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Indicadores de qualidade nas unidades de cuidados intensivos para adultos

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Indicadores de Qualidade nas Unidades de Cuidados

Intensivos para Adultos

Dissertação de Mestrado em Gestão de Serviços de Saúde

Ana Filipa Gomes Pimenta de Matos

Orientador

Professor Doutor

Carlos Peixeira Marques

(2)
(3)

Indicadores de Qualidade nas Unidades de Cuidados

Intensivos para Adultos

Dissertação de Mestrado em Gestão de Serviços de Saúde

Ana Filipa Gomes Pimenta de Matos

Orientador

Professor Doutor

Carlos Peixeira Marques

Composição do júri:

Professora Doutora Maria José de Matos Rainho, Professora Auxiliar da UTAD

Professor Doutor Vítor Manuel Costa Pereira Rodrigues, Professor Coordenador com

Agregação na Escola Superior de Enfermagem da UTAD

Professor Doutor Carlos Duarte Coelho Peixeira Marques, Professor Auxiliar da UTAD

(4)
(5)

Este trabalho foi expressamente elaborado como

dissertação original para efeito de obtenção do

grau de Mestre em Gestão, sendo apresentado na

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

(6)
(7)
(8)
(9)

Esta é talvez das páginas mais difíceis na realização deste trabalho, pois todos os

intervenientes no seu processo foram peças elementares neste puzzle que em determinados

momentos mais se assemelhava a um “quebra-cabeças”. A todos o meu mais profundo

agradecimento e não menos importante, reconhecimento.

Ao Professor Carlos Marques, que apesar da sobrecarga de trabalho, desmistificou a

dificuldade das várias etapas deste trabalho, através de ensinamentos valiosos, sugestões e

revisão do estudo.

Ao painel de peritos, pela sua colaboração e empenho na realização deste estudo.

Aos amigos Francisco e Jandira, que sempre estiveram disponíveis para colmatar as minhas

falhas, aconselhar e apoiar nesta caminhada.

À minha “amiga do coração” Carla, que me acompanhou e compreendeu sem reservas,

mostrando-se verdadeira, no seu rigor e incentivo desmesurado.

À São, pelo seu apoio e amizade incondicionais, transmitindo ensinamentos nas suas doces

palavras.

À Teresa, sempre disponível e incansável.

À minha metade da laranja, que em tantos momentos preencheu as lacunas de disponibilidade

e paciência com gestos de apoio e compreensão.

À Kyara, que sempre me devolveu um sorriso e um abraço após períodos de ausência

incompreendida.

Por fim, uma especial referência aos meus pais, que ao longo do meu processo de

desenvolvimento pessoal e profissional sempre me incentivaram e me mostraram que não

devemos nunca parar no tempo.

(10)
(11)

Na atual realidade das instituições e serviços de saúde, em particular das unidades de

cuidados intensivos, a escassez de uma cultura de qualidade normalizada e mensurável, a par

da falta de divulgação de experiências devidamente avaliadas, tornam-se motivo de

preocupação crescente. Este contexto foi o fundamento para a realização de um estudo

quantitativo, transversal do tipo exploratório e descritivo com vista à avaliação, garantia e

melhoria da qualidade nas unidades de cuidados intensivos.

Através de um grupo de peritos, utilizando a metodologia Q, foram identificados os domínios

fundamentais que devem integrar um modelo de gestão da qualidade assistencial, bem como

indicadores que permitam orientações e que possibilitem a monitorização da qualidade numa

unidade de cuidados intensivos portuguesa, em particular o Serviço de Cuidados Intensivos,

Cuidados Intermédios do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE. Com a

seleção dos domínios e indicadores pelo grupo de peritos, foi desenvolvida uma ferramenta

que permitiu, em primeiro lugar, medir o seu nível de qualidade.

Foram determinados vinte e cinco indicadores de qualidade pelo painel de peritos que, depois

de aplicados, permitiram avaliar de forma positiva a qualidade de cuidados numa unidade de

cuidados intensivos portuguesa, nomeadamente o Serviço de Cuidados Intensivos, Cuidados

Intermédios.

No seu processo de avaliação da qualidade, o Serviço de Cuidados Intensivos, Cuidados

Intermédios apresentou, na maioria dos indicadores, uma qualidade de excelência, cumprindo

todos os critérios pré-determinados.

Medir e avaliar a qualidade nas unidades de cuidados intensivos, tornou-se a chave-mestra

para uma adequada organização, planeamento e coordenação/controlo das atividades

desenvolvidas cujo principal objetivo é a própria medição dos resultados, dos processos e da

estrutura utilizada, assim como as potenciais repercussões e influências geradas.

Palavras chave: Qualidade em saúde, unidades de cuidados intensivos, indicadores de

qualidade.

(12)
(13)

Considering the current reality of healthcare services and organizations, particularly intensive

care units, the lack of a culture of standardized and measurable assessment of quality, along

with the failure to disclose properly evaluated experiences, becomes a growing concern.

Involved in this problem, it was performed a cross-sectional study of exploratory and

descriptive kind for the assessment, assurance and quality improvement in portuguese

intensive care units.

A group of experts , using the Q methodology , identified the key areas to be included in a

management model of quality assessment , as well as guidelines and indicators to enabling

quality monitoring in a portuguese intensive care unit, in particular Intensive and Intermediate

Care Unit of the Hospital Centre of Tras-os-Montes and Alto Douro, EPE. With the selection

of the domains and indicators by this group of experts, it was developed a tool that allowed at

first, the measurement of its level of quality.

Twenty five quality indicators were determined by the panel of the experts that after being

assessed could positively evaluate the quality of care of a portuguese intensive care unit,

intermediate care.

This intensive care unit, in the process of quality assessment, presented in most indicators an

excellence of quality, fulfilling all the pre-determined criteria.

Measuring and evaluating quality in intensive care units, has become the keystone for proper

organization, planning and coordination/control of the developed activities whose primary

purpose is the actual measurement of results, processes and structure used, as well as potential

impacts and generated influences.

(14)
(15)

D

EDICATÓRIA

... v

A

GRADECIMENTOS

... vii

R

ESUMO

... ix

A

BSTRACT

... xi

Í

NDICE DE

T

ABELAS

... xv

Í

NDICE DE

F

IGURAS

... xvii

L

ISTA DE

A

BREVIATURAS E

S

IGLAS

... xix

I

NTRODUÇÃO

... 1

C

APÍTULO

I - E

NQUADRAMENTO

T

EÓRICO

... 5

1.1. Definição de Qualidade em Saúde: do Conceito à Avaliação de Resultados ... 5

1.1.1. Garantia e melhoria contínua da qualidade na saúde ... 9

1.1.2. Avaliação da qualidade em saúde ... 12

1.2. Gestão da Qualidade: dos Princípios aos Sistemas de Monitorização ... 17

1.2.1. Elementos do sistema ... 17

1.2.2. Sistemas de monitorização de gestão da qualidade... 20

1.3. Avaliação da Qualidade em Medicina Intensiva ... 23

1.3.1. As unidades de cuidados intensivos ... 25

1.3.2. Indicadores de qualidade no doente crítico ... 27

C

APÍTULO

II - E

NQUADRAMENTO

M

ETODOLÓGICO

... 35

2.1. Metodologia ... 35

2.1.1. Objetivos ... 35

2.1.2. Tipo de estudo ... 36

2.1.3. Organização da investigação ... 37

2.1.4. População, amostragem e utilização de peritos ... 38

2.1.5. Método e instrumento de recolha de dados ... 40

2.1.6. Unidade de análise para aplicação dos domínios e indicadores selecionados e

avaliação da qualidade assistencial ... 44

2.1.7. Análise e tratamento de dados ... 48

(16)

3.2. Definição do Q-set para a aplicação do questionário Q-Sort ao painel de peritos .... 54

3.3. Análise de clusters ... 54

C

APÍTULO

IV

-

C

ONCLUSÕES

,

LIMITAÇÕES E PERSPETIVAS DE ESTUDOS FUTUROS

... 63

4.1. Conclusões ... 63

4.2. Limitações do estudo ... 65

4.3. Perspetivas de trabalhos futuros ... 65

R

EFERÊNCIAS

B

IBLIOGRÁFICAS

... 67

A

NEXOS

... 75

Anexo A - Pedido de autorização e deferimento do Conselho de Administração do

CHTMAD, EPE para a realização do estudo ... 77

Anexo B - Lista de indicadores de qualidade que definem o concourse ... 85

Anexo C - Questionário aplicado ao painel de peritos na 1ª reunião presencial ... 147

Anexo D - Questionário aplicado ao painel de peritos na 2ª reunião presencial ... 173

Anexo E - Ferramenta de avaliação e monitorização da qualidade proposta aos órgãos

decisores do SCICI ... 179

Anexo F - Autorização para aplicação da ferramenta de avaliação e monitorização da

qualidade do SCICI ... 183

Anexo G - Totalidade das variáveis utilizadas para o cálculo da avaliação da qualidade

assistencial do SCICI, de acordo com os indicadores selecionados pelo painel

de peritos ... 187

(17)

Tabela 1. Atributos de um sistema de saúde que definem a sua qualidade ... 7

Tabela 2. Descrição das UCIs e dos rácios enfermeiro/doente ... 26

Tabela 3. Estudos e indicadores selecionados ... 52

Tabela 4. Indicadores selecionados pelo grupo de peritos na primeira reunião presencial ... 54

Tabela 5. Média de cada perito por cluster ... 55

Tabela 6. Lista final de indicadores selecionados pelo painel de peritos na segunda reunião

presencial ... 58

Tabela 7. Indicadores selecionados pelo painel de acordo com dimensão, inclusão nos

estudos referidos na revisão da literatura e posicionamento nos clusters ... 59

Tabela 8. Resultados da avaliação da qualidade assistencial do SCICI com a ferramenta de

avaliação e monitorização da qualidade desenvolvida ... 60

(18)
(19)

Figura 1. Processo de desenvolvimento de estratégias para a qualidade ... 10

Figura 2. Passos metodológicos para o desenvolvimento de um sistema de monitorização de

qualidade ... 21

Figura 3. Desenho da investigação ... 38

Figura 4. Quadro Q-Sort para 13 questões ... 43

Figura 5. Fluxograma com processo de definição do concourse para a aplicação da

metodologia Q-Sort na população em estudo... 53

Figura 6. Distância entre clusters... 55

Figura 7. Histograma: Análise de frequência de pontuações dos indicadores na divisão de 6

clusters ... 56

Figura 8. Dendograma, seleção final de indicadores (método de máxima distância

euclidiana) ... 57

(20)
(21)

AHRQ - Agency for Healthcare Research and Quality

CHTMAD - Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro

cit. - citado

CVC - Cateter Venoso Central

DGS - Direção-Geral da Saúde

EPE - Empresa Pública Empresarial

ERS - Entidade Reguladora da Saúde

ESICM - European Society of Intensive Care Medicine

JCAHO - Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations

n.º - número

p. - página

PDCA - Plan, Do, Check, Act

PNS - Plano Nacional de Saúde

SCICI - Serviço de Cuidados Intensivos, Cuidados Intermédios

SEMICYUC - Sociedad Española de Medicina Intensiva, Crítica y Unidades Coronarias

SINAS - Sistema Nacional de Avaliação em Saúde

UCIM - Unidade de Cuidados Intermédios

UCIP - Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente

UCIs - Unidades de Cuidados Intensivos

(22)
(23)

A avaliação da qualidade assistencial, é uma das maiores áreas de interesse e preocupação nas

instituições de saúde, apresentando-se a monitorização, melhoria e garantia da qualidade

como um dos objetivos a atingir atendendo às perspetivas da conjuntura atual (Feldman,

Gatto & Cunha, 2005).

De acordo com o Plano Nacional de Saúde (PNS) 2004/2010, a cultura da qualidade dos

serviços é escassa, nomeadamente na resposta dada às expectativas legítimas dos cidadãos

utilizadores. Por outro lado, a divulgação de experiências devidamente avaliadas é

insuficiente, principalmente as promotoras de sucesso (Ministério da Saúde, 2004).

Também no atual PNS (2012-2016), encontramos referência a perspetivas para a promoção da

qualidade através de ciclos de melhoria contínua com identificação sistemática de problemas

e oportunidades com o objetivo de os solucionar ou melhorar, estabelecer padrões desejáveis

e realistas, identificar e atuar sobre os pontos críticos, planear e implementar as mudanças,

monitorizar e avaliar. Estes processos devem ser multidisciplinares, não punitivos, da

iniciativa dos profissionais e estarem associados a planos de desenvolvimento profissional e

das instituições (Campos, Saturno & Carneiro, 2010).

Os diagnósticos efetuados e publicados referentes ao desempenho dos serviços de saúde têm

demonstrado a existência de um grande desequilíbrio entre o nível da prestação dos

profissionais e a adequação dos contextos organizacionais, bem como a afirmação de

lideranças em que estes trabalham, revelando défice organizacional dos serviços de saúde.

Além disso, os principais agentes de decisão, investigadores em saúde e líderes de opinião,

convergem na constatação da escassez (ou mesmo inexistência) de indicadores válidos e

fiáveis que suportem a gestão estratégica e operacional do Sistema de Saúde (Ministério da

Saúde, 2004).

(24)

A existência de uma prática institucional normalizada é reconhecidamente um meio de

garantir a qualidade na prática assistencial na saúde, promovendo a adequação de

procedimentos ao ritmo da evolução do conhecimento científico e da inovação tecnológica,

coordenado por sistemas de monitorização de qualidade. Formalizar estes sistemas implica a

compreensão de políticas, responsabilidades, canais de comunicação, e ações a desenvolver.

Envolve trabalho pluridisciplinar de um grupo ou serviço, empenhamento da gestão de topo,

técnicas específicas de controlo de qualidade e formação no processo de mudança. É uma

procura incessante de melhores soluções em resposta às necessidades e expectativas dos

utentes numa filosofia global, assente em estruturas organizacionais capazes de garantir que

as atividades decorram de forma controlada. É a base da gestão de qualidade total, pois

estabelece a disciplina necessária ao sistema de valores (Sociedad Española de Medicina

Intensiva, Crítica y Unidades Coronarias [SEMICYUC ], 2011).

Assim, é fundamental e de extrema importância o desenvolvimento de planos de gestão da

qualidade adequados e adaptados aos diferentes serviços e especialidades na área da saúde,

nomeadamente as unidades de cuidados intensivos (UCIs) que, dado o seu cariz intrínseco de

especificidade, aspiram a uma melhor qualidade dos seus serviços com o menor risco possível

para o utente.

Do ponto de vista estrutural, as UCIs são um serviço heterogéneo. Ao avaliarmos a

importância de fatores não clínicos (e estudos apoiam esta afirmação) no desempenho das

UCIs, verificamos a existência de enormes inconstâncias, quer dentro do mesmo país, quer

entre diferentes países. Observam-se diferenças nos dados dos doentes admitidos em termos

de gravidade, patologia e diagnóstico, o que propicia a confluência de algumas dessas

diferenças. Mas mesmo que os fatores não clínicos fossem passíveis de serem controlados, as

diferenças iriam persistir. Mantêm-se as diferenças na construção das UCIs, do seu

posicionamento a nível de organograma funcional do hospital, no modo como são geridas e,

não menos importante, no número e formação dos profissionais que nelas exercem funções

(Moreno, Matos, Caixinha, Fevereiro & Almeida, 1997).

Por este pressuposto, é imperativo que as UCIs desenvolvam uma cultura da qualidade,

desenvolvendo um sistema de gestão da qualidade total, em que envolve toda a organização.

No presente contexto, foi elaborado o atual trabalho de investigação que procura contribuir

para a criação de um modelo de gestão de avaliação e melhoria da qualidade das UCIs, na sua

(25)

vertente tridimensional; por um lado, as UCIs apresentam processos e atividades exclusivas,

dependentes maioritariamente das suas características; por outro lado, encontram-se

integradas num departamento, com o qual estabelecem relações; finalmente, exibem uma

natureza transdepartamental, através da transferência de doentes de/e para vários locais e com

urgência sistemática de deslocações para procedimentos diagnósticos ou terapêuticos

(Moreno et al., 1997).

Assim, com vista à garantia e melhoria da qualidade nas UCIs, pretendemos identificar

domínios fundamentais que devem integrar um modelo de gestão da qualidade assistencial,

bem como indicadores que permitam orientações e que possibilitem a monitorização da

qualidade numa UCI portuguesa, em particular o Serviço de Cuidados Intensivos, Cuidados

Intermédios (SCICI) do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro [CHTMAD], EPE.

Neste contexto, surge a pergunta de investigação: Quais os domínios e indicadores essenciais

para a formulação de um modelo de gestão da qualidade clínica numa unidade de cuidados

intensivos para adultos portuguesa?

Tendo em linha de conta que todos os métodos de avaliação de qualidade e de melhoria da

qualidade em cuidados intensivos devem focar três pilares fundamentais - estruturas,

processos e resultados (Donabedian, 1993) - os objetivos deste estudo são: 1) Identificar,

através de um grupo de peritos, os domínios e indicadores que devem integrar um modelo de

gestão da qualidade, adaptados à realidade de uma UCI para adultos portuguesa nível III,

nomeadamente o SCICI do CHTMAD, EPE; 2) Desenvolver uma ferramenta para a avaliação

da qualidade numa UCI através dos domínios e indicadores selecionados; 3) Avaliar a

qualidade assistencial de uma UCI portuguesa com o instrumento de avaliação criado.

Como se pretende conhecer uma realidade num contexto de trabalho, optamos por elaborar

um estudo quantitativo, transversal do tipo exploratório e descritivo.

Destacam-se, ao longo do estudo, as seguintes etapas metodológicas: 1) Referencial teórico,

com a identificação e sistematização dos conceitos em estudo, tendo em conta as definições

de “qualidade” e “qualidade em saúde”, a problemática da avaliação da qualidade em saúde e,

mais especificamente, a avaliação da qualidade nas UCIs através de indicadores de qualidade;

2) Aplicação da metodologia Q-Sort a um painel de peritos na área da medicina intensiva,

partindo de uma lista de domínios e indicadores de qualidade pré-definida, obtida através da

revisão da literatura; 3) Apresentação dos resultados aos órgãos decisores de gestão do SCICI,

(26)

do CHTMAD, EPE; 4) Avaliação da qualidade do SCICI do CHTMAD, EPE, através dos

domínios e indicadores selecionados pelo painel de peritos e autorizados pelos órgãos de

gestão decisores.

Na finalização deste estudo de investigação, serão discutidos os resultados, apresentadas as

suas conclusões e propostas recomendações para estudos futuros e para a melhoria de

avaliação da qualidade, baseadas nos resultados da investigação.

Segundo Moreno e colaboradores (1997), a avaliação das atitudes dos profissionais de saúde,

dos processos e dos resultados é, na maioria das vezes, imprecisa, pontual e intuitiva. No

entanto, segundo os mesmos autores, ela pode e deve ser exata, sistemática e rigorosa. Para

que este fim seja atingido, é necessário a utilização de uma terminologia comum que

pressuponha o conhecimento profundo de definições ligada a este tema.

(27)

CAPÍTULO I

E

NQUADRAMENTO

T

EÓRICO

1.1. Definição de Qualidade em Saúde: do Conceito à Avaliação de

Resultados

Disseminada a partir da indústria desde meados do século XX e tendo tido como referência as

experiências desenvolvidas nesta área, a qualidade (Deming 1986; Juran, 1989) é um domínio

onde, à semelhança de muitos outros, como sejam o financiamento, a relação mercado

oferta/procura, a previsibilidade de necessidades, o impacto e visibilidade social, por exemplo,

as “idiossincrasias” do sistema definem, moldam e adaptam uma realidade transposta de

outras áreas de atividade, para o sistema de saúde (Sousa, 2010).

Um dos principais fatores que tem condicionado a adoção e implementação de critérios de

avaliação de qualidade nos sitemas de saúde prende-se com o facto destes conceitos terem

sido importados da área industrial e essa importação e aplicação na saúde não poder ser feita

de forma linear, devendo respeitar a especificidade dos destinatários, bem como a existência

do vasto conjunto de definições associadas ao conceito “qualidade em saúde” e as

terminologias que lhe estão subjacentes (Berwick, 1996; Blumenthal, 1996; Deming, 1994;

Sousa, 2010).

Hoje em dia, não haverá nenhuma intervenção na área da saúde, ou que sobre ela incida, que

não teça considerações, questione ou manifeste preocupação sobre a qualidade na saúde, seja

numa perspetiva global e genérica, seja nas suas diferentes dimensões e atributos (Biscaia,

2007), existindo na literatura, inúmeras definições de qualidade, concetualizada em termos de

cuidados de saúde e de sistemas de saúde (World Health Organization [WHO], 2006).

(28)

De acordo com o PNS respeitante a 2011-2016 (Campos et al., 2010), embora a definição de

qualidade seja sempre dependente da perspetiva e valores de quem a define, é de extrema

importância a escolha de uma formulação que sirva de referência.

O Institute of Medicine dos Estados Unidos da América, em 1990, definia qualidade em

saúde como o grau em que os serviços de saúde para os indivíduos e as populações aumentam

a probabilidade de obter os resultados esperados de saúde e são coerentes com o

conhecimento profissional corrente (Lohr, 1990). Em 1997, o Department of Health (UK)

apresentava como definição de qualidade em saúde, fazer as coisas certas à primeira, à pessoa

certa, no tempo certo. Para melhor complementar esta definição, o PNS 2011-2016

acrescenta: “no sítio certo ao mais baixo custo”. O mesmo PNS adotou, no entanto, a

formulação proposta pelo Programa Ibérico, em 1990, classificando-a como uma das mais

completas, que define a qualidade em saúde como a prestação de cuidados acessíveis e

equitativos, com um profissional ótimo, que tenha em conta os recursos disponíveis e consiga

a adesão e satisfação dos utentes (Saturno, Imperatori & Corbella, 1990).

Outras definições propostas, nomeadamente por Palmer e pela Joint Commission on

Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO) referem-se, respetivamente, à qualidade

na saúde como “…a produção de saúde e satisfação de uma população, com as limitações da

tecnologia existente, os recursos disponíveis e as características dos utentes” (Palmer, 1982,

p.761), e “…o modo como os serviços de saúde, com o atual nível de conhecimentos,

aumentam a possibilidade de obter resultados desejados e reduzem a possibilidade de

obtenção de resultados indesejados” (JCAHO, 1993).

Na área da saúde, a aparente unanimidade bem como a relativa naturalidade e facilidade em

lidar com conceitos e metodologias relativamente recentes, suscita algumas questões. A

qualidade na saúde deverá ser analisada no contexto de um sistema de saúde, inserido numa

sociedade complexa, em permanente evolução (Biscaia, 2007).

Donabedian (1990), propôs os sete atributos de um sistema de saúde que definem a sua

qualidade: eficácia, efetividade, eficiência, otimalidade, aceitabilidade, legitimidade e

equidade (Tabela 1).

(29)

Tabela 1.

Atributos de um sistema de saúde que definem a sua qualidade

Eficácia

Capacidade de um sistema de saúde de melhorar o resultado de interesse quando aplicado em

circunstâncias ótimas.

Efetividade

Capacidade de um sistema de saúde de melhorar o resultado de interesse quando aplicado em

circunstâncias rotineiras.

Eficiência

Medida de custo exigido para atingir qualquer melhoria num sistema de saúde.

Otimalidade

Ponto máximo da relação entre os benefícios dos cuidados de saúde e os seus custos.

Aceitabilidade

A adaptação dos cuidados de saúde aos desejos, expectativas e valores dos doentes e suas famílias.

Legitimidade

Aceitabilidade dos cuidados de saúde pela comunidade e sociedade.

Equidade

Grau de justiça na divisão dos cuidados de saúde e dos seus benefícios entre os membros de uma

população.

Fonte: Adaptado de Donabedian, 1990

Em 2006, a Organização Mundial de Saúde reúne, integradamente, como atributos da

qualidade na saúde, alguns dos atributos de Donabedian (efetividade, eficiência,

aceitabilidade e equidade) acrescentando a acessibilidade e a segurança. Na dinâmica dos

serviços de saúde, qualquer que sejam as tomadas de decisão, deverão ser respeitadas estas

diversas dimensões (Barros, 1998).

Além disso, a qualidade na saúde na essência da sua especificidade, apresenta ainda algumas

características que a diferenciam de outros setores, pois busca satisfazer – e diminuir – as

necessidades, não respondendo somente à procura. Visa oferecer mais do que as carências,

devendo ser proativa, de modo a prevenir e a dar resposta (WHO, 2009).

O próprio sistema de saúde apresenta vários e diferentes grupos de profissionais com

interesses e motivações distintas que, dependendo do seu posicionamento no “sistema”,

possuem definições e medições de qualidade próprias, podendo igualmente diferir nas

dimensões analisadas, nos objetivos definidos, nos indicadores, medidas selecionadas e nos

padrões utilizados como referência (Brook, McGlynn & Cleary, 1996).

A título de exemplo, os profissionais de saúde caracterizam, tendencialmente, a qualidade em

termos dos atributos, resultados dos cuidados prestados e da sua efetividade. Os financiadores,

gestores e decisores políticos focam mais a sua atenção nas medidas e indicadores gerados

pelo desempenho organizacional, baseando-se na globalidade da população tratada. Por sua

vez, os utentes/doentes tendem a valorizar essencialmente os aspetos relacionais decorrentes

do contacto com a organização e, consequentemente, com os profissionais de saúde, a

(30)

acessibilidade e o “balanço” entre as expectativas e o resultado final dos cuidados recebidos

(Bowers, Swan & Koehler, 1994).

Assim, a qualidade dos serviços de saúde deve ser analisada numa perspetiva de rede (Eiriz &

Figueiredo, 2004; Ovretveil, 1992), surge como uma exigência de todos (Pisco, 2007) e

tem-se tornado uma preocupação crescente (Barros, 1999). Este último autor refere ainda que:

Diversos factores estão na origem dessa preocupação: a problemática da contenção de

custos (ou pelo menos do seu crescimento), maior atenção da população aos aspectos

de qualidade, sendo esta cada vez mais um factor de escolha; e a alteração dos

mecanismos de financiamento, na sua componente de pagamento aos prestadores, com

a introdução de risco financeiro para os prestadores tem gerado receios de que estes

reajam com uma diminuição da qualidade. (p.2)

Campos e Carneiro (2010) referem como fatores que podem condicionar a qualidade em

saúde: a) evolução social, política, ambiental, científica e tecnológica extraordinária; b)

incerteza e imprevisibilidade de ocorrências como epidemias e catástrofes, alterações

climáticas e terrorismo; c) características do sistema de saúde; d) determinantes da procura de

cuidados (envelhecimento, doença crónica, mais informação, expectativa e exigência) e da

capacidade de resposta (recursos humanos, especialização crescente, trabalho multidisciplinar

e intersetorial); e) novos conceitos de resultados (outcome) em saúde e de qualidade de vida.

Segundo o atual PNS 2012-2016, a qualidade em saúde depende também da intervenção

dirigida às estruturas de prestação de cuidados (recursos humanos e materiais, instalações e

organização), dos processos decorrentes da própria prestação de cuidados (qualidade técnica,

adequação/validade da informação produzida, integração e continuidade de cuidados) e dos

resultados (reabilitação/recuperação do doente, controlo da doença crónica, capacitação,

educação, literacia em saúde, mudança de comportamentos e satisfação com os cuidados),

(Campos et al., 2010).

Para Lopes e Capricho (2007), a qualidade é uma ferramenta estratégica intemporal que

possibilita uma evolução com alicerce e elementos basilares, tais como: fazer bem, saber

exigir e continuamente melhorar, pelo que a qualidade deverá ser um sinónimo de estratégia

de gestão, centrando-se na excelência do produto ou serviço e na satisfação das necessidades

dos clientes. O envolvimento dos colaboradores é preponderante, numa atitude proativa a

fomentar, devendo este conceito integrar a cultura organizacional.

(31)

1.1.1. Garantia e melhoria contínua da qualidade na saúde

Segundo Silva (2004), é no contexto de novas realidades trazidas pelo processo de aceleração

histórica que atinge os hospitais, que se exige uma nova estratégia de gestão, onde os

princípios e as ferramentas de melhoria contínua de qualidade se inscrevem.

A forma como a qualidade é abordada e as pressões exercidas nas instituições de saúde,

dependem do sistema de saúde em que se encontram. Nos países europeus, segundo Count e

Meurer (2001), tem-se observado uma preocupação em implementar modelos de melhoria de

qualidade de uma forma consistente. De acordo com os mesmos autores, tal facto deve-se ao

tipo de financiamento, sendo este governamental, havendo, deste modo, a capacidade de

desenvolver projetos de melhoria pelo tempo necessário.

Assente nos pressupostos de Adami (2000), a definição e fixação de objetivos permite uma

monitorização, garantia e consequente melhoria da qualidade. A implementação de medidas

após a análise dos problemas através de ações corretivas concretas e passíveis de correção

verificam os resultados finais e possibilitam a avaliação da estratégia de garantia de qualidade

adotada (Adami, 2000).

A melhoria da qualidade deve basear-se na mudança, através da análise de um processo de

intervenção assente num modelo cíclico dividido em três categorias: análise, estratégias e

implementação (Figura 1), (WHO, 2006). Este modelo, similar ao ciclo de Deming – Plan,

Do, Check, Act (PDCA), procura compreender o problema, planear, tomar a ação, estudar os

resultados e planear novas ações como resposta (WHO, 2006), tendo como ponto de partida,

as necessidades e expectativas dos consumidores e a criação de um movimento contínuo de

melhorias dentro da organização (Pires, 2007). Este modelo procura ainda o aumento da

produtividade, a redução de custos e preços, a conquista de novos mercados, a ampliação do

negócio e o aumento de postos de trabalho. Finalmente, este modelo aponta ao gestor um

caminho e uma atitude, tornando-o sempre atento às necessidades dos consumidores,

antecipando os seus gostos e necessidades (António & Teixeira, 2007).

(32)

Figura 1. Processo de desenvolvimento de estratégias para a qualidade

(Adaptado de WHO, 2006)

A gestão deste processo de mudança, revela um grande desafio para todos os seus

intervenientes, com especial relevo para os decisores políticos e profissionais de saúde. Assim,

aos órgãos políticos e executivos é exigida uma política com aposta inequívoca no

desenvolvimento profissional contínuo, desenvolvimento esse que garanta a sustentabilidade

do sistema de qualidade em saúde (Biscaia, 2007; Pisco, 2007). Aos profissionais de saúde,

compete-lhes assumir a liderança ética, técnica e científica neste processo, garantindo de

forma transparente a adequação dos cuidados de saúde a qualidade e a sua autorregulação

(Biscaia, 2007). O utente, interveniente major no sistema de saúde, destaca-se pela sua

mudança de papel face à organização e aos seus processos. O aumento exponencial no seu

grau de exigência implicou mudanças, não só ao nível das atitudes e comportamentos dos

profissionais, mas também ao nível das políticas organizacionais praticadas (Henochowicz &

Hetherington, 2006).

De acordo com Ovretveit (2003), a melhoria contínua da qualidade na saúde e a sua garantia,

além de ter como objetivos a correção de erros, deve também procurar reduzir a variabilidade

indesejada, sendo um processo contínuo num quadro de responsabilidade e participação

coletiva.

Estratégia

4. Objetivos de qualidade 5. Escolher intervenções para

a qualidade

Análise

1. Envolvimento dos decisores 2. Análise situacional 3. Confirmação dos objetivos

para a saúde

Implementação

6. Processo de implementação 7. Monitorização do progresso

(33)

A introdução de políticas de melhoria contínua da qualidade na saúde, tem como principais

objetivos: i) procurar promover e manter a saúde das populações; ii) estruturar os serviços de

saúde de modo a satisfazer as necessidades dessas populações; iii) assegurar a competência

dos profissionais de saúde; iv) garantir que os recursos financeiros, humanos, equipamentos e

informação sejam utilizados de forma racional e eficiente; v) assegurar a satisfação dos

utilizadores dos cuidados de saúde (WHO, 2006).

Para a prossecução da melhoria contínua da qualidade dos cuidados torna-se necessário

efetuar, de forma estruturada e sistemática, a identificação de problemas e a garantia da sua

solução. Este processo é baseado na identificação dos problemas, no estabelecimento de

prioridades, na procura das melhores soluções aplicáveis, visando a resolução dos mesmos

(Sousa, 2010).

Também no atual PNS 2012-2016, encontramos referência a perspetivas para a promoção da

qualidade através de ciclos de melhoria contínua com identificação sistemática de problemas

e oportunidades com o objetivo de os solucionar ou melhorar, estabelecer padrões desejáveis

e realistas, identificar e atuar sobre os pontos críticos, planear e implementar as mudanças,

monitorizar e avaliar. Estes processos devem estar associados a planos de desenvolvimento

profissional a par com as instituições, ser da iniciativa dos próprios e também

multidisciplinares (Campos et al., 2010).

Na mesma linha de orientação, o referido plano preconiza uma monitorização, benchmarking

e avaliação (interna e externa), incluindo processos de acreditação, de avaliação e de

identificação de boas práticas que devem realizar-se ao nível do profissional, da equipa, do

serviço, da instituição e da decisão política, de forma clara, com o intuito de fomentar a

responsabilidade social e promovê-la junto do cidadão. Recomenda a definição de objetivos,

indicadores e metas, modelos de organização e de prestação, que permitam a comparabilidade

e a identificação de boas práticas, padrões de estrutura, processo e de resultado (Campos et al.,

2010).

Existem seis domínios de intervenção onde se pode atuar ao nível da qualidade, sendo

geralmente os domínios onde também se focalizam os problemas: Liderança, Informação,

Compromissos com utentes e população, Normas e Regulamentos, Capacidade

Organizacional e Modelos de Cuidados de Saúde. São domínios de interligação e que

(34)

pretendem facilitar o processo de decisão na escolha da melhor estratégia a implementar,

tendo em conta o contexto e os atores envolvidos (WHO, 2006).

Não obstante, a concretização dos princípios referentes ao desenvolvimento contínuo da

qualidade ao nível da componente prática, pode evidenciar diversas falhas, das quais Pires

(2007) destaca: i) dificuldades relacionadas com contextos estruturais e normativos

demasiado rígidos; ii) desenvolvimento independente de programas de qualidade não

coordenados, em vários sectores; iii) falta de envolvimento e de suporte ao nível da gestão; iv)

dificuldade em manter os profissionais constantemente motivados na manutenção da

qualidade; v) e finalmente, construção de programas de desenvolvimento contínuo da

qualidade como projetos autónomos (e marginais) em relação às outras atividades da

instituição.

Para que o objetivo de melhorar a qualidade de uma organização se cumpra, não basta apenas

“querer a qualidade”. Para Mezomo (2001), a única arma de implementação da melhoria da

qualidade é a decisão, pressupondo o conhecimento das suas etapas, barreiras, a identificação

do tempo necessário para a sua operacionalização, liderança, técnicas de melhorias que

envolvam a monitorização dos processos e resultados e, finalmente, uma comunicação e

colaboração eficientes.

Preconiza-se para 2016 que os serviços/departamentos adquiram uma visão de

desenvolvimento assente na melhoria da qualidade e integrada numa partilha de

responsabilidade em rede, com valorização da complementaridade entre serviços de

proximidade, de polivalência e de especialidade, sendo esta parte da identidade e dos

objetivos das instituições, alcançando assim padrões de excelência e referência. (Campos et

al., 2010).

1.1.2. Avaliação da qualidade em saúde

Verificamos, no dia a dia das organizações, um vasto leque de mecanismos de avaliação,

interna e externa, que permitem conhecer e comparar os diferentes profissionais, planos de

saúde, populações, regiões, países ou estratégias terapêuticas, nomeadamente guias de

orientação clínica, tendo como referência uma norma, a melhor evidência disponível por uma

prática de excelência (Ovretveit, 2003).

(35)

Como modelos de avaliação da qualidade, destacamos, sumariamente, os modelos de

Maxwell e de Donabedian, por serem os mais utilizados e conhecidos e também por

apresentarem como denominador comum a operacionalização da qualidade em saúde em

forma de dimensões, o que possibilita análises mais pormenorizadas e integradas nas

organizações de saúde.

De acordo com Melzer (2006), Maxwell, no início da década de 90, ofereceu um dos

principais contributos para o debate relacionado com a avaliação da qualidade, sendo a sua

influência visível, quer ao nível das práticas e/ou das políticas de avaliação da qualidade.

Maxwell (1992) defendia um modelo multidimensional, pois ao operacionalizar o conceito de

qualidade em seis dimensões distintas (efetividade, eficiência, aceitabilidade, acessibilidade,

equidade e segurança), tornou capaz a sua medição e avaliação.

Já Donabedian, desenvolveu um modelo de avaliação da qualidade assente em três

dimensões: estrutura, processo e resultados (Donabedian, 1966), sendo consensual a sua

utilização como métodos de avaliação e melhoria contínuas (Moreno et al., 1997) na saúde,

constituindo um paradigma predominante nesta área (Sousa, 2010).

A estrutura é caracterizada pelo espaço físico, recursos materiais, recursos humanos e modelo

organizativo do trabalho. O processo é constituído pelo conjunto de intervenções realizadas

por todos os profissionais e que passam pelo diagnóstico, terapêutica e ações preventivas. Aos

resultados estão associados a efetividade e eficiência ou desempenho financeiro através da

avaliação dos diferentes níveis de saúde, custos associados e satisfação dos utilizadores do

sistema (Brook et al., 1996; Donabedian, 1980).

De acordo com o autor deste modelo, a relação entre os cuidados que os doentes recebem e os

resultados que daí advêm, torna-se a chave para avaliar, monitorizar e consequentemente,

melhorar a qualidade em saúde (Donabedian, 2002).

Da complexa combinação que envolve o processo, a tecnologia e a interação humana, que

caracteriza o moderno sistema de prestação de cuidados de saúde, é esperado que traga

benefícios significativos para os doentes e, neste contexto, surge uma multiplicidade de

abordagens da avaliação da qualidade nas instituições com utilização de conceitos como:

acreditação e certificação das organizações; auditorias clínicas; benchmarking; clinical

(36)

Neste âmbito, como referiu a Comissão Europeia em 2000, à semelhança do que se passa a

nível internacional, a preocupação relacionada com a avaliação da qualidade no sistema de

saúde, de âmbito público, privado ou social, assume cada vez maior relevância. Verificamos

também que esta preocupação se manifesta não só ao nível dos órgãos decisores e

administrações, mas também ao nível dos serviços, profissionais de saúde e, finalmente, dos

próprios utentes.

Segundo as orientações e evidência do eixo-estratégico – Qualidade em Saúde do atual PNS,

a avaliação da qualidade dos cuidados e dos serviços deve integrar áreas distintas e

complementares, como: a) informação e envolvimento, assegurando a disponibilização de

informação pelos prestadores aos cidadãos; b) cuidados e apoio personalizados, garantindo a

efetividade e adequação; c) segurança dos equipamentos e instalações; d) garantia da

qualificação e competência dos profissionais; e) gestão do risco, padrões de segurança e

notificação de mortes e outros incidentes na organização; f) gestão adequada da organização

(UK Care Quality Commission, 2009).

Concomitantemente, deve ser avaliada a própria política de qualidade, através de nomeação

de entidades externas e independentes, responsáveis pela monitorização, elaboração de

recomendações e publicitação regular de resultados (Campos et al., 2010).

De acordo com a alínea b) do artigo 36º do Decreto-Lei nº 127/2009, de 27 de maio, incumbe

à Entidade Reguladora da Saúde (ERS) “Promover um sistema de classificação de saúde

quanto à sua qualidade global, de acordo com os critérios objectivos e verificáveis, incluindo

os índices de satisfação dos utentes” (p.3327)

Para além da obrigação legal que lhe assiste, a ERS considera o acesso à informação, no que

aos serviços de saúde diz respeito, um direito importante dos cidadãos. Assim, assumiu a

responsabilidade de criar, de raiz, um sistema que permitisse avaliar diversas dimensões da

qualidade dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde de Portugal.

Ainda a nível nacional e de acordo com o Relatório Final realizado pelo Grupo Técnico para a

Reforma Hospitalar (Despacho nº 10601/2011, de 24 de agosto), sendo a saúde uma

componente ativa da competitividade nacional, torna-se imprescindível a inserção da

qualidade como instrumento de planeamento dos cuidados e serviço prestados, do controlo

estatístico e da melhoria contínua e persistente da estrutura, dos processos de trabalho e dos

resultados.

(37)

De entre os fatores que incentivaram e continuam a despertar a atenção da avaliação da

qualidade em saúde, destacamos: i) as questões de custo/benefício; ii) o desenvolvimento de

novas orientações políticas centradas na exigência de responsabilidade perante a sociedade;

iii) a pressão por parte dos doentes, que se encontram cada vez mais informados e, por isso,

mais exigentes; iv) o peso dos “media” que cada vez mais dedicam especial atenção às

questões de erro clínico e eventos adversos; v) o interesse crescente na mensuração dos

resultados clínicos e do grau de satisfação dos doentes (Campos et al., 2010; Marshal &

Davies, 2001).

As auditorias clínicas e a avaliaçãos dos resultados (outcome research) bem como os

diferentes modelos de acreditação têm sido os instrumentos mais utilizados e de maior

evidência científica nos processos de avaliação da qualidade (Mainz, 2003; Veillard et al.,

2005).

Segundo Romano (2005), o conceito de acreditação encontra-se ligado a um sistema de

avaliação externa com cumprimento de padrões de qualidade explícitos e previamente

estabelecidos, sendo esta avaliação realizada de forma periódica e voluntária e objetivando o

desenvolvimento de uma cultura de melhoria contínua de qualidade.

A acreditação das instituições de saúde teve o seu início em Portugal no ano de 1999 e

segundo o Programa Nacional de Acreditação em Saúde (Ministério da Saúde, 2009) é uma

das propriedades estratégicas do Ministério da Saúde.

Sendo o principal responsável político pela qualidade dos cuidados que são prestados no

sistema de saúde português, o principal objetivo deste ministério assenta no reconhecimento

público da qualidade atingida nas organizações prestadoras de cuidados de saúde, através de

uma avaliação objetiva da competência por pares (Ministério da Saúde, 2009). Além disso,

procura fomentar uma cultura de melhoria da qualidade, sendo entendida não como um fim

em si mesmo, mas, antes, como uma ferramenta para o desenvolvimento da estratégia da

qualidade, constituindo um estímulo para a aplicação de boas práticas, de procedimentos

normalizados da qualidade e segurança, de metodologias de avaliação do risco e de estudos de

custo-efetividade, na prestação dos cuidados de saúde. As auditorias clínicas, prática

recuperada e relançada no Reino Unido como um dos conceitos fundamentais em que se

materializa o movimento de Clinical Governance (Ritchie, Downie, Boynton & Warner,

2005), podem definir-se como um processo de avaliação e melhoria da qualidade através da

(38)

revisão sistemática de informação resultante dos cuidados prestados e da sua comparação com

critérios e padrões previamente definidos, sendo este processo realizadointer-pares (UK

National Health Service Wales, 2003).

No contexto de um serviço nacional de saúde, é dado algum espaço à flexibilidade, deixando

que cada instituição possa escolher o método em que quer estar envolvida, por julgar ser o

melhor face às suas características particulares (Boto, Costa & Lopes, 2008) mas,

simultaneamente, olha-se cada vez mais para os resultados como medida de desempenho das

instituições (e não tanto, como antes, para estrutura e processo), (Griffith,

Knutzen &

Alexander

, 2002).

Apesar do crescente uso de medidas de resultados na avaliação da qualidade das organizações

e da prestação efetiva dos cuidados ao utente, essa abordagem ainda apresenta limitações

metodológicas relevantes. Verificamos a existência de uma situação antagónica, havendo uma

lacuna nas referências que servem como medida e parâmetros de comparação, fundamentais

para a avaliação da qualidade e dos resultados observados (Travassos, Noronha & Martins,

1999).

De acordo com Almeida (1997), quando crescem as pressões sobre a disponibilidade de

recursos para políticas sociais, ou quando a procura pela equidade é o objetivo central das

propostas de reforma, aumenta a importância da avaliação dos cuidados de saúde prestados,

principalmente quando muitas das propostas e iniciativas procuram transferir para o jogo de

forças de mercado a definição das melhores alternativas associadas.

Segundo Carneiro (2003), a análise da variabilidade na prática clínica e, maioritariamente,

dos resultados decorrentes da prestação de cuidados de saúde, tem hoje um estatuto central na

avaliação da qualidade em saúde. Tendo em conta a variabilidade na prática clínica, os

esforços têm-se centrado no desenvolvimento de normas de orientação clínica, as

denominadas guidelines, cujo principal objetivo assenta na definição de práticas de excelência

baseadas na medicina de evidência. No que concerne à análise de resultados clínicos e

económicos em saúde, esta área encontra-se intimamente ligada à noção anglo-saxónica de

outcomes research.

Sousa (2010), refere que esta nova abordagem pretende analisar e compreender os resultados

de uma intervenção clínica, assim como os fatores que a influenciam, permitindo uma

perspetiva focalizada e global da qualidade em saúde.

(39)

1.2. Gestão da Qualidade: dos Elementos aos Sistemas de Monitorização

Na atual conjuntura da globalização, face às exigências dos utentes e à crescente concorrência

dos serviços privados de saúde, torna-se importante que, para poderem ter sucesso, as

organizações sejam capazes de acrescentar valor naquilo que produzem e que apostem no

melhor desempenho (Lopes & Capricho, 2007).

Portugal, país que não fugiu a esta realidade, confrontado com a escassez de recursos para

manter o atual nível de gastos com a saúde, capacitou como insuficiente o caminho da simples

aplicação de metodologias e de programas isolados da gestão, quer seja pela ação dirigida ao

conjunto dos hospitais ou das organizações prestadoras de cuidados.

Como alternativa, defende atualmente a forma mais avançada da gestão da qualidade, inserida

estrategicamente, ao mesmo nível da gestão financeira, utilizada como instrumento de

planeamento dos cuidados e serviço prestados, do controlo estatístico e da melhoria contínua

e persistente da estrutura, dos processos de trabalho e dos resultados (Despacho nº

10601/2011, de 24 de agosto).

No entanto, não é apenas a caracterização setorial que poderá determinar a intenção e a

decisão em implementar um sistema de qualidade na área da saúde, em particular, num

hospital. Se considerarmos o impacto de fatores externos, como a evolução da procura de

serviços de saúde, o desenvolvimento da rede de prestação de cuidados primários, o

crescimento exponencial da atividade das seguradoras na área e as políticas governamentais,

estão reunidas as condições para uma necessidade subjacente de um sistema que permita um

conceito de qualidade integrada da prestação dos serviços de saúde (Sousa, 2011).

Neste contexto, o conceito de sistema da qualidade é um subsistema da gestão porque atribui

sistematicamente recursos e responsabilidades, de modo a que a organização para a qualidade

se torne viável, efetiva e competitiva (Pires, 2007).

1.2.1. Elementos do sistema

Segundo Chiavenato (2003), durante a aplicação de um determinado método de gestão, são

necessárias alterações profundas no cerne de uma organização, podendo estas ser tanto de

natureza física como estratégica.

(40)

Os casos de sucesso ao nível hospitalar apresentam uma forte componente de planeamento e

estratégia da implementação e desenvolvimento do sistema de gestão da qualidade (Ruiz,

2004). A exigência de liderança a todos os níveis de gestão/chefia, a definição de processos

de controlo envolvendo todas as funções hospitalares operacionais e de suporte

(nomeadamente o desenvolvimento e avaliação dos processos de tratamento do doente),

constituem para esse efeito, aspetos fundamentais.

Rocha (2006), refere que um sistema de gestão da qualidade assenta na identificação das

atividades chave da organização e no estabelecimento de prioridades para monitorizar e

melhorar processos,

centrada e orientado para a satisfação dos clientes. De acordo com este

autor, este modelo de qualidade, organiza e integra atividades de melhoria e através da

estrutura fornecida organiza o planeamento, medição e análise de processos, estruturas e

resultados, tendo como alicerce uma abordagem da organização de forma sistemática e

sistémica

(Rocha, 2006)

.

O conceito de sistema de gestão da qualidade determina o conjunto das medidas

organizacionais capazes de transmitir a máxima confiança de que um determinado nível de

qualidade aceitável está a ser alcançado ao mínimo custo (Pires, 2007).

Juran e Gryna (1991), referem como pontos fundamentais para a instituição de um sistema de

gestão da qualidade, a denominada trilogia Juran: planeamento, controlo e melhoria da

qualidade.

Bittar (1999), atribui como componentes básicos para a obtenção de bons resultados num

sistema de gestão da qualidade:

a) A definição de um sistema de informações que permita, em tempo real, a recolha e

tratamento de dados que possibilitem o conhecimento de variáveis internas e externas,

facilitando o planeamento, organização, coordenação e avaliação;

b) A estrutura física, organizacional e material adequada e baseada nas necessidades

locais;

c) A construção de normas e procedimentos de todas as áreas e subáreas da instituição,

nomeadamente a elaboração de protocolos clínicos devidamente documentados e

arquivados, bem como processos implementados, são de enorme relevância;

(41)

d) Recursos humanos motivados e sob constante formação contínua (incluindo

desenvolvimento de líderes comprometidos, participação efetiva do corpo clínico,

criação de canais de comunicação);

e) Padronização de materiais permanentes, material de consumo, medicamentos,

impressos e processos;

f) Revisão ágil e constante dos processos, inovação e criatividade gerencial, tecnológica

e estrutural como metas;

g) Ser realista na avaliação de processos, procurando-se a objetividade (utilizar

ferramentas da clínica, da epidemiologia, da administração e da sociologia);

h) Utilização do benchmarking tanto interna como externamente para comparação de

processos e resultados (criação de indicadores próprios, qualitativos e quantitativos,

simples e passíveis de utilização no mercado, baseando-se em parâmetros locais e

regionais);

i) Lembrar que qualidade sempre deve estar atrelada a baixos custos e a alta

produtividade.

Para que um sistema de gestão da qualidade seja estabelecido, uma das primeiras etapas

consiste em determinar as necessidades que esse sistema deve satisfazer, tornando a sua

escolha o mais eficiente possível. A título de exemplo, Rooney e van Ostenberg (1999)

destacam que as exigências de um sistema de gestão da qualidade voltado para a certificação,

não são as mesmas que as de um sistema cujo objetivo é a acreditação. Enquanto para a

certificação, o foco se concentra mais no controlo dos processos, nas especificações do

desempenho de um produto e menos na avaliação dos resultados, para a acreditação, as

exigências tendem a direcionar-se para a avaliação da capacidade do serviço em medir e

manter um programa de melhoria de desempenho.

Através da sua interligação, integração a nível organizacional e coordenação, os elementos de

um sistema de gestão da qualidade procuram estabelecer e alcançar o cumprimento dos

objetivos definidos na política de qualidade que poderão estar descritos ou não num manual

da qualidade (Morgado, 2006).

De acordo com Pires (2007), na documentação ou análise de um sistema de qualidade

deveremos considerar três aspetos diferentes e complementares: i) o sistema existe, está

definido e é visível, ou seja, está suficientemente documentado; ii) a política e os

procedimentos são entendidos e seguidos a todos os níveis da organização; iii) o sistema é

(42)

eficaz, isto é, permite atingir os objetivos e todos os problemas de uma forma sistemática, de

acordo com os procedimentos definidos e da forma mais económica.

Em termos práticos, na formalização de um sistema de qualidade, devem identificar-se os

aspetos técnicos e os aspetos de gestão de cada atividade, após o que devemos definir

responsabilidades e elaborar os procedimentos adequados.

Vilcot e Leclet (2006), concluem que na aplicação de políticas viradas para a melhoria da

qualidade hospitalar há um facto que não pode ser negligenciado e é aplicável a todas as

iniciativas. Um projeto/sistema só terá sucesso com o total apoio e colaboração dos

profissionais de saúde e quatro itens devem ser respeitados: i) prever e decidir as ações que

devem ser implementadas; ii) desenvolver o projeto tal como planeado; iii) controlar e provar

que o desenrolar do projeto decorre como previsto; iv) Reagir após a avaliação das ações já

realizadas com vista a melhorá-las, simplificá-las, prevendo as ações futuras.

Para que o sistema se atualize e adapte constantemente a novas exigências, é necessária a sua

revisão periódica, com base na sua adequabilidade e extensão para tratar dos problemas

surgidos, ou previsivelmente a surgir (Pires, 2007).

1.2.2. Sistemas de monitorização de gestão da qualidade

A monitorização da qualidade consiste na identificação de aspetos relevantes dos serviços que

se oferecem e na medição sistemática e planificada de indicadores sobre a sua qualidade com

o objetivo de identificar oportunidades de melhoria ou problemas de qualidade. Esta é, pois,

uma atividade fundamental da gestão da qualidade (Saturno, 2008, cit. por Campos et al.,

2010).

Tal como refere o atual PNS 2011-2016 (Campos et al., 2010),

esta metodologia:

…implica a seleção de indicadores e o estabelecimento de um plano de monitorização

com a periodicidade das medições e o método com que se vão realizar. Esta actividade

permite saber o nível de qualidade de um serviço que prestamos para a compararmos

com outros centros ou com padrões pré estabelecidos, identificar áreas problemáticas

que têm que ser corrigidas ou, pelo contrário, de excelência, que possam ser

disseminadas como exemplo de boas práticas ou, ainda, documentar o resultado de

mudanças introduzidas. (p.118)

(43)

A monitorização permite assegurar-nos de que o “básico está bem”. As variações que se

produzem nos sucessivos resultados de um indicador não podem ser interpretadas diretamente,

uma vez que estas variações podem ser originadas pelo acaso e, geralmente, apenas nos

referimos a elas como causas sistémicas ou devido a aspetos relacionados com pessoas,

profissionais, organização, ambiente... aí falamos de causas extra-sistémicas. Estas últimas

são as que identificam os aspetos sobre os quais devemos trabalhar para melhorar a qualidade

da atenção prestada (SEMICYUC , 2011, pp. 24-25).

Quando falamos de sistemas de monitorização, formulamos as seguintes perguntas: “De tudo

o que fazemos, o que é mais importante? E como asseguramos que o que estamos a fazer

apresenta um nível de qualidade correcto?” (SEMICYUC , 2011, pp. 24-25). Por este motivo,

e segundo a mesma fonte, os sistemas de monitorização podem interpretar-se como

“percursores de oportunidades de melhoria”.

Os passos a seguir para desenvolver um

sistema de monitorização são os representados na Figura 2.

Figura 2. Passos metodológicos para o desenvolvimento de um sistema de monitorização de qualidade

(Adaptado de SEMICYUC, 2011)

- Definir o processo - Consiste em especificar o âmbito da assistência a que se submeterá a

monitorização. Convém definir as atividades, profissionais, estruturas, circuitos, etc, que

Definir o processo Identificar aspetos mais relevantes Desenhar indicadores Estabelecer standards Recolher e tabular Comparar com o standard Conseguido Definir o processo Identificar problemas ou oportunidades de melhoria Procurar Identificar e colocar em marcha medidas corretivas

Não

Não

Sim

Identificar problemas ou oportunidades de melhoria

Não

Não

Sim

Imagem

Figura 1. Processo de desenvolvimento de estratégias para a qualidade   (Adaptado de WHO, 2006)
Figura 2. Passos metodológicos para o desenvolvimento de um sistema de monitorização de qualidade (Adaptado de SEMICYUC, 2011)
Figura 3. Desenho da investigação
Figura 4. Quadro Q-Sort para 13 questões
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Referências

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