• Nenhum resultado encontrado

ENSINO DE CAMPO: SUA IMPORTANCIA NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO *

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ENSINO DE CAMPO: SUA IMPORTANCIA NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO *"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

E N S I N O D E C A M P O : S U A I M P O R T A N C I A N A F O R M A Ç Ã O D O E N F E R M E I R O *

Eliane Corrêa Chaves * * Esteia Regina Ferraz*** Shizuka Ishii**** Suely Itsuko Ciosak ***** Ana Maria K. Miyadahira**

C H A V E S , E. C ; F E R R A Z , E. R . ; I S H I I , S . ; C I O S A K , S . I . ; M I Y A D A H I R A , A . M . K . E n s i n o d e c a m p o : s u a i m p o r t â n c i a n a f o r m a ç ã o d o e n f e r m e i r o . Rev. Esc. Enf. USP, S ã o P a u l o , / 5 ( 2 ) : 1 3 5 - 1 4 0 , 1 9 8 1 .

As autoras abordam o ensino de campo como elemento essencial na formação de en-fermeiros, dando suas características, vantagens e requisitos.

O e n s i n o d e c a m p o é e l e m e n t o i n d i s p e n s á v e l d o s i s t e m a de f o r m a ç ã o de en-f e r m e i r o s . C o n s i s t e e m t o d a i n s t r u ç ã o d a d a a e s t u d a n t e s de e n en-f e r m a g e m d u r a n t e o p e r í o d o d e p r á t i c a , n a s i n s t i t u i ç õ e s d e s a ú d e , h o s p i t a l a r e s o u p a r a - h o s p i t a l a r e s . S e g u n d o C A R V A L H O 2, "o e n s i n o c l í n i c o é a essência d o e n s i n o n a e n f e r m a -g e m . A e x p e r i ê n c i a c l í n i c a c o n s o m e a m a i o r p a r t e do t e m p o d e s t i n a d o a u m a disc i p l i n a d e e n f e r m a g e m e n ã o p o d e r i a s e r d e o u t r a m a n e i r a , u m a v e z q u e a p r o f i s -são é e s s e n c i a l m e n t e t é c n i c a e e x i g e p r á t i c a n o c a m p o , a n t e r i o r a o s e u e x e r c í c i o . Essa p r á t i c a , p o r é m , n ã o é d e s l i g a d a d o c o n t e ú d o t e ó r i c o do c u r s o ; as p r o f e s s o r a s a c o m -p a n h a m os a l u n o s n o e s t á g i o e j u n t o a o d o e n t e c o n t i n u a m e n s i n a n d o , c o r r i g i n d o f a l h a s e o r i e n t a n d o . H á s e m p r e u m a p r o p o r ç ã o r a z o á v e l de t e m p o d e a p r e n d i z a g e m , p a r a c a d a a l u n o , d e n t r o d o p e r í o d o d e e x p e r i ê n c i a c l í n i c a c h a m a d o d e i n s t r u ç ã o o u e n s i n o c l í n i c o , q u e p o d e r á o u n ã o s e r p r o g r a m a d o a n t e c i p a d a m e n t e " . P a r a H E I D G E R K E N4, o e n s i n o de c a m p o e n g l o b a o e n s i n o d e caso ( e m a u l a , u t i l i z a n d o d a d o s c o l h i d o s n a c o m u n i d a d e ) , o l a b o r a t ó r i o d e c i ê n c i a s a p l i c a -d a s e o m e i o c l í n i c o c o m o o h o s p i t a l , s e r v i ç o -d a c o m u n i -d a -d e . P a r a C A R V A L H O2, o e n s i n o c l í n i c o c o n s i s t e n a i n s t r u ç ã o d a d a a o s a l u n o s n o a m b i e n t e de t r a b a l h o ( e n f e r m a r i a ) o u e m s a l a de a u l a , r e l a c i o n a d o c o m o t r a t a m e n t o e c o m a a s s i s t ê n c i a d e e n f e r m a g e m e u m d e t e r m i n a d o d o e n t e o u g r u p o d e d o e n t e s . C o n s i s t e , p o r t a n t o , e m s u p l e m e n t a r o e n s i n o t e ó r i c o : e m e n s i n a r o estu-d a n t e a p r e s t a r a s s i s t ê n c i a c o m p l e t a estu-d e e n f e r m a g e m , e m a j u estu-d á - l o a a p l i c a r os s e u s c o n h e c i m e n t o s t e ó r i c o s n a p r á t i c a d i á r i a c o m os s e u s p a c i e n t e s , e m e s t i m u l a r s e u d e -s e n v o l v i m e n t o i n t e l e c t u a l e t é c n i c o .

* Trabalho apresentado & disciplina Problemas do Ensino de Enfermagem, no Curso de Pós-Gra-duação, nível de Mestrado da EEUSP, 1980.

** Auxiliar de Ensino da disciplina Enfermagem Médlco-Cirúrgica da EEUSP. *** Auxiliar de Ensino da disciplina Enfermagem em Centro Cirúrgico da EEUSP.

**** Enfermeira-Assistente Técnico da Divisão de Enfermagem do Instituto do Coração do Hospital das Cliniicas da FMUSP.

(2)

D e a c o r d o c o m a l e g i s l a ç ã o b r a s i l e i r a v i g e n t e , R e s o l u ç ã o d o C o n s e l h o F e d e r a l d e E d u c a ç ã o n.° 0 4 / 7 2 , b a s e a d o n o P a r e c e r n.° 1 6 3 / 7 2 d o m e s m o C o n s e l h o q u e estabelece o c u r r í c u l o m í n i m o d o s c u r s o s de G r a d u a ç ã o e m E n f e r m a g e m e Obste-t r í c i a , a r Obste-t i g o 8.°, a l í n e a a, v e r i f i c a m o s q u e n a h a b i l i Obste-t a ç ã o g e r a l de E n f e r m e i r o , são necessários 2 . 5 0 0 h o r a s de a t i v i d a d e s , i n t e g r a l i z á v e i s n o m í n i m o e m três a n o s leti-v o s . No a r t i g o 9 . ° , e n c o n t r a m o s " n a m o d a l i d a d e g e r a l d e E n f e r m e i r o e e m todas a s h a b i l i t a ç õ e s s e r á e x i g i d o o Estágio S u p e r v i s i o n a d o e m h o s p i t a l e e m o u t r o s ser-viços m é d i c o - s a n i t á r i o s a c r i t é r i o d a I n s t i t u i ç ã o , c o m c a r g a h o r á r i a n ã o i n f e r i o r a u m t e r ç o d a c o r r e s p o n d e n t e à p a r t e o u p a r t e s p r o f i s s i o n a l i z a n t e s d o c u r r í c u l o e le-v a d o a efeito d u r a n t e todo o t r a n s c u r s o desse p e r í o d o de f o r m a ç ã o " l.

Na a n á l i s e f e i t a p o r P I N H E I R O 5, sobre a P o r t a r i a n.° 1 5 9 / 6 5 , do M i n i s t r o d a E d u c a ç ã o e C u l t u r a , q u e h o m o l o g a o P a r e c e r n.° 5 2 / 6 5 e r e s p e c t i v o a d e n d o a p r o v a d o p e l o c o n s e l h o F e d e r a l d e E d u c a ç ã o a a u t o r a chega às s e g u i n t e s conclusões: 1 . " A s escolas d e e n f e r m a g e m d e v e m t e r d o c e n t e s d e e n f e r m a g e m p a r a o ensis i n o e ensis u p e r v i ensis ã o doensis e ensis t u d a n t e ensis n o c a m p o d e eensistágio, n a p r o p o r ç ã o a p r o x i -m a d a d e u -m d o c e n t e p a r a oito a l u n o s , a f i -m de p o s s i b i l i t a r o e n s i n o c l í n i c o . 2 . A s docentes das c a d e i r a s de e n f e r m a g e m d e v e m c o m p u t a r todo o e n s i n o

clí-n i c o , p l a clí-n e j a d o e i clí-n c i d e clí-n t a l , p o r ser esta a f o r m a d e e clí-n s i clí-n o q u e a l é m de a p r e s e n t a r m a i o r p o s s i b i l i d a d e de f i x a ç ã o d e a p r e n d i z a g e m , e v i d e n c i a o n ú -m e r o r e a l d e h o r a s de i n s t r u ç ã o . 3 A s escolas q u e n ã o d i s p õ e m de r e c u r s o s f i n a n c e i r o s p a r a c o n t r a t a r e n f e r m e i r a s e d u c a d o r a s e m n ú m e r o s u f i c i e n t e p a r a o e n s i n o c l í n i c o e c o n s e q u e n t e -m e n t e n ã o p o d e -m a t i n g i r o t e r -m o -m é d i o de h o r a s de e n s i n o e x i g i d a s p a r a r e a l i z a r o c u r s o e m t r ê s a n o s , d e v e r ã o r e t a r d a r o r i t m o d o c u r s o , se neces-s á r i o , a t é o l i m i t e m í n i m o d e i n t e g r a l i z a ç ã o de h o r a neces-s ú t e i neces-s , q u e é o d o c u r neces-s o e m c i n c o a n o s " .

Vê-se p o r t a n t o q u e a p e s a r das conclusões a c i m a t e r e m sido r e d i g i d a s e m 1 9 6 8 , e de h a v e r p a r e c e r m a i s r e c e n t e do C F E , de 1 9 7 2 , j á c i t a d o , a s i t u a ç ã o d o estágio de c a m p o n ã o d i f e r e da a t u a l .

Características do ensino clínico

O e n s i n o c l í n i c o o u de c a m p o d e v e ser p l a n e j a d o , a v a l i a d o e i m p l e m e n t a d o de t a l f o r m a q u e p r o p o r c i o n e o m a i o r a p r o v e i t a m e n t o dos a l u n o s . P a r a t a n t o , h á necessidade de q u e o p r o f e s s o r p l a n e j e a t i v i d a d e de c a m p o c o e r e n t e c o m a t e o r i a e c o m os o b j e t i v o s p r o p o s t o s . O p r o f e s s o r d e v e ter e m m e n t e : a t i v i d a d e s dos estudantes, o r i e n t a ç ã o n e c e s s á r i a , d i f i c u l d a d e s a s e r e m e n c o n t r a d a s e q u a l i d a d e d o t r a b a -l h o e s p e r a d o .

P a r a escolha do local d e estágio é i m p o r t a n t e l e m b r a r q u e os e s t u d a n t e s s o f r e m u m processo d e i n t e r a ç ã o c o m o a m b i e n t e físico e p s i c o l ó g i c o do c a m p o . O i n t e r -r e l a c i o n a m e n t o c o m todo o seu pessoal q u e i n c l u e os i n t e g -r a n t e s d e d i v e -r s a s cate-g o r i a s de p r o f i s s i o n a i s de s a ú d e , pessoal a d m i n i s t r a t i v o , d e s e r v i ç o s técnicos e os p r ó p r i o s p a c i e n t e s , e x e r c e g r a n d e i n f l u ê n c i a n a f o r m a ç ã o do a l u n o , q u e a p r e n d e -r á a t -r a v é s dos e x e m p l o s , b o n s o u m a u s .

S e g u n d o S C H W E E R & G E B B I E6, as h a b i l i d a d e s q u e s e r ã o d e s e n v o l v i d a s n o a l u n o , n o c a m p o de estágio, p o d e m ser c l a s s i f i c a d a s e m :

(3)

a . de observação: i n d i s p e n s á v e l p a r a a d e t e r m i n a ç ã o d e ações a p r o p r i a d a s a o c u i -d a -d o -d o p a c i e n t e ; e m b o r a o c a m p o -de estágio p r o p i c i e a m p l a s o p o r t u n i -d a -d e s p a r a d e s e n v o l v e r a c a p a c i d a d e de o b s e r v a ç ã o , n ã o a s s e g u r a q u e o a l u n o d e s e n v o l v a a u -t o m a -t i c a m e n -t e es-ta h a b i l i d a d e de m o d o s e l e -t i v o ; a -t r a v é s d o u s o dos v á r i o s sen-tidos o a l u n o p o d e a p r e n d e r a o b s e r v a r as expressões f a c i a i s d o p a c i e n t e , m o v i m e n t o s c o r p o r a i s , p o s t u r a , etc. e v e r i f i c a r as i n c o n s i s t ê n c i a s e n t r e a c o m u n i c a ç ã o v e r b a l e n ã o v e r b a l ; e i n e r e n t e a isto o d e s e n v o l v i m e n t o d a p e r c e p ç ã o s e l e t i v a , i n t e r p r e t a ç ã o e j u l g a m e n t o q u e l e v a m à ação p o s i t i v a .

b . de relacionamento interpessoal, q u e e n v o l v e : 1 ) c o m p r e e n s ã o dos s e n t i m e n t o s , c a p a c i d a d e , l i m i t a ç õ e s e o g r a u de aceitação desses f a t o r e s ; 2 ) d e s e n v o l v i m e n t o do p r ó p r i o p o t e n c i a l ; 3 ) c o m p r e e n s ã o d o c o m p o r t a m e n t o do p a c i e n t e e s u a f a m i l i a , a c e i t a n d o seus v a l o r e s e a j u d a n d o - o s a a t i n g i r seu p o t e n c i a l m á x i m o ; 4 ) m e n t o d e a m b i e n t e t e r a p ê u t i c o p a r a i n t e r a ç ã o e n f e r m e i r o - p a c i e n t e ; 5 ) estabeleci-m e n t o d e r e l a c i o n a estabeleci-m e n t o e f e t i v o e n t r e o p a c i e n t e , s u a f a estabeleci-m í l i a , o estabeleci-m é d i c o e o u t r o s q u e c o n t r i b u e m c o m seu b e m - e s t a r ; e 6 ) e s t a b e l e c i m e n t o de r e l a c i o n a m e n t o efe-t i v o c o m o pessoal de e n f e r m a g e m e o u efe-t r o s m e m b r o s d a e q u i p e d e s a ú d e .

c . 7 i « aplicação de conceitos e princípios científicos às situações clínicas: é essenc i a l n o e n s i n o essenc l í n i essenc o , o d e s e n v o l v i m e n t o d e h a b i l i d a d e p a r a u t i l i z a r o essenc o n h e essenc i m e n to d a s v á r i a s c i ê n c i a s e d a t e o r i a de e n f e r m a g e m ; s e r i a i r r e a l s u p o r q u e os e s t u d a n -tes l e m b r a s s e m d e a p l i c a r os conceitos e p r i n c í p i o s n a s i t u a ç ã o c l í n i c a ; cabe ao p r o f e s s o r , j u n t a m e n t e c o m os a l u n o s , u t i l i z a r estas i n f o r m a ç õ e s básicas p a r a a v a l i a r as n e c e s s i d a d e s , e s t a b e l e c e r e i m p l e m e n t a r u m p l a n o d e ação p a r a a t e n d e r a estas n e c e s s i d a d e s . d . em fazer julgamento, e n v o l v e : 1 ) r e c o n h e c i m e n t o de s i n a i s e s i n t o m a s d o p a c i e n t e ; 2 ) a n á l i s e desses s i n a i s e s i n t o m a s p a r a c h e g a r a u m d i a g n ó s t i c o d e e n f e r m a g e m ; 3 ) d e s e n v o l v i m e n t o e i m p l e m e n t a ç ã o d e u m p l a n o de ação de e n f e r m a g e m ; 4 ) a v a l i a ç ã o d o c u i d a d o fazendose os a j u s t a m e n t o s n e c e s s á r i o s ; 5 ) i n t e r p r e -t a ç ã o e r e g i s -t r o d a s o b s e r v a ç õ e s ; 6 ) c o o r d e n a ç ã o d a e q u i p e e 7 ) e n s i n o a o p a c i e n -t e de a c o r d o c o m s u a s necessidades e c a p a c i d a d e de a s s i m i l a ç ã o . e . motora: os a l u n o s d e e n f e r m a g e m p r e c i s a m d e s e n v o l v e r v á r i a s h a b i l i d a d e s m o t o r a s d e m o d o a p r e s t a r c u i d a d o s e g u r o d e e n f e r m a g e m ; u m p r o g r a m a de e n s i n o c l í n i c o d e v e p r e v e r ; 1 ) d e s e n v o l v i m e n t o da h a b i l i d a d e m o t o r a ; 2 ) c o n h e c i m e n t o d e e q u i p a m e n t o s e l e t r ô n i c o s e m e c â n i c o s e a i n t e r p r e t a ç ã o d e seus r e s u l t a d o s e 3 ) m o -d i f i c a ç ã o -d a h a b i l i -d a -d e m o t o r a p a r a a t e n -d e r as necessi-da-des -d o p a c i e n t e n u m a - de-t e r m i n a d a s i de-t u a ç ã o . P a r a q u e o a l u n o d e s e n v o l v a s e u p o t e n c i a l ao m á x i m o d u r a n t e o e n s i n o clí-n i c o o p r o f e s s o r d e v e a u x i l i á - l o : — n o p l a n e j a m e n t o e o r g a n i z a ç ã o d a s a t i v i d a d e s d i á r i a s , c o n s i d e r a n d o a u t i l i z a -ção d o t e m p o , e n e r g i a e m a t e r i a l ; — n a a p l i c a ç ã o d e conceitos e p r i n c í p i o s n a s i t u a ç ã o c l í n i c a . A a p r e n d i z a g e m é m a i s e f e t i v a q u a n d o o p r o f e s s o r q u e s t i o n a s i s t e m a t i c a m e n t e o a l u n o : p o r q u e o p a c i e n t e a p r e s e n t a d e t e r m i n a d o c o m p o r t a m e n o ? P o r q u e certos s i n t o m a s são i n d i c a t i v o s d e c e r t a s m a n i f e s t a ç õ e s c l í n i c a s ? e t c . Isto a j u d a o a l u n o a r e l a c i o

(4)

-n a r o c o -n h e c i m e -n t o t e ó r i c o e a e x p e r i ê -n c i a c l í -n i c a a l é m d e -n e l e d e s e -n v o l v e r o h á b i t o d e q u e s t i o n a r ; — n o d e s e n v o l v i m e n t o d e r e l a ç ã o i n t e r p e s s o a l . U m c u r s o sobre d i n â m i c a d a co-m u n i c a ç ã o p o d e a j u d a r o a l u n o a d e s e n v o l v e r u co-m r e l a c i o n a co-m e n t o e f e t i v o n o c a m p o d e e s t á g i o ; — a f a z e r j u l g a m e n t o s . 0 p r o c e s s o d e e n f e r m a g e m q u e e n v o l v e u m p l a n o d e c u i d a d o e s c r i t o i m p l i c a e m j u l g a m e n t o , u m a v e z q u e este p l a n o é b a s e a d o n u m d i a g n ó s t i c o e — n o d e s e n v o l v i m e n t o de h a b i l i d a d e s m o t o r a s . C o m o as h a b i l i d a d e s a p r e n d i d a s e m l a b o r a t ó r i o t e n d e m a d e g e n e r a r , q u a n d o n ã o são i m e d i a t a m e n t e s e g u i d a s p e l a e x p e r i ê n c i a n u m a s i t u a ç ã o r e a l , o p r o f e s s o r d e v e d a r a o a l u n o a opor-t u n i d a d e d e a p l i c a ç ã o i m e d i a opor-t a da h a b i l i d a d e n a p r á opor-t i c a . É a c o n s e l h á v e l q u e , após c a d a d i a d e e s t á g i o , o p r o f e s s o r f a ç a c o m o s a l u n o s r e u n i ã o d e a v a l i a ç ã o d o p l a n e j a m e n t o e x e c u t a d o b e m c o m o d e e s t u d o c o m p l e t o d a assistência p r e s t a d a a o p a c i e n t e , p o r é m , h á d i f i c u l d a d e s p a r a t a l a v a l i a ç ã o q u e de-v e r á a b r a n g e r os s e g u i n t e s i t e n s : — a q u i s i ç ã o de c o n h e c i m e n t o s t e ó r i c o e p r á t i c o ; — c a p a c i d a d e de a p l i c á - l o s ; — e x e c u ç ã o dos p r o c e d i m e n t o s de e n f e r m a g e m ; — c o m p o r t a m e n t o s e a t i t u d e s pessoais e — a v a l i a ç ã o i n d i v i d u a l de c a d a a l u n o . P a r a e f i c i ê n c i a d e t o d o o p l a n e j a m e n t o d o e n s i n o de c a m p o , h á n e c e s s i d a d e d e q u e o c a m p o d e estágio p r e e n c h a a l g u n s r e q u i s i t o s , c o m o a p o n t a m G A R C I A & R I -B E I R O 3, p a r a a r e a l i d a d e b r a s i l e i r a : a . S e r v i ç o de E n f e r m a g e m d i r i g i d o p o r e n f e r m e i r o e p r e s t a n d o b o a assistência d e e n f e r m a g e m ; b . D i r e ç ã o d o S e r v i ç o d e E n f e r m a g e m f e i t a p o r e n f e r m e i r o c o m a u t o n o m i a d e r e s o l u ç ã o d e p r o b l e m a s de e n f e r m a g e m ; c . n ú m e r o a d e q u a d o d e p e s s o a l de e n f e r m a g e m , s e n d o q u e os a l u n o s n ã o s u p r i -r ã o f a l t a s . d . p e l o m e n o s u m e n f e r m e i r o - c h e f e e m c a d a s e r v i ç o b á s i c o : c l í n i c a , c i r ú r g i c a , c e n t r o c i r ú r g i c o , p e d i a t r i a e o b s t e t r í c i a ; e . m a n t e r p r o g r a m a de e d u c a ç ã o e m s e r v i ç o ; f. t e r r e g u l a m e n t o e sistema d e a n o t a ç ã o a d e q u a d o ; g . o b s e r v â n c i a d o código de ética e h . o f e r e c e r b o a s condições de t r a b a l h o , m a t e r i a l e e q u i p a m e n t o s a d e q u a d o s .

(5)

A l é m disso, as m e s m a s a u t o r a s a p o n t a m a n e c e s s i d a d e d e : — r e u n i õ e s p e r i ó d i c a s d o c o r p o d e e n f e r m e i r o s p a r a a n á l i s e d o S e r v i ç o d e E n f e r -m a g e -m ; — n e c e s s i d a d e d e e n v i a r e n f e r m e i r o s p a r a c u r s o s d e pós g r a d u a ç ã o e — m o t i v a ç ã o d o s s e r v i ç o s d o h o s p i t a l - e s c o l a p a r a r e a l i z a ç ã o d e e s t u d o s e pesqui-sa e m e n f e r m a g e m . C o m o c o n c l u s ã o , d e s c r e v e m o s a l g u m a s n o r m a s p a r a o e m p r e g o d o e n s i n o d e c a m p o 4: a . r e s p e i t a r os a l u n o s , p a c i e n t e s , m é d i c o s e d e m a i s pessoal, p o i s o s e r h u m a n o é u m a pessoa q u e t e m d i r e i t o ao r e s p e i t o , v i d a pessoal e d i g n i d a d e h u m a n a ; b . r e s p e i t a r c a d a e s t u d a n t e c o m o u m i n d i v í d u o , q u e t e m s e u s p r ó p r i o s i n t e r e s s e s , n e c e s s i d a d e s e c a p a c i d a d e s ; c . p l a n e j a r o b j e t i v o s a d e q u a d o s , p a r a o e n s i n o t e ó r i c o e p r á t i c o d e c a d a estu-d a n t e ; d . a v a l i a r e a j u d a r o e s t u d a n t e a d e s e n v o l v e r c o n h e c i m e n t o s específicos d e acor-d o c o m a q u a n t i acor-d a acor-d e acor-d e c o n h e c i m e n t o s e h a b i l i acor-d a acor-d e s ; e . s e l e c i o n a r a t i v i d a d e s , e x p e r i ê n c i a s d i d á t i c a s n a c l í n i c a , de a c o r d o c o m c o n h e -c i m e n t o s e g r a u d e h a b i l i d a d e de -c a d a a l u n o ; f. a d a p t a r o e n s i n o à s c a p a c i d a d e s e às n e c e s s i d a d e s d e c a d a e s t u d a n t e ; g . t o r n a r o e s t u d a n t e c a p a z de e n f r e n t a r n o v o s m é t o d o s e situações s e m m u i t o e s f o r ç o , s e m t e m o r e s e c o m s e g u r a n ç a ; h . l e v a r o a l u n o a p r o g r e d i r pessoal e p r o f i s s i o n a l m e n t e d u r a n t e s u a e x p e r i ê n -c i a -c l í n i -c a , a t r a v é s de dis-cussões e a v a l i a ç õ e s ; i . e s t i m u l a r o a l u n o a se t o r n a r i n d e p e n d e n t e , p o r é m a j u d á - l o se n e c e s s á r i o . C H A V E S , E. C ; F E R R A Z , E. R . ; I S H I I , S . ; C I O S A K , S . I.; M I Y A D A H I R A , A . M . K . C l i n i c a l t e a c h i n g : its i m p o r t a n c e i n nurses's training. Rev. Esc. Enf. USP, S ã o P a u l o , 7 5 ( 2 ) : 1 3 5 - 1 4 0 , 1 9 8 1 .

The authors describe the clinical teaching as an essential element in nurses's training, giving its characteristics, advantages and requirements.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BRASIL. Leis, decretos etc. Resolução n.° 4/72. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Enfermagem: legislação e assuntos correlatos. Rio de Janeiro, Fundação Serviço Especial de Saúde Pública, 1974. v. 3, p. 722-4.

2. CARVALHO, A. C. Considerações sobre o ensino de campo na enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo, 5 (4): 149-53, out./dez. 1972.

3. GARCIA, L. T. & RIBEIRO, C. M. Padrões mínimos para o campo de prática de estudantes de enfermagem. Rev. Bras. Enf., Rio de Janeiro, 21 (5): 369-74, out. 1968.

4. HEIDGERKEN, L. E. Enseñanza en las escuelas de enfermería. 3. ed. México, Interamericana, 1966. p. 343-56.

5. PINHEIRO, M. R. S . Considerações sobre a carga horária do curso de graduação em Enfermagem geral. Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo, 2 ( 1 ) : 9-17, mar. 1968.

6. SCHWEER, J . E. & GEBBIE, K. M. Creative teaching in clinical nursing. 3. ed. Saint Louis, Mosby, 1976. cap. 6/7, p. 67-104.

(6)

BIBLIOGRAFIA

CALDAS, N. P. Responsabilidade do docente de enfermagem em relação ao campo clínico. Rev Bras Enf., Brasília, 21 (5): 389-95, out, 1968.

CARVALHO, A. C. Programação das cadeiras de enfermagem. Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo, 2 (1)-17-27, mar. 1968.

COSTA, L. A. T. et alii. Integração ensino-serviço: estudo preliminar na UNB. Rev. Bras. Enf., Bra-sília, 31 (2): 222-6, abr./jun. 1978.

DOURADO, H. G. Abordagens novas na atenção de enfermagem e a necessidade de comunicação entre os enfermeiros dos serviços e do ensino. Rev. Bras. Enf., Brasília, 29 (1): 64-8, jan./mar. 1976. FORJAS, M. Ensino clinico. Rev. Bras. Enf., Rio de Janeiro, 10 (2): 149-62, jun. 1967.

MC CAFFERY, M. What is the students learning in the clinical laboratory? J . Nurs. E d u c , New Jersey, 7 (4): 3-10. Nov. 1968.

MOREIRA, E. D. Integração ensino e serviço de enfermagem do INPS na integração servico-escola. Rev. Bras. Enf., Brasília, 28 (3): 42-7, jul./set. 1975.

OLIVEIRA, M. I. R. Porque integrar ensino e serviço de enfermagem nos hospitais universitários. Rev. Bras. Enf., Brasília, 28 (3): 37-41, jul./set. 1975.

Responsabilidade do docente de enfermagem em relação ao campo clínico. Rev. Bras. Enf., Brasília, 21 (5): 389-95, 1968.

Referências

Documentos relacionados

[r]

Esta dissertação pretende explicar o processo de implementação da Diretoria de Pessoal (DIPE) na Superintendência Regional de Ensino de Ubá (SRE/Ubá) que

O Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, de 2007, e a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, instituída em 2009 foram a base

O “tempo necessário” para as atividades complementares foi definido no tópico “Objetivos e Metas”, no qual apresentou duas metas referentes ao eixo da jornada de

diversos são os fatores que corroboram para que o professor assuma a postura de rejeição ao trabalho com os alunos incluídos: despreparo profissional para trabalhar com

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação

de professores, contudo, os resultados encontrados dão conta de que este aspecto constitui-se em preocupação para gestores de escola e da sede da SEduc/AM, em

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento