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Vista do O ensino de gramática à luz das concepções de Vygotsky

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O ensino de gramática à luz

das concepções de Vygotsky

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Introdução

Ensino de gramática teórica - desenvolvimento de conceitos científicos.

Palavras-Chave

o texto apresenta breves considerações acerca do ensino da gramática à luz das concepções de L. S. Vygotsky. Os estudos de Vygotsky apontam claramente a impor-tância do domínio consciente da gramática da língua para desenvolvimento mental da criança, ajudando-a a alcançar um nível mais elevado no desenvolvimento da fala, ao contrário do que tem sido preconizado por muitos autores.

resumo

Vygotsky conferiu grande importância ao papel da escola para o desenvolvimento do ser humano. A instrução formal, sistemática, desempenha um papel decisivo na conscientização da criança acerca de seus próprios processos mentais. Isso ocorre porque o aprendizado escolar proporciona o desenvolvimento dos conceitos científicos, e estes apresentam um sistema hierárquico de inter-relações, constituindo, se-gundo Vygotsky (1987), o meio pelo qual o domínio e a consciência se desenvolvem. Além disso, essa sistematização consciente é transferida a outros conceitos e a outras esferas do pensamento. “A consciência reflexiva chega à criança através dos portais dos conhecimentos cien-tíficos.” (p. 79)

Para entendermos o que isso significa e relacionarmos essas ob-servações ao ensino da gramática, temos que considerar a inter-relação entre os conceitos espontâneos e os conceitos científicos. De início, é preciso retomar a idéia do papel da linguagem verbal como signo mediador que atua na formação de conceitos.

O homem possui a capacidade de representar a realidade simboli-camente. A palavra é o sistema mais eficiente para isso, configurando-se como elemento mediatário entre o homem e o mundo. Cada palavra é

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68 janus, lorena, ano 1, nº 1, 2º semestre de 2004 ao mesmo tempo um fenômeno do pensamento e da fala. Isto porque o significado da palavra, por ser um conceito ou uma generalização, é incontestavelmente um ato de pensamento. Da mesma forma, a pa-lavra é um ato da fala na medida em que possui substância fônica. O suporte acústico e o significado se unem criando símbolos que podem ser compartilhados com outros seres. Assim, a linguagem permite o intercâmbio social.

Além disso, a linguagem apresenta ainda uma outra função: o pen-samento generalizante Através da linguagem, que possibilita conceituar a realidade, o homem organiza em sua mente o mundo sensível e suas próprias experiências. Através dessa ordenação sistemática, que implica uma classificação categórica baseada nas diferenças e semelhanças dos diversos componentes, o homem imprime ao meio o caráter de um todo ordenado e unificado, evitando o caos. Relaciona todas as coisas que o cercam numa estrutura significativa que lhe permite imprimir coerência ao mundo. E tal ordenação só é possível através da linguagem.

A inter-relação entre os conceitos

científicos e os espontâneos

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O desenvolvimento psíquico do ser humano não é apenas de-terminado pelo aparato biológico oriundo de sua herança genética, mas se constitui principalmente a partir da interação do indivíduo com a cultura do meio social em que vive. As formas culturais serão internalizadas pelo indivíduo ao longo de seu desenvolvimento, e se transformam em material simbólico de mediação entre o sujeito e o objeto de conhecimento.

Como foi dito, o conhecimento de mundo é mediado pela palavra, que, por sua vez, é culturalmente determinada. As palavras representam conceitos e, segundo Oliveira (1992, p. 31), “a trajetória de desenvol-vimento de um conceito já está predeterminada pelo significado que a palavra que o designa tem na linguagem dos adultos”.

A criança forma conceitos espontâneos à medida que sua interação com os aspectos da realidade vai sendo direcionada por palavras que representam categorias culturalmente já estabelecidas. Por exemplo: ela vai aprendendo que a palavra “gato” não denomina apenas um ente em particular, mas todos os animais que apresentam as mesmas características gerais capazes de distinguir o gato dos outros animais. A formação desse conceito lhe permite ainda identificar como “gato” o animal que apresenta diferenças de raça que não chegam a caracterizá-lo como um indivíduo de outra espécie. Assim, embora reconheça que

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o gato angorá possui pêlos mais espessos que o gato siamês, é capaz de enquadrar ambos na mesma categoria, ou seja, ambos são gatos.

A criança apreende quais são as características do animal designado pela palavra gato, mas ainda não é capaz de definir por meio de palavras o conceito gato. Isto acontece porque ainda não é consciente de seu ato de pensamento. Só muito mais tarde ela será capaz de definir con-ceitos e de empregá-los intelectualmente de forma mais consistente. A formação desses conceitos, denominados de conceitos espontâneos, é realizada de forma assistemática, segundo as experiências cotidianas da criança e sua interação com o meio.

Vygotsky (1987) estabelece diferenças entre os conceitos espon-tâneos e os conceitos científicos. Os primeiros são desenvolvidos de forma assistemática no decorrer de atividades e nas interações sociais da criança. Os conceitos científicos são transmitidos em situações for-mais de ensino-aprendizagem, tal como ocorre no ensino ministrado na escola. O desenvolvimento destes conceitos é um fator significativo e relevante em sociedades letradas, as quais exigem do indivíduo es-colaridade e conhecimento científico.

Ao contrário do que acontece no processo de desenvolvimento do conceito espontâneo, o desenvolvimento do conceito científico inicia-se, em geral, com sua definição verbal, mas pode necessitar de conteúdo se não apresentar correlação com a experiência da criança. De fato, se partirmos do pressuposto de que um conceito é sempre um ato de generalização, concluiremos que é impossível ao professor ensi-nar diretamente ao aluno o significado de uma palavra (um conceito). “Um professor que tenta fazer isso geralmente não obtém qualquer resultado, exceto um verbalismo vazio, uma repetição de palavras pela criança, semelhante à de um papagaio, que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes, mas que na realidade oculta um vácuo”. (Vygotsky, 1987, p.72)

Para a criança ser capaz de absorver um conceito científico, é preciso haver um conceito espontâneo correlato e suficientemente de-senvolvido. Por isso, um dos aspectos principais do estudo de Vygotsky sobre a formação de conceitos é o fato de os processos de desenvolvi-mento dos conceitos espontâneos e dos conceitos científicos estarem intimamente ligados. Ao se desenvolver, o conceito espontâneo abre caminho para o conceito científico. Vygotsky (1987, p.94) afirma que os conceitos científicos desenvolvem-se para baixo, por meio dos con-ceitos espontâneos, e que os concon-ceitos espontâneos desenvolvem-se para cima, por meio dos conceitos científicos.

Os dois processos - o desenvolvimento dos conceitos espon-tâneos e dos conceitos científicos - estão intimamente relacionados e se influenciam mutuamente, formando um único processo: o desen-volvimento da formação de conceitos. Este desendesen-volvimento, embora

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70 janus, lorena, ano 1, nº 1, 2º semestre de 2004 seja afetado pelas condições externas e internas, é essencialmente um processo unitário. E o aprendizado sistemático oferecido pela escola é uma das principais fontes de formação de conceitos, capaz de direcionar o desenvolvimento da criança e determinar, segundo Vygotsky (1987), o destino de todo o seu desenvolvimento mental.

Voltando a nosso exemplo, a criança que desenvolveu o conceito espontâneo relativo a gato, aprenderá, na escola, conceitos científicos correlatos. Aprenderá que o gato é um animal mamífero, carnívoro, felino, diferenciando-se de outras espécies por estas possuírem carac-terísticas diversas. Os conceitos gato, felino, mamífero começarão a apresentar uma relação, configurando um sistema, e todos os demais conceitos relacionados a esse sistema começarão também a se modi-ficar na mente da criança. O conceito espontâneo ofereceu suporte ao conceito científico, e, ao mesmo tempo, devido à nova aprendizagem, foi expandido em um sistema. Isso ocorre porque, segundo Vygotsky (1987, p. 80), os rudimentos de sistematização têm início por meio dos conceitos científicos, sendo posteriormente transferidos para os conceitos cotidianos, “mudando a sua estrutura psicológica de cima para baixo”.

Para esclarecer a inter-relação entre o desenvolvimento dos concei-tos espontâneos e o desenvolvimento dos conceiconcei-tos científicos, Vygotsky (1987) cita a influência que o aprendizado de uma língua estrangeira exerce sobre o conhecimento da língua materna que a criança já possui. O processo de aprendizagem da língua estrangeira é desde o início consciente e deliberado. Ela terá que aprender aspectos gramaticais relativos à fonética, à morfologia e à sintaxe para poder alcançar desenvoltura lingüística. Será necessário muito empenho para que a criança consiga internalizar a estrutura da língua estrangeira, a fim de empregá-la de forma fluente, tal como faz em sua língua materna.

Na aquisição da língua materna, os aspectos primitivos da fala são apreendidos antes de aspectos gramaticais mais complexos, ou seja, a criança conjuga verbos e flexiona palavras sem ter consciência dos aspectos gramaticais envolvidos em seu discurso. Na língua estrangeira, esses aspectos mais complexos, que demandam uma certa consciência das formas gramaticais, desenvolvem-se antes da fala espontânea. No entanto, o sucesso do aprendizado da língua estrangeira dependerá da maturidade da criança em sua própria língua. Em contrapartida, o aprendizado de uma nova língua facilitará o aprendizado dos aspectos gramaticais de sua língua materna:

...o êxito no aprendizado de uma língua estrangeira depende de um certo grau de maturidade na língua materna. A criança pode transferir para a nova língua

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o sistema de significados que já possui na sua própria. O oposto também é verdadeiro - uma língua estrangei-ra facilita o aprendizado de formas mais elevadas da língua materna. A criança aprende a ver a sua língua como um sistema específico entre muitos, a conceber os seus fenômenos à luz de categorias mais gerais, e isso leva à consciência de suas operações lingüísticas. (Vygotsky, 1987, p.94)

A importância do ensino da gramática teórica

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Ao dedicar-se ao estudo da formação de conceitos científicos, Vygotsky (1987) aborda a questão do ensino da gramática na escola. É interessante observar que, também naquela época, havia quem fosse contrário a isto, alegando que as crianças já dominavam espontanea-mente a língua.

Esse ponto de vista advém do fato de alguns considerarem que a gramática implícita, a qual, segundo Travaglia (2000), é internalizada pelo falante de forma inconsciente, é suficiente para levar o aluno à competência lingüística. Travaglia (2003) afirma que é possível ao pro-fessor assumir as seguintes posturas: “ensinar a língua, o que resulta em habilidades de uso da língua, e ensinar sobre a língua, o que resulta em conhecimento teórico (descritivo e explicativo) sobre a língua e pode desenvolver a análise de fatos da língua”(p.77).

Muitos professores preferem assumir apenas a primeira postura, desprezando a reflexão sobre a língua. Afinal, a gramática implícita possibilita ao falante utilizar automaticamente as regras e princípios de sua língua, mesmo que não seja capaz de refletir sobre eles, ou de organizar os fatos lingüísticos em um sistema lógico e coerente.

Por se tratar de um conhecimento inconsciente, a aquisição da gramática implícita é análoga à formação de conceitos espontâneos. Ambos ocorrem de forma assistemática e são decorrentes de atividades cotidianas. Em relação à gramática implícita, esta seria proveniente do uso, daí o professor dedicar-se a atividades que privilegiassem apenas os usos da língua.

Em contrapartida, o ensino da gramática teórica é análogo ao desenvolvimento de conceitos científicos. Travaglia (2000) define esta gramática como “estudos lingüísticos que buscam, por meio de uma

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72 janus, lorena, ano 1, nº 1, 2º semestre de 2004 atividade metalingüística, explicitar sua estrutura, constituição e fun-cionamento” (p.33).

A gramática teórica permite ao falante entender sua língua como um sistema organizado, lógico e coerente, tornando-lhe possível a reflexão sobre as regras e os princípios da língua. Esse conhecimento é, segundo Vygotsky (1987, p.86), muito útil para o desenvolvimento mental da criança:

“Já se chegou mesmo a dizer que o ensino de gramática na escola poderia ser abolido. Podemos replicar que a nossa análise mostrou claramente que o estudo de

gramática é de grande importância para o desenvol-vimento mental da criança. [...] Ela pode não adquirir

novas formas gramaticais ou sintáticas na escola, mas, graças ao aprendizado da gramática e da escrita, realmente torna-se consciente do que está fazendo e aprende a usar as habilidades conscientemente. [...] A gramática e a escrita ajudam a criança a passar para um nível mais elevado do desenvolvimento da fala.” (grifo nosso)

Cabe lembrar que, ainda segundo Vygotsky (1987), a escrita exige uma ação analítica intencional, o que não ocorre na fala. De fato, para escrever um texto é preciso consciência fonológica, capacidade de orde-nar seqüências de palavras e orações, obediência deliberada aos princí-pios gramaticais da língua, bem como a certas regras, quando se deseja utilizar a língua padrão. A esse respeito, Richter (2003, p.142) também afirma que “o ensino de gramática beneficia especialmente a produção planejada”. Em contrapartida, o conhecimento da gramática implícita, por ser inconsciente, não permite as necessárias deliberações.

Há professores que consideram a gramática explicita um apren-dizado artificial, sem utilidade prática. Nesse sentido, podemos citar Oliveira (1992, p. 31), quando afirma que o desenvolvimento de um conceito científico, “começa com a definição verbal e com sua aplica-ção em operações não-espontâneas...” Somente mais tarde é que este conceito será atingido por conceitos espontâneos. Da mesma forma, pode-se dizer que o ensino da gramática teórica inicia-se com defini-ções verbais e é aplicado em operadefini-ções não-espontâneas. Mais tarde, tais conteúdos incidirão na gramática implícita, modificando-a. A esse respeito, Richter (2003, p.143) igualmente afirma que o conhecimento gramatical explícito pode converter-se em conhecimento implícito, isto é, as regras aprendidas inicialmente de forma artificial tornam-se, com o tempo, um conhecimento interiorizado: “Já existem suficientes

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evidências para atestar que o ensino de gramática pode resultar em progressos significativos no desempenho lingüístico.”

Ao mesmo tempo, é preciso considerar que a formação de um conceito científico apóia-se em conceitos espontâneos correlatos. Richter (2003, p.143) acredita que “o sucesso do ensino da gramática parece estar estreitamente relacionado ao estágio de desenvolvimento lingüístico em que o aluno se encontra...” (p.143). Por isso, é importante estabelecer pontes entre a gramática implícita (que o aluno já domina) e a gramática teórica que será ensinada. Dessa forma, o aluno pode passar a incorporar as novas aprendizagens à sua linguagem espontâ-nea, ampliando seu vocabulário e sendo capaz de construir frases mais complexas e coesas.

É preciso considerar ainda que a conscientização sobre a estrutura da língua não é uma descoberta que ocorre prontamente a partir do ensino dos primeiros conteúdos gramaticais. Vygotsky (1987) enfoca essa questão ao exemplificar o que ocorre com o aprendizado de arit-mética. Segundo o autor, às vezes, as primeiras etapas dessa apren-dizagem pouco acrescentam à criança para que ela possa dominar a aritmética. Mas é possível que, numa etapa posterior, repentinamente ela capte um princípio geral que a ajude a compreender as noções an-teriores. “A criança não aprende o sistema decimal como tal: aprende a escrever números, a somar e a multiplicar, a resolver problemas; a partir disso, algum conceito geral sobre o sistema decimal acaba de surgir”. (p.87)

Do mesmo modo, podemos dizer que o aluno, ao aprender os pri-meiros conteúdos da gramática teórica, ainda não é capaz de entender a estrutura da língua. Com o decorrer do aprendizado, porém, ele irá captando certos princípios gramaticais que o ajudarão a fazer ilações relativas a outros aspectos estruturais da frase.

Como ilustração, podemos dizer que o aprendizado da gramática assemelha-se ao aprendizado de um instrumento musical. De início, não vemos utilidade em aprender escalas e solfejos. Desejamos prontamente tocar apenas melodias de ouvido, sem conhecimentos teóricos. Serão precisos esforço e persistência para adquirirmos o conhecimento teórico, mas é este que nos garantirá a competência para tocar as mais diversas melodias. O mesmo se dá em relação à aprendizagem da gramática. De início, parece haver pouca utilidade em saber, por exemplo, o que é um substantivo. Vamos aprendendo as classes gramaticais e a sintaxe como se fossem conhecimentos alheios à língua que utilizamos. Mas chega um momento em que é possível estabelecer a relação entre os conte-údos, e passamos a compreender, de forma consciente, a estrutura de nossa língua, a entendê-la como um sistema, sendo capazes de refletir sobre os arranjos sintáticos que desejamos construir, e de identificar a

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74 janus, lorena, ano 1, nº 1, 2º semestre de 2004 linguagem mais adequada a determinados contextos.

Isso não quer dizer que o professor deva apenas ensinar teoria gramatical aos alunos. As aulas de língua portuguesa devem acolher atividades que possibilitem o uso da língua nas diversas situações, bem como o exercício produtivo de textos. Mas a gramática teórica também é necessária, pois promove a conscientização das operações realizadas, incidindo no desenvolvimento do raciocínio e da capacidade crítica, além de favorecer o aprendizado de construções mais complexas da língua.

No entanto, o ensino da gramática teórica não deve consistir na simples memorização de regras e classificações, pois isso não garantirá ao aluno o conhecimento da estrutura da língua. É preciso que o pro-fessor o ajude a promover reflexões, a utilizar critérios de análise para que o aprendizado da gramática faça sentido.

O estudo da formação de conceitos realizado por Vygotsky assi-nala a importância do ensino da gramática para o desenvolvimento do aluno. A atividade metacognitiva, própria do ensino sistemático oferecido pela escola, deve estar presente também quando se trata do ensino da língua. Tal conhecimento, como vimos, permite ao aluno ter consciência de suas escolhas lingüísticas na composição de textos, seja no emprego de termos adequados, seja nos aspectos morfossintáticos das frases.

Além disso, a adequação do texto em obediência ao padrão culto da língua é uma exigência social. Por isso, torna-se necessário ofere-cer ao aluno critérios morfossintáticos que lhe permitam avaliar se a urdidura da frase está em conformidade com o padrão culto que lhe é exigido em várias situações.

Em vez de simplesmente alijar a teoria gramatical das aulas de língua portuguesa, convém direcionar esforços para torná-la útil e significativa. Embora aparentemente pareça tratar-se de uma apren-dizagem artificial, o ensino da gramática teórica proporcionará a sis-tematização dos aspectos morfossintáticos da língua, e tal ordenação favorecerá a competência lingüística na medida em que a gramática explícita incorpore-se à gramática implícita, tornando-se um conheci-mento interiorizado.

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OLIVEIRA, Marta Kohl.de. Vygotsky e o processo de formação de con-ceitos. In: LA TAILLE, Yves et al. Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias

psicogenéticas em discussão.São Paulo: Summus, 1992. p. 23-34.

RITCHER, Marcos Gustavo. Pedagogia de projeto: da gramática à comunicação. Linguagem e ensino. Pelotas, v.6, no. 1, jan./jun., p. 129-179. 2003.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para

o ensino de gramática, no 1o. e 2o. graus. 5a. ed. São Paulo: Cortez,

2000.

________ Gramática: ensino plural. São Paulo: Cortez, 2003.

VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem.São Paulo: Martins Fontes, 1987.

Referências

Doutora em Educação pela USP. Professora titular da UNITAU. This paper aims to present a short explanation about the grammar teaching according to L.S. Vygotsky’s concep-tions. In spite of some authors don’t believe the relevance of the grammar teaching, Vygotsky’s studies confirm that the grammar knowledge is very important to the children’s cognitive development. It helps them to get a higher level in the speech development. The theoretical grammar may become an inner knowledge causing the students’ linguistic performance.

Referências

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