TÍTULO: PROJETO DE MONITORIA DA DISCIPLINA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DO CURSO DE MEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ALBINO UNIFIPA
TÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:
SUBÁREA: Medicina SUBÁREA:
INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADES INTEGRADAS PADRE ALBINO - FIPA INSTITUIÇÃO(ÕES):
AUTOR(ES): TIBERIO MARCIANO FRINI, LEONARDO KAUAS DOSSI, LUIS AUGUSTO RAGAZZO DI PAOLO, MIGUEL ABUFARES REIS
AUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): DENISE GONZALEZ STELLUTTI DE FARIA ORIENTADOR(ES):
UNIFIPA - CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ALBINO DISCIPLINA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
CURSO DE MEDICINA
CATANDUVA 2018
PROJETO DE MONITORIA DA DISCIPLINA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DO CURSO DE MEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ALBINO
UNIFIPA
Docente responsável pela Monitoria: Profª. Drª. Denise Gonzalez Stellutti de Faria
Docente responsável pela Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia Prof. Dr. Alfeu Cornélio Accorsi Neto
Discentes do projeto de monitoria: Leonardo Kauas Dossi
Luis Augusto Ragazzo Di Paolo Miguel Abufares Reis Tibério Marciano Frini
CATANDUVA 2018
INTRODUÇÃO
O projeto de Monitoria da disciplina de GO junto ao LAHEM (Laboratório de Habilidades Em Emergências Médicas) do Curso de Medicina visa propiciar uma formação acadêmica mais ampla e aprofundada ao aluno universitário, incentivar o estudante para o interesse à docência e à pesquisa; além de possibilitar uma maior integração dos segmentos da instituição.
O LAHEM representa uma alternativa de apoio pedagógico, atuando como uma atividade antecipatória das práticas de treinamento de habilidades com o paciente, preparando o estudante para o exercício técnico e intelectual de sua futura profissão, pautado nos preceitos da bioética1.
Deste modo, o uso do Laboratório de Habilidades e Simulação é uma das mais modernas formas de expressão da educação médica moderna. É onde ocorre a metodologia ensino aprendizagem destinada à fixação do conhecimento teórico em relação às habilidades e competências exigidas para o exercício da profissão, tal qual previsto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de medicina2.
O aprendizado de habilidades e simulação realística mostrou-se muito mais eficiente quanto à fixação dos conteúdos, além de permitir que os alunos aprendam a técnica adequada para obterem melhor segurança e desempenho durante as atividades práticas nos estágios3.
A Ginecologia e a Obstetrícia são consideradas áreas básicas do conhecimento em medicina, isto é, todos os médicos, mesmo os não especialistas, devem possuir conteúdo suficiente para prestar o cuidado à saúde da mulher de maneira qualificada.
A tecnocracia, institucionalização e medicalização do parto associam-se ao aumento de cesarianas, à prematuridade e à desumanização do nascimento. O conceito de atenção humanizada na assistência obstétrica é amplo e pode contemplar diversos significados e envolve um conjunto de conhecimentos, práticas e atitudes que visam à promoção do parto e do nascimento saudáveis e a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal.
Inicia-se no pré-natal e procura garantir que a equipe de saúde realize procedimentos comprovadamente benéficos para a mulher e o bebê, que evite as intervenções desnecessárias e que preserve a privacidade e a autonomia desses sujeitos. No contexto da humanização, desde que não sejam identificados riscos que prejudiquem a saúde, o bem estar da mulher e do concepto é necessário resgatar para a gestante/parturiente e puérpera: liberdade de opção e participação; o direito de escolher como e onde quer ter seu bebê; a individualidade da parturiente para sentir-se segura; a presença de um acompanhante de sua escolha no pré-parto, sala de parto e pós-parto; ter o contato imediato com seu filho, estimulando o aleitamento materno o mais precoce possível4, 5.
Por isso, cada vez mais as escolas médicas têm focado em estratégias que propiciem aos seus estudantes conhecimento, bem como habilidades básicas para a prática.
JUSTIFICATIVA
Toda área necessita de constante aprimoramento e novas idéias para um melhor funcionamento no setor, sendo na pesquisa, aperfeiçoamento do manuseio dos materiais didáticos investidos pela instituição, aulas e organização dos materiais de apoio para os alunos, docentes e residentes.
Além dos aspectos de contribuição objetiva à formação do aluno, destacam aquelas sobre o âmbito profissional de sua formação como futuro médico, à sua formação cientifica e à sua formação pedagógica. Como contribuição institucional, espera-se que os resultados do trabalho desenvolvido pela monitoria possam servir como indicadores tanto para as atividades assistenciais do setor de obstetrícia quanto para os hospitais da Fundação Padre Albino, subsidiando aspectos pedagógicos dos alunos do Curso de Medicina e do Programa de Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia.
Assim, o Laboratório de Habilidades auxiliará na Disciplina da Saúde da Mulher e da Criança possibilitando ao estudante a aquisição de diversas habilidades essenciais para que possam atuar nesta área. Portanto, será vivenciada de forma objetiva e prática a assistência ao trabalho de parto e ao período expulsivo, tanto no
parto cefálico como no pélvico, abordando as principais manobras utilizadas nas distócias e na recepção do recém-nascido.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROJETO DE MONITORIA
Como objetivo principal capacitar os alunos do internato para atuarem como monitores de alunos do 3º e 4º ano de medicina, a fim de que os mesmos desenvolvam habilidades e competências relativas ao nascimento humanizado e recepção do recém-nascido na sala de parto, através da simulação de atividades no Laboratório de Habilidades em Emergências Médicas (LAHEM).
O LAHEM deverá ajudar na mudança de postura do aluno quanto à segurança com que executa as ações médicas, como na condução do trabalho de parto e favorecer um resultado positivo dessa nova ferramenta de ensino-aprendizagem. Espera-se que haja uma produtiva exploração da interface entre aluno, orientadora e instituição havendo sinergismo e benefícios para todos, considerando os objetivos acadêmicos e os objetivos institucionais.
Como objetivo secundário: contribuir com a formação do aluno fornecendo-lhe a oportunidade de trabalhar e aprender os aspectos assistenciais de ensino e de pesquisa em um dos campos de ação da obstetrícia, propiciando posteriormente oportunidade para a publicação dos resultados.
DESENVOLVIMENTO
O projeto numa primeira fase (experiência) será realizado na categoria de monitoria voluntária e, posteriormente, em 2019, caso se mostre produtivo, poderá ser solicitada a categoria monitoria oficial, mas sem bolsa de M.A. haja vista que os alunos do internato não podem usufruir desse benefício.
CASUÍSTICA E MÉTODOS
O Projeto de monitoria será realizado em duas etapas (1 e 2). Na primeira etapa os monitores serão capacitados pela docente responsável, para o correto manuseio do simulador de maternidade e nascimento neonatal (NOELLE S550), esta etapa será realizada no período matutino durante o mês de agosto de 2018.
A segunda etapa consistirá no desenvolvimento da monitoria propriamente dita, na qual os monitores auxiliarão na transmissão dos conhecimentos para os alunos do 3º e 4º do Curso de Medicina do Centro Universitário Padre Albino, a fim de sanar todas as dúvidas e desenvolver as habilidades em relação ao exame ginecológico, a condução do trabalho de parto, suas complicações e a recepção do recém nascido.
As aulas da monitoria serão ministradas durante o segundo semestre as quartas e quintas-feiras, das 8:00 as 10:00 horas da manhã, para o 3º e 4º ano, respectivamente, com carga horária total de 64 horas, e serão coordenadas pela docente responsável com 2 monitores sendo transmitida para um grupo de 7 a 8 alunos. Em 2019 a monitoria será realizada no primeiro e segundo trimestre.
ATRIBUIÇÕES DO MONITOR
1. Analisar e discutir junto ao docente responsável o planejamento e execução das aulas de monitoria;
2. Participar de reuniões de formação, planejamento, pesquisa e atividades metodológicas;
3. Acompanhar os projetos selecionados, dinamizando o contato entre os estudantes e docente responsável;
4. Participar nas atividades de formação voltadas à analise das práticas de ensino na monitoria em Ginecologia e Obstetrícia, bem como das oficinas técnicas do uso dos instrumentos de simulação de parto;
5. Realizar atividades de difusão de conhecimentos e metodologias desenvolvidas.
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos do 3º e 4º ano do curso de Medicina será pautada tanto pela parte teórica, quanto pela prática. A parte teórica será avaliada através das aulas ministradas pela docente responsável da monitoria de Ginecologia e Obstetrícia; na parte prática serão utilizados os cenários e o simulador NOELLE S550. A avaliação prática de desempenho para os alunos de medicina por meio do uso de pacientes simulados na forma de um teste objetivo foi descrita na literatura por Harden, Stevenson, Downie & Wilson. Este teste chamado Exame Clínico Objetivo e Estruturado, conhecido pela sigla inglesa OSCE (Objective Structured
Examination). O OSCE consiste num conjunto de estações cujo número varia dependendo das habilidades a serem examinadas. Cada estação consiste num conjunto de tarefas a serem realizadas individualmente pelos alunos num tempo determinado. Nas estações têm um avaliador que verifica as tarefas realizadas pelo aluno numa lista (checklist). São aferidos durante esta avaliação: o cognitivo (conhecimento), o psicomotor (habilidades) e o afetivo (atitude). Por fim, a nota obtida é utilizada e aplicada para a formulação da média final do aluno. A nota final será obtida pela seguinte fórmula:
Na = Nt x 6 + Np x 4 10
Na = nota do aluno Nt = nota teórica Np = nota prática Sem custo operacional.
RESULTADOS
Espera-se ampliação do repertório metodológico e dos recursos utilizados nas práticas de ensino no desenvolvimento de novas habilidades relativas ao uso do simulador de parto NOELLE S550.
REFERÊNCIAS
1. Pezzi L, Pessanha Neto S. O Laboratório de Habilidades na Formação Médica. Cadernos ABEM. vol.4, outubro 2008.
2. Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução n.4, CNE/CES de 7 de novembro de 2001. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em medicina. Diário Oficial da União. Brasília, 9 nov. 2001; Seção 1, p. 38. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Medicina.
3. Silva SS. Laboratório de habilidades no ensino médico. In: Marins JJN, Rego S, Lampert JB, Araújo JGC. (Orgs). Educação médica em transformação: instrumentos para a construção de novas realidades. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: ABEM; 2004. p. 62-96.
4. Faria DGS. Embrião de Centro de Parto Normal Fundamentado na Experiência de Formação de Enfermeiros Obstetras. Tese de Doutorado, 2015.
5. Bettina UTZ, Theresa Kana, Nynke van den Broek. Practical aspects of setting up obstetric skills laboratories – A literature review and proposed model. Journal homepage: www.elsevier.com/midw Sloam DA, Donnelly MB, Schwartz RW, Strodel WE. The objective structured clinical examination: the new gold standard for evaluating postgraduate clinical performance. Ann. Surg. 1995 Dec; 22(6): 735-42.
