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POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

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NORMATIVOS INTERNOS

POLÍTICA

Código:

POL-14

GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

MAI/2018

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO

DO RISCO DE LIQUIDEZ

Abrangência:

(2)

ÍNDICE

POL-14

Código:

1. OBJETIVO ... 3

2. ABRANGÊNCIA ... 3

3. DEFINIÇÃO DO RISCO DE LIQUIDEZ ... 3

4. INDICADORES DE LIQUIDEZ ... 4

5. RESPONSABILIDADES E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ... 5

6. DEFINIÇÃO DE LIMITES ... 7

6.1. LIMITE DE CAIXA COM LIQUIDEZ DISPONÍVEL ... 7

6.2. LIMITES PARA OPERAÇÕES ATIVAS COM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS ... 7

6.3. LIMITE DE CONCENTRAÇÃO DE CAPTAÇÃO ... 8

6.4. LIMITE DE CONCENTRAÇÃO DE DERIVATIVOS ... 8

7. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ ... 8

8. DOCUMENTAÇÃO SUPORTE DO GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ ... 8

9. TESTE DE ESTRESSE ... 9

10. PLANO DE CONTINGÊNCIA... 10

11. INTERAÇÃO COM GERENCIAMENTO DE RISCOS OPERACIONAIS E COMPLIANCE ... 11

12. CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE ANÁLISE DE RISCO DE LIQUIDEZ ... 11

13. ÚLTIMAS REVISÕES ... 11

(3)

GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

POL-14

Código:

1.

OBJETIVO

O objetivo desse documento é a definição da Política de Gerenciamento do Risco de Liquidez do Conglomerado Prudencial Haitong Brasil, no âmbito da Gestão Integrada de Riscos, segundo os princípios da Resolução 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, pela qual as instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo BACEN devem manter estrutura de gerenciamento do risco de liquidez compatível com a natureza das suas operações, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos e a dimensão da sua exposição a esse risco. A Política de Gerenciamento do Risco de Liquidez, além de atender os aspectos regulatórios, está baseada nos princípios, estratégias, tolerância e apetite de risco definidos pelo acionista.

A estrutura para o gerenciamento do risco de liquidez do Haitong Brasil prevê políticas, estratégias e processos que visam identificar, mensurar, avaliar e monitorar, diariamente, o risco de liquidez em diferentes horizontes de tempo, tanto para situações normais quanto de estresse.

Através de seus processos, o Haitong Brasil procura: monitorar sua liquidez e os respectivos índices de liquidez de curto e longo prazo, manter estoque adequado de ativos que possam ser convertidos em liquidez, no caso de situação de estresse, bem como monitorar o perfil de captação de recursos em níveis adequados ao risco de liquidez dos ativos da instituição.

2.

ABRANGÊNCIA

O presente documento define a estrutura de gerenciamento do Risco de Liquidez para o Conglomerado Prudencial Haitong Brasil (Haitong Banco de Investimento do Brasil S.A., Haitong Securities do Brasil CCVM S.A., Haitong DTVM do Brasil S.A., Haitong Negócios S.A. e Haitong do Brasil Participações Ltda.) enquadrado atualmente no “Segmento 3” (S3) da Resolução 4.553 de 30 de janeiro de 2017 estabelecida pelo BACEN (Banco Central do Brasil).

3.

DEFINIÇÃO DO RISCO DE LIQUIDEZ

Liquidez é a capacidade de a instituição financeira honrar suas obrigações nas datas dos respectivos fluxos em que elas ocorrem ou mesmo deter disponibilidade de recursos para aproveitar oportunidades de negócios que estiverem ao alcance da instituição.

Já o Risco de Liquidez é definido como:

I. A possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas e;

II. A possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado.

Nesta ótica, a liquidez pode ser vista de duas maneiras:

Funding disponível para saldar compromissos financeiros devidos;

Funding disponível para o aproveitamento das oportunidades de negócios futuros.

O risco de liquidez está associado principalmente à primeira definição, sem, entretanto, desconsiderar a segunda situação. O risco de liquidez não se restringe ao mercado doméstico, mas deve contemplar a análise do risco de liquidez nos mercados internacionais a que a instituição tiver atuação.

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GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

POL-14

Código:

4.

INDICADORES DE LIQUIDEZ

De acordo com os critérios estipulados em Basiléia III, existem dois índices de liquidez que servem como medidas de aferição quanto ao nível de liquidez de uma instituição, são eles:

 LCR (Liquidity Coverage Ratio) – Índice de Liquidez de Curto Prazo, conforme metodologia de cálculo disposta a Circular do BACEN nº 3.749 de 05 de março de 2015 e observância de limites mínimos estipulados na Resolução do BACEN nº 4.401 de 27 de fevereiro de 2015: tem por definição apurar a razão entre o montante de ativos livres e de alta liquidez (mais conhecidos como HQLA – High Quality

Liquid Asset) e o diferencial entre as saídas e entradas de recursos para os próximos trinta dias corridos.

O intuito deste índice é mensurar quantos por centos que a instituição possui para honrar este fluxo líquido dentro deste período.

𝐿𝐶𝑅 =

Estoque de ativos de alta liquidez

Saídas líquidas no horizonte de 30 dias

≥ 100% (𝑟𝑒𝑔𝑢𝑙𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜)

Onde:

 HQLA = Ativos que podem ser fácil e imediatamente convertidos em dinheiro com pouca ou nenhuma perda de valor, mesmo em períodos de severo estresse idiossincrático ou de mercado.

 Total de Saídas Líquidas = Saídas de Caixa – Mínimo(Entradas de Caixa; 75% Saídas de Caixa)

 NSFR (Net Stable Funding Ratio) – Índice de Liquidez de Longo Prazo, conforme metodologia de cálculo disposta a Circular do BACEN nº 3.869 de 19 de dezembro de 2017 e observância de limites mínimos estipulados na Resolução do BACEN nº 4.616 de 30 de novembro de 2017: tem por definição a liquidez de modo estrutural baseada nos ativos e passivos do balanço patrimonial da instituição. É apurado através da razão entre o montante de recursos estáveis que estão disponíveis pelo montante de recursos estáveis exigidos, ou seja, o quanto se tem de recursos sobre o quanto se necessita ter.

𝑁𝑆𝐹𝑅 =

Total de Captações Estáveis Disponíveis

Total de Captações Estáveis Necessárias

≥ 100% (𝑟𝑒𝑔𝑢𝑙𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜)

Embora, atualmente, o BACEN exija apuração do LCR apenas para instituições com ativos acima de R$ 100 bilhões (cem bilhões de reais) e ainda prevê a apuração do NSFR a partir de outubro de 2018, o Haitong Brasil apura ambos os indicadores de forma os incorporar na sua gestão de liquidez, na definição de tolerância ao risco e contribuir na consolidação da informação junto a matriz. Além disso, seguindo a orientação dos seus acionistas, o Haitong Brasil possui como limites internos:

 LCR: 125% como limite de alerta e 120% como limite mínimo;  NSFR: 115% como limite de alerta e 110% como limite mínimo.

Os limites mínimos aqui estabelecidos são os mesmos níveis de tolerância estabelecidos na RAS. Além destes, o Haitong Brasil monitora os seguintes indicadores internos de liquidez:

 Caixa com Liquidez Disponível - constituído a partir dos saldos em contas correntes e disponibilidades (tanto no Brasil quanto no exterior), acrescido do valor da carteira de títulos públicos federais livres (obtido através da carteira total menos as vinculações que fazem frente aos depósitos de margem e as operações compromissadas), deduzido do valor destinado a contingentes inesperados a prestação de avais e garantias (Fianças). De acordo com os mesmos níveis de tolerância estabelecidos na RAS, o buffer de liquidez deve ser igual ou superior a 1x o Patrimônio de Referência.

 Período de Sobrevivência – a partir do caixa com liquidez disponível, verifica-se o número de dias corridos a qual a instituição consegue se manter com a disponibilidade positiva enquanto seus ativos e passivos são considerados como liquidados em suas datas normais de vencimento, ou seja, sem assumir qualquer tipo de renovação ou antecipação. De acordo com os mesmos níveis de tolerância estabelecidos na RAS, o período de sobrevivência deve ser igual ou superior a 90 dias.

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GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

POL-14

Código:

5.

RESPONSABILIDADES E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Conselho de Administração: Responsável pela aprovação e definição dos níveis de apetite por riscos da instituição na RAS e revisá-los no mínimo anualmente, com o auxílio do Comitê de Riscos, do CRO e monitorar limites e níveis de tolerância para o risco de mercado.

Responsável por aprovar a política de gerenciamento de risco de liquidez do Haitong Brasil, em periodicidade mínima anual.

Comitê de Riscos: avalia os níveis de apetite de riscos definidos pela RAS (Declaração de Apetite por Riscos); avalia as estratégias de gerenciamento do risco de liquidez e verifica a sua compatibilidade com as políticas estabelecidas e; supervisiona a observância dos temos da RAS e o desempenho do CRO. Todas estas atribuições são verificadas tanto à luz do risco de liquidez quanto de forma integrada com os demais riscos. Por fim, o Comitê de Riscos é responsável por submeter toda e qualquer aprovação necessária ao Conselho de Administração do Haitong Brasil.

ALCO – Comitê de Ativos e Passivos: tem como objetivo principal definir as linhas orientadoras de ativos e passivos do Haitong Brasil em termos de montantes, prazos e remunerações. No entanto, também são abordados e discutidos os seguintes temas:

 Liquidez: são apresentados, avaliados e discutidos os indicadores de liquidez, apresentados no item 3 desta política; a liquidez estrutural com a abertura dos fluxos de ativos e passivos ao longo do tempo e; a projeção de fluxo de caixa tanto em condições normais quanto em termos de severidade de estresse;  Plano de Contingência de Liquidez: é a apresentado e ratificado ou alterado o plano vigente de contingência de liquidez. Qualquer alteração que seja definida para o Plano de Contingência de Liquidez é retificada dentro desta própria política;

 Gestão do Balanço: são discutidas e avaliadas as consistências entre as estratégias de mercado adotadas pelo Haitong Brasil e a sua necessidade de liquidez, sempre com vistas a que o seu capital fique adequado às necessidades regulamentares do negócio;

 Riscos de Mercado: são apresentados e comentados os riscos de taxas de juros, moedas e ações a que o Haitong Brasil estiver a incorrer em seus portfolios;

 Alocação de Capital: por fim, são avaliadas as condições atuais de adequação de capital do Haitong Brasil bem como a participação dos instrumentos que compõe o total de suas exposições - RWA (Risk Weighted

Asset).

Participam do ALCO como membros votantes:  Presidente;

 Vice-Presidente;  Diretor de Tesouraria;  CRO – Chief Risk Officer;  Diretor de Investment Banking;  Diretor de Structured Finance;  Diretoria em Lisboa.

Como participantes sem voto:  Superintendente de Riscos;  Economista Chefe.

Comitê de Liquidez: tem por objetivo definir as linhas orientadoras de ativos e passivos do Haitong Brasil em momentos de estresse no nível de liquidez ou em casos extraordinários convocados por algum de seus membros. Suas principais funções são:

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GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

POL-14

Código:

 Tomar medidas que viabilizem o enquadramento de liquidez nos limites estabelecidos internamente, traçando estratégias de cobertura necessárias, mas que não firam os princípios definidos pela RAS;

 Monitorar os índices de liquidez enquadrado aos limites estipulados internamente até que tais índices se mantenham estáveis pelo prazo mínimo de 30 dias corridos;

 Avaliar ações quanto ao plano de contingência, se acaso necessário, e submeter ao ALCO ou a Diretoria para delibere para aprovação, também sem violar os princípios da RAS.

O Comitê de Liquidez também pode se reunir ordinariamente com o intuito de avaliar os níveis atuais de liquidez bem como traçar estratégias que objetivam melhorar sua eficiência.

Nos casos específicos em que o Caixa com Liquidez Disponível, nos conceitos definidos pela instituição, se situar abaixo do limite mínimo estabelecido internamente, o Comitê de Liquidez será convocado extraordinariamente. Caso este indicador permaneça abaixo do referido limite, esse Comitê continuará a ser convocado semanalmente até que a situação se regularize e seja possível visualizar, através das projeções de fluxo caixa para condições normais, a manutenção do equilíbrio quanto aos limites estabelecidos para os próximos noventa dias corridos.

Participam do Comitê de Liquidez:  Presidente;

 Vice-Presidente;  Diretor de Tesouraria;  CRO – Chief Risk Officer;  Diretor de Investment Banking;

Departamento de Controle de Riscos: A equipe atua de forma segregada e autônoma da Tesouraria, das áreas de negócios e da auditoria interna.

Dentre outras atribuições, o Departamento de Controle de Riscos tem por objetivo:

 A medição e o monitoramento das posições e exposições ao risco vis a vis os limites pré-aprovados, para todas as operações realizadas vislumbrando todos os fatores de risco que o Haitong Brasil venha a operar, mantendo a exposição aos riscos de acordo com os níveis de apetite definidos pela RAS, cujos processos são formalizados através de relatórios periódicos;

 Avaliar novos produtos e serviços e seus riscos na execução dos processos e controles relacionados aos riscos de liquidez;

 Avaliar e documentar os eventos, testar os sistemas de controle, testar os procedimentos e as rotinas, definir o contingenciamento das atividades e divulgar os resultados gerenciais para a Administração e demais áreas envolvidas;

 Proceder quanto a apuração e apresentação dos testes de stress ao Comitê de Riscos, além de avaliar estratégias que possam ser usadas como mitigadores destes impactos;

 Revisar a Política de Gerenciamento do Risco de Liquidez, no mínimo anualmente ou sempre que circunstâncias regulatórias ou alterações relativas à metodologia descrita sofram alterações.

Quanto a efetividade do controle do Risco de Liquidez, são adotados também os seguintes procedimentos por parte do Departamento de Controle de Riscos:

 Monitoramento da expectativa dos fluxos futuros de ativos e passivos no intuito de assegurar que o Haitong Brasil possa fazer face ao cumprimento do Caixa com Liquidez Disponível mínimo definido nesta política e principalmente garantir o cumprimento das normas do regulador que visam o controle dos riscos de liquidez;

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GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

POL-14

Código:

 Gerenciamento do risco de liquidez de forma a considerar todas as operações praticadas no âmbito do mercado financeiro e no mercado de capitais, assim como possíveis exposições contingentes ou inesperadas, tais como as advindas de serviços de liquidação, prestação de avais e garantias, e linhas de crédito contratadas e não utilizadas;

 Reporte dos riscos de liquidez, segundo pressupostos das Resoluções 2.804 e 4.090 do BACEN;

 Checagem para que a liquidez esteja adequada ao escopo de operações da instituição, segundo critérios de alocação interna e aderência às recomendações dos órgãos regulatórios e acionistas;

 Simulações de cenários definidos no Plano de Contingência e dentro do escopo avaliado no Comitê de Liquidez e/ou definido pelo ALCO;

 Simulações de liquidez em diferentes horizontes de tempo, seguindo premissas mais ou menos severas e que possam exigir margens em bolsas acima do esperado ou programado pelo banco;

 Acompanhamento da carteira de títulos mantidos a vencimento para assegurar que a instituição possua capacidade financeira comprovada de acordo com a Circular 3.068 do Banco Central do Brasil para manter esta classificação;

 E, no caso de extrapolação dos limites estabelecidos, levar imediatamente via e-mail ao conhecimento da Tesouraria e as diretorias local e de Lisboa o ocorrido.

O CRO, formalizado no UNICAD do BACEN, é o Sr. Carlos José Caetano Guzzo, que também exerce a função de Diretor Financeiro do Haitong Brasil.

O Sr. César Antonio Galante é o Superintendente da área de Controle de Riscos, responsável pela operacionalização, monitoramento e reporte das atividades de controle de Risco de Liquidez.

Tesouraria: Responsável pela definição da estratégia, em conjunto com os membros do ALCO, e pela execução da gestão da liquidez do Haitong Brasil de maneira eficiente e dentro de parâmetros de risco pré-determinados nos termos da RAS.

Compliance: Suas atividades estão descritas em manuais e políticas específicas. Auditoria Interna: Suas atividades estão descritas em manuais e políticas específicas.

Tecnologia: Suas atividades relacionadas ao Risco de Liquidez estão em dar manutenção e suporte tecnológico as demandas solicitadas pelo Departamento de Controle de Riscos no que se refere à base de dados onde ficam armazenadas as informações pertinentes ao Risco de Liquidez.

6.

DEFINIÇÃO DE LIMITES

6.1. LIMITE DE CAIXA COM LIQUIDEZ DISPONÍVEL

Conforme mencionado e definido no item 3 desta política, o Caixa com Liquidez Disponível refere-se à disponibilidade imediata que o Haitong Brasil detém, ou seja, quanto de sua carteira de seus ativos é possível de se converter em disponibilidade imediatamente. Para a gestão e o controle deste indicador de liquidez, consideramos como limite mínimo para o Haitong Brasil o valor de 1x (uma vez) o Patrimônio de Referência. 6.2. LIMITES PARA OPERAÇÕES ATIVAS COM INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Operações com Instituições Financeiras, individualmente, deverão respeitar o Limite Global (LG) de 25% do montante dos passivos financeiros do Banco que representam suas fontes de funding (Depósitos Totais e Títulos Privados emitidos pela instituição, inclusive Dívida Subordinada), excetuando-se dessa base as operações compromissadas e os repasses financeiros de órgãos fomentadores de desenvolvimento.

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GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

POL-14

Código:

6.3. LIMITE DE CONCENTRAÇÃO DE CAPTAÇÃO

A captação de recursos junto às empresas financeiras ou não financeiras, em nível individual, deverá respeitar o limite de máximo de 25% do montante da carteira de captação total em moeda nacional, ou seja, não é permitido que se tenha em uma única contraparte mais do que 25% da captação em Reais do Haitong Brasil. Este limite é acompanhado pela área de Controle de Risco e reportado as áreas responsáveis caso haja algum estouro relacionado à alguma contraparte.

6.4. LIMITE DE CONCENTRAÇÃO DE DERIVATIVOS

Estão aprovados também limites de concentração de mercado para os contratos futuros negociados na B3 BM&FBovespa (nomeadamente DDI, DI1 e Commodities), conforme tabela abaixo. Em caso de estouro destes limites, o Controle de Riscos reportará as áreas responsáveis para que sejam tomadas as devidas medidas de enquadramento. Concentração Posição Contratos Aberto Até 1 ano 15% >1 ano a 2 anos 15% >2 anos a 3 anos 15% >3 anos a 4 anos 15% >4 anos a 7 anos 20% >7 anos a 10 anos 25% >10 anos 25%

7.

SISTEMA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

Os sistemas legados responsáveis pelo controle das posições financeiras do Haitong Brasil são: CRK, View e Change. As informações destes sistemas são integradas no sistema que faz a marcação a mercado e as métricas de risco (Sistema Luna), o qual descarrega toda essa massa de dados num banco de dados corporativo o qual provem toda informação necessária aos reportes diários além de servir como o controle do histórico da instituição. Os indicadores de liquidez são armazenados, após apuração pelo Sistema Luna, dentro desta base de dados.

8.

DOCUMENTAÇÃO SUPORTE DO GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

Abaixo estão listados e sumarizados os principais relatórios produzidos pela área de Controle de Riscos que são utilizados para o gerenciamento da Liquidez. Tais relatórios são encaminhados para a Presidência, Tesouraria, equipe de Controle de Risco de Lisboa e BACEN.

Liquidity Report

Reporte diário que avalia a projeção do fluxo de caixa do Haitong Brasil, em termos consolidados, considerando as entradas e saídas das operações dentro do horizonte de 180 dias corridos em três cenários distintos (Standard, Stress e Normal). Os cenários são projetados considerando-se algumas premissas de renovações, antecipações e atrasos para os ativos e passivos do banco.

 Cenário Standard: fluxo de caixa projetado, baseado em renovação das operações, tanto do lado ativo quando do lado passivo (conforme parâmetros apresentados na sequência), algo que projeta a continuidade no negócio dentro das expectativas atuais de vencimento e renovação.

 Cenário Stress: antecipação de alguns passivos e atraso em parte das carteiras ativas inclusive com a assunção de um certo nível de default;

 Cenário Normal: sem atrasos ou renovações, liquidação dos ativos e passivos em suas respectivas datas de fluxos.

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GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

POL-14

Código:

Parâmetros para o Liquidity Report:

 Fianças: Assumimos na sensibilização do caixa inicial um percentual relativo a fianças para o caso de execução no dia de 5% do volume total de fianças para o cenário Standard e 10% para o cenário de Stress;  Captações: Pressupomos a renovação de 40% da carteira de Captação pelo prazo de até 180 dias no cenário standard.

Para o cenário de stress assumimos renovação de 20% da carteira com prazo de até 30 dias. Em ambos cenários não há default nas captações, visto se tratar da contraparte Haitong Brasil.

Para o cenário normal, assumimos a liquidação na data de vencimento sem renovações e atrasos.

 Aplicações: no cenário standard, para a carteira de crédito, assumimos que haverá renovação de 80% da carteira em um prazo de até 90 dias. Para a carteira de debêntures não há renovação.

No cenário de stress temos um percentual de 30% de atraso em um período de 30 dias além de 50% de

default para as carteiras de debêntures e crédito.

Para o cenário normal, assumimos a liquidação na data de vencimento sem renovação e atrasos.

 DRL modelo II (Demonstrativo de Risco de Liquidez) – Informação enviada mensalmente ao Banco Central do Brasil cujo objetivo é detalhar a composição de ativos e passivos dentro das rubricas estipuladas pelo órgão regulador no leiaute do documento.

 Mapa Mensal de Liquidez – Reporte enviado à matriz em Portugal que avalia e quantifica a posição da carteira do banco ativas e passivas separadas por buckets em prazos estipulados pelo Banco de Portugal.  Fluxo de Caixa - BACEN – relatório enviado diariamente ao BACEN reportando o fluxo de caixa projetado para 15 dias em comparação com o fluxo de caixa realizado.

 Limite de Captação – relatório de acompanhamento diário da carteira de captação monitorando o limite máximo de 25% do total de captação por contraparte individual.

 LCR (Liquidity Coverage Ratio): Apuração do índice de liquidez de curto prazo através da metodologia estipulada pela matriz em Portugal.

 NSFR (Net Stable Funding Ratio): Apuração do índice de liquidez de longo prazo através da metodologia estipulada pela matriz em Portugal.

 Projeção de Liquidez para 12 meses: É apresentado em reunião de diretoria e nos comitês de Liquidez e ALCO uma projeção de liquidez para 12 meses, também para um cenário normal quanto em condições de estresse. As premissas deste reporte são: liberação de margens no caso do cenário normal e aumento de margens para o cenário de estresse; renovação dos depósitos no caso do cenário normal e liquidação dos depósitos no cenário de estresse; renovação das carteiras de debêntures e crédito no caso do cenário normal e default para estas mesmas carteiras no caso do cenário de estresse.

 Liquidez Estrutural: É apresentado em reunião de diretoria e nos comitês de Liquidez e ALCO a composição da liquidez estrutural do Haitong Brasil, separado por prazos que vão de 1 até 12 meses e dividido entre os ativos e os passivos. Com este é possível observar os descasamentos ao longo do tempo bem como o acumulado dentro do período dos próximos 12 meses.

9.

TESTE DE ESTRESSE

A realização de testes de estresse sob as condições de liquidez permite-nos avaliar a exposição do Haitong Brasil frente a tolerância de condições adversas a liquidez da instituição e facilita a aplicação de planos de contingência e mitigação destes riscos para estas condições.

Mensalmente é realizada uma avaliação comportamental quanto aos eventos de liquidez dentro das linhas de captação do Haitong Brasil. O objetivo deste estudo é avaliar a taxa de sucesso nas renovações das captações junto aos clientes. Estes estudos servem de balizamento para a construção dos cenários de estresse.

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GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

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Código:

Os testes de estresse são realizados através da projeção do fluxo de caixa em situações adversas e com a assunção de parâmetros de antecipação e renovação dos fluxos da instituição. Além disso, é pressuposto determinado nível de inadimplência, alterações nas chamadas de margens e eventuais outros desencaixes financeiros que possam vir a ocorrer.

Em atendimento a Resolução 4.557 do BACEN, o Haitong Brasil realiza testes de estresse integrado como o intuito de identificar potenciais vulnerabilidades da instituição. Trata-se de um conjunto de procedimentos de aplicação de choques para os riscos de Mercado e Crédito. Como consequência, verifica-se os efeitos causados por estes choques dentro das estruturas de Liquidez e Capital.

Através dos impactos causados pela aplicação destes cenários de estresse, o Haitong Brasil procura simular as consequências destes efeitos dentro do Risco de Liquidez. O objetivo deste teste integrado de estresse é identificar de que maneira a instituição reage em termos de liquidez em condições de severidade para os riscos de Mercado e Crédito e se isto vem a comprometer os indicadores de liquidez estipulados nesta política. Os resultados dos testes de estresse integrados são encaminhados para discussão no Comitê de Riscos e consequentemente submetidos ao Conselho de Administração para que tenha ciência e/ou determine alguma providência a ser tomada.

Por fim, vale ressaltar que o Haitong Brasil possui uma política específica que aborda a concepção e realização dos testes de estresse integrados com os demais tipos de riscos existentes.

10.

PLANO DE CONTINGÊNCIA

Conceito

A Instituição Financeira deve ter dentro do processo de gerenciamento da liquidez um plano de contingência que possibilite a manutenção da liquidez adequada e acesso aos mercados financeiros em caso de crise de liquidez, seja por condições internas ou externas à instituição.

A proposição deste plano de contingência é produzir uma estrutura que contenha uma estratégia pré-definida e compreensiva, com procedimentos claros e responsabilidades individuais definidas, capacitando o gerenciamento das atividades bancária da instituição diante de uma crise de liquidez.

Premissas

Para a formulação de uma estratégia de liquidez sobre diferentes cenários de crises, algumas premissas devem ser levadas em conta. Estas premissas necessitam ser revistas frequentemente para determinar sua validade, especialmente dada a velocidade das mudanças no mercado financeiro nacional e internacional. O cenário de crises deverá levar em conta as situações como: crises globais, crise específica no país (no caso o Brasil) e crise específica envolvendo o Haitong Brasil ou outras empresas que tenham relação com o grupo e que possam de alguma forma interferir na liquidez da instituição.

Organização

O processo de gerenciamento da liquidez inclui os seguintes elementos:

 ALCO – comitê de monitoramento e gerenciamento do nível do risco de liquidez;

 Normas/Limites – estabelecimento de políticas, normas/diretrizes e limites para gerenciar e controlar a liquidez do Haitong Brasil;

 MIS (Management Information System) – o qual deve ser suficiente competente para apoiar as informações necessárias para o Haitong Brasil;

 Estimativa periódica da liquidez – avaliação quanto a liquidez corrente e projetada levando em conta a análise dos depósitos, liquidez do portfólio de títulos e a qualidade dos ativos em carteira;

 Principais fontes de recursos do banco – avaliação, através de reportes regulares de ativos e passivos, quanto as relevantes fontes de recurso que o Haitong Brasil disponibiliza;

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GERENCIAMENTO DO RISCO DE LIQUIDEZ

POL-14

Código:

Ações adotadas no Plano de Contingência Ações Gerais:

1º. Estágio do Plano de Contingência:

 Convocação do Comitê de Liquidez para avaliar ações a serem apresentadas a diretoria e ALCO;  Revisão dos limites para operações que envolvam desembolso de caixa. Nesta situação, reduzimos

e avaliamos todas as novas operações diante do cenário de contingência e nos limitamos a desembolsar apenas as operações que estavam em estágio avançado de comprometimento;  Adequação do custo médio para novas captações, acompanhando a evolução da demanda por

liquidez e consequentemente repassando este custo para as operações ativas do banco;  Substituição de garantias na B3 BM&FBovespa por fianças que não consomem liquidez;  Otimização de margens de garantias – troca com contrapartes para liberação das margens;  Ativação de linhas interbancárias disponíveis;

 Utilização dos títulos privados líquidos para operações compromissadas;  Emissão de DPGE;

 Venda forçada de TVM Privados (Títulos e Valores Mobiliários).

2º. Estágio do Plano de Contingência

 O Plano de Contingência está associado ao suporte da Matriz ou acionista controlador em caso de necessidade de liquidez;

 Suporte do Bradesco que também é acionista do banco.

11.

INTERAÇÃO COM GERENCIAMENTO DE RISCOS OPERACIONAIS E COMPLIANCE

O Departamento de Compliance é responsável pela divulgação das políticas e manuais de procedimentos do Haitong Brasil. A identificação de eventuais riscos nos procedimentos é feita pela estrutura de gerenciamento de riscos operacionais do Haitong Brasil.

12.

CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE ANÁLISE DE RISCO DE LIQUIDEZ

O Departamento de Controle de Riscos, responsável pelo Gerenciamento do Risco de Liquidez do Haitong Brasil está tecnicamente qualificado para identificar, avaliar, monitorar, controlar, efetuar simulações e analisar os mitigadores dos riscos de liquidez da instituição sempre que necessário.

13.

ÚLTIMAS REVISÕES

 Maio 2018 ((POL14 BACEN Política de Gerenciamento Risco Liquidez.2018.pdf);  Dezembro 2017 (POL14 BACEN Política de Gerenciamento Risco Liquidez.2017.pdf);  Dezembro 2016 (POL14 BACEN Política de Gerenciamento Risco Liquidez.2016.pdf);  Dezembro 2015 (POL14 BACEN Política de Gerenciamento Risco Liquidez.2015.pdf);  08/09/2015: Atualização ao Haitong Banco de Investimento do Brasil

 Novembro 2012 (Política de Gerenciamento Risco de Liquidez Novembro 2012.pdf);  Novembro 2011 (Política de Gerenciamento Risco de Liquidez - RevisãoNOV2011.pdf);  Outubro 2011 (Política de Gerenciamento Risco de Liquidez - RevisãoOut2011.pdf);  Julho 2010 (Política de Gerenciamento Risco de Liquidez - Revisão Julho 2010.pdf);  Agosto 2009 (Política de Gerenciamento Risco de Liquidez - Revisão AGO09.pdf). 14.

LEGISLAÇÃO SUPORTE

Referências

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