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Nível de aptidão física de praticantes de crossfit do box pedra branca crossfit

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Academic year: 2021

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NÍVEL DE APTIDÃO FÍSICA DE PRATICANTES DE CROSSFIT DO BOX PEDRA BRANCA CROSSFIT 1

Pedro Azevedo das Neves2

Resumo​: O CrossFit é um método de treinamento caracterizado pela realização de exercícios funcionais, constantemente variados em alta intensidade. Onde visa desenvolver ao máximo as três vias metabólicas e cada uma das 10 valências físicas: resistência cardiorrespiratória, força, resistência muscular, potência, velocidade, coordenação, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e precisão. Assim o presente estudo buscou avaliar o nível de aptidão física de praticantes de CrossFit do box Pedra Branca CrossFit, onde fizeram parte do estudo 16 voluntários, sendo 10 do sexo feminino e 6 do sexo masculino. Todos foram submetidos ao teste de Cooper, teste de abdominais, flexão de braço, banco de Wells, teste Side Step e arremesso da Medicine Ball para mensurar e classificar a resistência aeróbica, resistência muscular, flexibilidade, agilidade e força. Para analisar os dados, os resultados foram apresentados por tabelas com os resultados e classificações de cada teste. Diante dos resultados dos testes aplicados, conclui-se que os níveis de aptidão física dos avaliados encontram-se com classificações na sua maioria positivas. Visto que mais que a metade atingiu classificações superiores nas capacidades de resistência aeróbica, resistência muscular e potência, porém faltando a desejar nas capacidades de flexibilidade e agilidade.

Palavras-chave​: CrossFit. Aptidão Física. Condicionamento Físico.

1 INTRODUÇÃO

O CrossFit é um método de treinamento caracterizado pela realização de exercícios funcionais, constantemente variados em alta intensidade (GLASSMAN, 2003). Este tipo de treinamento utiliza exercícios do levantamento olímpico como os agachamentos, arrancos, arremessos e desenvolvimentos, exercícios aeróbios 1 Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação da Universidade do Sul de Santa

Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física. Orientador: Profª Elinai dos Santos Freitas Schutz, MSc. Palhoça, 2020.

2Acadêmico do curso de Educação Física Bacharelado da Universidade do Sul de Santa Catarina. E-mail:

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como remos, corrida e bicicleta e movimentos ginásticos como paradas de mão, paralelas, argolas e barras (SMITH et al, 2013).

O modelo de treinamento criado em 1995 por Greg Glassman visa desenvolver o condicionamento de forma ampla, inclusiva e geral, preparando os praticantes para qualquer contingência física necessária (PAINE, UPTGRAFT, WYLIE, 2010). Glassman (2003) afirma que o treinamento de CrossFit visa desenvolver ao máximo as três vias metabólicas e cada uma das 10 valências físicas, sendo elas: resistência cardiorrespiratória, força, resistência muscular, potência, velocidade, coordenação, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e precisão. Para isso as sessões de treino seguem uma ordem que inicia com um aquecimento seguido de uma atividade para desenvolver força ou melhorar a habilidade em algum movimento específico, para somente então começar a parte de condicionamento metabólico. Todos esses componentes juntos constituem o WOD, sigla em inglês para “workout of the day” que significa “treinamento do dia”.

Os treinos são adaptados conforme o condicionamento de cada praticante, respeitando sempre a individualidade e habilidade de cada um para realizar os exercícios. Estas adaptações podem ser feitas através de cargas e movimentos, sem perder a intensidade do treino, além de incentivar e manter o sentimento de comunidade, sem excluir ninguém do treino (MONTALVO et al., 2017).

Um estudo em homens e mulheres que praticavam treinos de CrossFit 5 vezes por semana, foi possível observar a eficiência da metodologia após 10 semanas de treinos onde constatou-se uma melhora significativa, como a redução de até 20% no percentual de gordura e uma melhora de até 15% no consumo máximo de oxigênio. Sendo assim viu-se que a aptidão requer uma capacidade de executar bem todas as tarefas, mesmo tarefas desconhecidas e tarefas de combinações variadas infinitamente (SMITH et al, 2013).

Um outro estudo comparou as valências físicas entre jovens adultos praticantes recreacionais de CrossFit e praticantes de treinamento resistido tradicional com um ano de prática e frequência semanal de pelo menos 2 vezes. Foram aplicados testes de puxada na barra fixa, teste de ida e volta de 20 metros e o teste de salto vertical. Os resultados encontrados foram que os praticantes de CrossFit possuem maior condicionamento cardiorrespiratório quando comparados aos praticantes de treinamento resistido tradicional. Entretanto, não foi possível observar nenhuma diferença significativa entre as medidas de composição corporal,

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a força de membros superiores e força explosiva de membros inferiores entre os grupos (SANTOS; REIS; VALERINO, 2014).

Para melhor entendimento a aptidão física pode ser apreendida como uma capacidade de realizar trabalho muscular de uma maneira mais satisfatória, isto quando submetido a situações que envolvam esforços físicos. Desta forma, estar apto fisicamente significa que o indivíduo apresenta condições que lhe permitam bom desempenho motor. Pode ainda ser definida como um estado dinâmico de energia e vitalidade que permita não só a realização das tarefas do cotidiano e atividades de lazer ou emergências imprevistas sem a fadiga excessiva, mas também evitar as disfunções hipocinéticas (BOUCHARD et al, 1990). Pode-se concluir que aptidão física seja uma capacidade de realizar esforços físicos que possam garantir a sobrevivência das pessoas em boas condições orgânicas no meio ambiente em que vivem (ANDERSEN, 1978).

Pode-se perceber a importância do treinamento de força quando Clausen (1973), afirma que uma pessoa quando abaixo dos níveis de força recomendados para a sua saúde pode na maioria das vezes trazer implicações para a sua qualidade de vida. Destas complicações é possível destacar os problemas posturais, maior probabilidade de quedas em idosos, dores na lombar e riscos de lesões muscular e articulares.

Os benefícios do levantamento de peso, modalidade olímpica praticada no CrossFit, é o desenvolvimento de coordenação, força, agilidade, precisão, flexibilidade e equilíbrio (GLASSMAN, 2007). É fato que ambos os movimentos de levantamento de peso Arranco e Arremesso são tão minuciosos e desafiadores como qualquer outro movimento em qualquer outro esporte, sendo assim é possível desenvolver uma grande capacidade de destreza extrema em qualquer outra atividade do dia a dia.

Já a Ginástica Artística ou Ginástica Olímpica é considerada uma das modalidades esportivas básica, por proporcionar muitas possibilidades de movimentos, aprimorando as capacidades e habilidades motoras do praticante, podendo assim destacar uma melhora na coordenação, flexibilidade, equilíbrio, ritmo e consciência corporal (BEZERRA, FERREIRA FILHO, FELICIANO, 2006). Um dos principais benefícios da atividade da ginástica é que ela sujeita o corpo do ginasta a uma ampla variedade de estímulos (SANDS, 1999).

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O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (2008) afirma que atividade física e exercício físico regular estão associados a inúmeros benefícios à saúde física e mental em homens e mulheres. A prática regular de atividade física e uma maior aptidão física estão associadas a uma menor mortalidade e melhor qualidade de vida em população adulta, passando de um estilo de vida sedentário

ou com níveis insuficientes de atividade física para um que

atinja os níveis recomendados de atividade física (MONTEIRO, 1996). Existem cada vez mais dados demonstrando que o exercício e a atividade física estão relacionados com a prevenção, reabilitação de doenças e com a qualidade de vida (PATE, 1991).

Sendo assim o objetivo dessa pesquisa é avaliar nível de aptidão física de praticantes de CrossFit, do box Pedra Branca CrossFit, e mensurar a resistência aeróbica, resistência muscular, flexibilidade, agilidade e força, e assim classificar os resultados obtidos através dos testes físicos aplicados.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Quanto à natureza, este estudo se caracteriza como uma pesquisa aplicada, conforme Lakatos e Marconi (2011) tem como objetivo gerar conhecimento para aplicações práticas e dirigidos à solução de problemas específicos, ou seja, os resultados devem ser aplicados ou utilizados na solução de problemas que ocorrem na realidade. Afirma também que a pesquisa aplicada busca transformar em ação concreta os resultados do trabalho.

Quanto à abordagem do problema, a pesquisa é classificada como quantitativa, pois busca transformar em valores o nível de condicionamento adquirido através do treinamento de CrossFit. Santos (2011) consideram uma pesquisa quantitativa quando transformadas as informações em números para que assim sejam classificadas e analisadas.

Quanto aos objetivos da pesquisa, é do tipo descritiva pois de acordo com Gil (2008), as pesquisas descritivas possuem como objetivo a descrição das características de uma população, fenômeno ou de uma experiência, sem

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interferência do pesquisador. Descreve uma experiência, uma situação, um fenômeno ou processo nos mínimos detalhes.

Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa é caracterizada como do tipo empírica exploratória descritiva. E quanto a fonte de informações a pesquisa é do tipo transversal de campo, pois ocorreu a coleta de dados e observação do fenômeno em um corte único no tempo, através de testes físicos (GIL, 2008).

2.2 PARTICIPANTES DO ESTUDO

Participaram da pesquisa 16 adultos, sendo 10 do sexo feminino e 6 do sexo masculino, todos com mínimo de 1 ano de prática de CrossFit e idades entre 21 a 36 anos (29,2 ± 5,1 anos). ​A escolha dos participantes foi não probabilística, voluntária e por conveniência. Justifica-se a realização deste trabalho pela facilidade em ter acesso aos participantes e assim buscar resultados de forma mais fidedigna aos objetivos da pesquisa.

Critério de inclusão:

● Assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;

● Ter entre 18 a 60 anos;

● Praticante de CrossFit no mínimo 2 meses.

Critérios de exclusão:

● Praticantes com fatores de risco a saúde, situação que aumente a

probabilidade de ocorrência de uma doença ou agravo à saúde, a exemplo dos múltiplos fatores causais das doenças cardiovasculares;

● Pessoas com deficiência;

● Crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos. 2.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA

Os instrumentos utilizados foram testes de aptidão física com finalidade de avaliar e classificar o desempenho dos praticantes de CrossFit a cumprir uma atividade física. Os testes têm como objetivo mensurar 5 das 10 valências físicas,

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desenvolvidas no CrossFit, sendo elas: resistência aeróbica, resistência muscular, flexibilidade, agilidade e potência dos membros superiores.

2.3.1 Teste de Cooper: Resistência Aeróbia

O teste de Cooper foi desenvolvido pelo Dr. Kenneth H. Cooper em 1968 para ser usado pelas forças armadas a fim de se verificar o nível de condicionamento da resistência aeróbica. Em sua forma original o objetivo do teste é de correr a maior distância possível no intervalo de tempo de 12 minutos. É necessário que o teste seja realizado em uma pista de atletismo ou em um local onde a distância seja conhecida (COOPER, 1982), sendo assim para medição da distância percorrida foi usado além da demarcação da pista de corrida uma fita métrica para resultados mais fidedigno. Com o resultado do teste é possível classificar a resistência aeróbia, através da tabela na figura 1:

Figura 1: Teste de Cooper – Resistência Aeróbia

Fonte​: Cooper, 1982.

2.3.2 Teste de Flexão de Braço e Abdominais: Resistência muscular

Para avaliar o nível de resistência muscular localizada (RML) foi adotado o teste para os membros superiores e músculos do tronco. O teste para a mensuração da RML nos membros superiores é o teste de flexão de braço. Para indivíduos do

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sexo masculino devem estar em decúbito ventral, com os joelhos e o quadril estendidos (o tronco, coxa e perna devem formar uma linha reta), apoiado sobre as mãos espalmadas e afastadas a uma distância um pouco maior que a largura dos ombros, o indivíduo deve flexionar o cotovelo até tocar o peito no solo e voltar a estender completamente o cotovelo. O sujeito avaliado deverá realizar o maior número de repetições no intervalo de tempo de 60 segundos (POLLOCK; WILMORE, 1993). No caso de os indivíduos serem do sexo feminino a aplicação do teste se modifica de acordo com Johnson, Nelson (1979) apenas pelo apoio dos joelhos sobre o solo, para isso será utilizado um colchonete para apoiar-se os joelhos sobre. Com o resultado do teste é possível classificar o desempenho através da tabela na figura 2:

Figura 2: Teste de Flexão de Braço ​–​ Resistência Muscular

Fonte​: Pollock & Wilmore, 1993.

Para a avaliação da RML dos músculos do tronco, foi realizado o teste de número máximo de abdominais realizados por minuto. Em decúbito dorsal, sobre um colchonete, com o dorso completamente apoiado, a cintura escapular tocando o solo, os pés afastados na largura do quadril e os joelhos flexionados a pelo menos 90º, o indivíduo realiza o maior número possível de flexões do quadril no intervalo de tempo de 60 segundos. Os braços posicionados cruzados sobre o peito do avaliado. As repetições consideradas válidas quando no início do movimento a cintura escapular toca completamente o solo e no final do movimento os braços cruzados

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sobre o peito tocam as coxas. Os braços não podem em momento algum se afastar do peito. O avaliador pode apoiar os pés do sujeito avaliado como forma de facilitar o movimento (POLLOCK; WILMORE, 1993). Com o resultado do teste é possível classificar o desempenho através da tabela na figura 3:

Figura 3: Teste de Abdominais – Resistência Muscular

Fonte​: Pollock & Wilmore, 1993.

2.3.3 Banco de Wells: Flexibilidade

O teste com o Banco de Wells tem como objetivo medir a flexibilidade do quadril, dorso e músculos posteriores dos membros inferiores. O protocolo deste teste não exige um aquecimento prévio, inicia-se em posição sentada com os pés afastados na largura do quadril, joelhos completamente estendidos. Os pés apoiados completamente no banco e o banco apoiado em sua extremidade posterior em uma parede para não haver nenhum tipo de movimentação. Com um movimento único, lento e contínuo, estender os braços sobre a cabeça e em seguida sobre a régua na parte superior do banco até o ponto máximo alcançado. A posição deve ser sustentada por um período de 2 segundos. O indivíduo terá 3 tentativas e será computado o maior valor alcançado (WELLS; DILLON, 1952). Com o resultado do teste é possível classificar o desempenho através da tabela na figura 4:

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Figura 4: Banco de Wells – Flexibilidade

Fonte​: Wells, 1952.

2.3.4 Side Step: Agilidade

Para avaliar a agilidade dos participantes foi aplicado o teste de Side Step desenvolvido por Johnson e Nelson em 1979, onde o objetivo é medir a rapidez de execução e a mudança de direção em movimentos executados lateralmente. Ficaram demarcadas 3 linhas paralelas com fita adesiva branca a uma distância de 30 cm entre elas. O sujeito se mantém em pé sobre a linha central. Ao iniciar o teste, ele salta com os pés unidos para uma das linhas laterais, por exemplo a direita (os pés devem tocar ou ultrapassar a linha), então ele volta a saltar a linha central e logo após para a outra linha lateral, neste caso a esquerda. O próximo movimento é o salto novamente para a linha central. Neste momento se encerra um ciclo completo (JOHNSON; NELSON, 1979). O objetivo é realizar o maior número de ciclos no intervalo de 1 minuto. Com o resultado do teste é possível classificar o desempenho através da tabela na figura 5:

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Figura 5: Teste do Side Step – Agilidade

Fonte​: Johnson & Nelson, 1979.

2.3.5 Arremesso Medicine Ball: Potência

O teste de potência de membros superiores aplicado foi o arremesso da Medicine Ball, onde o avaliado sentado no chão com as pernas estendidas e as costas em contato a uma parede, efetua o lançamento de uma bola de 3kg apenas usando a força dos braços. A distância do ponto de partida ao primeiro toque da bola é marcada no solo usando uma fita métrica para medição, onde das 3 repetições permitidas a maior distância alcançada foi a computada (JOHNSON; NELSON, 1979). Com o resultado do teste é possível classificar o desempenho através da tabela na figura 6:

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Figura 6: Teste do Arremesso Medicine Ball – Potência

Fonte​: Johnson & Nelson, 1979.

2.4 PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Inicialmente foi realizado o contato com o Box Pedra Branca CrossFit da região de Palhoça, explicados os objetivos da pesquisa e seus benefícios. Após o projeto submetido, analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unisul – CEP (27032919.3.0000.5369) deu-se início a coleta de dados. Vale lembrar que o autor utilizou de teste piloto para melhor familiarização com os testes e procedimentos, onde através disto pode aperfeiçoar os testes e corrigir os problemas encontrados.

Os participantes da pesquisa foram informados quanto aos procedimentos realizados incluindo uma breve entrevista sobre dados pessoais (sexo, idade, tempo de prática), dados clínicos (presença de sintomas, doenças e fatores de risco cardiovasculares, além do uso regular de medicamentos e da presença de outras doenças) e dados sobre a atividade física praticada, e após concordarem em participar da pesquisa, foi assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,

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para em seguida realizar os testes físicos. Cada avaliado fez um aquecimento pré teste para familiarização e possíveis correções caso necessário, onde todos seguiram a mesma ordem de testes como descrito na seção anterior (2.3).

A coleta de dados foi agendada previamente e os encontros ocorreram nos finais de semana, sendo quatro encontros no período vespertino. Para cada encontro o autor se dispôs a avaliar até 4 pessoas, onde teve auxílio de um profissional da área de Educação Física presentes no local. O primeiro teste foi realizado na pista de atletismo localizada na Unisul unidade Pedra Branca, local próximo ao Box Pedra Branca CrossFit. Após o teste de Cooper, os participantes se deslocavam ao Box para dar continuidade aos testes seguintes. Os avaliados foram informados a irem com trajes de treinos e dispostos a executarem exercícios orientados pelo pesquisador.

2.5 TRATAMENTO ESTATÍSTICO

Os dados foram coletados, tabulados e armazenados em uma planilha eletrônica. Para analisar e descrever os dados foi utilizada a classificação das capacidades de aptidão física de acordo com as tabelas de referência. ​Os dados obtidos foram apresentados em tabelas divididas por gênero contendo a idade, tempo de prática e os resultados de cada teste com sua respectiva classificação. Ao final da pesquisa, os resultados/classificações foram entregues a cada participante e se necessário com comentários e orientações dadas pelo pesquisador.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicialmente serão apresentados os resultados referentes aos testes de resistência aeróbica, resistência muscular localizada, flexibilidade, agilidade e em seguida o teste de potência de membros superiores.

3.1 RESISTÊNCIA AERÓBICA

As tabelas 1 e 2 a seguir apresentam os resultados do teste de resistência aeróbica, sendo que cada avaliado teve sua classificação conforme idade e gênero.

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Fonte:​ Elaborado pelo autor

Tabela 2: Teste de Cooper – Resistência Aeróbica (Mulheres)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Quando analisada a classificação da resistência aeróbica, mais da metade dos homens (66%) obtiveram classificação excelente (3) e boa (1). Já entre as mulheres, das 10 participantes, 80% apresentaram classificação entre boa (2), superior (4) e excelente (2).

Pesquisas atuais apresentaram melhoras na capacidade metabólica e no condicionamento físico, com a prática de Crossfit, no qual foi evidenciado pela avaliação do volume máximo de oxigênio (VO2máx.) e composição corporal de atletas com preparo físico variado (SMITH, et. al, 2013). Mangoni (2017) em sua pesquisa analisou se a prática do Crossfit pode auxiliar positivamente no desempenho de corredores, unindo essas duas modalidades a fim de desenvolver e potencializar o condicionamento físico dos atletas. Participaram vinte e oito indivíduos predominando o sexo masculino, com faixa etária de 25 a 40 anos, divididos por igual em dois grupos distintos, sendo um grupo composto apenas por corredores de rua e o outro por praticantes de corrida de rua que utilizam o Crossfit como preparação física. Os resultados evidenciaram que 21,43% dos participantes do grupo somente corrida de rua teve tempos de prova inferiores a 1 (uma) hora e 64,29% acima de 1 (uma) hora. Comparando os tempos de prova com os

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultado Classificação

1 21 1 ano 2080m Fraca 2 23 3 anos 2740m Excelente 3 31 4 anos 2540m Excelente 4 32 2 anos 1990m Fraco 5 34 3 anos 2510m Boa 6 36 4 anos 2640m Excelente

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultado Classificação

1 21 5 anos 2070m Boa

2 23 2 anos 2280m Excelente

3 25 3 anos 1760m Fraca

4 27 3 anos 2360m Superior

5 28 2 anos 1270m Muito Fraca

6 29 4 anos 2230m Excelente

7 33 2 anos 2370m Superior

8 34 1 ano 2680m Superior

9 34 2 anos 2370m Superior

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praticantes das duas modalidades, o tempo de prova inferior a 1 (uma) hora é de 35,71% e acima de 1 (uma) hora tem uma diferença significativa, chegando a 14,29% dos entrevistados. Nota-se com esses dados, que os indivíduos que treinaram os dois esportes estavam mais condicionados fisicamente, do que aqueles que apenas praticavam corrida como forma de treino.

Um outro estudo, feito pelo exército dos Estados Unidos da América, apresentou melhoras significativas no condicionamento físico dos soldados americanos após a realização do Crossfit nos treinamentos de rotina (PAINE; UPTGRAFT; WYLIE, 2010). Sendo assim a maior parte dos estudos revelaram melhoras no consumo de oxigênio após o regime de treinamento de Crossfit, assim como o presente estudo que pode constatar através das tabelas 1 e 2 que os praticantes com maior tempo de prática, mais de 3 anos, alcançaram resultados mais satisfatórios se comparados com os de menos tempo de prática.

3.2 RESISTÊNCIA MUSCULAR

As tabelas 3 e 4 a seguir apresentam os resultados do teste de resistência muscular localizada dos membros superiores, sendo que cada avaliado teve sua classificação conforme idade e gênero.

Tabela 3: Teste de Flexão de Braço – Resistência Muscular (Homens)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Tabela 4: Teste de Flexão de Braço – Resistência Muscular (Mulheres)

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultados Classificação

1 21 1 ano 18 repetições Abaixo da

Média

2 23 3 anos 47 repetições Excelente

3 31 4 anos 45 repetições Excelente

4 32 2 anos 34 repetições Excelente

5 34 3 anos 44 Repetições Excelente

6 36 4 anos 40 repetições Excelente

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultados Classificação

1 21 5 anos 32 repetições Excelente

2 23 2 anos 49 repetições Excelente

3 25 3 anos 30 repetições Acima da

Média

4 27 3 anos 44 repetições Excelente

5 28 2 anos 35 repetições Acima da

(15)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Para a resistência muscular dos membros superiores, a maioria dos homens (84%) e mulheres (80%) apresentaram classificação excelente. Destaca-se que as mulheres, em sua totalidade (100%) apresentaram níveis positivos, com classificação acima da média (20%) e excelente (80%). Quando comparado com a literatura, Laporta Junior, Fernandes e Novaes (2002) que avaliaram mulheres militares (média de 25 anos de idade) encontram como valor médio para o teste de flexão de braços 27 repetições. E ainda, Baptista e Dantas (2003) estudando mulheres adultas (média idade 37 anos), praticantes de ginástica localizada, apresentaram também valores mais baixos (média de 25 repetições), quando comparados aos resultados encontrados neste estudo (41 repetições médias).

As tabelas 5 e 6 a seguir apresentam os resultados do teste de resistência muscular localizada do tronco, sendo que cada avaliado teve sua classificação conforme idade e gênero.

Tabela 5: Teste de Abdominais – Resistência Muscular (Homens)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Tabela 6: Teste de Abdominais – Resistência Muscular (Mulheres)

6 29 4 anos 42 repetições Excelente

7 33 2 anos 42 repetições Excelente

8 34 1 ano 50 repetições Excelente

9 34 2 anos 51 repetições Excelente

10 35 4 anos 40 repetições Excelente

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultados Classificação

1 21 1 ano 52 repetições Excelente

2 23 3 anos 52 repetições Excelente

3 31 4 anos 50 repetições Excelente

4 32 2 anos 37 repetições Excelente

5 34 3 anos 47 Repetições Excelente

6 36 4 anos 40 repetições Excelente

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática

Resultados Classificação

1 21 5 anos 37 repetições Excelente

2 23 2 anos 42 repetições Excelente

3 25 3 anos 36 repetições Acima da

Média

4 27 3 anos 41 repetições Excelente

5 28 2 anos 33 repetições Acima da

Média

6 29 4 anos 40 repetições Excelente

(16)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Para a resistência muscular do tronco foi uma das capacidades de aptidão física que merecem destaque. 100% dos avaliados do sexo masculino foram classificados como excelente. Já as mulheres, também com resultados positivos, 80% foram classificadas como excelente e 20% acima da média.

A partir dos resultados apresentados acima, pode-se sugerir que os exercícios desenvolvidos no CrossFit podem contribuir de forma positiva com a resistência muscular do tronco, pois independente do tempo de prática, todos os participantes obtiveram classificações acima da média e excelente. Comparando essa mesma capacidade Baptista e Dantas (2003) avaliaram 60 mulheres, com idade média de 37 anos, praticantes de ginástica localizada e encontraram resultados semelhantes aos encontrados nesse estudo para o sexo feminino, média de 38 repetições para o exercício de abdominal.

3.3 FLEXIBILIDADE

As tabelas 7 e 8 a seguir apresentam os resultados do teste de flexibilidade, sendo que cada avaliado teve sua classificação conforme idade e gênero.

Tabela 7: Banco de Wells – Flexibilidade (Homens)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Tabela 8: Banco de Wells – Flexibilidade (Mulheres)

8 34 1 ano 42 repetições Excelente

9 34 2 anos 43 repetições Excelente

10 35 4 anos 38 repetições Excelente

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultados Classificação 1 21 1 ano 42cm Excelente 2 23 3 anos 26cm Abaixo da Média 3 31 4 anos 28cm Média 4 32 2 anos 22cm Ruim 5 34 3 anos 29cm Média 6 36 4 anos 28cm Média

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultados Classificação

1 21 5 anos 34cm Média

2 23 2 anos 38cm Acima da

(17)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Para o fator flexibilidade 52% dos avaliados do sexo masculino apresentaram resultados na classificação média, já os outros restantes apresentaram resultados como excelente (16%), abaixo da média (16%) e ruim (16%). Assim como 40% dos avaliados do sexo feminino apresentaram resultados na classificação média, 30% resultaram na classificação acima da média, 20% na classificação abaixo da média e apenas 10% com classificação ruim.

Nos estudos que buscam comparar o alongamento e outros caminhos para prevenir danos no treinamento concluiu que pessoas que alongavam, não estavam nem mais nem menos suscetíveis a sofrer danos que a flexibilidade aumentada supostamente prevenia (DE ALMEIDA; JABUR, 2007). Sendo assim, não foram encontradas evidências suficientes para comprovar que o alongamento previne lesões, porém deve-se destacar a importância do alongamento no dia-a-dia de pessoas que passam muito tempo na posição sentada. Por meio disso, os dados encontrados nas duas tabelas acima mostram que os praticantes de CrossFit alcançaram resultados satisfatórios, visto que a grande maioria não apresentou classificação abaixo da média mostrando ter uma aptidão mínima de flexibilidade, evitável para gerar riscos e dificuldades na realização de atividades diárias.

Para mostrar que aptidões mínimas de flexibilidade não interferem no treinamento Craib et al (1996) examinaram a relação entre flexibilidade e o consumo de oxigênio na marcha e na corrida. Indivíduos com resultados de flexibilidade estática abaixo da média revelaram-se os mais eficientes, uma vez que a velocidade ultrapassava os 4,8 km/h. Os autores tentaram explicar esses resultados devido a menor ativação da musculatura auxiliar em indivíduos menos flexíveis e por uma reação elástica mais efetiva à passada prévia. É aceitável essa hipótese quando esportes que dependem extensivamente de velocidade e potência, como o CrossFit,

3 25 3 anos 38cm Acima da Média 4 27 3 anos 35cm Média 5 28 2 anos 35cm Média 6 29 4 anos 36cm Média 7 33 2 anos 17cm Ruim 8 34 1 ano 39cm Acima da Média 9 34 2 anos 27cm Abaixo da Média 10 35 4 anos 29cm Abaixo da Média

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teriam seu desempenho facilitado por menores níveis de flexibilidade em articulações específicas. Contudo os autores realçam que isso é meramente especulativo.

3.4 AGILIDADE:TESTE SIDE STEP

As tabelas 9 e 10 a seguir apresentam os resultados do teste de agilidade, sendo que cada avaliado teve sua classificação conforme idade e gênero.

Tabela 9: Teste do Side Step – Agilidade Teste do (Homens)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Tabela 10: Teste do Side Step – Agilidade (Mulheres)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Para o fator agilidade mais da metade (66%) dos avaliados do sexo masculino obtiveram resultados na classificação médio (2) e fraco (2), sendo pouco os avaliados que apresentaram resultados como bom (1) e razoável (1). Já os avaliados do sexo feminino, das 10 participantes, 60% obtiveram resultados positivos nas classificações excelente (1), bom (2) e razoável (3).

Um estudo composto por atletas universitários de futsal feminino, tinha como objetivo verificar a influência de exercícios pliométricos para uma melhora da agilidade. A amostra foi composta por 20 atletas do sexo feminino, com idade de 18

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultados Classificação

1 21 1 ano 42 ciclos Média

2 23 3 anos 37 ciclos Fraco

3 31 4 anos 46 ciclos Bom

4 32 2 anos 32 ciclos Fraco

5 34 3 anos 45 ciclos Média

6 36 4 anos 38 ciclos Razoável

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática

Resultados Classificação

1 21 5 anos 34 ciclos Razoável

2 23 2 anos 34 ciclos Razoável

3 25 3 anos 40 ciclos Média

4 27 3 anos 34 ciclos Razoável

5 28 2 anos 46 ciclos Excelente

6 29 4 anos 42 ciclos Bom

7 33 2 anos 33 ciclos Fraco

8 34 1 ano 41 ciclos Média

9 34 2 anos 42 ciclos Bom

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a 21 anos, sendo 10 do grupo controle e 10 do grupo intervenção. Para mensurar os a agilidade foi feito o teste de Shuttle Run. Os resultados mostraram que houve uma diferença significativa no resultado do pós teste no grupo intervenção em relação ao pré e ao grupo controle. O estudo considera válido o uso de treinamento pliométrico para influência na agilidade de praticantes de futsal (MENEZES, 2014).

Já outro estudo afirma que a prática regular de atividades físicas generalizadas e supervisionadas melhora os níveis de agilidade geral. Assim como o estudo feito por Ferreira e Gobbi (2003) onde teve o objetivo de verificar a influência do treinamento com atividades físicas generalizadas e supervisionadas, na agilidade geral em mulheres na terceira idade. Participaram desta pesquisa 60 mulheres (59,7 ± 5,9 anos) divididas em dois grupos: o grupo treinado, sendo participantes de um programa supervisionado de atividades físicas generalizadas, há pelo menos 1 ano, três sessões semanais de 1 hora; e o grupo não treinado, onde participantes não praticavam de atividades físicas regulares e supervisionadas. Para avaliação da agilidade geral aplicou-se o teste de agilidade e equilíbrio dinâmico da AAHPERD onde verificou diferenças estatisticamente significativas entre grupo treinado e grupo não treinado. O grupo treinado apresentou valores médios de 19,9 ± 2,7 segundos para o teste da AAHPERD, enquanto o grupo não treinado apresentou valores médios de 21,7 ± 3,4 segundos.

3.5 POTÊNCIA MEMBROS SUPERIORES

As tabelas 11 e 12 a seguir apresentam os resultados do teste de potência específico do arremesso da medball, sendo que cada avaliado teve sua classificação conforme idade e gênero.

Tabela 11: Teste do Arremesso da Medball – Potência (Homens)

Fonte:​ Elaborado pelo autor

Tabela 12: Teste do Arremesso da Medball – Potência (Mulheres)

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultados Classificação 1 21 1 ano 410cm Intermediário 2 23 3 anos 423cm Intermediário 3 31 4 anos 530cm Intermediário 4 32 2 anos 410cm Intermediário 5 34 3 anos 560cm Intermediário 6 36 4 anos 490cm Intermediário

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Fonte:​ Elaborado pelo autor

Quando avaliada a potência de membros superiores, 100% dos avaliados do sexo masculino foram classificados como “Intermediário”. Assim como 80% dos avaliados do sexo feminino apresentarem resultados na classificação “Intermediário” e os 20% restante apresentaram resultados “Intermediário Avançado”.

Estudos relacionados com movimentos de levantamento de peso olímpico notaram fortes correlações entre os movimentos de sprinting, salto vertical e a habilidade em mudança de direção. Foi onde Seitz, Trajano e Haff (2014) evidenciaram que atletas de rugby utilizando movimentos de arremesso e do agachamento nas costas (uma série de três repetições com 90% de 1RM) proporcionaram uma melhora na performance de 20 metros de sprint, quando comparado ao grupo controle. Sendo assim, indivíduos com níveis de potência elevados suportam cargas maiores nos movimentos de agachamento, caracterizando uma força expressiva para deslocar-se ou mover objetos (TIBANA et al, 2018). Em um outro estudo realizado por Sale (1992) pode se observar que exercícios executados com ações explosivas apresentaram melhoras de 11% na força isométrica máxima e um aumento de 38% na ativação dos nervos motores.

Ao analisar as tabelas acima é possível avaliar que os participantes da pesquisa com maior tempo de prática alcançaram resultados maiores, se comparado com os de menos tempo de prática. Pode-se sugerir que a potência pode ter uma relação direta com o tempo de prática. Estudos indicam que o treinamento de potência pode ser uma estratégia importante e útil para a prevenção e reabilitação dos declínios na força e na função muscular decorrentes do envelhecimento (ORSANO; DE MORAES; PRESTES, 2017). Outro estudo comparou 10 semanas de treinamento de força tradicional versus potência em homens idosos de 60-76 anos, e

Participantes da Pesquisa Idade Tempo de

Prática Resultados Classificação

1 21 5 anos 305cm Intermediário 2 23 2 anos 240cm Intermediário 3 25 3 anos 310cm Intermediário 4 27 3 anos 242cm Intermediário 5 28 2 anos 292cm Intermediário 6 29 4 anos 360cm Intermediário Avançado 7 33 2 anos 277cm Intermediário 8 34 1 ano 376cm Intermediário Avançado 9 34 2 anos 342cm Intermediário 10 35 4 anos 354cm Intermediário

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demonstrou que os sujeitos que realizaram o treinamento com alta velocidade tiveram maiores ganhos de capacidade funcional e potência, além do mesmo ganho de força muscular (BOTTARO et al, 2007).

4 CONCLUSÃO E SUGESTÃO

Diante dos resultados dos testes aplicados, conclui-se que os níveis de aptidão física de praticantes de CrossFit do box Pedra Branca CrossFit encontram-se com classificações na sua maioria positivas.

Quanto à capacidade aeróbica, a grande maioria apresentou classificação acima da média (boa, superior e excelente) o que mostra uma aptidão para manter um exercício submáximo durante períodos prolongados de tempo, ponto favorável ao treinamento.

Já quanto à resistência muscular os resultados foram superiores, principalmente a resistência de tronco, mensurada através do teste de abdominais em um minuto em que houve predomínio de classificação nos limites superiores. Destaque maior para as mulheres na resistência muscular de membros superiores (flexão de braços) todas obtendo classificação excelente ou acima da média.

Quanto à flexibilidade dos avaliados do sexo masculino uma baixa porcentagem alcançou resultados satisfatórios, sendo que a grande maioria alcançou valores medianos não mostrando ter uma boa capacidade física para esta valência, mas ainda assim considera-se como saudáveis. Já os resultados alcançados pelos avaliados do sexo feminino possível ver um número maior de resultados de níveis satisfatórios, visto que poucos apresentaram resultados abaixo da classificação considerada média.

Quanto à agilidade os resultados obtidos mostraram que os avaliados do sexo masculino possuem níveis abaixo do esperado, onde poucos alcançaram resultados de níveis satisfatórios, portanto, ainda existe um percentual de melhora a ser atingido. Já os avaliados do sexo feminino foram poucos os resultados considerados negativos, visto que a grande maioria alcançou resultados acima da média. Sendo assim os avaliados do sexo feminino apresentaram níveis satisfatórios na capacidade de agilidade ao contrário do avaliados do sexo masculino em que resultados inferiores a média foram encontrados.

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Quanto à potência os avaliados mostraram-se capazes de exercer grandes forças para projetar objetos. Visto que já possuíam experiência no movimento, pois o teste assemelha-se aos movimentos presente nas rotinas de treino. Com isto verificou-se que os avaliados, tanto do sexo masculino quanto do sexo feminino possuem níveis satisfatórios de potência.

Portanto, conclui-se que os praticantes da modalidade especificamente do Box Pedra Branca CrossFit atingiram resultados positivos, na sua grande maioria, no que diz respeito aos indicadores de performance e saúde física, com isto pode-se dizer que o método de treino de CrossFit pode contribuir para a saúde através do desenvolvimento das capacidades motoras que compõem a aptidão física.

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ANEXO A

Referências

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