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Planejamento e a gestão de pessoas no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro através do quadro de organização (QO)

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

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Planejamento e a Gestão de Pessoas no Corpo de Bombeiros Militar do

Estado do Rio de Janeiro através do Quadro de Organização (QO).

Leandro Gomes Ernesto da Silva – leandrogesilva@gmail.com – UFF/ICHS

Resumo

Este trabalho intenta a elaboração e a implementação de um Quadro de Organização (QO) para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), haja vista ser a única Força Militar a não dispor de tal ferramenta administrativa, a qual, já estando configurada com leis vigentes, pode fornecer benefícios à sua gestão de pessoal. O QO constitui-se pela junção das bases doutrinárias do CBMERJ, da definição das estruturas organizacionais através de organogramas, da previsão dos quadros de cargos previstos (QCP) e de dotação de materiais (QDM), incluindo neste as viaturas e os equipamentos especializados às Organizações de Bombeiro Militar. Neste estudo, serão efetivadas apenas as análises das estruturas organizacionais internas e sistêmicas, e da definição de cargos, por serem intimamente relacionadas, com o fito de melhorar a gestão de pessoas no CBMERJ.

Palavras-chave: Corpo de Bombeiros Militar, definição de cargo, estrutura organizacional,

organização básica, pessoal, QO, Quadro de Organização.

1 - Introdução

A sociedade atual reveste-se de distintas necessidades, as quais, no intuito de serem contempladas e resolutas, servem de base direta para o surgimento de organizações predispostas ao fornecimento do serviço adequado.

Segundo Mintzberg (1995, p. 272)

Para o seu surgimento, as organizações devem definir de forma antecipada prioritariamente: (I) todos os seus propósitos e objetivos distintos a serem atingidos; (II) e as suas composições internas, vendo os seus funcionários como colaboradores; e, por último, (III) a sua sistêmica estrutura organizacional, definindo a formalização de seus grupos de trabalho e o comportamento esperado de seus colaboradores.

De maneira análoga a tais organizações, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), desde a sua criação, atendeu ao chamamento do item (I) acima descrito, definindo claramente o seu propósito de "Vida alheia e riquezas salvar”. Entrementes, quanto aos outros dois itens, a Corporação ainda não os contemplou devidamente, mesmo com os seus já 159 (cento e cinquenta e nove) anos de existência.

Logo, a Corporação carece de um planejamento adequado e uma efetiva gestão de pessoal, podendo ser suprimidos com a confecção e implantação do Quadro de Organização (QO). O referido Quadro pode ser entendido como uma ferramenta que, devidamente previsto na legislação militar em vigor, concebe positivamente a definição dos cargos necessários à

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execução das atividades operacionais e administrativas do CBMERJ, além da caracterização imediata e obrigatória de sua estrutura orgânica sistematizada, entre outros.

Assim, a implantação do Quadro de Organização no CBMERJ, necessita ainda de propostas de novas legislações, atualizando a Organização com seus objetivos.

Os conceitos atuais de Administração utilizados aqui, colaboram diretamente com as definições intrínsecas ao QO, atentando para as nuances administrativas de sua elaboração, abrangendo ainda os temas acerca de estruturas organizacionais, e de definição de cargos, à luz da atual Gestão de Pessoas em prática hoje nas organizações em geral.

Logo, para o desenvolvimento do trabalho, buscou-se tratar basicamente a modalidade de pesquisa bibliográfica, além de informações colhidas no órgão que trata do planejamento estratégico de pessoal na Corporação.

2 – Apresentação do Caso

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro é uma organização militar, subordinado a Secretaria de Estado de Defesa Civil (SEDEC), considerado como Força Auxiliar e reserva do Exército Brasileiro, tendo como pilares basilares a hierarquia e a disciplina, tendo a sua missão devidamente constante em sua Lei de Organização Básica (LOB).

Assim, por constituir-se de Organizações de Bombeiro Militar, o CBMERJ tem que primar para que as mesmas tenham, em uso e regulamentado individualmente, o seu Quadro de Organização. Muito embora, não haja o atendimento a este preceito desde a sua criação.

Devido ao fato de haver dispositivos legais em vigor, que esbocem a autorização legal da existência e a atribuição do QO, tanto pela Lei de Organização Básica quanto pelo Estatuto de Bombeiro Militar (EBM), como também, pelo fato de que este último concede a autorização de emprego de dispositivos normatizados pelo Exército Brasileiro, quando comprovada a inexistência de dispositivos estaduais, o Quadro de Organização deverá ser composto por: (I) base doutrinária; (II) estruturas organizacionais; (III) quadro de cargos previstos (QCP); e, (IV) quadro de dotação de material.

Assim, para uma aceitação da elaboração e implantação do QO no âmbito do CBMERJ, o trabalho ater-se-á no que concerne ao planejamento e gestão de pessoal do CBMERJ; portanto, ao item à (III) acima aludido.

É bem verdade que este estudo não teria tamanha seriedade, caso não fosse interpretada a real e devida interdependência do planejamento de pessoal com as estruturas organizacionais ora vigentes. Ou seja, há de se considerar a vinculação direta e imediata entre cargos e estruturas organizacionais.

Devido a esta vinculação, para que haja uma proposição de cargos efetivos no CBMERJ, a sua estrutura organizacional deverá estar plenamente concatenada com os mesmos, sem excessos, extravagâncias ou superfluidade. Ou seja, a proposição do planejamento de pessoal, através de cargos, deverá ser real e concreta, atendendo a uma estrutura organizacional também regular e perfeita através de organogramas.

Souza e Ferreira (2004, p. 128) mencionam que organograma pode ser entendido como a representação gráfica da divisão da organização em setores, e das relações de subordinação entre os mesmos, dispostos de forma ordenada, revelando o nível hierárquico de cada um.

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Sabendo-se que a estrutura organizacional vigente no CBMERJ fora definida há aproximadamente três décadas, através da Lei Estadual nº 250, de 02 de julho de 1979 (Lei de Organização Básica), há de se considerar sua defasagem. Atualmente, reconhece-se que, em quaisquer organizações no mundo competitivo, as suas estruturas organizacionais necessitam estar constantemente evoluindo, pois os seus conceitos são renovados, o que desencadeia obrigatoriamente a necessidade de mudança.

É bem verdade que, através da Portaria CBMERJ nº 047, de 11 de setembro de 1996, que define, provisoriamente, a nova estrutura organizacional do CBMERJ, foi vislumbrada a necessidade de se modernizar a estrutura organizacional ditada pela Lei de Organização Básica então vigente. Contudo, sabe-se que tal Portaria não tem a faculdade ou influência para alterar um dispositivo em nível de lei ordinária, conforme se preconiza a Pirâmide de Kelsen. A pirâmide de Kelsen é uma simbologia do ordenamento hierárquico das leis, começando no grau máximo com a Constituição Federal, indo até o mais baixo escalão, geralmente uma portaria, ou similares.(KELSEN, 1976). Disto posto, percebe-se então que a Lei de Organização Básica, promulgada em 1979, é o ditame legal ainda vigente no CBMERJ acerca de estrutura organizacional.

Entretanto, o que encontra-se redigido na LOB não mais representa a atualidade desta Corporação. Já existem Unidades criadas e em funcionamento que atendem satisfatoriamente à sociedade deste Estado, estando a esta vinculadas, como por exemplo, a Diretoria de Diversões Públicas, em nível de Órgão de Direção Setorial, e o Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente, em nível de Órgão de Execução. Como há também aquelas que, estando hoje em funcionamento, não atendem diretamente à missão institucional da Corporação, como por exemplo, as Diretorias Gerais de Saúde e de Odontologia, separadas quando possivelmente deveriam estar reunidas em um Órgão de Direção Setorial único, atendendo exclusivamente a área de saúde do bombeiro militar como um todo.

Logo, ao interpretar os efeitos da ausência de um QO pré-definido, percebe-se que o aumento do efetivo no CBMERJ se dá através de uma forma desordenada, e com falta de nexo entre os postos e graduações, gerando excessos de pessoas em determinadas funções e demanda em outras.

Graduação Situação Total Previsto 310 Sub Ten Existente 2368

Diferença 2058 Previsto 699 1º SGT Existente 2369 Diferença 1670 Previsto 1659 2º SGT Existente 2751 Diferença 1092 Previsto 1679 3º SGT Existente 1831 Diferença 152

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO 4 Previsto 6664 CABO Existente 2311 Diferença -4353 Previsto 7024 SOLDADO Existente 750 Diferença -6274 TOTAL Previsto 18035 TOTAL Existente 12380 TOTAL Diferença -5655

Tabela 1. Comparativo entre efetivo de praça existente e previsto, em 25/08/2015. (Fonte: CBMERJ)

Assim, ao fazer uma observância entre o efetivo existente e previsto com a Pirâmide Hierárquica Militar, vemos uma discrepância na distribuição de cargos, conforme figura 1.

Figura 2. Comparativo entre efetivo de praça existente e previsto com a Pirâmide Hierárquica Militar (Fonte: CBMERJ)

Ao analisar tais observações, faz-se necessário segregar tais assuntos através das implicações acarretadas com a possível implementação do Quadro de Organizações.

2.1 Antecedentes factuais

Sabe-se que não é concebível que uma organização no meio civil, por exemplo, se estabeleça e logre êxito, sem ao menos se preocupar em definir anteriormente suas metas (resultados desejados) e o seu negócio (contexto de seus interesses). Assim, torna-se necessário que toda organização defina claramente a sua missão (a razão de sua existência) e a sua visão (imagem de si mesma e do seu futuro).

Juntamente com estes propósitos, devemos buscar também o delineamento explicito dos cargos necessários à consecução de seus objetivos. Afinal, todas as organizações visam atender as necessidades originárias de seus clientes e sociedade. Necessidades estas que confundem-se à condição dos objetivos de tais organizações. Ou seja, o que são necessidades para uns, são objetivos para outros.

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5 Figura 1. Demonstração das relações de necessidades entre distintos entes. (Fonte: Mintzberg, 1995)

Com tudo isso, observou-se então a urgência em se tentar minimizar a ausência daqueles parâmetros organizacionais, citados anteriormente. Ao efetuar as devidas e necessárias observações, verifica-se que, seguindo os exemplos praticados pelo Exército Brasileiro (EB), como também, da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), a resposta à tão apropriada questão e às necessidades do CBMERJ pode provir da implementação do Quadro de Organização (QO).

Assim, atentando-se por analogia ao que consta na Portaria EB nº 041, de 18 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre as instruções gerais para a correspondência, as publicações e os atos administrativos no âmbito do Exército (IG-10-42)

O Quadro de Organização dever-se-á ser constituído de: (i) estruturas organizacionais, apresentadas sob a forma de organogramas que representem, de forma sumária, o comando, chefia ou direção; (ii) base doutrinária, que define, de forma sintética, a missão, a designação, as bases para planejamento, a mobilidade, as possibilidades da estrutura e outros dados fundamentais referentes ao tipo da organização considerada; (iii) quadro de cargos previstos (QCP), estes definidos por discriminação; posto/graduação do militar; número de cargos; referenciação e habilitações exigidas aos ocupantes; e, por último, (iv) quadro de dotação de material (QDM), definido para especificar a distribuição pormenorizada do material atribuído ao pessoal e às atividades diuturnas das organizações militares.

Logo, atendendo ao tema proposto para este trabalho, e considerando que os assuntos de estrutura organizacional e de definição de cargos estão intimamente ligados, o presente estudo versará, sobre a implantação do Quadro de Organização na organização CBMERJ, através das pesquisas bibliográficas, e das pesquisas de campo efetivadas in locus na Seção de Planejamento de Pessoal da Corporação.

2.2 Antecedentes Histórico-Bibliográficos e Legais

Com o advento da fusão do antigo Estado da Guanabara com o antigo Estado do Rio de Janeiro, nos idos de 1976, o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBERJ), à época, também fora adunado com um efetivo proveniente, através de opção e livre escolha individual, do efetivo da Polícia Militar do antigo Estado do Rio de Janeiro. Tal composição atendeu e corroborou com o que preceitua o Decreto-Lei n° 307, de 27 de maio de 1976.

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Como resultado da grande relevância dessa união, percebe-se que as citadas Forças Militares gozavam, à época, de um grande prestígio e estima nos relacionamentos para com o Chefe do Poder Executivo Estadual, porquanto é possível perceber que inúmeras legislações foram promulgadas no período de 1976-1979, graças talvez àquele Governador, o Exmo. Sr. Almirante Floriano Faria Lima. Foi em seu mandato, que foram concebidas as Leis Estaduais, ainda hoje vigentes, como as que se referem aos distintos Estatutos Militares e Organizações Básicas de cada uma das Forças Militares deste Estado do Rio de Janeiro.

Por conseguinte, foi também naquele período, que a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro obteve a promulgação do Decreto Estadual nº 1.072, de 18 de janeiro de 1977. Tal dispositivo legal, de competência única e exclusivamente de Governadores de Estado, oficializava o Quadro de Organização (QO), para aquela Força Militar, em Diário Oficial Estadual; porém, teve o seu teor específico publicado apenas em Documento Reservado da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, naquele ano.

Há de se considerar então que, para o Corpo de Bombeiros Militar daquele período, não fora promulgado nenhum Quadro de Organização, a princípio.

Já naquele tempo, sabia-se que, para se ter um planejamento de pessoal eficiente e publicar a real necessidade de militares, legalizada através da Lei de Fixação de Efetivos (LFE), era necessário a elaboração do Quadro de Organização, pois este acarreta a previsão real de estrutura organizacional sistêmica, e de cargos a serem ocupados pelos militares do CBMERJ, fazendo com que não ocorra nem excessos nem espaços a serem ocupados.

Desta forma, ao contrario do que há nos dias atuais, a Lei de Fixação de Efetivos deve ser concebida apenas após uma implantação ou atualização do QO, a ser adotado por esta Corporação, para que possamos garantir o principio da veracidade.

No entanto, os legisladores de todas as LFE anteriores não atentaram à necessidade de se confeccionar os respectivos QO. Pode-se citar, a título de LFE anteriores, os seguintes dispositivos legais, a saber: (i) Decreto-Lei nº391, de 27 de junho de 1978; (ii) Lei Estadual n° 947, de 26 de outubro de 1985; (iii) Lei Estadual nº 1.723, de 25 de outubro de 1990; (iv) Lei Estadual n° 3.804, de 04 de abril de 2002.

Assim, para a devida consecução do Quadro de Organização, é preciso concatenar adequadamente todos os conceitos existentes hoje, empregados na área de Administração, desenvolvendo então multidisciplinaridades atuais para a devida resolução proposta do QO.

3 – Referencial Teórico

As Organizações são unidades sociais deliberadamente construídas para perseguir objetivos específicos, inclusive as de caráter militar. E segundo Chiavenato (1999), a organização é a coordenação de diferentes atividades de contribuintes individuais com a finalidade de efetuar transações planejadas com o ambiente. A organização atua em meio ambiente e a sua existência e sobrevivência dependem da maneira como ela se relaciona com esse meio. Para tanto ele deve ser estruturada e dinamizada em função das condições e circunstâncias que caracterizam o meio em que ela opera. Dentro de uma abordagem mais ampla, as organizações são unidades sociais (ou agrupamentos humanos), intencionalmente construídas e reconstruídas, fim de atingir objetivos específicos. Isto significa que as organizações são propositada e planejadamente construídas e elaboradas, isto é, reestruturadas e redefinidas, na medida em que os objetivos são atingidos ou na medida em que se

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descobrem meios melhores para atingi-los com menor custo e menor esforço. Uma organização nunca constitui uma unidade pronta e acabada, mas um organismo social vivo e sujeito às mudanças. Toda organização atua em determinado meio ambiente e sua existência e sobrevivência dependem da maneira como ela se relaciona com esse meio. Assim ela deve ser estruturada e dinamizada em função das condições e circunstâncias que caracterizam o meio em que ela opera.

Ainda, de acordo com Falco e Silva (2012), as organizações devem criar sua própria estrutura, definir órgãos e cargos, além de estabelecer regras e requisitos necessários para executar ações e papéis dentro da empresa. Possuem áreas de atuação que precisam de qualificações adequadas para buscar profissionais que atendam a essa demanda. Esse é basicamente o processo de Aplicar Pessoas, que pode ser trabalhado nas organizações de diferentes maneiras.

Mesmo depois de instalada e em pleno funcionamento as organizações devem sempre buscar adaptações. Lobos (1975), entende que desenvolvimento organizacional como um processo planejado para mudar a forma em que organizações funcionam, tentando descongelar padrões de comportamento, implantar as mudanças e voltar a congelar os novos padrões. Em segundo lugar, o conceito de mudança organizacional já tem sido definido por outros autores como um conjunto de alterações no ambiente de trabalho de uma organização, que podem ser de dois tipos: estruturais e comportamentais. Apesar de que ambos os tipos de mudança podem ser facilmente reconhecidos como interdependentes, neste artigo estima-se que o processo de desenvolvimento organizacional está fundamentalmente orientado a atuar sobre o comportamento mais que sobre a estrutura - acontecendo assim as mudanças nesta segunda variável somente em decorrência das mudanças já decididas no caso da primeira.

As discussões acerca dos objetivos a serem alcançados pelas organizações podem dar-se em duas instâncias. Em primeiro lugar, pode-dar-se pensar em metas ou resultados que devem ser perseguidos e obtidos, de forma que se garanta a continuidade dos negócios. Esse é o nível de análise comumente encontrada nos estudos organizacionais. Em segundo lugar, pode-se pensar em como estes resultados são distribuídos, quais são os objetivos dos constituintes organizacionais, seus interesses e legitimidade (CAMPOS, 2006).

Ainda, para garantirem sua sobrevivência, as organizações precisam passar por uma profunda mudança cultural. Logo, Pimenta e Rocha (2011), sugerem que as empresas buscam condições de enfrentar as constantes mudanças realizando ajustes nas estruturas internas, em seus sistemas de gestão, na formação de equipes fortes, sinérgicas e focadas em resultados. As atividades seguem o alinhamento estratégico da empresa, visando desenvolver e sustentar uma posição vantajosa no mercado. Trata-se, na verdade, de um processo contínuo, onde métricas direcionam e norteiam as ações a serem desenvolvidas.

Para Lacombe e Chu (2008), as forças do mercado e os ambientes social, cultural e legal devem ser elementos importantes na elaboração e implementação das políticas e práticas de Gestão de Pessoas.

Com tudo isso, e conforme pôde ser verificado, o Quadro de Organização é uma ferramenta muito útil e relevante para o planejamento e a gestão de pessoal no CBMERJ, pois o QO baseia-se na definição de doutrinas; de estrutura organizacional geral, como também, específicas às organizações presentes no organograma do CBMERJ; de cargos previstos; e, de dotações de viaturas e equipamentos especializados.

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Portanto, faz-se necessário, com o objetivo de ofertar o devido embasamento dos ensinamentos adquiridos e das pesquisas bibliográficas realizadas, o confronto dos conceitos basilares do QO com os conceitos existentes hoje em Administração. Os referidos conceitos aprendidos se reproduzem com o que há de mais moderno e empregado pelas organizações existentes do mundo competitivo.

Ainda, conforme Robbins (2002, p. 171), “uma estrutura organizacional define como são formalmente divididas, agrupadas e coordenadas as tarefas dos cargos, e que nenhum assunto em Administração sofreu mais mudanças, nos últimos tempos, que estruturas organizacionais”.

No caso específico do CBMERJ, a sua estrutura organizacional, embora definida por um dispositivo legal provisório, atende às exigências da divisão e coordenação de cargos, conforme fora mencionado anteriormente, pois as suas organizações existentes, respeitando as suas próprias atribuições específicas e particulares, reúnem-se através de cargos conexos. Pois, por exemplo, não há cargos de guarda-vidas de praia na estrutura organizacional do grupamento de socorro de incêndio florestais.

Chiavenato (1999, p. 160) comenta que, graças à estrutura organizacional, há ainda uma distinção entre os cargos existentes em uma organização, especificando a existência de uma especialização vertical, através dos diferentes níveis hierárquicos; e, de uma especialização horizontal, através da departamentalização da organização. A primeira especialização é de fácil entendimento, não necessitando deveras de explicações; enquanto que a segunda, trata-se do relacionamento e da igual autoridade de gerentes de departamentos distintos.

O cargo é definido como sendo “uma composição de todas as atividades desempenhadas por uma pessoa — o ocupante — que podem ser englobadas em um todo unificado e que figura em certa posição formal do organograma da empresa" (CHIAVENATO 2010, p. 160).

Por conseguinte, definição semelhante à descrita acima também é encontrada na Lei Estadual n° 880, de 25 de julho de 1985 (Estatuto de Bombeiro Militar — EBM), mais precisamente em seu artigo 17. No referido dispositivo legal, o legislador definiu cargo, no CBMERJ, como sendo um conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometidos a um bombeiro militar em serviço ativo, e que se encontra especificado nos Quadros de Organização, ou, como também, previsto, caracterizado ou definido como tal em outras disposições legais.

Desta forma, em geral, os cargos são vistos por todas as organizações como sendo a possibilidade das mesmas em dispor devidamente do seu capital humano, no intuito de alcançar todos os seus objetivos organizacionais. Há uma tendência também na área de Administração, de se crer que, em contrapartida, as próprias pessoas utilizam o fato de terem os seus cargos para alcançar os seus objetivos individuais, que podem ser interpretadas pelo desejo de sua auto-realização.

A auto-realização encontra-se inserida, no contexto da hierarquia das necessidades, ou pirâmide de Maslow, proposta e categorizada por Abraham Harold Maslow, em 1943, como a mais importante e representando e ápice da existência do ser humano, no campo da motivação comportamental, dentre outras cinco categorias de necessidades (de estima, sacieis, de segurança, fisiológicas; nesta ordem, da maior para a de menor relevância).

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Portanto, pode-se deduzir que a relação entre a organização, as pessoas e os cargos estão diretamente ligados aos interesses de cada um destes.

Entretanto, é necessário mencionar que, através dos conceitos apresentados de cargos, estes se diferem completamente dos conceitos de tarefas ou de funções, ou melhor, os cargos representam-se como o somatório das tarefas e funções a eles atribuídas.

Desta maneira, o conceito de função, existente no Estatuto de Bombeiros Militar anteriormente citado, consiste no exercício das obrigações inerentes ao cargo de bombeiro militar. Tal distinção se deve ao fato de que há muitos equívocos, por parte dos militares do CBMERJ, quando da utilização dos termos cargo e função para designarem os seus posicionamentos dentro da estrutura organizacional de sua OBM. Pode-se exemplificar tal situação da seguinte forma: há um determinado oficial que afirma que o seu cargo é o seu posto de 2º tenente e, que a sua função é ser o chefe de uma determinada seção. Na verdade, o cargo deste oficial é ser chefe de uma seção, tome-se por exemplo, a seção administrativa de sua organização; enquanto uma de suas muitas funções é manter atualizado e em dia a parte administrativa de seu quartel.

Segundo Chiavenato (1999 apud Milkovich; Boudreau, 994, p. 129), o desenho de cargos (job design) envolve o conteúdo do cargo, as qualificações do ocupante e as recompensas para cada cargo, no sentido de atender às necessidades dos empregados e da organização, e que faz envolver também a especificação dos métodos de trabalho e das relações com os demais cargos.

Para se poder desenhar um cargo, é necessário ter em mente três situações, a saber: - o conteúdo real do cargo, discriminando as funções ou tarefas que o seu ocupante deverá exercer;

- os métodos e processos do trabalho, tipificando claramente a forma como as tarefas serão desempenhadas;

- o principio da unidade de comando, permeando claramente a quem está subordinado e sobre quem exerce a sua autoridade.

Por conseguinte, no intuito de atender a estas três situações necessárias para se efetivar o devido desenho de cargos, o Quadro de Organização a ser proposto, através do seu Quadro de Cargos Previstos (QCP), deverá vislumbrar a discriminação real e sintética de todos os cargos nele constantes, com a aplicação imediata do princípio da unidade de comando; cabendo ressaltar que este, mesmo sem haver um QO e guardadas as devidas proporções, já ocorre no presente.

Sabe-se que, desde os idos de 1996, vêm ocorrendo no âmbito das Forças Militares deste Estado a promoção dos militares por tempo de serviço, onde tais promoções vêm se revestindo com insatisfações desconfortantes entre os próprios militares. Talvez, caso houvesse a existência de um Quadro de Organização, ter-se-ia um contra-argumento, além do fato de que tal promoção não encontra embasamento em lei ordinária, sobre a impossibilidade de se promover, por exemplo, um determinado cabo à graduação de sargento por não haver cargo de sargento disponível.

Doravante terem sido apresentados conceitos atuais na área de Administração, acerca prioritariamente da estrutura organizacional e da definição de cargos, conceitos que serão, por certo, necessários na consecução da possível confecção do Quadro de Organização. Como estes poderão ser úteis quando da elaboração do QO, e quais são as implicações em sua implantação?

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10 4 – Plano de Ação

Conforme mencionado, a devida definição de cargos está intimamente ligada à estrutura organizacional de qualquer organização.

De igual maneira, utilizando os conceitos necessários, tem-se ciência de que a estrutura organizacional do CBMERJ exprime-se como tendo uma departamentalização funcional e geográfica; uma estrutura centralizada; cadeia de comando rígida; com uma margem de controle larga; e, altamente formalizada.

Portanto, intenta-se agora que seja possível reformular uma nova estrutura organizacional para o CBMERJ para quando o QO for considerado, através do projeto de lei de uma nova LOB aqui principiado, mudando alguns textos; e, do organograma da estrutura organizacional geral do CBMERJ.

Há de se distinguir dois pontos relevantes, a titulo de proposição, para a devida estruturação desta Corporação, a saber: (I) a visão atual dos integrantes da alta direção sobre o CBMERJ, frente à Secretaria de Estado de Defesa Civil (SEDEC); e, (II) a criação ou supressão de determinadas unidades, no contexto atual da estrutura organizacional do CBMERJ, sem aumento de despesas.

Disto posto, com o transcorrer dos anos, percebe-se que a alta direção passou a enxergar a SEDEC como sendo de suma e vital importância para os seus propósitos. Não obstante, não se pode consentir que, para que aquilo ocorra, o CBMERJ tenha que ser lesado em seu avanço e progresso. É essencial que a estrutura da SEDEC esteja confeccionada tendo o CBMERJ como seu subordinado, porém isolada da estrutura geral deste, o qual sinalizaria apenas como sendo uma peça chave de sua força operacional.

Cabe salientar que a SEDEC é de enorme relevância para a convivência e proximidades do CBMERJ junto à Chefia do Poder Executivo. Entretanto, para se tornar rija e forte, aquela Secretaria de Estado deve ter coesão em seus próprios organogramas internos, e desvinculação dos organogramas do CBMERJ, sendo dotada de funcionários próprios, preferencialmente por civis concursados, possibilitando um vinculo empregatício, difícil de ser suprimido ou eliminado por qualquer governante. E, logicamente, tendo à frente de seu maior cargo de confiança, o de Secretário da Pasta, um Coronel Bombeiro Militar. Resolvido o primeiro ponto desta celeuma, passa-se agora a analisar a estrutura interna do CBMERJ a ser proposta, a qual fora, preponderantemente, obtida através das análises realizadas acerca do atual organograma do CBMERJ.

Atentando-se ainda, que fora explanado, o cargo, no CBMERJ, define-se como sendo um conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades cometidos a um bombeiro militar em serviço ativo, e deverá estar especificado nos Quadros de Organização, das Organizações desta Corporação.

Desta forma, tendo o Quadro de Organização o dever de apresentar especificações e quantitativos de cargos, o mesmo deverá servir como fonte de consulta para a elaboração e a promulgação da Lei de Fixação de Efetivo (LFE), a qual sempre sobreveio sem um QO para que pudesse apresentar quantitativos de efetivo fidedignos, distribuídos entre os postos e graduações existentes nesta Corporação.

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Por consta disto, percebe-se então a relevância de se ter uma LFE com dados precisos e reais acerca do efetivo de colaboradores, que por certo atuarão devidamente em nome do CBMERJ, nos serviços prestados á sociedade deste Estado. Para tanto, de faz necessário também apresentar uma proposta de projeto de lei para a fixação de efetivo no CBMERJ. Obviamente, os dados compor-se-ão realmente, quando da implantação do QO, pela vontade e visão atual da alta direção sobre este assunto.

Após realizar as devidas pesquisas bibliográficas, foram encontrados três dispositivos legais que mencionam e definem a fixação do efetivo no CBMERJ. Obviamente, cabe ressaltar que um dispositivo legal suplantou e revogou o seu antecedente, de modo que, atualmente, há apenas uma LFE em vigor. Porém, é interessante apontar que há certa constância no lapso temporal entre cada uma delas, ou seja, constata-se que, entre cada uma das LFE promulgadas, há o espaço temporal de vinte anos.

Entretanto, ao se analisar a última LFE promulgada, a Lei Estadual n° 5175, de 28 de dezembro de 2007, que está em vigor, com as LFE antecedentes, verifica-se que há muitas alterações que, talvez pela ausência do QO, não resguardam quaisquer motivos aparentes que sustentem as suas bases de existência.

A referida lei contemplou a inserção, para a área de saúde do CBMERJ, de uma previsão quantitativa de oficiais com as especialidades de: (I) psicologia; (II) fonoaudiologia; (III) serviço social; (IV) nutrição; e, (V) fisioterapia, as quais antes não existiam. Não existiam, pois a LOB, em seu artigo 53, § 2º, não prevê a existência de tais profissionais dentro da estrutura organizacional da área de saúde do CBMERJ, contemplando apenas os profissionais de medicina e de odontologia.

Portanto, a existência atual de tais profissionais na estrutura organizacional desta Corporação encontra-se irregular e improcedente, e que tal afirmativa justifica-se no conflito legal criado por ordenamentos jurídicos de mesma hierarquia (LOB e LFE), porém, haverem idéias concomitantes e de nexos diretos.

A total ausência de nexo pode também ser explicitada através da observância aos § 4º, 5º e 6º, do artigo da LFE, os quais claramente apresentam um teor legal de mudança na organização básica do CBMERI, que por certo deveriam estar inseridos dentro do da LOB em vigor. Do mesmo modo, a referida LFE, em seu artigo 2º, § 7, também menciona um teor legal atinente ao EBM, não devendo aquele estar ali inserido.

Em seguida, há de se avaliar também que o legislador, ao confeccionar a LFE em vigor, em muito elevou o quantitativo total do efetivo de oficiais médicos e dentistas, sem ao menos ser calcado em alguma fonte de consulta que justificasse tal incremento.

Ao notar que o referido acréscimo de efetivo deu-se, em sua maior parte, no posto de 2° tenente, crê-se que o legislador anteviu a necessidade de se alcear tais oficiais em programas comunitários de saúde, em escolas públicas, projetados pela SEDEC, em parceria com a Secretaria de Estadual de Saúde (SES), e com a Secretaria de Estado da Educação.

Todavia, cabe ressaltar que esta atitude do legislador acarretou mais uma nova situação conflitante, em decorrência do incremento do quantitativo destes oficiais na estrutura do CBMERJ, sem que este esteja necessitando realmente deste efetivo para a realização de seus indispensáveis serviços à sociedade fluminense.

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4.1 Vantagens do Quadro de Organização

Pode-se contemplar as vantagens do QO, no tocante à estrutura organizacional interna como sendo o planejamento tático de controle das subordinações das Organizações de Bombeiros Militar (OBMs) existentes no CBMERJ, atendendo às necessárias e devidas departamentalizações e margens de controle atuais, com o fito de que não hajam OBMs criadas sem ter a noção de autoridade ou do grau de subordinação entre elas, caracterizando assim secundariamente a sua cadeia de comando.

Destarte, com o auxilio da tecnologia da informação, ficar-se-á facilitado o controle dos dados atinentes às OBM, majorando assim o valor intangível do QO para a atual administração. Dados estes que serão utilizados em programa especifico e de rápido retorno de organogramas específicos, todos os cargos existentes na Corporação, estatísticas por existência de OBM, demonstrando ainda todo uni resumo estatístico de quantitativo de efetivo pelos quartéis, demonstrando ainda todo um resumo estatístico de quantitativo de efetivo pelos quartéis, de forma individualizada.

Pode-se citar, por exemplo, a possibilidade de um determinado Comandante de OBM solicitar movimentações de militares para a sua Unidade, caso conste no QO a previsão de tais militares em seu efetivo. Trata-se da informação hoje existente, nos Cadernos de Visita de Inspeção, muito utilizados nesta Corporação, nos quais consta uma tabela com as informações confrontadas de efetivo previsto e de efetivo existente.

Outra vantagem diz respeito à benesse proveniente pelo QO, de forma singular a seus militares, refletindo como possível forma de aumento de salário. Trata-se de uma simples interpretação da lei ora vigente, e que condiciona o ingresso destes militares, não em cargos, mas sim em postos e graduações, e nada mais justo perceber vencimentos pela atividade desenvolvida ou pela responsabilidade assumida.

5 – Conclusão

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, embora sendo uma instituição secular, apresenta ainda hoje alguns parâmetros administrativos a serem resolvidos, no âmbito de sua estrutura interna.

Conforme pôde ser verificado, a referida Corporação possui uma alternativa, concebida já há um pretérito distante, em alguns de seus dispositivos legais. Trata-se do Quadro de Organização (QO), o qual é capaz de levar a termo os problemas atuais no campo de sua administração, como a indefinida estrutura organizacional do CBMERJ; a falta de definição de cargos para a prestação diuturna de seus serviços.

Uma vez sendo possível concretizar a sua implantação e elaboração, através da devida tecnologia da informação, utilizando-se para isto computadores, bancos de dados, redes. etc., o QO por certo regulará os problemas acima citados.

Neste trabalho, foram abordados, mediante pesquisas bibliográficas extensas e abrangentes, antecedentes, conceitos, implicações, custos, todos estes necessários quando possível aceitação do QO, o qual, conforme fora visto, serve como fonte de consulta para a formulação do quantitativo de pessoal a toda Lei de Fixação de Efetivos.

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Observou-se que, sem esta ferramenta, toma-se permissível que haja descontrole na real quantificação de cargos, fazendo com que sejam atribuídos em números maiores, desnecessários e diferenciados entre os quadros e as qualificações de BM.

Destarte, foram apresentadas singelas proposições para a promulgação de novos dispositivos legais, que embasem e sirvam para o emprego assertivo inicial do QO. Dentre as quais, cita-se: (I) uma nova Lei de Organização Básica; (II) uma nova Lei de Fixação de Efetivos; (III) um Decreto Estadual, que aprove a implantação do QO para todas as OBM: e, (IV) uma estrutura organizacional sistêmica para o CBMERJ, através de organograma geral. Para tanto, também foram mostradas as vantagens e as desvantagens de sua aplicação no âmbito do CBMERJ, no tocante à estrutura organizacional e à definição de cargos, dos quais fora demonstrado a necessidade de existirem justificadamente. Dentre as vantagens do QO, pode-se exemplificar e fundamentar o possível aumento dos ganhos de um militar, com postos ou graduações superiores, possíveis de acordo com as suas próprias habilitações, em relação ao seu atual posto ou graduação nesta Corporação. Esta situação encontra-se já em prática na sua co-irmã, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Em suma, foram mostradas as benesses que porventura virão a ser alcançadas quando da implementação inicial de um Quadro de Organização, no âmbito do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro.

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