade de água disponível possibilitam uma mesma espécie vegetal apresentar diferentes  percentagens moleculares e consequentemente propriedades terapêuticas diferentes.

O alecrim possui cinco quimiotipos (qt.). Alecrim qt. cânfora: Rosmarinus officinalis var. camphoriferum; Alecrim qt. cineol: Rosmarinus ofcinalis var. cineoliferum; Alecrim qt.

verbenona: Rosmarinus ofcinalis var. verbenoniferum; Alecrim qt. borneol: Rosmarinus ofcinalis var. borneoliferum; Alecrim qt. pineno: Rosmarinus ofcinalis var. pinoliferum.

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Estudaremos as três quimiotipias mais impotantes e acessíveis ao mercado consumidor brasileiro.

Alecrim qt. cânfora ou canfenona

 Rosmarinus ofcinalis camphoriferum

“OE do atleta”

OE proveniente da Espanha e litoral do Mar Adriático, podendo também ser obtido na França. Propriedades terapêuticas e principais indicações:

Este OE é muito útil para ser usado antes e depois de esforços esportivos para fortalecer o tônus muscular.

Possui ação neuromuscular variável dependendo da dose:

em pequenas doses age como antálgico, usado para combater dores localizadas e contraturas musculares;

em doses mais elevadas trata dores mais intensas como mialgias.

Potente anti-inamatório articular e muscular, indicado em casos de artrite, artrose, reumatismo, cãibras, contusão, luxação e entorse.

Possui elevado potencial estimulante do SNC e da memória, com ação terapêutica antifadiga. Útil em estados letárgicos, falta de ânimo, preguiça e sonolência.

Mucolítico, auxilia tratamentos de congestão nasal.

Antiespasmódico, indicado em ataques de asma, bronquite aguda e tosse com espasmos. Descongestionante venoso indicado para hemorróidas, ebites e varizes.

Tônico e revigorante do coração indicado para fraqueza cardíaca e circulatória. Componentes químicos:

Hidrocarboneto monotepênico: 12% alfa-pineno, 22% canfeno 2% limoneno, 2%  paracinemo;

Hidrocarboneto sesquiterpeno: 3% beta-carioleno;

Álcool monoterpênico: 1% linalol, 5% borneol, 1,5% alfa-terpineol;   Cetona: 20-40% cânfora, 0,05-6% verbenona;

  Óxido: 15-30% 1,8-cineol.

Toxicidade:neurotóxico e com potencial abortivo devido ao alto teor de cetonas (cânfora).

Contraindicações:deve-se evitar o uso em hipertensão arterial, gestantes, lactantes, crianças com menos de 2 anos de idade e em ataques de epilepsia. Desaconselhável o uso junto com medicamentos homeopáticos.

Aromacologia: ver alecrim qt. cineol. Formas de uso: ver alecrim qt. verbenona.

Alecrim qt. cineol

 Rosmarinus ofcinalis cineoliferum

“OE do estudante”

OE proveniente do norte da África (Marrocos e Tunísia), Índia, França, Itália. Propriedades terapêuticas e principais indicações:

Indicado para cansaço físico e esgotamento mental. Ativa a circulação sanguínea, trata circulação deciente.

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Vasoconstritor e hipertensor. Usado para tratar hipotensão, hemorróidas e varizes. Digestivo.

Antiespasmódico (asma e bronquite).

Descongestionante nasal e pulmonar, expectorante e mucolítico. Anti-inamatório, combate otite, sinusite, bronquite, ebite.

Anticaspa, antiqueda de cabelos, auxilia o tratamento de cabelos esbranquiçados. Regula as glândulas sebáceas, tratando peles oleosas.

Combate parasitas da pele (sarna, piolhos).

Bactericida (Staphylococcus) e fungicida (Cândida albicans - cistite). Componentes químicos:

Hidrocarboneto monotepênico: 11-20% alfa-pineno, 7% limoneno, 2% canfeno; Hidrocarboneto sesquiterpênico: 3,8% beta-carioleno;

Álcool monoterpênico: 8% borneol;

  Cetona: 10-20% cânfora 0,04-5% verbenona;   Óxido: 40-70% 1,8-cineol.

Toxicidade:apresenta toxicidade leve.

Contraindicações:deve-se evitar o uso em hipertensão arterial. Aromacologia: “OE do estudante/ OE do atleta”

Reforça a concentração, a capacidade de memorização, análise e síntese. Traz clareza mental e força interior, auxilia nas longas jornadas de estudo onde necessita-se de atenção.

Aumenta a vontade própria, alegra e anima os ambientes. Excelente opção para iniciar o dia com disposição.

Benéco para as pessoas apáticas, sem iniciativa. Formas de uso: ver alecrim qt. verbenona.

Alecrim qt. verbenona

 Rosmarinus ofcinalis verbenoniferum

“OE do bom humor”

OE proveniente da Córsega, França, Itália.

Propriedades terapêuticas e principais indicações:

O alecrim qt. verbenona trata os distúrbios hormonais, problemas da menopausa e do ciclo menstrual (deciente, irregular ou abundante), muco vaginal excessivo (corrimentos, vaginites), equilibra o sistema endócrino, regulador hiposário-ovariano e testicular.

Anti-infeccioso, anticatarral, expectorante muito ecaz se utilizado no início do tratamento de  bronquite, sinusite, rinite e todos os sintomas de resfriados.

Antiespasmódico, indicado em casos de asma e tosse. Combate fadiga e depressão nervosa.

Colagogo, trata a insuciência hepática.OE da desintoxicação hepática. Usado para desintoxicar e tratar doenças degenerativas do fígado como: cirrose, hepatite, intoxicações hepáticas, icterícia1,

 problemas hepáticos decorrentes do alcoolismo.

Ativador dos processos metabólicos da vesícula biliar. Cardiotônico, ameniza taquicardia, arritmia, palpitações.

1. Icterícia: Icterícia, é uma síndrome caracterizada pela coloração amarelada de pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo

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Indicado para tratar peles e cabelos secos e desvitalizados. Componentes químicos:

Hidrocarboneto monoterpênico: 3-45% alfa-pineno, 7,5% beta-pineno, 4% limoneno, 7,5% canfeno;

Álcool monoterpênico: 6% borneol;

  Cetona: 8-15% cânfora, 15-37% verbenona;   Óxido: 26-15% 1,8-cineol.

Toxicidade:neurotóxico e abortivo. Toxicidade devido a cetonas.

Contraindicações:desaconselhável o uso durante a gestação, em bebês e patologias cancerígenas hormono-dependentes. Desaconselhável o uso junto com medicamentos homeopáticos.

Aromacologia: “OE do bom humor”

Desintoxica o fígado, amenizando a raiva, a impaciência e a irritação.

Este aroma suaviza o mal-estar e o mau-humor gerado pelas mudanças hormonais no período  pré-menstrual e pré-menopausa.

Relaxa a mente afetada pelo desgaste energético causado pela fragilidade nervosa.

Traz calma e relaxamento para ambientes carregados com energia de desentendimentos. Auxilia a mulher na fase madura a aceitar os sinais da passagem do tempo.

Apazigua o excesso de fogo do biotipo ayurveda Pitta. Formas de uso:

Banho tonicante e regenerador: adicione 15 gotas de OE de alecrim qt. verbenona no copo de leite e despeje na banheira;

Difusão atmosférica relaxante com potencial de suavizar o mal-estar gerado pelas mudanças hormonais:adicione 4 gotas de OE de alecrim qt. cineol, 4 gotas de alecrim qt. verbenona, 2 gotas de ylang-ylang e 2 gotas de anis estrelado no difusor de aromas;

Difusão atmosférica estimulante da concentração: adicione 10 gotas de alecrim qt. cineol ou cânfora no aromatizador ambiental pela manhã ou em momentos de estudo;

Fricção para apaziguar a irritação: espalhe 20 gotas de OE de alecrim qt. verbenona por todo o corpo e friccione;

Fricção corporal revitalizadora: pela manhã, friccione 15 à 20 gotas de OE de alecrim qt. cineol ou cânfora em todo o corpo;

Fricção para problemas da menopausa: crie uma sinergia hormonal com 40 gotas de OE de alecrim qt. verbenona, 40 gotas de OE de sálvia sclarea, 20 gotas de OE de hortelã pimenta, 20 gotas de OE de gerânio e 10 gotas de OE de cipreste. Pingue 10 gotas da sinergia no baixo ventre e massageie-o com suaves movimentos no sentido horário;

Inalação para desobstruir as vias respiratórias: pingue 2 gotas de OE alecrim qt. cineol, 2 gotas de OE de eucalipto globulus, 2 gotas de OE de pinho da Sibéria e 2 gotas de OE de hortelã  pimenta em uma bacia com água fervendo, cubra a cabeça com uma toalha e inale o vapor durante

15 minutos;

Para promover memorização e atenção mental em dias de provas: pingue 3 gotas de OE de alecrim qt. cineol no colar aromático individual ou nos pulsos, friccionando-os e inalando  profundamente este aroma;

Sinergia antisséptica pós-depilação e pós-barba: pingue 2 gotas de OE de alecrim qt. cineol e 2 gotas de OE de tea tree diretamente sobre a área depilada;

Óleo de massagem revitalizante e antioxidante: adicione 20 gotas de OE de alecrim qt. verbenona, 20 gotas de OE de patchouli e 40 gotas de OE de olíbano em 120ml de qualquer OV;

Óleo de massagem para mialgias, artrites e dores musculares: adicione 30 gotas de OE de alecrim qt. cânfora, 20 gotas de OE de pimenta preta, 10 gotas de OE de lavanda francesa e 5 gotas de OE de wintergrem ou bétula doce em 120ml de OV de gergelim;

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Uso tópico para alívio de otite: pingue 3 gotas de OE de alecrim qt. cineol em um pedaço de algodão e coloque-o na tuba auditiva.

Anis estrelado  Illicium verum

“OE do amor incondicional”

Família: Schisandraceae - Illiciaceae.

Etimologia:Seu nome cientíco, Illicium verum, vem do radical latino illicere, que signica “atrair e seduzir”. Daí o termo em português “aliciar”. Relacionado à planta, o nome foi concedido em razão do aroma forte e agradável, que seduz as pessoas.

Os frutos do anis estrelado foram levados  para a Europa no século XIX por  Lorde Cavendish. Passou então a ser usado pelos europeus na água de cozimento de frutos do mar, como forma de evitar a intoxicação por esses alimentos. (Corazza, 2002)

Origem: sul da China e do Vietnã. Parte da planta utilizada: fruto.

Forma de extração: destilação a vapor. Propriedades terapêuticas:

Antisséptico e anti-infeccioso (bactérias e vírus). Anti-inamatório secundário, expectorante e mucolítico, elimina o muco das vias aéreas, acalma espasmos respiratórios (tosse e asma).

Útil em todos os quadros de problemas respiratórios, desde resfriados simples a gripes com febres,  bronquite e pneumonia.

Antiespasmódico digestório (cólicas intestinais infantis e adultos). Facilita todo o processo digestivo, age nas dispepsias crônicas e agudas, desintoxica os intestinos e a fermentação intestinal.

Alivia sintomas de gastrite, pancreatite2, enterites, azia, má digestão e aerofagia.

Carminativo, ajuda a eliminação de gases, diurético. Aperiente, ajuda pessoas com falta de apetite.

Antálgico neuromuscular, suaviza contrações musculares.

Strogen-like, melhora os problemas relacionados ao desequilíbrio hormonal como amenorréia, oligomenorréia, TPM, dismenorréia. Atua positivamente na síndrome pré-menopausa e todas as condições advindas deste período de transição hormonal, como o desconforto das irregularidades no período menstrual, insônia, depressão, pele ressecada e sem brilho, falta de libido, etc.

Lactagogo, estimula a produção de leite materno no período de aleitamento. Componentes químicos:

Hidrocarboneto monoterpênico: 7-4,5% limoneno, 2% canfeno, 4% alfa terpineno; Fenol metil-éter: 0,5-4% Chavicol M.E., 88-91% Trans-anetol, 0,15% Cis anetol, 0,1% Trans-isoeugenol M.E.;

Óxido: 0,66 1,8-cineol; Aldeído: 0,9% anisaldeído.

Toxicidade: deve-se ter prudência ao usá-lo em patologias estrógeno-dependentes como: endometriose, mastoses cancerígenas ou qualquer tipo de patologia cancerígena devido a taxas elevadas de estrogênio.

Contraindicações:desaconselhável o uso durante toda a gestação.

2. Pancreatite: processo inamatório pancreático, de aparecimento súbito (agudo) e etiologia variada. O sintoma mais marcante é a dor abdominal e diculdades na eliminação de urina e fezes.

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Aromacologia: “OE do amor incondicional”

Este aroma adocicado favorece o contato com a essência do feminino. Aporta a energia de cuidado e amorosidade para receber o recém-nascido, pré-dispõe a mente a um estado receptivo.

Promove estados psíquicos que incitam a doação incondicional, despertando a cascata hormonal necessária para a liberação do leite materno. Traz a satisfação e o valor interno de prover o lhote. Relaxa o ambiente, cria um atmosfera pacíca e amorosa, facilitando a avaliação e compreensão das relações conituantes.

Promove a cura das relações através do compartilhar, da doação e do amor incondicional. Auxilia o entendimento da maternidade, paternidade e sexualidade com maturidade. Afrodisíaco, desperta a libido feminina.

Formas de uso:

Dor de garganta: pingue 2 gotas de OE de anis estrelado em um copo de água e gargareje;

  Indigestão: pingue 3 gotas de OE de anis estrelado em uma colher de OV e massageie o abdome com movimentos circulares no sentido horário;

Para internalizar a energia de amor incondicional e curar relações conituantes: pingue 3 gotas de OE de anis estrelado no colar aromático individual;

Para contactar com a amorosidade do espírito feminino: pingue 3 gotas de OE de anis estrelado no colar aromático pessoal;

Sinergia para receber a mamãe com o recém nascido:  pingue 3 gotas de OE de anis estrelado, 3 gotas de OE de grapefruit e 2 gotas de OE de lavanda francesa no difusor de aromas ambiental;

Sinergia para criar uma atmosfera pacíca, instrospectiva e conciliadora para avaliação de relações conituantes: pingue 5 gotas de OE de anis estrelado, 2 gotas de OE de limão e 3 gotas de OE de lemon grass no difusor de aromas ambiental;

Tosse, bronquite e ataque de asma: pingue 5 gotas de OE de anis estrelado em uma colher de OV de gergelim e massageie a região da garganta e do peito;

Tratamento de celulite:adicione 50 gotas de OE de anis estrelado, 20 gotas de OE de cedro Atlas, 20 gotas de OE de grapefruit e 20 gotas de OE de ylang-ylang em 120ml de OV.

Cedro Atlas Cedrus atlantica “OE do mestre interior” Família: Pinaceae.

Etimologia: a palavra “Cedrus”, deriva do árabe “Kedron”, que signica “força”. “Atlas” deriva do local onde é extraído, das montanhas Atlas do Marrocos.

Origem: Marrocos.

Parte da planta utilizada: lascas e raspas do tronco e galhos. Forma de extração: destilação a vapor.

Rendimento: 30kg de lascas/1Kg OE. Monica Werner. Guide de L’Aromatherapie, 2007.

Característica da planta: Existe um tipo de cedro, o Cedrus libani, usado pelos antigos, muito difícil de ser conseguido nos dias atuais. Antigamente havia grandes orestas dessas enormes árvores,  porém sua existência está sendo reduzida pelo uso excessivo de sua madeira. A madeira era usada na construção de templos e palácios no oriente médio. Uma vasta quantidade dessa madeira foi usada para construir o grande templo de Salomão em Jerusalém. Hoje, apenas poucas centenas de

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árvores sobrevivem. (Tisserand, 1993)

Ainda segundo Tisserand, o óleo da madeira de cedro foi possivelmente o primeiro óleo essencial a ser extraído de uma planta, tendo sido usado pelos egípcios no processo de mumicação. Eles também o valorizavam como ingrediente no preparo de cosméticos e impregnavam com ele as folhas de papiro para protegê-las de insetos. Usavam a madeira para fazer adereços, mobílias e embarcações. Valorizavam tanto o cedro que a área do Líbano, onde crescia abundantemente, foi incorporada ao Império Egípcio am de assegurar um fornecimento regular.

Atualmente, há dois tipos principais de cedro usados comercialmente. O Cedrus atlantica - cedro Atlas ou cedro azul (blue ceder), uma conífera pertencente a família Pinaceae que cresce nas montanhas Atlas, em Marrocos. Distingue-se do Cedrus libani, por apresentar rebentos pubescentes.

O outro tipo de cedro é o  Juniperus virginiana - cedro Virgínia ou cedro vermelho, uma conífera  pertencente a família Cupressaceae. Este, cresce no estado da Virgínia - América do Norte.

O terceiro tipo de cedro, bem menos utilizado, é mais conhecido como cedro amarelo. Extraído por destilação a vapor da madeira da Thuja occidentalis ou tuia , outra conífera da família Cupressaceae, este óleo essencial também pode ser extraído das folhas.

Propriedades terapêuticas e principais indicações:

Ativa a circulação dos líquidos corporais, coadjuvante nos tratamentos de celulite, estrias, retenção de líquidos, edemas, hematomas, hemorróidas. Regenerador arterial (aterosclerose), ebotônico útil  para prevenir e tratar varizes e ebite.

Lipolítico, reduz colesterol e o acúmulo de gordura localizada.

Indicado para hipertensão nervosa, proveniente da retenção de líquidos.

Mucolítico, anti-infeccioso, combate infecções respiratórias e geniturinárias - bronquite, cândida e cistite.

Antifúngico, antisséptico, cicatrizante e adstringente, usado em dermatoses cicatriciais e circulatórias, assim como em psoríase. Acalma coceira da pele.

Hidratante e redutor da oleosidade da pele, equilibra as glândulas sebáceas, trata peles acnéicas e cabelos oleosos (caspa), ativa a circulação do sangue no couro cabeludo diminuindo a queda dos cabelos.

Auxilia no tratamento de eliminação de piolhos, pulgas e carrapatos. Repelente de insetos, traças.

Componentes moleculares:

Hidrocarboneto sesquiterpênico: 16% alfa himachaleno e 35% beta himachaleno, 2% alfa cedreno (bactericida, fungicida);

Cetona sesquiterpênica: 20% alfa e beta atlantonas; Álcool sesquiterpênico: 30% atlantol, 0,19% cedrol; Toxicidade:Pode apresentar toxicidade se ingerido oralmente.

Contraindicações:desaconselhável o uso em gestantes, lactantes e bebês com menos de 6 meses de idade.

Aromacologia: “OE do mestre interior”

Aroma puricador que desperta a força espiritual, eleva a mente ao nível do espírito favorecendo a conexão com o “mestre espiritual interno”.

Firmeza e estabilidade é a mensagem do espírito do cedro.

Aporta integridade e constância na caminhada espiritual quando o espírito sente-se enfraquecido  pelas demandas do cotidiano.

Este aroma traz energia para se continuar com as tarefas quando elas se mostram desagradáveis e sem sentido.

Transmite força e discernimento em momentos de dúvidas e desorientação.

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o sândalo, canaliza a energia para o interior.

Relaxante, com poder sedativo na ansiedade e tensão nervosa. Formas de uso:

Sinergia puricadora que desperta a força espiritual e cria um ambiente propício a meditação: adicione 5 gotas de OE de cedro Atlas, 4 gotas de OE de olíbano, 3 gotas de OE de sândalo amyris, 3 gotas de OE de cipreste e 3 gotas de OE de lima destilada no difusor de aromas ambiental;

Fricção na sola dos pés para aliviar dores nas pernas: pingue 4 gotas de OE de cedro Atlas, 2 gotas de OE de alecrim qt. cineol e 2 gotas de OE de cipreste e friccione a sola dos pés e as panturrilhas;

Inalação para descongestionar as vias aéreas: adicione 2 gotas de OE de cedro Atlas, 5 gotas de OE de eucalipto globulus, 2 gotas de OE de hortelã pimenta e 5 gotas de OE de tea tree em uma bacia com água quente, cubra a cabeça com uma toalha e inale;

Massagem para acalmar a tosse: antes de dormir, pingue 5 gotas de OE de cedro Atlas em uma colher de OV e massageie a garganta e o peito;

OV aromatizado para aliviar coceiras: pingue 5 gotas de OE de cedro Atlas em uma colher de OV e aplique sobre a área afetada por coceiras;

Para trazer integridade e constância na caminhada espiritual em momentos de fraqueza:  pingue 3 gotas de OE de cedro Atlas no colar aromático individual;

Tratamento coadjuvante ao combate a cândida albicans: adicione 5 gotas de OE de cedro Atlas, 5 gotas de OE de tea tree e 5 gotas de OE de gerânio ao banho de assento, duas vezes ao dia, durante 21 dias;

Tratamento de redução de celulite, estrias e edemas: faça uma sinergia com 10 gotas de OE de cedro Atlas, 5 gotas de OE de ylang-ylang, 5 gotas de OE de anis estrelado, 5 gotas de OE de grapefruit e 5 gotas do OE de alecrim qt. cineol. Friccione todo o corpo com essa sinergia. Ou adicione 70 gotas da sinergia em 120ml de OV, para massagem e drenagem linfática.

Cipreste

Cupressus sempervirens “OE da transformação”

Família: cupressaceae.

Etimologia: do latim sempervirens, signica: “sempre verde”. Considerada a planta “guardiã da vida eterna.”

Origem: regiões mediterrâneas, Grécia, Turquia, Tunísia e Líbia. Parte da planta utilizada: galhos, folhas e gálbulas (pinhas). Forma de extração: destilação a vapor.

Propriedades terapêuticas e principais indicações:

Considerado a primeira opção para o tratamento de problemas circulatórios, age na circulação dos líquidos corporais.

Descongestionante venoso e linfático, indicado para tratar hemorróidas, varizes, ebite e trombose. Ajuda na distribuição do líquido intersticial, reduz a retenção de líquidos (edemas), tonica o tecido conjuntivo fraco, elimina congestão linfática, combate a celulite.

Anti-inamatório e adstringente, usado nos cuidados da pele mal irrigada, elimina acne, abcessos, cistos sebáceos, furúnculo e inamações purulentas.

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Antifúngico, combate micoses e frieiras.

Auxilia tratamentos de infecções respiratórias, resfriados, sinusite e congestão nasal. Mucolítico, combate bronquite aguda.

Coadjuvante em tratamentos de dores musculares, artrite, reumatismo. Desinfetante bucal, mau-hálito (bochecho pós escovação).

Antioxidante, útil em preparações cosméticas, cremes, etc. Usado em shampoos contra seborréia e caspa.

Trata incontinência urinária infantil. Descongestionante da próstata. Componentes moleculares:

Hidrocarboneto monoterpênico: 40-55% alfa-pineno (ação circulatória), 25% gama-3-carene;

Hidrocarboneto sesquiterpênico: 15% delta-3-careno, 0,6% carioleno-D; Álcool sesquiterpênico: 21% cedrol.

Toxicidade: em peles muito sensíveis poderá eventualmente causar leve irritação se usado puro. Pode ser usado puro sobre a pele em uma pequena área. Para uso em áreas maiores utilize junto a um OV carreador.

Contraindicações: desaconselhável o uso em gestantes, lactantes e patologias cancerígenas hormono-dependentes.

Aromacologia: “OE da transformação”

Este aroma tem a habilidade de auxiliar a conexão do ser humano com a sabedoria universal. Conduz ao desabrochar da sabedoria interior levando ao amadurecimento da personalidade. Incentiva o silêncio interno, induzindo a introspecção e auto-avaliação.

Traz aceitação, apaziguando os conitos e desfazendo as culpas internas, eliminando mágoas e tristezas antigas.

Este OE possui frequências que estão em transição entre o mundo físico e o espiritual, por isso  pode ser usado para dar assistência durante a passagem do plano físico para o espiritual. Ajuda na

superação da perda de entes queridos aportando conforto ao coração. Facilita a compreensão do sofrimento.

Traz proteção energética para aqueles que sentem-se inseguros ou que perderam o propósito. Pode ser usado para se obter suporte e força para seguir em frente.

Formas de uso:

Banho de assento para combater hemorróidas: pingue 8 gotas de OE de cipreste, 4 gotas de OE de cedro Atlas, 3 gotas de OE de lavanda francesa e 4 gotas de OE de alecrim qt. cineol na água fria para o banho de assento;

Compressa local para aliviar hemorróidas com sangramento: pingue 2 gotas de OE de cipreste, 1 gota de OE de lavanda francesa, 1 gota de OE de patchouli, 1 gota de OE de copaíba destilada e 2 gotas de OE de sândalo amyris em um algodão e aplique localmente;

Fricção para dores nas pernas, pernas pesadas, tornozelos inchados: pingue 10 gotas de OE de cipreste em cada perna, friccione vigorosamente;

Óleo de massagem para incontinência urinária infantil: adicione 20 gotas de OE de cipreste e 6 gotas de OE de gerânio em 30ml de OV de jojoba. Massageie o abdome e os pés da criança todas as noites durante 1 mês;

Óleo de massagem para tratar varizes: adicione 40 gotas de OE de cipreste, 10 gotas de OE de limão, 10 gotas de OE de hortelã pimenta e 10 gotas de OE de lima destilada em 120ml de sinergia vegetal;

Para apaziguar conitos internos e o sentimento de culpa:  pingue 3 gotas de OE de cipreste no colar aromático individual;

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Para canalizar as idéias para o essencial e concretizá-las: aplique todas as manhãs 3 gotas de OE de cipreste no meio da planta dos pés (no ponto reexo do plexo-solar), 1 gota no o chakra cardíaco e 2 gotas na palma das mãos.

  OBS:A utilização do OE de cipreste em tratamentos de reexologia ajuda no processo de desintoxicação.

Citronela

Cymbopogon winterianus “OE repelente”

Família: Poaceae

Etimologia: Cymbopogon winterianus, designa a citronela que vem de Java, é de qualidade superior  por possuir maior concentração de citronelal (anti-inamatório); Cymbopogon nardus, é a espécie

de citronela encontrada no Ceilão e possui menor concentração de citronelal. Origem: Java - Indonésia.

Parte da planta utilizada: folhas.

Forma de extração: destilação à vapor das partes aéreas frescas ou secas.

Rendimento: 100 kg folhas/1kg de OE. IAC (instituto agronômico de Campinas) Propriedades terapêuticas e principais indicações:

Repelente de insetos, afasta moscas e mosquitos. Previne picadas de mosquitos.

Anti-infeccioso, antibacteriano, antifúngico, antisséptico aéreo e anti-inamatório. Trata a inamação causada pela picada de insetos.

Também é usado na medicina popular para combater dores reumáticas e artrite. Componentes moleculares:

Álcool monoterpênico: 15-24% geraniol, 12-15% citronelol;   Aldeído: 33-45% citronelal;

  Éster: 3-8% acetato de geranila, 2-4% citronelina. Toxicidade:em doses elevadas pode provocar enjôo e náuseas. Contraindicações:desaconselhável a ingestão.

Aromacologia: “OE repelente”

Repele energia negativa que suga e invade. Descongestiona a energia vital.

Formas de uso:

Micoses (uso tópico): pingue 2 gotas de OE de lavandin, 1 gotas de OE de camomila azul e 1 gotas de OE de citronela na área afetada;

Óleo protetor de ataque de insetos: adicione 30 gotas de OE de citronela, 20 gotas de OE de eucalipto citriodora, 5 gotas de OE de palmarosa, 10 gotas de OE de cedro Atlas e 10 gotas de copaíba destilada a 120 ml de qualquer OV. Bom passeio ao ar livre nas matas tropicais;

Picadas de insetos (uso tópico): pingue 1 gotas de OE de lavanda francesa e 1 gota de OE de citronela na área afetada;

Repelir insetos: Adicione 5 gotas de OE de citronela, 2 gotas de OE de gerânio, 2 gotas de OE de eucalipto citriodora, 2 gotas de OE de lemon grass e 2 gotas de OE de cedro Atlas no difusor de aromas elétrico ou à velas. Outra opção é adicionar ao spray de aromas ambiental 50ml de álcool de cereais, 50ml de água deionizada, 30 gotas de OE de citronela, 20 gotas de OE de eucalipto citriodora, 7 gotas de OE de gerânio e 10 gotas de OE de cedro Atlas. Borrife o ambiente

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com esta sinergia;

Reumatismo e dores musculares:adicione 20 gotas de OE de citronela, 20 gotas de OE de alecrim qt. cânfora, 20 gotas de OE de pimenta preta e 10 gotas de OE de bétula doce ou wintergreen em 120ml de OV de gergelim.

Copaíba bálsamo

Copaifera ofcinalis

“OE do rejuvenescimento”

 Na cultura indígena brasileira“(...) era a essa resina-óleo que eles apelavam quando não queriam que as feridas deixassem nenhuma cicatriz.”

Famíla:Leguminosae. Sub-família: Caesalpenoideae.

Etimologia: Kupa-yba, do Tupi, signica “árvore de depósito”. Origem: região tropical da América Latina e África Ocidental. Forma de extração: perfuração do tronco (método de trado). Propriedades terapêuticas e principais indicações:

Ação antioxidante em maior potencial do que a copaíba destilada. rejuvenescedor de peles maduras, redução de manchas e rugas, dá brilho à pele.

Anti-inflamatório e antireumático, combate artrite, bursite em menor grau que a copaíba destilada.

Cicatrizante e anti-infeccioso, trata feridas, úlceras, tromboses, gastrites, cistite, uretrite diminui a acidez estomacal, em menor grau que a copaíba destilada.

Copaíba destilada

Copaifera ofcinalis

“OE da segurança”

Famíla:Leguminosae. Sub-família: Caesalpenoideae.

Etimologia: Kupa-yba, do Tupi, signica “árvore de depósito”. Origem: região tropical da América Latina e África Ocidental.

Forma de extração: perfuração do tronco (método de trado), para posterior destilação a vapor do óleo-bálsamo resina.

Propriedades terapêuticas e principais indicações: Anti-inamatório e antireumático, combate artrite, bursite.

Cicatrizante e anti-infeccioso, trata feridas, úlceras, tromboses, gastrites, cistite, uretrite diminui a acidez estomacal, .

Antioxidante, rejuvenescedor de peles maduras, redução de manchas e rugas, dá brilho à pele. Componentes moleculares:

Hidrocarboneto sesquiterpênico: 72-90%: beta-bisaboleno (antiúlceral, antiviral),  bisabolol (anti-inamatório e analgésico), beta-elemeno (anticancerígeno cérvico),

carioleno (bactericida, anti-inamatório).

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materno. Porém, não há informação de ser abortivo. (Tiserand, 1995) Contraindicações:melhor ser evitado durante a gestação e lactação. Aromacologia: “OE da segurança”

Auxilia o rejuvenescimento da psiquê, pois traz consigo a informação da cicatrização. Pode cicatrizar as feridas da alma e do coração.

Com a frondosidade de seu caule, o porte dessa árvore aporta amparo psíquico, segurança e centramento para os momentos de mudanças.

Indicado para a alma envelhecida, ranzinza, aborrecida e fechada para o novo. Formas de uso:

Afecções da pele (uso tópico):  pingue 3 gotas de OE de copaíba destilada na área afetada;

Afecções da pele: pingue 100 gotas de OE de copaíba destilada em 120ml de OV; Desodorante natural: aplique topicamente 4 gotas em cada axila;

Efeito rejuvenescedor sobre pele e cabelos: adicione alguma gotas de OE de copaíba destilada a cremes, loções corporais e shampoos;

Gargarejo para dor de garganta: pingue 3 gotas de OE de copaíba destilada em 1 copo de água. Gargareje 3 vezes ao dia;

Inamação ou infecção oral: pingue 7 gotas de OE de copaíba destilada em um copo de água e bocheche.

Cravo

 Eugenia cariophyllus

Syn: Syzygium aromaticum

O óleo essencial de cravo pode ser extraído dos botões secos, folhas e haste da planta. O OE extraído de qualquer uma dessas estruturas vegetais é considerado antisséptico, analgésico e antibacteriano, combatendo um grande números de bactérias. O componente em maior concentração no OE de cravo é o eugenol, seguindo o β-cariophileno, acetato de eugenila, α-humulene e óxido de caryophyleno. Esses componentes encontram-se em diferentes concentrações nas diferentes estruturas do vegetal. A concentração dos componentes químicos ainda pode variar dependendo da origem geográca do OE.

Concentração de Eugenol no OE de cravo proveniente da Indonésia: Botão: 72.08 - 82.36%;

folha: 75.04 - 83.58%; haste: 87.52 - 96.65%.

Concentração de β-cariophileno no OE de cravo proveniente da Indonésia: Botão: 2.76 - 8.64%;

folha:11.65 - 19.53%; haste: 1.66 - 9.7%.

Concentração de acetato de eugenila no OE de cravo proveniente da Indonésia: Botão: 8.6 - 21.3%;

folha: 0 - 1.45%; haste: 0.07 - 2.53%.

Concentração de humuleno no OE de cravo proveniente da Indonésia: Botão: 1.38 - 2.17%;

folha: 0.34 - 1.04% ; haste:0.22 - 1.31%.

Referências

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