• Nenhum resultado encontrado

Cultivo integrado de tilápias, oreochromis niloticus, camarões, Litopenaeus vannamei, ostra do mangue, Crassostrea rhyzophorae, e macroalgas marinhas em laboratório: determinação dos teores de amônia e turbidez na água

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Cultivo integrado de tilápias, oreochromis niloticus, camarões, Litopenaeus vannamei, ostra do mangue, Crassostrea rhyzophorae, e macroalgas marinhas em laboratório: determinação dos teores de amônia e turbidez na água"

Copied!
39
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

CULTIVO INTEGRADO DE TILÁPIAS, Oreochromis niloticus, CAMARÕES, Litopenaeus vannamei, OSTRA DO MANGUE, Crassostrea rhyzophorae, E MACROALGAS MARINHAS EM LABORATÓRIO: DETERMINAÇÃO DOS

TEORES DE AMÔNIA E TURBIDEZ NA ÁGUA

NAYANA MOURA DA ROCHA

Monografia apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, como parte das exigências para a obtenção do

título de Engenheiro de Pesca.

FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL JANEIRO/2007

(2)

COMISSÃO EXAMINADORA:

Prof. WladiriAr Ronald Lobo Farias, D.Sc. Ori\éntador/Presidente

,u À/11w)

Prof. exandre Holanda Sampaio, Ph.D. Membro

Eng. de Pesca José Ariévil6 Gurgel Rodrigues, M.Sc Membro

VISTO:

Prof. Moisés Almeida de Oliveira, D.Sc Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Prof. Raimundo Nig/mato de Lima Conceição, D.Sc Coordenador do 'Curso de Engenharia de Pesca

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

R574c Rocha, Nayana Moura da.

Cultivo integrado de tilápias, oreochromis niloticus, camarões, Litopenaeus vannamei, ostra do mangue, Crassostrea rhyzophorae, e macroalgas marinhas em laboratório: determinação dos teores de amônia e turbidez na água / Nayana Moura da Rocha. – 2007. 37 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2007.

Orientação: Prof. Dr. Wladimir Ronald Lobo Farias.

1. Tilápia (Peixe) Criação. 2. Camarão (Crustáceo) Criação. 3. Ostra do Mangue -Criação. 4. Macroalgas marinhas - Cultivo. 5. Engenharia de Pesca. I. Título.

(4)

Dedico este trabalho aos meus pais, Antônio Flávio da Rocha e Terezinha Moura da Rocha, e irmãos, Nayara Maria e Nayrton Flávio, que sempre estiveram ao meu lado e me apoiaram. Às minhas tias Suzana e Helena, ao meu avô Expedito Moura e à memória do meu tio Moura (Tutu), que sempre me incentivaram. Dedico também ao meu namorado, Jefferson Jeymes, uma presença indispensável na minha vida. No caminho houve várias pedras, mas consegui fazer de cada uma delas um degrau no qual subi. Hoje venci mais uma etapa da minha vida, porém sei que esse foi apenas o começo.

(5)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, por ter me dado força, coragem, sabedoria e saúde para vencer mais esta batalha na minha vida, pelos momentos tristes que superei e pelos felizes que aproveitei, todos com Sua ajuda. A cada dia que passa aumenta a certeza de que Ele esteve e estará sempre ao meu lado. Aos meus pais, Antônio Flávio da Rocha e Terezinha Moura da Rocha que desde o início da minha escolha profissional, me apoiaram e incentivaram, não deixando que nada me faltasse em todos os sentidos. Durante a execução deste trabalho, eles foram pessoas essenciais e sempre serão. Amo vocês! A minha irmã, Nayara Maria Moura Rocha, que com toda sabedoria e paciência, por vezes deixou suas próprias atividades de lado para ajudar nas minhas. E ao meu irmão, Nayrton Flávio Moura da Rocha, que com suas explicações super detalhadas dos fatos soube esclarecer muitas das minhas dúvidas.

Ao meu namorado, Jefferson Jeymes Almeida da Silva, companheiro incansável de todos os momentos, pelo amor, carinho, incentivo e pelos finais de semana em que se privou de suas horas a mais de sono para ajudar na execução deste trabalho no Campus do Pici. Obrigada, meu amor!

As minhas tias, Suzana e Helena, e meu avô Expedito, que sempre me incentivaram a buscar o melhor para mim, me aconselhando a nunca desistir, sempre com pensamentos otimistas. Ao meu tio Tutu, que infelizmente não teve a oportunidade de presenciar mais esta vitória da minha vida, mas que sempre se mostrou disponível a ajudar, por todas as vezes que foi me pegar tarde da noite no Campus e pelos vários momentos de felicidade proporcionados durante sua vida. Tenho certeza de que está olhando por mim onde estiver.

(6)

Ao meu orientador, Prof. Dr. Wladimir Ronald, pela sua paciência, esforço, dedicação e atenção com que me orientou. Sempre detentor de enorme conhecimento, didática e amor pelo que faz. Os meus sinceros agradecimentos.

A todos (sem exceção) os professores do Departamento, os quais respeito e admiro, e que foram instrumentos essenciais para minha formação profissional. E também a todos os funcionários do Departamento. Muito obrigada!

A todos os meus amigos de turma, em especial Camila, Daniel, Jamille e Fernando, que sempre estiveram ao meu lado, obrigada pelo apoio e companheirismo. Camila valeu por toda a sua ajuda e sincera amizade! Daniel, só você sabe o quanto foi essencial! Jamille, estivemos juntas até na execução desse trabalho, obrigada pelo apoio! Fernando, quanto tempo te fiz esperar por mim na hora de ir embora. Obrigada amigos, pelos momentos de felicidade e também de discussões, pois com estes aprendemos cada vez mais.

A todos os colegas que contribuíram na execução deste trabalho, em especial, Leilamara, Valdemar, Júnior (filé) e José Ariévilo. A todos o meu muito obrigada!

Ao PET, Programa de Educação Tutorial, pela concessão de bolsa durante parte da minha graduação. Sinto-me muito feliz de ter feito parte deste Programa, que colaborou muito na minha formação como estudante e profissional, e pelos amigos que fiz.

Desde já peço desculpas àqueles que por esquecimento não mencionei e que de uma maneira ou de outra estiveram ao meu lado durante este período da minha vida.

(7)

vi

"...reconheço que Deus tem sido generoso comigo. Mais do que mereço. Eu pedi forças... e Deus me deu dificuldades para fazer-me forte. Eu pedi sabedoria... e Deus me deu problemas para resolver. Eu pedi dádivas... e Deus me deu oportunidades. Eu não recebi nada do que pedi, mas eu recebi tudo que precisava". Luís Inácio Lula da Silva

(8)

SUMÁRIO

Página

DEDICATÓRIA

iii

AGRADECIMENTOS

iv

EPÍGRAFE

vi

SUMÁRIO

vii

RESUMO

ix

LISTA DE FIGURAS

x

1. INTRODUÇÃO

1

2. MATERIAL E MÉTODOS

7

2.1. O sistema de aqüicultura integrada

7

2.2. Aclimatação à água salgada e estocagem

7

2.2.1. Tilápias (Oreochromis niloticus)

7

2.2.2. Camarões (Litopenaeus vannamei)

8

2.3. Sedimentação

8

2.4. Ostras do mangue (Crassostrea rhyzophorae)

8

2.5. Algas marinhas

9

2.6. Procedimento experimental

10

2.7. Procedimentos analíticos

11

2.7.1. Amônia (NH3)

11

2.7.2. Turbidez

11

2.7.3. Temperatura e oxigênio dissolvido

11

2.7.4. Salinidade

12

2.8. Análises dos dados

12

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

13

3.1. Amônia

13

3.2. Turbidez

17

(9)

viii

4. CONCLUSÃO 23

(10)

LISTA DE FIGURAS

Página Figura 1. Vista frontal do sistema utilizado durante o período

experimental. 7

Figura 2. Valores médios da concentração de amônia na água (mg.I.:1) obtidos nas várias etapas do experimento com

peixes. 13

Figura 3. Valores médios da concentração de amônia na água (mg.L-1) obtidos nas várias etapas do experimento utilizando camarões e as macroalgas A.multifida e G.

cervicornis. 15

Figura 4. Valores médios de turbidez (UTF) obtidos nas várias etapas

do experimento com peixes. 17

Figura 5. Valores médios de turbidez (UTF) obtidos nas várias etapas do experimento utilizando camarões e as macroalgas A.

multifida e G. cervicornis. 19

Figura 6. Valores médios da concentração oxigênio dissolvido (mg.L-1) na água obtidos nas várias etapas do experimento

com peixes. 21

Figura 7. Valores médios da concentração oxigênio dissolvido (mg.L.:1) na água obtidos nas várias etapas do experimento utilizando camarões e as macroalgas A. multifida e G.

(11)

RESUMO

Nas últimas décadas, a aqüicultura obteve um importante desenvolvimento mundial, mas a intensificação da atividade resultou em alguns impactos ambientais negativos, gerados principalmente, pelos efluentes dos cultivos que contêm elevadas concentrações de nutrientes dissolvidos, principalmente amônia, além de outros sólidos em suspensão. O objetivo deste trabalho foi acompanhar a qualidade de água, através da determinação das concentrações de amônia e turbidez, em um sistema de aqüicultura integrada, utilizando tilápias (Oreochromis niloticus), camarões (Litopenaeus vannamei), sedimentação, ostras (Crassostrea rhyzophorae) e macroalgas marinhas de várias espécies. Para isso, foram utilizadas duas baterias de quatro aquários, cada bateria foi composta de um aquário para o cultivo de tilápias ou camarões, um aquário destinado à sedimentação dos restos de ração e dejetos, um aquário para o cultivo de ostras e um aquário para o cultivo de algas. Após a estocagem dos organismos, diariamente, a água foi recirculada, passando de um aquário a outro. O sistema foi monitorado através da determinação dos níveis de amônia, turbidez, temperatura, salinidade e oxigênio dissolvido. As ostras apresentaram excelente poder de filtração durante todo o experimento, reduzindo significativamente os elevados níveis de amônia e turbidez da água de sedimentação. Com relação às macroalgas, as espécies Amansia multifida, Gracilaria cervicornis e Ulva lactuca foram capazes de assimilar amônia do sistema, no entanto a última não se adaptou às condições de laboratório. O estabelecimento deste sistema integrado possibilitou o reuso da mesma água durante um período de quatro meses. A melhoria da qualidade da água realizada pelas ostras e macroalgas resultou em um moderado crescimento das tilápias e em um excelente crescimento do camarão L. vannamei. Assim, a utilização de sistemas de aqüicultura integrada pode ser uma boa ferramenta para mitigar os impactos ambientais da aqüicultura intensiva.

(12)

CULTIVO INTEGRADO DE TILÁPIAS, Oreochromis niloticus, CAMARÕES,

Litopenaeus vannamei, OSTRA DO MANGUE, Crassostrea rhyzophorae E

MACROALGAS MARINHAS EM LABORATÓRIO: DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE AMÔNIA E TURBIDEZ NA ÁGUA

NAYANA MOURA DA ROCHA

1. INTRODUÇÃO

A aqüicultura é uma atividade técnico-econômica que tem como finalidade a produção de organismos aquáticos para o consumo, através da participação do homem no processo produtivo. O objetivo final da aqüicultura é, portanto, trazer benefícios que podem ser econômicos ou sociais e diretos ou indiretos para a humanidade (KOIKE, 1987).

A aqüicultura está se expandindo e se intensificando em quase todas as regiões do mundo, exceto na África subsaariana. A demanda global da população por alimentos de origem aquática é crescente, já que a produção proveniente da pesca extrativa tem cada vez mais diminuído e as principais áreas de pesca já atingiram seus limites máximos sustentáveis. A pesca extrativa, portanto, não poderá suprir o crescimento desta demanda. Assim, a aqüicultura possui um grande potencial para fornecer uma contribuição significativa à crescente demanda por alimentos de origem aquática na maioria de regiões do mundo (FAO, 2006).

O setor que mais cresce na produção de alimentos é, provavelmente, a aqüicultura e estima-se que quase 50% da produção de peixes para consumo humano deve-se a esta atividade. As projeções para as duas próximas décadas indicam que aproximadamente 40 milhões de toneladas adicionais sejam requeridas para manter o consumo per capita (FAO, 2006).

(13)

2

A extrema importância do pescado para a segurança alimentar e nutrição pode ser ilustrada por estudos feitos na África. De acordo com estimativas da FAO, 22% da proteína consumida na África subsaariana provém de pescado. Entretanto, este dado pode passar de 50%, especialmente nos países mais pobres, onde outras fontes de proteína animal são escassas ou caras (FAO, 2006).

Em 2002, aproximadamente 76% da produção mundial de peixes, ou seja, 100,7 milhões de toneladas foram utilizadas para consumo humano direto. Os 24% restantes (32 milhões de toneladas), foram destinados a outros produtos, em particular à fabricação de farinha de óleo de peixe (FAO, 2004).

A aqüicultura existe no Brasil desde o começo do século XX e, de 1990 a 2000, sua produção total passou de aproximadamente 30.000 toneladas para 176.531 toneladas, atingindo 246.183 toneladas em 2002. Neste período, os peixes totalizaram 69% da produção brasileira com 169.858 toneladas, seguido pelos crustáceos com 64.043 toneladas (26%), moluscos com 11.685 toneladas (4,7%) e rãs com 597 toneladas (0,2%) (FAO, 2004).

No Brasil, as fazendas de camarão começaram a operar, durante a década de 80, porém, somente depois de 1995 e logo após a introdução da espécie exótica Litopenaeus vannamei, foi que a indústria experimentou um período de rápido crescimento. Em 2003, o total da produção brasileira de L. vannamei alcançou 90.190 toneladas e, em alguns estados, a produtividade alcançou 8.700 kg/ha/ano com os maiores rendimentos obtidos na região Nordeste, que foi responsável por 95,2% do total da produção nacional de camarão neste mesmo ano (FAO, 2004).

Nas últimas décadas, a aqüicultura marinha obteve um importante desenvolvimento mundial, mas esta expansão resultou em muitos impactos ambientais negativos. Um dos principais impactos causados por esta atividade deve-se às altas quantidades de material particulado descarregadas por seus efluentes (MENDIGUCHÍA et al., 2006). Estes efluentes são ricos em nutrientes, tais como nitrogênio e fósforo, podendo causar, além de outros problemas, a eutrofização dos corpos d'água (CHOPIN et al., 2001). Além disso, em muitos

(14)

países, a aqüicultura intensiva tem destruído a vegetação costeira, tornando o solo salino e poluindo os cursos d'água adjacentes aos cultivos (PHILLIPS et al., 1993). De acordo com a Resolução CONAMA Nº 001/86, art. 1°, o termo "impacto ambiental" é definido como toda alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam a saúde, o bem estar da população e a qualidade do meio ambiente.

O impacto ambiental do cultivo de peixes marinhos depende muito da espécie cultivada, do método de cultivo, da densidade de estocagem, do tipo de alimentação, da hidrografia do local e das práticas adotadas. Em geral, 85% do fósforo, 80-88% do carbono e 52-95% do nitrogênio contribuem como alimentação no sistema de cultivo de peixes marinhos, sendo o restante perdido através dos resíduos de ração, excreção dos peixes e respiração. Desta forma, a atividade pode resultar em uma alta poluição orgânica dos recursos hídricos, inviabilizando outros usos da zona costeira (WU, 1995). PÁEZ-OSUNA et al. (1998) realizaram um estudo sobre os impactos ambientais causados pela criação de camarão e a poluição costeira no México. De acordo com os autores, o desenvolvimento econômico em algumas áreas costeiras não é acompanhado por uma proteção ambiental suficiente e isso tem resultado no aumento da poluição nestas áreas. Além disso, o contínuo desenvolvimento do cultivo de camarão na costa noroeste do México ocasionou uma deterioração da qualidade das águas costeiras. Desta forma, medidas de manejo adequadas, para minimização deste impacto, são requeridas e devem ser adotadas urgentemente.

Em busca de melhorar suas práticas, a indústria da aqüicultura vem desenvolvendo novos métodos para minimizar o problema da descarga de efluentes sem tratamento no meio ambiente, sendo a aqüicultura integrada, ou seja, o cultivo envolvendo vários organismos no processo de produção, uma ferramenta para mitigação desse impacto (CHOPIN et al., 2001). Assim, o cultivo integrado pode ter um importante papel para o desenvolvimento da aqüicultura, reduzindo os impactos ambientais e provando ser também socialmente e economicamente viável (TROELL et al., 1999).

(15)

4

Segundo NEORI et al. (2004) os sistemas integrados modernos, principalmente os que utilizam macroalgas, possuem um papel imprescindível na sustentabilidade da aqüicultura mundial. Esses sistemas, atualmente são compostos por peixes ou camarões integrados com moluscos bivalves, microalgas, macroalgas ou outros vegetais.

Um modelo experimental de cultivo integrado com recirculação de água foi desenvolvido por ELLNER et al. (1996) em Israel, utilizando o peixe, Sparus

aurata e a macroalga verde Ulva lactuca. Este modelo visava à diminuição da

oferta alimentar e da taxa de renovação de água no cultivo dos peixes. Durante o experimento os autores observaram uma forte redução dos teores de amônia após a recirculação da água do tanque das macroalgas para o tanque dos peixes.

SHPIGEL; NEORI (1996) projetaram um cultivo integrado que consistia em módulos de cultura de macroalgas (Ulva lactuca ou Gracilaria sp) e abalone (Haliotis tuberculata) conectados a módulos de cultivos de peixes (Sparus aurata) e ostras (Tapus philipinarum) formando dois sistemas complexos. Segundo os autores, mais da metade do nitrogênio presente no sistema foi absorvido pelas macroalgas e moluscos.

TROELL et al. (1997) realizaram, no Chile, um cultivo integrado com a macroalga vermelha Gracilaria chilensis e salmões (Salmo salar) em gaiolas. De acordo com os autores, a macroalga reduziu a quantidade de fósforo e nitrogênio inorgânicos em pelo menos 27% e 5%, respectivamente. Além disso, a macroalga apresentou um ótimo desenvolvimento e produziu, neste tipo de cultivo, 34 toneladas de peso seco.ano-1, gerando uma renda de U$ 34.000, provando que os cultivos integrados são economicamente e ambientalmente viáveis.

NEORI et al. (2000) implantaram um sistema integrado utilizando o molusco bivalve abalone, Haliotis discus hannai, o peixe, Sparus aurata e as macroalgas Ulva lactuca e Gracilaria conferta. De acordo com os autores, o peixe cresceu a uma taxa de 0,67% ao dia. Os nutrientes excretados pelo peixe foram absorvidos pela macroalga U. lactuca que produziu 78 kg.m'.ano-i e se mostrou um eficiente filtro biológico reduzindo em 80% os níveis de amônia no sistema, enquanto que a macroalga G. conferta não apresentou desempenho satisfatório. O abalone

(16)

Um cultivo integrado utilizando a macroalga Palmaria mollis e o abalone vermelho, Haliotis rufesces, foi realizado por EVANS; LANGDON (2000) e monitorado durante um ano. Segundo os autores, a alga funcionou muito bem como filtro biológico absorvendo a amônia e apresentou um bom desenvolvimento, além de servir de alimento para o abalone.

ZHOU et al. (2006) realizaram um cultivo integrado, na costa do Norte da China, utilizando peixes da espécie Sebastodes fuscescens e a macroalga marinha vermelha Gracilaria lemaneiformis. Os resultados indicaram que a macroalga se desenvolveu melhor quando foi integrada ao cultivo de peixes, crescendo a uma taxa de 11,03% ao dia. Além disso, as macroalgas funcionaram como bons filtros biológicos, absorvendo nitrogênio e fósforo a taxas de 10,64 pmol/g e 0,38 pmol/g de peso seco, respectivamente, sendo uma ótima opção para compor o sistema de maricultura integrada com peixes, contribuindo para a bioremediação e diversificação econômica da produção.

Espécies de macroalgas do gênero Porphyra, nativas do. Nordeste americano e da Ásia, foram utilizadas no cultivo integrado com peixes, melhorando a qualidade da água e reduzindo os níveis de amônia e fosfato. Segundo os autores, a macroalga Porphyra sp removeu 70 a 100% do nitrogênio em 3-4 dias e a quantidade de fósforo foi reduzida de 35 a 91% (CARMONA et al., 2006).

HERNÁNDEZ et al. (2006) realizaram experimentos de aqüicultura integrada, em laboratório e em campo, utilizando peixes e a macroalga vermelha

Gracilaria longissima. Os resultados mostraram que a espécie foi eficiente em

reduzir a carga de nutrientes dissolvidos (nitrogênio e fósforo) e, conseqüentemente, os impactos adversos no ambiente, principalmente através da melhoria da qualidade da água dos efluentes.

Moluscos bivalves também têm sido utilizados com freqüência em sistemas de cultivo integrado, melhorando a qualidade de água e sendo um complemento econômico. Um experimento realizado por LEFEBVRE et al. (2000) com ostras da

(17)

6

espécie Crassostrea gigas, confirmou o poder de filtração e a capacidade desses organismos de assimilar resíduos de fazendas de cultivo de peixes.

Experimentos realizados por QIAN et al. (1996) sobre o cultivo integrado da macroalga vermelha Kappaphycus alvarenzii e da ostra Pinctada martensi, em laboratório e em campo, mostraram que ambos os organismos cresceram mais rapidamente no sistema integrado do que quando cultivados isoladamente, sendo a alga também eficiente em assimilar o nitrogênio excretado pela ostra.

JONES; PRESTON (1999) analisaram a capacidade de filtração da ostra,

Saccostrea commercialis em uma fazenda de camarão da espécie Penaeus

japonicus. Esse estudo mostrou que as ostras foram eficientes em melhorar a

qualidade da água dos efluentes dos camarões, reduzindo a concentração de sólidos totais em suspensão em 49%, o número de bactérias na água em 58%, o nitrogênio em 80%, o fosfato em 67%, e a turbidez em 8%.

A prática da aqüicultura integrada permite que produtores de peixes e camarões possam minimizar seus custos, pois de acordo com SCHUENHOFF et al. (2003), a água utilizada em um sistema integrado de peixes, moluscos e macroalgas pode ser recirculada, sendo este sistema mais eficiente que o sistema tradicional, permitindo ainda mais o crescimento da maricultura e auxiliando na preservação do meio ambiente.

Como se pode observar há várias experiências bem sucedidas relacionadas ao cultivo integrado de peixes e camarões com macroalgas e moluscos bivalves. Alguns trabalhos mostram a preocupação em transferir essa tecnologia do laboratório para o campo, o que merece destaque, principalmente para nossa região, onde a sazonalidade não é fator limitante. Assim, tornam-se cada vez mais importantes trabalhos relacionados a esse tema.

O objetivo deste trabalho foi acompanhar a qualidade de água, através da determinação das concentrações de amônia e níveis de turbidez, em um sistema de aqüicultura integrada, utilizando peixes ou camarões, sedimentação, ostras e macroalgas.

(18)

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1. O sistema de aqüicultura integrada

O sistema de aqüicultura integrada utilizado neste trabalho constou de duas

baterias de 4 aquários. Cada bateria foi composta de um aquário para o cultivo de

tilápias ou camarões, um aquário destinado à sedimentação dos restos de ração e

dejetos, um aquário para o cultivo de ostras e um aquário para o cultivo de algas

(Figura 1).

Figura 1. Vista frontal do sistema utilizado durante o período experimental.

2.2. Aclimatação à água salgada e estocagem

2.2.1. Tilápias (Oreochromis niloticus)

Um total de 20 alevinos de tilápia do Nilo, revertidos sexualmente e com

peso médio de 3,0 g, obtidos junto à Estação de Piscicultura do Departamento de

Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Ceará, foram aclimatados à

água do mar utilizando um aquário de 50 L com volume útil de 30 L. A cada 24 h,

a salinidade da água foi aumentada em 5%o por meio da adição de água salgada,

até alcançar uma salinidade de 35%0, após 7 dias de aclimatação. Em seguida, os

alevinos foram estocados em dois aquários, com aeração constante e densidade

de 0,3 indivíduorl. Durante este período e no decorrer do experimento, os peixes

(19)

8

foram alimentados, ad libitum, três vezes ao dia, com ração comercial contendo 35% de PB.

2.2.2. Camarões (Litopenaeus vannamei)

Um total de 30 camarões com peso médio de 2,8 g, provenientes de uma fazenda de carcinicultura em águas oligohalinas (3%0) localizada no distrito de Mundaú, no município de Trairí, distante 150 km de Fortaleza, foram estocados em um aquário com 30 L de água doce e submetidos à aclimatação para água salgada. Para isso, em 1 L de água do próprio aquário foi adicionado sal de salina até que esta solução atingisse 45%o e, em seguida, adicionada lentamente de volta ao aquário dos camarões. Este procedimento foi repetido a cada 15 minutos, resultando em um aumento gradativo da salinidade em 3%0 até a salinidade da água de cultivo dos camarões atingir 32%0. Após a aclimatação, os camarões foram distribuídos em dois aquários com aeração constante e salinidade de 35%0 na densidade de 0,37 camarãorl. Durante o experimento os camarões foram alimentados, ad libitum, três vezes ao dia, com ração comercial contendo 35% de PB.

2.3. Sedimentação

Nesta etapa foram utilizados dois aquários contendo 30 L de água salgada com salinidade de 35%0. Contudo, esses aquários não receberam nenhuma aeração para que houvesse a precipitação das partículas mais pesadas no fundo. 2.4. Ostras do mangue (Crassostrea rhyzophorae)

As ostras utilizadas no presente trabalho foram oriundas da praia de Sabiaguaba, município de Aquiraz, distante cerca de 25 km de Fortaleza. Um total de 120 ostras do mangue, C. rhyzophorae foram coletadas e levadas imediatamente ao laboratório de aqüicultura do DEP/CCA/UFC. No laboratório, os animais foram bem lavados e escovados antes de serem estocados nos aquários,

(20)

para retirar as microalgas sésseis da superfície dos mesmos, as quais poderiam mascarar os resultados do experimento. Após a limpeza, as ostras foram estocadas em dois aquários com volume útil de 30 L cada, aeração constante, salinidade de 35%o, na densidade de 2 ostrasrl, sendo dispostas sobre uma tela plástica de 1,5 mm de malha com o objetivo de evitar o contato direto dos bivalves com o fundo dos aquários, o que poderia ocasionar danos ao sistema de filtração. 2.5. Algas marinhas

Foram testadas diferentes espécies de algas marinhas a fim de verificar a que melhor se adaptasse às condições laboratoriais. Deste modo, as algas marinhas Ulva fasciata (Chlorophyceae), Sargassum vulgare (Phaeophyceae) e

Solieria filiformis, Amansia multifida e Gracilaria cervicomis (Rhodophyceae),

foram coletadas manualmente, durante a maré baixa, na praia do Pacheco, município de Caucaia, situada a 21 km de Fortaleza, com exceção das espécies

A. multifida e G. cervicomis, as quais foram coletadas na praia de Guajiru,

município de Trairí, situada a 123 km de Fortaleza. Após a coleta, as algas foram devidamente acondicionadas em caixas isotérmicas e imediatamente transportadas ao laboratório, onde foram lavadas e cuidadosamente separadas das epífitas e outros organismos. As algas foram utilizadas no experimento separadamente, com exceção de A. multifida e G. cervicomis, as quais foram estocadas juntas. As algas foram distribuídas em dois aquários com aeração constante, contendo 30 L de água salgada com salinidade 35%o. A espécie

U. fasciata foi estocada na densidade de 3,33 grl; S. vulgare com 13,33 grl; S. filiformis com 20 gri e as espécies A. multifida e G. cervicomis com 7,73 gr-1,

sendo 78,9% da primeira e 21,1% da última. Esses aquários receberam iluminação artificial fornecida por uma lâmpada fluorescente de 20 W a uma distância de 10 cm da lâmina d'água.

(21)

2.6. Procedimento experimental

No início do experimento foram utilizadas tilápias e, em um segundo momento, estas foram substituídas por camarões. O manejo experimental constou da transferência manual e seqüencial da água entre os aquários de cada bateria. Para isso, diariamente a água do aquário que continha as macroalgas foi drenada e armazenada em um tambor, seguido da transferência da água das ostras para o aquário das macroalgas e da drenagem da água do aquário de sedimentação para o cultivo das ostras. Em seguida, a água das tilápias foi transferida para o aquário da sedimentação e, finalmente, a água que estava armazenada no tambor, proveniente das macroalgas, foi colocada no aquário das tilápias. Durante este primeiro momento, foram testadas várias macroalgas marinhas com o objetivo de se escolher a(s) espécie(s) que mais se adaptasse(m) às condições laboratoriais. No laboratório, foi mantido um fotoperíodo de aproximadamente 12 h de claro e 12 h de escuro e as análises dos parâmetros físico-químicos: amônia, turbidez, salinidade, temperatura e oxigênio dissolvido foram realizadas semanalmente. O experimento com tilápias teve uma duração de aproximadamente dois meses, entre os meses de junho a agosto e, devido à grande agressividade das tilápias aclimatadas à água salgada, não foi possível manter mais de um indivíduo por aquário. Desta forma, as tilápias foram substituídas pelos camarões, os quais foram cultivados, na mesma água, por mais um período de dois meses.

2.7. Procedimentos analíticos 2.7.1. Amônia (NH3)

Para a determinação da dosagem de amônia foi utilizado um espectrofotômetro de leitura direta HACH DR 2000. Para isso, foram coletados 25 mL da amostra de água a ser analisada e adicionadas três gotas de álcool polivinil, sendo a mistura agitada para que houvesse uma perfeita homogeneização. Posteriormente, foram acrescentadas vinte e cinco gotas de estabilizador mineral à amostra, a qual foi novamente homogeneizada. Em 10

(22)

seguida, 1 mL do reagente de Nessler foi adicionado à mistura, mais uma vez agitada e deixada em repouso por um minuto (tempo de reação) para, finalmente, proceder-se a leitura da concentração de amônia total solúvel, utilizando um comprimento de onda de 425 nm, sendo os valores expressos em mgrl. Para tarar a leitura do aparelho, foi utilizado um "branco" feito com 25 mL de água destilada, com a adição dos mesmos reagentes utilizados nas demais amostras. 2.7.2. Turbidez

A determinação da turbidez nas amostras também foi realizada através de espectrofotometria. Para isso, foram coletados 25 mL da água a ser analisada e a leitura foi efetuada em um comprimento de onda de 450 nm. Para tarar a leitura do espectrofotômetro, foi utilizado um "branco" de água destilada. Todos os resultados foram expressos em "unidades de turbidez de formazina" (UTF).

2.7.3. Temperatura e oxigênio dissolvido

Os parâmetros temperatura e oxigênio dissolvido foram medidos através de uma sonda digital, modelo YSI 55A fabricada pela Bernauer Aquacultura LTDA. O eletrodo da sonda foi introduzido diretamente em cada aquário e a leitura foi fornecida respectivamente em °C e mg.L.-1.

2.7.4. Salinidade

A salinidade foi medida mediante o uso de um refratômetro modelo S/MILL, fabricado pela Atago. Uma gota de cada amostra foi colocada na superfície de leitura do aparelho e a salinidade foi expressa em %o (partes por mil). Em todo o decorrer do experimento a salinidade foi mantida em torno de 35%0.

2.8. Análises dos dados

Os valores da concentração de amônia, turbidez e demais parâmetros físico-químicos foram obtidos através da média entre as duas baterias de aquários que integravam o sistema. As médias das concentrações de amônia e níveis de

(23)

12

turbidez, obtidas nas várias etapas do experimento, foram comparadas duas a duas, utilizando um teste t não pareado para médias do programa Origin.

(24)

—•— U fasciata —v— S vtdgare —•— S filiformes G. cervicomis/A multifida o -

E

st, Ç Q U ca 5 - 4 - 3 - 2 - 1- 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1. Amônia

Os valores de amônia no aquário com os peixes e camarões são decorrentes principalmente de sua excreção e dos resíduos do arraçoamento. Segundo ESTEVES (1988) a excreção de amônia por animais aquáticos é uma das principais fontes deste composto para o ambiente aquático.

No experimento contendo tilápias, utilizando a macroalga verde U. fasciata, os valores de amônia, obtidos na água dos peixes, aumentaram não significativamente em 104,63% ao passar pela etapa de sedimentação. Após 24 h, estes valores foram significativamente reduzidos em 79,43% devido ao tratamento com ostras, alcançando uma redução de 100%, também significativa, após a água ter passado pelo tratamento com a alga. Apesar da excelente capacidade de filtração biológica apresentada pela espécie U. fasciata, esta não se adaptou às condições de iluminação praticadas no laboratório, apresentando uma elevada mortalidade a partir da segunda semana de cultivo. Assim, esta espécie foi então substituída pela macroalga parda S. vulgare (Figura 2).

Peixes Sedimentação Ostras Algas

Etapas

Figura 2. Valores médios da concentração de amônia na água (mgr-1) obtidos nas várias etapas do experimento com peixes.

(25)

14

Os valores iniciais de amônia no aquário dos peixes se apresentaram mais baixos a partir da introdução da macroalga S. vulgare no sistema. Isso ocorreu devido à redução da densidade de estocagem dos peixes, em decorrência da agressividade desses indivíduos quando em ambientes restritos. Neste caso, os valores iniciais de amônia (peixes) apresentaram uma significativa elevação de 61,04% ao passar pela etapa de sedimentação, sendo então reduzidos significativamente em 58,06% ao passar pelo tratamento com ostras, quando então experimentaram um novo aumento de 15,38% no tratamento com a alga. Este aumento pode ser explicado pela elevada mortalidade da alga durante o experimento, associada ao desprendimento de pigmentos característicos, os quais deixaram a água com uma coloração bastante escura. Mesmo assim houve uma redução total de amônia no sistema de 51,61% (Figura 2). Com isso a macroalga foi novamente substituída, tendo sido escolhida para continuar o experimento a macroalga vermelha S. filiformes.

Com a macroalga S. filiformes no sistema, os valores de amônia da água dos peixes sofreram uma significativa elevação de 255,32% ao passar pela etapa de sedimentação, valor este que sofreu uma redução significativa de 94,01% após o tratamento com ostras e de 20% após o tratamento com a alga. A redução total de amônia no sistema foi de 95,21% (Figura 2). A redução de amônia pela macroalga S. filiformes, com relação à realizada pelas ostras, não foi significativa. Esta espécie apresentou uma mudança na sua consistência, a qual passou de gelatinosa para carnosa, e além disso, esta alga sofreu bastante durante a primeira semana de cultivo, reduzindo seu peso e apresentando mortalidade a qual se estabilizou após este período.

Finalmente, foram introduzidas no sistema integrado as macroalgas vermelhas A. multifida (78,90%) e G. cervicomis (21,10%). Os valores de amônia, na etapa de sedimentação, apresentaram uma significativa elevação de 1141,67%, quando comparados aos obtidos nos peixes. Estes valores foram reduzidos significativamente em 92,62% após o tratamento com ostras e em 77,27% após o tratamento com as macroalgas, apresentando uma redução total de 98,32%, evidenciando um notório poder do sistema integrado em reduzir as

(26)

3,0 - E 2,5-p E to-ca -cs ° , ai 1,5- QC 0,5 - 0,0

Camarões Sedimentação Ostras i

Etapas

Algas

concentrações de amônia na água de cultivo (Figura 2). No entanto, a redução realizada pelas macroalgas não apresentou diferença significativa da realizada pelas ostras.

Em um segundo momento do experimento, os peixes foram substituídos por camarões. Isto foi necessário devido à grande agressividade das tilápias, resultando na permanência de apenas um peixe por aquário. No entanto, foram mantidas as macroalgas vermelhas A. multifida (78,9%) e G. cervicornis (21,1%), as quais melhor se adaptaram as condições laboratoriais e demonstraram melhores resultados no cultivo integrado com peixes. Nesta etapa, após a passagem pelo aquário de sedimentação, os valores de amônia sofreram uma significativa elevação de 213,04%, os quais foram reduzidos significativamente em 96,53% devido ao tratamento com ostras, e em 70% ao passarem pelo tratamento com as macroalgas, apresentando uma redução total da concentração de amônia de 98,96% (Figura 3). Neste caso, a redução de amônia realizada pelas macroalgas apresentou diferença significativa da realizada pelas ostras.

Figura 3. Valores médios da concentração de amônia na água (mg.I.:1) obtidos nas várias etapas do experimento utilizando camarões e as macroalgas Amansia multifida e Gracilaria cervicomis.

(27)

16

Como se pode observar, as variações nos valores de amônia do sistema foram semelhantes quando diferentes organismos foram utilizados, com exceção da macroalga S. vulgare. De uma maneira geral, estes índices foram elevados na etapa de sedimentação e reduzidos nas etapas posteriores. O aumento nos valores de amônia na etapa de sedimentação deve-se principalmente ao processo de decomposição da matéria orgânica realizado por bactérias amonificantes. Segundo ESTEVES (1988) o sedimento é o principal sítio de realização deste processo. A elevada redução dos valores ao passar pelo tratamento com ostras, se deu devido à grande capacidade de filtração destes animais, os quais seqüestram a matéria orgânica em suspensão. Em contrapartida, as ostras também liberam amônia através de suas excretas, tornando a elevada redução dos valores de amônia nesta etapa, um fato muito interessante. Segundo CAVALCANTE JÚNIOR et al. (2005), em um sistema integrado com peixes

(Oreochromis niloticus) e reuso de água, os valores de amônia foram reduzidos

em 95,6% ao passarem pelo tratamento com ostras. Reduções significativas nos valores de concentração de nitrogênio total nos efluentes de carcinicultura foram observadas após a filtração por ostras, alcançando até 80%, dependendo da densidade de estocagem dos indivíduos (JONES; PRESTON, 1999). No entanto, apesar das ostras terem sido escovadas, não foi possível a completa remoção de microalgas sésseis da superfície das conchas, as quais também podem ter sido responsáveis por parte desta redução. Após a passagem pelo tratamento com as macroalgas, os valores de amônia também foram significativamente reduzidos em alguns casos, evidenciando o poder de filtração biológica e capacidade de assimilação de nutrientes desses organismos. De acordo com JONES et al. (2001) cerca de 97,5% da concentração de amônia em um cultivo de ostras pode ser reduzida pelas macroalgas. Outros relatos confirmam este poder de redução como o de CARMONA et al. (2006), que observaram uma redução nos níveis de amônia de 70 a 100% em um cultivo integrado de peixes e macroalgas do gênero

Porphyra e o experimento realizado por SHPIGEL et al (1993) que, ao cultivarem

(28)

Sedimentação Ostras Etapas Algas Peixes 20- 16- 12 - 0 - —A— U. fasciata —v— S. vulgar filiformes af G. cervicomis/A multifida 4-

após o tratamento com as ostras e macroalgas restaram respectivamente 14,5% e 22,4% de nitrogênio na água do sistema.

3.2. Turbidez

Segundo ESTEVES (1988), a turbidez da água é a medida de sua capacidade em dispersar a radiação, sendo os principais responsáveis, as partículas suspensas tais como, bactérias, fitoplâncton, detritos orgânicos e inorgânicos e em menor proporção os compostos dissolvidos.

No experimento contendo tilápias e a macroalga verde U. fasciata, os valores de turbidez da água ao passar pela etapa de sedimentação sofreram uma redução não significativa de 32,14%, sendo estes reduzidos significativamente em 47,37% após passar pelo tratamento com ostras, alcançando uma significativa redução máxima de 30% ao passar pelo tratamento com as macroalgas (Figura 4). Porém, devido à mortalidade desta macroalga durante a segunda semana de cultivo, estes valores não se mantiveram.

Figura 4. Valores médios de turbidez (UTF) obtidos nas várias etapas do experimento com peixes.

(29)

18

Já com a espécie S. vulgare, o comportamento da turbidez foi bem diferente, sendo seus valores reduzidos em 14,28% ao passarem pela etapa de sedimentação e em 33,33% após passar pelo tratamento com as ostras. No entanto, estas reduções não foram significativas. Após o tratamento com as macroalgas observou-se uma exorbitante elevação de 175% na turbidez, que pode ser explicado pelo desprendimento de pigmentos da macroalga na água de cultivo, os quais deixaram a água com uma coloração amarronzada, elevando estes valores no sistema (Figura 4).

Com a utilização da espécie S. filiformes, observou-se uma elevação de 34,78% na turbidez após a água passar pelo aquário da sedimentação e uma redução de 51,61% ao experimentar o tratamento com ostras, apresentando ainda uma redução de 13,33% ao passar pelo tratamento com as macroalgas (Figura 4). No entanto, devido à grande variabilidade dos dados obtidos, nenhum desses valores apresentou diferença significativa.

Finalmente, com a utilização das espécies A. multifida (78,9%) e G.

cervicornis (21,1%) no sistema integrado, os valores iniciais de turbidez (peixes)

apresentaram um aumento não significativo de 57,69% após a etapa de sedimentação, com uma posterior redução significativa de 60,98% após passar pelo aquário contendo ostras, e de 31,25% ao experimentarem o tratamento com as macroalgas (Figura 4). No entanto, a redução realizada pelas macroalgas não foi significativa quando comparada com a turbidez da água após passar pelas ostras.

Em um segundo momento, após a substituição dos peixes por camarões no sistema, e utilização das macroalgas A. multifida e G. cervicomis, os valores de turbidez da água dos camarões sofreram uma significativa elevação de 166,67% após a etapa de sedimentação e uma redução, também significativa, de 67,50% ao passar pelo tratamento com as ostras, sendo ainda reduzidos em 11,54% ao serem submetidos ao tratamento com as macroalgas, embora a mesma não tenha sido significativa (Figura 5).

(30)

0 40 - 35 - 30 - 25 - 20 - 19 15 - 10 -

Carràrões Sedimentação Ostras Algas

Etapas

Figura 5. Valores médios de turbidez (UTF) obtidos nas várias etapas do experimento utilizando camarões e as algas

Amansia. multifida

e

Gracilaria cervicornis.

Vários autores relataram que a sedimentação é uma etapa eficiente em reduzir a turbidez e os sólidos totais em suspensão proveniente de cultivos de organismos marinhos. JONES et al. (2002) observaram um decréscimo de 87% na turbidez de efluentes de cultivo do camarão Penaeus japonicus, após 24 h de sedimentação. JACKSON et al. (2003) relataram que bacias de sedimentação foram eficientes em reduzir em 60% os sólidos em suspensão de um efluente de carcinicultura ao passar por 17 horas de tratamento. Esses dados contrastam com os obtidos neste trabalho já que, em determinados momentos, a etapa de sedimentação contribuiu para o aumento da turbidez. No entanto, nos trabalhos supracitados, os efluentes foram oriundos de viveiros de cultivo, os quais também possuem muitos sedimentos inorgânicos (areia, lama) que são suspensos durante a movimentação da água. Neste trabalho, só havia sedimentos orgânicos (restos de ração e fezes) que, ao se dissolverem na água, durante a etapa de sedimentação, contribuíram para uma certa elevação da turbidez.

Em relação ao tratamento com as ostras, durante o todo o experimento, independente dos animais (peixes ou camarões) e da macroalga utilizada, este foi bastante eficiente em reduzir significativamente os valores de turbidez da água no

(31)

20

sistema, confirmando ainda mais o alto poder de filtração destes animais, dados esses que estão de acordo com os observados por JONES et al. (2002) que constataram uma redução de 75% na turbidez de efluentes de carcinicultura, após 24 horas de filtração por ostras e por LEFEBVRE et al. (2000) que obtiveram a redução de 56% da turbidez de um efluente de cultivo do peixe Dicentrarchus

labrax após a filtração por ostras da espécie Crassostrea gigas. Segundo

CAVALCANTE JÚNIOR et al. (2005) os valores de turbidez, oriundos de um cultivo de tilápias vermelhas em laboratório, foram reduzidos em 85,5% após passarem pelo tratamento com as ostras da espécie C. rhyzophorae.

o tratamento com as macroalgas não foi tão eficiente em reduzir a

turbidez da água quanto o tratamento com as ostras. Este fato pode ser explicado pela presença de alguns fragmentos soltos que contribuíram para a elevação da turbidez da água.

3.3. Oxigênio Dissolvido (OD)

Dentre os gases dissolvidos na água, o oxigênio (02), é um dos mais importantes na dinâmica e na caracterização de ecossistemas aquáticos. As principais fontes de oxigênio para a água são a atmosfera e a fotossíntese. Por outro lado, as perdas ocorrem pela decomposição de matéria orgânica (oxidação), perdas para a atmosfera, respiração de organismos aquáticos e oxidação de íons metálicos,, como por exemplo, o ferro e o manganês (ESTEVES, 1988).

A partir da introdução da espécie S. vulgare no sistema, a concentração de OD da água dos peixes sofreu uma significativa redução de 56,25% ao passar pela etapa de sedimentação, elevando-se significativamente em 142,86% no tratamento com ostras e sofrendo nova redução de 26,47% no aquário das macroalgas (Figura 6). Essa significativa redução no aquário contendo macroalgas deveu-se a mortalidade, o que deu origem ao processo de decomposição da matéria orgânica que, segundo ESTEVES (1988), é responsável pelo consumo de grande parte ou totalidade do oxigênio dissolvido nos ecossistemas.

(32)

8- 7- J c•r) 6-E O 5- o —'—S wigare —v— S finfamos

—e— G. cervicomis/A multifida

,

Peixes Sedimentação Ostras Etapas

Algas

Figura 6. Valores médios da concentração de oxigênio dissolvido (mg.L-1) na água obtidos nas várias etapas do experimento com peixes.

Com a utilização da espécie S. filiformes observou-se uma significativa redução de 85,11% na concentração de OD da água no aquário da sedimentação, enquanto que aquário das ostras este valor se elevou significativamente em 821,43% e no aquário das macroalgas, foi evidenciado um pequeno aumento, não significativo, de 7,75% (Figura 6).

Finalmente, com as espécies A. multifida e G. cervicornis no sistema, a concentração de OD na água ao passar pelo aquário da sedimentação foi significativamente reduzida em 88,19%, valor este que apresentou uma elevação significativa de 846,67% no aquário contendo ostras e uma pequena elevação, não significativa, de 1,41% no aquário das macroalgas (Figura 6).

Em um segundo momento, com os camarões presentes no sistema e a permanência das espécies de macroalgas A. multifida e G. cervicornis, os valores da concentração de OD apresentaram inicialmente uma significativa redução de 91,09% no aquário da sedimentação, já no aquário contendo ostras a concentração de OD sofreu uma significativa elevação de 1.222,22% e no aquário das macroalgas observou-se uma pequena elevação, não significativa, de 2,52%. (Figura 7).

(33)

7 - 6 - (5) 5-E

Sedimentação Ostras Algas

Etapas

Figura 7. Valores médios da concentração de oxigênio dissolvido (mgr.) na água obtidos nas várias etapas do experimento utilizando camarões e as algas Amansia multifida e Gracilaria cervicornis.

Como se pode observar, o comportamento da concentração de OD na água foi bastante semelhante quando diferentes organismos foram utilizados, com exceção da macroalga S. vulgare. De modo geral, os valores foram bem baixos na etapa de sedimentação, com posteriores elevações nas demais etapas. Os reduzidos valores na etapa de sedimentação deve-se, além da ausência de aeração nesta etapa, principalmente ao processo de decomposição da matéria orgânica realizado por bactérias, as quais consomem grande parte do oxigênio dissolvido presente na água (ESTEVES, 1988). Os valores de OD presentes no aquário das ostras e das macroalgas se apresentaram igualmente elevados principalmente devido à presença de aeração.

22 3- 2- 1- - ' Camarões

(34)

4. CONCLUSÃO

Após a realização deste trabalho, pode-se concluir que o estabelecimento de um sistema de aqüicultura integrada com peixes ou camarões, sedimentação, ostras e macroalgas marinhas foi capaz de reduzir os elevados valores de amônia e turbidez gerados na etapa de sedimentação. Esta redução foi mais evidenciada após o tratamento da água pelas ostras, que praticamente reduziram toda a amônia gerada no sistema. Com relação às macroalgas, as espécies U. fasciata, A. multifida e G. cervicornis reduziram significativamente os valores de amônia restantes após o tratamento com as ostras. No entanto apenas as duas últimas resistiram às condições de laboratório.

Já com relação aos valores de oxigênio dissolvido, estes se apresentaram bastante reduzidos na etapa de sedimentação, devido à ausência de aeração e atividade de microorganismos anaeróbios.

Desta forma, a aqüicultura integrada pode ser considerada uma ferramenta eficaz para a sustentabilidade da aqüicultura intensiva, pois melhora a qualidade de água e permite que esta possa ser recirculada sem prejuízos aos organismos cultivados. Este fato pode ser comprovado pelo excelente desenvolvimento dos camarões no sistema, os quais não apresentaram diferenças significativas do crescimento dos indivíduos cultivados no viveiro de origem.

(35)

5. REFERÊNCIAS

BRASIL. Resolução CONAMA N° 001, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA art. 1°.

CARMONA, R.; KRAEMER, G.P.; YARISH, C. Exploring Northeast American and Asian species of Porphyra for use in an integrated finfish—algal aquaculture system. Aquaculture, Amsterdam, v.252, n.1, p.54-65, Mar 2006.

CAVALCANTE JÚNIOR, W.; ANDRADE, L.N.; BEZERRA, L.N.; GURJÃO, L.M.; FARIAS, W.R.L. Reuso de água em um sistema integrado com peixes,

sedimentação, ostras e macroalgas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.9, p.118-122, 2005.

CHOPIN, T.; BUSCHMANN, A.H.; TROELL, C.H.M.; NEORI, N.K.A.; KRAEMER, G.P; ZERTUCHE-GONZALEZ, J.A.; YARISH, C.; NEEFUS, C. lntegrating

seaweeds into marine aquaculture systems: A key toward sustainability. Journal of Phycology, Malden, v.37, n.6, p.975- 986, Dec 2001.

ELLNER, S.; NEORI, A.; KROM, M.D.; TSAI, K.; EASTERLING, R. Simulation model of recirculating mariculture with seaweed biofilter: development and

experimental tests of the model, Aquaculture, Amsterdam, v.143, n.2, p.167-184, Jul 1996.

ESTEVES, F. Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 1988. 575 p.

(36)

EVANS, F.; LANGDON, C.J. Co-culture of dulse Palmaria mollis and red abalone

Haliotis rufescens under limited flow conditions. Aquaculture, Amsterdam, v.185,

n.1-2, p.137-158, May 2000.

FAO State of World Aquaculture 2006. Inland Water Resources and Aquaculture Service, Rome, 2006. 134 p. Disponível em:

<ftp://ftp.fao.org/docrep/fao/009/a0874e/a0874e00.pdf>. Acesso em: 13 nov 2006. FAO Suplicy, F.M. Visión General del Sector Acuícola Nacional — Brasil. Inland Water Resources and Aquaculture Service, Rome, 2004. Disponível em: <http://www.fao.org/figis/servlet/static?dom=countrysector&xml=naso brazil es.xm 1>. Acesso em: 13 nov. 2006.

HERNÁNDEZ, I.; PÉREZ-PASTOR, A.; VERGARA, J.J.; MARTÍNEZ-ARAGÓN, J.F.; FERNÁNDEZ-ENGO, M.A.; PÉREZ-LLORÉNS, J.L. Studies on the

biofiltration capacity of Gracilariopsis longissima: From microscale to macroscale. Aquaculture, Amsterdam, v.252, n.1, p.43-53, Mar 2006.

JACKSON, C.J.; PRESTON, N.; BURFORD, M.A.; THOMPSON, P.J. Managing the development of sustainable shrimp farming in Australian: the role of

sedimentation ponds in treatment of farm discharge water. Aquaculture, Amsterdam, v.226, n.1-4, p.23-34, Oct 2003.

JONES, A.B.; DENNISON, W.C.; PRESTON, N.P. Integrated treatment of shimp effluent by sedimentation, oyster filtration and macroalgal absorption: a laboratory scale study. Aquaculture, Amsterdam, v.193, n.1-2, p.155-178, Feb 2001.

JONES, A.B.; PRESTON, N.P. Sydney rock oyster, Saccostrea commercialis (Iredale & Roughley), filtration of shrimp farm effluent: the effects on water quality. Aquaculture Research, Oxford, v.30, n.1, p.51-57, Jan 1999.

(37)

26

JONES, A.B.; PRESTON, N.P.; DENNISON, W.C. The efficiency and condition of oysters and macroalgae used as biological filters of shrimp pond effluent.

Aquaculture Research, Oxford, v.33, n.1, p.1-19. Jan 2002.

KOIKE, J. Aqüicultura. In: OGAWA, M.; KOIKE, J. Manual de Pesca. Fortaleza: Associação dos Engenheiros de Pesca do Estado do Ceará, 1987, 1' ed., cap. 7, p.195.

LEFEBVRE, S.; BARILLÉ, L.; CLERO, M. Pacific oyster (Crassostrea gigas) feeding responses to a fish-farm effluent. Aquaculture, Amsterdam, v.187, n.1-2, p.185- 198, Jul 2000.

MENDIGUCHÍA, C.; MORENO, C.; MANUEL, P.; VEZ, M.; VARGAS, G.M. Preliminary investigation on the enrichment of heavy metais in marine sediments originated from intensive aquaculture effluents. Aquaculture, Amsterdam, v.254, n.1-4, p.317 - 325, Apr 2006.

NEORI, A.; CHOPIN, T.; TROELL, M.; BURCHMANN, A.H.; KRAEMER, G.P.; HALLING, C.; SHPIGEL, M.; YARISH, C. Integrated aquaculture: rationale, evolution and state of the art emphasizing seaweed biofiltration in modern aquaculture. Aquaculture, Amsterdam, v.231, n.1-4, p.361 - 391, Mar 2004. NEORI, A.; SPHIGEL, M.; BEN-EZRA, D. A sustainable integrated system for culture of fish, seaweed and abalone. Aquaculture, Amsterdam, v.186, n.3-4, p.279-291, Jun 2000.

PÁEZ-OSUNA, F.; GUERRERO-GALVÁN, S.R.; RUIZ-FERNANDEZ, A.C. The environmental impact of shrimp aquaculture and the coastal pollution in Mexico. Marine Pollution Bulletin, Oxford, v.36, n.1, p.65-75, Jan 1998.

(38)

PHILLIPS, M.J.; LIN, C.K.; BEVERIDGE, M.C.M. Shrimp culture and the environment - lessons from the world's most rapidly expanding warmwater aquaculture sector. In: ICLARM Conference Proceedings. Pullin, R.S.V.; Rosenthal, H. ;Maclean, J. L. (eds.), p.171-197, 1993.

QIAN, P.Y.; WU, C.Y.; XIE, Y.K. Integrated cultivation of the red alga Kappaphycus

alvarezii and the pear) oyster Pinctada martensi. Aquaculture, Amsterdam, v.147,

n.1-2, p.21 -35, Nov 1996.

SCHUENHOFF, A.; SHPIGEL, M.; LUPATSCH, 1.; ASHKENAZI, A.; MSUYA, F.E.; NEORI, A. A semi-recirculating integrated system for the culture of fish and

seaweed. Aquaculture, Amsterdam, v.221, n.1-4, p.167-181, May 2003. SHPIGEL, M.; NEORI, A. The integrated culture of seaweed, abalone, fish and clams in modular intensive land-based systems: 1. Proportions of size and

projected revenues. Aquacultural Engineering, Oxford, v.15, n.5, p.313-326, Aug 1996.

SHPIGEL, M.; NEORI, A.; POPPER, D.M.; GORDIN, H. A proposed model for "environmentally clean" land-based culture of fish, bivalves and seaweeds. Aquaculture, Amsterdam, v.117, n.1-2, p.115-128, Nov 1993.

TROELL, M.; HALLING, A.; NILSSON, A.; BUSCHMANN, H.A.; KAUTSKY, N.; KAUTSKY, L. Integrated marine cultivation of Gracilaria chilensis (Gracilariales, Rhodophyta) and salmon cages for reduced environmental impact and increased economic output. Aquaculture, Amsterdam, v.156, n.1-2, p.45 - 61, Oct 1997. TROELL, M.; KAUTSKY, N.; FOLKE, C. Applicability of integrated coastal

aquaculture systems. Ocean & Coastal Management, Oxford, v.42, n.1, p.63-69, 1999.

(39)

WU, R.S.S. The environmental impact of marine fish culture: Towards a

sustainable future. Marine Pollution Bulletin, Oxford, v.31, n.4-12, p.159-166, Apr-Dec 1995.

ZHOU, Y.; YANG, H.; HU, H.; LIU, Y.; MAO, Y.; ZHOU, H.; XU, X; ZHANG F. Bioremediation potential of the macroalga Gracilaria lemaneiformis (Rhodophyta)

integrated into fed fish culture in coastal waters of North China. Aquaculture, Amsterdam, v.252, n.2-4, p.264-276, Mar 2006.

Referências

Documentos relacionados

VI COLÓQUIO INTERNACIONAL SOBRE GESTÃO UNIVERSITÁRIA NA AMÉRICA DO SUL, Blumenau, SC, 15 a 17 de novembro de 20065. MASETTO (1992: 82) afirma que LENZ 1 ao estudar como os

dois gestores, pelo fato deles serem os mais indicados para avaliarem administrativamente a articulação entre o ensino médio e a educação profissional, bem como a estruturação

Não se sabe se o imiquimode aplicado por via tópica é excretado no leite materno, portanto, este medicamento somente deve ser usado pela mãe durante a lactação se os

O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, tem a honra de convidar os Senhores Desembargadores, Juízes de

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

hospitalizados, ou de lactantes que queiram solicitar tratamento especial deverão enviar a solicitação pelo Fale Conosco, no site da FACINE , até 72 horas antes da realização

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

Para a realização desta análise, partiu-se de leituras teóricas sobre a variação linguística do espanhol (MORENO FERNÁNDEZ, 2007), estudos sobre o voseo (CARMONA,