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CONCEITO. Seus valores básicos são: liberdade e a igualdade. Princípios básicos: soberania popular e participação do povo no poder.

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Academic year: 2021

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É o processo de convivência social em que ocorre a afirmação da cidadania de um povo, sendo-lhe garantidos os direitos fundamentais, mediante o exercício direto ou indireto do poder que dele emana e que visa seu benefício.

Seus valores básicos são: liberdade e a igualdade.

Princípios básicos: soberania popular e participação do povo no poder.

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Conforme o grau de participação popular nas decisões mais relevantes do governo de um Estado, podemos classificar as formas de democracia como direta, semidireta e representativa. Essas formas de democracia podem ser praticadas isolada ou cumulativamente num Estado.

No Brasil, por exemplo, predomina a democracia representativa, combinada com instrumentos de democracia semidireta, que são raramente utilizados.

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DIRETA

Seria uma forma ideal de exercício de poder, pela qual todos os cidadãos participam ativamente dos processos decisórios da sociedade.

Era a forma de democracia praticada na Grécia antiga, especialmente em Atenas, onde o povo debatia e decidia as questões mais importantes da polis em assembleias realizadas em praça pública. Hoje esse tipo de democracia só é praticado em pequenos cantões (estados federados) suíços (Landsgemeinde) e ainda assim de forma restrita, porque os assuntos não são amplamente discutidos, havendo uma preparação prévia pelas autoridades.

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SEMI-DIRETA

Nesse tipo de democracia o povo participa diretamente, propondo, aprovando ou autorizando a elaboração de uma lei ou a tomada de uma decisão relevante pelo Estado.

A atuação do povo não é exclusiva, pois age em conjunto com os representantes eleitos, que vão discutir, elaborar ou aprovar a lei.

É utilizada atualmente em combinação com a democracia representativa, que ainda prevalece.

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PLEBISCITO.

Plebiscito (do latim plebiscitum: decreto da plebe) é uma consulta ao povo pelo qual este aprova ou não a elaboração de uma lei, uma emenda constitucional ou uma decisão governamental.

Se houver aprovação, cabe ao poder competente a elaboração da medida. É importante notar que ele é anterior à lei ou à decisão governamental, que só serão elaboradas se houver aprovação popular.

Ex: o plebiscito de 1993 sobre forma e sistema de governo.

MECANISMOS DE DEMOCRACIA

SEMIDIRETA

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REFERENDO

Referendo (do latim referendum: aprovação) é uma consulta feita ao povo sobre uma lei, emenda constitucional ou decisão governamental já elaborada pelo poder competente, mas ainda não vigente.

Se houver aprovação, a medida entra em vigor.

Note-se que o referendo é posterior à elaboração da medida.

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INICIATIVA POPULAR.

Na democracia representativa, o processo de elaboração de uma lei é iniciado por um projeto apresentado por um representante (membro do Poder Legislativo, chefe do Poder Executivo e, excepcionalmente, do Judiciário).

A iniciativa popular é um instrumento de democracia semidireta pelo qual o processo legislativo pode ser iniciado por parte do povo, cabendo ao Poder Legislativo discutir e aprovar, ou não, o projeto.

Exige-se que um número relevante de eleitores (1% do eleitorado, no Brasil) assine o projeto.

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VETO POPULAR.

 É um instrumento da democracia semidireta por meio do qual o povo pode vetar uma lei já aprovada ou revogar uma decisão judicial.

 Não existe no Brasil, sendo utilizado em alguns estados norte-americanos.

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Recall.

O recall é a revogação do mandato político pelo povo. Colhendo-se um número de assinaturas determinado pela Constituição ou pela lei, convoca-se um recall, através do qual o eleitorado decide se um mandatário deve ou não ter o seu mandato cassado.

Também não existe no Brasil, sendo utilizado em alguns estados norte-americanos.

Ex.: na Califórnia, em 2003, o povo revogou o mandato do governador Gray Davis e elegeu Arnold Schwarzenegger.

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 Embora sejam uma forma de aumentar a participação do povo em decisões importantes de governo, os instrumentos da democracia semidireta podem ser utilizados para legitimar medidas antidemocráticas, o que se faz mediante a manipulação da opinião pública com propaganda maciça e a intimidação da oposição, da imprensa e dos eleitores. É a clássica utilização de instrumentos da democracia para destruir a democracia.

Exemplos: cesarismo, bonapartismo, nazismo e

chavismo.

Deturpação da democracia

semidireta

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Sendo o Estado democrático aquele que o próprio povo governa, há a necessidade de se estabelecer meios para que o povo possa externar sua vontade.

Entretanto, não desapareceu de todo a prática de pronunciamento direto do povo, existindo alguns institutos que são classificados como expressões de Democracia Direta, que supõe o exercício do poder político pelo povo, reunido em assembleia plenária da coletividade.

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Durante séculos a Landsgemeinde foi o órgão supremo em todos os pequenos Cantões da Suíça central e oriental, começando a sua abolição no século XIX.

Trata-se de uma assembleia aberta a todos os cidadãos do Cantão que tenham o direito de votar, impondo-se a estes o comparecimento como um dever.

A Landsgemeinde se reúne ordinariamente uma vez por ano, num Domingo da primavera, podendo haver convocações extraordinárias.

Há uma publicação prévia dos assuntos a serem submetidos à deliberação, podendo ser votadas proposições de cidadãos ou do Conselho Cantonal, remetendo-se a este todas as conclusões.

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 A Landsgemeinde vota leis ordinárias e emendas à Constituição do Cantão, tratados internacionais, autorizações para cobrança de impostos e realização de despesas públicas de certo vulto e a naturalização Cantonal.

 Nesta democracia direta a decisão do povo é aparente, Segundo André Hauriou, tendo em vista que o

Landsgemeinde só se mantém nos cantões suíços menos populosos; o trabalho destas assembleias populares é preparado por um Conselho cantonal eletivo, sendo apenas aprovado ou desaprovado o que foi estabelecido pelo Conselho.

 Atualmente é impraticável a democracia na modalidade direta pela impossibilidade material de sua realização em face da enorme população dos Estados.

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Na democracia representativa o povo concede um mandato (mandato político) a alguns cidadãos para, na condição de representantes, externarem a vontade popular e tomarem decisões em seu nome, como se o próprio povo estivesse governando, sendo o mandato político uma das mais importantes expressões da conjugação do político e do jurídico.

Devido à impossibilidade da reunião de grande número de pessoas para a tomada de decisões e à desconfiança com relação à capacidade do povo de tomar decisões (v. Montesquieu), a democracia no Estado Moderno é predominantemente representativa, ou seja, o povo elege representantes para tomar as

decisões em seu lugar.

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“O único governo que pode satisfazer plenamente todas as exigências do Estado social é aquele no qual todo o povo participa; que toda a participação, mesmo na menor das funções públicas, é útil; que a participação deverá ser, em toda parte, tão ampla quanto o permitir o grau geral de desenvolvimento da comunidade; e que não se pode, em última instância, aspirar por nada menor do que a admissão de todos a uma parte do poder soberano do Estado. Mas como, nas comunidades que excedem as proporções de um pequeno vilarejo, é impossível a participação pessoal de todos, a não ser uma parcela muito pequena dos negócios públicos, o tipo ideal de um governo perfeito só pode ser o representativo.”

(John Stuart Mill – 1806-1873)

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Diversas são as formas de escolha de governantes: força física, sorteio, sucessão hereditária, voto etc.

A democracia representativa, que prevalece no Estado Moderno, requer a escolha de representantes para governar em nome do povo.

Essa escolha é feita através do sufrágio que envolve o

direito de votar e ser votado.

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Sufrágio é o direito público subjetivo de participar das decisões políticas, votando (sufrágio ativo) ou sendo votado (sufrágio passivo).

Observe-se que o sufrágio é utilizado tanto para a escolha de representantes (democracia representativa) como para a expressão direta da vontade popular (democracia semidireta: plebiscito e referendo).

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O sufrágio é um direito ou obrigação?

Na democracia o sufrágio é fundamentalmente um direito público subjetivo.

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Há quem entenda que devido à necessidade de se escolher representantes e de se saber qual é a vontade do povo, o sufrágio ativo (voto) é também uma função do cidadão, e, portanto, um dever, da mesma forma que serviço militar e o tribunal do júri, o que justificaria a sua obrigatoriedade.

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Segundo a extensão, o sufrágio pode ser restrito ou

universal, conforme sejam ou não previstas restrições ao

seu exercício.

O sufrágio universal é o único compatível com a atual ideia de democracia.

Ele não significa ausência total de restrições, mas sim ausência de restrições discriminatórias ou injustificáveis.

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São consideradas justificáveis e, portanto, compatíveis com o sufrágio universal desde que razoáveis as restrições ligadas a:

Nacionalidade, idade, condição mental, condenação judicial (a questão da “ficha suja”), engajamento militar etc.

São consideradas incompatíveis com o sufrágio universal as restrições de cunho:

Racial (judeus na Alemanha nazista, negros no sul dos EUA até a década de 60), sexo (o sufrágio feminino), condição econômica (sufrágio censitário), condição intelectual (sufrágio capacitário, o voto do analfabeto) etc.

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O sufrágio ativo (voto) pode ser:

aberto ou secreto - conforme deva ser exercido com publicidade ou em

segredo;

múltiplo ou igual - conforme valha mais para alguns ou tenha valor igual

para todos;

direto ou indireto - conforme tenha por destinatário o próprio candidato

ao mandato ou um colégio eleitoral que vai escolher o mandatário.

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Império e República Velha:

voto censitário, coronelismo, voto de cabresto, curral eleitoral, fraudes etc.

A Revolução de 30: título eleitoral, cédula oficial, voto

secreto.

Atualmente, temos no Brasil o sufrágio secreto, com valor igual, direto e com reduzidas possibilidades de fraude.

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Referências

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