Proposta Especialidade
NEUROFUNCIONAL
segundo os critérios da CBO e outros
CATECE
Comissão de Análise de Títulos de Especialistas e Cursos de Especialização
Complexidade da especialidade
É o domínio dos conhecimentos específicos que o especialista deve adquirir:
• Anatomofisiologia; • Fisiopatologia;
• Neuroanatomia funcional;
• Desenvolvimento sensório motor oral; • Desenvolvimento normal e seus desvios; • Métodos e protocolos de avaliação do DNPM
(desenvolvimento neuropsicomotor);
Complexidade da especialidade
• Tecnologia assistiva, comunicação alternativa eaumentativa, e acessibilidade;
• Educação Inclusiva - adaptações educacionais, políticas públicas para a pessoa com deficiência, adaptações curriculares em caso de necessidade, conhecimento da atuação em todos os níveis e modalidades;
• Conhecimento de manobras facilitadoras de posturas e de fixação e ajustes em cadeiras de rodas e outros;
Complexidade da especialidade
• Conhecimentos de voz, fala, linguagem, motricidadeorofacial e disfagia correlacionados às alterações do quadro motor global em distúrbios neurológicos adquiridos e síndromes genéticas em todas os ciclos de vida (disfunção neuromotora de origem cerebral e paralisia cerebral, pessoas com deficiências
múltiplas, pessoas com atraso no desenvolvimento sensório motor, síndromes genéticas e/ou com má-formação, síndromes degenerativas, bebês prematuros e deficiências sensório motoras em geral);
Complexidade da especialidade
• Conhecimento desejável do conceitoNeuro-evolutivo Bobath, Baby Course, Terapia do Desenvolvimento Neuromotor e a Terapia de Regulação Orofacial;
• Conhecimento acerca de Avaliação e Reabilitação Neuromotora;
• Conhecimento de Protocolos de avaliação; • Conhecimento da intervenção da equipe
multiprofissional;
Complexidade da especialidade
• Conhecimento das Políticas Públicas de Saúde eEducação para pessoas com deficiência;
• Diagnóstico diferencial dos distúrbios neurológicos adquiridos e disfunção neuromotora de origem cerebral/PC;
• Conhecimento da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial da Saúde: Conceitos, Usos e Perspectivas e Sistema de Classificação da Função Motora Grossa para Paralisia Cerebral.
Denominação do fonoaudiólogo
com especialidade na área
Fonoaudiólogo especialista em Neurofuncionalidadeou Fonoaudiólogo Neurofuncional
Amplitude da especialidade
-locais de atuação
• Atendimento domiciliar; • Clínica privada;• Unidades Básicas de Saúde - UBS;
• Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF; • Hospitais;
• Instituição de Longa Permanência - ILP; • Instituições de ensino superior- IES ; • Clínica escola;
Amplitude da especialidade
-locais de atuação
• Instituições filantrópicas; • Ambulatório de Especialidades; • Centros de Referência de Reabilitação; • Centros de especialidades;
• Centros Especializados em Reabilitação - CER; • Centros de neurologia;
• Grupos de pesquisa.
Relação direta com a sociedade e
com a Fonoaudiologia
• A criação da especialidade vem ao encontro das diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência, que inclui a criação de toda uma Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência demonstrando um reconhecimento da necessidade de responder às complexas questões que envolvem a Atenção à Saúde das pessoas com deficiência no Brasil.
–Por meio da Portaria nº 1060 de 5/06/2002, o Ministério da Saúde criou essas Diretrizes: promoção da Qualidade de
Relação direta com a sociedade e
com a Fonoaudiologia
vida da pessoa com deficiência; assistência Integral à Saúde; prevenção das Deficiências; ampliação e fortalecimento dos mecanismos de informação sobre temas das deficiências; capacitação dos recursos humanos. – Para validar a política, além do NASF (Portaria nº159 de 24
de janeiro de 2008), o Ministério da Saúde a criou o CER – Centro Especializado em Reabilitação. O primeiro tem por objetivo ampliar a atenção básica de saúde para as famílias e tem na sua composição básica: Psicólogo, Médicos, Assistente Social, Farmacêutico, Fisioterapeuta,
Fonoaudiologia, Educador Físico e Terapeuta Ocupacional. O segundo contempla também o Fonoaudiólogo.
Relação direta com a sociedade e
com a Fonoaudiologia
• Há incentivo do Governo Federal para essa área de atuação ao criar Políticas Públicas de Saúde voltadas para a pessoa com deficiência, como por exemplo, o Programa Viver Sem Limites. No setor privado também há o incentivo uma vez que a ANS ampliou a cobertura de atendimento fonoaudiológico em Convênios.
• O profissional necessita de tempo de experiência e conhecimentos variados para atuar na área, justificando a especificidade.
Relação direta com a sociedade e
com a Fonoaudiologia
• A criação da especialidade em Fonoaudiologia Neurofuncional proporcionará o reconhecimento jurídico deste campo de trabalho.
• O reconhecimento da especialidade levará a abertura de vagas para atuar com essa população.
• A família será amparada e a pessoa com deficiência será atendida em sua particularidade, qualificando os atendimentos fonoaudiológicos.
Relação direta com a sociedade e
com a Fonoaudiologia
• Esse conhecimento mais amplo contribuirá diretamente com o atendimento dessa parcela da população.
• Dará à Fonoaudiologia a possibilidade de domínio dos casos
• Conhecendo, poderá difundir a PC promovendo sua inclusão social.
Função da especialidade
promoção, prevenção, avaliação, diagnóstico
Em todos os níveis de atenção: • Promoção • Prevenção • Avaliação • Diagnóstico • Parecer • Prognóstico • Anamnese • Conduta
Função da especialidade
promoção, prevenção, avaliação, diagnóstico
• Orientação • Encaminhamento • Habilitação • Reabilitação • Ensino • Pesquisa e Extensão • Assessoria • Consultoria
O processo produtivo
• Depende de formação específica - atualmente nãotem ocorrido; • Visão global;
• Pesquisa, prevenção, diagnóstico e tratamento de sinais e sintomas no âmbito da atuação
fonoaudiológica;
• Participar de equipe multidisciplinar;
• Orientar o paciente, familiares, cuidadores e equipe multidisciplinar;
O processo produtivo
• Favorecer bem estar e qualidade de vida;• Atendimento de maneira mais adequada e preparada pelos fonoaudiólogos;
• Participar e incentivar campanhas de prevenção a PC.
Equipamentos
• Instrumentos de avaliação objetiva:–uso pranchas de apoio, materiais facilitadores de postura, colchões, tatâmes, pranchas de equilíbrio, bancos de mobilidade pélvica, cadeiras de rodas, materiais suspensos - cavalo, prancha, rede, colchões, bolas e rolos de tamanhos variados;
• Recursos de acessibilidade e inclusão de alta e baixa tecnologia:
– pranchas de comunicação aumentativa e alternativa, computadores, tablets, máquina fotográfica, gravadores digitais, filmadora, microfone, caixas de som;
Equipamentos
• Equipamentos de biossegurança, equipamento de proteção individual (EPI), materiais de consumo gerais e específicos, paquímetro, testes e protocolos específicos, dentre outros.
• Projetos e fabricação de outros recursos tecnológicos;
• Os espaços de atendimento receberão orientações próprias e com adequações da acessibilidade.
Bens produzidos
• Melhoria da qualidade de vida da população do paciente em todos os ciclos de vida e da família; • Desmistificação da patologia;
• Promoção da inclusão da pessoa com deficiência; • Promoção da formação profissional diferenciada; • Promoção do desenvolvimento de políticas públicas,
serviços e programas de saúde;
• Possibilidade de autodenominação adequada;
Bens produzidos
• Desenvolvimento de estudos e pesquisas na área Neurofuncional - possibilidade de se realizar mais pesquisas dirigidas e específicas, pois os indivíduos poderão ser identificados.
OUTROS CRITÉRIOS
Atual formação - disciplinas, CH, cursos
• Não tem curso específico – Há cursos recortados deLinguagem, MO, Disfagia, Comunicação Alternativa, Setting, neurologia, Bobath, Standarte
• Atualmente não há enfoque específico, nem abordagem ampla, ou seja, nem se conhece as especificidades motoras da PC nem as necessidades educacionais daqueles casos moderados
• Há mais relatos e estudos relacionados a MO e Disfagia do que à Voz, Linguagem; bem como raros relatos de PC em níveis mais altos do ensino
OUTROS CRITÉRIOS
Sugestões de cursos de especialização
• Grade curricular mínima a ser estruturada.OUTROS CRITÉRIOS
Processo de expedição do título - concurso, chancela
Sugestões:
• Opção de aquisição pelas duas opções - prova ou curso
• Por curso de especialização, preferencialmente curso reconhecido pelo MEC e pelo Conselho.
• Por agrupamentos de cursos de aperfeiçoamento ou específicos da área
OUTROS CRITÉRIOS
Justificativas
• Hoje, o indivíduo com paralisia cerebral não é conhecido de forma ampla, mas sim recortada; é associado aos deficientes físicos ou deficiências múltiplas.
• Devido ao avanço da medicina, os casos de PC vêm aumentando.