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Boletim Técnico Nº 10

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Academic year: 2021

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Boletim Técnico Nº 10

A evolução do IDH Municipal nas cidades

da Região Norte Fluminense no período

1991-2000

Referência: Outubro/2003

Observatório Socioeconômico – um projeto do

Consórcio Universitário de

Pesquisa da Região Norte

Fluminense

Um Convênio:

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Autor deste Boletim: Romeu e Silva Neto NEED – CEFET Campos

Equipe Técnica do Observatório: Romeu e Silva Neto

NEED – CEFET Campos

Ailton Mota de Carvalho Professor do CCH – UENF José Luis Vianna Professor – UFF

Hamilton Jorge de Azevedo Engenheiro Agrônomo – UFRRJ André Fernando Uébe Mansur

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Apresentação do Observatório

O Observatório Socioeco-nômico da Região Norte Fluminense foi criado em 02 de janeiro de 2001. Trata-se de um Projeto de Pesquisa desenvolvido através de uma parceria estabelecida entre o NEED – Núcleo de Estudos em Estratégia e Desenvolvimento do CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos, a UENF – Universidade Estadual do Norte Fluminense representada pelo CCH – Centro de Ciências do Homem, a UFF – Universidade Federal Fluminense representada pelo Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, a UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro representada pelo Campus Dr. Leonel Miranda, e a UNIVERSO – Universidade Salgado Oliveira (Sede Campos) representada pela Coordenação do Curso de Administração de Empresas. Essas cinco instituições formam o Consórcio Universitário de Pesquisa da Região Norte Fluminense. Esse consórcio, atualmente, desenvolve dois trabalhos de pesquisa: O Projeto de Pesquisa intitulado Configuração do Mercado de Trabalho da Região Norte Fluminense: Mapeamento das Cadeias Produtivas e Alternativas de Geração de Empregos apoiado pela FAPERJ e o já mencionado Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense.

O Observatório tem a finalidade principal de coletar, analisar e disponibilizar dados e informações que

possam dar suporte à tomada de decisões de agentes públicos e privados e que auxiliem a concepção de políticas e estratégias municipais que venham a melhorar a qualidade de vida da população. Seus estudos estão direcionados para as áreas de emprego, renda, saúde, educação, habitação e saneamento dos municípios da Região Norte Fluminense: Campos dos Goytacazes, Macaé, São João da Barra, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e Cardoso Moreira.

De forma complementar, o Observatório também monitora indicadores socioeconômicos das principais cidades de cada uma das mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro: Noroeste – Itaperuna, Serrana – Petrópolis, Lagos – Cabo Frio, Sul – Volta Redonda, e Metropolitana – Niterói, com a finalidade principal de verificar se uma eventual tendência regional também se apresenta nas demais regiões do Estado.

As fontes dos dados coletados são sempre oficiais para evitar problemas de credibilidade. Dentre essas fontes, destacam-se: RAIS/CAGED do Ministério do Trabalho e Emprego, DataSUS do Ministério da Saúde, INEP do Ministério da Educação, e CIDE do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Eventualmente, poderão ser utilizadas informações provenientes das prefeituras locais, ou de suas secretarias, desde que devidamente emitidas em documentos oficiais.

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Nossas Publicações:

O Observatório tem as seguintes publicações à disposição da comunidade no site do NEED/CEFET (http://www.cefetcampos.br/observatorio):

Boletim Técnico No. 1: A Evolução do Emprego Formal na Região Norte Fluminense: Um enfoque sobre Campos e Macaé.

Boletim Técnico No. 2: A avaliação da Qualidade do Emprego Formal na Região Norte e Fluminense: Um enfoque sobre Campos e Macaé. Boletim Técnico No. 3: Investigação sobre o Perfil do Trabalho Informal em

Campos: Um enfoque sobre os Trabalhadores de Rua (camelôs).

Boletim Técnico No. 4: O Perfil da Educação na Região Norte Fluminense: Ensino Infantil, Fundamental e Médio.

Boletim Técnico No. 5: Favelas/Comunidades de Baixa Renda no Município de Campos dos Goytacazes.

Boletim Técnico No. 6 Uma análise da Cadeia Produtiva de Cana-de-Açúcar na Região Norte Fluminense

Boletim Técnico No. 7 A Evolução do Emprego Formal na Região Norte Fluminense: Uma análise do período 1997-2001.

Boletim Técnico No. 8 Indicadores de Qualidade de Vida nas Cidades das Regiões Norte e Noroeste Fluminense.

Boletim Técnico No. 9 A Evolução do Emprego Formal na Região Norte Fluminense: Uma análise do período 1997-2002.

Endereço: CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica de Campos NEED – Núcleo de Estudos em Estratégia e Desenvolvimento Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Rua Dr. Siqueira, Nº 273

Parque Dom Bosco – Campos dos Goytacazes – RJ CEP: 28.030-130

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Sumário 1. Introdução

2. A Metodologia utilizada pelo PNUD para o cálculo do IDH 3. A Análise da Evolução dos Indicadores do IDH-M para os

municípios da Região Norte Fluminense

4. A Análise da Evolução dos Indicadores do IDH-M para os principais municípios das Regiões de Governo do Estado do Rio de Janeiro

5. A Análise da Evolução dos Indicadores do IDH-M para os municípios selecionados do Brasil

6. Considerações Finais 7. O Próximo Boletim

Anexo 1: Entenda o cálculo do IDH-M e saiba quais os indicadores usados

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1. INTRODUÇÃO

A necessidade de avaliação permanente da eficiência das políticas públicas (nos níveis federal, estadual e municipal) vem estimulando a criação de instrumentos eficazes para a observação e análise da realidade brasileira. Essa avaliação parte do pressuposto de que só é possível melhorar a qualidade de vida da população se os recursos públicos forem bem aplicados e gerenciados. Para que isso ocorra, é preciso planejar. E só se pode planejar com base em informações que retratem a realidade de municípios, estados e países.

Com base nessa premissa, o PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento vem patrocinando, há anos, instituições como IPEA e Fundação João Pinheiro na pesquisa para a produção de uma extensa base de dados e informações a partir das informações do IBGE. Dentre os diversos resultados, destacam-se: o Mapa de Desenvolvimento Humano no Brasil, que permite a análise dos municípios existentes no ano de referência de 1991, e o Novo Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil, elaborado a partir de dados do CENSO 2000.

Esses estudos para os municípios brasileiros foram desenvolvidos a partir de uma adaptação da metodologia utilizada na apuração dos indicadores clássicos publicados nos Relatórios do Desenvolvimento Humano do PNUD para medir o grau de desenvolvimento humano de países e de estados.

A inovação abriu um leque de possibilidades de investigação, sobretudo a respeito das desigualdades entre municípios do país. A base de dados foi montada no pressuposto de que a desagregação territorial amplia ainda mais as possibilidades de análise da realidade. Os novos dados podem, por exemplo, permitir analisar as desigualdades da distribuição de renda ou, ainda, identificar os municípios onde estão as maiores carências para a escolha de destinatários de programas sociais e para a definição de investimentos públicos.

De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Humano (PNUD, 2003)

elaborado a partir de dados do CENSO 2000, pode-se observar que o Brasil melhorou sua posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) nos últimos 9 anos, passando de 0,709, em 1991, para 0,764, em 2000. A mudança demonstra avanços brasileiros nas três variáveis que compõe o IDH-M: renda, longevidade e educação. Em comparação com 1991, o índice aumentou em todos os estados e em quase todos os municípios brasileiros. No ano 2000, do total de 5.507 municípios, 23 foram classificados de baixo desenvolvimento, 4.910, de médio e 574, de alto desenvolvimento humano. Na classificação internacional, o Brasil continua sendo um país de médio desenvolvimento humano.

Dos 5.507 municípios existentes no Brasil, 5.500, ou 99,87% aumentaram seu IDH-M entre 1991 e 2000. A melhoria do IDH-M dos municípios que em 1991 eram considerados de baixo desenvolvimento foi bastante alta: 97,7% desses municípios, ou 972, elevaram sua colocação e estão apresentando um desenvolvimento médio. A grande maioria tinha classificação média em 1991 e assim permaneceu em 2000, apesar de seus índices terem aumentado. A boa notícia é que, enquanto em 1991, haviam 995 municípios considerados de baixo desenvolvimento humano, em 2000, esse número caiu para 23. A quantidade de municípios que passaram a ser classificados como de alto desenvolvimento também foi grande: de 19, em 1991, esse número aumentou para 574, em 2000. O que mais chama a atenção nessa classificação é que, em 1991, o município com maior IDH-M, 0,847, não chegava ao índice de países como o Uruguai. Já em 2000, o município com maior IDH-M, São Caetano do Sul (SP) (0,919), equivale aos países de maior desenvolvimento humano, como Nova Zelândia.

Apesar dos importantes avanços, o Atlas demonstra que ainda permanecem imensas disparidades entre os piores e melhores municípios. Em 1991, o maior e o menor IDH-M eram, respectivamente 0,847 e 0,327. Em 2000, esses valores melhoraram para 0,919 e 0,467.

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Neste Boletim, será feita uma análise da evolução dos indicadores do IDH Municipal do PNUD nos municípios da Região Norte Fluminense (Campos dos Goytacazes, Macaé, São João da Barra, São Fidélis, Quissamã, Conceição de Macabu, Cardoso Moreira, Carapebus e São Francisco de Itabapoana), nos principais municípios das mesorregiões do Estado do Rio de Janeiro (Campos e

Macaé – Norte Fluminense, Itaperuna – Noroeste, Cabo Frio – Região dos Lagos, Petrópolis – Serrana, Volta Redonda – Sul e Niterói – Região Metropolitana) e em algumas cidades de porte médio selecionadas no Brasil (Piracicaba – SP, Ribeirão Preto – SP, Pelotas – RS, Petrolina – PE, Joinville – SC, Londrina – SC e Juiz de Fora – MG).

2. A METODOLOGIA UTILIZADA PELO PNUD PARA O CÁLCULO DO IDH

As pesquisas para a formação de um banco de dados e informações sobre os municípios foram orientadas pela metodologia semelhante a do Índice de Desenvolvimento Humano, conhecido pela sigla IDH.

De acordo com o PNUD (1998), “o desenvolvimento humano pode ser definido como um processo abrangente de expansão do exercício do direito das escolhas individuais em diversas áreas: econômica, social, política ou cultural. Algumas dessas escolhas são básicas para a vida humana. A opção para uma vida longa e saudável, ou por adquirir conhecimento, ou por um padrão de vida decente são fundamentais para os seres humanos”.

As possibilidades de uma vida longa e saudável (Longevidade) e de acesso ao conhecimento (Educação) estão embutidas no índice com peso igual ao da Renda.

O conceito do desenvolvimento humano sustentável tornou-se uma referência internacional no debate sobre o desenvolvimento. Ele evidenciou, sobretudo que nem sempre o aumento de riqueza significa melhoria da qualidade de vida da população. Países com alta renda per capita podem apresentar baixos indicadores de desenvolvimento humano e vice-versa. O IDH tem sido amplamente utilizado por governos, instituições acadêmicas e pela sociedade civil.

Esse método permitiu que o desenvolvimento passasse a ser medido não mais simplesmente pelo crescimento econômico, mas sim pela ponderação de fatores que ampliam as oportunidades de escolha das pessoas no seu cotidiano. O IDH consiste na agregação de três dimensões básicas: (PNUD, 1998)

1. Longevidade 2. Educação 3. Renda

Entretanto, para a análise dos dados dos municípios, foi desenvolvido um indicador específico a partir do IDH: o IDHM – Índice de Desenvol-vimento Humano Municipal, que utiliza quatro indicadores básicos agregados em três dimensões:

1. Longevidade (esperança de vida ao nascer)

2. Educação (alfabetização e taxa de matrícula)

3. Renda (PIB per capita)

O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). De acordo com a metodologia original, tem-se a tem-seguinte classificação para paítem-ses:

• Países com IDH até 0,499 – baixo desenvolvimento humano

• IDH entre 0,500 e 0,799 – médio desenvolvimento humano

• Países com IDH maior que 0,800 – alto desenvolvimento humano Para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios, as dimensões são as mesmas – educação, longevidade e renda, mas alguns dos indicadores usados são diferentes. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no IDH municipal (IDHM) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais menores. Para a avaliação da dimensão educação, o cálculo do IDH municipal considera dois indicadores, com pesos diferentes: taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade (com peso dois) e a taxa

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bruta de freqüência à escola (com peso um). O primeiro indicador é o percentual de pessoas com mais de 15 anos capaz de ler e escrever um bilhete simples (ou seja, adultos alfabetizados). O calendário do Ministério da Educação indica que se a criança não se atrasar na escola ela completará esse ciclo aos 14 anos de idade, daí a medição do analfabetismo se dar a partir dos 15 anos. O segundo indicador é resultado de uma conta simples: o somatório de pessoas (independentemente da idade) que freqüentam os cursos fundamental, secundário e superior é dividido pela população na faixa etária de 7 a 22 anos da localidade. Estão também incluídos na conta os alunos de cursos supletivos de primeiro e de segundo graus, de classes de aceleração e de pós-graduação universitária. Apenas classes especiais de alfabetização são descartadas para efeito do cálculo.

Para a avaliação da dimensão longevidade, o IDH municipal considera o mesmo indicador do IDH de países: a esperança de vida ao nascer. Esse indicador mostra o número médio de anos que uma pessoa nascida naquela localidade no ano de referência (no caso, 2000) deve viver. O indicador de longevidade sintetiza as condições de saúde e salubridade daquele local, uma vez que quanto mais mortes houver nas faixas etárias mais precoces, menor será a expectativa de vida observada no local. Para a avaliação da dimensão renda, o critério usado é a renda municipal per capita, ou seja, a renda média de cada residente no município. Para se chegar a

esse valor soma-se a renda de todos os residentes e divide-se o resultado pelo número de pessoas que moram no município (inclusive crianças ou pessoas com renda igual a zero). No caso brasileiro, o cálculo da renda municipal per capita é feito a partir das respostas ao questionário expandido do Censo – um questionário mais detalhado do que o universal e que é aplicado a uma amostra dos domicílios visitados pelos recenseadores. Os dados colhidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através dessa amostra do Censo, são expandidos para o total da população municipal e, então, usados para o cálculo da dimensão renda do IDH-M.

Uma vez escolhidos os indicadores, são calculados os índices específicos de cada uma das três dimensões analisadas: IDHM-E, para educação; IDHM-L, para saúde (ou longevidade); IDHM-R, para renda. Para tanto, são determinados os valores de referência mínimo e máximo de cada categoria, que serão equivalentes a 0 e 1, respecti-vamente, no cálculo do índice. Os sub-índices de cada município serão valores proporcionais dentro dessa escala: quanto melhor o desempenho municipal naquela dimensão, mais próximo o seu índice estará de 1. O IDHM de cada município é fruto da média aritmética simples desses três sub-índices: somam-se os valores e divide-somam-se o resultado por três (IDHM-E + IDHM-L + IDHM-R / 3). Para conhecer detalhadamente a metodologia e cada um dos indicadores do IDHM, ver ANEXO 1.

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3. A ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DO IDH–M PARA OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO NORTE FLUMINENSE

A exemplo da maioria quase absoluta dos municípios brasileiros, na Região Norte

Fluminense, todos os municípios melhoraram seu IDH-M (ver Gráfico 1).

IDH-M - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense

Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

0 ,6 8 0 ,6 7 0 ,6 5 0 ,6 7 0 ,6 4 0,68 0 ,5 8 0 ,5 8 0 ,7 3 0 ,6 9 0 ,7 1 0 ,7 2 0 ,7 3 0 ,7 4 0 ,7 4 0 ,7 4 0 ,7 5 0 ,7 9 8,34% 9,98% 10,40% 14,08% 10,33% 14,27% 5,74% 17,91% 20,97% 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s S ã o F id é lis C a ra p e b u s C o n c e iç ã o d e M a c a b u Q u is s a m ã S ã o J o ã o d a B a rr a C a rd o s o M o re ir a S ã o F ra n c is c o d e I ta b a p o a n a 0% 5% 10% 15% 20% 25% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 1: Evolução do IDH-M para os municípios da Região Norte Fluminense – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

De acordo com o gráfico, pode-se observar que não há uma disparidade muito grande entre os indicadores dos municípios da Região. Mesmo assim, pode-se destacar algumas observações interessantes. Macaé, ao longo de todo período analisado, continua apresentando o melhor índice, seguida imediatamente pelo município de Campos dos Goytacazes. São Francisco de Itabapoana continua apresentando o pior índice. São João da Barra apresentou o pior crescimento do IDH-M (5,74%),

passando a apresentar um índice menor que os municípios de São Fidélis, Carapebus, Conceição de Macabu e Quissamã. O melhor crescimento foi do município de Cardoso Moreira (20,97%). No que se refere à colocação no ranking estadual (Gráfico 2), cabe destacar que Carapebus e Quissamã foram os únicos municípios da Região que melhoraram suas posições. Os demais perderam posições e São João da Barra apresentou uma queda expressiva caindo da 45a para

(10)

Classificação na UF

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

6 1 5 7 4 4 7 6 79 4 5 9 1 9 0 1 0 9 0 8 9 8 1 7 4 6 5 6 1 62 5 4 1 7 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s S ã o F id é li s C a ra p e b u s C o n c e iç ã o d e M a c a b u Q u is s a m ã S ã o J o ã o d a B a rr a C a rd o s o M o re ir a S ã o F ra n c is c o d e It a b a p o a n a 1991 2000

Gráfico 2: Evolução da classificação dos municípios da Região Norte Fluminense no Estado do Rio de Janeiro – 1991-2000

Fonte: PNUD (2003)

No que se refere ao IDHM – Educação que avalia os indicadores Alfabetização de pessoas com mais de quinze anos de idade e a Taxa bruta de freqüência escolar, observa-se no Gráfico 3 a seguir que todos os municípios melhoraram suas taxas de alfabetização. Campos e Macaé

continuam a apresentar as melhores taxas, mas merecem destaque os municípios de Cardoso Moreira, São Francisco de Itabapoana e Carapebus que melhoraram suas taxas em 21,99%, 21,57% e 15,66%, respectivamente.

Taxa de alfabetização de adultos

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

7 5 ,4 6 8 4 ,4 6 8 1 ,3 8 8 0 ,4 4 7 7 ,9 4 7 6 ,8 9 6 5 ,8 3 6 1 ,6 9 8 7 ,4 0 7 4 ,9 9 8 0 ,3 1 8 4 ,0 1 8 4 ,3 2 8 6 ,2 2 8 6 ,8 9 8 7 ,2 8 8 9 ,9 1 9 2 ,1 2 21,57% 9,26% 8,19% 7,18% 6,77% 15,66% 6,46% 5,40% 21,99% 0 20 40 60 80 100 M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s C a ra p e b u s C o n c e iç ã o d e M a c a b u S ã o J o ã o d a B a rr a Q u is s a m ã S ã o F id é lis C a rd o s o M o re ir a S ã o F ra n c is c o d e It a b a p o a n a P o rc e n ta g e m 0% 5% 10% 15% 20% 25% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 3: Evolução da taxa de alfabetização de pessoas com mais de 15 anos de idade dos municípios da Região Norte Fluminense – 1991/2000

Fonte: PNUD (2003)

No que diz respeito à Taxa bruta de freqüência escolar (ver Gráfico 4),

também se observa uma melhoria em todos os municípios da região. Mas,

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quem apresenta a melhor taxa é o município de Quissamã, seguido pelo de Macaé. Quissamã melhorou sua taxa em

62,68% de 1991 a 2000, e Cardoso Moreira, que também merece destaque, em 62,32%.

Taxa bruta de frequência escolar

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

5 2 ,1 8 6 6 ,8 9 6 0 ,4 6 6 4 ,5 5 6 6 ,8 8 6 3 ,5 8 4 7 ,2 8 57 ,4 3 4 8 ,1 8 6 4 ,6 2 6 5 ,7 7 7 6 ,7 5 7 8 ,4 8 7 8 ,6 4 8 0 ,4 0 8 0 ,8 9 8 2 ,3 4 8 4 ,8 8 23,11% 33,78% 24,55% 17,59% 23,43% 14,52% 34,12% 62,32% 62,68% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Q u is s a m ã M a c a é C a ra p e b u s C a m p o s d o s G o y ta c a z e s C o n c e iç ã o d e M a c a b u S ã o F id é li s C a rd o s o M o re ir a S ã o J o ã o d a B a rr a S ã o F ra n c is c o d e It a b a p o a n a P o rc e n ta g e m 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 4: Evolução da taxa bruta de freqüência escolar dos municípios da Região Norte Fluminense – 1991/2000

Fonte: PNUD (2003)

No que se refere ao IDHM – Longevidade, representado pelo indicador Esperança de vida ao nascer (Gráfico 5 a seguir), mais uma vez, observa-se uma melhoria em todos os municípios da região. Destacam-se os municípios de São João da Barra, São Fidélis e São Francisco de Itabapoana

com os melhores indicadores, todos um pouco acima de 69 anos. Já o município de Campos dos Goytacazes, que apresenta o segundo melhor IDH-M da região apresenta a menor Esperança de vida ao nascer, 66,8 anos.

Esperança de vida ao nascer

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

6 5 ,6 0 6 5 ,9 1 6 4 ,7 5 6 4 ,7 5 6 3 ,8 8 6 3 ,5 1 6 4 ,7 5 6 2 ,5 2 6 8 ,5 4 6 7 ,0 4 6 6 ,8 0 6 7 ,3 2 6 7 ,6 3 6 7 ,6 3 6 7 ,6 3 6 9 ,0 7 6 9 ,0 7 6 9 ,2 3 1,01% 4,44% 4,80% 5,28% 4,44% 4,94% 4,44% 6,85% 6,01% 58 60 62 64 66 68 70 S ã o J o ã o d a B a rr a S ã o F id é lis S ã o F ra n c is c o d e It a b a p o a n a M a c a é Q u is s a m ã C a ra p e b u s C o n c e iç ã o d e M a c a b u C a rd o s o M o re ir a C a m p o s d o s G o y ta c a z e s A n o s 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 5: Evolução da esperança de vida ao nascer dos municípios da Região Norte Fluminense – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

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No que se refere ao IDHM – Renda, representado pela Renda ‘per capita’ (Gráfico 6), novamente se observa uma melhoria em todos os municípios da região.

Apresenta-se com destaque o município de Macaé com uma renda ‘per capita’ de

R$ 392,94, bem superior a dos demais municípios. Isto se deve ao fato de que em Macaé estão concentradas as atividades direta ou indiretamente ligadas à produção de petróleo.

Renda per capita

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

1 5 3 ,3 5 1 2 6 ,3 5 1 1 6 ,2 5 1 8 9 ,6 4 1 3 9 ,6 2 8 1 ,0 6 7 7 ,1 6 1 4 2 ,4 4 2 8 8 ,9 4 2 1 3 ,9 1 2 1 2 ,8 4 1 7 7 ,3 3 1 5 6 ,0 0 1 6 6 ,0 5 1 8 1 ,9 1 2 0 3 ,2 2 2 4 7 ,2 0 3 9 2 ,9 4 27,01% 102,18% 104,85% 56,49% 60,84% 38,79% 50,17% 30,35% 35,99% 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s C o n c e iç ã o d e M a c a b u S ã o F id é lis C a ra p e b u s Q u is s a m ã S ã o J o ã o d a B a rr a C a rd o s o M o re ir a S ã o F ra n c is c o d e It a b a p o a n a R e n d a e m R $ 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 6: Evolução da renda per capita dos municípios da Região Norte Fluminense – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

4. A ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DO IDH–M PARA OS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS DAS REGIÕES DE GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Tomando-se agora como referência para análise os principais municípios das Regiões de Governo do Estado do Rio de Janeiro, observa-se que todos os municípios selecionados melhoraram seu IDH-M (ver Gráfico 7).

Entretanto, o que cabe destacar é que o município de Niterói, 3o colocado no ranking nacional, de fato, apresenta um

IDH - M de 0,89, bem superior aos dos demais municípios do Estado.

Itaperuna, Macaé, Cabo Frio, Petrópolis e Volta Redonda possuem índices que variam de 0,79 a 0,81.

Já o município de Campos dos Goytacazes possui um IDH-M de 0,75, bem abaixo dos índices dos municípios selecionados.

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Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

0 ,6 8 0 ,7 1 0 ,7 3 0 ,7 2 0 ,7 5 0 ,7 7 0 ,8 2 0 ,8 9 0 ,8 1 0 ,8 0 0 ,7 9 0 ,7 9 0 ,7 9 0 ,7 5 9,98% 11,22% 8,34% 8,42% 7,11% 5,98% 10,54% 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 N it e ró i V o lt a R e d o n d a P e tr ó p o lis C a b o F ri o M a c a é It a p e ru n a C a m p o s d o s G o y ta c a z e s 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 7: Evolução do IDH-M dos municípios selecionados no Estado do Rio de Janeiro – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

No que se refere à colocação no ranking estadual (Gráfico 8), cabe observar que Niterói e Volta Redonda mantiveram suas boas posições ao longo da década de 1o e

3o colocados, respectivamente.

Petrópolis caiu duas posições, de 5o para 7o. Cabo Frio merece destaque pois melhorou sua colocação de 20o para 11o.

Macaé caiu de 10o para 17o. Itaperuna

melhorou de 25o para 20o. E Campos caiu de 44o para 54o.

Classificação na UF

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1 3 5 2 0 1 0 2 5 4 4 1 3 7 1 1 1 7 20 5 4 0 10 20 30 40 50 60 N it e ró i V o lt a R e d o n d a P e tr ó p o lis C a b o F ri o M a c a é It a p e ru n a C a m p o s d o s G o y ta c a z e s 1991 2000

Gráfico 8: Evolução da classificação dos municípios selecionados no Estado do Rio de Janeiro – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

No que se refere ao IDHM – Educação que avalia os indicadores Alfabetização de pessoas com mais de quinze anos de idade e a Taxa bruta de freqüência

escolar, observa-se no Gráfico 9 a seguir que todos os municípios selecionados, exceto Campos dos Goytacazes e

(14)

Itaperuna, possuem uma Taxa de alfabetização maior que 90%.

Cabe lembrar que na Região Norte Fluminense, conforme mostrado no item

anterior, apenas o município de Macaé possui uma taxa de alfabetização superior a 90%.

Taxa de alfabetização de adultos

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9 4 ,5 9 9 2 ,2 4 8 9 ,7 8 8 7 ,4 0 8 6 ,3 1 8 4 ,4 6 8 0 ,9 1 8 7 ,8 1 8 9 ,9 1 9 1 ,6 8 9 2 ,1 2 9 3 ,6 1 9 4 ,9 3 9 6 ,4 5 1,97% 2,92% 4,26% 5,40% 6,23% 6,46% 8,52% 70 75 80 85 90 95 100 N it e ró i V o lt a R e d o n d a P e tr ó p o lis M a c a é C a b o F ri o C a m p o s d o s G o y ta c a z e s It a p e ru n a P o rc e n ta g e m 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 9: Evolução da taxa de alfabetização de adultos dos municípios selecionados no Estado do Rio de Janeiro – 1991/2000

Fonte: PNUD (2003)

No que diz respeito à Taxa bruta de freqüência escolar (ver Gráfico 10), também se observa com destaque o município de Niterói, com uma taxa de 95,25%, acompanhado do município de Volta Redonda, com uma taxa de 89,53%.

Os demais municípios apresentam taxas que giram em torno de 80%, muito embora estes tenham apresentado índices de crescimento maiores que 20% de 1991 a 2000.

(15)

Taxa bruta de frequência escolar

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8 3 ,1 3 6 5 ,7 9 6 4 ,5 5 6 3 ,8 6 6 5 ,0 5 6 6 ,8 9 8 0 ,4 6 9 5 ,2 5 8 9 ,5 3 8 2 ,3 4 8 2 ,1 4 8 1 ,0 7 8 0 ,4 0 7 9 ,3 2 14,59% 11,27% 23,11% 26,26% 26,95% 24,55% 20,57% 0 20 40 60 80 100 120 N it e ró i V o lt a R e d o n d a M a c a é It a p e ru n a C a b o F ri o C a m p o s d o s G o y ta c a z e s P e tr ó p o li s P o rc e n ta g e m 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 10: Evolução da taxa bruta de freqüência escolar dos municípios selecionados no Estado do Rio de Janeiro – 1991/2000

Fonte: PNUD (2003)

No que se refere ao IDHM – Longevidade, representado pelo indicador Esperança de vida ao nascer (Gráfico 11 a seguir), observa-se um fato interessante. O município de Itaperuna aproxima-se de

Niterói na casa dos 73 anos. Cabo Frio, Volta Redonda e Petrópolis ficam na casa dos 70 anos. E Macaé e Campos dos Goytacazes giram em torno de 67 anos.

Esperança de vida ao nascer

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6 2 ,5 2 6 4 ,7 5 6 8 ,1 2 6 9 ,0 5 6 7 ,0 2 6 7 ,1 5 6 8 ,0 3 6 6 ,8 0 6 7 ,6 3 7 0 ,0 6 7 0 ,8 0 7 0 ,8 4 7 3 ,0 1 7 3 ,4 9 6,85% 4,44% 2,85% 2,54% 5,70% 8,74% 8,03% 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 N it e ró i It a p e ru n a C a b o F ri o V o lt a R e d o n d a P e tr ó p o li s M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s A n o s 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 11: Evolução da esperança de vida ao nascer dos municípios selecionados no Estado do Rio de Janeiro – 1991/2000

Fonte: PNUD (2003)

No que se refere ao IDHM – Renda, representado pela Renda ‘per capita’ (Gráfico 12), observa-se que Niterói

apresenta uma Renda de R$ 809,18, duas vezes maior que a de Petrópolis, segunda colocada, com uma Renda de R$

(16)

399,93, e que a de Macaé, terceira colocada com renda de R$ 392,94, apesar de suas atividades ligadas à produção de petróleo.

O fato que surpreende é que Campos dos Goytacazes possui uma Renda per capita de R$ 247,20, menor que a de Itaperuna, R$ 261,87.

Renda per capita

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

1 8 9 ,6 4 2 0 9 ,0 3 2 0 4 ,8 6 2 4 2 ,2 6 2 8 8 ,9 4 2 8 4 ,0 7 5 5 5 ,8 3 8 0 9 ,1 8 3 9 9 ,9 3 3 9 2 ,9 4 3 4 8 ,1 7 3 1 1 ,0 3 2 6 1 ,8 7 2 4 7 ,2 0 51,82% 30,35% 25,28% 43,72% 35,99% 40,79% 45,58% 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 N it e ró i P e tr ó p o li s M a c a é V o lt a R e d o n d a C a b o F ri o It a p e ru n a C a m p o s d o s G o y ta c a z e s R e n d a e m R $ 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 12: Evolução da renda per capita dos municípios selecionados no Estado do Rio de Janeiro – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

5. A ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DOS INDICADORES DO IDH–M PARA OS MUNICÍPIOS SELECIONADOS DO BRASIL

Tomando-se agora como referência para análise alguns municípios de porte médio selecionados aleato-riamente em algumas das regiões do país, observa-se que os municípios de Campos dos Goytacazes e Macaé apresentam IDH-M superiores apenas ao do município de Petrolina, localizado no Estado de Pernambuco. (ver Gráfico 13)

No que se refere à colocação no ranking nacional (Gráfico 14), cabe destacar que os três municípios comentados

anteriormente apresentam-se longe das melhores colocações e, portanto, longe de serem considerados como de referência nacional.

Tal constatação pode ser melhor compreendida nas análises a seguir, onde se pode observar que os dois melhores municípios da Região Norte Fluminense apresentam os piores indicadores relacionados à Educação, Longevidade e Renda, em comparação com os demais municípios selecionados no Brasil.

(17)

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense

Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

0 ,6 8 0 ,6 7 0 ,7 5 0 ,7 5 0 ,7 7 0 ,7 3 0 ,7 7 0 ,7 7 0 ,7 9 0 ,8 2 0 ,7 8 0,83 0 ,7 9 0 ,8 1 0 ,8 2 0 ,8 4 0 ,8 5 0 ,8 6 11,88% 9,98% 8,34% 5,10% 7,66% 7,80% 5,96% 4,00% 10,27% 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 J o in v ill e R ib e ir ã o P re to P ir a c ic a b a J u iz d e Fo ra L o n d ri n a P e lo ta s M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s P e tr o lin a 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 13: Evolução do IDH-M dos municípios selecionados no Brasil – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

Classificação nacional

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

7 3 6 45 1 1 3 1 2 1 6 2 1 1 5 7 9 1 9 4 4 1 4 22 93 1 5 1 4 5 0 8 1 5 1 8 1 8 1 9 4 8 1 3 6 189 0 500 1000 1500 2000 2500 J o in v ill e R ib e ir ã o P re to P ir a c ic a b a J u iz d e F o ra L o n d ri n a P e lo ta s M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s P e tr o lin a 1991 2000

Gráfico 14: Evolução da classificação dos municípios selecionados no Brasil – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

No que se refere ao IDHM – Educação que avalia os indicadores Alfabetização de pessoas com mais de quinze anos de idade e a Taxa bruta de freqüência

escolar, observa-se nos Gráficos 15 e 16 a seguir que Campos e Macaé apresentam as mais baixas taxas, juntamente com Petrolina.

(18)

Taxa de alfabetização de adultos Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense

Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

8 4 ,4 6 7 4 ,5 4 8 9 ,9 1 8 7 ,4 0 8 8 ,8 7 9 1 ,0 7 9 2 ,3 4 9 2 ,4 5 9 3 ,3 6 9 4 ,3 7 8 2 ,3 0 9 2 ,1 2 9 2 ,9 3 9 3 ,7 5 9 4 ,9 5 9 5 ,2 9 9 5 ,5 6 9 6 ,5 9 10,41% 6,46% 2,36% 2,36% 3,08% 2,83% 2,94% 4,57% 5,40% 0 20 40 60 80 100 120 J o in v ill e R ib e ir ã o P re to J u iz d e F o ra P ir a c ic a b a P e lo ta s L o n d ri n a M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s P e tr o li n a P o rc e n ta g e m 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 15: Evolução da taxa de alfabetização de adultos dos municípios selecionados no Brasil – 1991-2000 Fonte: PNUD (2003)

Taxa bruta de frequência escolar

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

8 0 ,4 0 6 6 ,8 9 64,5 5 7 1 ,5 1 7 2 ,4 8 7 4 ,1 3 7 2 ,6 5 7 1 ,5 8 6 5 ,1 1 7 8 ,1 3 8 2 ,3 4 8 8 ,9 7 8 7 ,6 6 8 7 ,2 8 8 5 ,4 8 8 4 ,2 1 8 4 ,0 5 8 3 ,9 0 24,55% 23,11% 17,32% 15,97% 13,59% 17,65% 21,93% 34,63% 13,88% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 P e lo ta s J o in v ill e L o n d ri n a J u iz d e F o ra R ib e ir ã o P re to P ir a c ic a b a P e tr o lin a M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s P o rc e n ta g e m 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 16: Evolução da taxa bruta de freqüência escolar dos municípios selecionados no Brasil – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

No que se refere ao IDHM – Longevidade, representado pelo indicador Esperança de vida ao nascer (Gráfico 17 a seguir),

observa-se novamente Campos e Macaé com os piores desempenhos.

(19)

Esperança de vida ao nascer

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

6 2 ,5 2 6 4 ,7 5 6 9 ,1 5 6 4 ,5 2 6 8 ,4 8 6 7 ,9 9 7 0 ,0 2 7 2 ,9 9 7 0 ,6 5 6 6 ,8 0 6 7 ,6 3 7 6 ,6 1 7 4 ,4 0 7 2 ,9 5 7 2 ,0 3 7 1 ,3 7 7 0 ,3 6 6 9 ,9 1 4,44% 6,85% 1,10% 9,06% 4,23% 5,93% 4,18% 1,93% 8,43% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 J o in v ill e R ib e ir ã o P re to P ir a c ic a b a J u iz d e F o ra L o n d ri n a P e tr o lin a P e lo ta s M a c a é C a m p o s d o s G o y ta c a z e s A n o s 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 17: Evolução da esperança de vida ao nascer dos municípios selecionados no Brasil – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

No que se refere ao IDHM – Renda, representado pelo indicador Renda ‘per capita’ (Gráfico 17 a seguir), observa-se

novamente Campos e Macaé com baixos desempenhos, superando apenas Petrolina.

Renda per capita

Observatório Socioeconômico da Região Norte Fluminense Convênio CEFET - UENF - UFF - UFRRJ - UNIVERSO

1 8 9 ,6 4 1 5 1 ,2 2 2 4 7 ,2 0 2 0 1 ,2 3 2 5 4 ,8 9 2 8 8 ,9 4 3 0 1 ,4 7 3 0 9 ,1 0 3 2 9 ,1 8 3 6 6 ,8 1 4 5 9 ,7 7 5 3 9 ,8 4 4 5 5 ,8 7 4 3 9 ,3 5 4 1 9 ,4 0 4 0 7 ,6 0 3 9 2 ,9 4 3 4 5 ,2 0 33,07% 30,35% 35,43% 35,99% 35,20% 35,68% 33,47% 24,28% 17,41% 0 100 200 300 400 500 600 R ib e ir ã o P re to P ir a c ic a b a L o n d ri n a J u iz d e F o ra J o in v ill e M a c a é P e lo ta s C a m p o s d o s G o y ta c a z e s P e tr o lin a R e n d a e m R $ 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 1991 2000 Índice de Crescimento

Gráfico 18: Evolução da renda per capita dos municípios selecionados no Brasil – 1991/2000 Fonte: PNUD (2003)

(20)

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos dados apresentados, pode-se observar que os municípios da Região Norte Fluminense apresentaram significativas melhorias em todos os seus indicadores do IDH-M. Resultados expressivos podem ser destacados como: • a melhoria da taxa de alfabetização

de pessoas com mais de 15 anos de idade nos municípios de Cardoso Moreira e São Francisco de Itabapoana e da taxa bruta de freqüência escolar nos município de Quissamã e Cardoso Moreira;

• a melhoria generalizada na esperança de vida ao nascer; e

• o crescimento da renda per capita no município de Macaé em função da dinamismo econômico provocado pelas atividades ligadas à produção do petróleo.

Entretanto, quando se compara os dois municípios de melhor desempenho na Região Norte Fluminense – Campos e Macaé – com outros municípios do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil, constata-se

que, apesar dos avanços, há muito a se fazer para a promoção de um processo de desenvolvimento compatível com as grandes carências regionais.

Faz-se necessário que sejam direcionados investimentos para a área social. De acordo com o Boletim da Economia Fluminense da Fundação CIDE (No 4, Ano I de 2002), Campos dos Goytacazes destinou em 1997 apenas R$ 47 milhões, ou seja, 3,1% do PIB municipal, para o Gasto Social. Macaé, por sua vez, no mesmo ano, destinou R$ 36,9 milhões, ou seja, 4,3% do PIB Municipal ao Gasto Social.

Portanto, faz-se urgente a necessidade de compreensão por parte das comunidades e dos dirigentes locais da importância do combate à pobreza e à desigualdade social na região Norte Fluminense. E uma das formas mais eficazes de combate a esses problemas é justamente investir mais nos pobres, principalmente, nas áreas de Educação (em especial no nível do Ensino Fundamental), de Saúde e na Geração de Empregos e Renda.

7. O PRÓXIMO BOLETIM

Dividir o município de Campos dos Goytacazes em partes, compará-las, medi-las, investigar cada espaço para enfim conhecê-lo. Em outras palavras, construir o IDH dos bairros de Campos é o próximo desafio do Observatório Socioeconômico da Região Norte

Fluminense que tem como um de seus objetivos básicos esquadrinhar a realidade sócio-econômica dos municípios da nossa região e traçar um retrato que possa ser útil para o delineamento das políticas públicas locais.

(21)

ANEXO 1:

Entenda o cálculo do IDH Municipal (IDH-M) e saiba quais os indicadores usados

(Fonte: www.pnud.org.br em 19/02/2003)

O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado originalmente para medir o nível de desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita). O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; os países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano; países com IDH maior que 0,800 têm desenvolvimento humano considerado alto.

Para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios as dimensões são as mesmas – educação, longevidade e renda -, mas alguns dos indicadores usados são diferentes. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no IDH municipal (IDHM) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais menores. Para a avaliação da dimensão educação, o cálculo do IDH municipal considera dois indicadores, com pesos diferentes: taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos de idade (com peso dois) e a taxa bruta de freqüência à escola (com peso um). O primeiro indicador é o percentual de pessoas com mais de 15 anos capaz de ler e escrever um bilhete simples (ou seja, adultos alfabetizados). O calendário do Ministério da Educação indica que se a criança não se atrasar na escola ela completará esse ciclo aos 14 anos de idade, daí a medição do analfabetismo se dar a partir dos 15 anos. O segundo indicador é resultado de uma conta simples: o somatório de pessoas (independentemente da idade) que frequentam os cursos fundamental, secundário e superior é dividido pela população na faixa etária de 7 a 22 anos da localidade. Estão também incluídos na

conta os alunos de cursos supletivos de primeiro e de segundo graus, de classes de aceleração e de pós-graduação universitária. Apenas classes especiais de alfabetização são descartadas para efeito do cálculo.

Para a avaliação da dimensão longevidade, o IDH municipal considera o mesmo indicador do IDH de países: a esperança de vida ao nascer. Esse indicador mostra o número médio de anos que uma pessoa nascida naquela localidade no ano de referência (no caso, 2000) deve viver. O indicador de longevidade sintetiza as condições de saúde e salubridade daquele local, uma vez que quanto mais mortes houver nas faixas etárias mais precoces, menor será a expectativa de vida observada no local. Para a avaliação da dimensão renda, o critério usado é a renda municipal per capita, ou seja, a renda média de cada residente no município. Para se chegar a esse valor soma-se a renda de todos os residentes e divide-se o resultado pelo número de pessoas que moram no município (inclusive crianças ou pessoas com renda igual a zero). No caso brasileiro, o cálculo da renda municipal per capita é feito a partir das respostas ao questionário expandido do Censo – um questionário mais detalhado do que o universal e que é aplicado a uma amostra dos domicílios visitados pelos recenseadores. Os dados colhidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através dessa amostra do Censo são expandidos para o total da população municipal e, então, usados para o cálculo da dimensão renda do IDH-M.

Uma vez escolhidos os indicadores, são calculados os índices específicos de cada uma das três dimensões analisadas: IDHM-E, para educação; IDHM-L, para saúde (ou longevidade); IDHM-R, para renda. Para tanto, são determinados os

(22)

valores de referência mínimo e máximo de cada categoria, que serão equivalentes a 0 e 1, respectivamente, no cálculo do índice. Os sub-índices de cada município serão valores proporcionais dentro dessa escala: quanto melhor o desempenho municipal naquela

dimensão, mais próximo o seu índice estará de 1. O IDHM de cada município é fruto da média aritmética simples desses três sub-índices: somam-se os valores e divide-se o resultado por três (IDHM-E + IDHM-L + IDHM-R / 3).

DIMENSÃO EDUCAÇÃO

Para medir o acesso à educação da população de uma localidade, o IDH municipal considera dois indicadores: a porcentagem de pessoas alfabetizadas entre os moradores com mais de 15 anos de idade daquele lugar (com peso dois no cálculo final) e a taxa de freqüência bruta a salas de aula (peso um).

Para medir o acesso à educação em grandes sociedades, como um país, a taxa de matrícula nos diversos níveis do sistema educacional é um indicador suficientemente preciso. Quando o foco está em núcleos sociais menores, como municípios, esse indicador é menos eficaz, pois os estudantes podem morar em uma cidade e estudar em outra, distorcendo as taxas de matrícula. Daí a opção pelo indicador de freqüência à sala de aula, que é baseado em dados censitários. O que se pretende aferir é a parcela da população daquela cidade que vai à escola em comparação à população municipal em idade escolar.

Pelo calendário do Ministério da Educação, aos 7 anos uma criança deve iniciar o primeiro ciclo do ensino fundamental. Aos 15 anos, o jovem deve ingressar na primeira série do ensino médio, e, aos 22 anos, concluir o ensino superior. Esse calendário indica que a maioria da população deveria estar envolvida no processo de aprendizado entre as idades de 7 e 22 anos. Por isso, ao se avaliar o acesso das pessoas ao conhecimento, divide-se o total de alunos nos três níveis de ensino pela população total dessa faixa etária. A esse indicador

se dá o nome de taxa bruta de freqüência escolar.

O outro critério para a avaliação da educação de uma população é o percentual de alfabetizados maiores de 15 anos. Ele se baseia no direito constitucional de todos os brasileiros de terem acesso aos oito séries do ensino fundamental. Ao final desse período, que, pelo calendário normal se encerraria aos 14 anos de idade, espera-se que o indivíduo seja capaz de ler e escrever um bilhete simples. Daí a opção por se medir essa capacidade na população com 15 anos de idade ou mais. A taxa de alfabetização é obtida pela divisão do total de alfabetizados maiores de 15 anos pela população total de mais de 15 anos de idade do município pesquisado.

Se considerarmos que as taxas de alfabetização e de freqüência já variam entre 0 e 1 (0% a 100%), torna-se desnecessário "convertê-las" em um índice, como nas dimensões saúde e renda. É preciso apenas aplicar os pesos de cada indicador para se chegar a uma média.

Se o município em questão tem uma taxa bruta de freqüência à escola igual a 85% e uma taxa de alfabetização de 91%, o cálculo será assim:

[0,85 + (2 x 0,91)] / 3 => (0,85 + 1,82) / 3 => 2,67 / 3 = 0,89.

Logo, o IDHM-E do município será 0,89.

DIMENSÃO LONGEVIDADE

Para avaliar o desenvolvimento humano no que diz respeito à longevidade o IDH nacional e o IDH municipal usam a

esperança de vida ao nascer. Esse indicador mostra qual a média de anos que a população nascida naquela

(23)

localidade no ano de referência (2000) deve viver - desde que as condições de mortalidade existentes se mantenham constantes. Quanto menor for a mortalidade registrada em um município, maior será a esperança de vida ao nascer. O indicador é uma boa forma de avaliar as condições sociais, de saúde e de salubridade por considerar as taxas de mortalidade das diferentes faixas etárias daquela localidade. Todas as causas de morte são contempladas para chegar ao indicador, tanto as ocorridas em função de doenças quanto as provocadas por causas externas (violências e acidentes).

O Censo 2000 é a base de cálculo de todo o IDH municipal. Para se chegar ao número médio de anos que uma pessoa vive a partir de seu nascimento são utilizados os dados do questionário expandido do Censo. O resultado dessa amostra é expandido para o restante da população daquele município.

O cálculo da esperança de vida ao nascer é complexo e envolve várias fases. No caso da esperança de vida por município,

as estatísticas do registro civil são inadequadas. Por isso, para o cálculo do IDH municipal optou-se por técnicas indiretas para se chegar às estimativas de mortalidade. A base são as perguntas do Censo sobre o número de filhos nascidos vivos e o número de filhos ainda vivos na data em que o Censo foi feito. A partir daí são calculadas proporções de óbitos. Aplica-se, então, uma equação que transforma essas proporções em probabilidade de morte. A próxima etapa é transformar essas probabilidades em tábuas de vida, de onde é extraída a esperança de vida ao nascer.

Para transformar esse número de anos em um índice, usa-se como parâmetro máximo de longevidade, 85 anos, e, como parâmetro mínimo, 25 anos. Assim, se o município em questão tem uma esperança de vida ao nascer de 70 anos, seu IDHM-L será:

(70 - 25) / (85 - 25) => 45 / 60 => IDHM-L = 0,750.

Logo, o IDHM-L do município será 0,750.

DIMENSÃO RENDA

O Produto Interno Bruto (PIB) de um país é o valor agregado na produção de todos os bens e serviços ao longo de um ano dentro de suas fronteiras. O PIB per capita é a divisão desse valor pela população do país. Trata-se de um indicador eficaz para a avaliação da renda de um universo amplo, como países e unidades da Federação. Esse é o critério usado pelo Pnud mundialmente para o cálculo do IDH-R dos países e dos Estados.

Na avaliação da renda dos habitantes de um município, o uso do PIB per capita torna-se inadequado. Por exemplo: nem toda a renda produzida dentro da área do município é apropriada pela população residente. A alternativa adotada é o cálculo da renda municipal per capita. Ela permite, por exemplo, uma desagregação por cor ou gênero da população, o que seria inviável de outra maneira.

A renda média municipal per capita indica a renda média dos indivíduos residentes

no município expressa em reais, pela cotação do dia 1 agosto de 2000. Os valores são extraídos do questionário da amostra do Censo. A partir da pesquisa do IBGE soma-se todo tipo de renda obtida pelos moradores daquele município (inclusive salários, pensões, aposentadorias e transferências governamentais, entre outros). E a somatória é divida pelo número total de habitantes do município. O resultado é a renda municipal per capita.

Para transformar a renda municipal per capita em um índice é feito uma série de cálculos. Primeiro convertem-se os valores anuais máximo e mínimo expressos em dólar PPC (Paridade do Poder de Compra), adotados nos relatórios internacionais do Pnud (US$ PPC 40.000,00 e US$ PPC 100,00, respectivamente), em valores mensais expressos em reais: R$ 1.560,17 e R$ 3,90.

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Em seguida, são calculados os logaritmos da renda média municipal per capita e dos limites máximo e mínimo de referência. O logaritmo é usado porque ele expressa melhor o fato de que um acréscimo de renda para os mais pobres é proporcionalmente mais relevante do que para os mais ricos. Ou seja: R$ 10,00 a mais por mês para quem ganha R$ 100,00 proporciona um maior retorno em bem-estar do que R$ 10,00 para quem ganha R$ 10.000,00.

Finalmente, para se chegar ao índice de renda municipal (IDHM-R) aplica-se a fórmula a seguir: IDH-R = (log de renda média municipal per capita - log do valor de referência mínimo) / (log do valor de referência máximo - log do valor de referência mínimo). Para um município com renda municipal per capita de R$ 827,35, o cálculo ficaria assim:

IDHM-R = (log R$ 827,35 - log R$ 3,90) / (log R$ 1.560,17 - log R$ 3,90) => IDHM-R = 0,894.

Referências

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