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A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EXTERNA: MITOS E REALIDADES NA PERSPECTIVA DO NOVO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE 2014

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A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EXTERNA: Mitos e realidades na perspectiva do novo instrumento de avaliação de 2014.

Jaquelini Schardosim Moreira: MBA em Administração Acadêmica e Universitária, diretora da Faculdade Centro Mato-grossense – FACEM.

Ariel Díaz Loaces: Mestre em Ciências da Educação, professor da Faculdade Centro Mato-grossense – FACEM.

RESUMO

No presente artigo se faz uma análise da avaliação institucional externa do Ministério da Educação, assim como o temor e a preocupação que traz para os dirigentes de instituições de ensino superior. Percebe-se que esse medo é o resultado da falta de conhecimento e acompanhamento, razão pela qual as instituições precisam dar seguimento aos avanços dos instrumentos de avaliação externa e também de tentar compreender a subjetividade que é utilizada por cada comissão de avaliação recebida nas IES. O estudo foi conduzido tendo como método norteador a análises e sínteses, a partir de fontes secundárias de obtenção das informações. Como principal resultado, encontrou-se que o processo de avaliação externa não considera o ponto fundamental da proposta do SINAES (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), avaliando todas as instituições de uma única forma, não levando em consideração a diversidade institucional e a identidade da instituição. Desta forma, criou-se um vácuo em torno da comissão de avaliação externa, trazendo discussão sobre a figura dos avaliadores a fim de identificar se os mesmos vêm somar com a sua experiência ou se existem motivos para serem taxados como pessoas que trazem medo e estranheza.

Palavras-Chave: avaliação institucional, instrumento de avaliação institucional externa, SINAES.

RESUMEN

En este artículo se hace un análisis de la evaluación institucional externa realizada por el Ministerio de Educación, así, como del temor y preocupación que trae esta para los dirigentes de instituciones de la enseñanza superior. Parte del miedo es producto de la falta de conocimientos y de acompañamiento dos instrumentos de evaluación, razón por la cual as instituciones precisan de dar seguimiento a los mismos e intentar comprender a subjetividad de cada comisión recibida en la IES. El estudio fue conducido con el método de análisis y síntesis, partiendo de fuentes secundarias de obtención de informaciones. Como principal resultado fue encontrado que el instrumento de evaluación externa no considera la propuesta fundamental del SINAES (Sistema Nacional de Evaluación de la Educación Superior), evaluando todas las instituciones de la misma forma, sin considerar la

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diversidad de instituciones existentes ni la identidad institucional. De esta forma fue creado un vacío en torno a la comisión de evaluación externa, formando una discusión sobre la figura de los evaluadores para identificar si estos vienen a sumar con su experiencia o si existen motivos para pensar que su función es traer miedo y dudas sobre este proceso.

Palabras claves: evaluación institucional, instrumento de evaluación institucional externa, SINAES.

INTRODUÇÃO

A sociedade brasileira vem empreendendo esforços para tentar acompanhar os avanços dos instrumentos de avaliação externa e também para tentar compreender a subjetividade que é empregada por cada comissão de avaliação que é recebida nas IES.

A educação superior vem apresentando mudanças significativas ao longo desses 15 anos “um ponto sujeito a debate é o que diz respeito ao papel do controle da qualidade do ensino feito por meio de avaliações externas, questionando-se como estas atuam no sentido de inibir ou legitimar as mudanças” (HARVEY & NEWTON, 2004, p. 149 apud MARCHELLI, 2007, p. 352).

No Brasil, o SINAES estabelece que a avaliação externa é um importante instrumento cognitivo, exigindo o inter-relacionamento de um grande conjunto de informações, porém os instrumentos de avaliação externa vêm deixando muito a desejar, avaliando todas as instituições de uma única forma, não levando em consideração a regionalidade, os locais de difícil acesso onde estão algumas instituições, gerando um conflito, um juízo de valor em alguns avaliadores, o que pode ajudar a instituição, mas também pode atrapalhar a IES, criando um rótulo em torno da comissão de avaliação externa, sendo ela considerada como um “bicho papão”, que traz medo e estranheza ou isso seria somente um mito?

A avaliação institucional, externa ou interna, é peça fundamental no cotidiano de uma IES, porém ela deve ser encarada com seriedade e deve ser peça fundamental do planejamento estratégico.

Ainda há muito que avançar nesse sentido, pois algumas instituições parecem não compreender que a avaliação é uma aliada no processo de desenvolvimento institucional, pois o planejamento estratégico não é para ficar engavetado, nem

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apenas para cumprir a legislação, mas principalmente para ser visto como condição de sobrevivência da IES em um mercado cada vez mais competitivo.

As avaliações externa e interna estão atreladas, pois é através da avaliação interna – CPA (Comissão Própria de Avaliação) que a IES consegue verificar como está, o que precisa ser modificado e melhorado e quais serão as ações para sua melhoria. Ela vem contribuir para revelar, preservar e estimular a gestão da IES e esse resultado reflete diretamente na avaliação externa.

DESENVOLVIMENTO

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Os tópicos abordados, durante o referencial teórico, procuram aprofundar o tema da pesquisa teórica, enfatizando a importância da avaliação institucional para o processo de gestão da IES.

O instrumento de avaliação institucional vem sofrendo modificações nesses últimos anos e as comissões de avaliação institucional precisam estar cada vez mais preparadas, porém sabe-se que o instrumento está longe da concepção do SINAES.

Ao longo do tempo, autores vêm trazendo definições já historicamente expressas por aqueles que pensam acerca dos objetivos da avaliação institucional.

Para Muriel (2014), esse último instrumento de avaliação institucional parece se aproximar cada vez mais do SINAES.

Principalmente no que se refere à importância, à avaliação e ao diálogo que deverá existir entre avaliadores e avaliados, pela subjetividade dos instrumentos e para que cada um deles seja compreendido. Com a necessidade do diálogo e o foco no relato institucional a autoavaliação ganha força e, consequentemente, a CPA, condutora desse processo. (MURIEL, 2014, pág. 2).

A nota técnica n° 8 que saiu em 25 de fevereiro de 2013 retoma a proposta do SINAES como algo que procura a melhoria e a qualidade da educação superior, sendo que “tem como uma de suas finalidades a melhoria da qualidade da educação superior. A avaliação entendida como um processo exige uma análise operacionalizada por meio de instrumento que possibilite o registro de informação

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quantitativa e qualitativa em relação ao padrão de qualidade” (FUNGHETTO & GRIBOSKI, 2013).

Se os instrumentos de avaliação externa e os avaliadores seguissem o princípio da proposta do SINAES, a IES conseguiria aproximar mais o resultado dos avaliadores em prol da sua prática, não servindo só como fiscalização ou controle, mas como sugestões para perceber e mudar muitas ações no cotidiano institucional.

No Brasil, as definições sobre avaliações adquirem origem própria a partir de 1993, com o PAIUB que definiu avaliação como “um processo contínuo de aperfeiçoamento acadêmico, uma ferramenta para o planejamento da gestão universitária, um processo sistemático de prestação de contas à sociedade, um processo de atribuição de valor, a partir de parâmetros derivados dos objetivos, um processo criativo de autocrítica” (RISTOFF, s.d., p 06).

Ristoff acredita que a avaliação serve como processo de gestão institucional e, através de sua fala, é possível perceber que desde 1993 o Brasil vem buscando esse caminho.

Outro referencial que é utilizado como fonte de consulta bibliográfica foi o instrumento de avaliação institucional externa de janeiro de 2014, parte dele foi analisada com o intuito de verificar as mudanças mais profundas.

Nas junções das dimensões com os eixos, em seu eixo 1 ele traz Planejamento e Avaliação Institucional e inclui o relato institucional como um dos principais elementos do processo avaliativo. Isso só vem de encontro à concepção pessoal de que a avaliação institucional serve como ferramenta diagnóstica no processo de gestão acadêmica.

A pesquisa realizada por Maria do Carmo de Lacerda Peixoto trouxe um aprofundamento teórico muito importante para o entendimento da avaliação institucional, apresentou dados significativos sobre as avaliações de algumas instituições públicas, privadas, estaduais e federais. A partir disso, é possível questionar cada vez mais a subjetividade, o instrumento de avaliação utilizado sem respeito à individualidade de cada IES.

Esses dados evidenciam a existência de distinções tanto internamente a esses dois grupos de IES, como também entre eles, distinções essas que os conceitos finais da avaliação externa, baseada em critérios homogeneizadores, não conseguiram expressar. São instituições que se denominam universidades, mas que se caracterizam por desenvolver atividades bastante diversas, principalmente tendo em vista a

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ênfase colocada diante do estabelecimento pelo artigo 52 da LDB, os dados evidenciam também que os resultados dessa avaliação externa não refletem o cumprimento do propósito de respeito à identidade e missão de cada IES, tal como se pretendia nos documentos iniciais do SINAES. (PEIXOTO, 2011, p. 27).

Já na Visão de Dias Sobrinho apud Ristoff (sd, p.06), a avaliação institucional é definida como “Um empreendimento sistemático que busca a compreensão global da Universidade, pelo reconhecimento e pela integração de suas diversas dimensões”.

A visão de Sobrinho traz a contextualização da IES como processo de integralização de todas as partes, respeitando a integridade de cada dimensão.

Assim sendo, as instituições de ensino precisam cada vez mais levar a sério a avaliação institucional e se beneficiar dos frutos que ela, quando bem empregada, pode trazer para a IES utilizar como processo de gestão acadêmica, analisando os resultados e utilizando-os em seu benefício para a conquista de uma educação com mais qualidade.

MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia utilizada buscou mostrar os métodos, os tipos de pesquisa e as formas de obter a informação, seu processamento e análise para conseguir desenvolver a presente pesquisa.

Assim, o método científico utilizado foi o de análise e síntese, pois se pretende analisar cada uma das partes por separado para depois sintetizar e conseguir resumir os principais resultados.

A pesquisa desenvolvida pode classificar-se como sendo interpretativa, pois se trata de conhecer a importância das mesmas, discutir como é que as novas modificações introduzidas nas normas para a avaliação institucional externa do MEC poderiam ajudar no aperfeiçoamento do trabalho de avaliação externa, como também objetiva afastar das pessoas o medo pela subjetividade e rigidez que aparecem em algumas das normas contidas do documento do MEC referido anteriormente.

Os dados utilizados na pesquisa são do tipo secundários, pois os mesmos foram obtidos do documento de avaliação institucional externa do MEC, 2014, e de artigos referentes ao tema que aparecem nas referências bibliográficas,

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O estudo detalhado destes dados e o reflexo deles nas instituições de ensino superior foi o que propiciou o embasamento do trabalho.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O novo instrumento de avaliação institucional externa de janeiro de 2014 trouxe a avaliação em um dos pontos fundamentais do processo avaliativo em seu Eixo 1

Planejamento e avaliação institucional: considera a dimensão 8 (planejamento e avaliação) dos SINAES. Inclui também um relato institucional que descreve e evidência os principais elementos do seu processo avaliativo (interno e externo) em relação ao PDI, incluindo os relatório elaborados pela comissão própria de avaliação (CPA) do período e constitui o objeto de avaliação (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC, 2014, p 2).

Percebe-se que o planejamento e a avaliação precisam estar coerentes com o relato institucional, pois a autoavaliação é reflexo da CPA na gestão.

Outra mudança foi a junção no Eixo 2, missão e plano de desenvolvimento institucional, dimensão 1 e responsabilidade social da instituição , dimensão 3.

O Eixo 2, desenvolvimento institucional, veio para verificar a coerência do que está escrito no PDI e as ações da IES em seu cotidiano.

O Eixo 3, políticas acadêmicas, contempla as dimensões: 4 - comunicação com a sociedade e 9 - políticas de atendimento dos discentes. Nesse eixo, são verificados os trabalhos que são realizados com os egressos, programas de extensão, atendimento aos discentes, programa de nivelamento, é verificado se todos esses elementos fazem parte do planejamento da IES.

O Eixo 4, políticas de gestão, contempla as dimensões: 5 - política de pessoal, 6 - organização de gestão da instituição e 10 - sustentabilidade financeira. Tem como foco verificar o desenvolvimento das políticas de pessoal e da organização e gestão da IES, tem como principal o plano de carreira, corpo docente, participação dos órgãos colegiados, política financeira.

Já o Eixo 5, infraestrutura física, contempla a dimensão 7 do SINAES. Ele vem verificar a estrutura da instituição, se as salas de aula são adequadas, se contempla o número de alunos, se tem acesso para cadeirante, se possui sala dos professores, são vários os itens para verificar toda a estrutura da instituição.

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O instrumento ainda tem 18 requisitos legais (anexo A) e normativos obrigatórios, entre esses, destaca-se a inclusão de dois itens, o auto de vistoria do corpo de bombeiros, responsabilidade que deve ser de segurança pública de cada município e agora também passou a ser do Ministério de Educação. O MEC deve ser responsável por verificar esse tipo de situação?

Outra situação é, além das condições de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, a inclusão da proteção dos direitos da pessoa com transtorno do espectro autista, ou seja, a instituição deverá ter uma política de desenvolvimento e acompanhamento desses alunos.

Porém, a pergunta que fazemos é se as comissões de avaliação estão preparadas para essas cobranças, se elas sabem o que é preciso para acompanhar e trabalhar com alunos assim, ou elas exigirão atitudes descontextualizadas por não conhecer o espectro ou a IES apresentará o que achar que é correto e elas terão que aceitar.

Não só se tratando dos requisitos legais, mas de todo o processo avaliativo, as comissões estão preparadas para a avaliação da IES? Elas seguem puramente o instrumento de avaliação ou utilizam a subjetividade, para situação que não concordam ou que não sabem como objetivar?

É correto afirmar que as comissões vêm sendo cada vez mais um “bicho papão” para as IES ou isso não passa de um mito?

Esse termo surgiu do fato de que há muito tempo vem se falando da falta de preparo de alguns avaliadores e da incoerência de algumas questões do instrumento de avaliação, pois ele não traz três pontos que são fundamentais de acordo com a proposta do SINAES.

São três pontos de destaque que caracterizam e diferenciam a proposta do SINAES: a) consideração da diversidade institucional existente no país; b) necessidade do respeito à identidade das instituições e c) análise global e integrada da avaliação, construída por dois momentos distintos próprios de uma avaliação educativa: aquele que busca conhecer a realidade e aquele que busca interpretá-la, buscando sentido. Estes três pontos foram bem definidos no art. 2 da lei 10.861/2004 que institui o SINAES (MURIEL & SOBRINHO, 2011, p 267).

Não se aprofundará esse item, pois o objetivo não é comparação da concepção do SINAES sobre avaliação e o instrumento que é utilizado na prática, porém foi importante colocar um ponto fundamental que traz o SINAES sobre o respeito à

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diversidade institucional e a identidade da instituição, esse é um dos motivos que fez surgir à lenda do “bicho papão” que assombra as IES, pois a avaliação perdeu seu sentido e estabeleceu uma prática voltada para regulação, supervisão e controle.

Alguns avaliadores seguem o que está no papel, outros usam a subjetividade, criando um mal estar para a instituição.

Já se ouviu colegas de muitas instituições reclamarem dos professores que constituem a comissão, a queixa é que muitos avaliadores ficam de portas fechadas sem expressar o que está acontecendo, não tiram dúvidas, fazem poucas perguntas e na reunião final falam coisas muito superficiais.

Outra situação que é muito apontada pelas instituições pequenas que se situam em locais de difícil acesso é que os avaliadores geralmente são professores ou diretores de grandes instituições de ensino, localizadas em sua grande maioria na capital e eles têm uma visão formada daquilo que são acostumados a ver todos os dias e, quando conhecem pequenas instituições, acabam fazendo uma comparação ingrata e desleal entre a IES em que atua e a IES que estão avaliando. Muitas vezes o laboratório de informática tem quantidade de computadores suficiente e está em ótimo estado, é arejado, com multimídias, quadro etc., mas quando a instituição recebe a nota, fica surpresa com um 2 e não recebe justificativa consistente.

Situações como essa prejudicam uma instituição, que muitas vezes representam a única esperança de educação que há na região.

Porém na experiência profissional da autora como gestora de uma instituição de ensino, percebe-se que nos últimos dois anos a atuação dos avaliadores está mudando bastante. Nas últimas três avaliações que foram recebidas, foi notória essa mudança, ou seja, nem tudo está perdido, as comissões estão muito mais preparadas para avaliar uma IES, a avaliação é levada mais a sério, é um processo onde o diálogo entre os avaliadores e a equipe da IES ocorre constantemente, podendo assim esclarecer diversas situações, não trazendo mal entendido e, consequentemente, não prejudicando a IES.

Poder utilizar os resultados do processo avaliativo faz com que a avaliação se torne significativa, ajudando a instituições nos seus processos do dia a dia. Na instituição em que atuo hoje ela é encarada muito mais como um desafio e ao mesmo tempo aliada, no sentido de uma única filosofia, oportunizar educação de qualidade.

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Se o instrumento de avaliação está adequado ou não às demandas da educação brasileira ou se ele atende ou não às realidades das diferentes regiões não é a parte essencial nesta discussão, pois frente a uma análise cuidadosa, percebe - se que ele é mais um instrumento de regulação e controle e está longe da concepção do SINAES, porém a avaliação que está sendo feita de forma mais rigorosa nos últimos anos, mesmo que seja para fiscalizar e controlar, está trazendo importantes mudanças para as IES.

Não é novidade que temos grandes grupos educacionais que buscam a quantidade de alunos, grupos muito capitalistas para os quais o que importa são os números e não a qualidade de ensino que está sendo oferecido ao aluno. Há pouco tempo foi divulgada uma propaganda de um desses grupos na mídia que dizia: “Faça vestibular e saia na hora matriculado”. Desta situação, sai o questionamento sobre o porquê de aplicar uma prova se ela nem vai ser corrigida. Neste caso, estão tornando o ensino um grande comércio onde quem paga, passa.

Porém, esses mesmos grupos, nos últimos anos, estão tendo que cumprir as normas dos instrumentos avaliativos, antes a cobrança não era muito grande então muitas coisas passavam, hoje, percebe-se que a cobrança é muito maior, a instituição que não seguir acaba sendo muito prejudicada, tendo que se comprometer e assinar o termo de compromisso para regularizar as irregularidades e muitas vezes têm seu vestibular suspenso ou até são descredenciados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há uma expectativa para que o instrumento de avaliação melhore cada vez mais e quem sabe um dia chegue mais perto da proposta do SINAES.

O respeito à identidade e à diversidade institucional é um dos princípios primordiais e que precisa estar em sintonia com o plano de desenvolvimento institucional da IES.

A avaliação nunca será uma demonstração total da verdade, porém ela servirá como instrumento de gestão da IES, a partir dos seus resultados, o gestor poderá traçar os caminhos, estabelecer as metas, arrumar o que não está bom e buscar a melhoria.

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Se a avaliação deve produzir sentido, devemos perguntar: Qual o sentido produzido pelas avaliações externas? A partir do feedback, é possível analisar, reconhecer, fidelizar e transformar a realidade avaliada pelas comissões?

Se a instituição consegue repensar alguns processos e planejar algumas ações é porque a comissão de avaliação contribuiu com o planejamento estratégico da IES.

Portanto, independente da forma como a avaliação está sendo feita, ela deve servir como processo reflexivo, formativo, diagnóstico e permanente. É um instrumento de gestão, direcionando o caminho da IES, apontado as falhas e fidelizando o que está bom. Deve servir de ferramenta diagnóstica para a prática pedagógica.

REFERÊNCIAS

FUNGHETTO, S. S.; GRIBOSKI, C. M. Nota Técnica 08 CGACGIES/DAES/INEP. Reformulação dos instrumentos de avaliação institucional externa do sistema de avaliação da educação superior. Ministério da Educação. Brasília, 2013.

MARCHELLI, P. S. O Sistema de Avaliação Externa dos Padrões de Qualidade da Educação Superior no Brasil: considerações sobre os indicadores. Ensaio (Fundação Cesgranrio. Impresso), v. 15, p. 351-372, 2007.

MEC, Instrumento de avaliação institucional externa, 2014.

MURIEL, R.. O novo instrumento de Avaliação de IES: Avanços e retrocessos. Material Acadêmico MBA administração acadêmica e Universitária, Carta Consulta, 2014.

MURIEL, R.; SOBRINHO, J. D Avaliação e educação no Brasil: avanços e retrocessos. Série – Estudo, Periódico do programa de pós-graduação em educação da UCDB. Campo Grande, 2011.

PEIXOTO, M. do C. de L. Avaliação Institucional externa no SINAES: considerações sobre a prática recente. Avaliação. Campinas. Sorocaba, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 11 – 36, 2011.

RISTOFF, D. Avaliação institucional da Universidade Federal de Santa Catarinas. Florianópolis: UFSC, 1994

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ANEXOS Anexo A - REQUISITOS LEGAIS E NORMATIVOS

Os requisitos legais e normativos são essencialmente regulatórios e, por isso, não fazem parte do cálculo do conceito da avaliação. Os avaliadores farão o registro do cumprimento ou não do dispositivo legal por parte da instituição para o processo de regulação, justificando a avaliação atribuída. Tratando-se de disposições legais, esses itens são de atendimento obrigatório.

Dispositivo Legal/Normativo Explicitação do dispositivo Sim Não NSA 1 Alvará de funcionamento. A IES possui alvará de

funcionamento? 2 Auto de Vistoria do

Corpo de Bombeiros (AVCB).

A IES possui certificado que atesta as condições de segurança contra incêndio? A

IES apresenta recursos antipânico em suas instalações? 3 Manutenção e Guarda do

Acervo Acadêmico, conforme disposto na Portaria N° 1.224, de 18 de

dezembro de 2013.

A IES cumpre as exigências da legislação?

4 Condições de

acessibilidade para pessoas com deficiência

ou mobilidade reduzida, conforme disposto na CF/88, Art. 205, 206 e 208, na NBR 9050/2004, da ABNT, na Lei N° 10.098/2000, nos Decretos N° 5.296/2004, N°

A IES apresenta condições

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6.949/2009, N° 7.611/2011 e na Portaria N°

3.284/2003.

5 Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno

do Espectro Autista, conforme disposto na Lei

N° 12.764, de 27 de dezembro de 2012.

A IES cumpre as exigências da legislação?

6 Plano de Cargos e Carreira Docente.

O Plano de Cargos e Carreira Docente está protocolado ou homologado no Ministério do

Trabalho e Emprego? 7 Plano de Cargos e

Carreira dos técnicos administrativos.

O Plano de Cargos e Carreira dos técnicos administrativos está

protocolado ou homologado no Ministério do Trabalho e Emprego? 8 Titulação do Corpo Docente Universidades e Centros Universitários: Percentual mínimo (33%) de docentes com pós-graduação stricto sensu, conforme disposto

no Art. 52 da Lei N° 9.394/96 e nas Resoluções

Nº 1/2010 e Nº 3/2010. Faculdade:

No mínimo docentes com formação em pós-

Universidades e Centros Universitários:

A IES tem, no mínimo, um terço do corpo docente com titulação

stricto sensu?

O corpo docente tem, no mínimo, formação lato sensu?

Faculdades:

O corpo docente tem, no mínimo, formação lato sensu?

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graduação lato sensu, conforme disposto na Lei

N° 9.394/96. 9 Regime de Trabalho do Corpo Docente Universidade: Percentual mínimo (1/3) de docentes contratados em regime de tempo integral, conforme disposto no Art. 52 da Lei N° 9.394/96 e na Resolução Nº 3/2010. Centros Universitários: Percentual mínimo (20%) de docentes contratados em regime de tempo integral, conforme disposto

na Resolução N° 1/2010.

Universidades:

A IES tem, no mínimo, um terço do corpo docente contratado em

regime de tempo integral?

Centros Universitários:

A IES tem, no mínimo, um quinto do corpo docente contratado em

regime de tempo integral?

10 Forma Legal de Contratação dos

Professores.

A contratação de professores ocorre mediante regime de trabalho CLT ou Estatutário pela

mantenedora com registro na mantida?

11 Comissão Própria de Avaliação (CPA), conforme disposto no Art.

11 da Lei N° 10.861/2004.

A IES possui CPA prevista/implantada? 12 Comissão Local de Acompanhamento e Controle Social (COLAPS), conforme disposto na Portaria N°

A IES possui COLAPS prevista/implantada?

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1.132, de 2 de dezembro de 2009. 13 Normas e procedimentos para credenciamento e recredenciamento de Centros Universitários, conforme disposto na Resolução CNE/CES N° 1/2010.

A IES atende aos requisitos exigidos pela Resolução?

14 Normas e procedimentos para credenciamento e recredenciamento de Universidades, conforme disposto na Resolução CNE/CES N° 3/2010.

A IES atende aos requisitos exigidos pela Resolução?

15 Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação

das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino

de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena, nos termos da Lei Nº 9.394/96, com a redação dada pelas Leis

Nº 10.639/2003 e N° 11.645/2008, e da Resolução CNE/CP N° 1/2004, fundamentada no Parecer CNE/CP Nº 3/2004.

A IES cumpre as exigências das legislações?

16 Políticas de educação ambiental, conforme

disposto na Lei N°

A IES cumpre as exigências das legislações?

(15)

9.795/1999, no Decreto N° 4.281/2002 e na Resolução CNE/CP Nº 2/2012. 17 Desenvolvimento Nacional Sustentável, conforme disposto no Decreto N° 7.746, de 05/06/2012 e na Instrução Normativa N° 10, de 12/11/2012.

A IES cumpre as exigências das legislações?

18 Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos, conforme disposto no Parecer CNE/CP N° 8, de 06/03/2012, que originou a Resolução CNE/CP N° 1, de 30/05/2012.

A IES cumpre as Diretrizes Nacionais para a Educação em

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