COMUNIDADE EVANGÉLICA SARA NOSSA TERRA CURSO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PASTORAL
PANORÂMICA BÍBLICO I
Errol Fernando Zepka Pereira Junior Julia Campelo Maich
Resenha do livro
CONHECENDO A GLÓRIA DE DEUS – Robson Rodovalho
Errol Fernando Zepka Pereira Junior Julia Campelo Maich
Resenha do livro
CONHECENDO A GLÓRIA DE DEUS – Robson Rodovalho
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Panorâmica Bíblico, no Curso de Formação e Aperfeiçoamento Pastoral da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra.
Prof. Bpo Luiz Anjos dos Santos.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ... 4
2 DESENVOLVIMENTO ... 5
2.1 A LEI E O VELHO TESTAMENTO COMO SOMBRAS E FIGURAS ... 5
2.2 ACERCA DO TABERNÁCULO ... 5 2.4 A ARCA DA ALIANÇA ... 7 2.5 A UNÇÃO DO TABERNÁCULO ... 7 2.6 AS 7 ALIANÇAS ... 9 3 CONCLUSÃO ... 10 REFERÊNCIAS ... 11
4 1 INTRODUÇÃO
A glória de Deus precisa ser conhecida e transmitida ao nosso coração. O propósito de nosso coração é justamente conhecer a Deus.
E o propósito de Deus é mostrar a sua glória ao homem. O presente trabalho visa comentar as simbologias usadas por Deus ao criar o tabernáculo.
5 2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A LEI E O VELHO TESTAMENTO COMO SOMBRAS E FIGURAS
O velho testamento faz parte da parte inicial da bíblica canônica evangélica. Todavia, ainda há muitas dúvidas sobre o como deve ser o uso desses textos. Algumas pessoas acreditam ser seu uso aplicado em sua totalidade, o que nos leva aos extremistas religiosos, pautados nos usos e costumes, onde a lei ganha fundamentação para legalismo. Outras pessoas acreditam ser sido a lei revogada por Jesus, e seu uso somente por uso devocional, fundamentando assim seu liberalismo.
Todavia, Jesus disse que não veio cancelar a lei, mas cumpri-la1, assim a lei foi cumprida nele. Mas ela continua escrita e deve ser lida pelos apaixonados pelo Senhor: aqueles que o desejam conhecer a sua glória na forma como foi demonstrada e como ainda o é nos dias de hoje.
Assim, nos cabe ler ela e interpretá-la como sombra do que viria a ser o ministério de Jesus2. Quando Jesus desenvolveu seu ministério, o fez em cima do que a lei propunha nos seus mais diversos detalhes.
Ao propor a construção do tabernáculo a Moises, Deus especificou materiais, cores e tamanhos específicos, e todos eles fariam parte de um projeto que conectaria se com o ministério de Jesus.
Quando o homem voltou a buscar a Deus3, ele encontrou nessa vontade uma oportunidade para se relacionar novamente com o homem. Posteriormente, ele colocaria esse relacionamento institucionalizado no tabernáculo, que seria a sombra do futuro relacionamento com Cristo. A revelação do conhecimento acerca de Deus é progressivo. Assim, Deus traçou um caminho de relacionamento que começaria no tabernáculo e culminaria na vida de Cristo.
2.2 ACERCA DO TABERNÁCULO
Deus queria separar o seu templo do mundo, do pecado, por isso ordenou que tivesse uma divisão, uma separação daquilo que pertencia a ele do que aquilo que estava lá fora.
Quando estamos dentro da igreja recebemos proteção, somos guardados do mundo, mas a partir do momento que permitimos que o pecado entre nas nossas vidas, damos legalidade e as brechas se abrem, o véu que separava é rasgado. 1 Mateus 5:17 2 Colossenses 2:17 3 Gênesis 4:26
6 As portas possuíam cortinas que significavam a separação com o mundo. Cada uma delas tinha uma cor que significava:
Azul: a alegria do Espirito Santo de Deus Purpura: obras de poder e grandeza Carmesim: sangue derramado de Cristo 2.3 OS MÓVEIS DO TABERNÁCULO
Assim como tudo no tabernáculo, os móveis também fazem uma alusão à Jesus e seu ministério. Dividido em átrio, santo lugar e santo dos santos, os móveis ficavam alocados aos espaços apropriados, para que a simbologia em tudo se firmasse, nos mostrando Jesus.
Dentro do tabernáculo estavam o átrio, o santo lugar e o santo dos santos. O átrio representa a salvação, o santo lugar é o lugar que representa o serviço e o ministério e o santo dos santos é o lugar escolhido por Deus para representar a adoração e a comunhão direta com Deus.
Dentro do átrio encontramos:
Altar de bronze: alusão à natureza terrena de Cristo, pela madeira de acácia; os quatro chifres fazem uma alusão ao domínio de Cristo nos quatro cantos da terra; o sacrifício diário oferecido nesse altar é uma alusão à lembrança diária ao sacrifício de Jesus
Bacia de bronze: representa o aprender com Deus, por meio de sua palavra, através da lavagem das mãos.
Dentro do santo lugar encontramos:
Candelabro: é o ministério da iluminação: o evangelismo, fundamentada no testemunho de Deus, através do sofrimento de quem o professa.
Mesa dos pães da propiciação: é o ministério de alimento: a palavra de Deus, dada através da remoção dos excessos.
Altar do incenso: ele ficava sobre a mesa e representa as nossas orações, logo, as nossas orações precisam ser colocadas sobre a palavra de Deus.
Veremos no próximo tópico, o móvel que ficava no santo dos santos: a arca da aliança.
7 2.4 A ARCA DA ALIANÇA
Era a presença de Deus, onde após o povo cumprir cada etapa do tabernáculo, Deus se manifestava. Ela foi construída através das orientações do próprio Deus a Moises, ela era a única peça que se encontrava dentro do Santo dos Santos.
A presença de Deus está guardada no propiciatório, onde dois querubins a estão protegendo. Os elementos da arca são importantes, pois cada um deles significa algum tipo importante da gloria de Deus nas nossas vidas.
Tábuas dos mandamentos: era a prova da aliança do povo com Deus, o povo não poderia quebrar, quando aconteceu isso a presença de Deus se afastou.
O vaso com maná: era o meio que Deus utilizava para alimentar o povo e assim estabelecer uma aliança de dependência, dessa forma o povo dependeria dele e da sua palavra para sobreviver.
A vara de Arão: representa o chamado de Deus. Cada pessoa tem o seu lugar, tem a sua posição certa, Deus levantou o seu povo e colocou cada um em uma função diferente. A vara floresceu a noite para mostrar que precisamos passar pela escuridão para entendermos e dependermos do poder de Deus. Onde não havia mais nada, onde estava morto, Deus fez florescer. E assim é na nossa vida, Deus quer fazer florescer a nossa vida, mas precisamos estar no lugar certo e dependermos dele.
2.5 A UNÇÃO DO TABERNÁCULO
O tabernáculo nada seria, sem a unção de Deus. A unção é o método de Deus tirar o cheiro do pecado do homem e perfumá-lo para encontrar-se com Deus4.
Com relação ao óleo da unção, a mistura era feita de vários itens. A seguir, uma descrição dos elementos e seus significados simbólicos.
Mirra: amargura e sofrimento. Canela: o amor de Cristo
Azeite: a própria pessoa do Espírito Santo.
Cálamo: humildade, de quem busca Deus com intensidade. Cássia: estar sujeito à Deus pelo processo de quebrantamento.
4
8 Com relação a cobertura do tabernáculo, abaixo cito os itens que foram usados e suas simbologias:
Linho: representa a justiça do homem a ser observada por Deus.
Pele de cabras alvas: é a situação da graça, da salvação da humanidade redimida.
Peles de carneiros: é o sangue de Jesus, o aspecto legal da salvação. Peles de animais marinhos: a idealização, desde os primórdios, da
salvação, por parte de Deus. Sobre as cores das portas:
Azul: o azul é o símbolo da alegria do Espírito Santo.
Carmesim: representa o sangue de Cristo, o sofrimento e a dor. Púrpura: representa a alegria, a glória, a grandeza.
Sobre o altar de bronze:
O altar: representa o juízo de Deus.
Os chifres: representam a autoridade e a força.
O sacrifício: oferecido no altar, representam o sacrifício de Cristo na cruz.
Outras simbologias:
A bacia de bronze: é Cristo como aquele que lava os homens (os prepara para receber a salvação.
A mesa dos pães: é Cristo como o alimento e a vida que necessitamos (a palavra de Deus).
O candelabro: representa o testemunho de Cristo aos homens. Aqui, entram os sete espíritos de Deus, através das hastes do candelabro: sabedoria, entendimento, conselho, força, conhecimento e temor. O altar do incenso: Cristo como o aroma que alegra o coração dos
homens e os impregna do evangelho.
A arca da aliança: Cristo como a presença de Deus no meio do povo de Deus, mostrando sua glória e majestade.
Numerologias do tabernáculo:
Átrio: os 1500 côvados do tabernáculo representam o tempo em que a lei mosaica vigorou em Israel.
Santo lugar: os 2000 côvados representam o período aproximado entre a primeira e a segunda vinda de Cristo.
Santo dos Santos: os 1000 côvados do santo dos santos representam o governo milenar de Cristo sobre a terra.
9 Tamanhos e medidas:
Colunas: as 60 colunas do tabernáculo representam os 60 homens da linhagem de Adão até Cristo.
Portas: a porta do átrio é estreita (a salvação é dificultosa, você precisa abandonar suas dúvidas); a porta do santo lugar é mais larga (o serviço a Deus é gostoso e prazeroso); a porta ao santo dos santos é estreita novamente (chegar a Deus antes do sacrifício de Jesus era muito difícil e só o sacerdote o poderia fazer).
Cortinas: as 10 cortinas representam o testemunho de Deus e o perfeito testemunho de Cristo. As outras 11 cortinas representam o novo começo e a ressurreição.
O altar de bronze: o numero da multiplicação do altar é 75 que significa uma geração inteira e a vida natural. O significado é que durante todos os dias da nossa vida precisamos da graça de Deus operando em nós. O altar do incenso: sobre o altar do incenso achei interessante
destacar que, no casamento não soma-se, mais multiplica-se; pois somando você tem 1+1=2 e multiplicando você tem 1x1=1, o que nos mostra o “uma só carne” que o casal torna-se.
2.6 AS 7 ALIANÇAS
O candelabro possuía 7 lâmpadas, cada lâmpada representava uma aliança que Deus fez com o povo, por isso Deus não permitiu que elas se apagassem.
Aliança Edênica: feita no Éden Aliança Adâmica: feita com Adão Aliança Noaica: feita com Noé Aliança Abrâmica: feita com Abraão
Aliança Mosaica ou Velha aliança: feita com Moisés Aliança Davídica: feita com Davi
Aliança Nova Aliança: por meio de Jesus
Sempre as alianças da revelação operaram como luzes, propagando a palavra de Deus.
10 3 CONCLUSÃO
As simbologias usadas por Deus no tabernáculo acabam por tornar-se a sombra daquilo que viria a ser contornado em Cristo. Assim, Deus encheu seus utensílios, cores e números de simbologias vistas em Cristo.
Conhecer a beleza e a minuciosidade do trabalho de Deus nos revelam sua glória e o carinho dele ao pensar em todos os detalhes que tornariam possível nosso relacionamento com ele possível.
11 REFERÊNCIAS
Rodovalho, Robson
Conhecendo a glória de Deus / Robson Rodovalho. São Paulo: Reino Editorial, 2005.