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A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE DE FISCAL DE PÁTIO NOS AEROPORTOS BRASILEIROS

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA BRUNA QUELE DE ARAÚJO

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE DE FISCAL DE PÁTIO NOS

AEROPORTOS BRASILEIROS

PALHOÇA 2020

(2)

BRUNA QUELE DE ARAUJO

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE DE FISCAL DE PÁTIO

NOS AEROPORTOS BRASILEIROS

Monografia apresentada ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Orientação: Prof. Cleo Marcus Garcia, MSc.

PALHOÇA 2020

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BRUNA QUELE DE ARAUJO

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE DE FISCAL DE PÁTIO

NOS AEROPORTOS BRASILEIROS

Monografia apresentada ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Palhoça, 23 de novembro de 2020

________________________________

Orientação: Prof. Cleo Marcus Garcia, MSc.

________________________________

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Dedico este trabalho primeiramente à Deus e minha família que estão sempre ao meu lado e me apoiaram no decorrer de todo curso.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiro a Deus por ter me mantido na trilha certa durante este trabalho com saúde e forças para chegar até o final. Sou grata à minha mãe por ser a base da minha vida e por todo incentivo, ao meu padrasto, minha irmã e minha avó, por estarem presente e pelo apoio que sempre me deram, durante toda a minha vida. Deixo um agradecimento especial ao meu orientador Cleo Marcus Garcia pelo incentivo e pela dedicação do seu tempo a minha monografia. Também quero agradecer à Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e a todos os professores do meu curso pela elevada qualidade do ensino oferecido.

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“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.”

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo geral compreender a importância da atividade de fiscal de pátio nos aeroportos Brasileiros as habilidades, experiências, áreas de conhecimento pleno. Assegurar que o fiscal de pátio está como a linha de frente para que as operações ocorram com total segurança. Caracteriza-se como uma pesquisa explicativa com procedimento bibliográfico e documental por meio de artigos, manuais, regulamentos e leis específicas. A abordagem utilizada foi qualitativa, pois há um entendimento geral de pessoas, de organizações como um todo. O processo de análise foi realizado a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Identificar os fatores importantes e habilidades dessa função que podem ser destacados, através de cursos de aperfeiçoamento na área de operações que acrescenta um conhecimento e estudo a mais para a carreira e para a segurança de todos, bem como analisar o aprendizado. Ao término do trabalho, entende-se que o fiscal de pátio é de suma importância para contribuir com a segurança na área operacional de um aeroporto e deve ser considerado uma das funções mais importantes dentro do aeroporto.

Palavras-chave: Fiscal de pátio. Segurança operacional. Operações. Inspeções de patio e pista. FOD (Foreign object damage).

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ABSTRACT

The general objective of this work is to understand the importance of the activity of courtyard inspectors in Brazilian airports, the skills, experiences, areas of full knowledge. To ensure that the yard inspector is the front line for operations to occur with total safety. It is characterized as an explanatory research with bibliographic and documentary procedures through articles, manuals, regulations and specific laws. The approach used was qualitative, because there is a general understanding of people, of organizations as a whole. The analysis process was carried out from a survey of theoretical references already analyzed, and published by written and electronic means, such as books, scientific articles, web pages. Identify the important factors and skills of this function that can be highlighted, through improvement courses in the area of operations that adds an extra knowledge and study for the career and safety of all, as well as analyze the learning. At the end of the work, it is understood that the yard supervisor is of utmost importance to contribute to safety in the operational area of an airport and should be considered one of the most important functions within the airport.

Keywords: Yard inspector. Operational safety. Operations. Yard and runway inspections. FOD (Foreign object damage) .

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Fiscal de pátio em treinamento acompanhado no Aeroporto de

Caxias do Sul... 17

Figura 2 - Vias de serviço do Aeroporto de Jacarepaguá... 18

Figura 3 – Lado AR ... 19

Figura 4- Área de manobra... 20

Figura 5 - Pista do Aeroporto de Cacoal com auxílio a navegação... 21

Figura 6 - Partes que formam a área da pista e seus parâmetros de segurança... 21

Figura 7 - Equipe de handling em operação no aeroporto de Guarulhos... 22

Figura 8 - Fiscal de pátio em coordenação via rádio... 24

Figura 9 - Veículo utilizado para realizar inspeções de pátio e pista... 27

Figura 10 - Fiscal de pátio em atividade de parqueamento de aeronave... 29

Figura 11 - Demonstração de alguns dos sinais utilizados no parqueamento de aeronaves... 30

Figura 12 – F.O.D………... 31

Figura 13 – Lixeira para F.O.D... 33

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LISTA DE ABREVIATURAS

IS – Instrução Suplementar Nº. – Número

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LISTA DE SIGLAS

ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. AVSEC – Aviation Security.

CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito.

DARH - Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Humanos. DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo .

DOGP- Superintendência de Gestão Operacional. F.O.D – Foreing Object Damage.

GSE - Ground Support Equipment. LADO AR - Área Restrita.

NOTAM – Notice to Airmen.

RBAC – Regulamento da Aviação Civil. SAC – Secretaria de Aviação Civil.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 11 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA... 12 1.2 OBJETIVOS... 12 1.2.1 Objetivo geral... 12 1.2.2 Objetivos específicos... 12 1.3 JUSTIFICATIVA... 12 1.4 METODOLOGIA... 13

1.4.1 Natureza e tipo da pesquisa... 13 1.4.2 Materiais e métodos... 14

1.4.3. Procedimento de coleta de dados... 14

1.4.4 Procedimento de análise dos dados... 14

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO... 14

2 REFERENCIAL TEÓRICO... 16

2.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE FISCAL DE PÁTIO... 16

2.2 ATRIBUIÇÕES DO FISCAL DE PÁTIO... 23

2.3 ATIVIDADES DO FISCAL DO PATIOPARA GARANTIAS DA SEGURANÇA OPERACONAL EM UM AEROPORTO... 28

3 CONCLUSÃO... 37

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1 INTRODUÇÃO

Quem nessas viagens idas e vindas pelos aeroportos brasileiros não foi abordado e orientado a desligar o celular ou a caminhar somente pela via de pedestres durante o trajeto pelos pátios até a aeronave? Então, talvez você não seja o único, pois provavelmente você foi indagado por uma pessoa que zela bastante pela sua segurança quanto pela segurança do transporte aéreo. Isso é apenas uma das diversas atribuições que tem esse excelente profissional que se chama fiscal de pátio.

Já tens observado aquele cidadão com colete refletivo balizando as aeronaves para o estacionamento? Pois é, trata-se do fiscal de pátio. O que muitos pensam é que ele é apenas um simples sinalizador, o balizador das aeronaves para os slots de estacionamento, esse não é o caso. Longe disso. O trabalho desse profissional é amplo e de suma importância para a segurança das operações de aeronaves e passageiros nos aeroportos, bem como para toda aviação civil.

Enaltecer a função do fiscal de pátio, visto que ele este cargo é fundamental nas operações aeroportuárias. Ironicamente chamado de “flanelinha de avião” esse dedicado profissional representa mais um elo de segurança para aviação brasileira, sendo um elemento protagonista na fiscalização coordenação e segurança das operações aeroportuárias.

Vale lembrar que ele é o homem da linha de frente, sendo o primeiro a atender os clientes nas áreas restritas de segurança de operações. É a pessoa que presta serviços aos aeronautas, passageiros, comandantes e aos trabalhadores de rampa das empresas auxiliares de transporte aéreo.

Para que fixe melhor o entendimento, o trabalho do fiscal de pátio é importante enfatizar o crescimento vertiginoso do transporte aéreo brasileiro. A quantidade de aeronaves cresceu, mais e mais clientes tem viajado de avião, muitos dos quais pela primeira vez. Voar deixou de ser sinônimo de status, e para uma minoria bem sucedida. Deixou de ser algo elitista para torna-se um transporte acessível a todas as classes sociais.

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1.1 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a importância da atividade dos fiscais de pátio nos aeroportos brasileiros?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Identificar a importância do fiscal de pátio no exercício da função, os requisitos para exercer o cargo, suas atribuições e o motivo de alguns aeroportos brasileiros ainda ter ausência deste profissional na área operacional.

1.2.2 Objetivos específicos

- Identificar as Competências e Habilidades Necessárias para o exercício da atividade de Fiscal de pátio;

- Identificar as atribuições do Fiscal de Pátio;

- Apresentar as atividades do fiscal de pátio para garantias da segurança operacional em um aeroporto.

1.3 JUSTIFICATIVA

O motivo da escolha desse tema foi a parti da observação e da importância da atuação do fiscal de pátio nos aeroportos brasileiros, um profissional que desempenha bem seu papel e que por muitas vezes não é lembrado, quando se refere a segurança das operações e de voo.

Ele busca a cada dia aprimorar seu trabalho com muita concentração e responsabilidade, esses são requisitos chaves para essa função. Segurança sempre em primeiro lugar.

O fiscal de pátio está cada vez mais responsável pela segurança de cada voo, desde o recolhimento de um F.O até o marshalling de uma aeronave, esse

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profissional tem uma grande responsabilidade em virtude.

Ele mantém a pista de pouso e decolagem livre de obstáculos que comprometam a segurança das operações de pouso e decolagem.

Deixa a área operacional livre de animais que constituam perigo às operações aéreas e aeroportuárias.

Faz constantes treinamentos para que o nível de profissionalismo continue com bons indicies de segurança operacional. É importante ouvir o que cada profissional tem a transmitir a respeito de sua função, quais pontos precisam ser revisados, o saber ouvir os funcionários tem ajudado bastante no desenvolvimento das equipes.

São pontos importantes como esses acima citados que será abordado no decorrer do trabalho aqui apresentado.

A base de informações dessa justificativa baseia-se no regulamento brasileiro de aviação civil (RBAC 156 EMENDA 00) e conhecimentos adquiridos na graduação de Ciências Aeronáuticas da UNISUL.

1.4 METODOLOGIA

1.4.1 Natureza e tipo da pesquisa

Trata-se de um trabalho explicativo, com material bibliográfico e documental, a abordagem será qualitativa, pois há um entendimento geral de profissionais, de organizações como um todo.

Este tipo de trabalho preocupou-se em analisar as competências e atribuições do fiscal de pátio, ou seja, explica sobre atividade e importância deste profissional para segurança operacional. Ele é responsável por autorizar embarque e desembarque de cargas, bagagens e passageiros; e coordenar o abastecimento dos aviões.

O processo de pesquisa bibliográfica será realizado a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.

A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em

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números. A interpretação dos fenômenos e atribuição de significados são básicos no processo qualitativo. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. O processo e seu significado são focos principais de abordagem. (SILVA e MENEZES, 2000, p.20).

1.4.2 Materiais e métodos

Como o objetivo desta pesquisa é identificar a importância do fiscal de pátio no exercício da função, os requisitos para exercer o cargo. Toda informação contida aqui foi retirada de meios como, manuais, livros, sites de internet e artigos.

1.4.3. Procedimento de coleta de dados

O procedimento de coleta de dados usado para esta pesquisa, conforme descrito anteriormente, tem como base a pesquisa bibliográfica e documental.

1.4.4 Procedimento de análise dos dados

O procedimento qualitativo foi o escolhido para esta pesquisa. O objetivo da amostra é de produzir informações aprofundadas e ilustrativas: seja pequena ou grande, o que importa é que ela seja capaz de produzir novas informações (DESLAURIERS, 1911, p. 58).

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

A elaboração do trabalho foi preparada baseada na seguinte estrutura: O capitulo 2.1, será apresentado competências e habilidades necessárias para o exercício da atividade de fiscal de pátio. Definições de vias e áreas de conhecimento desse profissional. No capítulo 2.2, Será apresentada as atribuições do fiscal de patio. Como proceder em cada ocorrência que venha acontecer. No capítulo 2.3 Atividades do fiscal de pátio para garantia da segurança operacional em um aeroporto. Quais os procedimentos necessários esse profissional desse seguir para garantir uma operação segura. No capitulo 3 e 4 é apresentada a conclusão e as

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disposições finais. Uma vez completado o cronograma acima, será informado as referências concluindo assim a pesquisa

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2 REFERENCIAL TEORICO

2.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE FISCAL DE PÁTIO.

A palavra habilidade pode ser conceituada como a medida de competência que uma pessoa, no caso o fiscal de pátio deve possuir para solucionar um problema relacionado sua área de atuação. Podemos definir as competências como a mobilização de conhecimentos e aprendizados para solucionar um problema.

O fiscal de pátio deve ter um amplo conhecimento de todas suas áreas de atuação, para ajudar na sua atividade de operações e segurança aeroportuária, pois diariamente é realizada de forma obrigatória as inspeções nessas áreas em horários ajustados de acordo com a movimentação de cada aeroporto. Ele é responsável por deixar todas essas áreas livres de obstáculos ou algo que venha comprometer a segurança operacional.

Segundo o site Campo Grande News (2012). Com o aumento da quantidade de aeronaves, do número de pessoas que utilizam os aeroportos e das operações aeroportuárias, seria natural o incremento de atividades que visassem manter os elevados padrões de segurança. Sendo assim, o nível de competência para o fiscal de pátio, bem como a sua adequação às novas demandas acresceram no mesmo ímpeto do desenvolvimento aéreo.

Tendo em vista a complexidade dessa atividade pergunta-se: como preparar e capacitar esse profissional? Importante salientar que a formação de um bom fiscal de pátio não se faz da noite para o dia são necessários muitos estudos, constantes atualizações e anos de experiência. Mas basicamente começa com a frequência no Curso de Formação de Fiscais de Pátio um curso de aproximadamente duas semanas e 160 horas de aula, promovido e ministrado pela Secretaria de Aviação Civil. O mesmo consiste no estudo das normatizações gerais da aviação civil, além de várias outras matérias direcionadas aos procedimentos da empresa, inclusive acessibilidade, código de ética e relacionamento interpessoal.

Ao término do curso o formando passará por uma prova final ministrada pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Se aprovado, o futuro fiscal será

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encaminhado para a parte prática. Deverá exercer atividades no pátio, devidamente acompanhado por um profissional experiente.

A Superintendência de Gestão Operacional (DOGP), em coordenação com a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Humanos (DARH), implementará um programa de “Estudo Sistematizado das Normas Operacionais”, o qual será aplicado pela Superintendência de cada aeroporto, como complementação ao treinamento de “Atualização”. (INFRAERO,2009, p. 27).

Figura 1 - Fiscal de pátio em treinamento acompanhado durante parqueamento de uma aeronave no Aeroporto de Caxias do Sul.

Fonte: JORNAL PONTO INICIAL (2018).

Para isso, o fiscal de pátio é orientado a manter-se atualizado com as normas, portarias e resoluções dos órgãos controladores da aviação. Qualquer adendo ou emenda adicionais ou mesmo a revogação de normas, podem de alguma forma impactar as suas atividades. Segundo SAMANIEGO (2012):

Vale lembrar que operação aeroportuária é o conjunto de práticas gerenciais que visam a eficiente operação do aeroporto, dentro dos requisitos de controle, segurança, conforto e rapidez. Portanto, por ser o trabalhador da linha de frente dos aeroportos brasileiros, o fiscal de pátio é o elemento principal de todas as atividades operacionais. Sua boa atuação

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reflete diretamente no nível de segurança da aviação civil e do transporte aéreo.

Só a presença ostensiva desse profissional dos pátios dos aeroportos brasileiros já favorece a segurança. A sua atuação impede que os operadores de equipamentos de rampa tomem atitudes que possam representar algum risco à integridade das aeronaves, bem como a dos passageiros.

Você já deve ter observado a quantidade de pessoas que trabalham nos pátios dos grandes aeroportos desse país. Já observou também a quantidade de equipamentos e veículos utilizados para o atendimento de aeronaves? Então, é o fiscal de pátio quem coordena e fiscaliza toda essa movimentação de pessoas e equipamentos. É ele quem cuida e zela para que todas as operações de embarque e desembarque de pessoas e cargas transcorram na mais absoluta tranquilidade e segurança.

Vias de serviços são as áreas internas do Aeroporto, destinadas ao estacionamento de veículos, devem ser claramente demarcadas e adequadamente sinalizadas. A sinalização utilizada deve ser padronizada pela Superintendência de Engenharia, observadas, no que couber, as disposições normativas vigentes, inclusive do CONTRAN (INFRAERO,2009, p. 8).

Como exemplo as vias de serviço na figura 2.

Figura 2 - Vias de serviço áreas internas do Aeroporto de Jacarepaguá

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Área de inspeção - é toda a área sob a jurisdição da INFRAERO ou administração do aeroporto, onde existam condições ou equipamentos essenciais às operações de pouso, decolagem e taxiamento de aeronaves, cuja vulnerabilidade ou susceptibilidade de falha requer um acompanhamento constante do seu estado de funcionamento, para garantir a segurança das operações aéreas (INFRAERO,2009, p. 5).

Segundo as normas da INFRAERO (2009) o lado ar é região do aeroporto destinada a permanência ou trânsito de aeronaves, composta pelos pátios, pistas de pouso/decolagem e de táxi, além das áreas de segurança com estas relacionadas.

Como exemplo do Lado Ar na Figura 3:

Figura 3 – Lado AR

Fonte: EVENTO AÉREO (2014).

A área de manobras é a parte do aeródromo destinada ao pouso, decolagem e taxiamento de aeronaves, excluídos os pátios, segundo nos traz as normas da INFRAERO (2009).

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Figura 4- Área de manobras.

Fonte: ANAC (2019)

Segundo as normas da INFRAERO (2009) a área de movimento parte do aeródromo, pavimentada ou não, destinada ao pouso, decolagem, taxiamento e estacionamento de aeronaves, composta pelas áreas de manobras e pátios, inclusive seus acostamentos;

O auxílio a navegação é todo equipamento, conjunto de equipamento ou dispositivo que transmite algum tipo de informação necessária à navegação aérea, com a finalidade de orientar, sinalizar e facilitar as operações de pouso, decolagem, rolamento e estacionamento de aeronaves; PAPI que é um auxílio visual que fornece informações de orientação para ajudar um piloto a adquirir e manter a aproximação correta (INFRAERO,2009, p. 5).

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Figura 5 - Pista do Aeroporto de Cacoal com auxílio a navegação

Fonte: RONDÕNIA.GOV (2019)

A clearway (zona livre de obstáculos) é área retangular sobre o solo ou a água, sob controle de autoridade competente, selecionada ou preparada como área disponível sobre a qual uma aeronave possa efetuar parte de sua subida inicial, até uma altura especificada (INFRAERO,2009, p. 5).

Stopway (zona de parada) é área retangular definida no terreno situado

no prolongamento do eixo da pista, no sentido da decolagem, destinada e preparada como zona adequada à parada de aeronaves, em caso de decolagem interrompida; Como exemplo de um desses parâmetros na figura 6 mostra onde se localiza cada parte (INFRAERO,2009, p. 8).

Figura 6 - Partes que formam a área da pista e seus parâmetros de segurança.

Fonte: HANGAR 33 (2017).

Os equipamentos de apoio no solo (gse - ground support equipment) - são os veículos e equipamentos das Empresas Aéreas e ESATAs destinados à execução dos mais variados serviços e atividades de apoio às aeronaves no solo, relacionadas com as atividades operacionais nas áreas internas dos aeroportos; (INFRAERO,2009, p. 6).

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Como exemplo de handling veja na figura 7:

Figura 7 - Equipe de handling em operação no aeroporto de Guarulhos

Fonte: AEROFLAP (2019)

A faixa da pista de taxi é a área, incluindo a pista de táxi, com a função de proteger as aeronaves durante o táxi, reduzindo o risco de danos, em caso de saída acidental da pista de táxi. (INFRAERO,2009, p. 6).

Segundo as normas da INFRAERO (2009) Operações aeroportuária é o conjunto de práticas gerenciais que visam à eficiente operação do aeroporto, dentro dos requisitos de Controle/Segurança e Conforto/Rapidez;

Mas vamos então analisar as atividades do fiscal de pátio. São muitas, mas iremos salientar algumas: controlar e fiscalizar o tráfego e estacionamento de aeronaves, veículos e equipamentos nos Pátios; Fiscalizar as operações de abastecimentos e retiradas de resíduos; executar “Marshalling” (Sinalização de aeronaves), “Follow-Me” (Siga-me) e operação de pontes; realizar a inspeção nas viaturas e equipamentos que transitam no Pátio de Manobras; controlar o movimento de voos não regulares e imprevistos, alocando posições para os mesmos, a fim de evitar a superlotação de aeronaves no Pátio; e por fim e talvez a mais importante, a de inspecionar a segurança dos pátios e pistas de pouso e decolagem. Os fiscais fazem no mínimo quatro inspeções diárias. Também são realizadas inspeções

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eventuais conforme a necessidade, inspeções semanais, especiais e as de zona de proteção de aeródromo.

Você pode estar se perguntando: mas é muita atividade, não é mesmo? Pois é. E essas são apenas algumas atribuições desse profissional. Elas são abrangentes e amplas porque derivam da extensa normatização aeronáutica internacional. Essa normatização é presidida pela OACI – Organização Internacional da Aviação Civil – na qual o Brasil é signatário.

São dezenove anexos dessa organização, sendo que o Brasil e seus órgãos internos como ANAC e DECEA se propõem a seguir suas recomendações visando o desenvolvimento seguro e eficiente do transporte aéreo. Portanto, podemos afirmar que a atividade do fiscal de pátio é uma das mais normatizadas do mundo, senão a mais, haja vista, a amplitude internacional da aviação civil e militar.

2.2 ATRIBUIÇÕES DO FISCAL DE PÁTIO

Quando ocorrer derramamento de combustível, óleo, graxa ou outro material prejudicial ao pavimento ou à segurança da operação, o Fiscal de Pátio deve notificar, de imediato e formalmente, o fato ao proprietário ou ao operador da aeronave, veículo ou equipamento causador do derramamento, e exigir a limpeza do local afetado, no menor prazo possível, conforme previsto no Contrato de Concessão de Uso de Área Operacional. Caso o responsável retarde ou se recuse a tomar as devidas providências para a limpeza da área afetada, a Administração do Aeroporto deve executar a limpeza, de modo apropriado, emitindo posterior fatura correspondente ao valor do serviço à empresa responsável pelo derramamento, aplicando as penalidades previstas em cláusulas contratuais. Eventuais recursos utilizados pela Administração do Aeroporto, para a limpeza do local afetado pelo derramamento de combustível, deverão ser ressarcidos pela empresa causadora do derramamento.

Nos casos de derramamento de combustível, a Administração do Aeroporto deverá providenciar o registro do vazamento, emitir relatório, investigar as causas, bem como manter registro das medidas adotadas. relativas às condições de segurança em torno da aeronave, tendo em vista as limitações do campo visual a partir da cabine de comando da aeronave; (INFRAERO,2009, p. 23).

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atribuições. Outra atribuição é a sinalização de aeronave, segundo a Instrução Suplementar IS Nº 153-109 (ANAC, 2015) nenhuma pessoa deverá orientar uma aeronave a não ser que esteja devidamente treinada, qualificada e aprovada pelo operador do aeroporto para realizar a função de sinaleiro. Marshalling - procedimento manual de sinalização para estacionamento de uma aeronave ou sua orientação para movimentação; Inspeções periódicas na Área de Movimento; supervisão de restrições às operações, devido a obras e serviços de manutenção ou melhoria na Área de Movimento; compatibilização do tráfego de aeronaves com as disponibilidades, em coordenação com os operadores; prestação de serviços; supervisão e controle do tráfego de viaturas, equipamentos de apoio e de pessoas; coordenação com entidades externas; atuação coordenada em ocorrências de sinistro (Plano de Emergência) e/ou ato de interferência ilícita à Aviação Civil (Plano de Segurança). Em exemplo de coordenação via rádio com supervisão e serviços na figura 8.

Figura 8 - Fiscal de pátio em coordenação via rádio

Fonte: G1 (2019).

As Inspeções na Área de Movimento do aeródromo competem à Superintendência do Aeroporto que, além de adotar as providências cabíveis, deve informar à Torre de Controle (ou ao órgão de controle de tráfego aéreo) e à Superintendência Regional, qualquer alteração detectada que possa afetar a segurança das operações aéreas (INFRAERO,2009, p. 9).

Nas inspeções, a Área de Movimento do aeródromo, assim como os auxílios à navegação existentes, devem ser minuciosamente observados, visando à identificação da existência de qualquer das seguintes condições anômalas: avarias causadas por erosão; rachaduras e fissuras no pavimento: rachadura - abertura

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linear onde é possível a introdução de objetos, necessitando de selamento para evitar a entrada de água que venha a comprometer a base do pavimento. Falhas, afundamentos, protuberâncias ou buracos; empoçamento ou represamento de água; excesso de asfalto na massa do revestimento; pedras, areia, peças de aeronaves ou de veículos; óleo, combustível ou outros contaminantes químicos no pavimento; emborrachamento excessivo causado por pneus de aeronaves; extravasamento, falhas e ressecamento do material de enchimento e selagem das juntas de dilatação; condições da pintura de sinalização horizontal; danos nas placas verticais da Área de Movimento; presença de pessoas, veículos e máquinas, não autorizados; falta de grama, ou excesso de mato e arbustos, nas áreas próximas às pistas; obstrução das caixas e valas de drenagem de águas pluviais; presença de animais vivos ou mortos ou ainda, de aves atípicas; presença de formigueiros ou elevações formadas por cupins; princípio de fogo causado por combustão espontânea ou qualquer outra causa; eventuais obstáculos à passagem de aeronaves em operação anormal fora da Área de Movimento; deficiências na iluminação dos pátios e demais áreas operacionais; fissura - trincas que indicam trabalho sem comprometimento estrutural, verificação dos Auxílios à Navegação, preferencialmente à noite, observando o seguinte:

- Lâmpadas queimadas,

- Peças quebradas ou faltando, - Lentes quebradas ou sujas,

- Desalinhamento de lâmpadas ou de dispositivos refletores, - Cabos partidos,

- Falhas na sincronização dos lampejos das luzes,

- Variação na intensidade das luzes (regulador de brilho),

- Movimentos de rotação dos faróis rotativos e dos indicadores luminosos de direção de pouso,

- Umidade nas luzes de centro das pistas e nas luzes de zona de toque, quando existirem,

- Fixação das unidades no pavimento, - Obstrução dos fachos luminosos,

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NOTA - O MP - 22.02 (MNT) - Especificações de Sinalizações Aeronáuticas Diurnas e Noturnas para Condições Anormais de Tráfego Aéreo na Área de Movimento de Aeronaves, em vigor, e a NI - 11.08 (OPA) - Pintura de Sinalização Horizontal nas Áreas de Movimento de Aeronaves para Condições Normais de Operações, em vigor, definem parâmetros e podem servir de subsídio para a realização das Inspeções. (INFRAERO ,2009, p. 11).

A constatação de qualquer das anormalidades: - Providências imediatas para sanar o problema;

- Interdição parcial ou total das áreas afetadas, caso necessário;

- Providências para a divulgação das restrições ou interdições de uso das áreas afetadas;

- Delimitação e indicação visual das áreas afetadas pela anormalidade, quando for o caso;

- Preparação de dados para a composição de PRÉ-NOTAM, quando o caso assim o requerer.

A interdição total ou parcial ou, ainda, o uso com restrições da área de movimento será determinado sempre que a anormalidade constatada represente risco imediato para a operação segura de aeronaves, ou quando necessários para a execução de obras, serviços e atividades de manutenção.(INFRAERO,2009,p.12).

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Figura 9 - Veículo utilizado para realizar inspeções de pátio e pista.

Fonte: AEROLONDRINA (2014).

Imediatamente após a constatação de anormalidade que determine a interdição, parcial ou total, de áreas ou auxílios, deverão ser providenciadas as medidas para o restabelecimento das perfeitas condições operacionais, em caráter prioritário. A Administração do aeroporto deve possuir meios, disponíveis e compatíveis com as características físicas e operacionais do aeroporto, para que as inspeções sejam realizadas com rapidez e eficiência, a fim de que a infraestrutura aeroportuária existente ofereça condições seguras de operação em tempo contínuo. Veiculo utilizado para essa finalidade como exemplo na figura 9. Para atingir este objetivo, devem ser consideradas as necessidades de:

Periodicidade - em situação normal, o mínimo de quatro inspeções diárias, respeitadas as condições operacionais locais;

1. inspeção ao amanhecer - realizada no(s) pátio(s) de estacionamento de aeronaves, pista(s) de táxi e pista(s) de pouso e decolagem, observando - FOD, estado da sinalização, contaminação (acúmulo de borracha, água, poeira, lama, gelo), estado do pavimento (desagregação, trincas, buracos, depressões e ondulações), presença de novos obstáculos perigosos (guindastes, veículos, embarcações, torres de comunicações, etc.).

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pistas de pouso e decolagem e de táxi), observando: FOD, estado dos acostamentos (altura da vegetação, presença de focos de atração de pássaros ou outros animais, erosão, poeira e desagregação), estado do sistema de iluminação das pistas (alinhamento, estado de conservação dos globos prismáticos dos filtros das lâmpadas, obstrução pela vegetação ou detritos), condições gerais da(s) pista(s) de táxi e pista(s) de pouso e decolagem, verificação de surgimento de construções nas vizinhanças do aeroporto e de objetos que possam constituir-se em obstáculos, estado do sistema de drenagem da área de movimento, cercas e barreiras físicas naturais e verificação da ocorrência de incursões à área de movimento;

3. inspeção da tarde (aproximadamente, às 14:00 h) - mesmos procedimentos definidos para a inspeção das 09:00 h da manhã;

4. inspeção ao anoitecer - realizada no(s) pátio(s) de estacionamento de aeronaves, pista(s) de táxi e pista(s) de pouso e decolagem, observando: FOD, estado da sinalização e iluminação (verificação de lâmpadas apagadas e do sistema de brilho em todos os níveis de intensidade), contaminação (acúmulo de água, poeira, lama, gelo), estado do pavimento (desagregação, trincas, buracos, depressões e ondulações);

A Administração do aeroporto deverá, ainda, estabelecer procedimentos para as inspeções semanais, abrangendo: inspeção das superfícies limitadoras de obstáculos e identificação de objetos que possam constituir novos obstáculos, utilizando o(s) instrumento(s) de precisão necessários(s) (clinômetro, teodolito, câmera fotográfica, sistema de Circuito Fechado de Televisão - CFTV ou outro método aprovado); (ANAC-IS nº 153-109 REVISÃO A,2015, p. 13).

2.3 ATIVIDADES DO FISCAL DO PÁTIO PARA GARANTIAS DA SEGURANÇA OPERACIONAL EM UM AEROPORTO

A orientação para o estacionamento de aeronaves deve ser provida por um sinaleiro quando o aeroporto não possuir um sistema de orientação visual de estacionamento (ou então este não estiver operacional) ou onde houver necessidade em virtude de perigo identificado pelo operador do aeroporto ou em razão de um uso mais eficiente do espaço disponível para estacionamento de aeronaves.

Transmitir ao piloto, por meio de sinais, informações relativas às condições de segurança em torno da aeronave, tendo em vista as limitações do campo

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visual a partir da cabine de comando da aeronave; (ANAC,2015, p. 53).

O sinaleiro deve usar uma vestimenta de identificação fluorescente para permitir que os pilotos reconheçam que se trata da pessoa responsável pela atividade de orientação durante o procedimento de estacionamento. Como exemplo de fiscal de pátio em procedimento de parqueamento na figura 10.

Figura 10 - Fiscal de pátio em atividade de parqueamento de aeronave.

Fonte: REVISTA FLAP (2015).

O sinaleiro deve utilizar, durante o período diurno, sinalizadores, raquetes (como as de tênis) ou luvas, todos eles com cores fluorescentes. Para a noite ou em condições de baixa visibilidade, devem ser utilizados sinalizadores iluminados.

O sinaleiro será responsável por fornecer aos pilotos, de forma clara e precisa, os sinais padronizados para orientar as manobras da aeronave no solo, utilizando os sinais indicados no Apêndice B. (ANAC,2015, p. 54).

A sinalização deverá ser feita de modo gradual e os movimentos dos braços do sinaleiro deverão indicar o ritmo que se deseja imprimir à rolagem, sem paradas, acelerações ou manobras, a menos que absolutamente necessário. Como exemplo de alguns sinais realizados durante o parqueamento na figura 11. (ANAC-IS nº 153-109 REVISÃO A,2015, p. 54).

Figura 11 - Demonstração de alguns dos sinais utilizados no parqueamento de aeronaves.

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Fonte: IS 153-109 (2015).

Cabe a esses profissionais, que diuturnamente trabalham embaixo de sol e chuva, assegurar que as aeronaves trafeguem em total segurança, tanto nos pátios como nas pistas dos aeroportos, evitando que acidentes aconteçam. Diferente dos flanelinhas, os fiscais de pátio guardam a segurança das aeronaves, tripulações e, principalmente, dos passageiros, que é a atividade fim de qualquer aeroporto no mundo. Para que a aviação possa ser cada vez mais segura, eles realizam a vistoria das pistas, assegurando o livre pouso ou decolagem, bem como o taxiamento das aeronaves por toda a área de operações dos aeroportos como citado no tópico anterior.

Também faz parte das atribuições desses profissionais a fiscalização de todos os trabalhadores e trabalhadoras que operam na área de movimento de aeronaves, bem como das condições de manutenção da infraestrutura, que deve atender com segurança toda a operação das companhias aéreas. Fiscais de pátio merecem o respeito de todos. IMPRENSA SINA (Sindicato Nacional Dos Aeroportuários) 2016.

Você sabe o que significa F.O.D.? Na aviação, a sigla para "foreign object damage", em inglês, se refere a qualquer dano em uma aeronave causado por

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algum objeto presente na área de pátio. De um simples papel amassado a uma ferramenta abandonada, qualquer peça pode ser prejudicial, e é dever de todos, passageiros e colaboradores do aeroporto, não deixar detritos que possam prejudicar as operações. E o fiscal de pátio é um dos principais responsáveis pelo recolhimento, para que assim evite incidentes ou acidentes. Como exemplo de FOD na figura 12.

Figura 12 – F.O.D.

Fonte: BLOG SEGURANÇA AVIAÇÃO CIVIL (2013).

F.O.D é o dano causado a um ou mais componentes de uma aeronave devido ao fato da mesma entrar em contato com algum objeto estranho ao meio que ela opera, basicamente, algo que não deveria estar lá. (VIÉGAS, Pablo, 2013.)

Mas afinal, porque ele é tão perigoso? Pois o mesmo pode gerar danos gravíssimos aos componentes da aeronave, o que pode vir a acarretar lesões graves ou até mesmo a morta de tripulantes e/ou passageiro, além dos prejuízos financeiros para o reparo do mesmo.

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que pensar sobre como funcionam os motores das aeronaves, quando os mesmos são acionados eles sugam grandes quantidades de ar, esse fluxo intenso de ar acaba levando para a aeronave os objetos estranhos, devido a velocidade que esses objetos atingem a aeronave eles causam um grande estrago a mesma, principalmente nos motores.

Como já foi dito a prevenção é a melhor forma de evitar os acidentes, e com o F.O.D de pista não seria diferente, mais afinal, quais são as formas de evita-lo?

1 – Conscientização de todos os envolvidos sobre os danos causados

pelo F.O.D de pista

2 - Varreduras da pista devem ser realizadas no Mínimo uma vez por dia afim de retirar os objetos da mesma

3 – Deixar caixas em lugares estratégicos de forma destacada a fim de

recolher os objetos encontrados na pista

4 - Expor de alguma forma os objetos encontrados para elevar a consciência situacional dos envolvidos

5 – Identificar a origem do objeto e desenvolver meios para acabar com a mesma.

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Figura 13 – Lixeira para descarte de F.O.D.

Fonte: BLOG SEGURANÇA AVIAÇÃO CIVIL (2013).

A presença de FOD na área operacional de um aeroporto representa uma ameaça significativa para a segurança das operações aéreas. O FOD tem o potencial de danificar aeronaves durante as fases críticas do voo, o que pode levar a perda de vidas e resultados catastróficos e, no mínimo, um maior custo de manutenção e operacional. Os riscos oriundos da presença de FOD podem ser reduzidos, no entanto, através da implementação de um programa de gerenciamento FOD e do uso efetivo de equipamentos de detecção e remoção de FOD. Segundo Bruno Sabbá (2020) publicou no site diário da aviação,o Concorde 4590 da Air France é o caso mais conhecido de acidente devido à objetos estranhos. Ocorreu em 25 de julho de 2000. Apurou-se nas investigações que a ruptura do tanque ocorreu durante a decolagem, tendo sido causada pelo violento choque de um pedaço do pneu nº 2 (localizado no trem de pouso principal esquerdo) que estourou devido a uma peça de um DC- 10 da companhia Continental, caída na pista do aeroporto Charles de Gaulle. Logo em seguida houve perda de potência no motor nº 2 e em seguida no motor nº 1. O DC-10 havia decolado cinco minutos antes do Concorde. Após 18 meses de investigações, foi apresentado o relatório final sobre o acidente.

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Como exemplo de acidente aéreo onde uma das causas foi F.O.D na figura 14.

Figura 14 – Acidente aéreo.

Fonte: DIÁRIO DA AVIAÇÃO (2017).

Qualquer pessoa que atua na área operacional tem responsabilidades relacionadas à prevenção e remoção de FOD. Os prestadores de serviços auxiliares representam uma parcela significativa dos trabalhadores na área operacional. Objetivando uma participação efetiva no programa de um aeroporto, são apresentadas a seguir orientações e responsabilidades dos prestadores de serviços auxiliares que operam em um aeroporto, de forma a contribuir com os objetivos de melhoria de segurança operacional no que diz respeito ao perigo de presença de FOD na área operacional.

A periodicidade das ações a serem adotadas pelos prestadores de serviços auxiliares em um aeroporto no programa de gerenciamento de FOD, deverá estar alinhada com as periodicidades estabelecidas pelo programa de FOD do aeroporto, buscando maximizar sua efetividade e sucesso.(ANAC, 2018).

Deverá constar na política a ser estabelecida pela alta administração do prestador de serviços auxiliares e nas ações a serem tomadas para prevenção do FOD, a necessidade de coleta e depósito do FOD nas caixas de coleta na área operacional do aeroporto. Tais atividades devem fazer parte das atribuições de todos os empregados que trabalham na área operacional do aeroporto, estando os

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mesmos sujeitos à fiscalização por parte do operador de aeródromo, bem como, dos demais órgãos de controle tal como ANAC, devendo, sempre que instados, colaborar na apuração de fatos ligados à segurança operacional do aeroporto. É obrigação do prestador de serviços auxiliares a limpeza em seu ambiente de trabalho na área operacional, mantendo seus equipamentos organizados, limpos e em condição de utilização. Caso existam equipamentos inservíveis ou em desuso pelo prestador de serviços auxiliares, a empresa ficará responsável pela sua destinação, fora das dependências do aeroporto. É facultado aos prestadores de serviços auxiliares a implantação em seu ambiente de trabalho de caixas coletoras de FOD, desde que antes da sua implantação, o prestador tenha a aprovação do operador do aeródromo

Nas áreas de hangares é obrigatória a implantação de caixas coletoras de FOD pelo concessionário/arrendatário do hangar, sendo necessária a aprovação do operador de aeródromo quanto às especificações e quantitativo necessário a ser implantado. (ANAC, 2018).

Se você já trabalhou nos pátios dos aeroportos brasileiros provavelmente já se deparou, foi orientado ou até mesmo cobrado por algum fiscal de pátio. No entanto, diferentemente do que alguns possam pensar o objetivo primordial desse profissional não é punir e sim orientar, pois todos os que laboram nos aeroportos são diretamente responsáveis pela segurança. Ainda assim, há casos extremos em que se faz necessária a Notificação por Ato Inseguro, o que pode ocasionar ao infrator uma nova participação compulsória em cursos específicos voltados para a segurança. Evitar ocorrências que possam culminar em incidentes ou acidentes aéreos. Um acidente não é consequência de um único fator. É o resultado de uma série de fatores contribuintes. Portanto, todo incidente ou acidente aeronáutico pode e dever ser evitado. Caso aconteçam, são devidamente reportados e investigados, tendo como alvo descobrir as causas que os levaram a acontecer evitando-se assim ocorrências futuras. Por fim, apesar de pouco observado, o fiscal de pátio é um profissional que mesmo no “anonimato”, dá a sua parcela de contribuição para o desenvolvimento seguro do transporte aéreo brasileiro.

Portanto, da próxima vez que for viajar ou que estiver nos aeroportos, observe o trabalho dos fiscais de pátio. Veja como eles estão atuando e exercendo suas atividades com esmero e dedicação. Não se exaspere caso seja abordado e orientado pelo fiscal de pátio. Esse profissional está

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zelando pelo patrimônio aeronáutico, pela segurança da aviação civil e principalmente por aquilo que é mais valioso - a preservação de vidas humanas. (SAMANIEGO, Wagner,2013).

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3 CONCLUSÃO

O objetivo principal desta monografia foi apresentar, reconhecer e enaltecer a função do fiscal de pátio, assim como suas competências, atribuições, habilidades e sua vasta contribuição para a segurança operacional. Como foi abordado no trabalho o fiscal de pátio tem grandes responsabilidades em sua atuação, assim como também deve está sempre atualizado de toda a legislação virgente que são regularmente revisadas.

Esse profissional que poucos ainda conheciam, esta na linha de frente para manter segura toda area restrita de segurança aeroportuária. Atenção deve esta toda voltada para a movimentação de chegadas e saidas de aeronaves e pessoas que ali desenvolvem seus trabalhos.

Apesar de todo esforço e zelo do fiscal de pátio para com a vida humana e a proteção ao patrimônio, infelizmente, acidentes aeronáuticos de grandes proporções ainda podem acontecer. A estatística mostra, portanto, que o transporte aéreo é proporcionalmente o mais seguro, o mais rápido para longas distâncias e o mais eficiente.

Essa afirmativa se faz verdadeira porque tanto o fiscal de pátio quanto os outros profissionais ligados à segurança aérea se empenham pelo mesmo objetivo - evitar ocorrências que possam culminar em incidentes ou acidentes aéreos.

Um acidente ou incidente não é consequência de um fator único. É o resultado de uma série de fatores contribuintes. Portanto, todo incidente ou acidente aeronáutico pode e dever ser evitado. Caso aconteçam, são devidamente reportados e investigados, tendo como alvo descobrir as causas que os levaram a acontecer evitando-se assim ocorrências futuras.

É importante mencionar que os livros, sites e artigos que constam no

referido trabalho não esgotam as possibilidades existentes, mas servem como uma referência de outros estudos e pesquisas para aprofundamento do conhecimento

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REFERÊNCIAS

ANAC. REGULAMENTO BRASILEIRO DA AVIAÇÃO CIVIL RBAC: nº 156

Emenda nº 00 segurança operacional em aeródromos – Operação, manutenção e resposta à emergência. Resolução nº 382. Brasília: 14 de junho de 2016.

ANAC. RESOLUÇÃO 207. PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL. DOU n.227, p.2-4,28 de nov. 2011.

APOSTILA. CURSO DE FORMAÇÃO DE FISCAIS DE PÁTIOS E PISTAS – CFP. 4ª Edição Brasília/DF Pag. 39 - 44 SET.2016

ASHFORD, N. J. et al. OPERAÇÕES AEROPORTUÁRIAS: AS MELHORES PRÁTICAS. 3. ed. Pag 96- 102 Porto Alegre: Bookman, 2015.

BAIST. MANUAL PARA MONITORAMENTO DA SEGURANÇA OPERACIONAL NOS SERVIÇOS AUXILIARES PELO OPERADORES DE AERÓDROMOS. Brasília: ANAC, 2018

CAMPO GRANDE NEWS. FISCAL DE PÁTIO, UM DOS ELOS DA SEGURANÇA

NOS AEROPORTOS Disponível em:

https://www.campograndenews.com.br/artigos/fiscal-de-patio-um-dos-elos-da-seguranca-nos-aeroportos Acesso em 10.DEZ.2012.

ICA 100-12 REGRAS DO AR E SERVIÇOS DE TRÁFEGO AÉREO p.247 - 255. 27 DE FEV. 2009.

IMPRENSA SINA. FISCAIS DE PÁTIO MERECEM O RESPEITO DE TODOS. Disponível em: https://site.sina.org.br/?p=7058- Acesso em 17.AGO.2016.

INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR – IS 153-109 Portaria nº 2121/SIA, de 6 de agosto de 2015 REVISÃO A - Sistema de Orientação e Controle da Movimentação no Solo – SOCMS.

INFRAERO NI - 11.02. PROCEDIMENTOS GERAIS APLICÁVEIS À ÁREA DE MOVIMENTO DOS AEROPORTOS. Superintendência de planejamento e gestão:

Brasíia, 2011. Disponível em:

https://www.infraero.gov.br/portal/images/stories/Comercial/NI_13.03_E_COM_ 27.01.2011.pdf Acesso em 17.AGO.2020

INFRAERO.MP 11.09. PROCEDIMENTOS OBRIGATÓRIOS DE SINALIZAÇÃO PARA MANOBRAS DE AERONAVES EM SOLO (MARSHALLING). 07 de Out. 2015.

INFRAERO.MP 22.49. UTILIZAÇÃO DE RADIOCOMUNICAÇÃO EM AEROPORTOS. 23 DE SET. 2013

MP 11.06 OPA. PROCEDIMENTOS GERAIS APLICAVEIS Á AREA DE MOVIMENTO DOS AEROPORTOS. 03 DE FEV. 2014

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SABBÁ BRUNO. 20 anos do Acidente do AF4590 – O ACIDENTE QUE

DECRETOU O FIM DO CONCORDE. Disponível em:

https://diariodaaviacao.com.br/acidentes-aereos/20-anos-do-acidente-do-af4590-o-acidente-que-decretou-o-fim-do-concorde Acesso em 25.JUL.2020

SAMANIEGO, W. FISCAL DE PÁTIO - UM DOS ELOS DA SEGURANÇA NOS

AEROPORTOS BRASILEIROS. Disponível em:

https://www.pista73.com/temas/profissoes-nos- servicos-de-transporte-aereo-e-aeroportos/brasil-fiscal-de-patio/ Acesso em 20.AGO.2020.

VIÉGAS P. F.O.D - A Morte Pelo Que Não Deveria Estar Lá.

Disponível em: https http:// http://segurancaaviacaocivil.blogspot.com/2013/10/fod-morte-pelo-que-nao-deveria-estar-la Acesso em 20.AGO.2020

Referências

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