AUDITORIA I
ASPECTOS RELACIONADOS A AUDITORIA
E CONTROLES INTERNOS
Goiânia, 20 de Abril de 2017.
Jorge Otávio A. Rodrigues
Graduado em Ciências Contábeis, pós–graduado em Auditoria, Análise
Contábil e Perícia pela Universidade Católica de Goiás e Finanças pelo Instituto Brasileiro Mercado de Capitais – IBMEC. É Auditor independente, sócio da Masters Auditores Independentes S/S, com 20 anos de experiência na área de auditoria contábil e operacional.
Desafio de enfrentar diversas mudanças regulatórias e de negócios, as quais estão atribuindo novas exigências à área
de Compliancedas Entidades
Aspectos regulatórios – Contábeis, Fiscais, Estatutários, Auditoria...
Adoção dos padrões internacionais de contabilidade (IFRS) desde 2007 com a lei
11.638/07-trouxe desafios - Migrar de
critérios objetivos
parasubjetivos
– Forte demanda de bons controles internos, de mão de obra qualificada, da ampliação da comunicação interna entre outros. Exemplos
Impairment de ativos/Vidas úteis de imobilizados/Contingências /avaliação de Instrumentos
financeiros, Valor presente de ativos e passivos/ Valor justo/Reconhecimento de receitas etc....
Obrigações acessórias eletrônicas, Sped, E-social, ...
TODOS SÃO RESPONSÁVEIS PELOS CONTROLES E PELA ELABORAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS E GERENCIAIS (Quebra de paradigma).
Para as Fundações – cumprimento da legislação societária brasileira, em especial as resoluções do
Conselho Federal de Contabilidade aplicáveis a Entidades sem fins lucrativos – ITG 2000 COMBINADAS com as normas relacionadas a pequenas e médias empresas ITG 1000 (para as pequenas e médias Fundações).
MAIORES RISCOS PARA AUDITORIA
Novas normas Auditoria - Seguindo padrões Internacionais- Maiores necessidade de obtenção de
representações formais dos administradores aos auditores, ampliação dos reportes por parte da auditoria relacionados aos controles, avaliação de aspectos subjetivos etc...
Ambiente
Nível de Fiscalização elevado- (Velamento pelo Ministério público- Fundações),
Agências de Regulação- Organizações Sociais, Tribunais de Contas, etc...;
Nível de Transparência e qualidade de informações – Há um claro fortalecimento
dos pilares da Governança Coorporativa - transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade.(IMPORTANTE SAIR DO PAPEL E IR PARA A PRÁTICA)
Instituições Financeiras, por exemplo tem se profissionalizado na avaliação das informações
financeiras (exigências de informes devidamente auditados).
Operações cada vez mais velozes, complexas e descentralizadas;
Escassez de recursos – requer criatividade, negociação, transparência para obtenção
de boas parcerias e fontes de financiamento;
OS PROFISSIONAIS ESTÃO PREPARADOS PARA ASSUMIR OS NOVOS DESAFIOS RELACIONADOS AOS CONTROLES....
?
VISÃO DE MUITOS DENTRO DAS ORANIZAÇÕES
Não somos empresas de capital aberto ou com fins lucrativos e portanto não
precisamos fazer nada!!!
Não dá pra continuar como era antes???
Mudaram mesmo as normas???
Não vamos fazer nada ninguém olha mesmo nossas demonstrações!!! Quando estivermos fechando o próximo balanço pensamos nisso! Já temos muito trabalho e agora mais esses controles!!
Vamos esperar os auditores identificar os ajustes e dizer o que temos que
Papel da Auditoria
Servir como órgão apoio para ampliação do canal de discussão de
assuntos relevantes – Proatividade é fator muito importante no sentido de agregar valor.
Funcionar como guardião de aspectos regulatórios e de boas práticas.
(EX. Verificação que o patrimônio social está sendo vertido para a sociedade em conformidade ao seu objeto social);
Funcionar como órgão de staff das Curadorias, no enfoque de aplicação
de melhores práticas operacionais e contábeis.
Servir a sociedade no sentido de dar transparência e credibilidade nos
informes financeiros.
Visão - Controles Internos
“
O sistema de controles internos
compreende o plano da organização e
o conjunto integrado de métodos e
procedimentos adotados pela entidade
na
proteção
do
seu
patrimônio,
promoção da
confiabilidade/
tempestividade dos
seus registros
e demonstrações contábeis, e da sua
eficácia
operacional”.
Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano Contadores Públicos Certificados- AICPA
Controle Interno inserido no contexto macro do
Planejamento Estratégico das Entidades
Quais são os Riscos
Plano Estratégico Quem Quero ser
Onde Quero Chegar Etc... Como Quero Chegar Cumprimento de Leis
Comunicação
Controles Internos Quais os Fatores Críticos de Sucesso Metas
Missões Quem Sou eu
Onde Estou Momento de Avaliações quanto - Incertezas/Desafios/Riscos Como Estou
Sistema de Controle Interno
Processo estruturado (Normas, organogramas, processos empíricos,
sistemas, etc…) Moldado em bases códigos de éticas, princípios e
cultura de cada entidade. - O ambiente interno de controles reflete as atitudes dos Órgãos Estatutários.
Operacionalizado por
pessoas
, softwares, Estruturado para fornecer segurança, eficiência, eficácia e transparência
das informações.
(não é garantia de inexistência de problemas). As auditorias
externas não tem o foco em descobertas de erros e fraudes, mas no curso de seus trabalhos, em se verificando indícios, cabe a ampliação de exames e adequados reportes à Administração. A depender da materialidade do assunto também cabe fazer reportes no relatório de auditoria (parecer).
Algumas Finalidades
Gerenciamento de riscos;
Formalizar procedimentos operacionais através de regras pré-definidas pela administração
ou por órgãos reguladores e fiscalizadores;
Salvaguardar ativos;
Salvaguardar informações – Segurança lógica; Prevenir contra erros ou fraudes;
Propiciar eficiência, eficácia e segurança operacional; Propiciar economicidade;
Servir como ferramenta quanto a redução de desperdício; Melhorar sistema de informações;
Amadurecer o processo de planejamento;
Propiciar facilidade no processo de treinamento de colaboradores;
Propiciar transparência à usuários – Parceiros, Governo, Ministério Público, Sociedade em
Geral.
Aspectos importantes a serem observados
em um sistema de Controle Interno
Moldado especificamente para cada entidade
(deve ser levado em consideração a natureza das operações, tamanho da entidade,
complexidade das operações, recursos tecnológicos disponíveis, Tipo de administração);
O controle interno deve ser impessoal
(laços afetivos ou hierárquicos não devem interferir na adequada estruturação e
operacionalização do controle interno);
O custo benefício do controle deve ser compensador
(não tem lógica gastar 10 para controlar 2); (Relatórios gerenciais desnecessários); A estrutura de controles internos não deve ser um fardo, mas um instrumento de gestão
poderoso- Evitar controles muito burocráticos.
Necessidade de adequado nível de segregação de funções
(não é recomendável que uma mesma pessoa tenha acesso a todas as fases
que envolvem os ativos e os registros contábeis). Ex. Recebe dinheiro e contabiliza e baixa no financeiro, Recebe mercadoria e faz os registros.
Mecanismo de Auto-Auditoria
Departamento A Departamento B
Funcionário faz Funcionário confere/cruza Outro Funcioário revisa
CONTABILIDADE - Verifica antes de contabilizar CONTROLER
AUDITORIA INTERNA AUDITORIA EXTERNA COMITÊ DE AUDITORIA E CONSELHO DE ADM
Estrutura dos Controles Internos
Preventivos:
A própria implantação de Auditoria (efeito psicológico). Atuação pró-ativa ao invés de reativa;
Detectivos:
Ex. inspeções, cruzamentos de informações on-line;
Corretivos:
Ex realização de inventários de estoques, contagem de caixa, conciliações contábeis.
Alguns Riscos do Controle Interno
Não ser suficiente ou adequado para detectar previamente erros e fraudes eindicar níveis ideais de qualidade nos controles operacionais.
Para determinar o risco deve-se avaliar o ambiente de controle interno,
considerando, por exemplo:
Grau de envolvimento dos administradores na atividade da entidade; Competência de Administradores na condução dos negócios; Política de pessoal e segregação de funções;
Políticas de contratação de Funcionários
Nível de descentralização de execução e descisões; Nível de rotatividade de administradores; Independência da área de controle – auditorias. Nível de conciliações contábeis;
Nível de folow up dos relatórios de auditoria;
Nível de controle sobre sistemas informatizados (acessos, senhas, privilégios etc.); Nível de controles paralelos (planilhas)