UNTyERSTDADB DE
Évona.
MEsTRADo
EM
nvrrnvnxçÃo
sócto-oncaxzacloNAl,
NA
seÚor
Curso ministrado e,m parceria com a Escola §uperior de
Tenologia
da §aúde{s
risboa
(DR
-
tr
Série n".250 de 29 deOuüúro
de 2002)Área ae especialização em
Políticas de Administração e Gestâo de Serviços de Saúde
CONTRIBUTOS
PARA
A
ANÁIISE
DA
QUALIDADE
ORGAhIIZACIONAL
DE T]M
DEPARTAMENTO
CLÍNICO
DE
TJMA
INSTITIIIÇÃO
DESPORTTVA
Dissertação de Meshado apresentada pon
Miguel
Pena Gomes
Almeida Pinto
Orientador:
Professor Doutor Carlos Alberto da Silva
Évora
Janeiro
2008rrNrvERsrDADE
DE
Évona.
MESTRADO EM
mrfnvnxçÃO
SÓCIO-OnCaNZaUOI'.IAL
Na
SaÚos
Curso ministado e,m parceria com a Escola §uperior de
Tecnolqia
da §aúde de I'lsboa(DR
-
tr
Série, n".250 de 29 de Outubro de2002)
Área ae espcialização e,m
Políticas de Administração e GestÍlo de Serviços de Saúde
CONTRIBUTOS
PARA
A ANÁLISE
DA
QUALIDADE
ORGANIZACIONAL
DE
T]M
DEPARTAMENTO
CLÍNICO
DE
IIMA
INSTITTIIÇÃO
DESPORTTVA
Dissertação de Mestrado apresentada
pr:
Miguel
Pena Gomes
Ameida
Pinto
Orientador:
Professor Dorúor Carlos Alberto da Silva
w
\lI
I
6
r,l
"40
§-Évora
Cmi6'6g§paaaAúálise daQualidade OrgEizaci@tdeuBDepataEÊoloClfoico.le @Ioúi@D€qodiva
Agradecimentos
O
meuprimeiro
agradecimentovai
pra
o
meu orientador,o
ProfessorDoúor
Carlos Alfogf,to da Silva que, com a sua sabedoriqdisponibiüdade,frrrleza
e dedicaçãome
condnziu
e
orie,lrtoq
incoraavelmente,afrav&
destalonga
caminhada, tornandopossível a ralizaq,ão deste
tabalho.
Aos
meus
colegasde
MesEadoe a
todos
os
docentes desteMestado,
em especiat à colega e amiga Ana Rosalina Martins Fernandes.Aos
meus
colegasde
profissão
6
amigos que
direta
ou
indirectamente me apoiaram esuportwam,
amavelmente, a minha ausência eindispnibilidade
em termo§ pessoais e profissionais.Um
especial agradecimentoa todos
aquelesque contibuíram com os
seu§ltestemnnhos e a sua experiência e que tornaram possível arealizaqão deste estudo.
Quero ainda deixar
expÍesso
o
agradecimentoà
Direçâo da
InstituiçãoDesportiva que
permitiu
e autorizoua
rcalizaçÃo destetabalho.
Semo
seucontibuto
estetabalho
não teria sido possível.A
todaminha
Família Ao
meupai e
à minha mãeplo
seu constante apoio, àmiúa
tia
Manuela pela ajuda e compreensão. Em especial, ao meufilho
Guilherme e àminha mulher CaÍina pela forma oomo me apoiaram e, sobretudo, petra falta de tempo e atenção a que os zubmeti.
A
todos eles o meu grande e sincero,MLIITO OBRIGADO!!!
Mguel Pinto
Uesaô tm fmrea#o SócioorEEiai@l m S8údê
Uaimirhds rtoÉvore apaeia cmBSTe§L
CoúÍih6faaAdtiserraQuatirradeOre@izaci@aldsmDePú@ÚC.lfoioo demln§iui@Dsseqüt'a
Índice Geral
Abstraet
Capítuto
I
-
ReferênciasTeóricas
1.2 Conceito de Qualidade 10
t6
16 182t
1.3 Qualidade em Saride1.6 Quatidade na Saúde em Portugal
-O
Trajecto Português. 1.6.1 Algrrmas Estruturas Importantes no Desenvolvimento daQualidade em Portugal.... 23
I .6.2 Algrms Procedimentos Importrntes no Dese,lrvolvime'nto da Qualidade na Saúde em Portugal
1.6.3
MoniQuOr
CS Portugal1.7 Almportância da Qualidade nos Serviços de Saúde
1.7.
I
ImportÍincia Para os Utentes...I .7 .2
lmprtância
Para osColahradores
I .7.3 ImportÍlncia na Reduçâo dos Custos-... -.
-1.8 OrganizÂçilo e Prestação de Cuidados de Satrde 1.9 Acções Para a Mudança..
1.4 Evolução do Conceito de Qualidade nos Serviços de Saúde. 1.5 Conceito de Qualidade dos Serviços de Saúde
1.10 .Sistema de
tuiio
da Qualidade1.1
I
International StandaÍdization Organization (ISO) I . 12
Qualidade em Fisioterapia... -.l.l3
Benchmarking na Saude1.14
Benchmarking e FisioteraPia1.15
Padrões deHtica
e,m Fisioterapia2s 29
3r
32 32 33 36 36 384t
43 45 46 47 MiguelPintoMEúndo @ Iúqmçflo Sócb0rB!Íiai@t B §oidg Uoimddadsde Ém m gsiam E§TeSL
Comtsi6sgaaAnálise rlaQualidadsGgroizaci@al &unD€D6mÉú qtoicodeumalnndfui@Oepqtivz
2.
GestãoOrganizacional
z.LDrgarrizÂúes
(.deSaude)
"""50
2.z}rgani?:rqões de
Saúde...
"""""""""'51
2.3 Processo deGestâío
"""""""'52
2.3.1
Planeamento2.3.2
Organi?Âqão2.3.3
Liderança2.3.4
Contolo.,
3.
Caracterizaçâo do
Contexto doEstudo
"""""""""""'57
3.1
CaràctartzÂqÃoda In§tituiçãoDesportiva:..-...-...
"""""""""57
3.2oFutebol
deFormação
""""58
3.3 O DepartamentoClínico...
""""""""""'65
Canítulo
II
-Metodoloeia
do Estudo1.
Metodologia
do ü! 691.1
ConsideraçõesPreliminares
""""""""'69
1.2
Problemática doEstudo...
""""""""'70
1.3
Pertinência doEstudo.
"""'70
1.4
Paradigma doEstudo.
""""72
1.5
Unidade deAnálise
""""""73
1.6
Pergunta dePartida.
"""""'74
1.7
Objectivos
""""74
1.7.1 ObjectivoGqa1...
"""""""""75
1.7.2 ObjectivosEspecíficos..--.-...--.-..
"""""""""75
1.8
Questões Orielrtadoms daInvestigação
""""""""'75
t.g
Instrumento de RecolhadeDados..
""'76
1.10
SelecsoeCarwtennqÃodosEntrevistados...-...""" """""79
1.11
DefiniçâodoModetodeAnálise
""""'80
53 54 55 56 Mieuel Pintofúegado o ttsvuÉo Sóciaorgmiai@l m Stúds
Uaimidade d8Ém @EEig m
CúibúospaaaAnálise.laQuâtidaíto Orplzacioat demDepatmeú Cltoioo rleItII}aIrúi9ãoDwtila
Canítulo
m
-
AnáIise
da
Oualidade
Orsanizacional
do DepaÉamento CHnico
daInstituicão
Dsnortiva
87
2.ZPlanode
Actividades
""""""91
95 98
Capítulo
fV-
ConsideracõesFinais
e Recomendações87
2.3 Recursos ...,
3.
Direitos
dosUtilizadores
f-i-iol
1.
Nota
2.
Consideraçõe Finais
130 132 Miguel Pintolrecado m Imervernâo S@ÍEEiãi@l m S8tdo Univseidsdo dEÉm o gwia m
Cmibdor na'a a ndtise rra Qualidade Orgmiza§i@t de um DeDÚ@Ê[b Clfoico rle m In§iEiÉo Dqqtiva
t43
143 145 153 Anexos Miguel PintoUesraao o IrstmÉo SódGOÍ8Ei4i@l !â Sdrde
unimiOade dêÉrcÍa €m pareis com F§TeSL
cúibúosparaaAúlissd,aQualidadeoreúizoi@ldoumDa6'íngnbclhioode rFIffii@espÚtit,a
Índice
de
Quadros
Quadro
1-Exemplo
de problemas comaqualidadenos
serviços de
saúde....
""""'35
Quadro
2
-C-anrrÚsrrzaqçdosinformantes-chave....'."
"""""'85
Quadro
3-
Analogia da caregoria: Organizarfio eGestão""
"""""""""""
87Quadro
4-
Analogia da categoria: Direitos dosUtilizadores...
...98Quadro
S-
Analogi ada
eategoia: Promoção daSaúde"
"""'
101Quadro
6-
Analogia à caÍegoria Prestação de Cuidados....
.---...104Quadro
7-
Analogia à categoria: FormaçãoConffnua
"""""112
Quadro
E-
Analogia à categoria:Instalações--.-.."""""
""""'
l
16Quadro
9-
Analogia à dime,nsão/calegoria: Sugestões deMeIhoriu..."""""""""'122
Quadro
10-
Areas organizacionais a necessitar de melhoriassignificativas da
qualidade
"""""""'127
Quadro
lf
-
Areas organizacionais a necessitar de melhoriasdaqualidade
"""""""""'128
euadro
12-
Áreas organizacionais com boaquatidade
...128Índice
de
Figuras
Figura
l-Modelo
deDeming
"""""""'11
Figura
2-
Aimportânciadaqualidade nos serrriços desaúde.
-...31Frgura
3-
Organigrarna daáreade formaçÍio da in§tituição desportiva...-...64Flgura
4-
Esboço da planta do edtficio onde se situa o departamento clínico.-..-...65X'igura 5
-
Equilíbrio para obtenção daqualidade
""""""""""
131Miguel Finto
lvrãado o llrwm*ao §ócio0rgniai@l E SeídB
Unimirhde dsÉm€il PúEh o@ ESTeSL
comtsfrúosgaa,cÍáti§s.laQualirtadsorgmizacimt ds unDsFtmffi clfoioo delEaln'lÍuiçãoryqtiw
AATS
APF APS ARSAVS
CNA
DC DGSDR
ECDEFQM
EUA
IAF
ID
troc
INE
INSA
IPAC
IPQ IQS§o
Siglas
e
Abreüaturas
Agênciade Avaliação de Tecnologas da Saúde
Associação Portuguesa de Fisioterapia Associação Portuguma da Qualidade
AdminisrAão
Regional de Saúde Acide,rfie Vascular CerebralComissão Nacional de Acreditação Departamento
Clínico
Direcção Geral de Saude
Diário
daRepúblicaExames Complementares de Diagnóstico
Ew opean F ourúatton
Íor
Qnlity
Management Estados Unidos da AméricaInternatioral
Acr e ditation Fórum Instituição DesportivaIndependent
Internúional
Or gartizationfor
Certifi
cationInstituto Nacional de Estaffstica
tnstituto Nacional de Saúde
fh,
Ricardo JorgeInstituto Português de Acreditação
InstiüÍo
Porhrguês da QualidadeInstituto daQualidade e,m Saúde
International Standardization Or ganization
Ktng's Fund
Health
Swlity
SystemMS
OCDEoMs
ONA
ONU
PAC'SQAA
Ministério
da Saúde&igúizflção
par:a acooperação e o Deseirvolvimento Económico OrganizaçãoMundial
de Saúde(WHO)
Organismo Nacional de Acreditação Organi?Âqãa.las Nações Unidas Pedidos de Acção Correctiva
Quality As srtrance AgencY KFHQS
MonieuOr
Monitorização da Quatidade Orgalri"Âcional dos Cemtros de SaúdeMiguel Pinto
fr{ãado em Icsvo*eo Sócb0ÍEúiãitml B Saide
unúwndade rte Ércn q Pmig cú BSTe§'
cúiho§raâAoáIise rraQoalirradeorpizacioat demDep|'mrroofoioodenmalníihi@Dewqül,a SAD SGS.ICS
SMA
SNS SPQ SWOTTQM
UNICEF
WCPT
wHo
Sociedade Anónima DesPortiva
Sociedade Geml de Suprintendência
-
International Certification Services Secretariado para a ModemizaçãoAdminisrativa
Sistema Nacional de Saúde Sisteina Portugrês da Quatidade
Forças e Fraquezas, Ameaças e Oportunidades
Total Quality Management (Grxítãa da Qualidade Total)
Fnndo das Nações Unidas
püaalnfância
World Confeder ation
for
P lry sical Ther apyWorld Heahh Organizatioa (OMS)
Pinto Àdectmdo @ Unimidade IüstmÉo §@ÍBeoiãroml B Ssúd€ rb Ém tm pcwiq cú F.ST€SL
D(
CONTRIBUTOS
PARA
e
aNÁUSE DA QUALIDADE
ORGAIT{ZACIONAL
DE
UM DEPARTAMENTO CLÍNICO
DEUMA
INSTITI.IIÇÃO
DESPORTTVAResumo
Esüe estudo tem como objectivo analisar e descrerrer a qualidade organizacional
de
,m
departamentoclínico de
uma instituição
desportiva,na
perspectivados
seusprofissionais
de
saride.Nele se
contempla
a
psrce,pçãoque
estesprofissionais
(l
médico,
2
enfermeirose
4
fisioterapeutas)têm
do
fimcionamento
e
da
qualidade organizacionaldo
seu serviço, quaisas
"fueas orgAnizaciotais" com melhor
e pior
qualidade, bem como as suas opiniões e sugestões com vista a
optimiuÍ
essa qualidade e, corNiequentemente, a melhorar a pnestação de cuidados de saúde.para conduzir
o
estudo,
optou-sepor
una
metodologia
qualitativa do
tipo
"estudo de caso",sendo um trabalho desc:ritivo de carácter exploratório'
Foram efectuadas €ntevistas semi-estruturadas aos
7
informantes-chave, após o que se procedeu ao ssutaÍamento,
segundo uma análise de conteúdocategorial-Feita
a
catngoizaiao
dos teste,munhos,foram
iderúificadas as áreas depior
emelhor qualidade organizacional.
Apesar de os entevistados pertencerem a grupos profissionais diferentes,
a
sua percepçãorevelou haver
tma
convergênciade
ideias
no
quese refere
à
qualidadeorganizacional do departamento em que se inserem'
No presente estudo,
foi pssível
czrractsúzanoprfil
daqualidade organizacionaldo
departamentoclfuico
da in§tituiçãodesprtivq
na
óptica dos seus profissionais desaúde.
Considerações
Finais:
aperce$o
dos profissionais de saúdepde
e deve serusada como
1m
indicador adicional da qualidade organizacional dos serviços de saúde.para melhorar
essa qualidade,os
profissionais
de
saírde deve,mser
e,lrcorajados a participar na gestiio dopróprio
serviçoe
serenvolüdos
na elaboraçãodo
seu plano de actividades e na definição dos seus objectivos organizacionais.patavras-Chave:
Qualidade em Saúde; Qualidade Organizacional; Percepção da Qualidade, Instituição DesPortivaMiguel Pinto
!Íãado @ IdflE[so §ffirgE uful B súlÊ
Unimirfade doÉmem Pusia mE§Te§L
CoNTRIBUTIONS TO
AN
ANALYSIS OX'ORGANIZATIONAL
QUALITY
OT
A CLInIICAL DEPARTMENT TROM A
SPORTINSTMUTION
Abstract
The
aim
of this
essayis
to
analyse and describethe
organizationalquality
of
açlinical departuent
in a
sports
institution,
basedon the
perspectiveof
the
healthprofessionals who
work
there.We
discussedthe prce,ption
these professionals(1
doctor,
2
nursesand
4physiotherapists) have
of
the firnctioning and organizational qualityof
theirwork,
whatare
the
'oorganizaional areas"with
best andworst
quality, aswell
astheir
opinions and suggestionsthat might help
improve
úis
service and, consequently,úe
health
care services provided.To
help conduct the study, we have optedfor
a case study approach, since this was awork
of descriptive nature andwith
an exploratory side.Seven semi-structured
interviews were
doneto
key-informants and previouslyteated with
a categoricalanalysis-After the
testimonies' treafuent
was
done,
the
areasof
worst
and
bestorganization quality were identifi
ed-In
spiteof
belonging to dlffere,lrt professional groups, the professionals enquiredrevealed
a
oonvergenceof
ideasin
u/hat
concenrsithe
organizationalquality
of
the departuent they belong to.It
was alsopossibte
with
the presentstudn
to
assess the organizationalquality
profile of
the
clinical
departmentof this
sportsinstitution,
basedon the
views of
its
health professionals.
Final
Considerations:
The health professional's views can andúould
be usedas an additional indicator of the organizational quality of the health services.
To
improve
this
quatity,
the
heatth
professionalsmust
be
e,lrcouragedto
participate
on
úe
managementof
their own
worl«,as
well
as
be involved on
theelaboration of
their
oumactiúty
plan and on the definition of their organizational goals.Kelvords:
Quafityin
Health; Organizational Quality; Quatity Percepüon; Sport Institution.Miguel Pinto
Meorado em InmmÉo SódooÍBÊúi4i@l B Setdg
Uuimirhrfo de Évm @ PúEi8 @gITeSL
c@iMspraaAnáliso d,aQualirlade otgmizaci@sl deümDer@@ clfoico demalnúi@oespotim
Introdução
O presente estudo
foi
desenvolüdo no período de Fevereiro de 2006 aMaio
de ZOOT,no âmbitoda
áÍ19a, de especialização em Políticas de Adminisüação e Gestão deServiços de Saúde do Mesüado em InÍervenção Sócio-Organizacional na Saúde, cuÍso
ministrado pela
Universidade
de
Evora
em
parceria
com
a
Escola Superior
deTecnologia
da
Saúde de Lisboa(DR
-
II
Série, no. 250 de 29 deOuüúro
de 2002) eintitula-se
-
"Confiibutos para
a
Análise
da
Qtralidade Organizacional
de
umDepartamento Clínico de uma Instituição
Desportiva"-A
qualidadedos
serniçosde
saúde assume, actualmente,lltrla
preponderânciamúto
elevadaa
nível dos
diversos sectores(político,
económico,social
e
mesmo desportivo), comrespnsabilidades
acrescidas na consfiução de uma sociedade que §equer
cadavez
melhor,
com
maisjustiça
social
e
melhor partição dos
recursos.A
qualidade dos serviços de saúde tem
tamHm
sido posta em causapelosúilizadores
dosserviços
guê,
ao
tomarem-se
cada
vez
mais
esclarecidos
e
exigenteso
sessnssflsasializam dos problemas que afectam
a
qualidade doscúdados de
saúde quelhes são prestados,
tanto a nível público como privado,
sendo estauma
das grandesconquistas da última década
Os profissionais de saúde surgem, então, como os grandes obreiros da
*arte"
de conseguir qualidade, pelo que as novas formas de pensar as organizações e os servigos de saúde têm de colocar os seus recursos humanos como a base de suste,ntabilidade dedesenvolvimento
da
pópria
oryaniza$o.
No
centro
destabase
enconitram:se osprofissionais, avaliados segundo a sua competênciq formação, motivação,
polivalência
responsabilidade, capacidade detabalho
e,m equipa e a constituição da suapópria
rede de relações(Zorriúo
et a1.,2003).Mas
seé
verdade que nosultimos
anos houve umamelhoria significativa
naqualidade
dos
cuidados
de
saúde, sobretudoquando se reshinge
a
proposição àscomponentes técnicas dos cuidados prestados pelos profissionais de saúde, confirmada pelos utentes quando questionados
em
inquéritosde
satisfação,o
me§mo não se pode dizer quando se e,lrtra nas áreas organizacionais ou da resposta dos serviços de saúde em áreas não directamente ligadas aos cúdados (Sequeira,2005)'A
r1g,1tizarflodo
presente üabalhojustifica-se em
firnçãoda dificuldade
de seavaliar a qualidade da prestação de cúdados. Consoante as características específicas de
I
Miguel Pinto
!úesmdom fmsvqão Sócicorgmiai@l m Saids
CúibÚsptraaAúlise tfaQuatidsds Oredizs§i@aldslmDeDEt@eotoClfoico dtm rngit'i@Despqtiva
cada serniço
,
a
avahacÃoda
qualidade apresenta-se comoum
pÍoce§so e)(Eemamente complexo que e§tá relacionado amúltiplos
factores.Em
fimção
dessadificuldade existem
poucos métodos
e
modelos para
aavaliação da qualidade organizacional de serrriços, sendo importante o desenvolvimeÚo de esfudos que prolrcnham novas formas
6"
análisee
avaliaqÁo da qualidade'O
proble,ma idelrtificado e a sua pertinência foram tomandoforma
ao longo daminha actividade
enquanto fisioterapeuta
do
departamentoclínico
da
instituiçãodesportiva
onde se realizou
o
estudo.O
interessepelo
tema
surgeatavés
de
umareflexão
pessoalminha
queo estandoa
exeÍcer
firnçõesno
departame,lrtoclínico
emca,sa
considero pertinentecoúecer a
opiniâo
e
envolvimento dos
profissionais desaúde
que
diariamenteüabalham comigo na
prestaçãode
cuidadosde
saridea
estapopulação específica
de
desportistasque
pretendem ingressarno
mundo
da
altacompetição.
Os
resultados
deste estudo poderão
serviÍ
de
incentivo,
quer
para
osprofissionais que
com@m
a equipa médica, que,I paÍa que os gestores de topo possamsgportar algtrmas das sqas
deisões
de gestão organizacional, no sentido de optimizar o firncioname,nto e a prestação de cuidados do departamento clínico da instituição.Assrm, considerei pertinente a elaboraçilo deste estudo porque:
Em primeiro
lugar,ahrda
uma rlas te,maticas do planocurricular
do mesüado, amplamente debatida relacionada com as poHticas de qualidade e práticas de inovação da gestão dos serviços de saúde;Foca
a
problemática
da
qualidadedos
serviçosde
saúde relacionadacom
aorganzaqáo e gestão dos próprios
serviçog
sendo a sua finalidade analisar como está organizadoo
departamentoclínico
em cau§a, a partir da percepção dos profissionais de saúde que nele exeÍsem fimções;Como
já
foi
referido,
considero pertinente conhecera opinião e
envolvimentodos profissionais
de
saúde, que diariamente úabalhamno
departamentoclínico
destainstituição
relativamenteà
qualidadeorganiucional, com
o
intuito de
programar edesenvolveÍ soluções alternativas para a sua melhoria e optimização.
Finalme,nte, lnna investigação
ta fua
da qualidade organizacional dos serviçosde
saúde encontraa
suajustificação
no
contibuto que
pode
dar
para
um
melhor conhecimento empírico da realidade portugrres4 sobre e§te tema,num
contextomuito
específico em que
foi
realizado este estudo.2
Miguel Pinto
llesrado m ltormção SóciooÍgEiei@t m SEúdo
CffiifuospúaaÀnáiserraQmlidadeOremi2g§imatdomD€Dút@É[ oClfoicodemalffiiçEo»sputiw
Como cada caso é um caso e as vaÍiações entre serviços nunca deixam de existir, seja qual
for
o seu enquadmmento, este estudo revela-se importante, no serÚido em queanalisa
a
qualidade organizacional deum
serviçomuito
particular, com objectivos
elinhas de actuação
múto
específicos não deixando,no
e,lrtanto, deter
a promogão da saúde e a prevenção da doença«)mo
linhas orientadoras eshatégicas.Com o objectivo de melhor
coúecer
esta problemrática, optei pela realização derrm
tabalho
de investigação sobrea
qualidade organizacional deste serviçode
saúde apoiando-me, Ircrum
lado, em algumas teorias disponíveis Que focamo
problema' porouto,
em tabalhos
empíÍicos realizados
nesta
áreae,
1rcrfim,
nos
teste,munhosexpressos pelos profissionais de saúde do departamento clínico da instituição desportiva
asÉÍ1;3
do
modo como
te,msido
conduzido
o
pÍocessode
organizaçãoe
gestão dodepartamento,
dando
o\rot'
aos
actores
organizacionaispara que
estes
pudessemexpressar as suas opiniões sobre a forma como te,m sido gerido o seu próprio serviço. Neste contexto, paraargprtizac$o deste estudo
foi
formuladaa
seguinte pergunta de partida: Quat a percepção dos profissionais de saúde de uma instituição desportivaquanto ao fimcionamelrto e qualidade organizacional do seu Departamenüo Qlínico? Por outras palanras, constituem objectivos do
estúo
conhecer: a percepç,ão que os profissionais de saúde de uma instituição desportiva têm relativamenteà
qualidadeorganizacional
do
seu departamentoclínico;
as áreas organizacionais oom melhores epioresatibúosdequalidade,consideradaspelosp'rofissionaisdesaúde;operfilda
qualidade organizacional
do
DepartamentoClínico
destainstituição desportivq
aopinião dos profissionais de saúde sobre aspectos que poderiam melhorar no se,lÚido de
optimizar o funcionamelrto do departamento clínico da instituição desportiva; e por
fim,
apresentar
uma
proposta
de
um
plano de
intervenção sócio-organizacionalpara
odepartamento clínico desta instituição desportiva
Assin1, este
tabalho
segue uma metodologiaqralitaÍiva
dotipo
eshrdo de caso,que
se
1;agiasts:tzapoÍ
s€rum
estudo descritivo,de
carácterexploratório
que procuradescrever e classificar os dados,
e
interpretar os resultados sem qualquer possibilidade de interferir ou m6difrcar arealidade tal como esta seaprese,lrta-Descritivo
na
medida
em
que
"(...)
o
investigadornão
pretendemodificar
a situaç!ío, mas compreendê-latal
como ela é. Para isso apoia-se nrrtna oodescrição grossa"(thick
descripüon),isto
é, factual,lit€ral,
siste,mática e tanto quanto possível completa do seu objecto de estudo" (Ponte, 1994).3
Migurl Pinto
uegado m ltsvmÉão Sócioorgmiaiml m Saúds
coúibríosgaaAdlisedaQuatilarte{hgmizacimalrlemDert@ÉÚbcltoiso& .mrn{itniÉoDesputiva
O canácter exploratório do estudo pode-se entende,r no sentido em que visa mais chegar a hipóteses do que
paÍtiÍ
delas. Ou seja, os e,nteüstados sâo questionados, como intgito
deidentificar
:áreas depior
emelhor
qualidade organizacional e de procurarsugestões paÍa
amelhoria
da qualidade organizacionalno
departame,nto com todos os seus intervenientes e respeitando os seu§i condicionalismos.Optei, entâio,
por
estrutumr o prese,lrte estudo em quatro capíttrlos e da seguinteforma:
No
Capítulo
I
são apresentadasas
referências teóricasque darão
suporte aoestudo desenvolvido. São analisadas diversas perspectivas
e
concepções relacionadascom
a
qualidade;
com
o
conceito
de
qualidade;
qualidadedos
senriçosde
saúde;qualidade organizacional; sistemas
de
gest2ücde
orgaoizaçõese
serviçosde
saúde; caracteizacfia do contqrto doestudo-A
metodologra do estudocon*itui
o Capítulotr
onde sãoahrdados
os seguintes te,mas:a
problemáticae
pertinênciado
estudo,o
paradigmado
estudo,a
unidade deanálise,
os
objectivos
e
questões orientadorasda
investigação,bem
como todos
osprocedimentos realizados no decorrer do estudo.
O Capítúo Itr
é integralmente constituídopla
earactenzaqÃo dosinformantes-chave e pela análi5s dos seus testemunhos.
No
Capítulo
[V
apresentoas
consideraçõesfinais
e
recomendações ondesistematizo
os
resultadosda
informação recolhida
e
E)Íesentoalgumas
sugestões,realçando uma sugestão de
umplano
de intervenção sÓcio-organizacional.MguelPinto 4
Ir,Írúado6
Unimfulade
fnawçSo Sócioorgmiaisml m Ssido
CmibÚoe r'aaAúlbe daQoalidadeOreEizacimldsrmDegtmruoCltoioo del[tralÍúi9âoD€§pútiva
Capítulo
I
-
Referências Teórica§
Miguel Pitrto
fúesado m lrsraçao SódcorEEiaful B S8údg Univernidade dsÉm cm Pcqiaom EST€§
CffiibmspÚ'aaAúlisodaQmlirradeOgmizaciorat demDepamrnbClfoicodetmahsúihi@De§pqtiva
1.
Qualidade
1.1
Evolução
do Conceito de Qualidade
Nos primórdios da Humanidade, qualidade podia significar situações tâo simples
como
húitação
segura,úundância de
alimentos, águapotável,
ou
organização emgrupos
com intuitos
contra
os encontos
indesejadoscom os
predadores (Sequeira,2005).
No
entanto, o significado de qualidade e as difere, tes formas de a atingirforam-se modificando ao longo do te,mpo com a evolução do conhecimento, das er<pectativas, percepções e exigências do Homem.
A
ci'yilizaqÃaedpciq
loutizaÃa
jrmto às rnargens do rioNilo,
tornou-se célebrepelas sgas imponentes consúuções arqútectónicas de onde sobressaem as conhecidas
pirâmides
de
Gizé.
Esüaciülização
desenvolveuainda uma pÚspera
actiüdadeagrícol1
acÂcr-a pescq a pastorícia e o comércio (Sequeira, 2005).Na
ciülização
gl;ega (séc.Mtr
r
C.),
as actividades desenvolvidas estavam relacionadas com a agriculfura, a pecufuia, a exüacção mineira eo
comércio marítimo.A
civilização
rornana desenvolveu aagricultrra,
o comércio, a pecuária eo
artesanato,rras a
característica quemelhor
a
define
é
a
sua capacidade beüca-O
povo
chinês desenvolveu de tat modo a agricultura que conseguia garantir a zubsistência de grandes massas htrmanas,e
os artesãos
tecelõesaÍingiram trm
nível
artístico
muito
elevado(Villalobos,
1998; cit. por Sequeirq2005)-Com
a
primeira revolução
industial
Géc.
)§/II[)
a
máquina
a
vapor
éintroduzida no meio
lúoÍal
e a força muscular humana e animal é zubstituída pela força mecânica, surgindo a produção emgrmde
escala e a difirsão do uso das máquinas. Este avançopermitiu
um rápido crescimento da indús'tria e levou a uma nova organização dorabalho.
Para responder às necessidades que foram surgindo com a revoluçÍio indusEial, Taylor
já
no séc.)OL
com a separação das taÍefas de planeamento e controlo das tarefas de execução, obteve grandes resultados principalmelrte ao nível da produtiüdade @ires, 2000).À
gestão ciendfica dos processos de trabalho, com Íscurso ao estudo de tempos emovimentos'tomo
meio de analisar e padronizar as actividades detabalho" (Morgarl
1996:32),numa lógtca
de
"one bestwoy",devia
associar-se o treino do üabalhador para fazero
seutabalho
deforma
eficiente, assim como uma fiscalização atempadado
seu 6MiguelPinto
ÀÁeslmdo mltrterva|go SóciGoÍEúiei@l m Saids Uaimirtade do Ém m gwia m ESTeS
CffiibmspaaAdtise daQmlidade Ore@izrimaldemDepatmrotoCltoio dellm Instit"iÉoDesDÚtitra
tabalho
com
o
fim
de
garantiÍuma
adequada execuçãodo
mesmoe a
obtenção dosresútados previamente fixados. Deste modo, toda a responsúiüdade da organização do
tabalho
eratansferida
pam o gestoÍ,rstando
para o operacional a tarefa de execução."Tudo
aquilo
que deve ser pensado éfeito
por
gerentes eplaneúores,
deixando tudo aquilo que deve ser executadopcra
os empregados" (Morgan, 1996:33).O
baixo poder de compra e a enonne escassez de bens completavamo
quadroem que
a
ênfase era colocadamais
na
quantidadedo
quena
qualidade.O
risco
dotabalho
mal feito
foi
particutarmente evidenciado durante aI
GusrÍaMundial
em que asfalhas em
serviços dos equipamentos miütaresfoi
atibuída
ao facto
dos prodÚosserem fornecidos
fora
das especificações.A
solução paÍeceu ser a de criar a primeira esignificativa
actividadeda fimção
qualidade-
os
inspectores. Surge assima
eÍa dainspecç,ão.
Aos inspctores
cabia
a
responsabilidadede
assegurarque os
prodÚos estivessem de acordo com as especificações, não se,lrdo ainda consideradas relevantes a investigação das causas e as acções correctivas (Pires,2000)'No
períodoente
as duas grandes guerras as aplicações estatísticasà
qualidaderevelaram-se
como
essenciais.E
a
eru
do contolo
estadsticoda
qualidade (Garvin,1993).
A
constatação
fimdamental
de
que
qualquer
processo
prodÚivo
induzvariabilidade
nas característicasda
qualidade(Banlq
1992)e
que
estas seguem leisestatísticas conhecidas
permitiu controlar
os
pÍocessosde
produção recorrendo
atécnicas
estaffsticascomo
o
Controlo
Estatístico
do
Processoe
Contolo
por
Amosfiagem.
Muito
do
conteúdo das actuaisnoÍnas
decontolo
por
amosfiagemfoi
desenvolvido naquela época e
o rxlo
generatizaÃo das técnicas estatísticas te,m sido um dosprincipais
factores paÍao
sucesso de qualquer progmma de melhoria da qualidade(Pires,2000).
A tr
GuerraMrmdial
veio
evidenciarotrfio
tip
de
situaçõescomo a
falta
deconüolo
da conce,pção que conduzia a especificações incompletas, o uso de tecnologiase
materiais
não provadose os
desüos
à
nomalidade
dos processosque
levavam àobtenção
de produtos
oom característicasmúto
póximas
dos
limites
inferiores
dasespecificações.
Nos
anos sessent4com
o
estabelecime,nto de grandes investimentos (nuclear,petroquímico,
de
defesa
e
de
oçloração
do
espaço),
houve
a
necessidade deinstitucionalizar a
garantia da qualidadepor
exigência dos grandes compradores sobre os seus fornecedores. Sgrge, assim, a era da garantia da qualidade.MiguelPinto 7
ME§sdo €m
Urimidado
IÉãYEçso SóciÊOrguiatual m Saids
CoúihúosE'aaAúlise rr,aQualidade Ore@izacimaldeumDspúmÚClfoi§o demarnstitoitEo»eqstim
Apesar
do
começoda
garantiada
qualidade estar ligadoa
áreasvitais, a
sua extensÍioa
orúras indúsEias de produçãoem
séÍie, destas aos seus fomecedorese
dasindúsüias aos serviços privados e públicos tem
vindo,
progressivamente, ainte'nsificar-se
e a
diversificar-se
à
medida
que os
processosse tornam
mais
complexos,
os consumidores mais exigentes e a competitividade maior.Na
década de noventao surgeo
modelo "service
Profit
Clain'
(desenvolvido porHesket!
Sasser e Schelessinger), que leva em conta a especificidade dos serviços.A
sua ideiacenfial
é simples: a qualidade deve servista
de forma dual, e neste contexto surgemos
conceitos de qualidade externae
qualidadeintema
Este modelo retoma aabordagem sistémica
do
conceito
de
organização,
úG
é
formulado
de
forma
independe,lrte §ascimemto, 2000).
A
qualidade exteÍnado
senriço não é maisdo
que a incorporação da óptica docliente na oferta de serviços e na gestão dos seus programas de qualidade; é a adopção
da filosofia
do
marketing,
que
considera
as
necessidadesdos clientes
actuais
epotenciais
como
o
ponto
fimdamenÍafde partida
na
oferta
do
serviço §ascimento,
2000).
A
qgalidadeintema
remetepara
conceitos
clássicosda
gestãode
recursoshumanos.
A
incorporaçãodas
necessidadesdos
trabalhadoresno
modelo
global
degestão
é
assumidaoomo
um
objectivo
fimdamentale
está profirndamenteligado
aquestões
de
rentabilidade,
quer pela
via
dos
custos,
quer pela
via
do
mercado§ascimento,
2000).O
seu conjunto
representao
primeiro modelo integral
e
operacional
quecontempla
a
visão
sistémicada
orgadzacso,e
onde sâo
assumidas explicitamenterelações
cooperativas/conflituais
e,ntre provedores
e
recipie'ntes
de
serviços§ascimento,
2000).Neste contexto, segundo Pires
(2000)
e
Garvin
(1993),o
dese,lrvolvimento daqualidade pode ser esque,maticamente resumido na seguinte sequência: f
.
inspecção-
actividade de mediação, comparação e verificaçÍio;2.
contolo da
qualidade
actividades
que
se
cenham
na
monitorização,nomeadamente na análise dos
dewios
e reposição dos parâmetros dos processos nas condições desejadas;3.
garantia da qualidade-
actividades planeadas e siste,máticas que de umaforma
integrada pode'm garantir que a qualidade desejada está a ser alcançada;8
Miguel Pinto
uesadoem lcsraÉo Sóci+Orgmiar@l m S@ido
Cffiih'*6r5pdaaÂnáliserraQuatirladeOreúiuci@al.le mDcpútmeü Cltuico deumalnstini@Despotita
4.
gestão da qualidade-
actividades coincidentescoü
as da garantia ums em que é enfattzaÁaa integração na gestiioglobal daorganiza$o;
5.
qualidade total-
cultura de empresa cÀpaz de assegurar a satisfação dos clientes (Pires, 2000;Gawitt,
1993).Na
erada
$obalizaqÃo, da economia e da competitividade c,adavez maior
emtodos os
segmentosdo
mercado, as empÍesas que quiserem sobrevivercom
suoesso deverão adoptarum
modelo de gestão queprivilige
as práticas que agregamvalor
aocliente e optimizem o seupróprio dese,mpe,nho (Mezomo,2001).
A
qualidade em saúdeé um
conceito que surge posteriormente,induzido
pelos processos produtivos ligadosà
indusüialiução
e à produção em massa que seiniciou
com a revolução indusEial, como
já
foi
referido.Miguel Pinto
À[esado €m lÍ!6mdo Sócio{)ÍB@ieioml B SeldE
Unimidads ds Ércm m prqia m E§Ie§
CffiibúospúaaAnálissdraQualidadeOrgmiucionaldemI)eghentoClfoico{e mlncnni@De§pdtiva
1.2
Conceito
de
Qualidade
A
palavra qualidade derivado
étimo,
qrnlitate
(la[),
e
designa cadauma
das propriedadesou
carasteres, naturaisou
adquiridos, que caracterizam a§i pessoͧe
as coisas e pelas quais se distinguem das oufias. Poroufio
lado, numa segrmda acepção dapalavra qualidade, esta é uma das categorias fundamenais que indicam a maneira de ser
(qualis
esÍ)
de um indivíduo
como
eleme,nto diferenciadorda
sua essência,da
sua quididade(quid
est),isto é, o que uma coisa é e,m si(AAW,
2000).As
preocupaçõescom
a
qualidade desde
sempreexistiram,
sendo
mesmoconsiderada
uma
característicada rrtfirem
humana
Estas prreocupaçõesjá
eramsentidas, aquando
da
produção
de
ferramentaspara
a
satisfaçãodas
necessidadesindividuais (PiÍes, 2000;
cit
porCoúinho,
2003).Para
Taguchi (1986),
a
qualidadede
trm
produto
ou
serviço
corresponde aomínimo
de perda que o prodrúo ou serviço confere à sociedade apartir
do momento emque esse mesmo produto ou serviço é expedido ou pÍestado (Dale and Kooper, 1992).
Na
perspectivade
Bank
(1992),
a
qtralidadeé um
princípio
firndamental nas organizações quetem
a
força
deuma ideia
incomparável, havendo necessidadede
a encarar como um princípio básico estratégico de gestão (Bank,1992)-As
discussõesem torno da
qualidadee
como
consegui-laadquiriram
marorrelevância
nos
últimos
100
anos,mercê
da pressão exercida sobreouüos ramos
daactividade económica
mundial
pmaanecessidade da melhoria contínua da qualidade naobtençâo de produtos e serviços como meio de
atingiÍ
a satisfação do clie,lrte.Tal
foi
o caso daindúsfia,
iárea onde emergiram nomes como Deming, Jurane
Crosby que setomaram referê,ncias em todas as outras áreas de actividade,
inçluindo
a da saúde, pela importância de que ainda hoje se revestem os modelos por eles criados e implementadosparaamelhoria
contínua da qualidade e a gestão da qualidade total, com fortes reflexosem todas as áÍeas da actividade económica e social a nível mundial (Sequeira, 2005). Deming (1986), mostra que
o
cliente é a parte mais importante do processo. oolqualidade deverá ser
atingida
às necessidades presentes efinwas
do consumidor'.
Omesmo
autor
realçaque,
a
qualidadereqlrcr
aperfeiçoamentocontínuo
em
todas
aspartes e em todos os processos dentro
da
oryanização. Para além do mars, sustenta quenão
basüater
consumidores satisfeitos,é
necessário seduzi-los.Se
estes estiverem merame, rte satisfeitos, podem fazer os seus negócios e,m qualquer outro lugar. Contudo,MiguelPinto
À,íBüado o ItrlflBÉo Sócio-orBEiei@l m SEúd8 Univemidads rb Érm o gsia m ESTeS
Cúi}n1pspúaaAoáIisertaQualiüdeOrgeiacimaldsunDepútmÊúClfoiods ÍâIn. ilui@De§pütftra
se estiverem sedrnidos, não só p€rmanecerão
fiéis,
como fransmitirão aoutos
o valor
dos serviços prestados por determinada
oÍgafizaúo.
Para Deming, a qualidade é
a"reàtção
nas variações" como firndamentoparaa
contínua
e
permane,ntemelhoria
Esteaúor
não
aceitaa
o'ausêrrciade fufeitos"
deCrosby, porque
a
consideraum
ideal
inatingível. Para ele,
qualidadesó pode
serdefinida em termos de agente, sendo este o
juiz
damesma (Mezomo, 2001).O modelo de W.
Blward
Deming
que se designa oom o nome do autor,Modelo
de Deming, desafia a abordagem do modelo
tadicional
e propõe umaouta
cujo pontode partida são as necessidades e expectaÍivas dos consumidores tendo em vista melhorar
a qualidade. Este modelo apreselrta-se da seguinte forma:
Figura
1-Modelo
de Deming(Adaptado de Al-Assaf A.F., Schmele, J.4., 1993).Melhoria da Qualidade
+
Aumento da Produtividade+
Redução de Custost
Redução de Preços+
Mais empregos e melhor recuperação do investimento
Deming,
no
seutabalho
sobre a gestão e qualidadedefiniu
os seguintes pontos de abordagem à qualidadetotal
§eves,
2000; Pires, 2000):1.
Ser constante eresolúo
na melhoria dos produtos e serviços;2.
Adoptar a novafilosofia;
3.
Não
dependerda
inspecçiio
em
massae
exigir
inclusão
de
provasestatísticas de qualidade nas fimç5ss de
fúricação
e aquisição;4.
Não decidir negócios apenas na base do preço;5.
Descobrirproblemas;6.
Instituir
métodos modernos de treino no trabalho;Mguel Pinto
À[€úado @ IdsaEsto SôciootgúiEi@l m SoidE Uoiwrsidads.íB Ém o pqqia m ESToS
CffiosparaaAdlise &Qualidade Ore@izaci@al demDÊpatmÍf,lo Clfoioo de maIo$ihi@Oespqttm
7.
Estabelecer novasi formas dedirigir
os trabalhadores na pÍodução;8.
Afastar o medo, para que denfio da empresatodos sejam eficientes;9.
Quebrar as barreiras enEe os departame,lrtos;10.
Eliminm
metas numéricas, Slogans, exoÍtações e objectivos de produçiio paÍa os trabalhadores, pois amaioria
dos problemas de qualidade estâo relacionados com os pÍocessos e sisteruts criadospor
gestores esituam-se para além do poder dos empregados;
ll.Eliminar
padrõesde tabalho
que prescÍevem quotÍui ntimericas, tanto para os trabalhadores como para os gestores;12. Abrrr a avaliação de execução e a gestão por objectivos;
13.
InstituiÍ
um vigoroso prograllra de educação e de formação em exercício;Estnrturar o
nível
superior da gestão, de modo a fornecer-lhe o poder necessfuio para conseguir levar a cabo os F)ntos anteriores.Segundo Juran, qualidade é a*adequação ao ttso" (de um produto ou serviço) e
tem duas dimensões: a
primeira
seÍá operfil
doptodúo
ou serviço que deve,lrí atender às necessidades do cliente e a segunda será a ausência de defeitos. Por ouüas palavras, quatidade éooconformidade e satisfação" do clienteMezomo,2001).
Joseph Juran,
foi
um autorqug
nad&adade
50, ficou bastante conhecido após apublicação do seu
lirno
que fazia referência à qualidade('QwW
Control HondbooÊ').Este
aúor
dese,lrvolveuo
seu conceito
sobre
a
"Gestão
perÍaa
qualidade
total"
enumerando os seguintes pontos
§eves,2000):
1.
Criar
consciência da necessidade e oportunidade de modo a melhorar a qualidade;2.
Estabelecer metas para o aperfeiçoamento contínuo;3.
ConsEuir
uma
organizaçâocujo
objectivo seja
o
de
atingÍ
metas,estúelece,ndo
um
conselho
de
qualidade, ide,ntificando
proble,mas, seleccionando um projecto, indicando equipas e escolhendo auxiliares;4.
Possibilitar a formaçÍio continua em exercício;5.
Completar projectos para resolver problemas;6.
Dar informação sobre o projecto;7.
Moshar reconhecimento;8.
Comunicar resultados;9.
Manter um registo dos êxitos;Miguel Pinto
lvtedmdo mlústmE8o §ôciooÍgaúlei@ltr soido
Univenidado ds Évora m Fsia m EllToS
Cdi56spõa a Aúlise d,a Qualidade Ore@izadual dE ml)eparmeolo Clhioo.lo .m In§tihiÉo l)optrrtiv?
l0.Incorporar
as melhoÍias
anuaisnos
sisternase
processos regulares da empre§a.O
mesmo autoré
tamHm
referido
pela"triologid'
quedefiniu
emtoÍno
dos processos básicos relacionados coma
qualidade,contole
de qualidadee
melhoria da qualidade.Triologia
de Juran:-Planeamento (actividade
de
desenvolvimentodo
produto
e
processo paraatinú
as necessidades do consumidor)-Melhoria
(aumento do nível das performances)-Controlo
(medida das
actuais
performances, comparaçãocom outros
eactuação em difere,nça)
Para
Crosby, qualidade
significa
"conformidade
com
os
requisitos"
e
não 'obondflde"oto'elegitncicl",
sendo estes, conceitos subjectivos que confirndem mais doque esclarecem. Crosby relaciona
a
qualidadea
um
standaÍd"e
um
standaÍd significaoo
ausência de defeitos" (Mezomo, 200 I ).
Philip B.
Crosby, que define a qualidade«)mo "a
conformidade dosreqúsitos",
considerq
num
dos seuslivros
intitulado
"Let's
talk
quality"
(1989)que,
"a
melhoria da qualidade não se iniciapwa
redwir
os custos, maspüa
súisfazer
as necessidades dos clientes e melhorar a condição da companhía"§eves,
2000).Crosby enumera seis factores como cnrciais para a gestão da qualidade (citadas
por Pires, 2000):
-
Qualidade significa conformidade e não elegância;-
Não existemproble,mas daqualidade;-
Não existe uma economia de qualidade(nível
económico da quatidade);os
custos são
sempremais
reduzidos quandonão
há
necessidade derepetiq
-
A
unica medida de desempenho é o custo de qualidade;-
O unico padrão de desempenho é quando não existem defeitos;-
Aqualidadenãotemcustos.
Miguel Pinto Messdo@
úrimidadsIcoraçeo SócicorgEiai@I
m Süds
dsÉmmpamhmBiTeS
CffiihtospúaaArrilisedaQElidadsOrgEizaci@tdemD€ftmÊobClhisode aalnstitniÉoDeslutiva
O
conceito de qualidadefoi
inicialmentedefinido
em relação às característicasfisicas
deum
produto, depoisà
adequação desse produto à utilizaçao pretendida pelo consumidor,psteriormente
ao melhor custo e, porfim,
à aptidão doprodúo
ou senriço para satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas (Direcção Geral de Saúde, 1997).Num
contexto de produçãoou de
senriços,a
qualidade podedefinir-se
oomosendo
a
prioridade que
o
respectivo
sistema garante aosprodúos ou
serviços quefornece/presta, como resposta efectiva às necessidades expressas do cüente/uteirte com
um custo
mínimo.
Esta é a perspectiva orientada para o utente, imposta pelos mercados abertos e fortemente competitivos.É
a concepção da qualidade própria da metodologiaTotal
Qtnlity
Management
(TQM,
que em
português
se
designapor
Gestão daQualidade
Total
(Secretariado paÍrL a ModernizaçãoAdminisüativa
*
SMAs
1994,cit.
por
Freire,200l).
A
este respeito,
Pires (2002)
defende
que
"a
qualifude está
a
ganhor,definitivamente,
o
estatuto
de
disciplina
do
conhecimentotécnico científico.
É
odomínio do
*abalho.
Não mais uma actividade de entusiastas. Agarontia
da qualidadetornou-se,
hoje,
umotoreÍa complexa
Tanto mais complexa quantoos
consurnidorespodem entender a qualídade de maneiras diferentes" (Pires, 2002:19).
Pam Ferreira (1991), quando hrá discordâncias estas reduzem-se
normalmeúe
àrelevância dos
tipos ou
das dimensões da qualidade. Existe uma interacção completaentre
definir
qualidade,medi-la e
estabelecer critérios para os determinados níveis dequalidade.
No
entanto,
mais
importante
que definir
qualidadeé
apresentar algunsconceitos que
possamajudar
a
defini-la
no
seu
próprio
ambientee
condições detrabalho. Assrm, são apresentadas várias definições/dimensões de qualidade, segundo o
mesmo
aúor:
Transcendente
característica
inerente
e
imensrrável
da
qualidade; reconhecemo-la quando a vemos;Baseada no
prodúo
-
variáveis mensuráveis e precisas que se identificam com a qualidade de um produto;Baseada no
úilizador
-
pe,rspectiva idiossincnática e pessoal da qualidade e runa das mais subjectivas;Baseada na constnrcão
-
a qualidade é determinada pela procura de um prodtrto; se asi Í)essoas o querem é porque é bom;Baseada
no valor
-
envolve
qualidadee
preço. Pode usar qualqueruma
das medidas acima descritas, ma^s compaÍa-as oom o custo do prodr*o.MguelPinto
M€íaÍado @ ItrtfrE#o SócioolEpdaiml m Saido
Unimirlade de Érm @ pmis @D E{iTeS
Cffii6i6ospúaaAdlise rraQualidade Ogruizaclcmal deumDepdtusf,bClfuico rteualnúiçãoDespqtiva
Não
existe,nem
poderáexistir
uma definição unica
para qualidade podendoencontrar-se na literatuÍa várias definições. De facto, qualidade é um excelente exemplo de
gm
conceito que necessita de clarificação. Sendoem
si
'mâ palavraneutr,
pode significar coisas difere,lrtes parapessoas diferentes, mesmonavida quotidiana
O que para uns pode representar qualidadq para outros pode corresponder a uma
situação
inapropriada
No
entanto,de um modo
geral,
oobom"tem uma
conotaçãopositiva, sendo que ooboa qualidade" é, habitualmente, reconhecida por todos, embora a mesÍna possa
difeÍir de
indivíduo
paraindivíduo,
de,pendendodo
momento,lugar
e situação."O
conceito de quatidadesignifica
assim utnoml*teira
deencarar
o
trabalho
que
valoriza
osprodutos,
os seniços e
os
pessoas.É
um
estadade
espírito,
umamaneira de
perxar, de agtr, de educw
e
de
ver
o papel
decistvo
do lnmem
ra
interacçdo
pessoal
e
com
os
objecttvos. Adnitindo
que
traballur
é
crior
nos
§ttasmúltiplas
formas, parece legítimo
quea
buscade
soluções verdadeíras efuncionais
passe
por
urn esforço contímto defazer
bern, d.e conseguir o melhor, defufi'nir
o que ébom
e agir
em conformida&.
A
qualidade
não
é,
pois, um
tnero
exercício
desobrevivência E, sobretudo, um
estdo
fu
espírito,a
únicaforma
aceitável deviver
os negócios, umaverdadeirafilosofia
de gestão" (Sequeira 2005:41).Definir
qralidade,
nos
seusimais
variados aspectos,não
é
uma
tarefa fár;il.
Existem várias
perspectivassobre
qualidade
e
sobretudoalguma dificuldade
emtransferir
modelos normalmenteaplicados
em,otganinqões
quevisam
o
lucro,
para instituições públicas de canácternão lucraüvo qomo a saúde.Mguel Pinto
Ir'fBtmô €m lúsrm*o SôciooryÊíiei@l m §súdo
Uaimidads rfe Évm m prqiaomESTeS
Cffiúos púa a Adlise íla Qualidado Orgpüizaoimal de um Drytmmto Clfoioo 6s m r*riluiÉo D*pútútla
13
Qualidade
em Saúde
À
medida que
o
conceito
de
qualidade
foi
evoluindo
verificou-se que
asinstituições de saúde
"fúricam"
diariamente um produto muitodificil
de concretizar. Estas instituições não possuemum
prodúo
concreto sdsfinido
para colocar nomercado
e
não
têm
a
possibilidadede
'fúricat'' a
caÃadia
o
seuserviço, com
os mesmos níveis de qualidade do dia anterior.O processo produtivo nem sempÍe tem um desenvolvimento
visível
e na maioriados
casosé
o
doente/úente quem define
a
qualidadedo
'lroduto
fabricado".
E§taquestlio
dificulta
o
conhecimentodos erros
existentesno
'opÍocessode fabrico"
econdiciona
o
controle
sobreo
resultadofinal
quevai
serutilizado pelo
doente/utente.Em
muitos
cÍtsos,e
apesar da particrpaçãoconjtlrÍa ente
ainstituição
e o
cliente nofabrico do serviço, é sobre a instituição que
rrcai
oFso
da garantia do êxito.Na
saúde,a
gestltoda
qualidadetotal
pode
serdefinida como
sendoum
pÍocessode
dirigu
a organizaqÃaafavés
da participaçãoe
colaboração dos membros detodos os
níveis e departamentos, de forma a melhorar a qualidade não só dos seus serviços mas também das suas actividades e dos seus produtos.1.4
Evolução do Conceito
de
Qualidade
nos
Semiços de Saúde
Os
primeiros
estudos sobre a qualidade em saride foram,muito
provavelmente, levados a cabo pelos Íomanos que, ao quetudo
indica, terão efeçtuado registos sobre a eficiência dos seus hospitais miütares.No
entanto, os antecdentes documentados que se relacionam com o tema da qualidade dos cuidados de saúde remontam ao séc.XVIIL
quando
John Howard
e
Elisabeth
Fry
descreverama
qualidade
em
cúdados
de enfermage,m prestados aos doentes.Em
1950, Florence Nightingale estudou as taxas demortalidade dos hospitais
militares
durante a guerra da Crimeia einfoduziu
melhorias mediante a evolução das condições de higiene,diminuindo
assimataxade
mortalidadeente
os soldados que recebiem cúdados diferenciados de enfermagem (Sale, 1998).De
acordo como referido
por Reiset
al
(1990), e,mbora haja relatos históricosreveladores da existência de mecanismos de avaliação dos actos médicos e dos serviços
de saúde desde
o
séc.XVI,
o
uso docontrolo
estatístico e da avaliaçãocielrtífica
dosMiguel Pinto
MesÍado @ Istq!í4o Sócioorgmiaiml m Saide
Urimidade ds Évm o Fceria m E§TeS
Cdi6'6sp6'aaAúliserlaQmlirlarbOrgpizacimaldemDepatmtúCfttrioode reItrfti@nesputim
cúdados
médicos desenvolveu-se lentamente,llÍrla
vez
quenão
era considerado umasipecto essencial para a prática da medicina @eis et al, 1990; Cataçq2002).
Surgem ainda oufias referências ern Íelação à qualidade na Saude durante
o
séc.X\fltr
eno
Sec.XDL
mas te,m sido sobretudo durante as ultimas décadas queo
tema tem sido mais frequentementeúordado
e desenvolvido.Em
1910, sobos
auspícios da Fundaçáo"Cmrugie"
foi púlicado
o
relatório"Flexner"
que denunciouo
estado lamentável dos hospitais americanos.Na
sequência desse relatóriofoi
elaborado um estudo sobre a eficiê,lrcia desses mesmos hospitais ondeé,
pela primeira
vea
prcpostoo
uso de
uma metodologia de avaliaçãodo
estado desaúde
dos
pacientesque permitia
estabeleceros
rwtrltados
finais
das
intervenções médicas inúa-hospitalares (Antunes, I 991).Segundo
Sale
(1998),
a
maior parte da
investigaçãosobre
a
qualidade
decuidados
tem sido
levada
a
cabonos
EUA
e
Calradá-Os primeiros
estudos sobrequalidade dos cuidados de enfermagsm nos
EUA
foramno início
dos anos 50, mas a pesquisaem
toÍno
da
avaliaçãoda
qualidadesó
começoualgus
anos depois Gom o aparecimento de ferram.entas e instnrmentos demedid4
desenvolvidospor
enfermeirase investigadores de ouüos camllos profissionais.
Em
1951é
o;iadapelosEUA
e
Camdárrma Comissão Conjunta de Acreditaçãode
Hospitais som
o
objectivo
de estimularo
dese,lrvolvimento técnico-administrativodos
hospitais.
A
criação
destaComissão favoreceu
o
rápido
desenvolvimento
de indicadores, padrões e critérios para o conúrolo da qualidade, se,ndointoduzido
o termooogarantia
da qualidade" na assistência médico-hospitalar
já
em 1980(Caa*q2002).
Ainda em
1958, nosEUA,
as companhias de seguros procumÍam eÍrcontrar umanoflna
que avaliasse a qualidade dos cuidados em fimção do pessoal. Parao
efeito
foi
desenvolvido um método pela
fha
FayeAMelhah,
que associava onível
de recursos àmedição da qualidade dos cuidados num grande hospital (Sale, 1998).
Nas
décadasde 60
e 70
foram
conduzidas
investigaçõessobre
a
práticadeficiente, especialmente em grandes instituições de doentes psiquiátricos. Outra forma
de faz.q auditoria
da
qualidadefoi
afiavésde
inspecções regulares efectuadas pelasinstituições
académicasou de
acreditaçãoda
formação:
os National
Boards
paraenfermeiros
e
os Royal
Colleges para médicos pós-graduados.Ambos pÍomovem
asboas
púticas
etêm
apssibilidade
deretirar
idoneidade para formação a organismosoficiais, se os mestnos se mosfrarem insatisfatórios (Sale,
1998)-Miguel Pinto
M€úado em IúEvEçâo Sóoio{rgmianmt m Saúdo
Urimiaado ds Érmo prqism E§TeS