• Nenhum resultado encontrado

Comunicação escrita dos profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Comunicação escrita dos profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte"

Copied!
135
0
0

Texto

(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM CURSO DE DOUTORADO. COMUNICAÇÃO ESCRITA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM HOSPITAIS PÚBLICOS DO RIO GRANDE DO NORTE. KISNA YASMIN ANDRADE ALVES. NATAL/RN 2017.

(2) KISNA YASMIN ANDRADE ALVES. COMUNICAÇÃO ESCRITA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM HOSPITAIS PÚBLICOS DO RIO GRANDE DO NORTE. Tese apresentada ao Programa de Pósgraduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para obtenção do título de doutor em Enfermagem. Área de Concentração: atenção a saúde.. Enfermagem. na. Linha de Pesquisa: Desenvolvimento tecnológico em saúde e enfermagem. Orientadora: Profa. Dra. Viviane Euzébia Pereira Santos. NATAL/RN 2017.

(3)

(4) COMUNICAÇÃO ESCRITA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM HOSPITAIS PÚBLICOS DO RIO GRANDE DO NORTE Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Enfermagem. Aprovada em: 31 de agosto de 2017. PRESIDENTE DA BANCA. ___________________________________________________________________________ Profa. Dra. Viviane Euzébia Pereira Santos (Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN) BANCA EXAMINADORA. ___________________________________________________________________________ Profa. Dra. Viviane Euzébia Pereira Santos (Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN). ___________________________________________________________________________ Profa. Dra. Elizabeth Barichello (Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM). Profa. Dra. Francis Solange Vieira Tourinho (Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC). ___________________________________________________________________________ Prof. Dr. Marcos Antonio Ferreira Junior (Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN). __________________________________________________________________ Prof. Dra. Marise Reis de Freitas (Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN).

(5) Aos meus queridos pais, pelo amor e cuidado incondicional. Não tenho palavras para expressar a minha gratidão em tê-los em minha vida. Essa conquista é especialmente para vocês! Amo-os sem limite de tempo e intensidade!.

(6) AGRADECIMENTOS Em todas as minhas conquistas tive, além de uma força maior – Deus – que me conduziu e fortaleceu, o apoio de várias pessoas que com os seus modos diferentes de ser, em tempos diversos, distantes ou próximas, contribuíram com o meu desejo de querer, mais e mais, alcançar os objetivos traçados. No doutorado não foi diferente. Por considerá-lo uma “arte”, onde tive que ressignificar saberes para o alcance de um produto final pessoal, social, acadêmico e profissional – ser doutora -, concordo com Nietzsche quando diz que “a essência de toda arte bela, de toda grande arte, é a gratidão" . Nesse momento, mesmo ciente de que as palavras não demonstram fidedignamente os meus sentimentos, quero agradecer a todos que participaram, direta ou indiretamente, da concretização desse sonho, especialmente: Aos meus pais, Luiz e Antônia, por tanto cuidado, compreensão e envolvimento nos momentos da minha vida. Sem dúvida, essa conquista não existiria sem vocês. Não sei como expressar tamanha gratidão... Ao meu esposo, amigo e companheiro, Assis. A sua presença me fortaleceu/fortalece a cada dia. Obrigada por tudo isso. Essa conquista também é sua. Te amo! Aos meus irmãos queridos, Eid e Rálfio, por todo carinho, força e paciência. Vocês, mesmo sem saber, trazem leveza a minha vida. Amo-os sem medida! Às minhas cunhadas lindas, Aline e Flaviana, pelas palavras de carinho e conforto. Todas elas estão guardadas em meu coração. Amo-as demais! A toda a minha família, em especial, aos meus tios Manú e Diassis, sogros Aniceto e Almirene e cunhado João Paulo pela força e torcida desde sempre. Às amigas Edna (mamis), Aline e Deca pelas palavras de conforto e orações. À minha orientadora Profa. Dra. Viviane Euzébia Pereira Santos. Agradeço o acolhimento desde o mestrado, a compreensão, os ensinamentos e, acima de tudo, por acreditar em mim. Muito obrigada! Às amigas Pétala e Cris pelos conhecimentos compartilhados, carinho e paciência. Vocês participaram dessa história. Aos membros do grupo LABTEC por todo apreço e aprendizagem, em especial, Manaces, Flávia, Andrea, Lhana, Fernanda, Soraia, Lílian, Cecília, Mayara, Micheline e Yole..

(7) Aos anjos que cuidaram/cuidam de mim, em especial, a Núbia e Rafael. Vocês fizeram parte dessa história! Aos usuários e profissionais do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, Hospital Universitário Onofre Lopes e Hospital Central Coronel Pedro Germano por permitirem a concretização deste estudo, bem como acreditarem que ele pode colaborar com o cuidado seguro. Minha eterna gratidão. À banca de qualificação – professores. Dr. Marcos Antonio Ferreira Júnior, Dra. Marise Reis de Freitas e Dra. Elizabeth Barichello – e de defesa pelas valiosas contribuições. Muito obrigada! À família ESUFRN por instigar a minha qualificação, bem como entender os momentos de ausência. Sou muito feliz em pertencer a essa equipe. Aos meus queridos discentes pela torcida e aprendizado. Vocês fortalecem o meu desejo em adquirir novos conhecimentos, bem como adaptar os já existentes. Obrigada por permitirem fazer parte das suas histórias. Aos colegas da turma do doutorado 2015.1 por todos os momentos e saberes partilhados. Vocês são especiais e desejo muito sucesso pessoal, acadêmico e profissional. A todos os professores e demais integrantes do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte pelos conhecimentos e por colaborar com a concretização deste sonho..

(8) Comunicação escrita dos profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte. 2017. 134 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2017.. RESUMO. A comunicação escrita é uma ferramenta que contribui com a redução de danos ao paciente, uma vez que possibilita a unificação dos registros da equipe multidisciplinar e a continuidade da assistência. Diante disso, este estudo objetiva analisar a comunicação escrita dos profissionais de saúde em hospitais públicos do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Trata de um estudo transversal que se baseia nas recomendações da Organização Mundial de Saúde, quanto a construção “Record review of current in-patients”. Seguiram-se as etapas: 1) construção da Scoping review; 2) seleção e treinamento dos examinadores de registros; 3) testagem dos procedimentos de avaliação do registro (estudo piloto); e 4) desenvolvimento da revisão de registros. A coleta de dados nos prontuários ocorreu no período de outubro a dezembro de 2016, em três hospitais públicos de Natal, nos setores de enfermarias de clínica médica e cirúrgica. Foram incluídos na amostra os pacientes internados há pelo menos 10 dias. Os dados foram organizados por meio de um pacote estatístico e analisados de forma descritiva, por meio de frequência absoluta e relativa e Diagrama de Pareto. O estudo segue os preceitos éticos estabelecidos pela Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados destacaram que o conteúdo da comunicação escrita compreende os elementos comuns aos registros – identificação do paciente e profissional, letras legíveis, uso de siglas e abreviaturas padronizadas, ausência de rasura e início dos escritos com data e hora – e elementos específicos a cada categoria profissional. A partir da revisão de prontuários evidenciou-se os principais dados em não conformidades: 1) identificação do paciente (cabeçalhos) - data de nascimento e filiação na identificação do paciente; 2) evoluções médicas - aspectos do exame físico, antecedentes pessoais e familiares, hábitos e condições de moradia do paciente, intercorrências, resultados laboratoriais e de imagem nas evoluções médicas; 3) anotações do técnico de enfermagem - hábitos de vida, presença de alergia, identificação do acompanhante, uso de medicamento quanto ao tipo, condições gerais acerca da atitude, humor, locomoção e coloração da pele, estado nutricional e orientações ao paciente/acompanhante nas anotações do técnico de enfermagem; 4) controles essenciais – unidade de medida após o sinal vital; 5) anotações do enfermeiro - identificação do acompanhante, coloração da pele, eliminações quanto à consistência, odor e coloração;.

(9) orientação do paciente/acompanhante; aspectos sobre exame físico, hábitos de vida e presença de alergias; 6) elementos comuns da comunicação escrita – letras legíveis, início dos registros com hora e uso de abreviaturas; e 7) identificação profissional – categoria e número no conselho de classe. Conclui-se que a comunicação escrita dos profissionais de saúde, nos três hospitais analisados, apresenta não conformidades nos dados de identificação do paciente e profissional, nos registros admissional e diário tanto de médicos e como da equipe de enfermagem. Assim, ações para a melhoria da comunicação escrita dos profissionais nos hospitais analisados, como também contribuir com as discussões acerca dessa temática são recomendadas para se efetivar a comunicação e o cuidado seguro.. Palavras - chave: Segurança do Paciente. Cultura organizacional. Hospital. Profissional da Saúde. Comunicação. Prontuários..

(10) Written communication of health professionals in public hospitals of Rio Grande do Norte state, Brazil. 2017. 134 f. Project Thesis (Doctoral) – Graduate Program in Nursing, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, Brazil, 2017.. ABSTRACT. Written communication is a tool that contributes to reducing patient harm, since it allows the unification of multidisciplinary team records and continuity of care. As such, this study aims to analyze the written communication of health care professionals in public hospitals in Rio Grande do Norte state, Brazil. This is a cross-sectional study based on the recommendations of the World Health Organization regarding the construction of a “Record review of current in-patients”. It included the following stages: 1) performing a scoping review; 2) selecting and training record examiners; 3) testing record assessment procedures (pilot study); and 4) conducting the record review. Data were collected from medical records in the wards of the medical and surgical clinics in three public hospitals in the city of Natal, between October and December 2016. Patients hospitalized for at least 10 days were included in the sample. The data were organized in a statistical package and analyzed descriptively by absolute and relative frequency and a Pareto chart. The study complied with the ethical principles established by Resolution 466/2012 of the Brazilian National Health Council. The results highlight that written communication includes common elements – information on the patient and medical professional, legible writing, the use of standardized acronyms and abbreviations, lack of erasures, and records initiated with the date and time – and aspects that are specific to each professional category. The main nonconformities identified in the record review were: 1) patient identification (headers) – date of birth and parents’ names in the patient information; 2) progress notes – aspects of the physical examination, personal and family history, patient’s habits and living conditions, complications, lab and imaging results; 3) notes by the nursing technician – lifestyle habits, allergies, companion’s identification information, type of medication used, general health status in terms of behavior, mood, movement ability and skin color, nutritional status and guidance for the patient/companion; 4) essential controls – unit of measurement after vital signs; 5) nurse’s notes - companion’s identification information, skin color, consistency, color and odor of urine/stools, guidance for the patient/companion, aspects of the physical examination, lifestyle habits and allergies; 6) common elements of written communication – legible writing, records initiated with the date and time, use of abbreviations; and 7) medical professional’s information – medical specialty and registration.

(11) number. It was concluded that the written communication of health care professionals in the three hospitals studied exhibits nonconformities in the identification information of patients and professionals in both the admissions and daily records of doctors and nurses. Thus, action is recommended to improve the written communication of staff in the hospitals analyzed and contribute to discussions on the theme, in order to ensure effective communication and safe care.. Keywords:. Patient. Safety.. Organizational. Personnel. Communication. Medical Records.. Culture.. Hospitals. Health.

(12) LISTA DE FIGURAS. Figura 1 - Pilares teóricos da Teoria do Agir Comunicativo, de Jürgen Habermas, Brasil, 2017...................................................................................................................... 25 Figura 2 - Pressupostos da Teoria do Agir Comunicativo e a comunicação entre profissionais de saúde. Brasil, 2017................................................................................ 28. Figura 3 - Etapas da “Record review of current in-patients”. Brasil, 2017.................... 31. Figura 4 - Etapas adaptadas da “Record review of current in-patients”. Brasil, 2017... 32 Figura 5 - Etapas metodológicas da pesquisa “Comunicação escrita entre profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte”. Natal, 2017..... 33. Figura 6 - Elementos do protocolo de pesquisa da Scoping Review. Natal, 2017.......... 37 Figura 7 - Síntese do instrumento de coleta de dados. Natal/RN, 2017......................... 39 Figura 8 - Fluxograma das fases de coleta de dados para seleção da amostra. Natal/RN, 2017................................................................................................................ 48 Figura 9 - Elementos comuns da comunicação escrita dos profissionais....................... 51 Figura 10 - Dados de identificação do paciente para evoluções médicas (n=1.941). Natal/RN, 2017................................................................................................................ 57. Figura 11 - Dados de identificação do paciente das anotações da equipe de enfermagem (n=4.187). Natal/RN, 2017......................................................................... 58. Figura 12 - Dados de identificação do paciente nos registros dos pareceres da medicina, fisioterapia, social, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e nutrição (n=184). Natal/RN, 2017................................................................................................. 59. Figura 13 - Quantitativo de registro médicos por dia durante os dez primeiros dias de internação do paciente (n=1.941). Natal/RN, 2017......................................................... 60. Figura 14 - Evoluções médicas no momento da admissão (n=186). Brasil/RN, 2017... 64. Figura 15 - Evoluções médicas diárias (n=1.755). Brasil/RN, 2017.............................. 65 Figura 16 - Quantitativo de anotações do técnico de enfermagem por turno durante os dez primeiros dias de internação do paciente (n=2.202). Natal/RN, 2017.............. 67. Figura 17 - Anotações do técnico de enfermagem no momento da admissão (n=24). Natal/RN, 2017................................................................................................................ 72 Figura 18 - Anotações diárias do técnico de enfermagem (n=336). Natal/RN, 2017... 73. Figura 19 - Quantitativo de registro dos controles essenciais durante os dez primeiros dias de internação do paciente (n=4.644). Natal/RN, 2017............................................. 75.

(13) Figura 20 - Quantidade de anotações do enfermeiro durante os dez primeiros dias de internação do paciente (n=101). Natal/RN, 2017............................................................ 76 Figura 21 - Anotações admissionais do enfermeiro (n=19). Brasil/RN, 2017................ 81. Figura 22 - Anotações diárias do enfermeiro (n=42). Brasil/RN, 2017......................... 82. Figura 23 - Elementos comuns dos registros dos profissionais de saúde: (A) evoluções médicas, (B) pareceres da medicina, fisioterapia, serviço social, fonoaudiologia, psicologia e nutrição e (C) anotações de enfermagem (n=2.546). Natal/RN, 2017................................................................................................................ 85. Figura 24 - Identificações dos profissionais de saúde nos registros dos pacientes nos 10 primeiros dias de internação (n=6.312). Natal/RN, 2017........................................... 87. Figura 25 - Não conformidades das informações sobre a identificação dos profissionais nas evoluções médicas (n=1.941). Natal/RN, 2017................................... 88. Figura 26 - Não conformidades das informações sobre a identificação dos profissionais da equipe de enfermagem (n=4.187). Natal/RN, 2017.............................. 88. Figura 27 - Identificação profissional dos pareceres da medicina, fisioterapia, serviço social, fonoaudiologia, psicologia e nutrição (n=184). Natal/RN, 2017........................ 89.

(14) LISTA DE QUADROS. Quadro 1 - Critérios de seleção do método a partir das condições do campo de pesquisa. Brasil, 2017...................................................................................................... 30. Quadro 2 – Número de internações nos hospitais analisados e amostra final do estudo. Natal/RN, 2017.................................................................................................... 36. Quadro 3 - Pesquisa para identificar as palavras-chave da Scoping review. Natal/RN, 2017.................................................................................................................................. 38. Quadro 4 - Variáveis comuns aos registros dos profissionais de saúde - evoluções médicas, anotações da equipe de enfermagem e controle essenciais. Natal/RN, 2017... 41 Quadro 5 - Variáveis específicas aos registros dos profissionais de saúde - evoluções médicas, anotações do técnico de enfermagem e enfermeiro e controles essenciais. Natal/RN, 2017................................................................................................................ 42 Quadro 6 - Variáveis específicas dos pareceres do médico, da fisioterapia, da terapia ocupacional, da nutrição, do serviço social, da psicologia, da fonoaudiologia e da comissão do curativo. Natal/RN, 2017............................................................................ 44. Quadro 7 - Amostra final da Scoping Review (N=30). Brasil/RN, 2017........................ 48. Quadro 8 - Ficha técnica de um indicador. Natal/RN, 2017.......................................... 92. Quadro 9 - Taxa de identificação do paciente nos registros dos profissionais de saúde. Natal/RN, 2017................................................................................................................ 93. Quadro 10 - Taxa de legibilidade e compreensão dos registros dos profissionais de saúde. Natal/RN, 2017..................................................................................................... 94 Quadro 11 - Taxa de completude dos registros dos profissionais de saúde. Natal/RN, 2017.................................................................................................................................. 95. Quadro 12 - Taxas de identificação profissional nos registros. Natal/RN, 2017............ 96.

(15) LISTA DE TABELAS. Tabela 1 - Identificação do paciente nos cabeçalhos das evoluções médicas durante os dez dias de internação (n=1.941). Natal/RN, 2017................................................ 55. Tabela 2 - Identificação do paciente nos cabeçalhos das anotações da equipe de enfermagem durante os dez dias de internação (n=4.187). Natal/RN, 2017.................. 55 Tabela 3 - Identificação do paciente nos cabeçalhos dos pareceres da medicina, fisioterapia, serviço social, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e nutrição (n=184). Natal/RN, 2017................................................................................................. 56 Tabela 4 - Análise da composição dos registros admissionais realizados pelos profissionais médicos (n=186). Natal/RN, 2017............................................................. 61. Tabela 5 - Registros médicos diários durante os dez dias de internação do paciente (n=1.755). Natal/RN, 2017............................................................................................. 62 Tabela 6 - Anotações admissionais do técnico de enfermagem quanto ao seu conteúdo (n=24). Natal/RN, 2017.................................................................................. 68. Tabela 7 - Anotações diárias do técnico de enfermagem quanto ao seu conteúdo (n=336). Natal/RN, 2017................................................................................................ 69 Tabela 8 - Anotações admissionais do enfermeiro quanto ao seu conteúdo (n=19). Natal/RN, 2017............................................................................................................... 77. Tabela 9 - Anotações diárias do enfermeiro quanto ao seu conteúdo (n=42). Natal/RN, 2017................................................................................................................ 78.

(16) LISTAS DE ABREVIATURAS. ACR. Análise de Causa Raiz. AHRQ. Agency for Health care Research and Quality. FMEA. Análise do Modo e Efeito da Falha. Proqualis. Centro Colaborador para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente. CFN. Conselho Federal de Nutrição. CFP. Conselho Federal de Psicologia. COFFITO. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. CFFA. Conselho Federal de Fonoaudiologia. COREN. Conselho Regional de Enfermagem. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. CFM. Conselho Federal de Medicina. CINHAL. Cumulative Index to Nursing & Allied Health Literature. DATASUS. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. EBSERH. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. EA. Eventos adversos. HFMEA. Health Failure Mode and Effects Analysis. HCCPG. Hospital Central Coronel Pedro Germano. HMWG. Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. HUOL. Hospital Universitário Onofre Lopes. ISMP. Instituto de Práticas Seguras no Uso de Medicamentos. ICCCO. Identification. of. the. patient. and. clinical. risks,. clinical. history/presentation, clinical status, care plan and outcomes/goals of care PROSPERO. International Prospective Register of Systematic Reviews. PSI. Patient safety indicator. LABTEC. Laboratório de investigação do cuidado, segurança, tecnologias em saúde e em enfermagem. LPP. Lesões por pressão. PUBMED. National Library of Medicine. NSP. Núcleo de Segurança do Paciente.

(17) OMS. Organização Mundial de Saúde. PGENF-UFRN. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. PNSP. Programa Nacional de Segurança do Paciente. RDC. Resolução da Diretoria Colegiada. RCOP. Registro Clínico Orientado por Problemas. SESAP/RN. Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte. SP. Segurança do paciente. SUS. Sistema Único de Saúde. SPSS. Statistical Package for Social Science for Windows. TCLE. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. NH-MDS. The Nursing Handover Minimum Dataset. JBI COnNECT+. The Joanna Briggs Institute COnNECT+. UTI. Unidade de Terapia Intensiva.

(18) SUMÁRIO. 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 17. 1.1 Justificativa................................................................................................................... 20. 2 OBJETIVOS................................................................................................................... 23. 2.1 Objetivo geral............................................................................................................... 23. 2. 2 Objetivos específicos................................................................................................... 23. 3 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................ 24. 3.1 Comunicação à luz da Teoria do Agir Comunicativo de Jürgen Habermas................. 24. 4 REFERENCIAL METODOLÓGICO......................................................................... 29. 4.1 Record review of current in-patients……………………………………………........ 29. 5 MÉTODO....................................................................................................................... 33. 5.1 Caracterização do estudo ............................................................................................. 33. 5.2 Local............................................................................................................................. 34. 5.3 Participantes.................................................................................................................. 35. 5.4 Scoping review.............................................................................................................. 36. 5.5 Instrumento de coleta da pesquisa “comunicação escrita entre profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte, Brasil”.......................................... 39 5.6 Seleção e treinamento dos examinadores de registros (revisores de prontuários) ....... 40. 5.7 Teste e procedimentos de avaliação dos registros: estudo piloto................................. 40. 5.8 Variáveis do estudo....................................................................................................... 41. 5.9 Procedimentos de coleta de dados................................................................................ 44. 5.10 Procedimentos de análise de dados........................................................................... 45. 5.11 Aspectos éticos da pesquisa........................................................................................ 45. 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................................ 47. 7 PROPOSTA DE INDICADOR DE SEGURANÇA DO PACIENTE NA PERSPECTIVA DA COMUNICAÇÃO ESCRITA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE............................................................................................................................... 91. 8 CONCLUSÕES.............................................................................................................. 97. REFERÊNCIAS................................................................................................................ 100. APÊNDICES.................................................................................................................... 110. ANEXOS.......................................................................................................................... 114.

(19) 17. 1 INTRODUÇÃO. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram incidentes relacionadas à assistência em dezenas de milhares de pessoas em todo mundo e que nos países desenvolvidos um em cada 10 pacientes sofram eventos adversos (EA) - riscos de injúrias não intencionais, sem relação com a doença de base - durante seu tratamento (ARMOND, 2016). Ao analisar sobre o cenário dos países em desenvolvimento, os quais enfrentam sucateamento dos setores de saúde, investimentos insatisfatórios em recursos humanos e materiais, acredita-se que as estatísticas acerca da ocorrência dos EA, bem como os near-miss – eventos que não atingiram o paciente - e incidente sem dano – que não resultaram em danos (FELIX; ONSTER; MULLE, 2017) -, revelem-se mais preocupantes. No Brasil, por exemplo, embora os dados não sejam fidedignos em virtude da ausência de uma coleta padronizada e sistematizada (BRASIL, 2013a), as estatísticas referentes ao ano de 2015 mostram que o Sistema Nacional de Vigilância à Saúde obteve notificações de 27.523 incidentes relacionados à assistência nos hospitais (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2015). Diante do exposto, evidencia-se a importância de iniciativas e ações para melhorar a qualidade do cuidado e consequentemente a segurança do paciente (SP), ou seja, a “redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde” (BRASIL, 2013b). Somado a isso, a SP alicerça-se na substituição da cultura de culpabilidade individual pelos mecanismos de aprendizagem a partir das falhas – cultura de segurança do paciente -, aspectos que fortalecem o comprometimento com a gestão de saúde e da segurança (BRASIL, 2013b). De modo geral, a cultura de segurança é o elemento chave para promoção da SP, uma vez que presume-se que quando esta se encontra consolidada entre os profissionais, maior é a possibilidade de identificar riscos ao paciente, minimizar incidentes e melhorar os serviços de saúde a partir do erro (JOINT COMMISSION CENTER FOR TRANSFORMING HEALTHCARE, 2017). Atenta-se ainda que a cultura de segurança do paciente envolve trabalho em equipe, ou seja, uma atuação coletiva dos profissionais que permite reflexões acerca do seu processo de trabalho e mudanças em suas práticas. Além disso, cada membro da equipe tem o seu papel específico e reconhecido (NAVARRO; GARANHANI; GUIMARÃES, 2013)..

(20) 18. Posto isto, para a redução do risco de danos e fortalecimento da cultura de SP, algumas iniciativas foram idealizadas e implementadas. Em nível internacional, destacam-se a publicação do relatório “To err is human: building a safer health system” (Errar é humano: construindo um sistema de saúde mais seguro), em1999; a 55ª Assembleia da Saúde Mundial, em 2002, que retratou o fortalecimento da segurança na assistência; a institucionalização de normas e padronizações que auxiliam as práticas de SP pela OMS; e a criação da Aliança Mundial para a Segurança, em 2004 (BERQUÓ, 2017). No Brasil, ações de SP e melhoria de qualidade nas instituições de saúde foram regulamentadas pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), mediante Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013 e a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36, de 25 de julho de 2013 que passaram a ser consideradas como deveres sanitários (BRASIL, 2013b). Para ressaltar os problemas relacionados a SP, a OMS definiu, em 2005, áreas prioritárias de atuação, as quais são denominadas em “Soluções para a Segurança do Paciente”: identificação correta do paciente; comunicação efetiva entre profissionais de saúde; segurança durante a prescrição, uso e administração de medicamentos; cirurgia segura; higienização das mãos; e redução do risco de quedas e úlceras por pressão (BRASIL, 2014a). Entre essas, destaca-se a melhoria da comunicação entre profissionais de saúde, objeto de estudo desta pesquisa. A comunicação é um processo dinâmico; recíproco; que combina as formas verbais, não verbais, escritas, telefônicas e eletrônicas; que permeia todo o cuidado; seu grau de qualidade é proporcional à complexidade do serviço; considerada efetiva quando o significado transmitido é o mesmo que o recebido (REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE, 2013). Essas características permitem dizer que a comunicação ineficaz entrelaça todos os EA como o risco de queda e lesões por pressão (LPP), erros na administração de medicamentos, sangue e hemocomponentes, identificação incorreta do paciente, dentre outros. A exemplo, uma análise de 2.966 EA, em 1995, revelou como causa-raiz as falhas nos processos comunicativos dos profissionais de saúde (TRENCH, 2016). Pelo fato de perpassar todos os EA, a comunicação ineficaz aumenta a morbimortalidade, além de ocasionar sofrimento, incremento de custos assistenciais e prejuízos à imagem institucional do serviço de saúde (TRENCH, 2016). Destarte, a comunicação efetiva é uma das ferramentas a ser utilizada para a prevenção de incidentes decorrentes de falhas na transmissão de informações entre profissionais de.

(21) 19. saúde, especialmente, quando essa possibilita a unificação dos registros da equipe multidisciplinar, como é o caso da modalidade escrita. A comunicação escrita compreende um instrumento onde se anota, de forma impressa e/ou digital, os cuidados realizados aos pacientes, bem como os aspectos inerentes a este, as atividades da equipe, identificações de ambientes, listagem de profissionais, espaços de avisos, livros de ocorrências, entre outros. Neste estudo, aborda-se a comunicação escrita na perspectiva de ferramenta de trabalho onde se efetiva/concentra às anotações acerca do paciente - condições clínicas, socioeconômicas, psicológicas e biológicas – e do cuidado desenvolvido pela equipe multidisciplinar. –. médicos,. técnicos. de. enfermagem,. enfermeiros,. psicólogos,. fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, assistentes sociais, dentre outros -, os quais são dispostos, juntos a outros documentos, nos prontuários. Embora os registros de cada categoria profissional apresentem características intrínsecas às atividades desenvolvidas, o que os torna diferentes quanto ao conteúdo, há elementos comuns que devem ser contemplados por todos os membros da equipe, como, por exemplo, uma escrita regrada nas normas ortográficas e legíveis. O prontuário, por sua vez, é uma modalidade de comunicação escrita, apresentado nas versões eletrônica ou impressa, e constitui um conjunto de documentos multidisciplinar, organizados, padronizados e de caráter sigiloso, científico e legal que descreve os cuidados realizados aos pacientes. Por essas especificidades devem garantir a comunicação entre a equipe e a continuidade da assistência (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2017a; CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2002). Diante desses aspectos, evidencia-se a necessidade de monitorar a qualidade da comunicação escrita dos profissionais de saúde nos ambientes hospitalares, bem como os incidentes decorrentes de suas falhas. Para a investigação de incidentes, foram elaboradas diversas modalidades, norteadas por pressupostos epidemiológicos, como: 1) Análise de Causa Raiz (ACR), a qual se destina à melhoria da qualidade da assistência; 2) Análise do Modo e Efeito da Falha (FMEA), direcionada ao prognóstico das falhas (PRATES; MALTA, 2017); e Health Failure Mode and Effects Analysis (HFMEA), uma técnica que avalia os riscos de incidentes e adota de forma simplificada a análise de risco da FMEA em instituições hospitalares (U.S. DEPARTMENT OF VETERANS AFFAIRS, 2017). Além desses, destacam-se os métodos de investigação de incidentes presentes no Methodological guide, uma publicação da OMS (2017), que se constitui de cinco métodos.

(22) 20. direcionados à medição da extensão dos danos ao paciente, durante os cuidados de saúde, e estabelece ações prioritárias na SP. São eles: Retrospective record review, Record review of current in-patients; Staff interview of current in-patients; Nominal group e Direct observation and related interviews. A Record review of current in-patients- variação do método Retrospective Record review -,baseia-se na avaliação dos prontuários de pacientes hospitalizados durante a pesquisa e possibilita definir tendências e problemas decorrentes do cuidado (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2010). Para a construção deste estudo, utilizou-se alguns pressupostos da Record review of current in-patients, uma vez que esse método permite elucidar problemas decorrentes do cuidado, como, por exemplo, falhas no processo de comunicação escrita. Assim, o presente estudo busca responder a seguinte questão: como se apresenta a comunicação escrita dos profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte, Brasil?. 1.1Justificativa. A comunicação, escrita ou falada, é um instrumento essencial do cuidado, o qual perpassa todas as atividades dos profissionais de saúde e compreende uma forma de atuar, entender, ver e efetivar vínculos (CARDOSO; ARAÚJO, 2015). Além de ser um instrumento de cuidado, é um elemento basilar para o trabalho em equipe. No entanto, nota-se uma fragmentação desta, decorrente dos tempos modernos e dos paradigmas regentes, o que torna os serviços de saúde mais vulneráveis aos erros de comunicação e aos incidentes, bem como desencadeiam descontinuidade na assistência (BARRELLOS, 2014). Na maioria das vezes a fragmentação do cuidado é inevitável, uma vez que envolve uma equipe multidisciplinar e seus membros atuam em consonância com as características especificas de sua categoria profissional. No entanto, nestes casos, são necessárias iniciativas que garantam mais segurança durante o cuidado (BARRELLOS, 2014), como a efetivação da comunicação. Dados epidemiológicos demonstraram que de 2.378 EA, 489 tiveram como causa raiz a comunicação, o que corresponde a aproximadamente 20% de todos os casos (THE JOINT COMMISSION, 2017). Em consequência, além dos danos aos pacientes, evidenciamse incremento de gastos para as atividades de recuperação da saúde..

(23) 21. Supõe-se que nos países em desenvolvimento a situação seja mais alarmante, em virtude da precariedade nas instituições de saúde, fragilidades na formação continuada e permanente do profissional e da ausência de uma cultura de segurança do paciente –“conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que determinam o comprometimento com a gestão da saúde e da segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde (...)” (BRASIL, 2013b). No que tange a comunicação escrita nos ambientes hospitalares, pesquisa realizada em dois hospitais na cidade de Maceió, Brasil, revelou que dos 90 prontuários analisados, 16 (18%) não apresentaram registros da equipe de enfermagem. Além disso, o conteúdo desses eram deficientes e não contemplavam a realidade do paciente, bem como a assistência prestada (SILVA et al., 2016), aspectos que provavelmente favoreceram em incidentes a esses. Além de incidentes, falhas na comunicação escrita retardam o diagnóstico, propiciam erros no mesmo, bem como prejudicam a brevidade do tratamento do paciente. No que tange aos erros no diagnóstico, estudo revela uma diversidade de causas, como a comunicação inadequada entre profissionais de saúde, pacientes e familiares e a ausência de uma cultura de SP (BALOGH; MILLER; BALL, 2016). Portanto, a comunicação, em especial a escrita, é uma temática transversal e representa um importante indicador de qualidade dos serviços de saúde e da SP, sendo essenciais avaliações nos serviços de saúde, como os hospitais, a fim de identificar sua qualidade e implicações para o paciente. O cenário exposto justifica a construção deste estudo e encontra em consonância com os seguintes pressupostos:  A comunicação efetiva é uma das áreas prioritárias do programa de “Soluções para a Segurança do Paciente”, (BRASIL, 2014a), aspecto que demanda que a mesma seja fortalecida em todos os níveis do cuidado, bem como nos ambientes de formação profissional (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO, 2016). Assim, é imperativa a construção de estudos que socializem conhecimentos acerca da temática e perpassem as esferas do cuidado e ensino. Acredita-se que os resultados deste estudo possam subsidiar o processo supracitado.  O PNSP destaca a comunicação como uma das ações que contribuem para a SP e melhoria de qualidade nas instituições de saúde. Nesse sentido, os conhecimentos sobre a temática devem ser inseridos nos diversos níveis de formação (BRASIL, 2013b). Este estudo possibilita tal premissa, uma vez que ocorre a interação entre discentes da graduação e pós-.

(24) 22. graduação da enfermagem, bem como docentes e profissionais de saúde. Ainda, mediante apresentação dos resultados nas instituições estudadas, pode-se ampliar o contingente de indivíduos envolvidos em atividades formativas acerca da temática.  A comunicação é uma tecnologia do cuidado que auxilia na concretização de práticas seguras nos ambientes de saúde, aspecto que se encontra em consonância com as premissas do programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, especificamente, da linha de pesquisa “Desenvolvimento tecnológico em saúde e enfermagem”, uma vez que desenvolve estudos relativos às tecnologias, SP, processos de cuidado, entre outros (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, 2015)..

(25) 23. 2 OBJETIVOS. 2.1 Objetivo geral  Analisar a comunicação escrita dos profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte, Brasil.. 2.2 Objetivos específicos  Mapear o conteúdo produzido acerca da comunicação escrita no ambiente hospitalar;  Caracterizar a comunicação escrita dos profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte, Brasil..

(26) 24. 3 REFERENCIAL TEÓRICO. 3.1 Comunicação à luz da Teoria do Agir Comunicativo de Jürgen Habermas. A Teoria do Agir Comunicativo foi idealizada por Jürgen Habermas, um dos mais importantes pensadores da atualidade, além de ser filósofo, sociólogo, jornalista e professor universitário. Em seus estudos realçou o papel da razão e da opinião pública (fonte comunicacional da razão), bem como de delinear uma teoria comunicativa (HABERMAS, 1996). Seus pressupostos são fundamentados no caráter inter paradigmático e abarca contribuições do funcionalismo, da fenomenologia, do marxismo e da teoria crítica de Frankfurt (PINTO, 1995) e corresponde a uma nova teoria da sociedade, que enfatiza, como elemento essencial, a prática da comunicação cotidiana. Portanto, vislumbra-se, por exemplo, que a construção do conhecimento é um produto de intercâmbio linguístico entre os sujeitos (HABERMAS, 2012). Assim, essa teoria se fundamenta na compreensão do entendimento mútuo e da interface entre o mundo social e o agir pautado em normas. A Figura 1 sumariza os sete pilares do agir comunicativo, apresentados na obra “Consciência moral e o Agir Comunicativo”, de Jürgen Habermas (1989). O pilar, “orientações para o entendimento mútuo versus orientação para o sucesso” interpela, que as interações sociais são relativamente estáveis, cooperativas e simultaneamente conflituosas e instáveis, o que dependerá do grau de interesse dos participantes. De tal forma, a partir do momento em que os atores se direcionam ao sucesso, ou seja, às consequências provenientes do seu agir, os objetivos desejados são alcançados (HABERMAS, 1989). Em consonância a esse aspecto, observa-se que a comunicação efetiva é uma ferramenta essencial para a prática profissional em saúde. O sucesso desejado é aquele que visa a melhoria do cuidado, a ajuda terapêutica, a identificação das necessidades do usuário, o relacionamento entre profissional de saúde-usuário-família, profissional de saúde-equipe multiprofissional e educação em saúde (SILVA; BARROS, 2015)..

(27) 25. Figura 1 - Pilares teóricos da Teoria do Agir Comunicativo, de Jürgen Habermas. Natal/RN, 2017.. Fonte: Adaptado de Habermas (1989).. Assim, a comunicação efetiva envolve diversos atores e, como apresentado no agir comunicativo, exige interesse e cooperativadade. A compreensão desses dois aspectos deve anteceder, também, àquela de corresponsabilidade do agir. A partir do entendimento de que os atores são integrantes do processo, alcança-se a comunicação efetiva. No que concerne aos pilares “o entendimento mútuo enquanto mecanismo de coordenação de ações” - ações interativas para o alcance dos objetivos - e “referências ao mundo e pretensões de validez” – representações acerca do mundo, das vivências pessoais e sociais -, encontra-se a interface de que a concretização do agir comunicativo demanda o envolvimento mútuo e o alcance de um acordo, mediante assentimento racional do conteúdo proferido (HABERMAS, 1989). Ou seja, busca-se a obtenção de convicções comuns. Contudo, o processo de assentimento racional pode não consolidar acordos, através da rejeição, por parte do receptor, do conteúdo contido na fala. Assim, entende-se que o proferimento não preencheu pelo menos uma das seguintes funções: representação dos estados das coisas, da relação interpessoal e manifestação de vivências (HABERMAS, 1989). Sobre esse aspecto, a comunicação, para ser efetiva, pressupõe que os profissionais da saúde a conduzam de forma clara, objetiva e compreendam as ideias partilhadas e as.

(28) 26. formas de expressão (SILVA; BARROS, 2015). É imprescindível que nesse processo haja criticidade, uma vez que o objetivo é estabelecer um assentimento racional. Além disso, as estratégias para a efetivação da comunicação precisam ser adaptáveis ao nível de conhecimento do receptor, às suas necessidades específicas e valorizar o contexto cultural. Essas considerações não são restritas às interações entre os usuários, mas expandemse para àquelas entre membros da equipe multiprofissional. Pontua-se, no cenário da interação com o usuário, que a comunicação não verbal traduz as suas reações e sentimentos (BAX; ARAÚJO, 2012). Para o envolvimento mútuo, o profissional deve estar atento e receptível a essas expressões. O pilar “Situação de ação e situação da fala”, por sua vez, revela que o agir objetiva dominar fragmentos de mundo sob a ótica de um tema específico – situação. O tema é inerente aos interesses e propósitos dos atores. Dessa forma, os planos de ações dos indivíduos realçam o tema, ou seja, a ação coincide com a situação da fala (HABERMAS, 1989). A partir dessas premissas, a comunicação efetiva dos profissionais é alicerçada por manuscritos legais, como os que fundamentam os códigos de ética. O Código de Ética em Enfermagem, por exemplo, destaca o comprometimento com a saúde individual e coletiva, a garantia dos princípios das políticas públicas, o respeito à vida, à dignidade e os direitos humanos (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2007). Nessa perspectiva, para o cuidado à saúde individual e coletiva necessita-se de paradigmas de saúde que favoreçam a compreensão dos diversos contextos de vida, permitam enxergá-los como cidadãos e vislumbrem a saúde como sinônimo de qualidade de vida. Assim, pode-se elucidar que uma prática pautada, somente, no individuo e doença, produzirá temas que não valorizam as condições de vida e, consequentemente, uma comunicação efetiva. Em outras palavras, o tema que conduz a formação e a prática dos profissionais de saúde determinará a efetividade da comunicação. No pilar, “o pano-de-fundo do mundo da vida”, Habermas (1989) afirma que o agir comunicativo é um processo cíclico em que o ator é iniciador – domina as situações – e produto – produto de tradições, advindas do processo de socialização. O ator é alicerçado por um mundo da vida constituído pelo contexto e recursos, os quais possibilitam o entendimento mútuo. Ao aproximar esses aspectos ao contexto dos profissionais de saúde, percebe-se que o processo de comunicação efetiva desenvolve uma prática que ultrapassa a inflexibilidade.

(29) 27. das rotinas e técnicas e se aproxima do outro – usuário e equipe – a fim do entendimento mútuo. Essa atitude, no cenário do usuário, valoriza os seus contextos de vida e o insere no processo de cuidar. Ao se aproximar do outro, através da comunicação efetiva, o profissional promove a humanização do cuidado e consequentemente consolida o vínculo e a confiança entre os envolvidos (RENNÓ; CAMPOS, 2014). Contudo, humanizar o cuidado é um desafio, pois exige dos atores a compressão da importância do seu papel nesse processo. Destaca-se, ainda, que para esse processo as instituições de ensino e saúde como corresponsáveis pela formação e aperfeiçoamento, devem fomentar iniciativas que transformem conhecimentos e elementos culturais favoráveis a humanização do cuidado. No “processo de entendimento mútuo entre o mundo e o mundo da vida e Perspectivas do mundo”, discute-se que no processo de realização dos planos de ação, os atores são guiados por uma situação comum e, concomitantemente, entendem sobre algo no mundo, que podem ser caracterizados como: 1) mundo do objeto - são referências que perpassam as representações ou pressuposições de acontecimentos e estado; 2) mundo social representado pelas relações interpessoais; e 3) mundo subjetivo - relativo à auto-representação (HABERMAS, 1989). Ainda sobre o entendimento acerca do algo no mundo, Habermas (1989) destaca a compreensão descentrada no mundo, a qual permite, ao locutor, a diferenciação entre o mundo da vida e o mundo. Ou seja, distinguem-se entre o inquestionado, o determinado intersubjetivamente e o inerente ao participante e o construído por conteúdos da comunicação. Essa diferenciação permite dissociar a sabedoria explícita da certeza implícita. Os conteúdos da comunicação, por sua vez, ganham espaço para serem validados e considerados em saber pautado na razão (HABERMAS, 1989). Sobre esses preceitos, no momento em que se tenta interpretar o mundo a partir de uma perspectiva específica, a interação entre os atores é prejudicada e concretiza-se uma comunicação simples, ineficaz. A partir da apreensão do algo no mundo e da sua compreensão descentrada a comunicação é efetivada (Figura 2)..

(30) 28. Figura 2 - Pressupostos da Teoria do Agir Comunicativo e a comunicação entre profissionais de saúde. Brasil, 2017.. Fonte: Adaptado de Habermas (1989).. A figura 2 ilustra os elementos do agir comunicativo entre usuário – profissional profissional de saúde como forma de consolidar a comunicação efetiva. Realça-se que há a valorização das referências do mundo objetivo, social e subjetivo dos usuários a fim de efetivar o entendimento mútuo..

(31) 29. 4 REFERENCIAL METODOLÓGICO. 4.1 Record review of current in-patients A “Record review of current in-patients” é uma modalidade de investigação que segue os preceitos da pesquisa transversal e possibilita desenvolver estudos sobre a SP nos ambientes hospitalares de todos os países, especialmente naqueles em desenvolvimento, recomendado pela OMS para tais investigações (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2010). A OMS destaca, ainda, outros cinco métodos, no “Assessing and tackling patient harm: a methodological guide for data-poor hospitals”: 1) “retrospective Record review” (revisão retrospectiva de registros); 2) “Record review of current in patients” (revisão de registros de pacientes internados); 3) “staff interviews on current in patients” (entrevistas com os profissionais sobre os pacientes internados); 4) “direct observation and related interviews” (observação direta e entrevistas); e 5) “nominal group meetings” (reuniões de grupo nominal) (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2010). A escolha do método dependerá das condições do campo de pesquisa, conforme descrito no Quadro 1. As principais vantagens do desenvolvimento dos métodos supracitados estão no envolvimento dos profissionais no processo de pesquisa, aspecto que permite maior sensibilização no tocante as temáticas da SP; no baixo investimento para a implementação desses; e na disponibilidade rápida dos resultados (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2010). Destaca-se a “Record review of current in-patients”, uma variação do “Retrospective Record review”, onde se analisa os prontuários de pacientes internados nos hospitais, de forma eficiente e sem exigências de longos períodos de realização da pesquisa (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2010)..

(32) 30. Quadro 1 - Critérios de seleção do método a partir das condições do campo de pesquisa. Brasil, 2017. OBJETIVOS. CONDIÇÕES ANALISADAS. MÉTODOS. Disponibilidade de prontuários  Revisão com registros de boa qualidade.. retrospectiva. de. registros;  Revisão. de. registros. de. pacientes internados;. Estimar os EA.  Entrevistas com os profissionais sobre os pacientes internados. Indisponibilidade de prontuários  Entrevistas com os profissionais com registros de boa qualidade.. sobre os pacientes internados.. Disponibilidade de prontuários  Revisão com registros de boa qualidade.. retrospectiva. de. registros;  Revisão. de. registros. de. pacientes internados;  Entrevistas com os profissionais sobre os pacientes internados;  Observação direta e entrevistas;. Identificar as causas de EA.  Reuniões de grupo nominal. Indisponibilidade de prontuários  Entrevistas com os profissionais com registros de boa qualidade.. sobre os pacientes internados;  Observação direta e entrevistas;  Reuniões de grupo nominal.. Desenvolver planos de ação. Disponibilidade de prontuários  Reuniões de grupo nominal. com registros de boa qualidade. Disponibilidade de prontuários  Revisão com registros de boa qualidade.. de. registros;  Revisão. de. registros. de. pacientes internados;. Monitorar e melhorar ações. retrospectiva. Indisponibilidade de prontuários  Entrevistas com os profissionais com registros de boa qualidade.. sobre os pacientes internados;  Observação direta e entrevistas.. Fonte: Adaptado de Organização Mundial de Saúde (2010).. De modo geral, para o desenvolvimento da “Record review of current in-patients” é necessário seguir as seguintes etapas (Figura 3):.

(33) 31. Figura 3 - Etapas da “Record review of current in-patients”, Brasil, 2017.. Fonte: Adaptado de Organização Mundial de Saúde (2010).. As etapas metodológicas da “Record review of current in-patients” norteiam a realização de pesquisas que almejam avaliar determinada circunstância imprescindível para a garantia ou não da SP. Assim, este método subsidiará o processo de avaliação da comunicação escrita dos profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte. Para tanto, algumas adaptações foram necessárias (Figura 4). Para concretizar as etapas supracitadas, utilizaram-se as seguintes estratégias:  Na etapa Construir e validar o conteúdo do instrumento de avaliação dos registros: elaboração de uma Scoping review - um tipo de revisão da literatura que mapeia os principais conceitos, definições e limites de uma determinada área de pesquisa, bem como evidências para nortear a prática profissional (INSTITUTO JOANNA BRIGGS, 2015) - para possibilitar o aprofundamento teórico acerca da comunicação escrita, bem como subsidiar a construção do instrumento de coleta de dados.  Testar os procedimentos de avaliação dos registros: realizou-se estudo piloto em um hospital do Rio Grande do Norte, nas enfermarias de clínica médica e cirúrgica, cuja a amostra contemplou os pacientes que estavam internados há mais de dez dias..

(34) 32. Salienta-se que a etapa “construir e validar o conteúdo do instrumento de avaliação dos registros” ocorreu anteriormente a este estudo, durante a realização do projeto “Monitoramento de indicadores de segurança do paciente em hospitais públicos do Rio Grande do Norte, Brasil”, o qual objetivou “monitorar indicadores de segurança do paciente em hospitais públicos do Rio Grande do Norte, Brasil”. Figura 4 - Etapas adaptadas da “Record review of current inpatients”, Brasil, 2017.. Fonte: Adaptado de Organização Mundial de Saúde (2010)..

(35) 33. 5 MÉTODO. 5.1 Caracterização do estudo. Estudo de abordagem quantitativa, de natureza descritivo e analítico, por meio de um delineamento de corte transversal, baseado nas recomendações adaptadas da OMS, quanto a construção “Record review of current in-patients” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2010) (Figura 5). Figura 5 - Etapas metodológicas da pesquisa “Comunicação escrita entre profissionais de saúde em hospitais públicos do Rio Grande do Norte”. Natal, 2017.. As pesquisas transversais caracterizam-se por apresentar populações definidas, onde a coleta de dados ocorre em um período de tempo definido, mediante dados primários ou secundários, a fim de analisar determinado fenômeno (POLIT; BECK, 2011). Já a “Record review of current in-patients” apresenta um delineamento característico de pesquisa transversal e sua realização ocorre a partir de seis etapas (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2010). Para este estudo, foram utilizadas quatro etapas: elaboração de uma Scoping review; selecionar e treinar os examinadores de registros; testar os procedimentos de avaliação dos.

(36) 34. registros: estudo piloto; e desenvolver a revisão de prontuário (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 2010). As demais etapas foram realizadas anteriormente, em fases iniciais do projeto “Monitoramento de indicadores de segurança do paciente em hospitais públicos do Rio Grande do Norte, Brasil”.. 5.2 Local. O estudo ocorreu em três hospitais públicos de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), Hospital Central Cel. Pedro Germano (HCCPG) e Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) -, especificamente, nas enfermarias de clínica médica e cirúrgica. A escolha por esses hospitais justifica-se pelo fato de pertencerem à esfera pública, serem classificados como de grande porte, apresentarem semelhanças quanto aos perfis clínicos dos pacientes e por corresponderem às instituições com Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) implantados no município de Natal, Rio Grande do Norte. Já com relação às enfermarias, vislumbrou-se a possibilidade de uma amostra mais expressiva.. Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. O HMWG é um hospital de referência no atendimento de urgência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), vinculado à Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP/RN) (GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2017a). É o único hospital público da Região Metropolitana de Natal que fornece serviços especializados, como: ortopedia, neurologia, neurocirurgia, cirurgia geral, cirurgia plástica – para o atendimento dos pacientes com queimaduras -, serviços de apoio ao diagnóstico e tratamento – tomografias computadorizadas, radiografias e ultrassonografias, entre outras especialidades (GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2017a). O complexo hospitalar é constituído pelo HMWG e Pronto Socorro Clóvis Sarinho, possui 284 leitos, com 92 de enfermarias de clínica médica e cirúrgica, e detém o quantitativo médio de 206 internações/mês (BRASIL, 2017a; GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2017a).. Hospital Central Coronel Pedro Germano.

(37) 35. O Hospital Central Coronel Pedro Germano é um complexo de serviços médicohospitalares, que oferece serviços de assistência à saúde a militares, seus dependentes e a população em geral, via SUS pela regulação da Secretaria de Estado da Saúde Pública. O HCCPG fornece serviços destinados à clínica geral, cirurgia geral, ginecologia, obstetrícia e pediatria, entre outras, e de apoio ao diagnóstico e tratamento, como sala de radiografia e de ultrassonografia, laboratório de análises clínicas, banco de leite e sala de vacina (GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2017b). O hospital possui 56 leitos, com 48 leitos de enfermarias de clínica médica e cirúrgica, e apresenta em média 126 internações/ mês (BRASIL, 2017a; GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, 2015).. Hospital Universitário Onofre Lopes. O Hospital Universitário Onofre Lopes é um hospital de referência no estado, o qual se vincula à Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Atualmente é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) (BRASIL, 2017b). O hospital oferta uma variedade de atividades especializadas, como cirurgia geral, cirurgia plástica, neurocirurgia, neurologia, clínica geral, ortopedia, pediatria, entre outras, e serviço de apoio diagnóstico por imagem e análises clínicas (BRASIL, 2017a). O HUOL apresenta 261 leitos, com 60 de enfermarias de clínicas médica e cirúrgica, e uma média de 624 internações/mês (BRASIL, 2017a; EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES, 2015).. 5.3 Participantes. A população do estudo constituiu-se de pacientes internados nas enfermarias de clínica médica e clínica cirúrgica dos três hospitais supracitados, no período de outubro a dezembro de 2016, o que totalizou um quantitativo de 5576 pacientes. A amostra foi por conveniência e incluíram-se os pacientes internados nas enfermarias há pelo menos 10 dias – período que foi possível avaliar de forma significativa a comunicação escrita da equipe multiprofissional -, e excluiu-se àqueles que não apresentaram condições clínicas para consentir sua participação..

(38) 36. O quadro 2 sintetiza o quantitativo referente ao número de internações em cada hospital, durante os três meses supracitados e a amostra do estudo. Quadro 2 – Número de internações nos hospitais analisados e amostra final do estudo. Natal/RN, 2017#.. HMWG HUOL HCCPG. Número de internações hospitalares 3.808 1.691 77. Total. 5.576. Hospital. Amostra do estudo 117 92 23 232. Fonte: DATASUS, 2017b. #. Período de outubro a dezembro de 2016.. Assim, a amostra constituiu-se de 232 prontuários, sendo 117 do HMWG, 23 do HCCPG e 92 do HUOL.. 5.4 Scoping Review. O desenvolvimento da Scoping Review ocorreu por cinco etapas: formulação da questão de pesquisa; identificação dos estudos relevantes; seleção final dos estudos; tabulação de dados; e síntese dos resultados (INSTITUTO JOANNA BRIGGS, 2015). Para nortear essas etapas metodológicas, elaborou-se um protocolo de pesquisa, constituído por objetivo, questão de pesquisa, critérios de elegibilidade, tipo de estudos a serem selecionados, estratégia de busca, extração e apresentação dos resultados (Figura 6). A formulação da questão de pesquisa seguiu o acrônimo PCC, onde: P (população) tipo de população a ser buscada nos estudos; C (conceito) - conceito básico a ser examinado na revisão; e C (contexto): coerente com o objeto de estudo e pode incluir fatores culturais, localização geográfica e aspectos específicos sobre determinada temática (INSTITUTO JOANNA BRIGGS, 2015). Os elementos “objetivo”, “critérios de elegibilidade” e “apresentação dos resultados” devem ser estruturados a partir do PCC. Ou seja, em suas redações devem apresentar aspectos sobre a “população”, “conceito” e “contexto”..

(39) 37. A elaboração da questão de pesquisa seguiu a estratégia PCC (P – Population; C – Concept; C – Context), onde: P – profissionais de saúde; C – comunicação escrita; e C – ambiente hospitalar. Assim, obteve-se a questão de pesquisa “qual o conteúdo produzido acerca da comunicação escrita dos profissionais de saúde no ambiente hospitalar?”. Para respondê-la, objetivou-se mapear o conteúdo produzido relativo à comunicação escrita dos profissionais de saúde no ambiente hospitalar. Para identificar a presença de protocolos e/ou artigos de revisão sobre o objeto de estudo de interesse, inicialmente realizou-se no mês de fevereiro de 2016, mediante descritor “Communication”, uma busca nos bancos de dados International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), The Cochrane Librarye The Joanna Briggs Institute COnNECT+ (JBI COnNECT+). Dos 998 resultados, não se constatou estudos com o mesmo escopo de mapear o conteúdo produzido acerca da comunicação escrita dos profissionais de saúde no ambiente hospitalar.. Figura 6 - Elementos do protocolo de pesquisa da Scoping Review. Natal, 2017.. Fonte: adaptado de Instituto Joanna Briggs (2015).. Com a intenção de identificar as palavras-chave, operacionalizou-se uma pesquisa nos bancos de dados Cumulative Index to Nursing & Allied Health Literature (CINHAL) e.

Referências

Documentos relacionados

Inicialmente foram feitas observações da paisagem no que diz respeito aos seus atributos naturais (clima, relevo, cobertura vegetal, recursos hídricos, uso e

Alteração geométrica no teto a jusante de comporta do sistema de en- chimento e esvaziamento para eclusa de na- vegação: simulação numérica do escoamento e análise das pressões

Um tratamento de câncer infantil em que os cui- dadores são acompanhados pelo serviço de psicologia, pode tornar o tratamento um processo menos ambiva- lente de se vivenciar,

Pretendo, a partir de agora, me focar detalhadamente nas Investigações Filosóficas e realizar uma leitura pormenorizada das §§65-88, com o fim de apresentar e

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

Por meio destes jogos, o professor ainda pode diagnosticar melhor suas fragilidades (ou potencialidades). E, ainda, o próprio aluno pode aumentar a sua percepção quanto

Que objetiva produzir ou gerar novos significados durante a interação discursiva.. Assim, do nosso ponto de vista, relacionar algumas características dos programas de pesquisa

Esse pessimismo parte do princípio segundo o qual não adianta entender a mecânica quântica (Feynman, na verdade, segue Bohr), bastaria instrumentalizá-la. Na última citação de