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Análise quantitativo dos diferentes tipos de saltos verticais no vôlei de praia masculino em atletas semi-finalistas e finalistas do circuito BB 2011

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SÉRGIO RODRIGUES CASTRO

ANÁLISE QUANTITATIVO DOS DIFERENTES TIPOS DE SALTOS VERTICAIS NO VÔLEI DE PRAIA MASCULINO EM ATLETAS SEMI-FINALISTAS E FINALISTAS DO

CIRCUITO BB 2011

Palhoça 2011

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ANÁLISE QUANTITATIVO DOS DIFERENTES TIPOS DE SALTOS VERTICAIS NO VÔLEI DE PRAIA MASCULINO EM ATLETAS SEMI-FINALISTAS E FINALISTAS DO

CIRCUITO BB 2011

Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Educação Física e Esporte da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física e Esporte.

Orientador: Prof. Gustavo de Sá e Souza, Msc.

Palhoça 2011

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ANÁLISE QUANTITATIVO DOS DIFERENTES TIPOS DE SALTOS VERTICAIS NO VÔLEI DE PRAIA MASCULINO EM ATLETAS SEMI-FINALISTAS E FINALISTAS DO

CIRCUITO BB 2011

Este Relatório de Estágio foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Educação Física e Esporte e aprovado em sua forma final pelo Curso de Educação Física e Esporte da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 27 de junho de 2011

_________________________________________________________ Professor e orientador Prof. Gustavo de Sá e Souza, Msc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

_______________________________________________________________ Professor Ângelo Antonio Geraldo, Esp.

Fundação de Esportes de Criciúma-SC

_______________________________________________________________ Professor Tiago Costa Baptista, Msc.

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Dedico este trabalho aos meus pais, dona Laurita, que foi a base de tudo para mim, pelo seu exemplo de vida e seu Domingos (in memoriam), sei que ficaria orgulhoso de ver seu filho se formando na Universidade.

À minha esposa Patrícia, que sempre me incentivou a superar desafios.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço Àquele que se convencionou chamar de Deus.

À minha esposa Patrícia, por seu apoio e compreensão de minha ausência quando da elaboração deste trabalho.

Ao meu orientador Professor Gustavo Sá pela convivência diária e por sua paciência.

À Professora Elinai Freitas Schutz, pela paciência nas disciplinas de estágio I e II e ao Professor Tiago Costa Baptista por aceitarem meu pedido de banca e pela confiança depositada, agora e sempre. Não poderia deixar de ressaltar a importância dos professores do curso, que tornaram esse objetivo uma realidade.

Agradeço à UNISUL pela bolsa atleta, ganha na maior parte do curso, a qual proporcionou minha continuação nos estudos.

À Federação Catarinense de Voleibol, por tornar real a elaboração deste estudo, em especial aos seus funcionários e ao professor Ângelo Antonio Geraldo, que me auxiliou e me ensinou em todo o período de estágio, não apenas no envolvimento com a modalidade que tanto me agrada, mas também por me propiciar um conhecimento mais amplo do esporte.

Agradeço aos amigos do vôlei de praia que participaram direta ou indiretamente para a conclusão deste trabalho.

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RESUMO

Atualmente a evolução do vôlei de praia tornou o Brasil o país mais respeitado no cenário internacional e possuidor do campeonato nacional mais forte do mundo. Tais adjetivos impõem ao Brasil uma necessidade de atuação profissional cada vez mais qualificada e baseada em conhecimentos científicos. O objetivo deste estudo foi quantificar os saltos verticais executados por duplas semifinalistas e finalistas de duas etapas do circuito brasileiro de vôlei de praia masculino da temporada 2011, considerando as diferentes funções em quadra (defensor e bloqueador). Os saltos verticais foram classificados em: saltos para ataque (SA) saltos para bloqueio (SBL), saltos para saque em suspensão (SSS) e saltos para saque viagem (SSV). A mostra foi composta pelos oito atletas que disputaram as partidas das fases semifinais e finais de duas etapas do Circuito Brasileiro.

Quanto à quantidade total de saltos, observou-se que, durante as semifinais e finais dos jogos analisados, os atletas saltaram um total de 1.476 vezes. Sendo assim, A média de saltos por jogo foi de 246 saltos por dupla (aproximadamente 146 saltos para o bloqueador e 100 saltos para o defensor). Os jogadores de defesa executaram 604 saltos (41%) enquanto jogadores bloqueadores executaram 872 saltos (59%), ou seja, os jogadores bloqueadores executaram 268 saltos (38,6%) a mais do que os jogadores defensores, principalmente em saltos de bloqueio. Pode-se concluir que, em valores absolutos, os jogadores bloqueadores foram os que mais saltaram durante o jogo.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 8 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA... 8 1.2 RECOMPENSAS FINANCEIRAS... 1.3 OBJETIVO GERAL... 10 11 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 12 1.5 JUSTIFICATIVA... 12 2 REVISÃO DA LITERATURA... 14 2.1 SALTO VERTICAL... 14

2.2 A BIOMECÂNICA DO SALTO VERTICAL... 15

2.3 POTÊNCIA X SALTO VERTICAL ... 16

2.4 CARACTERÍSTICAS DO VÔLEI DE PRAIA MASCULINO... 18

3 MÉTODO... 20

3.1 TIPO DE PESQUISA... 20

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA... 20

3.2.1 População... 20

3.2.2 Amostra... 3.2.3 Processo de seleção de amostra... 3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA... 3.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS... 3.5 ANÁLISE DE DADOS... 20 21 21 21 22 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS... 4.1 SALTOS TOTAIS... 4.2 TIPOS DE SALTO POR FASE DO TORNEIO... 23 23 25 5 CONCLUSÃO... 30 REFERÊNCIAS... 32 ANEXOS... 38

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INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA

De uma atividade de lazer, praticada por soldados americanos ao ar livre sob o sol à beira mar e sem compromisso de vitória, o vôlei de praia se tornou uma modalidade olímpica, profissional e muito popular no mundo. Sua origem se deu no ano de 1920 na Califórnia, nos Estados Unidos, sendo adaptado do vôlei indoor e rapidamente conquistando a galera que freqüentava toda a costa oeste americana que se encantou com o jogo e o tornou popular no país (PRADO, 1994).

Em 1947 surgiram os primeiros torneios com duplas masculinas e, três anos depois, em 1950, surgiu o primeiro circuito masculino com 5 etapas nas praias californianas, atraindo muitos admiradores. Por volta de 1957, a modalidade começou a ser mais praticada pelos americanos e logo foi ganhando estilo próprio, despertando o interesse do público e chegando ao profissionalismo. A primeira entidade encarregada de criar torneios e unificar as regras foi a AVPC (Associação de Voleibol de Praia da Califórnia). (AFONSO 2004, PRADO 1994)

A modalidade chegou ao Brasil em 1930 e foi ganhando adeptos em toda a orla marítima brasileira, sendo o Rio de Janeiro a cidade onde se tornou mais popular. As primeiras competições de vôlei de praia com cobertura jornalística aconteceram nas areias de Copacabana em 1946. (RODRIGUES FILHO, 1946). Nos anos de 1985 e 1986, a modalidade teve forte impulso quando “estrelas” do vôlei indoor, medalhistas olímpicos do Brasil e Estados Unidos e “musas” do vôlei brasileiro e norte americanas fizeram exibições em Ipanema-RJ e Guarujá-SP num torneio chamado Hollywood Volley (PRADO, 1994). O sucesso foi fundamental para a realização de eventos internacionais no Brasil.

No início da década de 1990, com o patrocínio do Banco do Brasil, foi criado o Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia. Na primeira edição, foram realizadas apenas cinco etapas no litoral nordestino. Devido o grande sucesso alcançado, já a partir do segundo ano foram adicionadas mais etapas, chegando a 16 no total, incluindo cidades brasileiras que não são litorâneas. Nesses locais, a arena era

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construída em praças e shoppings centers. As mudanças incluíram também as disputas entre as duplas femininas. (NUZMAN, 1994)

Atualmente o Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia realiza 12 etapas, abrangendo as principais cidades do país. Outras competições surgiram sob o patrocínio do Banco do Brasil: o Estadual Brasileiro realizado em todos os estados, num total de vinte e sete etapas e o Sub 21 de Vôlei de Praia, cujo objetivo principal é revelar novos talentos nesta modalidade, realizado em seis capitais em 2010, em 2011 com 12 etapas realizada na mesma arena do circuito adulto. (CBV, 2011).

Em 1987 a modalidade foi oficializada pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), e foi realizado em Ipanema o primeiro campeonato mundial. Em 1989 criou-se o I Circuito Mundial de Vôlei de Praia Masculino, com etapas no Brasil, Itália e Japão. Só em 1994 as duplas femininas passaram a participar de competições internacionais, participando da Women’s World Championship Series, no Brasil. (FIVB, 2010).

A FIVB, percebendo a força da modalidade e o crescente interesse do público e da mídia, colocou sua chancela sobre ela, ficando assim responsável pelo vôlei de praia em todo o mundo.

Hoje em dia, o Circuito Mundial é realizado nos continentes americano, europeu e asiático, num total de 29 etapas, sendo que 6 destas são Grand Slams, ou seja, etapas com pontuação no ranking e premiação maiores que as demais.

Para se ter uma ideia, as primeiras etapas do Circuito Mundial, organizadas pela FIVB, se converteram em um grande sucesso comercial, e os prêmios em dinheiro eram de US$ 50 mil. Atualmente os prêmios chegam a quase meio milhão de dólares em cada torneio (FIVB 2010), e no Circuito Brasileiro, organizado pela CBV, os prêmios em dinheiro são de R$ 410.000,00 para o Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia e R$ 10.000,00 para o Circuito Estadual em cada etapa (CBV 2010).

Em 1992, o vôlei de praia fez sua estréia nas Olimpíadas de Barcelona, somente com competição masculina, o Brasil conquistou a medalha de Bronze com Moreira e Garrido, ainda como esporte exibição, fazendo grande sucesso junto ao público e lotando as praias de Almería. Em 1993, Juan Antonio Samaranch, então presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Billy Payne, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996, e outros membros do COI assistiram, junto a 140 mil espectadores, às finais do Campeonato Mundial

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realizadas nas praias do Rio de Janeiro. No dia 24 de dezembro do mesmo ano, o vôlei de praia foi reconhecido como esporte olímpico.

O vôlei de praia do Brasil destacou-se desde o início, pois dos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996 até Pequim em 2008, foram sete medalhas. Em Atlanta 1996, ouro e prata no torneio feminino, (vale ressaltar que foi com está modalidade que o Brasil obteve sua 1ª medalha de ouro entre as mulheres) em Sydney 2000 prata no masculino e no feminino, em Atenas 2004, ouro no masculino e prata no feminino, em Pequim 2008, o Brasil foi prata e o bronze no masculino. (CBV, 2009, FIVB, 2009).

1.2 RECOMPENSAS FINANCEIRAS

Com a estruturação da modalidade, através das regras e profissionalização das instituições organizadoras, somados ao assédio da mídia a modalidade ganhou credibilidade mundial. Com boas premiações em dinheiro, aumentou a procura de jovens e de ex-atletas do indoor na busca de novos desafios e de estabilidade financeira.

Contudo, para disputar jogos em alto nível e participar do circuito brasileiro e mundial são necessários muitos anos de prática e um longo aprendizado, além de um alto investimento financeiro. O alto nível das disputas resultou numa alta seletividade na modalidade onde os atletas que têm uma boa estrutura de treinamento com comissão técnica e patrocínio, que podem lhes proporcionar melhores condições de treinamento para obtenção de melhorias físicas, técnicas, táticas e psicológicas, conseguem melhores resultados.

As dificuldades enfrentadas pelos atletas “novatos” passam desde adaptações ao piso irregular e fofo de areia, que é um dos maiores obstáculos físicos a ser vencido pelos atletas, até aspectos ambientais como o sol forte e o vento, dentre outros.

Com isso, o fato de alguns atletas se destacarem no vôlei indoor não assegura seu bom desempenho na praia, o contrário sendo também verdadeiro. Alguns atletas com passagem pela seleção indoor tentaram seguir uma carreira no vôlei de praia e não tiveram o mesmo sucesso. Porem no feminino “Jack Silva”

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disputou olimpíadas no indoor, mas foi nas areias onde ela obteve seu maior triunfo, ouro em Atlanta 1996.

Como citado anteriormente, a modalidade começou a ter novos adeptos e o vôlei de praia no Brasil deixou de ser uma modalidade recreativa e de filosofia de vida, passando a ser encarada como modalidade de rendimento. Vendo todo este crescimento, a CBV criou cursos de formação para treinadores e preparadores físicos voltados para o vôlei de praia e seleções de vôlei de praia masculino e feminino. Com isso deu-se o surgimento de centros de treinamentos espalhados pelo Brasil principalmente na região sudeste e nordeste, e escolinhas, iniciando o trabalho de formação de atletas oriundos do vôlei de praia.

Nesse contexto, destaca-se o fato de que, mesmo com a construção de uma ótima estrutura física voltada ao desenvolvimento do vôlei de praia, a carência de estudos ainda é latente, e muitas das informações que baseiam a prescrição do treinamento são provenientes do vôlei indoor. (AGOSTINHO, 1998; CARDINAL, 1994; HÄKKINEN, 1993). Fornecer informações sobre o número de saltos verticais realizados pelos atletas de vôlei de praia que poderão auxiliar na prescrição de treinamentos da modalidade.

Diante disso, o presente estudo buscou levantar os números de saltos verticais executados pelos atletas semifinalistas e finalistas de duas etapas do circuito brasileiro de vôlei de praia masculino da temporada 2011.

1.3 OBJETIVO GERAL

Quantificar os saltos verticais executados pelos atletas semifinalistas e finalistas de duas etapas do circuito brasileiro de vôlei de praia masculino da temporada 2011.

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1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Quantificar os saltos verticais em atletas de vôlei de praia considerando suas funções em quadra (defensores e bloqueadores);

• Analisar as possíveis diferenças das quantidades de saltos verticais em atletas de defesas e bloqueadores;

• Analisar a quantidade de saltos verticais em atletas de vôlei de praia em função da fase de disputa de duas etapas do circuito brasileiro de vôlei de praia (semifinal e disputas de 1º e 2º lugares).

1.5 JUSTIFICATIVA

O crescimento da popularidade desta modalidade é notório, mas infelizmente não se encontram muitos profissionais capacitados tecnicamente atuando na área e também se verifica uma carência de artigos de revisão, pesquisa cientifica sobre o vôlei de praia (FAYH et al., 2003; SILVA et al., 1998).

Prescrever treinamentos se torna uma tarefa difícil para o técnico e preparador físico, pois estruturar (construir) uma periodização para essa modalidade com base nas ações desenvolvidas nas partidas ainda é uma tarefa baseada em informações provenientes do vôlei indoor.

Quando o estudante recorre à literatura, são identificadas diversas referências sobre os benefícios da periodização. As periodizações mais conhecidas no Brasil são dos seguintes russos: Matveev, Arosiev e Kalinin e do cientista Verkhoshanski. Essas periodizações são as mais prescritas para as duplas brasileiras masculinas. (AGOSTINHO, 1998; CARDINAL, 1994; HÄKKINEN, 1993; SILVA, 2000).

Neste sentido, é o conhecimento das exigências do jogo e as características fundamentais dos jogadores que conduzem ao estudo aprofundado e sistematizado dos aspectos relativos à estas duas realidades interdependentes que definem os aspectos da performance que por sua vez, é dependente do controle do treino físico,

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onde se procura rentabilizar ao máximo a sua evolução e meios de controle, procurando um aumento do seu rendimento esportivo.

Sendo assim, na realidade prática do vôlei de praia atual, surge a necessidade de viabilizar uma avaliação e um controle do treino, identificando e caracterizando o nível competitivo em que se encontram os atletas, a fim de apropriar o condicionamento das exigências dos parâmetros físicos e fisiológicos da mesma.

Baseado nessas informações, esta investigação buscou realizar uma pesquisa para analise quantitativo dos diferentes tipos de saltos verticais no vôlei de praia masculino em atletas semi-finalistas e finalistas do circuito bb 2011 (atletas de bloqueio e de defesa). Com esse conhecimento, o técnico poderá elaborar um treinamento de melhor qualidade e especificidade para equipes que disputarem o CBBVP.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 SALTO VERTICAL

O salto vertical no esporte atual tem, cada vez mais, uma extrema importância em modalidades como: atletismo, basquetebol, handebol, futebol e voleibol, sendo o suporte de habilidades e ações motoras específicas (MORAS, 1995; SEABRA, 2001; MAGALHÃES, 2001; SILVA, 2003; SOUSA, 2003; VILLA, 2003).

No caso específico do vôlei de praia, é através do salto vertical que se realiza um ataque, um bloqueio ou um saque, por exemplo. Berriel (2004) afirma que a vitória de uma equipe num jogo está, em grande parte, dependente da capacidade de saltar. A capacidade de produzir um salto mais alto com rendimento por parte do atacante ao ataque, visar três objetivos (MOUTINHO et al., 1996):

Primeiro: ataque a uma altura elevada constante e mantendo a qualidade do salto por toda partida de modo a melhorar o fundamento tático do atacante, incrementando a diferença entre a altura do ataque e do bloqueio, a fim de ampliar a possível direção do ataque;

Segundo: ataque com maior velocidade, diminuindo o índice defensivo da equipa adversária;

Terceiro: ataque para zonas desprotegidas da defesa, de acordo com a posição do bloqueio e da defesa baixa.

Segundo Nicol (2001), para um salto vertical e uma seqüência de aterrissagem, o sujeito geralmente inicia na posição vertical ereta e a atividade é iniciada pelo rebaixamento do centro de massa através flexão do quadril e do joelho; conforme o corpo é acelerado para cima, os quadris e joelhos estendem. Quando os membros estão completamente estendidos (incluindo a flexão plantar da articulação do tornozelo), o corpo se levanta e a fase de vôo começa. O corpo perderá contato com o solo com certa velocidade de deslocamento, que será reduzida pela ação da aceleração gravitacional, e uma altura máxima será atingida. Após isto o corpo retornará ao solo e a fase de aterrissagem será iniciada.

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2.2 A BIOMECÂNICA DO SALTO VERTICAL

Neste tópico serão apresentados e analisados alguns autores e seus conceitos sobre a capacidade de salto.

Barbanti (1988) define a força de salto como a capacidade de vencer a força da gravidade alcançando alturas elevadas, para realizar movimentos técnicos do jogo. É a capacidade de imprimir aceleração ao próprio corpo, para superar o seu peso, no intuito de conseguir maior altura.

Enoka (2000) caracteriza a gravidade no que é conhecida como a lei da gravidade de Newton: todos os corpos atraem uns aos outros com uma força proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa. O peso é uma expressão da quantidade da atração gravitacional entre um objeto e a terra.

Keller, Gettys e Skove (1997) afirmam que duas grandezas estão estreitamente relacionadas com um objeto na superfície da terra ou próximo dela: a força gravitacional exercida pela terra sobre o objeto e o peso do objeto. Ainda segundo os autores, a massa de um objeto é uma medida de sua resistência a uma variação de sua velocidade, e o peso (P) de um objeto de massa (m) é igual à massa vezes aceleração da gravidade(g) (P = m x g).

Durward, Baer e Rowe, (2001) colocam que, para um salto vertical e uma seqüência de aterrissagem, o sujeito geralmente começaria na posição vertical ereta e a atividade de saltar seria iniciada por rebaixamento do centro de massa pela flexão do quadril, do joelho e, segundo Arruda e Hespanhol (2008), acrescentam o tornozelo também.

Outro fator parcialmente responsável pelo bom desempenho no salto vertical, segundo Silva (2005), é a utilização dos membros superiores durante a execução do salto. Lee e outros (2004) citados por Silva (2005) testaram a influência dos membros, imobilizando-os durante o movimento e observou um aumento de 28% no aumento na altura do salto, se comparado à execução sem a participação dos braços. Este aumento teria relação direta com o aumento na velocidade do centro de massa na fase de decolagem que, segundo eles, poderia ter um aumento médio de até 72%.

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2.3 POTÊNCIA X SALTO VERTICAL

Para melhorarmos a potência de um atleta, devemos melhorar a força máxima dinâmica e a força de potência desse desportista com o treinamento de força (ZATSIORSKY, 1999).

O aumento da impulsão do salto vertical ocorre geralmente porque a potência muscular do atleta melhora proveniente das sessões de força máxima dinâmica e/ou de força de potência.

A musculação e o salto em profundidade são os métodos de treino mais eficazes para otimizarmos a potência muscular dos membros inferiores do jogador de voleibol, com o intuito de se obter um salto vertical mais alto e constante e com qualidade.

A potência possibilita o atleta saltar mais rápido e alto porque ocorre rápida contração muscular (TRICOLI et al., 1994), embora a força isométrica máxima no momento da extensão do quadril e do joelho, e na flexão plantar, correlaciona-se significativamente com o salto vertical do atleta (Häkkinen, 1991 por TRICOLI et al., 1994 p.1).

Tubino (1993) explica que a força de potência é expressa por uma fórmula: a potência muscular é o tipo de força que pode ser explicada pela capacidade de exercer o máximo de energia num ato explosivo [...],sendo ainda explicado, pela fórmula da Física (p. 188).

P = potência F = força V = velocidade

Salto em Profundidade como meio de aprimorar o Salto Vertical

De acordo com (PALAO et al. 2001), o voleibol é uma modalidade que exige da força reativa para suas ações, nos membros superiores juntamente com os inferiores Segundo BARBANTI (2002), a força reativa é um ciclo duplo da ação muscular, um alongamento na fase excêntrica e um encurtamento na contração concêntrica. VERKHOSHANSKI (1996) também explica o que é força reativa:

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“É uma força especial do trabalho do aparelho locomotor, definida como a capacidade específica de manifestar um esforço motor forte após o estiramento mecânico intensivo dos músculos, ou seja, durante a transição rápida do trabalho excêntrico ao concêntrico, no âmbito do máximo da carga dinâmica que se desenvolve nesse momento” (p. 52).

Observamos a força reativa dos membros inferiores do voleibolista quando faz uma rápida flexão do quadril, do joelho e do tornozelo imediatamente pratica extensão dos mesmos no ato de bloquear. E segundo Barbanti (1986) explica que nas passadas da cortada e no momento inicial do salto ocorre à força reativa.

O treino pliométrico é indicado para o voleibol (FOX et al., 1991) porque melhora a força reativa neuromuscular (VILLAR, 1987). O objetivo da pliometria para os membros inferiores consiste em aumentar a impulsão do salto vertical do atleta. A prática da pliometria é através se sucessivos saltos (DINTIMAN et al. 1999).

O método de choque (pliometria) é destinado ao desenvolvimento da força rápida e da capacidade reativa do aparelho neuromuscular (VERKHOSHANSKI, 1998). O treinamento consiste em aprimorar a capacidade de realizar a reversão da fase excêntrica para a fase concêntrica o mais rápido possível, possibilitando que os músculos aproveitem o potencial de tensão elástica da fase excêntrica e a somem à energia cinética da ação concêntrica, resultando em um aumento da capacidade de gerar força total. Em outras palavras, esse trabalho é caracterizado pelo estiramento rápido dos músculos colocados previamente em tensão, que desenvolvem um esforço potente e explosivo nesse momento. Existem várias formas de treinamento pliométrico, e o simples fato de saltar barreiras ou mesmo pular cordas pode ser considerado como pliometria.

Numa análise biomecânica, é de realçar que os exercícios pliométricos são aqueles que maior carga mecânica impõe aos ossos e articulações. Somando um treino exclusivamente pliométrico ao treino táctico-técnico (no qual às ações pliométricas estarão, necessariamente, contidas), obteremos um volume de carga demasiado elevado, com conseqüências a curto ou longo prazo, nomeadamente nas designadas fraturas de fadiga ou de estresse. Por isso, é mais importante treinar a força recorrendo a outros meios que não os específicos da respectiva modalidade desportiva. Isto, obviamente, não dispensa os métodos pliométricos, apenas os relativiza. (SALE E MACDOAGALL, 1981).

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2.4 CARACTERÍSTICAS DO VÔLEI DE PRAIA MASCULINO

Os conhecimentos das características de uma modalidade permitem ao Profissional de Educação Física aplicar com mais racionalidade os exercícios condicionantes (BARBANTI, 1999), coordenativos e até determinar a posição de um atleta conforme a sua característica fisiológica (BORGES, 2000).

O vôlei de praia masculino adulto é um jogo delimitado por uma rede de 2,43 m e com cada campo possuindo 8 m de largura por 8 m de comprimento. Sendo um jogo de oposição, com espaço separando e tendo participação alternada das equipes com a bola (NOCE et al., 1997). O vôlei indoor é um esporte acíclico e intermitente (KÜNSTLINGER et al., 1987), com o sistema dos fosfagênios mais atuantes nas jogadas (HESPANHOL E ARRUDA, 2000), porque nas ações acontecem a força rápida (DRISS et al., 1998) e os movimentos possuem curta duração e alta intensidade (STANGANELLI, 1992). Estas explicações já são bem conclusivas para os esportes coletivos com bola (BORIN et al., 1999; ELENO E KOKUBUN, 2002; KOKUBUN & DANIEL, 1992), não sendo nenhuma novidade as afirmações anteriores.

O contato do jogador de vôlei de praia com a bola é rápido (OUELLET, 1985), sendo permitido um toque para cada atleta com a bola (MOUTINHO, 1995) e as duplas podem dar no máximo três toques ou dois, quando a bola toca no bloqueio é considerada a primeira participação no jogo. As ações com a bola são praticadas pelos fundamentos (SILVA et al., 2003) tendo o ataque e o bloqueio como os determinantes no sucesso competitivo (EOM & SCHUTZ, 1992). Deve-se considerar também o saque como outro fator indispensável para o êxito no vôlei de praia. Para execução dos fundamentos pelo atleta, a flexibilidade (FARINATTI, 2000), a velocidade de reação (ANDRADE, 1993), a agilidade e a inteligência tática contribuem (CEI, 1991). Há a predominância nas fibras musculares do tipo II (SMITH et al., 1992) e quando o atleta está realizando os fundamentos, as ações diferem conforme a função tática e específica (IGLESIAS, 1994), ou seja, bloqueador ou defensor. Vale destacar ainda que o atleta está exposto a um exagerado estresse ao longo do jogo (NOCE & SAMULSKI, 2002), tanto mental como físico.

Com relação ao esforço físico, os diversos saltos no jogo de voleibol ocasionam aumento na massa e densidade óssea (RITTWEGER et al., 2000), tendo

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o salto vertical ou oblíquo e os deslocamentos defensivos com defesa como as maiores intensidades (OLIVEIRA,1997), porque ocasiona maior liberação de íons hidrogênio (H+) decorrente do ácido láctico (AL) (KOKUBUN, 1999). Mas como o vôlei de praia é uma modalidade intervalada (MARQUES JUNIOR, 2002), a liberação dos H+ não interfere na performance do competidor (NUNES et al., 2000).

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2 MÉTODOS

3.1 TIPO DE PESQUISA

O estudo é classificado como uma pesquisa descritiva observacional do tipo transversal. Por meio da pesquisa observacional foram obtidos dados qualitativos e quantitativos sobre as pessoas e as situações na modalidade vôlei de praia (THOMAS & NELSON, 2002).

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

3.2.1 População

Foi constituída pelos atletas de vôlei de praia do naipe masculino, que conseguiram chegar às fases semifinal e final de duas etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia 2011.

3.2.2 Amostra

Foi composta pelos oito atletas que disputaram as partidas das fases semifinal e final de duas etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia. A metodologia de seleção da amostra caracterizará como observacional, por não haver intervenção; descritiva, por indicar resultados de avaliações; e transversal, por obter os resultados, no momento da coleta dos dados, do tipo grupo único (THOMAS & NELSON, 2002).

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3.2.3 Processo de seleção de amostra

A amostragem foi do tipo não probabilística por conveniência (ou acidental), pois foi formada por aqueles casos ou elementos que foram aparecendo e que foram possíveis de se obter até que amostra atingisse um determinado tamanho. No caso específico deste estudo, a amostra foi composta pelas duplas que, em função da disputa das etapas do Circuito Banco do Brasil, conseguiram chegar às fases semifinais e finais.

3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA

Foi utilizada para coleta de dados uma planilha de observação específica (ANEXO 1) que permitiu a classificação dos diferentes tipos de saltos segundo a função do atleta em quadra. Para as filmagens, foi utilizada uma câmera de vídeo, modelo Sony DCR-SR47, instalada estrategicamente fixada em um tripé, no fundo da quadra, para permitir a visualização das duas duplas em quadra.

3. 4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

Após a submissão do projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e a obtenção de um parecer positivo para realização do estudo, foi encaminhado à CBV o Termo de Declaração de Ciência e Concordância (TDCC) juntamente aos modelos do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e do Termo de Consentimento para Fotografias, Vídeos e Gravações (TCFVG), utilizados na investigação.

Foram filmados os jogos das fases semifinal e final de duas etapas do Circuito Banco do Brasil de Vôlei de Praia masculino de 2011. Dentre eles foram analisados oito jogos com disputa máxima de 3 sets. Os jogadores foram analisados separadamente em sua função de bloqueio e de defesa.

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3. 5 ANÁLISE DE DADOS

Os resultados foram transcritos em planilhas de observação especificas. Os saltos verticais foram divididos em: saltos para ataque (SA) saltos para bloqueio (SBL), saltos para saque em suspensão (SSS) e saltos para saque viagem (SSV). Esta divisão foi estruturada para que se conhecesse as características dos vários tipos de saltos que foram realizados nos jogos.

A análise foi feita após a tabulação dos dados em uma planilha especificamente criada no programa Excel® versão 2007 do sistema operacional Microsoft Windows versão 7 para este fim. Os resultados foram tratados utilizando-se de recursos da estatística descritiva: média, desvio padrão, freqüências absolutas e relativas. Os resultados foram expostos em gráficos e tabelas, seguindo padronização sugerida na literatura.

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4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para apresentação e discussão dos resultados, optou-se pela divisão dos conteúdos abordados no trabalho, sendo assim detalhados: número de saltos por jogo e número de saltos por fase do torneio, sempre considerando o tipo de salto executado (saque – viagem e em suspensão, bloqueio e ataque) e o número de saltos por posição de jogo.

4.1. SALTOS TOTAIS

Quanto à quantidade total de saltos, observou-se que, durante as semifinais e finais dos jogos analisados, os atletas saltaram um total de 1.476 vezes, correspondente aos jogos das semifinais e finais de duas etapas do circuito brasileiro. Sendo assim, o valor médio de saltos por jogo relativos a cada dupla foi de 246 saltos (aproximadamente 146 bloqueador e 100 defensor).

Nos mesmos jogos foi feita análise sobre o número de saltos por função, esta demonstrou que o jogador de defesa executou 604 saltos (41%) enquanto jogador bloqueador executou 872 saltos (59%), ou seja os jogadores bloqueadores executou 268 saltos (38,6%) a mais que o jogadores defensores (Gráfico 1).

Gráfico 1: Saltos gerais realizados pelos defensores e bloqueadores Fonte: Elaboração dos autores, 2011.

De posse desses dados, os treinadores podem adequar portanto, a quantidade de saltos nos treinos de forma a tornar mais compatível em relação à

604 872 0 100 200 300 400 500 600 700 800

defesa BLOQUEADORES bloqueio

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quantidade de saltos durante o período de competições de acordo com a função executada.

Quando feita a análise por tipo de salto, considerando a função em quadra, pode-se verificar que o salto para bloqueio foi o mais prevalente, sendo executado principalmente pelo jogador bloqueador. Isso se deu porque o bloqueador é o especialista nesta função e na maioria das jogadas fica responsável por este fundamento e raramente o defensor executa este fundamento, só acontecendo em situações de jogo quando já se encontra na rede e não dá tempo do bloqueador chegar à rede e fazer o bloqueio, ou em função do desgaste físico.

Para Marques Junior (2003) esta tarefa do bloqueador é de grande esforço porque quando está envolvendo salto e corrida a intensidade da atividade é uma das mais altas. Para o fundamento de saque, os defensores preferiram o saque viagem (n=187) que é um saque mais agressivo e de grande dificuldade de recepção dos adversários e os bloqueadores já preferem o saque em suspensão (n=118) que é um saque mais tático e de pouco esforço e requer dos adversários um domínio melhor na recepção. (Gráfico 2).

Gráfico 2: Saltos por fundamentos realizados pelos defensores e bloqueadores Fonte: Elaboração dos autores, 2011.

350 6 60 187 235 428 118 91 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450

PARA ATAQUE PARA BLOQUEIO SAQUE EM

SUSPENSAO

SAQUE VIAGEM

(25)

4.2. TIPOS DE SALTO POR FASE DO TORNEIO

Nessa etapa optou-se por dividir os resultados em fase semifinais e finais. Semifinais

Quanto à quantidade total de saltos, observou-se que, durante as semifinais, os atletas saltaram um total de 899 vezes, correspondente aos jogos das semifinais de duas etapas do circuito brasileiro. Sendo assim, o valor médio de saltos por jogo relativos a cada dupla foi de 224,7 saltos (Gráfico 3).

Gráfico 3: Saltos gerais realizados pelos defensores e bloqueadores nas semifinais Fonte: Elaboração dos autores, 2011.

Nos mesmos jogos foi analisado o número de saltos por função onde se observou que os jogadores de defesa executaram 376 saltos, 41,8% do total saltado pela dupla, enquanto os jogadores bloqueadores executaram 523 saltos (58,2%), ou seja, os jogadores bloqueadores executaram 147 saltos a mais que os jogadores defensores, o que representaria 16,4% a mais que os mesmos.

376 523 0 100 200 300 400 500 600 defensor bloqueador DEFENSORES BLOQUEADORES

(26)

No gráfico 4 pode-se observar que o salto para ataque de todos os jogos das semifinais foi o mais executado dentre todos os outros fundamentos (n=353), tendo o salto para o bloqueio como o segundo mais executado (n=264).

Gráfico 4: Saltos realizados pelos defensores e bloqueadores nas semifinais Fonte: Elaboração dos autores, 2011.

No gráfico 4 observa-se que os saltos de ataque realizados pelos defensores apresentaram diferença em relação aos bloqueadores, isso se deu devido ao fato que a maioria das equipes adversárias preferiram sacar nos atletas de defesa, geralmente por possuírem menor estatura e conseqüentemente sofrerem maior desgaste no momento dos saltos e nas defesas para os contra-ataques. Por qualidade técnica do defensor ou por opção tática, algumas duplas preferiram sacar nos atletas de bloqueio que também tiveram um grande desgaste no decorrer da partida por serem os que mais saltaram.

Analisando o gráfico 4 pode-se observar que, nos saltos de bloqueio, entre os defensores e bloqueadores, há uma grande diferença entre eles, os bloqueadores saltaram mais vezes, pois este fundamento não é muito designado ao defensor, sendo efetuado somente quando este se encontra na rede.

No fundamento saque, os atletas de bloqueio preferiram o saque em suspensão já que neste tipo de saque o atleta chega à rede mais rápido e o esforço para esse tipo de salto é de menor intensidade.

O saque viagem foi o mais executado pelos atletas de defesa, porque o mesmo não tem a responsabilidade de um deslocamento até a rede para execução

220 4 42 110 133 260 79 51 0 50 100 150 200 250 300

PARA ATAQUE PARA BLOQUEIO SAQUE EM

SUSPENSAO

SAQUE VIAGEM

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do bloqueio, conseqüentemente seu saque pode ser mais forte com a tentativa de aumentar a chance de ponto ou dificultar a recepção adversária, mesmo considerando que este tipo de saque é mais exigente fisicamente. Nos jogos analisado das semifinais, um jogo foi de 2 sets a 1 e três jogos de 2 sets a 0. Os defensores saltaram uma media de 47 saltos por partida e os bloqueadores de 65 saltos nos jogos das semifinais.

Finais

Quanto à quantidade total de saltos, durantes as partidas finais de duas etapas do circuito brasileiro, os atletas saltaram um total de 577 vezes. Sendo assim, o valor médio de saltos por jogo relativos a cada dupla foi de 288,5 saltos. (Gráfico 5).

Gráfico 5: Saltos gerais realizados pelos defensores e bloqueadores nas finais Fonte: Elaboração dos autores, 2011.

Nos jogos das finais foi analisado o número de saltos por função onde se observou que o jogador de defesa executou 228 saltos (39,5%) enquanto jogador bloqueador executou 349 saltos (60,5%), ou seja, o jogador bloqueador executou 121 saltos, (21,0%) a mais que o jogador defensor.

228 349 0 50 100 150 200 250 300 350 400

defensor BLOQUEADOR bloqueador

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Gráfico 6: Saltos gerais realizados pelos defensores e bloqueadores nas finais Fonte: Elaboração dos autores, 2011.

Observou-se que o salto para o ataque de todos os jogos das finais foi maior que todos os outros fundamentos (n=232), tendo também o salto para o bloqueio como o segundo mais executado (n=171).

Conforme o gráfico 6, observou-se que há uma superioridade no número de saltos de ataque e contra ataques realizados pelos defensores (56,0%) em relação aos bloqueadores (44,0%). A possível explicação para este achado se deve ao fato que a maioria das equipes adversárias preferiram sacar nos atletas de defesa, porque em geral os defensores apresentaram menor estatura, e devido a isso sofreram maior desgaste na execução dos saltos.

Por qualidade técnica do defensor, por opção ou esquema tático, algumas duplas preferiram sacar nos atletas de bloqueio que também tiveram um grande desgaste no decorrer da partida por serem os que mais saltaram.

Conforme o gráfico 6 observou-se também que o percentual de saltos de bloqueio realizados pelos bloqueadores (98,2%) apresentou uma grande diferença em relação aos defensores (1,8%), isso se dá porque os bloqueadores são os especialistas neste fundamento, e os defensores não são designados realizar está função durante o jogo, somente quando este se encontra na rede ou quando bloqueador se sentir cansado.

Para Marques Junior (2003) esta tarefa do bloqueador é de grande esforço porque quando está envolvido salto e corrida a intensidade da atividade é uma das mais altas. 130 3 18 77 102 168 39 40 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

PARA ATAQUE PARA BLOQUEIO SAQUE EM

SUSPENSAO

SAQUE VIAGEM

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Nos jogos finais, 83,0% dos atletas de bloqueio preferiram o saque em suspensão contra 17,0% dos defensores. Neste tipo de saque, os bloqueadores chegaram à rede mais rápido e o esforço é de menor intensidade. Esse número de saques suspensão concordou com o estudo conduzido por Resende e Soares (2003), segundo os autores que esse número de saques em suspensão foi de acordo com a literatura, cada atleta costuma fazer 23 serviços.

O saque viagem foi o mais executado pelos os atletas de defesa (65,8%) em relação aos atletas bloqueadores (34,2%). Os defensores preferiram este tipo de saque, porque tem alta chance de pontuar ou dificultar a recepção, embora seja de maior intensidade. Nos jogos analisado das finais, um jogo com 2 sets a 1 e o outro de 2 sets a 0. Os defensores saltaram uma media de 57 saltos por partida e os bloqueadores de 87 saltos nos jogos das finais.

Esse conjunto de dados permite ao técnico dar maior atenção a certos

fundamentos durante a elaboração do treino técnico e/ou o treino situacional. Portanto, sabendo a diferença da média dos fundamentos praticados por função o

técnico pode prescrever uma sessão de treinamento conforme as exigências das posições, ou seja, uma sessão individualizada para cada atleta.

(30)

5 CONCLUSÃO

O salto vertical é uma ação determinante no jogo de vôlei de praia, já que todos os fundamentos ofensivos o utilizam. Segundo Iglesias (1994), 66% das tarefas do voleibol são constituídas pelos saltos. Portanto, é necessário trabalhá-lo no limite do melhor desempenho. Entretanto, mediante o acompanhamento da equipe, pode-se afirmar que a linha divisória entre o melhor desempenho do overtrainning é tênue.

Considerando a análise feita a partir da observação de jogos de duas etapas do circuito brasileiro de vôlei de praia em 2011, mais precisamente as semifinais e finais, foram quantificados os números de saltos (saque viagem e em suspensão, bloqueio e ataque) por jogo e número de saltos por fase do torneio, tanto de defensores quanto de bloqueadores.

Pode-se concluir que em valores absolutos, os jogadores bloqueadores foram os que mais saltaram durante o jogo.

Em relação à quantidade das ações técnicas executadas pelos defensores e bloqueadores, levando em conta a especialidade de cada atleta notou-se que, o bloqueio foi executado mais vezes pelos bloqueadores. O fundamento de ataque teve domínio de execução pelos defensores. O saque em suspensão teve predominância de execução pelos bloqueadores e o saque viagem, pelos defensores.

Tendo em vista os dados verificados nessa pesquisa e com as limitações desse estudo, torna-se possível associar os resultados aos treinamentos gerais e específicos a serem realizados, sugerindo que o bloqueador nas sessões de treino de bloqueio realize 90,0% a mais de saltos que os defensores e, nos demais fundamentos, a mesma quantidade, dando um pouco mais atenção às suas especialidades.

Nos jogos analisado das semifinais, um jogo foi de 2 sets a 1 e três jogos de 2 sets a 0. Os defensores saltaram uma media de 47 saltos por partida e os bloqueadores de 65 saltos nos jogos das semifinais.

Nos jogos analisado das semifinais, um jogo foi de 2 sets a 1 e três jogos de 2 sets a 0. Os defensores saltaram uma media de 47 saltos por partida e os bloqueadores de 65 saltos nos jogos das semifinais.

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O desempenho dos atletas em qualquer nível requer uma maior atenção com relação aos tipos de treinamentos propostos pelo técnico a fim de evitar desgastes e estresses físicos indesejados. Com base nessa pesquisa poderá haver um aprimoramento nos treinamentos dentro do vôlei de praia, bem como vincular as futuras pesquisas os mesmos parâmetros dentro da mesma classificação. Sugere-se que outros trabalhos sejam desenvolvidos para que haja um confronto de dados e complemento de estudos, auxiliando a literatura.

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ANEXO 1

Planilha específica para quantificação dos saltos verticais Segunda semi final

Jogo: __________________ X __________________ Fase: ( ) semi final ( ) final

Etapa: __________________________ Placar final: __________________________

DUPLA:

TIPO DE SALTO DEFESA BLOQUEIO

saltos para ataque saltos para bloqueio

saltos para saque em suspensão saltos para saque viagem

DUPLA:

TIPO DE SALTO DEFESA BLOQUEIO

saltos para ataque saltos para bloqueio

saltos para saque em suspensão saltos para saque viagem

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