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GESTÃO E O CONTROLE AMBIENTAL NO ESTADO DA PARAÍBA

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Academic year: 2021

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GESTÃO E O CONTROLE AMBIENTAL

NO ESTADO DA PARAÍBA

Maria de Fátima Morais Morosine(1)

Química Industrial, pós-graduada em Engenharia Sanitária e Ambiental (UFPB). Especialista em Planejamento e Administração Ambiental

(UFBA), em Gestão Ambiental (ENAP - Brasília). Técnica da

SUDEMA - Superintendência de Administração do Meio Ambiente. Membro do COPAM - Conselho de Proteção Ambiental. Membro do Conselho Técnico Científico da UNIECO - Universidade Livre do Meio Ambiente. Mestranda em Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFPB).Coordenadora de Educação Ambiental da SUDEMA.

Paulo Roberto Lucena de Morais

Engenheiro de Materiais. Mestre em Engenharia Química. Especialista em Engenharia de Segurança e do Trabalho.

Antônio Mousinho Fernandes Filho

Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia Sanitária e Ambiental (UFPB), especialista em Engenharia de Segurança (UFPB). Coordenador de Controle Ambiental o da SUDEMA (Superintendência de Administração do Meio Ambiente).

Endereço(1): Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, 205 - apto. 1203 - Tambaú - João

Pessoa - PB - CEP: 58039-110 - Brasil - Tel: (083) 226-2320 e 983-5277 - Fax: (083) 241-6977 - e-mail: jamorosine@zaitec.com.br ou famorosine@hotmail.com.br

RESUMO

Pode-se observar que é cada vez mais significativa a presença da atividade humana que ao apropriar-se do patrimônio natural, provoca grandes impactos negativos no meio ambiente.

No estado da Paraíba, afora a falta de saneamento básico que atualmente é um problema ambiental a nível de nacional, os problemas ambientais são regionalizados.

O potencial poluidor instalado no Estado é considerável, tanto nos distritos industriais, como em outras áreas, entretanto a preocupação com o controle ambiental tem sido tamanha, que hoje contamos com sistemas de tratamento e controle ambiental que vão desde tanques de acumulação e oxidação de efluentes, até sofisticados sistemas de lodos ativados.

Como forma de melhorar as condições ambientais do estado da Paraíba, garantindo não só um ambiente saudável mas também, preservar e incentivar o turismo que representa uma importante fonte de divisas para o Estado, SUDEMA e o COPAM modificaram suas políticas e deixaram de simplesmente cobrar a adequação a parâmetros de poluição no ponto de lançamento de efluentes, para propor medidas de planejamento.

No decorrer desses dezesseis anos de atuação da SUDEMA juntamente com o COPAM é possível afirmar que apesar de toda as dificuldades enfrentadas, a gestão ambiental na

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Paraíba avançou muito. Se analisarmos comparativamente as condições ambientais do Estado no início da década de 80, antes da ação da SUDEMA, com as condições ambientais atuais, registra-se uma grande evolução na qualidade ambiental e na consciência da população.

Alguns setores industriais começando a se mobilizar no sentido de agirem pró ativamente a pressão da legislação ambiental, fazendo da boa conduta ambiental uma maneira e vantagem de torna-la competitiva.

Condomínios residenciais, sindicatos, pastorais, escolas, prefeituras, associações, hotéis, indústrias e a sociedade paraibana como um todo, sempre requerendo a presença da SUDEMA para proferir palestras sobre os mais diversos temas.

Enfim, a consciência ambiental já mostrou claramente que não é uma moda passageira, mas sim uma nova exigência que sociedade impõe às atividade

potencialmente/efetivamente causadoras de danos ao meio ambiente. Parece claro, que uma boa conduta ambiental será um imperativo no mundo globalizado em estamos vivendo.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão, Parcerias, Controle, Ações, Consciência.

GESTÃO E O CONTROLE AMBIENTAL NO ESTADO DA PARAÍBA

POLÍTICA AMBIENTAL

A exemplo de diversos Estados brasileiros, as primeiras ações voltadas para o controle ambiental no estado da Paraíba foram implantadas após a CONFERÊNCIA DAS

NAÇÕES UNIDAS sobre MEIO AMBIENTE E HUMANO, realizada em Estocolmo- Suécia em 1972.

O governo do estado da Paraíba sentiu o impacto da reunião quando, em 1973, celebrou um convênio com o ministério da marinha, visando fundamentalmente, promover a realização de estudos na melhoria da qualidade das águas interiores, litorânea, e redução no processo de degradação hídricas.

Apesar de suas características não serem abrangentes, considerando que a proposta era direcionada exclusivamente para o controle da poluição hídrica, o convênio celebrado foi de fundamental importância para o despertar da consciência ecológica no Estado.

A necessidade que se impunha em ampliar a área de atuação na área ambiental, resultou adoção de um novo enfoque dado a política ambiental no Estado da Paraíba: é criada, através da Lei no 4033, de 20-12-78, a SUDEMA - Superintendência de Administração

do Meio Ambiente.

O fortalecimento da política ambiental e das ações protecionistas deu-se através da lei 4.335 de 16/12/81, que dispõe sobre o controle ambiental no Estado, cria o

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Copam-Conselho de Proteção Ambiental e institui o SELAP - Sistema Estadual de Licenciamento de Atividades Poluidoras.

Ainda estabelece que o sistema de controle ambiental no Estado da Paraíba será integrado pelo COPAM - Conselho de Proteção Ambiental e pela SUDEMA exercendo a atividade preventiva, fiscalizadora e repressiva, com a missão de executar, gerir, desenvolver e praticar uma política ambiental pautada na preservação e proteção dos recursos naturais de forma a estabelecer e garantir medidas que compatibilizem o desenvolvimento econômico e social do estado da Paraíba sem que isso ocorra às custas do patrimônio natural.

MISSÃO DA SUDEMA

Executar, desenvolver e praticar uma política ambiental pautada na preservação dos recursos naturais de forma a estabelecer e garantir medidas que compatibilizem o desenvolvimento econômico e social do Estado sem que isso ocorra às custas do patrimônio natural.

CARACTERÍSTICAS DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS

Pode-se observar que é cada vez mais significativa a presença da atividade humana que ao apropriar-se do patrimônio natural, provoca grandes impactos negativos no meio ambiente.

No estado da Paraíba, afora a falta de saneamento básico que atualmente é um problema ambiental a nível de nacional, os problemas ambientais são regionalizados.

A região polarizada por João Pessoa incluindo-se a zona da mata, destacando a indústria sucro alcooleira, concentra atividades que provocam poluição/contaminação por efluentes líquidos, bem como uma crescente poluição provocada por excesso de ruídos (poluição sonora).

Enquanto que, a região polarizada por Campina Grande, segunda maior cidade do Estado as agressões ambientais são provocadas por poluição atmosférica e degradação, devido ao desenvolvimento da atividade extrativista mineral.

Nas demais regiões do Estado, observa-se pontos isolados de efluentes industriais de características diversas, considerando não existir uma vocação predominante para determinada atividade industrial.

O potencial poluidor instalado no Estado é considerável, tanto nos distritos industriais, como em outras áreas, entretanto a preocupação com o controle ambiental tem sido tamanha, que hoje contamos com sistemas de tratamento e controle ambiental que vão desde tanques de acumulação e oxidação de efluentes, até sofisticados sistemas de lodos ativados.

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INSTRUMENTOS DE GESTÃO E CONTROLE AMBIENTAL

A função primordial da gestão ambiental deve constituir-se na condução harmoniosa do desenvolvimento econômico, social e ambiental. A impossibilidade dessa harmonia propicia um modelo de exploração e produção acima da capacidade de suporte dos recursos naturais, gerando portanto, as agressões ambientais bastante conhecidas pela sociedade.

Como forma de melhorar as condições ambientais do estado da Paraíba, garantindo não só um ambiente saudável mas também, preservar e incentivar o turismo que representa uma importante fonte de divisas para o Estado, SUDEMA e o COPAM modificaram suas políticas e deixaram de simplesmente cobrar a adequação a parâmetros de poluição no ponto de lançamento de efluentes, para propor medidas de planejamento.

Dentre os instrumentos de gestão ambiental o EIA-RIMA, cuja exigência foi adotada no Brasil através da Resolução CONAMA 020/86, foi sem dúvida um grande marco nas ações de planejamento e prevenção. Além do estudo de impacto ambiental e seu respectivo relatório, outros instrumentos de gestão e controle ambiental e várias estratégias de ações, abaixo relacionadas, foram implantadas e utilizados como forma de reduzir, prevenir, corrigir e punir as agressões causadas ao meio ambiente paraibano. LICENCIAMENTO AMBIENTAL

FISCALIZAÇÃO PROGRAMADA EDUCAÇÀO AMBIENTAL

Campanhas Educativas

Cursos de Capacitação em Educação Ambiental Oficinas de Educação Ambiental

OPERAÇÕES ESPECIAIS

Operação Verão, Operação Praia Limpa, Operação Fumaça Negra e Operação Silêncio) IMPLANTAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MONITORAMENTO

PROGRAMA DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS FORMAÇÃO DE PARCERIAS

ESTABELECIMENTO DE PADRÕES DE QUALIDADE

UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS ADMINISTRASTIVOS DE APOIO A FISCALIZADORA COMO: NOTIFICAÇÒ, AUTO DE INFRAÇÀO, AUTO DE CONSTATAÇÃO

IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS ESPECIAIS

GERCO- Programa Estadual de gerenciamento Costeiro, foi vinculado a SUDEMA a partir de 1990. Tem como objetivo promover a festão ambiental da zona costeira do Estado da Paraíba.

PED - Projetos de Execução Descentralizada, objetiva promover o desenvolvimento de ações de conservação, recuperação e uso nos biomas Caatinga e Mata Atlântica, estimulando através da gestão participativa a manutenção e o enriquecimento da

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ZEE - Zoneamento Econômico e Ecológico do Estado da Paraíba objetiva nortear uma política de desenvolvimento na região dos cariris paraibanos(semi árido) através da ordenação territorial e preservação.

EVOLUÇÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

QUANTIFICAÇÃO AO ATENDIMENTO DE DENÚNCIAS,

NOTIFICAÇÃO, AUTO DE CONSTATAÇÃO E PROCESSOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO, NO ÚLTIMO TRIÊNIO

0 100 200 300 400 500 600 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

LP

LI

LO

TOTAL

Quantitativo de Ações

0 200 400 600 800 1000 1200 1995 1996 1997

Notificação

Auto

Ministério

Denúncias

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CONCLUSÕES

No decorrer desses dezesseis anos de atuação da SUDEMA juntamente com o COPAM é possível afirmar que apesar de toda as dificuldades enfrentadas, a gestão ambiental na Paraíba avançou muito. Se analisarmos comparativamente as condições ambientais do Estado no início da década de 80, antes da ação da SUDEMA, com as condições ambientais atuais, registra-se uma grande evolução na qualidade ambiental e na consciência da população.

• O parque sucro alcooleiro com 90% das industrias com o sistema de tratamento e utilização de resíduos implantados conforme preconiza a legislação ambiental;

• As grandes indústrias como também, as de maior potencial poluidor com seus sistemas e plano de controle ambiental em plena operação;

• As atividades minerados uma grande parte com planos de recuperação de áreas degradadas aprovadas pela SUDEMA, algumas já em fase de implantação;

• A sociedade bem mais conscientizada e exercendo a sua cidadania e o seu papel de fiscal do meio ambiente. tomemos como exemplo o volume crescente de denúncias que são encaminhadas ano a ano a SUDEMA;

• A formação de parcerias, em especial com o Ministério Público tem apresentado resultados muito positivo, e favorece na agilização das soluções. Considerando que a presença do mesmo inibe, dado a sua potencialidade em ajuizar ações civis públicas e adotar outra medidas judiciais em prol do Meio Ambiente;

• O caráter informativo do programa balneabilidade das praias divulgado semanalmente pela SUDEMA- Superintendência de Administração do Meio Ambiente, já despertou na população interesse, preocupação e demanda por informação sobre as condições sanitárias e ambientais dos balneários no que se refere a situação das águas litorâneas, passando a freqüentar mais, as praias que são classificadas PRÓPRIA ao banho;

• Alguns setores industriais começando a se mobilizar no sentido de agirem pró ativamente a pressão da legislação ambiental, fazendo da boa conduta ambiental uma maneira e vantagem de torna-la competitiva;

• A rede hospitalar da grande João Pessoa com seus planos de manejo de Resíduos de Serviço de Saúde Implantados, bem como coleta de lixo hospitalar diferenciada da coleta domiciliar;

• Implantação de saneamento básico em oito favelas localizadas nas margens do rio Jaguaribe;

• Implantação e ampliação na rede de abastecimento de água e ou coletora de esgoto em vários municípios paraibanos;

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• Grande demanda das escolas solicitando a ampliação dos programas educativos implantados pela SUDEMA como: A SUDEMA VAI À ESCOLA e A ESCOLA VAI À SUDEMA;

• O setor industrial solicitando a SUDEMA programas educativos especiais para a comunidade industrial, a exemplo do programa PRODUZIR SEM POLUIR;

• Condomínios residenciais, sindicatos, pastorais, escolas, prefeituras, associações, hotéis, indústrias e a sociedade paraibana como um todo, sempre requerendo a presença da SUDEMA para proferir palestras sobre os mais diversos temas.

Enfim, a consciência ambiental já mostrou claramente que não é uma moda passageira, mas sim uma nova exigência que sociedade impõe às atividade potencialmente/efetivamente causadoras de danos ao meio ambiente. Parece claro, que uma boa conduta ambiental será um imperativo no mundo globalizado em estamos vivendo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ATLAS GEOGRÁFICO DO ESTADO DA PARAÍBA. João Pessoa, UFPB, 1985.

2. COMPANHIA DE ÁGUAS E ESGOTOS DA PARAÍBA. Relatório de dados operacionais. João Pessoa: CAGEPA, João Pessoa, 1995.

3. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução Nº 20- 18 de junho de 1986. In: Coletânea de Legislação Ambiental Federal e Estadual, Curitiba, 1990.

4. GOVERNO DO ESTADO. Diagnóstico do setor florestal do estado da Paraíba. João Pessoa, 1995. 5. GOVERNO DO ESTADO. Anuário Estatístico da Paraíba. João Pessoa : IDEME, 1994

6. MIDAGLIA, C. L; - Turismo e Meio Ambiente no Litoral Paulista : Dinâmica da Balneabilidade nas Praias. In: Turismo Impactos Socio-Ambientais, Ed Hucitec, São Paulo, 1996.

7. OLIVEIRA, R.- Indicadores de poluição e taxonomia de leveduras do Estuário do Rio Paraíba do Norte, João Pessoa, PB, Brasil. Rio de Janeiro,1990.[Tese de Doutorado - Instituto de Ciências e Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro].

8. PARAÍBA. Governo do Estado. Constituição do Estado da Paraíba. João Pessoa: Grafesset, 1989. 9. SUDEMA. Balneabilidade das praias do litoral paraibano- relatório do Governo do Estado da

Paraíba. 1989.

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