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ANÁLISE DE DEZ ANOS DO CRÉDITO NO PAÍS.

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Academic year: 2021

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ANÁLISE DE DEZ ANOS DO CRÉDITO NO PAÍS.

A ANEFAC realizou um balanço dos últimos dez anos do crédito no Brasil cujo objetivo foi apurar como se comportaram os principais indicadores praticados pelo sistema financeiro neste período. Este estudo compreendeu no levantamento no período dos cinco principais indicadores de crédito, dados estes, compilados do relatório de Política Monetária do Banco Central.

O estudo teve a coordenação de nosso diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas, Miguel José Ribeiro de Oliveira, e os resultados listamos em anexo.

Este estudo foi realizado em 07 partes sendo:

Parte I – Volume de crédito

• Levantamento do volume de crédito total (estoque) concedido pelo conjunto total do sistema financeiro em junho/2004 e junho/2014 e respectivas variações percentuais.

Parte II – Taxas de juros

• Levantamento das taxas de juros médias anuais para pessoa física, para pessoa jurídica e geral em junho/2004 e em junho/2014 e respectiva variação percentual.

Parte III – Spreads

• Levantamento dos spreads anuais praticados para pessoa física, pessoa jurídica e geral em junho/2004 e em junho/2014 e respectiva variação.

Parte IV – Prazo médio dos financiamentos

• Levantamento dos prazos médios dos financiamentos para pessoa física, pessoa jurídica e geral em junho/2004 e em junho/2014 e respectiva variação.

Parte V – Inadimplência

• Levantamento da inadimplência na pessoa física, pessoa jurídica e geral em junho/2004 e em julho/2014 e respectiva variação.

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Parte VI – Tabelas e Gráficos

Parte VII – Análise dos dados do estudo. Parte I - VOLUME DE CRÉDITO

A) Recursos Livres e Recursos Direcionados

O volume total de crédito do sistema financeiro (recursos livres e recursos direcionados) atingiu em junho/2014 R$ 2.830.018 milhões contra R$ 442.387 milhões em junho/2004 um crescimento de 539,7% no período.

Vale destacar que a inflação no período medida pelo IPCA/IBGE foi de 72,8%.

Este volume representa hoje 56,3% do PIB contra 26,1% em junho/2004 um crescimento de 30,2 pontos percentuais.

B) Operações de Crédito – com recursos livres

O volume de crédito no segmento de recursos livres (que as instituições financeiras emprestam livremente) atingiu R$ 1.523.815 milhões em junho/2014 contra R$ 252.004 milhões em junho/2004, um crescimento de 504,6% no período.

C) Pessoa Jurídica

Na pessoa jurídica este volume atingiu R$ 765.344 milhões em junho/2014 contra R$ 152.018 milhões em junho/2004 um crescimento de 403,4% no período.

D) Pessoa Física

Na pessoa física este volume atingiu R$ 758.471 milhões em junho/2014 contra R$ 99.986 milhões em junho/2004, um crescimento de 658,5% no período.

Parte II – TAXAS DE JUROS

A) Geral - Pessoa Física e Pessoa Jurídica – Com recursos livres

As taxas de juros das operações de crédito com recursos livres estavam em junho/2014 em 32,0% ao ano contra 44,0% ao ano em junho/2004, uma redução de 12,0 pontos percentuais no período.

B)

Pessoa Jurídica

(3)

em junho/2004, uma redução de 7,1 pontos percentuais no período.

C)

Pessoa Física

Na pessoa física as taxas de juros atingiram na média 43,0% ao ano em junho/2014, contra 62,4% ao ano em junho/2004 uma redução de 19,4 pontos percentuais no período.

Parte III - SPREAD

a) Geral – Pessoa Física e Pessoa Jurídica – Com recursos livres

O spread bancário (diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas de juros cobradas dos clientes) estava em junho/2014 em 20,9% ao ano contra 27,0% ao ano em junho/2004, uma redução de 6,1 pontos percentuais no período.

b) Pessoa Jurídica

Na pessoa jurídica o spread atingiu em junho/2014 11,9% ao ano contra 12,9% ao ano em junho/2004, uma redução de 1,0 ponto percentual no período.

c) Pessoa Física

Na pessoa física o spread atingiu em junho/2014 31,3% ao ano contra 45,0% ao ano em junho/2004, uma redução de 13,7 pontos percentuais no período.

Parte IV – PRAZO MÉDIO DOS FINANCIAMENTOS – Com Recursos Livres

a) Geral – Pessoa Física e Pessoa Jurídica

O prazo médio dos financiamentos apresentaram em junho/2014 36,0 meses contra 7,6 meses em junho/2004, uma elevação de 28,4 meses correspondente a uma elevação de 373,7% no período.

(4)

Na pessoa jurídica o prazo médio atingiu 26,0 meses em junho/2014 contra 6,5 meses em junho/2004, uma elevação de 19,5 meses correspondente a uma elevação de 300,0% no período.

c) Pessoa física

Na pessoa física o prazo médio atingiu 47,7 meses em junho/2014, contra 9,3 meses em junho/2004, uma elevação de 38,4 meses correspondente a uma elevação de 412,9% no período.

Parte V – INADIMPLÊNCIA – Com Recursos Livres

a) Geral – Pessoa Física e Pessoa Jurídica (

*)

A inadimplência geral considerando-se (tudo que está vencido a mais de 90 dias) atingiu em junho/2014 4,8% do total de empréstimo contra 7,2% em junho/2004 uma redução de 2,4 pontos percentuais no período.

b) Pessoa Jurídica

Na pessoa jurídica a inadimplência total (perda) atingiu 3,4% do total da carteira em junho/2014 contra 3,4% em junho/2004, uma redução de 0 ponto percentual no período.

c) Pessoa Física

Na pessoa física a inadimplência total (perda) atingiu 6,5% do total da carteira em junho/2014 contra 13,0% em junho/2004, uma redução de 6,5 pontos percentuais no período.

(*) Obs. O Banco Central alterou a partir de novembro/2005 a metodologia de calculo da inadimplência uma vez que antes desta data o mesmo considerava a inadimplência tudo que estava vencido e a partir de então considerou tão somente inadimplência os compromissos vencidos acima de 90 dias.

(5)

Parte VI – Tabelas e Gráficos Parte I – Volume de Crédito

A) Recursos Livres e Recursos Direcionados

Período R$ milhões Variação %

junho-04 442.387

junho-14 2.830.018 539,7%

B) Operações de Crédito – com recursos livres

Período R$ milhões Variação %

junho-04 252.004

(6)

C) Pessoa Jurídica

Período R$ milhões Variação %

junho-04 152.018

junho-14 765.344 403,4%

D) Pessoa Física

Período R$ milhões Variação %

junho-04 99.986

(7)

Parte II – TAXAS DE JUROS

A) Geral – Pessoa Física e Pessoa Jurídica

Período % ao ano Variação P.P

junho-04 44,0

junho-14 32,0 -12,0

B) Pessoa Jurídica

Período % ao ano Variação P.P

junho-04 29,7

(8)

C) Pessoa Física

Período % ao ano Variação P.P

junho-04 62,4

junho-14 43,0 -19,4

Parte III - SPREAD

A) Geral – Pessoa Física e Pessoa Jurídica

Período % ao ano Variação P.P

junho-04 27,0

junho-14 20,9 -6,1

B) Pessoa Jurídica

Período % ao ano Variação P.P

junho-04 12,9

(9)

C) Pessoa Física

Período % ao ano Variação P.P

junho-04 45,0

(10)

Parte IV – PRAZO MÉDIO DOS FINANCIAMENTOS

A) Geral – Pessoa Física e Pessoa Jurídica

Período Prazo/Meses Variação %

junho-04 7,6

junho-14 36,0 373,7%

B) Pessoa Jurídica

Período Prazo/Meses Variação %

junho-04 6,5

(11)

C) Pessoa Física

Período Prazo/Meses Variação %

junho-04 9,3

junho-14 47,7 412,9%

PARTE V - INADIMPLÊNCIA

A) Geral – Pessoa Física e Pessoa Jurídica

Período % Variação pp junho-04 7,2 junho-14 4,8 -2,4 B) Pessoa Jurídica Período % Variação pp junho-04 3,4 junho-14 3,4 -0,0

(12)

C) Pessoa Física

Período % Variação pp

junho-04 13,0

(13)

Parte VII – Análise dos dados do estudo

A análise de dez anos das condições de crédito no país demonstra que efetivamente as condições de crédito apresentaram substancial melhora com forte expansão do volume emprestado, redução das taxas de juros, redução dos Spreads bancários, aumento dos prazos médios de financiamento e redução da inadimplência mesmo com todo este crescimento no crédito.

Com referência ao volume de crédito tivemos no período de dez anos uma forte expansão, crescendo mais de 500%, passando de 26,1% do PIB em 2004 para 55,3% em 2014. Não obstante esta expansão é fato que o volume total do crédito do país ainda é baixo quando comparado ás principais economias aonde este número atinge mais de 100% do PIB destas economias o que demonstra que temos ainda um ambiente favorável à expansão de crédito.

Com referência ás taxas de juros das operações de crédito e respectivos Spreads bancários é importante destacar que apresentaram uma melhora no período com redução tanto das taxas de juros como dos spreads bancários, entretanto os mesmos ainda se encontram em patamares elevados o que abre margem para que as mesmas continuem sendo reduzidas sendo pela redução da Taxa Básica de Juros (SELIC) seja por uma maior competição no sistema financeiro ou por outras eventuais medidas que poderão ser tomadas pelo governo como redução de impostos e compulsórios, além da queda dos índices de inadimplência que vão igualmente contribuir para a queda dos juros e spreads no país.

Outro item que apresentou igualmente substancial melhora foi a elevação do prazo médio dos financiamentos que tiveram no período um crescimento superior a 300%.

Com referência á inadimplência a mesma apresentou uma redução de 2,4 pontos percentuais no período mesmo aqui tendo o crédito sido elevado em mais de 500%.

Vale destacar, entretanto, que por conta do cenário econômico atual com inflação alta, elevação das taxas de juros e baixo crescimento econômico o que afeta a renda do consumidor, poderemos ter elevação nos índices de inadimplência não obstante o fato de tanto os consumidores como os bancos estarem mais cautelosos na tomada e concessão de crédito.

Miguel José Ribeiro de Oliveira

Diretor Executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas Fone: (11) 3257-5057 / 99689-1440

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