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Comemoramos
Hitchcock:
o
britânico
que recriou
o
suspense
e o
cinema
P
12,13
�������
L
FLORIANÓPOLlS,DEZEMBRO
DE
1999
-ANO
XVI-
N° 2
IT
IT
.
- ...
ZERO
ANO XVI- N° 2NOVEMBRO
99
CURSODEjORNALISMO
CCE -COM UFSC i-•••••i-r
Melhor
jornal-laboratório
do Brasil
Expocom94
Melhor
Peça
Gráfica
I, II, III, IV,
VeXI SetUniversitário
88,89,90,91,92
e98
jornal-laboratório
do
Cursode
jornalismo
da
Universidade Federal
de Santa Catarinaeditado
pelo
Laboratório
de
Infografia
,F"ECHADO
EM 26 DE NOVEMBROArte:Ron
Cobb, Wagner
MaiaApoio:
CaioSalles,
DéboraTozzo,
Ellen
Sezerino,
MarianaDauwe,
MellyssaMol
Colaboração:
Amocam,
Professores Flávio SturdzeeMauro
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eprofessor
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Direção
dearteederedação:
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AndréaFisher, jônatas
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editoriais:Companhia
dasLetras, Internet,
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Textos: Ana Letícia
Rosa,
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Fontoura,
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Valdecir BeckerPré-hnpressão:Artline
Impressão: Imprefar
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CursodeJornalismo
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gratuita
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Tiragem:
5.000exemplares
EXPRESSÃO
SEM LIBERDADE
Univali
censura
livro
sob
pressão
a
fundo
doespelho
éoutro
-quem
liga
aRBSliga
aGloboeraotítulo do livro do
jor
nalista Carlos Alberto de Souza
antesdesercensurado
pela
Editorada Universidade do Vale do
Itajaí (Univali),
sobpressões
eameaças da Rede Brasil Sul
(RBS).
Os400exemplares
já
impressos foram
recolhidos,
olançamento
previsto
para 10deagosto foi adiadoe umasegun
dacapafoi feita.Osubtítulotam
bém foi
alterado,
e olivro finalmentefoi
lançado
nodia 15 desetembrocom otitulo
afundo
do
espelho
éoutro-quem
liga
a....
Resultado da
dissertação
de mestrado do
jornalista
e coordenadordo Cursode
Jornalis
moda
Univali,
aobraquestiona
se umaempresa sediada fora do
Estado
(RBS) pode
representaroscatarinenses. Eleconclui que a empresa
gaúcha depende primeira
mentedesua
sede,
a RBSdoRio Grande doSul,
edepois
dasOrganizações
Globo,
aqual
éfiliada,
nãopodendo
representar "nem asiprópria,
muito menosasociedade catarinense". A
dissertação
foi defendida naUniversidade Federal do RioGrande do
Sulemmarço
passado,
recebendoconceito Aeindicação
parapublicação
de todososmembros da ban cajulgadora.
a
fundo
doespelho
éoutro-quem
liga
a...questiona
aposição
da RBScomorepresentante
dacomunidadecatarinense e
florianopolitana
atravésdo estudo desuaestrutura
empresarial
edaanálisede
programação
econteúdos veiculadosporsuaemissorainstaladana
Capital,
aRBS 'IVFlorianópolis,
queéa
cabeça
da redenoEstado.Souzaabordaosproblemas daRBSe sua
obrigação
deseguir
o"padrão
Globo de
qualidade"
e todasas demais determinações
dasOrganizações
Globo. Estudousuaprogramação
duranteum ano emeio,dando ênfaseprin
cipal
paraostelejornais
Bom Dia SantaCatarina,jornal
doAlmoço
e osplantões
Notícias 24 horaseVotação
naAssembléia.Umadas
primeiras
conclusões doautoré queaRBS nãotemnenhum horário nobreparacolocar
sua
programação
noar. Eleconstataque todos oshorários concedidos
pela
rede Globo para programações
locaissãoperiféricos.
O RBSNotícias,
entreasnovelas dasseisedas sete,
quando
ostrabalhadoresestão
chegando
emcasa,ouaindanemchegaram;
oEstúdio Santa Catarina,
domingo
à noite,depois
do humorísticoSaideBaixo, que dificilmente po
deráser assistidopor
aqueles
que trabalhamna segunda;
oBomDia SantaCatarina,às6:45, quando
o
público
está acordandopara ir
trabalhar;
oCampo
eLavoura,
praticamente
nasmadrugadas
deDomingo,
quando
oagricultor
quegeralmente
trabalha atésábado ànoiteestá
descansando;
oRBSComunidade,
exibidodepois
doCampo
eLavoura,
entre6e7horas;
oRBSEsporte,
nosábadoatarde....Quanto
ao""padrão
Globodequalidade",
Souzaapontaa
obrigatoriedade
das afiliadas desesubmeterematudooqueaGlobo
impõe,
sob pena deperderem
o direito de retransmissão. Cita comoexemplo
a'IVColigadas
deBlumenau,
que nãoseguiu
o"padrão
Globo dequalidade"
eperdeu
odireitode retransmitir aGlobo na
Região
do Vale doItajaí.
Em 1981,a'IVColigadas
foicomprada
pelo
Grupo
RBS.A 'IVAratu,na
Bahia,
éoutroexemplo
derebeldiaao
"padrão
Globo dequalidade".
Conformeo2 não tiveramcomo desmentir
�
asconclusões dadissertação".
�
Eleacrescentaque dizerpara-g
UI11aniversariante(a
RBSco.� memora 20 anos em Santa
=;
Catarinaem1999)
que ele12 "não
pode
representaraspes§
soasquefinge
tantoprivilegi
�
ar eprovar quenãoé'amiga
da
comunidade',
énomínimo
constrangedor".
Conforme o autor, a
obrigação
de editar uma segunda
capaencareceuolivro. "A versãooriginal
ia serlançada
aR$
12,00eseupreço nas livrarias seria de
R$
15,00.
Agora,
estoulançando
olivroa
R$
15,00e seupreçonaslivrariasserádeR$18,00".
ParaSouza,"o
poder
daRBSé
inquestionável
e oladocomercialdaempresa émui
toforte."Maselegaranteque apesar dissonãofez
nenhuma
alteração
no conteúdo: "Não mexi nemnacontracapa,que também
queriam
mudar".O
jornalista justifica
aescolha dotemapelo
fato de haver poucos estudos
disponíveis
sobreo assunto. "Só
conheço
dois:o daDulce Márcia Cruz(
Televisão e
Negócio
-A RBSem Santa Catarina.
Florianópolis,
UFSC/FURB,
1996)
quefaladasestratégias
comerciais,retratadasporelacomomuito bemsucedidas e do Paulo Scarduelli
(Network
deBombacha:os
segredos
daTVregional
daRBS. SãoPaulo,
1996. Dissertação
deMestrado),
que seguea mesmalinha da Dulce".Paraele,
nenhum dosdoisestudos retrata a verdade
sobreaRede Brasil Sulem
Santa
Catarina,
"pois
nãotêmumavisãocrítica".
Dulce Márcia Cruz
defende seu livro dizendo
que"criticar nãoé só falar
mal,
massobretudo falaraverdade".
Segundo
ela,
seulivro
pode
nãofalar maldaRBS,mas nemporisso
deixa de ser
crítico,
"pois
mostra as
estratégias
empresariais
epolíticas
deuma empresa de fora do
Estado que obteve
grande
sucesso em SC.
Qualquer
grupo de
comunicação
quefizeroqueaRBSfezvaiter
o mesmo
resultado'',
sustentaaautora.
Ditadura
-Segundo
ocientistapolítico
eprofes
sordesociologia
daUFSC ItamarAguiar
"é inadmissível que em
plena
viradaparao séculoXXI nos de
paremoscom umfato des
ses". Para
ele,
a censuradevesercombatidacomto
dos osmeios. "Não
pode
mos nos deixarmonitorar
pela
ditadura domais forte,no caso a
RBS,
quequerimpedir
a todo custo quequalquer
obraque fale averdade sobre ele
seja
publicada".
Valdecir Becker
Carlos
Alberto
foi obrigado
aretirar
dacapa
nome elogo
da
RESeGlobo
autor,aemissoraestava
operando
comequipamen
tosobsoletosenãobuscava anunciantes. Benefiel
ado
pela
amizadecom RobertoMarinho,
AntônioCarlos
Magalhães,
então ministrodas Comunicações
napresidência
deJosé
Sarney,
ganhou
odireitode retransmitira'IVGlobonaEstado através de
suaemissora,a'IVBahia.
Seguir
o'padrão
Globo dequalidade'
custoucaroà RBS. Além
disso,
algumas
investidas empre sariais nãoderam muitocerto. "Entreelasodesastroso
ingresso
nomercado detelefonia,
que gerou umacrisenaempresa,comdemissões de fun
cionáriosevenda das
ações
dealgumas
empresas,entreelas o Consório
BCP e o
Shopping
Praiade
Belas,
quegeraram inúmeras dívi
das,
atrasandoalgu
masiniciativas, entre
elasos investimentos
na'IV por assinatura."
Aniversarian
te- Souza
apurouque
alguns
dos índices de audiência da programação
localestão acima da média
global.
Em
contrapartida,
osoutrosquenãoforam
divulgados pelo
DiárioCatarinense,
estão muito abaixo da média,
oqueexplica
porque não foram
publi
cados.
Por
pressões
daRBS, que ameaçou a
Editorae oautorcom
processo por uso
indevido da
logomarca
da empresa,areitoria
daUnivali mandoure
colher todosos exem
plares.
Paraaempre sagaúcha,
acapaera"muito
agressiva"
edifamava não só a
RBS, mas tambéma
Globo. Mas para Sou
za o motivo é outro:
"elesseirritaramcom
o conteúdo do livroe
Negócio
mal
feito
comiespailhóis
descapitaliza
RBS
Conforme
pesquisa
do autor, quecitaoJornal
FalandoSério,
de outubrd de1998,
liacompra da
CRT,
emparceria
comosespanhóis,
tornou-semotivode ironiaentreos
empresári
osdo
país.
Odesastrosonegócio
começouaruirquanqo
aTeJefonica compr(JuaTelesp
efoi obrigada
adesistir dasociedadecomaRBS, pois
alegislação impede
queummesmogrupocontrolemaisdeuma
operadora
deteléfonla fixa".Diante desse
fato,
aRBS seriaobrigada
contra!Jlalm�nte
acomprar4,10%
dasações
destinadas aos
funcionários
da CRTeteriaquepagar..
R$ 96rnilhóes pelas ;tções
que
valiam.
apenas
R$
9 milhões. Em outroproblema
financeirodaempresa,aRBSdesembolsou
US$ 40,5
milhões
pata
resgatar
80% doseurobônus,
lançadas
em1995,naEuropa
e nosEUA. Issoporque osinvestidores decidiram
resgatar
ostítulosnostrêsanos
previstos
nascláusulasdoC(mtr�to.
�Ill. entre;yista � yazeta.
Mercantil,
opresidénte
doGrupo
NelsonSirotsky
atribuiuofato
."à
boatariaemtornodasdificuldades quea
RBSestariaenfrentando?i
A crisenuncafoiconfirmada oficialmen
te
pf#RBS,
masademissão.de300.
funcionários,avenda de16%da
participação
noShopping
Praia.de
Bel;tS,
em.Porto
Negre,
avenda
dasações
no Consórcio BCp,que
opera telefoniamóvelemSP eno
Nordeste,
e, mais recentemente,avenda do
ZAZ,
segundo
maiorprovedor deinternetdo
país,
confirmamqueasconFEDERALlZAÇAO
DO BESC
Manobra
da Amin
duplicou
divida
do
Estado
Rombo foi de
RS 2,1
bilhões,
mas
deputada
diz que crise seria evitada
com
crédito
de
RS
175
milhões
A
oposição
acusa ogovernoestadual deter
praticamente
duplicado
adívidahistórica do
Estado,
com a manobra de
federalização
doBancodo Estado de Santa Catarina
(BESC)
parafazercaixa, e afirma que se o banco
continuasse
público
não serianecessário todoessedinheiro para
recuperá
lo.Ovalor da dívida contraída
pelo
governador
Esperidião
Amin foi deR$
2,129
bilhões,
a serempagosem30anoscom
juros
de6%ao ano.Ocontratoquetransferiuocontroledo BESC
paraogoverno federal foi assinadono
dia 30 de
setembro,
via Internet, depois
de muitadisputa
entregovernis
taseoposição.
A
deputada
Ideli Salvatti(PT)
denuncia que "esses valores
exorbitantes
extrapolam
deuma maneira
irresponsável
ecriminosatodooentendimentoacercadosnúmeros
doBESC".Ela
explica
queobancotemareceberumativonovalor
aproxima
do de
R$
175milhões, proveniente
doFundo de
Compensação
deVariação
Salarial- crédito
originado
noscontratos de financiamento habitacional
-queo
próprio
governofederalnãohonrou."Seessemontantetivessesidore
passado
ao BESC naépoca
em quecomeçaramos boatos acercadafalta
de
liquidez
dobanco,
porsisójá
capi
talizariao
banco,
comsobras",
criticaa
deputada.
Ideli acusa o governodeestar
fazendoum
"jogo
decena"ediz queseu
grande objetivo
é venderoBESCeparaissoobanco
precisa
estar"enxuto",semdívida
alguma.
Ela afirma quepara sanear o
banco,
deixando-o nopoder
estadual,
ovalornecessário nãoultrapassaria
R$
250 milhões.Noentanto,
segundo
adeputada,
apolítica
de
privatizações
do governo FHCper mitiuaoBancoCentralemprestardinheiroaoEstadosomenteno casoda
federalização
dobanco,
mesmo sendoovalor paraisso muito
superior
aonecessário parao
simples
saneamento.
Gastosinúteis
-Combasenos
valores
divulgados,
Ideli Salvattiexemplifica
que osR$
400 milhõesdestinadosao
Programa
de DemissõesIncentivadasnão seriamnecessários.
'�ém
disso,
tambémnão serianecessário
provislonar
R$
250 milhões para20anosde
aposentadorias
daFundação
deSeguridade
Social doconglome
radoBESC(Fusesc)", completou
Ideli.A
deputada
também falacomironiasobreovalor destinadoainvestimen
tosem
tecnologia.
"Desconfioqueuminvestimento de até
R$
30 milhõesnessaárea éumtanto
exagerado,
talvez o nosso
governador esteja negoci
ando diretamentecom oBillGates,aí
éoutro
negócio",
critica!deli."Parafazercaixaeviabilizaro
governo
dele,
Amin nãorelutaembotar fora um
importante
instrumentode
política
econômica,
comoéoBESC"alega
adeputada.
Elaacrescentaquet1A�
'"f
OBviai AGORA
\,OCt
(NTR£CrA
o
eesc
\\
"tudo nãopassa deuma
armação
parapoder
"tocar"ogoverno.É
umamaneirafácil de passar à
sociedade,
daqui
a30,40,
anos oresgatedessa dívida".O
presidente
do Sindicato dosEmpregados
emEstabelecimentosBancá riosdeFlorianópolis
eRegião (SEEB),
Rogério
SoaresFernandes,
afirma queoBESC ésóocomeço."Amin vaiven
deraCasan,a
Celesc,
todaequalquer
empresa, enquanto os catarinenses
não se levantarem contra essa
dizimação
dopatrimônio público",
alertaosindicalista.
Osecretário da
Fazenda,
Antônio Carlos Vieira
(PPB),
garante quenãohácomofazercaixaporqueodi
nheirovem "carimbado". Ideli Salvatti
concordaquenacláusula
primeira
docontrato entreaUniãoe oEstado está
assegurado
queos recursosfinanciadosnão
podem
serutilizadosem outrosfinsou
compensados
deumafi.nalidadeparaoutra."Istoéoquereza
ocontrato,
porém podemos
esperar detudo",
adverteadeputada.
Elaatentaqueessevalor exorbitante deixa dúvi
dasemargensa
desconfianças,
mesmo que ele
seja
disponibilizado
emetapas,obedecendoa umcronograma
de desembolso. "Nóscomorepresen
tantes do povo, e a sociedade como nossos
fiscais,
deveremos ficar atentos", alertaa
deputada.
Terrorismo - Dados
internos
do banco demonstramque
quando
ojornalista
Ricardo Boechatanunciou,dia 19 de
setembro,
noBom-Dia Brasil da Rede
Globo,
queoBESCpoderia
ser
liquidado
emalgumas
horas,
obanco detinha
R$
1,7bilhãoentredepósitos
à vista, aprazo, poupançaefundos de
aplicação.
IdeliSalvatti afirmaque com este valor é
impossível
acontecer a
liquidação
dequalquer
banco."Foi
puro
terrorismo",destacaa
deputada.
Ela
alega
que todo oprocessode
federalização
nãofoi umaquestão
financeira,
massimpolítica,
porqueoBESCé viáveleestável. "Casocontrá
rio nãosobreviveriaatodo essefura
cãono
primeiro
semestre",argumenta Ideli. "Os rumores sobre a
federalização
do bancoiniciaramemjaneiro
desteano e oBESCpermaneceuestável durante quasesetemeses",
acrescentaa
deputada.
O
presidente
do Besc, VictorFontana,rebateuem seus
depoimen
tosàCPIqueaestabilidade do banco
eramantida porumaalta
liquidez
falsaporqueoBESCcaptavaataxasbem
superiores
às de mercado para criaressa
imagem
eque,naverdade,
obanconuncateveuma
liquidez
deR$
800milhões. Fontanadisse queadelibe
ração
doBancoCentral denão aceitaros números do
balanço
de 1998 foiacatadasem
dis-cussão porqueo
órgão
éaautoridade máxima do
osbancos estaduaisque tiveramseus
balanços
retidospelo
BC foramfederalizadosou
privatizados.
Fechamentosedemissões
-A
direção
doBESC destacaqueos800 mil correntistasdo banconão vãosofrer
perdas
em suascontasouaplica
ções
financeiras. Todososcontratosjá
assinadosserãomantidos.Oqueacon
teceufoiofechamento
temporário
daslinhas de
crédito,
até quea novadireção
do banco definaas novasestratégias.
Foi
constatado,
noentanto,queofechamento de várias
agências
deficitáriase a
redução
do número de funcionários
pode
provocar reflexos noatendimentoe
prejudicar
osclientes.Ogovernoespera quemetadedos
cer-2 funcionários doBESC têmestabilida
(J)
de
garantida. Aproximadamente
65%
�
dosempregados
do bancosão associ(\)
adosao
sindicato,
e oobjetivo
dornesQ5 moéconvencer esses e osoutros
fun-6,cionários
de que a melhoropção
é(\)
manter-se
empregado
no banco. "Omercado de trabalho não está
fácil,
principalmente
parapessoas que geralmente trabalharamavida inteiraem
um
banco",
alertaopresidente
do sindicato.
Rogério
afirmaqueoSindicatopretende,
aexemplo
doBanespa,
quefoi federalizadohádoisanos eaté
hoje
resiste à
privatização,
lutar também parareverteroprocessodeprivatízação
doBESC.
Segundo
opresidente
dainstituição,
de forma isolada elesnão tinhammuita
perspectiva,
edecidiram,
então,
organizar
o Movimento UnificadoContra às
Privatízações.
Osobje
tivos doMucap
são conscientizar aspessoas das
conseqüências
dasprivatizações
edefender,
além doBESC,aCasan,a
Celesc,
aEscola TécnicaFederal deSanta Catarinaeatéa
UFSC.
Agências pioneiras
-Ogover
nador
Esperidião
Aminsecomprometeu amanteras 147
agências pionei
rasdo
BESC,
destinandocercadeR$
20 milhões anuais do orçamento do
Estado para mantê-Ias.São
municípi
osondeoBESCtem aúnica
agência
bancáriaou posto de atendimento a
queosmoradores
podem
recorrer.Aperda
dessasagências
afetaria todaaeconomiado
munícipio, já
que atéosaposentados
teriam que recorrer aoutrascidadesparareceberemseus sa
lários."O
problema
érepassarosgastosdessas
agências
aoEstado,
uma vezOs valores
da
dívida
do
Estado
(em
milhões
de
reais)
País.
Programa
deDemissões
Incentivadas - POIFundaçãg ÇODESQ de.,Seg!Jrdade §gçia!
-FUSESC
Investimentos
emtecnologia
Capitaliiação
.� ...
,�
..
Fundos para
contigências
fiscais, trabalhistas,
cíveis eoutrospassivos
'YAquisiçãQ,de
ativº�do Be$Cp�lo Est�do
Aquisição
deimóveis
não de uso, doBesc, pelo
EstadoQuitação dê
dívidasdo
Estadojunto
aoBesc428,00
250,00
30,º0
620,30
100,00
643;-'0
39,65
18,00
AinstabilidadenoBESCco
meçou
quando
obalanço
de98dainstituição
deixoudeser
publi
cado. "Isso
bai-xou a
credibilidade do
bancoazero",declarouagerente-ge
raI da
agência
doRio deJaneiro,
LuziaAparecida
França
Vieira.Segundo ela,
os
grandes
clientes analisamosnúmeros everificam amargem paraseus
investimentos,
e sem apublicação
dobalanço
não houveinvestimento. Opresidente
do conselho de administração
doBESCesecretário estadual daFazenda,
Antônio CarlosVieira,concordaqueafalta dos números avaliando
o
desempenho
do banco afastouosinvestidores,
masafirma que foioBancoCentral que nãoosaprovou.Vieira
reconheceunadecisão doBCa
políti
cade
privatizar
todososbancosestaduais.
Segundo
constatouLuzia,todoscade 5 mil funcionários alistem-seno
Programa
de Demissões Voluntárias(PDV),
medida que reduziriaamédiade 30 funcionários por
agência
paraapenas nove. O
presidente
do SEEB,noentanto, afirma queonúmero de
funcionários
já
éreduzido e obanconão vai
conseguir
semantercomapenas2.500
empregados.
"A nãoserquereduzam os postos de
atendimento,
que são
aproximadamente 600",
explica Rogério.
A
posição
do sindicato écontraoPDVeeles
pretendem
convencerosempregados
anãoaderiraoprograma,principalmente
porque elesnão
cor rem oriscodeseremdemitidos,
já
quequeo BESC,agora, está sobo
poder
federalebrevemente
pode
estarsobopoder privado",
criticaopresidente
doSEEB. O
governador
sejustifica
dizendo que emboraa
responsabilidade
seja
dogoverno
estadual,
os recursosvirãodaUnião, através do orçamentoedo
Plano Plurianual.O
presidente
do Sindicato dos Bancários afirma queissoé
incoerente. "Primeiro o
governador
abre mão do
banco,
e agora resolvelançar
recursosdo Estadoparamanteras
agências pioneiras",
critica Rogério
Soares.Fernanda Souza
99
-DEZEMBRO ZERO
Fusão
torna
Viacom
�
maior
domundo
Dona
dos estúdios
cinematográficos
da Paramount Pictureseda cadeiadelocadoras devídeo
Blockbuster,
aViacomadquire
agorapor
US$
37,7bilhõesaredede televisão
CBS,
umadas trêsmaiores dos Estados Unidos. As
duas empresas
juntas
possuemfaturamento anualdemaisde
US$
21 bilhões. Coma
fusão,
amaiornaindústria damídia até
hoje,
anovaempresa teráumvalor
estimadoem
US$
80bilhões. AViacom passaa ser a
segunda
maior
megacorporação
de mídiano
mundo,
atrás apenas da TimeWarner.AWalt
Disney
passaaocuparoterceiro
lugar
nosetor,fechandoociclo dos
grandes
conglomerados
que controlamamídianosEstadosUnidos.
A arrancada da Viacom paraestar
entreos
gigantes
começouem1987,
quando
Summer Redstonepassouacontrolaraempresa, que
na
época
apenasproduzia
programas paraaTV. Seteanos
depois,
aocompraraParamountCommunicationse aBlockbuster
Entertainment
Group,
RedstonetransformouaViacomem uma
grande corporação
emrelação
aos seusconcorrentesnosEstadosUnidos. O
império
deRedstoneinclui também diversos canais de
TVa
cabo,
comoMTV,Showtimee
Nickelodeon,
além deestações
derádio, TV,
cincoparquestemáticose umaeditorade livros.
"Nossa união seráo
rei",
disseRedstoneaoanunciara
fusão,
aoladodo executivo-chefe da
CBS,
Mel
Karmazin,
que seráodiretor deoperações
danovaempresa."Seremos líderes
globais
emtodosos
aspectos
da indústria de mídiaeentretenimento".O sonhodos
doisnão está
longe.
Atransação
deveserfechadano
primeiro
semestrede
2000,
seaprovada
por
instituições reguladoras
do mercado americano.Segundo
osespecialistas,
asempresas de mídia devem
continuara
política
deintegração
"vertical",
e novasfusõeseaquisições
devemsurgir.
Opera
ções
como essassãofavorecidaspela
falta de controle do governonorte-americanosobreasteleco
municações.
Alémdisso,
aComissão Federal de Comunica
ções
(FCC)
autorizou,
emagosto,
ocontrolede empresas de
televisão sobre mais deumcanal
em umamesmacidade. A
partir
daí,
asgrandes
cadeiasnacionaissaíramemumabusca frenética
por canais de televisãoemtodoo
país.
Depois
daCBS,
especula-se
quea
NBC,
aUSA NetworkseaPaxson Communications
sejam
aspróximas
redesde televisãoa sealiaremcomosmilionários
estúdios
cinematográficos.
Textos:
Olavo Pereira Oliveira
Com isso, a
Intelig
deve entrarem campocom
forças
reduzidas para competir com aEmbratel.A
Sprint
parece não termuita escolhaporcausada recém-anunciadafusão desuasope
rações
com aMCI;Worldcom.Amaioriadosanalis tasacredita queaSprint
desistiráge
suaparticipa
ção
naIntelig,
masa��presa
b���ira
deveráenfrentar
díflculdadesjê
aequipe
de �tla çonttoladoranorte-americanatambémresolver abandoná-la.
Oligopólio
deumsó·.ATeleCentroSul(TCS)
e mar, traskolt.ling$.
detelefo-nia,es randou decisão
rápida
daAnateipara que
$eja
outorgadauma permissão
paracompetir
comaEmbrateleaIntelignas
ligações
inte-Q�pâcionais
eiP.t�(IJ�ciolJ�'
()
p�sidente
S,
Henrique
Neves,encaminhouurnpedido
.formal
àAgência
Nacional deTelecomunicações
(AnateI)
paraquesejaoutorgada
pemússão
nessesentidopor
pelo
m 18meses;'.
A TCS, fo â
pela. lelecom
Italia,
Opportunity
efundpensão'
Telemar
fun-damentam o
pedi
inação
demonopólio
nasc de Asem-presasquerem lor
banas
enquantq
sença daopera
ernpresa-espelh
Atéqueoassuntê
poderão
operarções.
rantiracompet"ocaminhop
possibilitar
quligações
interu Outroar tempo estimad entreaMCIe a oassuntodeve serapreciado.
imprevistos,
pr asempresas qu nam-secoliga
dênciaaopresi
"Ora, urn mer
das éum
MAIOR GRUPO
MULTIMíDIA
doindustrial paraaMCI."O
plano
deampliar
a concorrêncianas
telecomunicações
ficaráprejudicado
nalonga
distância,omonopólio
voltará porcercade um ano seninguém
tomarprovidências logo".
Mas,se a
Sprint
sairdaIntelig,
oproblema
não estaráinteiramenteresolvido,alertaoexecutivo. AFranceTelecom
(FT),
quetem 25%daIntelig,
é detentorade10%daSprint.
Comafusão,aFT ficariacom uma
participação
indiretanaEmbratel. "A fusão dará
poder
defogo
à Embratele aIntelig",
continuaQueiroz.
Ianques
preocupados
- Nos EstadosUnidos,a
preocupação
comomonopólio
dastelecomunicações
vemdesde1997,quando
aWoridCom comprouaMCI. William
Kennard,
opresidente
da FederalCommunications Comission
(FCC),
fez umaadver tência: "Nósestamosaapenasumafusão deumnívelindevido deconcentraçãonas
telecomunicações."
A
confirmação
daaquisição
daSprint
pela
MCUWoridCom por
US$
129bilhõeslevouKennarda soar oalarmeelevantarabandeirada defesadosconsumidores,
cujos
interessesé pago para zelar..
"A
competição
produziu
umaguerradepreçosnomercadode
longa
distância",disseopresi
dente da FCC. "Essafusãopareceser uma
rendição;
como issopode
ser bomparaos consumidores?"Kennard avisouqueasduas empresasterão "o pesa
do fardodemostrarosbenefíciosdo
negócio
paraosconsumidores"antesdeveremsuafusão
aprovada.
Vários
políticos
manifestaram-seno mesmosentido.A comprada
Sprint pela
MCI WoridCom nãofoi
negociada
com oobjetivo
dereduzir preçosoumelhorarosserviçosque elasprestam
separadamen
te. Nãoseesperaqueo
negócio,
amaiorfusãoempresarial
dahistória,tenhaesseresultado,tantoqueos
presidentes
ediretoresdasduascompanhias
não sederamaotrabalhode enfatizaressesargumentos.Scott
Cleland,
analistadaLegg
Mason Precursor
Group,
explicou
arazão por trásdabilionáriatransação:
"Ojogo, hoje,
nastelecomunicações
éescala,escala,
escala".Nãofoiesseojogo
queaadministração
Clintone oCongresso
republicano
prometeramaosamericanos
quando
aprovaram,em1996,
ahistóricalei que
desregulamentou
astelecomunicações.
A promessaeraque haveria mais
competição.
Trêsanosedezenas de fusões
depois,
hámenos.Assete
baby
bells,
asempresastelefônicasregionais que
surgiram
daquebra
domonopólio
daAT&T,em
1984,
estãoreduzidas aquatro.Astrêscompanhias
especializadas
emoperações
delonga
distân cia encolheram paraduascom acompradaSprint
aMCI Worldcom. Ealíder continuaa ser aAT&T,0% domercadode
longa
distância(a
área omuIliefoi
originalmente
reservadapela
leiquerom-tonselh6A
mi Ivo dêDêfeSlfEC()flôrnicapeuseu monopólio),
e acessopor caboamais40%(Cade)
sobre afusãodas norte-americanas MCIe dasresidências,quegarantiucom acompradeduasSprint.
"Nos EstadosUnidos,
essenegócio
aindagrandes
empresas do setor, aTCI e aMediaOne,
edevedemorarunsseteaoitomesesparaserapro- umcontratode
leasing
darede daTime-Warner, avado,
mas oBrasilnãopode
esperar",
afirmou. maioroperadora
deTVacabodosEUA.Segundo
Queiroz, agestão
operacional
demarketing
daIntelig,
empresaespelho
daEmbratel,éfeita
pela
Sprint,
eissoagora deixará desersegre-4 ZERO' DEZEMBRO
- 99
AWoridCom,
quehavia
comprado
aMCIem1997,agora
engole
aSprint, respectivamente
a
segunda
e aterceira maioroperadora
deelecomuni
cações
delonga
distâncianosEstados Unidos. Uma
incorporação
disfarçada
de fusão,daordem de
US$
129bilhões,algo
parecido
comtudooqueoBrasilesperainvestiremtelecomuni
cações
napróxima
década. Aoperação
estácausandoumaenormedorde
cabeça
aosórgãos regulado
resnorte-americanosebrasileiros.Sóa
Sprint
é avaliadaem quaseUS$
40 bilhõese suatelefonia
celular,
muito bem-conceituada,
éestimadaemUS$
33bilhões. AMCI;WorldComvale
US$
151bilhões,mais quealíder domercado,aAT&T,avaliadaem
US$
140bilhões.Juntas,asern:presasvãodeter 30% dessemercado.
Isso,claro,
sêaComissãoFederal de
Comunicação
(FCC), agência
reguladora
norte-americana,ratificaracação
MCI;WoridCom/Sprint,
decisãoaguardada
té 15 de dezembro.Até
lá,
aAgência
deNacionaldeTelecomunicações
(AnateI) ,clonedaFCCamericana,estaráobservando
os movimentosdaEmbrateledaIntelig,
esta
espelho daquela.
É
queaSprint
controla25%da
Intelig,
que vai concorrer natelefonia delonga
distânciacom a
Embratel,
cujadonaéaMCI. "Issoferea
legislação
brasileira queproíbe
aexistênciadeduas
operadoras
sobumsócomandoempresarial",
explica
RenatoGuerreiro,presidente
daAnateI.Eleadiantouqueentreasalternativasparaessa
fusão,
estáacassação
deuma oudasduaslicenças
de funcionamentodas
operadoras.
A Anateipoderá
determinar queumadas
operadoras
seretiredocontroleacionáriodaempresaedo acordo deacionistas
que dá
poder
demando sobre suasatividades.PelaLei Geraldas
Telecomunicações,
aMCI sópoderia
afastar-se docontroledaEmbratelem2003, quan
doa
privatização
fazcincoanos.Nessecaso,aopção
mais
provável
éaretiradadaparticipação
de25% daSprint
naIntelig.
AMCI tem 100% dasações
da Embratel.Paraevitara
cassação,
aAnateijá
comunicouà
operadora
americanaSprint
queseafaste das decisõesda
Intelig,
mesmoantesdeumadecisãoformalsobreodestino daempresanoPaís.O diretor-con
selheiro da
agência, José
Leite PereiraFilho,acreditaqueessaseriaafórmulamais
adequada
para evitarconstrangimentos
políticos
elegais
paraaempresaconcorrentedaEmbratel, quesepreparaparaen
trarem
operação
nofim de dezembro.Sóquea
Sprint
ameaçou não apenas retirara suaparticipação
de25% naIntelig,
comotambém seusfuncionários,
casoelarealmentetenhaquemão dessa
participação. Afinal,
éaSprint
quedesenvolvendoo
marketing
e aestruturaoperacion
da
lritelig.
"Avenda desuaparticipação
naempresadeverácausarasaídade funcionários
importantes,
oque acabaria
atrapalhando
osplanos
daoperadora
de
conquistar
umaparcela significativa
do mercado nocurtoprazo",
dizAndy
Castonguay,analistaespe cializadoemtelecomunicações
daPyramid
Research,LEI DE
GÉRSON
Asfusõeseaquisições,quesetransformaramnomaiorfe nômenoempresarialdofinal destemilênio,estãodesafiandoopoder
dosgovernosedosórgãosde defesa da concorrência dospaíses.En
trejaneiroesetembrodeste ano,essasoperaçõessomaramUS$2,2
trilhõesnomundo,poucomenosdeumquartodo ProdutoInterno Bruto (PIB) norte-americano, de US$ 8,87trilhões, segundo a
ThomsonFinantial Securities.
Asfusõesnãosóestãocriandograndes conglomerados,como
tambémprovocandoa"invasão"de fronteiras.Deacordocomojor
nal
espanhol
BlPaís,essemovimentoparece estar cadavezmaislon ge do fim. Dados daKPMG,umadasmaioresempresas de consultoriadomundo,confirmamquesomentenoprimeirosemestredesteano
ascompanhias européiasfecharam
negócios
fora deseuspaísesnovalor deUS$ 256,76bilhões.Isso representaodobro do montante
registrado pelas663aquisiçõesrealizadaspor empresasnorte-ame
ricanasfora dos EstadosUnidos,nomesmoperíodo.
Analistasafirmam,entretanto,queasfusõescostumamdar
certoapenasnoinício porcausadareduçãodoscustos."Alongopra zo, énecessário superaramescla deculturas,inovarelançarnovos
produtos,
queéoquefazaumentarasvendaseonúmero deempregos",dizemosanalistas.Uma
pesquisadaAndersen
Consultingmostra, por
exemplo,
que apenas23%das fusõesjáconsolidadasalcan-Cartel
nega
dívidas
com
a
receita
Continuao
impasse
entreogoverno federale aEmpresa
Brasileira deTelecomunicações
(Embratel)
quantoaodébito tributário deR$
1,3bilhão que a empresa teria
adquirido,
antes daprivatização,
com aSecretariadaReceitaFederal.Adívidaestásendo cobrada da empresanorte-ameri
cana
MCI/WoridCom,
que venceu o leilão deprivatização
da Embratelemjunho
doanopassado.
A empresanãoquer
reconhecê-Ia,
afirmando quecomprou a
estatal,
porR$
2,7bilhões,
sem saberqueadívidaexistiaeque seriacobradadiretamente
dela.
O
vice-presidente
daMCI/WoridCom,
DanielCrawford,
afirma,
em umacartapessoal
aoministrodas
Comunicações,
PimentadaVeiga,
queoitem n''6 do Protocoloe
justifícaçâo
daCisãodaTelebrás,
umdos documentos dodataroamda
privatização
doSistema
Telebrás,
"confirma queaEmbratelnãoé a
responsável
porpagamentodessamagnitude".
Ele também dizque,na
hipótese
de queosimpos
tos
sejam
realmentedevidos,
ofato de terem sidoproduzidos
antesdaprivatização
implicaria
aresponsabilidade à Telebrás e não aos novos donos da
Embratel.
Luigi
MassimoBianchi,
diretor econômicofinanceiro da
Embratel,
disse queaempresa quebrará"casotenha depagaresses
impostos".
Segun
doumafonte
próxima
àempresa, "a MCI não teriaconcordadoempagar
US$
2,7bilhões sesoubessequeteriade pagarmais
US$
1,3bilhão".LuizCarlos
Mendonça
deBarros,
ex-ministrodas
Comunicações
que comandou o processo deprivatização,
nãoadmiteoargumentode queadívida da Embratelcom aReceitaFederalnãoconstava
dos dados da estatal no data room do Sistema
Telebrás. "Eles
(a MCI)
incorporaram
essepassivo
ao preço que ofertaram
pela
Embratel e acharamque nãohavia
problema",
disseoex-ministroaocri ticar aposição
daempresaamericana."É
atípica
situação
dequem comprouequeraproveitar
asituação
para tirarumacasquinha",
conclui. Paraele,
emqualquer negócio, quando
secomprauma empresaassume-se suasdívidas.
Pimentada
Veiga
confirmou queosdadosarespeito
do débito da Embratelconstavamdo dataroom do Sistema Telebrás. Ele disse que os
questionamentos
feitosporumconcorrentesobreotemaeram transmitidasaos demais interessados.
"Ninguém pode alegar
que desconheciaodébito",
afirmou. O ministro insistiu queaMCI
poderá
devolveraEmbratel setiverdúvidas sobrea
posição
ética do governo brasileiro duranteo processode
privatização.
Mendonça
deBarrosrecorda queaReceita sópassou acobraressedébito
depois
daprivatização,
em
julho
de 1998,emboraadívida fosserelativaa1996. Hoje
adívidachega
aR$
1,3 bilhão e seuparcelamento, segundo
ele,
foiumapropostafeitapela
Receita. O ex-ministrolembra queemagostode 1998aMCIoprocurou
pessoalmente
paratratardoassunto. "Falei com o
(Pedro)
Malanedepois
com o(Luiz Carlos) Sturzenegger
(ex-procurador
daFazenda
Nacional)
para colocar oproblema",
disse. "Mascomotudoque aparece noMinistério
daFazenda vaipararnagavetae
ninguém
sepreocupa,oassuntosó voltouagora,comtodoesseta
manho",
afirmou.Em
Washington,
ovice-presidente
deMarketing
Global, Jorge
Rodriguez,
reafirmou queaempresa nãotinha conhecimento da dívida.
Segun
do
ele,
noacordo deprivatização
nãohavianenhuma
indicação
de queoscompradores
teriamdear car com umvolumetãoalto deimpostos
nãopa gos.Eles sabiam- Oargumentode queaMCV
WoridCom desconhecia
completamente
adívida éfalso, pois
documentoscomprovam queaempresatentouincluiradívida daEmbratelnorelatório fi nal que encerrou o processode
privatização
daTelebrás,
publicado
emagostonoDiárioOficial.Empelo
menosduascartase em um recursoadministrativoaempresa atribuiuadívidaà Telebrás resi
dual,que administraos funcionários cedidos
àAgên
ciaNacional de
Telecomunicações
(AnateI).
Segun
do uma autoridade
ligada
ao processo deprivatização,
se essepedido
tivessesidoacatado,
ogovernoteriaassumido
potencialmente
adívidacomaReceitaFederal.
Emcartaenviadaaoministrodas Comuni
cações,
em 29dejulho
desteano,Crawford apresentouessa
possibilidade
como uma"solução
técnica".''Acreditamos queessa nova
informação
oferece aogovernodoBrasil,à Telebráse àEmbratel
umaforma de desenvolveruma
solução
técnicaquevaiprotegerosdireitos
legítimos
de todososacionistasda
Embratel,
semperturbar
osprocedimen
tosdaReceitaFederal sobreessas
pendências
fiscais",afirmounacarta.
Emuma
correspondência
anterior,de 23 dejulho,
assinada porrepresentantes da Embratel(operadora),
da EmbratelParticipações
edaMCVWoridCom,
foipedido
queaComissãoEspecial
deSupervisão
daPrivatização
nãoencerrasse o pro cessodedesestatização
doSistemaTelebrás,
adian doapublicação
do relatório final. Oartigo
204 daLeiGeral das
Telecomunicações
estabelecequeaté30dias
após
avendadasações
preferenciais
aosempregados
da Telebrás deveriaserpublicado
umrelatório sobrea
privatização.
Menosdeuma semana
depois,
Crawfordin sistiunaquestão:
"antesqueorelatórioseja
divulgado,
acreditamos queaComissãoEspecial
devale-var em
consideração
adívidapotencial
da Telebrásrelacionadaaospagamentos internacionaise reco
mendarqueaTelebrásassuma
qualquer
eventualdívida da Embratel".
"SeaReceitaFederale/ouoConselho deCon
tribuintes decidirfinalmente queesse
imposto
nãoédevido,
oproblema
estaráresolvido", prosseguiu.
"Noentanto,se aconclusão for
contrária,
aTelebrásdeverá
cumprir
asobrigações
definidasnadocumentação
dacisão".Ao
longo
dos doismesesemque odataroomesteve
aberto,
várias consultas sobre débitos daEmbratelcom aReceitaFederal foram
feitas,
atépela
própria
MCI. Emjulho,
porexemplo,
osresponsá
veis
pelos
dadosresponderam
a umaperguntafeitapela Sprint
dizendo que a Embratel não recolhiaImposto
de Renda sobreotráfego
mútuo,
queenvolve
operadoras
estrangeiras.
Possibilidaderemota - Duranteo
período
de
privatização,
ogovernofederal consideravaremotasas
possibilidades
deadívida da EmbratelcomaReceita Federalserpaga,
pois
odébitonãoera reconhecido. Essa
avaliação
foipassada
váriasvezes aosconsórciosinteressados nacompra da Embratelao
longo
doperíodo
deprivatização.
''A
possibilidade
deautuação
nuncafoiconsiderada
provável",
disseoadvogado
AntoniodeAzevedo
Sodré,
responsável pelas
auditoriasnospassi
vosdasestataisecoordenador do dataroamdo Sis temaTelebrás,
que reunia os dadossigilosos
dasempresas, sobresua
situação
financeiraecomercial."Haviaoentendimento de queadívida até
pode
ria
chegar
a sercobrada,
mas adefesacontraopagamentoteria
grandes possibilidades
deêxito",disse.Adívida cobrada
pela
ReceitaFederal,
segundouma autoridade
ligada
aogoverno, somatiaR$
800 milhões e não
R$
1,3bilhão. SeriamR$
250milhões do
"tráfego
entrante"eR$
550 milhõesdo"sainte".Desdea
privatização,
aEmbrateljá
pagouR$
50 milhõesdeImposto
de Rendarelativosao"tráfego
entrante",o que navisão da ReceitaFederal,
significaria
queaempresareconheceosdébitosanteriores.
Crawford,
emreuniãocomPimentadaVeiga
eoutrosrepresentantesdo governo, voltouaafirmar
categoricamente
queaempresanãoéresponsável
pelos
impostos
devidos.Segundo
umanotapublicada
pela
Embratel,
aempresa refezascontaseconcluiuque adívidaem
questão
é decercadeR$
351 milhões,
incluindojuros
emultas.Aempresa está fazendosuadefesaeminstância administrativa. Ainda
segundo
anota,aEmbratel continuaráapagarimpastosobreareceita
operacionallíquida
de chamadasinternacionaisaté queacontrovérsia fiscal
seja
resolvida.
Textos: Olavo Pereira Oliveira
Mel
pode
devolver
Embraiei
se
duvida
do
go
verno
comunicaçõesnosEUA,que começouem1996,acabecom a concor
rêncianosserviçosdetelefonia móvele naInternet.Deacordocom a
SecuritiesData, essesetorpassou a serocentro dasatençõesdos
órgãos
reguladores.de mercado. Énele queseconcentrao maior número de fusões eaquisiçõesentreempresas. ForamUS$ 79 bi lhõesemoperaçõesnoterceiro trimestredoano.Numprimeiromomento,a
principal
causadessa onda de fusõeseaquisições éa necessidade decrescer para competirnum
mundoglobalizado,dizojornalEtPaís.Entretantoo"objetivoimedi ato, queatuacomomotordesse processo, éareduçãodecustos".
Umapesquisarecenteda Andersen
Consulting,
realizadacom214executivosdeprimeiroescalão queparticiparamdefusõesemtodoo
mundo,mostraqueamaioria
-cercade 85%
-tevecomoobjetivo
inicialareduçãodecustos.Apenas15%responderamqueametaera
crescer.
Entreoutrasgrandesfusões da históriaestãoadas
petrolífe
ras Mobilcoma Exxon,por US$ 74bilhões; ado Citicorpcom o
TravelersGroup,porUS$70bilhões;ada Ameritechcom aSBC,por
US$ 69,8 bilhões;adaGTECorporationcom aBell AtlanticporUS$
68,34
bilhões;adaAmococom aBritishPetroleum,porUS$ 52 bilhões; ada Airtouchcom aVodafone,porUS$ 57,8bilhões eado
NationsBankcom oBankAmerica,porUS$ 59,4bilhões.
Fusões
movimentam
US$
2,2
tri
só
neste
ano
e
criam
oligopólios
çamosobjetivos
pretendidos.
Dototal,30% fracassame47%têmresultadosdiferentes dosplanejadosinicialmente.
Além daobservaçãodessesaspectos,asfusõeseaquisiçõeses
tãopondoemxequeacapacidadedosórgãos reguladoresdomercado,
os
poderes
políticosdecadapaíse aposiçãode domínio do mercado.AoperaçãoentreaTotalfinae aElf,porexemplo, dependeainda deuma
decisão daComissãoEuropéia, órgãoexecutivodaUniãoEuropéia.Nos EstadosUnidos,acompradaSprint
pela
MCIaindatemde passarporvários "filtros".Umdeles éodosacionistas, ooutroé daComissão Federal deComunicações(FCC).
Umadaspreocupaçõesé queaonda defusõesnaárea de
tele-99