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Identificação de células hepáticas progenitoras em hepatocolângio carcinomas e em carcinomas hapatocelulares puros

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Monografia

Identificação de células hepáticas

progenitoras em hepatocolângio carcinomas

e em carcinomas hepatocelulares puros

Luiza Barbosa Oliveira

Salvador (Bahia)

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

Fundada em 18 de Fevereiro de 1808

Identificação de células hepáticas

progenitoras em hepatocolângio carcinomas

e em carcinomas hepatocelulares puros

Luiza Barbosa Oliveira

Professor-orientador: Luiz Antonio Rodrigues de Freitas

Monografia de conclusão do curso médico da

Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) da

Universidade

Federal

da

Bahia

(UFBA),

apresentada ao Colegiado do Curso de Graduação

em Medicina da FMB-UFBA.

Salvador (Bahia)

(3)

Monografia

:

Identificação de células hepáticas progenitoras em

hepatocolângio carcinomas e em carcinomas hepatocelulares

puros

Luiza Barbosa Oliveira

Professor-orientador: Luiz Antonio Rodrigues de Freitas

Co-orientadora: Juliana Ribeiro de Freitas

COMISSÃO EXAMINADORA

Membros Titulares:

Luiz Antonio Rodrigues de Freitas, Professor da FMB-UFBA.

Daniel Athanazio, Professor da FMB-UFBA.

Helma Cotrim, Professora da FMB-UFBA.

TERMO DE REGISTRO ACADÊMICO:

Monografia aprovada pela Comissão, e julgada

apta à apresentação pública no III Seminário

Estudantil da Faculdade de Medicina da Bahia,

com posterior homologação do registro final do

conceito (apto ou não apto), pela coordenação do

Núcleo de Formação Científica. Chefia do

Departamento de Patologia e Medicina Legal.

Salvador (Bahia)

(4)

Todos estão loucos, neste mundo? Porque a

cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e

que estão para haver são demais de muitas, muito

maiores, diferentes, e a gente tem de necessitar de

aumentar a cabeça, para o total.

(5)

EQUIPE

Luiza Barbosa Oliveira, Estudante de Medicina da FMB-UFBA;

Luiz Antonio Rodrigues de Freitas, Professor da FMB-UFBA;

Juliana Ribeiro de Freitas, Professora da FMB-UFBA;

(6)

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Faculdade de Medicina da Bahia

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz

(7)

FONTES DE FINANCIAMENTO

1.

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB);

2.

Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz;

3.

Laboratório de Anatomia Patológica IMAGEPAT.

(8)

Meus agradecimentos a Dr. Luiz Freitas e Dra.

Juliana

Freitas,

pelos

ensinamentos

e

oportunidades gerados ao longo desses dois anos,

e a Cathya Boechat, sem a qual a execução desse

trabalho não seria possível.

(9)

ÍNDICE

I. RESUMO

3

II. OBJETIVOS

4

III. INTRODUÇÃO

5

IV. MATERIAIS E MÉTODOS

9

V. RESULTADOS

11

V.1. Características histopatológicas dos hepatocolângio carcinomas

11

V.2. Resultados da marcação imuno-histoquímica dos hepatocolângio

carcinomas

12

V.3. Características histopatológicas dos carcinomas hepatocelulares

12

V.4. Resultados da marcação imuno-histoquímica dos carcinomas

hepatocelulares

12

VI. DISCUSSÃO

14

VII. CONCLUSÕES

17

VIII. PERSPECTIVAS

18

IX. ANEXOS

19

IX.1. Tabelas

19

IX.2. Figuras

20

(10)
(11)

I. RESUMO

IDENTIFICAÇÃO DE CÉLULAS HEPÁTICAS PROGENITORAS EM HEPATOCOLÂNGIO CARCINOMAS E EM CARCINOMAS HEPATOCELULARES PUROS. O câncer de fígado é, no mundo, o quinto mais comum em homens e o nono em

mulheres. Trata-se de uma neoplasia maligna altamente agressiva, com taxa de sobrevida em cinco anos de apenas 8,9%. Podem-se destacar dois tipos principais de câncer primário de fígado: o carcinoma hepatocelular e o colangiocarcinoma. Uma terceira categoria de neoplasia maligna hepática é o chamado hepatocolângio carcinoma que, como o próprio nome sugere, mostra aspectos dos dois tipos de tumores. A caracterização de uma neoplasia maligna contendo elementos de duas linhagens celulares hepáticas reforça a implicação de uma célula hepática progenitora bipotencial na origem do câncer de fígado. Essa célula pode ser reconhecida através de suas características morfológicas e perfil imuno-histoquímico típico. O presente estudo identificou células com características de células precursoras hepáticas em todos os casos de uma série de 4 hepatocolângio carcinomas e 4 carcinomas hepatocelulares puros. A presença de células com perfil “progenitor” em neoplasias primárias do fígado pode contribuir na compreensão da histogênese desses tumores, trazendo subsídios para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Além disso, é importante para a sua classificação, uma vez que constitui possível fator prognóstico.

(12)

II. OBJETIVOS

Principal: verificar a presença de células hepáticas progenitoras em uma série de quatro casos de hepatocolângio carcinomas e quatro casos de carcinomas hepatocelulares puros.

Secundários:

1. Analisar as características anatomopatológicas desses tumores, através da revisão de lâminas coradas com hematoxilina e eosina;

(13)

III. INTRODUÇÃO

O câncer primário de fígado (CPF) é o quinto mais comum em homens e o nono em mulheres. A Sociedade Americana do Câncer (American Cancer Society) estima que, em 2007, ocorreram 711.000 novos casos ao redor do mundo [1], que se distribuem geograficamente de forma heterogênea. A maioria dos casos ocorre na região da África subsaariana e da Ásia oriental, consideradas áreas de alta incidência (taxa de incidência ajustada por idade – ASIR – em homens maior que 20/100.000). América do Norte, América do Sul e Oceania são consideradas áreas de baixa incidência (ASIR menor que 6,0/100.000), enquanto países mediterrâneos da Europa, como Espanha, Itália e Grécia são áreas de incidência intermediária (ASIR de 15 a 20/100.000) [2]. No Brasil, as taxas de incidência padronizadas por idade para câncer do fígado e das vias biliares intra-hepáticas variam de 1,76 (Jaú) a 11,96 (Porto Alegre), segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Salvador possui um ASIR de 6,60, o terceiro maior do país segundo mesma fonte [3].

O CPF é uma neoplasia altamente agressiva, com taxa de sobrevida em cinco anos de apenas 8,9% [1]. A situação era ainda mais grave quando os tumores só eram detectados em estágios avançados. O aprimoramento das técnicas de imagens possibilitou a detecção precoce e o acompanhamento de nódulos suspeitos de malignização em pacientes diagnosticados com cirrose hepática de etiologias diversas, o que foi fundamental para melhorar o prognóstico da doença.

Destacam-se dois tipos principais de câncer primário de fígado: o carcinoma hepatocelular (CHC) e o colangiocarcinoma (CC).

O carcinoma hepatocelular, constituído por hepatócitos neoplásicos, é o tipo histológico mais comum de câncer primário de fígado, correspondendo a 70% a 85% dos casos [1]. Ocorre frequentemente associado à doença crônica do fígado e cirrose [4]. As principais causas de cirrose em pacientes com CHC incluem hepatite B, hepatite C, doença alcoólica do fígado e esteato-hepatite não-alcóolica, sendo o vírus B da hepatite (VHB) a causa isolada mais comum de CHC. Embora a maioria dos casos de carcinoma hepatocelular relacionados ao vírus B se desenvolva em pacientes com cirrose estabelecida, o VHB é causa

(14)

notória de CHC na ausência de cirrose. Já o risco de carcinoma hepatocelular causado pelo vírus C da hepatite está relacionado a uma infecção crônica com consequente desencadeamento de fibrose e eventualmente cirrose [5].

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece quatro padrões arquiteturais do CHC: trabecular, pseudoglandular e acinar, compacto e esquirroso. O padrão trabecular é definido pelo crescimento das células neoplásicas em cordões de espessuras variadas que lembram as traves hepáticas e são separados por espaços semelhantes a sinusóides. O padrão pseudo-glandular é caracterizado pelo arranjo das células em estruturas acinares com eventual produção de bile. O padrão compacto geralmente é produzido pela progressão do câncer, quando os espaços entre as células se tornam cada vez mais imperceptíveis, dando ao tumor uma aparência sólida. O padrão esquirroso é marcado por fibrose intensa e consequente atrofia das trabéculas tumorais [6].

O colangiocarcinoma, por sua vez, é uma neoplasia que reproduz os aspectos arquiteturais de dúctulos biliares. A OMS classifica os colangiocarcinomas de acordo com a sua localização primária em intra ou extra-hepáticos. Essas duas entidades são diferentes em aspectos epidemiológicos, clínicos e terapêuticos, sendo o colangiocarcinoma intra-hepático (CCI) considerado uma neoplasia primária de fígado. A incidência do CCI varia significantemente entre as diferentes partes do mundo. Na Tailândia e em outros países orientais, por exemplo, esse tipo de tumor chega a ser predominante em relação ao carcinoma hepatocelular, devido às altas taxas de infecção pelos vermes hepáticos Clonorchis sinensis e

Opistorchis viverrini. Na maioria dos países, entretanto, o CCI representa de 10 a 20% dos

casos de cânceres primários de fígado. É um tumor extremamente agressivo e frequentemente aparece em um fígado sem doença prévia, embora possam ser identificadas algumas condições de risco marcadamente aumentado, como colangite esclerosante primária [7].

A histologia dos colangiocarcinomas intra-hepáticos reproduz as características dos adenocarcinomas. Há formação de estruturas glandulares de arquitetura tubular e/ou papilar, contidas em um estroma fibroso que varia de escasso a abundante. A secreção de muco pode ser demonstrada em alguns casos pela reação do PAS-diastase. Invasão perineural e de tratos portais são outros aspectos importantes, marcadores de malignidade [6].

(15)

Uma terceira categoria de neoplasia epitelial maligna hepática é o chamado hepatocolângio carcinoma (HCC) que, como o próprio nome sugere, mostra elementos do carcinoma hepatocelular e do colangiocarcinoma. Morfologicamente, os dois aspectos destas neoplasias podem coexistir na mesma área tumoral ou estarem separados por uma porção de parênquima normal. Muitas vezes as lesões apresentam características intermediárias entre os tipos CHC e CC, o que torna difícil o seu diagnóstico.

Allen e Lisa (Allen AR, Lisa JR; 1949) foram os primeiros a descrever esse tipo de neoplasia e, baseados na diversidade de achados anatomopatológicos, propuseram sua classificação em três subtipos [8]. Essa divisão foi revista e modificada por Goodman e colaboradores (Goodman et al.; 1985), que alocam os tumores em três categorias: tipo I, áreas separadas e aparentemente coincidentes de HCC e CC; tipo II, massas independentes de HCC e CC separadas por uma área de transição contendo características de ambos os tipos de tumores; e tipo III, constituídos inteiramente de áreas de transição com um misto de componentes hepatocelular e colangiocelular [9]. A definição da OMS de tumor combinado inclui elementos inequívocos de carcinoma hepatocelular e colangiocarcinoma intimamente relacionados e exclui, portanto, os tumores do tipo I de Goodman et al. [6].

A presença de duas linhagens celulares (hepatocelular e colangiocelular) no tumor misto reforça a implicação de uma célula hepática progenitora (CHP) na sua origem. Células hepáticas progenitoras são células epiteliais bipotenciais, capazes de dar origem a hepatócitos e colangiócitos. Primeiramente identificadas em fígados de roedores, elas foram chamadas de células ovais por causa do seu fenótipo típico: células pequenas, indiferenciadas, de formato oval, citoplasma escasso e alta relação núcleo-citoplasma. Células com características semelhantes foram posteriormente identificadas em fígados de humanos e receberam a denominação de CHPs [10].

No fígado adulto normal, CHPs são células quiescentes que apresentam baixo índice de proliferação. Mesmo em condições de lesão hepática, são as células epiteliais maduras as responsáveis pela regeneração do fígado. Células progenitoras são ativadas e desempenham papel importante quando a capacidade de proliferação de hepatócitos e colangiócitos está comprometida. Modelos de lesão hepática aguda em camundongos por agentes hepatotóxicos que inibem a replicação de hepatócitos, como galactosamina-D e nitrosomorfolina-M,

(16)

mostram proliferação de células ovais próxima a áreas de necrose [11]. A desregulação dos mecanismos de sinalização que controlam a proliferação e morte celular dessas células está implicada na hepatocarcinogênese não só de tumores mistos, mas também de alguns subtipos de tumores puros [12].

Marcadores imuno-histoquímicos podem ser utilizados para identificar linhagens de células específicas em amostras de carcinoma hepático. HepPar1 e antígeno carcinoembriogênico policlonal (CEAp) num padrão canalicular possuem boa sensibilidade para a linhagem hepatocitária. Para a linhagem colangiolar são utilizadas com frequência as citoqueratinas 7 e 19, que possuem boa sensibilidade e especificidade para o epitélio biliar [13]. Diversos anticorpos foram propostos para a identificação de células progenitoras, com ênfase para marcadores biliares (CK7 e CK19), marcadores de células tronco-hematopoiéticas (c-kit), marcadores neuroendócrinos (cromogranina A e NCAM) e marcadores específicos (OV-6) [13-14].

Tumores hepáticos combinados apresentam maior agressividade clínica que tumores puros, com taxas de sobrevida em três, cinco e dez anos menores que as de CHC e CC [15-16]. Por outro lado, carcinomas hepatocelulares podem expressar citoqueratinas do tipo biliar, o que está relacionado a um curso clínico mais agressivo (pior sobrevida) e rápida recorrência após tratamento cirúrgico. CHCs com essas características possuem padrão de expressão gênica semelhante ao de células progenitoras [17]. Essas são evidências do papel desempenhado pelas células precursoras na quimiorresistência dos tumores hepáticos.

A caracterização dos hepatocolângio carcinomas, assim como sua classificação, embora tenham sido alvos de estudos nos últimos anos, ainda não estão bem estabelecidos. A identificação de células com perfil de células precursoras nesse e em outros tipos de neoplasias de fígado é fundamental para a compreensão da hepatocarcinogênese. Além disso, pode ser a base para a classificação desses tumores, já que configura possível fator prognóstico, com implicação no tratamento dos pacientes portadores. Uma vez estabelecidos os mecanismos de progressão do câncer a partir dessa via, haverá subsídios para o desenvolvimento de novos alvos terapêuticos.

(17)

IV. MATERIAIS E MÉTODOS

Foram avaliados 8 casos de tumores primários de fígado: 2 casos de hepatocolângio carcinoma e 4 casos de carcinoma hepatocelular puro foram provenientes de explantes de pacientes submetidos a transplante hepático em cirurgias realizadas pelo grupo da Universidade Federal da Bahia (UFBA)/Hospital Português da Bahia no período de 2001 a 2010; 2 casos de hepatocolângio carcinoma foram diagnosticados em um laboratório privado de anatomia patológica (Laboratório de Anatomia Patológica IMAGEPAT), sendo que em um deles o material foi obtido através de biópsia de agulha e em outro através de biópsia em cunha.

O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisas (CEP) do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz (CPqGM), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e realizado no Laboratório de Patologia e Bio-Intervenção (LPBI) do mesmo local.

Dados demográficos dos pacientes como sexo, idade e etiologia da doença hepática foram investigados nos relatórios de exames anátomo-patológicos.

Dados do exame macroscópico dos explantes e biópsias foram revistos também através do relatório de exames anátomo-patológicos e fotografias das peças cirúrgicas. Foram computados os seguintes dados: tumores únicos ou múltiplos, tamanho do tumor e invasão de vasos hepáticos.

Todos os casos foram revistos através da observação ao microscópio de lâminas coradas com hematoxilina e eosina. Além da avaliação de componente misto colangio/hepatocelular da neoplasia, os tumores foram caracterizados histologicamente de acordo com os padrões reconhecidos pela OMS.

A imuno-histoquímica foi realizada em todos os tumores com os seguintes anticorpos: HepPar1 (Dako), CEAp (Dako), CK7 (Dako), CK19 (Dako), c-kit (Santa Cruz Corp., Santa Cruz, CA, USA) e cromogranina A (Dako). O tecido foi cortado de blocos parafinizados. As lâminas foram desparafinizadas em xilol e hidratadas em álcool absoluto, álcool a 95% e álcool a 70%. Foi feita a recuperação dos epítopos com método de indução pelo calor, usando

(18)

solução de citrato (pH 6,0), em panela térmica, por 30 minutos, a 97°C. Peroxidases endógenas foram bloqueadas com peróxido de hidrogênio a 3% diluído em metanol. As lâminas permaneceram incubadas com anticorpo primário diluído com diluente Zymed, em câmera úmida, na geladeira, a 4°C, overnight. Após lavagem com solução salina tamponada com fosfato (PBS), pH 7,6, as secções foram incubadas com anticorpo secundário biotinilado (Kit LSAB+, Dako). A reação foi então amplificada com STREPTOAVIDINA-HRP (Kit LSAB+, Dako). A revelação foi feita com o cromógeno 3, 3’-diaminobenzidina (DAB) e a contra-coloração com hematoxilina. Por fim, foi realizada a montagem das lâminas com etellan.

(19)

V. RESULTADOS

V.1. Características histopatológicas dos hepatocolângio carcinomas

Todos os casos de hepatocolângio carcinoma incluídos no estudo pertenciam ao subtipo II de Goodman et al. (duas massas distintas de CHC e CC separadas por uma área de transição).

Os componentes hepatocelulares dos quatro casos estudados correspondiam, na maior parte de sua extensão, ao padrão trabecular ou macrotrabecular de CHC e eram formados por células com atipias nucleares que variaram de leve a intensa (graus 1 a 4 nucleares de Edmondson-Steiner). Em algumas regiões dos casos 1 e 4, puderam ser observadas áreas de diferenciação pseudo-acinar do componente CHC, com eventual produção de bile.

Os componentes colangiolares de três dos quatro casos eram compostos por glândulas tubulares pequenas, de aspecto irregular. As células dessas glândulas mostraram intenso pleomorfismo, embora possuíssem uma morfologia cuboide. Em um dos casos do estudo (caso 2), essas glândulas assumiam aspecto regular, morfologia aproximadamente redonda, contendo células de tamanho e forma mais homogêneos. Apesar disso, as atipias nucleares deixaram claro que se tratava de neoplasia maligna. O componente CC do caso 2 foi classificado como carcinoma colangiolocelular (CLC). Em todos os casos, as formações glandulares estavam contidas em um estroma desmoplásico que variou de escasso a abundante.

Nos quatro casos de hepatocolângio carcinoma estudados foi possível a identificação de uma zona de transição ou zona intermediária. Essa região pode ser definida como uma área entre os componentes hepatocelular e colangiolar do tumor misto, que não apresenta diferenciação específica, mas mostra aspectos intermediários entre os dois tipos de tumores. Em todos os casos foram observadas células de morfologia precursora (células pequenas, de formato oval e citoplasma escasso) isoladas no estroma. Nos casos 1 e 4 houve células de morfologia hepatocitóide (células poligonais de tamanho intermediário entre a célula oval e o hepatócito) . Houve ainda, no caso 1, a formação de estruturas glandulares compostas de células hepatocitóides.

(20)

V.2. Resultados da marcação imuno-histoquímica dos hepatocolângio carcinomas

HepPar1: a marcação para HepPar1 foi positiva, padrão granular, em todos os casos, nas áreas de componente CHC bem diferenciado. Em áreas restritas de CHC pouco diferenciado (casos 2 e 4) e em regiões de CC, a marcação foi negativa. Além disso, em zonas intermediárias, esse marcador torna-se progressivamente negativo à medida que o componente CHC vai sendo substituído pelo componente CC.

CEAp: em todos os casos de HCC, o CEA policlonal mostrou positividade em padrão canalicular nas áreas de CHC e positividade em padrão padrão luminal nas áreas de CC.

CK7 e CK19: a marcação para CK7 e CK19 foi fortemente positiva, padrão citoplasmático, em todas as áreas de componente colangiolar, incluindo a área de carcinoma colangiolocelular (caso 2). Esses marcadores foram ainda positivos em células de aspecto hepatocitóide ou de célula precursora, nas zonas intermediárias.

c-kit e cromogranina A: esses marcadores foram testados apenas nos HCCs provenientes de explantes hepáticos (casos 1 e 2). Foram negativos em ambos.

V.3. Características histopatológicas dos carcinomas hepatocelulares puros

Entre os carcinomas hepatocelulares puros, houve 3 casos de padrão trabecular e 1 caso reproduziu o padrão pseudo-acinar (células neoplásicas arrumadas em arranjos glandulares produtores de bile). Essa classificação foi estabelecida de acordo com o padrão morfológico de maior extensão do tumor, já que um mesmo caso apresentou áreas de aspectos diferentes. O grau nuclear desses tumores variou de 1 a 3 (classificação de Edmondson-Steiner).

(21)

HepPar1: 2 casos de CHC puro foram positivos e 2 casos foram negativos para o HepPar1. Os casos de maior grau de atipia nuclear (casos 5 e 8 – grau 3) foram negativos, enquanto casos de menor grau (casos 6 e 7 – graus 1 e 2) foram positivos.

CK7: todos os casos de carcinoma hepatocelular puro apresentaram células tumorais, isoladas ou agrupadas em pequenos grupos, fortemente positivas para CK7, em maior ou menor número. A marcação foi positiva em células isoladas de morfologia precursora ou em ninhos de células hepatocitóides. De uma maneira geral, a marcação foi positiva para um maior número de células nos casos 6 e 7.

CK19: todos os casos de CHC puro apresentaram positividade para CK19 em células isoladas com fenótipo de células precursoras. Comparada à marcação por CK7, a intensidade da marcação por CK19 foi menor e a frequência mais escassa. Apenas em um dos casos (caso 8), a marcação foi negativa.

(22)

VI. DISCUSSÃO

O hepatocolângio carcinoma é uma forma rara de neoplasia primária de fígado [6]. A diversidade de achados anátomopatologicos desses tumores reflete um espectro de progressão da doença que ainda não é bem compreendido. Os aspectos histológicos que permitem a sua caracterização provavelmente são resultado das diferentes etapas do processo de diferenciação maligna de uma célula hepática precursora, largamente identificada em séries de casos de HCC [13, 18, 20]. Os componentes hepatocelular e colangiolar dos tumores mistos, assim como as células de suas zonas intermediárias, são reflexos desse continuum [18-19].

A identificação de células com perfil de células precursoras em carcinomas hepatocelulares puros reforça o seu papel na carcinogênese hepática [21-22]. Elas podem ser derivadas de uma célula-tronco ou surgirem a partir da desdiferenciação de células malignas maduras [23]. Isso pode explicar os aspectos histopatológicos heterogêneos de CHC em um mesmo tumor ou no fígado de um mesmo paciente, como descrito pela OMS [6] e observado em trabalho prévio não-publicado. Algumas linhagens celulares de CHC apresentam características de células progenitoras (como a expressão dos marcadores imuno-histoquímicos CD133 e EpCAM) [24] e são capazes de dar origem, in vitro, a duas populações celulares distintas (hepatocelular e colangiolar) [25]. Células precursoras podem ainda se comportar como reservatório de clones com potencial de metástase e resistência ao tratamento, uma vez que demonstrada a sua capacidade de expressão de proteínas relacionadas à multi-resistência contra drogas [26] e de enriquecimento mediante tratamento com quimioterápicos [24].

O carcinoma hepatocelular é o tipo histológico mais comum de câncer primário de fígado e único tumor sólido que prescinde da biópsia para o seu diagnóstico e tratamento. Os critérios de Barcelona para o manejo clínico do CHC foram revistos recentemente pela European Association for the Study of the Liver (EASL), que ratificou o uso exclusivo de técnicas de imagem e de níveis de alfa-feto proteína (AFP) para confirmação diagnóstica desse tipo de tumor [27]. A não-utilização de biópsia para a decisão de conduta nesses casos tira a possibilidade de, à luz da biologia molecular, identificar vias carcinogênicas que podem ser alvos terapêuticos, bem como tipos com marcadores moleculares de significado prognóstico. Já foi identificado, por exemplo, um novo subtipo de CHC com base na

(23)

expressão de CK19, o qual apresenta curso clínico mais agressivo, com pior sobrevida e rápida recorrência após tratamento cirúrgico. Outro possível marcador de evolução da doença é a presença de células com características intermediárias e/ou estruturas glandulares, que evidenciam a histogênese do tumor em uma célula hepática progenitora. Esses dois aspectos podem estar representados em biópsia feita por agulha, como demonstrado no material do caso 3 do presente estudo (vide figuras 17, 18 e 19 anexas).

A ativação de células hepáticas progenitoras envolve o aumento do número dessas células e sua diferenciação nas linhagens hepatocelular e/ou colangiolar [10]. Em condições normais, CHPs são escassas, encontradas apenas em regiões periportais ou de dúctulos biliares (canais de Hering) [18]. Porém, em condições de doença crônica parenquimatosa do fígado, como NASH (nonalcoholic steatohepatitis) e doença alcoólica, o número dessas células está diretamente relacionado ao grau de fibrose hepática [21-22].

A diferenciação de células precursoras em hepatócitos e em células de ductos biliares envolve a formação de populações intermediárias que também podem sofrer transformação maligna, conferindo aos tumores características histopatológicas específicas. Células hepatocitóides são células poligonais de tamanho intermediário entre CHPs e hepatócitos, que expressam marcadores de ductos biliares. A reação ductular atípica é constituída por pequenos dúctulos anastomosados de lúmen pouco definido, delineados por células contendo núcleo oval e citoplasma escasso [10, 19]. Ambos fazem parte do espectro de diferenciação de células progenitoras, esquematizado na figura 20.

As zonas de transição dos tumores mistos podem ser definidas como regiões entre os componentes hepatocelular e colangiolar desse tumor, que não apresentam diferenciação específica. Elas evidenciam o aspecto progressivo de definição das duas neoplasias [13]. Essas áreas são ricas em células de fenótipo intermediário e/ou de células-tronco, o que torna importante a caracterização do seu perfil-imunohistoquímico no estudo molecular dos hepatocolângio carcinomas.

O carcinoma colangiolocelular (CLC) é caracterizado pela formação de pequenas glândulas homogêneas de aparência “antler-like” contidas em um estroma fibroso abundante, morfologia semelhante ao de uma reação ductular. Por estar frequentemente associado a uma

(24)

área de diferenciação hepatocelular trabecular, há quem defenda a sua classificação como um tipo de tumor misto. Essas características puderam ser observadas no caso 2 do presente estudo, devidamente classificado como CLC. Esses tumores são positivos para CK7 e CK19 e possuem padrão de expressão gênica semelhante ao de CHCs com características de CHPs. Além disso, expressam proteínas associadas à resistência a múltiplas drogas, como MDR1, MRP1 e MRP3. Todos esses aspectos reforçam a idéia de que os CLCs têm origem nos canais de Hering, possivelmente em células precursoras hepáticas [28].

Embora a OMS classifique os colangiocarcinomas de acordo com a sua localização (intra ou extra-hepáticos), é a morfologia das células constituintes desse tipo de neoplasia que dita o seu comportamento clinico-patológico. Colangiocarcinomas que apresentam células glandulares altas e produtoras de mucina possuem perfil diferente daqueles formados por células cuboides mucina-negativas (como o CLC). Essa divergência é confirmada pelo padrão de expressão imuno-histoquímica e gênica [29].

(25)

VII. CONCLUSÕES

1. O trabalho verifica a presença de células do compartimento precursor do fígado em hepatocolângio carcinomas e em carcinomas hepatocelulares puros, inclusive em material proveniente de biópsia por agulha;

2. Células do compartimento precursor puderam ser identificadas em tumores mistos e puros pela observação de lâminas coradas com hematoxilina e eosina e através de marcação imuno-histoquímica, o que corrobora para a aplicabilidade do seu uso como marcador prognóstico dos tumores hepáticos.

(26)

VIII. PERSPECTIVAS

Esse estudo foi a primeira etapa de um projeto que visa caracterizar o perfil imuno-histoquímico do hepatocolângio carcinoma e compará-lo ao perfil do carcinoma hepatocelular puro. A identificação de células com características de células progenitoras faz parte do objetivo do trabalho. Para cumprir tais metas, um painel maior de anticorpos, incluindo CD133, EpCAM e NCAM (marcadores propostos para CHPs) deverá ser testado. A série completa de casos envolve 20 tumores puros e 5 tumores combinados.

(27)

IX. ANEXOS

IX.1. Tabelas

Tabela 1. Dados demográficos dos pacientes com HCC

Caso Sexo Idade* Etiologia da doença hepática Origem do material anátomo-patológico Ano de obtenção do material 1 M 60 VHC Explante hepático 2006 2 M 60 VHC Explante hepático 2006 3 F 69 Sem doença

hepática prévia Biópsia de agulha 2009

4 F 73 NASH Biópsia em cunha 2011

* Idade à época do diagnóstico

Tabela 2. Dados histopatológicos do componente hepatocelular dos HCCs

Caso Padrão do CHC Grau nuclear

1 Trabecular/Pseudoacinar 4

2 Macrotrabecular 4

3 Trabecular 1

4 Trabecular/Pseudoacinar 3

Tabela 3. Dados histopatológicos do componente colangiolar dos HCCs

Caso Padrão de

morfologia glandular

Morfologia das

células glandulares Estroma

1 Tubular Pleomórficas Moderado

2 Tubular Homogêneas Abundante

3 Tubular Pleomórficas Abundante

4 Tubular Pleomórficas Escasso

Tabela 4. Características das zonas intermediárias dos HCCs

Caso Área de transição Células hepatóides Células ovais

1 S S – Ninhos S

2 S S – Ninhos S

3 S N S

(28)

Tabela 5. Resultados da marcação imuno-histoquímica dos HCCs

Caso HepPar1 CK7 CK19 CEAp c-kit CromoA

1 + + + + - -

2 +/- + + + - -

3 + + + + 0 0

4 +/- + + + 0 0

O símbolo 0 significa que a marcação não foi testada no caso.

Tabela 6. Características histopatológicas dos carcinomas hepatocelulares puros

Caso Padrão do CHC Grau nuclear

5 Trabecular 3

6 Trabecular 1

7 Trabecular 2

8 Pseudo-acinar 3

Tabela 7. Resultados da marcação imuno-histoquímica dos CHCs puros

Caso HepPar1 CK7 CK19

5 - + +

6 + + +

7 + + +

(29)

IX.2. Figuras

Figura 1. Aspecto macroscópico de um hepatocolângio carcinoma (caso 2). A figura mostra um nódulo de morfologia heterogênea, formado em sua maior extensão por uma área fibrosa clara, que é entremeada por pequenas regiões de cor mais escura.

Figura 2. Componente hepatocelular de um hepatocolângio carcinoma (caso 2). As células neoplásicas estão dispostas em macrotrabéculas e mostram moderada atipia nuclear, nessa região.

(30)

Figura 3. Componente hepatocelular de um hepatocolângio carcinoma (caso 1). As células dessa região apresentam padrão pseudo-acinar de diferenciação, formando estruturas glandulares onde pode ser observada a produção de bile.

Figura 4 (A e B). Componente colangiolar de um hepatocolângio carcinoma (caso 1), formado por glândulas tubulares pequenas, irregulares, contidas em um moderado estroma fibroso. As células formadoras dessas glândulas mostram intenso pleomorfismo, embora mantenham seu caráter cuboide.

(31)

Figura 5. Componente colangiolocelular de um hepatocolângio carcinoma (caso 2). O carcinoma colangiolocelular é caracterizado por glândulas regulares, formado por células homogêneas contidas em um estroma fibroso abundante. As atipias nucleares, entretanto, não deixam dúvida de que se trata de neoplasia maligna.

(32)

Figura 6. Zona intermediária de um hepatocolângio carcinoma (caso 4). Nota-se a transição da morfologia hepatocelular (à esquerda) para a morfologia colangiolar (à direita), com formação progressiva de estruturas ductulares em meio a estroma fibroso.

(33)

Figura 7 (A e B). Zona intermediária de um hepatocolângio carcinoma (caso 1). Em áreas de transição, as estruturas glandulares são formadas por células de morfologia semelhante a hepatócitos (células hepatóides).

A

(34)

Figura 8 (A e B). Marcação imuno-histoquímica de um hepatocolângio carcinoma (caso 1) pelo HepPar1. À direita, em A, vê-se área do componente hepatocelular do tumor, fortemente positiva para o marcador. À medida que o tumor progride para o componente colangiolar (à esquerda), a marcação se torna mais fraca e heterogênea. Na zona de transição (maior aumento em B), apenas algumas células apresentam marcação.

A

(35)

Figura 9. Marcação imuno-histoquímica do componente hepatocelular de um hepatocolângio carcinoma (caso 4) pelo CEAp. Observa-se delimitação de canalículos biliares pelo marcador, em área de CHC padrão trabecular.

(36)

Figura 10 (A e B). Marcação imuno-histoquímica de área colangiolar de hepatocolângio carcinoma (caso 1) por CK7 (A) e CK19 (B). As células glandulares do tumor apresentam forte positividade para ambos os marcadores.

A

(37)

Figura 11 (A e B). Marcação imuno-histoquímica de área colangiolocelular de hepatocolângio carcinoma (caso 2) por CK7 (A) e CK19 (B). As células glandulares do componente colangiolocelular também apresentam forte positividade para os marcadores.

A B

Figura 12. Marcação imuno-histoquímica de zona intermediária de hepatocolângio carcinoma por CK7 (caso 1). Observa-se marcação negativa do componente hepatocelular do tumor (parte inferior da figura). A marcação progride em intensidade à medida que as células assumem morfologia glandular (parte superior da figura).

(38)

Figura 13. Marcação imuno-histoquímica de zona intermediária de hepatocolângio carcinoma por CK7 (caso 1). A marcação é positiva em células hepatóides dispostas em formações glandulares.

Figura 14 (A e B). Maciço neoplásico de células hepatóides, positivo para marcação por CK19.

(39)

Figura 15 (A e B). Componentes hepatocelular e colangiolar de um hepatocolângio carcinoma (caso 3), evidenciados em material de biópsia por agulha.

A

(40)

Figura 16. Marcação positiva do componente hepatocelular do hepatocolângio carcinoma (caso 3 – material de biópsia por agulha) para HepPar1.

Figura 17. Marcação positiva do componente colangiolar do hepatocolângio carcinoma (caso 3 – material de biópsia por agulha) para CK7.

(41)

Figura 18. Marcação imuno-histoquímica de carcinoma hepatocelular pouco diferenciado (caso 5) para HepPar1. O tumor, situado à esquerda, é negativo para o marcador. À direita, observa-se área de hepatócitos não-neoplásicos fortemente positiva para o marcador.

(42)

Figura 19. Marcação imuno-histoquímica de carcinoma hepatocelular (caso 5) para CK7 (A) e CK19 (B). Observam-se células de formato oval positivas para ambos os marcadores.

A

(43)

Figura 20. Etapas de diferenciação de uma célula hepática progenitora. Célula-tronco Célula Hepática Progenitora (CHP) Reação ductular atípica Ductulos biliares Células hepatocitóides Hepatócitos

(44)

IX.3. Parecer do Comitê de Ética em Pesquisas

Parecer do Comitê de Ética em Pesquisas do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz (Fundação Oswaldo Cruz) sobre o projeto do qual foi extraído o subprojeto para redação da monografia.

(45)

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