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cc, ; Acordam no Tribunal da Rela 鈬 o do Porto

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PN 1449.001 ;AP:TC Santo Tirso, 3コ J; Ap.e2: cc, ; Ap.o3 _______________________ _______________________ _______________________ ___

Acordam no Tribunal da Rela鈬o do Porto

1. Os Ap.es, inconformados com a decis縊 que julgou improcedentes os embargos de executado que deduziram na execu鈬o ordin疵ia que lhes move o Ap.o, conclu叝am:

(a) A decis縊 recorrida n縊 merece censura quanto quest縊 da ilegitimidade passiva de , centrando-se portanto a discord穗cia na

quest縊 da ineptid縊 do requerimento executivo, por falta de men鈬o da causa de pedir;

(b) Entendem, tal como a doutrina e recente jurisprud麩cia do STJ que nas ac鋏es executivas a causa de pedir n縊 o t咜ulo executivo;

(c) Sendo a causa de pedir o acto ou facto jur冝ico concreto que serve de fundamento ao efeito jur冝ico pretendido, a verdade que n縊 constituindo o t咜ulo executivo um acto ou facto jur冝ico, n縊 poder servir de causa de pedir; (d) A causa de pedir o facto que serve de fundamento obriga鈬o cuja realiza鈬o coactiva o exequente pretende, sendo por isso um elemento essencial de identifica鈬o da pretens縊 processual que apresenta: enquanto t咜ulo

executivo um instrumento probat io especial da obriga鈬o exequenda;

(e) Caso se entendesse o contr疵io, resultaria que se uma pessoa tivesse dois t咜ulos executivos do mesmo cr馘ito (uma escritura e uma senten軋, por

1 Vistos: Dr. (191) Dr. (985) 2 Adv.: 1

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exemplo) poderia executar os dois, uma vez que excep鈬o de litispend麩cia se oporia a diversidade de causas de pedir;

(f) Da que, sob pena de ineptid縊, se deva indicar no requerimento inicial o facto gerador da obriga鈬o, conste ele ou n縊 de t咜ulo executivo (arts. 466/1, 467/1 c, e 193/2 a CPC);

(g) O exequente e embargado n縊 fez no requerimento inicial qualquer

remiss縊 para os t咜ulos no que se refere causa de pedir: pura e simplesmente absteve-se de mencion -la;

(h) E estes, por sua vez apenas cont麥 a lac ica express縊 financiamento, que n縊 individualiza minimamente a obriga鈬o, n縊 podendo portanto ser promovida a causa de pedir;

(i) A decis縊 recorrida violou portanto os arts. 467/1 c, 193/2 a, 288/1 b CPC,

aqui aplic疱eis ex vi art. 466/1 do mesmo c igo, e ainda os arts. 811 A/1 b e 820 do mesmo diploma;

(j) Dever ser substitu冝a por decis縊 que julgue procedentes os embargos.

2. Nas contra alega鋏es disse o Ap.o:

(a) A senten軋 recorrida tem necessariamente de manter-se, pois

consubstancia a 佖ica solu鈬o que consagra a justa e rigorosa interpreta鈬o e aplica鈬o ao caso das normas legais e dos princ厓ios jur冝icos convoc疱eis;

(b) A causa de pedir em processo executivo n縊 pode ser tratada da mesma forma que em processo declarativo, sendo consequentemente desnecess疵ia a alega鈬o da rela鈬o subjacente subscri鈬o das livran軋s;

(c) No entanto, a verdade que das livran軋s em causa consta expressamente a causa de subscri鈬o das mesmas, financiamento concedido pelo banco embargado aos recorrentes;

(d) A doutrina, de uma forma quase un穗ime, considera que os t咜ulos executivos constituem n縊 s a prova do direito invocado mas o pr rio fundamento deste, correspondendo assim causa de pedir;

3 Adv.: Dr. 2

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(e) Os t咜ulos executivos s縊 essenciais para a instaura鈬o de uma execu鈬o e tamb駑 suficientes para a proced麩cia, uma vez que consubstanciam a rela鈬o cambi疵ia que constitui a causa de pedir no pedido executivo;

(f) Fossem os recorrentes mais diligentes no reembolso dos empr駸timos banc疵ios que pedem e j n縊 teriam quaisquer problemas em entender a proveni麩cia dos montantes que lhes est縊 a ser solicitados;

(g) De todo o exposto, resulta iniludivelmente a improced麩cia da alegada ineptid縊 do requerimento executivo inicial;

(h) A senten軋 recorrida n縊 violou pois as normas legais invocadas pelos recorrentes, nem quaisquer outras.

3. A decis sob crica, louvando-se em 4, considerou que no

caso em apre, tratando-se, como se trata, de execuo fundada em obrigao abstracta, n subsiste qualquer us de o exequente, no requerimento inicial, invocar a causa debendi: a relao cambiia que esse tulo incorpora que constitui a causa de pedir. E rematou: al do mais, cumpre referir que j consta do tulo a causa debendi, o financiamento.

4. O recurso est pronto para julgamento.

5. D -se por assente atento o acordo das partes e os documentos juntos:

4 Aut. cit., Ac鈬o Executiva Singular, Lex, 1998, pp. 68/69: [tratando-se de obriga鋏es abstractas] dispens疱el a

alegac de qualquer causa de aquisio da prestao, dado que a exigcia desta n est dependente da demonstrao de qualquer causa debendi; assim, sempre que o tulo executivo respeite a uma prestao abstracta, o tulo executivo suficiente para fundamentar a execuo, mesmo que dele n conste qualquer causa debendi; se, p.ex., o direito de crito se encontra titulado por uma letra ou uma livran, o exequente s tem o us de apresentar esse tulo de crito, porque ele incorpora a relao cambiia que constitui a causa de pedir do pedido executivo; A principal relevcia prica da dispensa de invocao da causa debendi nos tulos executivos abstractos reside em que a sua exequibilidade n afectada pelas incidcias relativas a essa causa de aquisio da prestao; assim, se, p.ex. a relao subjacente a uma livran for um despedimento ainda em apreciao nos tribunais, essa circunstcia n impede a exequibilidade desse tulo no bito da relao cambiia (Ac. RL, 97.04.22, CJ, 1997, 2/113) dado que ele exequel qualquer que seja a relao subjacente ou ainda que esta nem sequer se tenha constituo ou j n subsista;

O mesmo n sucede quando a obrigao exequenda for causal; neste caso, ela exige a alegao da respectiva causa

debendi, pelo que, se esta n constar ou n resultar do tulo executivo, este dever ser completado com essa

alegao; um tulo executivo relativo a uma obrigao causal exige sempre a indicao do respectivo facto constitutivo, porque sem este a obrigao n fica individualizada e, por isso, o requerimento executivo inepto por falta de indicao da respectiva causa de pedir.

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(a) Em 99.04.15, prop ac鈬o executiva contra os recorrentes, pedindo que fossem compelidos a satisfazer o montante inscrito numa vencida livran軋, subscrita por ambos, da qual portador leg咜imo o exequente e que juntou com o requerimento inicial;

(b) Na referida livran軋 est escrito: vencimento, 98.03.31; financiamento; no seu vencimento pagaremos por esta 佖ica via de livran軋 ao

ou sua ordem a import穗cia de dois milh s, quinhentos e cinquenta mil escudos;

(c) Seguem-se as assinaturas dos executados;

(d) Os recorrentes deduziram embargos, defendendo a ineptid縊 do requerimento executivo, por n縊 indicar a causa de pedir.

6. Est dividida a doutrina e a jurisprud麩cia acerca do tema proposto, citando em abono o recorrente as posi鋏es de Lebre de Freitas, A Ac鈬o Executiva luz do C igo Revisto, 1997, pp. 64/65, Antunes Varela, RLJ, 121コ , pp. 147/149, Fernando Am穗cio Ferreira, Curso de Processo de Execu鈬o, 1999, p. 82, e Castro Mendes, Direito Processual Civil, III, 1989, pp. 272/273. Pelo contr疵io, o recorrido chama cola鈬o, Eurico Lopes Cardoso, Manual de Ac鈬o Executiva, 1992, Montalv縊

Machado, Processo Civil, 1, Universidade Portucalense, e Miguel Teixeira de Sousa, op. cit., nota 4.

Por駑, sopesados os argumentos dos campos contr疵ios, parece razo疱el e sobretudo convincente, a supera鈬o do problema proposta pelo 伃timo autor, com base na qual foi proferida a senten軋 sob apela鈬o.

De todo o modo, n縊 deixa de ser tamb駑 ilustrativa a elegante f mula do Ac. STJ, 98.01.27, CJ, 1988, 1/40: a factualidade essencial reflectida em formal t咜ulo executivo integra causa de pedir executiva;

Se duas livrans explicitam que se reportam a contratos de emprtimo, o significado destes integra-se no entendimento daquelaso plano das relaes

imediatas. Ora, tamb no caso sub judice pode fazer a senten recorrida apelo a esta constru鈬o, quando deu relevo ao escrito financiamento da livran軋 ajuizada.

(5)

Aceitamos ambos os argumentos, pelo que as conclus s da apela鈬o n縊 logram abalar a confian軋 no que ficou decidido.

7. Atento o exposto, vistos os arts. 45/1, 193/2 a, 466/1 e 467/1 c CPC, decidem manter inteiramente a decis縊 recorrida.

8. Custas pelos Ap.es, sucumbentes.

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